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Segunda, 24 de Janeiro de 2022
Agricultores são beneficiados com açudes em Passo do Sobrado
Agricultores são beneficiados com açudes em Passo do Sobrado Fonte: Assessoria de Imprensa da Emater

Teve início nesta semana a construção de açudes no município de Passo do Sobrado. São oito famílias beneficiadas por meio do Programa Estadual de Apoio e Ampliação da Infraestrutura Rural (Peaair), da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) e executado pela Emater/RS-Ascar. O Programa visa apoiar a construção de estruturas de reservação de água, para a expansão da prática da irrigação e promover os usos múltiplos da água entre os agricultores e pecuaristas. Almeja ainda a estabilidade nas produções frente aos recorrentes quadros de estiagens, além do apoio à infraestrutura rural nas propriedades.

Para as oito famílias beneficiadas no município, os projetos foram elaborados pela equipe da Emater/RS-Ascar nos meses de julho e agosto de 2020. A seleção das famílias seguiu os critérios do Programa, sendo também realizado um levantamento junto à Prefeitura sobre os agricultores com maior necessidade de reservação de água, em especial para as atividades de bovinocultura de leite e produção de hortaliças. Os beneficiários foram aprovados pelo Conselho Municipal de Agricultura. Os açudes têm capacidade de armazenamento que varia de 1.100 a 2 mil metros cúbicos, de acordo com as características das propriedades rurais.

O extensionista rural agropecuário da Emater/RS-Ascar, Wagner Soares, ressalta que a reservação de água deve ser uma estratégia adotada pelos agricultores independente da época do ano e da ocorrência de estiagens. "É a primeira ação. Antes de pensar na irrigação, as famílias devem pensar em criar reservatórios nas propriedades, seja por meio de açudes ou cisternas. Observamos grande demanda por projetos de investimento, aquisição de maquinário, mas é fundamental estarem atentos à questão da reservação de água. Não precisamos esperar os períodos de estiagem para lembrar de construir açudes. Com essas estruturas essas famílias beneficiadas vão ter o meio de reservar a água e poder fazer a irrigação da sua produção", comenta.


Soares lembra que a construção dos açudes estava prevista para o final de 2020. Contudo, a desistência da empresa vencedora da licitação fez com que o início das obras fosse adiado até que nova licitação fosse concluída. "Foi um esforço muito grande do secretário de Obras do município, Fábio Baierle, que buscou resolver essa questão junto com a Secretaria de Agricultura do Estado. É um conjunto de ações entre agricultores, poder público e assistência técnica que fará minimizar os prejuízos da estiagem".

A agricultora Delésia Amara Schwengber foi uma das beneficiárias com a construção de açudes. Na propriedade da família, na localidade de Campo do Sobrado, a escassez de água afeta a produção e também os animais. "Está bem difícil. Não tenho mais água para molhar as estufas. Esse é o primeiro ano que estamos precisando utilizar a água da prefeitura. O açude veio na melhor hora possível e espero ter uma boa reserva de água para o próximo ano, para a irrigação", comenta.

Em Passo do Sobrado é estimada a perda de 50% no milho, além da bovinocultura de leite e hortaliças. "Até mesmo a soja, que foi plantada mais tarde, vem sofrendo perdas significativas de produtividade", comenta o extensionista.

A conclusão das obras dos oito açudes está prevista para a próxima quarta-feira (26/01), quando a prefeitura fiscaliza e emite o laudo de entrega da obra. Em seguida, as máquinas devem seguir o roteiro previsto na licitação e iniciar a construção de açudes nos municípios de Rio Pardo, Venâncio Aires, Passa Sete, Sobradinho e Segredo, beneficiando outras dez famílias em cada município. A expectativa é de que todas as estruturas deste lote de açudes sejam concluídas até o final do mês de abril.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar –Regional de Soledade

Jornalista Carina Venzo Cavalheiro

Segunda, 24 de Janeiro de 2022
Turismo deve recuperar perdas da pandemia ainda no primeiro semestre de 2022
Turismo deve recuperar perdas da pandemia ainda no primeiro semestre de 2022 Fonte: ASCOM/Padrinho Conteúdo

O Turismo foi um dos setores mais afetados pela pandemia no Brasil, acumulando perdas da ordem de R$ 413,1 bilhões entre março de 2020 e julho de 2021. Entretanto, o setor vem crescendo de forma consistente desde o segundo trimestre de 2021 - e a projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é que alcance recuperação plena ainda nos primeiros seis meses de 2022.

A flexibilização das medidas de isolamento social, resultante do avanço da vacinação contra a Covid-19, tem aquecido o ritmo dos serviços turísticos. A expectativa é que o setor contrate 478,1 mil trabalhadores formais entre novembro de 2021 e fevereiro de 2022. 

Boa parte dessa retomada é atribuída ao turismo rural. Dadas as suas características de prestação de serviços ao ar livre, o segmento não atingiu a paralisação total durante a pandemia. Agora, na retomada, demonstra crescimento e potencial, dado o desejo de muitos brasileiros de desfrutar viagens mais perto de casa. Oportunidade para que municípios e empreendedores rurais recuperem seus ganhos.

Getúlio Vargas, no Alto Uruguai, retomou em novembro o Roteiro Turístico Rural: Fé, Cultura e Tradição, lançado em 2019, poucos meses antes da pandemia. O município criou três pacotes turísticos - com valores entre R$ 130 e R$ 160 - englobando oito empreendimentos do município. A expectativa é de que só o movimento de turistas da região agregue até R$ 60 mil mensais para as empresas participantes na alta temporada.

Conforme a turismóloga Andreza Soccol, do Departamento de Turismo da prefeitura de Getúlio Vargas, a projeção de ganhos é amparada pela qualificação dos empreendedores, promovida pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS).

‘’Começamos a construir esse roteiro ainda em 2015, com apoio do Senar-RS, Emater e da associação comercial. Fizemos alguns cursos e visitas técnicas a outros roteiros para compreender as potencialidades turísticas do município. A partir daí, elencamos propriedades com potencial. Inicialmente, foram sete empreendimentos. De lá para cá, alguns desistiram, porque para participar do grupo é preciso se qualificar e ser avaliado”, conta.

O Senar-RS capacitou os participantes em temas variados - de Gestão a Jardinagem, passando por Boas Práticas de alimentação e higiene, além de planejamento de pousadas e restaurantes - dentro do Programa de Turismo Rural. 

“É um programa extenso, que pode ter enfoque municipal ou microrregional, que compreendam um roteiro turístico. Geralmente, são prefeituras que solicitam, por meio do Sindicato Rural, mas empreendedores rurais, associações de produtores, podem nos acionar de forma particular”, comenta o supervisor do Senar-RS Nilson Finger.

Atualmente, pelo menos oito municípios gaúchos empreendedores estão recebendo essa formação, que compreende dez módulos e 220 horas de conteúdo.

“Em Bento Gonçalves, já iniciamos dois programas e vamos iniciar mais dois em janeiro, a pedido do Sindicato Rural da Serra Gaúcha. Em Caxias do Sul vamos iniciar mais dois grupos em 2022, uma na região italiana e outro nos Campos de Cima da Serra”, antecipa Finger.

Crescendo juntos

Segundo a turismóloga, mestre em Turismo e Guia de Turismo e instrutora Senar Claudiana Y Castro, o programa de Turismo Rural leva em conta a potencialidade do município, da propriedade, da região e de cada empreendimento. Nos primeiros módulos, os participantes fazem visitas a cada propriedade para identificar possibilidades de exploração turística. Após o reconhecimento, os proprietários poderão trabalhar “com pés no chão, sem grandes investimentos, com adequações de espaços, melhorias, adaptando estruturas que já existem na intenção de receber o turista”. Depois, é formado o roteiro, uma programação que contemple atividades práticas, como caminhada, gastronomia e momentos de contemplação.

“O principal é trabalhar com associativismo, saber que uma andorinha só não faz verão. Saber que um turista não vai sair de Porto Alegre e ir para Getúlio Vargas só para ver uma agroindústria de mel, mas vai para ver essa agroindústria, a que faz erva mate, uma igreja, um café colonial, um almoço típico, uma trilha, enfim. Para crescer, tem de ser de forma associativa, unindo várias ofertas”, afirma Claudiana.

Vantagens

O turismo rural valoriza a cultura local e as populações que vivem no meio rural, demandando mão de obra e produção local, promovendo aumento na renda dos trabalhadores do campo. Segundo Finger, isso não apenas se reverte em ganhos econômicos aos municípios, mas desenvolve a comunidade.

“Todos os setores ganham. O envolvimento leva à evolução social. Os municípios se espelham muito uns nos outros e absorvem modelos positivos. Isso se reflete em aumento do Produto Interno Bruto (PIB), organização e gestão das propriedades, limpeza, higiene, destinação de lixo. Quando concluímos o programa, sempre vemos uma evolução muito grande. E para melhor”, afirma.

Nos últimos 10 anos, o empresário rural Wilson Renato Loch transformou sua propriedade em Getúlio Vargas em um ponto de encontro para amantes do tradicionalismo: o Recanto do Campero oferece aos turistas cavalgadas, gastronomia e música típica gaúcha. O trabalho começou despretensiosamente, mas acabou chamando a atenção do governo municipal.

“Fui criado no meio tradicionalista e acabei pegando amor por isso. Aí, como tínhamos a propriedade, comecei a organizar os cavalos, culinária campeira para fazer eventos familiares. Mas aí fui procurado pelo pessoal do roteiro e comecei a investir. Chamei colaboradores para fazer apresentações de gaita e violão, montei um pequeno museu com coisas de nossos antepassados. Agora estou me preparando para oferecer trilhas próximas ao Rio Toldo”, diz.

Loch conta que apesar das limitações, 2021 já foi um ano de retomada nas atividades da propriedade, que fica a 14km de Erechim.

“A pandemia atrapalhou um pouco, mas sempre teve algum evento familiar, com distanciamento. Hoje, tenho eventos praticamente todos os finais de semana, dentro e fora do roteiro. Nossa dedicação permite um faturamento razoável. Seguimos estudando e investindo, porque quem não administra bem, perde dinheiro”, resume.

Getúlio Vargas: Fé, Cultura e Tradição

Fonte: ASCOM/Padrinho Conteúdo - Tatiana Py Dutra

Segunda, 24 de Janeiro de 2022
Presidente sanciona Orçamento com R$ 89 bilhões para Auxílio Brasil e vetos de R$ 3,2 bilhões.
Presidente sanciona Orçamento com R$ 89 bilhões para Auxílio Brasil e vetos de R$ 3,2 bilhões. Fonte: Agência Câmara de Notícias

A nova lei orçamentária prevê um déficit primário R$ 79,3 bilhões, valor menor do que meta prevista na LDO, de R$ 170,5 bilhões

 O presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou o projeto de Lei Orçamentária Anual deste ano (Lei 14.303/21), que destina R$ 89,1 bilhões ao programa social Auxílio Brasil. Inicialmente, o projeto de lei (PLN 19/21) oferecia 34,7 bilhões para transferência de renda a famílias na linha da pobreza.

O volume só foi ampliado em R$ 54,4 bilhões porque o Congresso adaptou a proposta a emendas constitucionais que mudaram o cálculo do teto de gastos e limitaram o pagamento de precatórios para R$ 45,6 bilhões neste ano.

Já a previsão do teto de gastos na lei orçamentária é de R$ 1,7 trilhão, considerando a projeção do IPCA de 10,18% ao ano.

Vetos
O presidente da República vetou as emendas de comissão, classificadas como RP8, que somam R$ 1,361 bilhão, e mais R$ 1,824 bilhão em despesas primárias discricionárias. Com isso, o valor total do veto chega a R$ 3,184 bilhão.

O Planalto explicou que o veto teve como objetivo ajustar despesas obrigatórias relacionadas às despesas de pessoal e encargos sociais. "Será necessário, posteriormente, encaminhar projeto de lei de crédito adicional com o aproveitamento do espaço fiscal resultante dos vetos das programações", avisou.

Quem perdeu 
O ministério que mais perdeu recursos foi o do Trabalho e Previdência, com veto de R$ 1 bilhão. Em seguida vem o Ministério da Educação, com um cancelamento de R$ 736 milhões. Outros órgãos com grande volume de recursos vetados foram o Desenvolvimento Regional (menos R$ 458,7 bilhões), a Cidadania (R$ 284,3 milhões) e a Infraestrutura (R$ 177,8 milhões).

Os vetos ao projeto de lei orçamentária alcançam 138 programações diferentes. O programa que mais perdeu recursos foi a administração do Instituto Nacional do Seguro Social, com corte de R$ 709,8 milhões. O programa de Apoio ao desenvolvimento da educação básica perdeu R$ 324,7 milhões. Já o Serviço de Processamento de Dados de Benefícios Previdenciários teve corte de R$ 180,7 milhões.

O líder do governo na Comissão Mista de Orçamento, deputado Claudio Cajado (PP-BA), afirmou que os recursos vetados têm o objetivo de salvaguardar os recursos para pessoal, em especial da ativa. "Fora isso, o orçamento foi sancionado na sua integralidade", observou.

Claudio Cajado lembrou que, por causa das eleições, os recursos devem ser liberados até julho. "É um ano curto. Esperamos exercer as políticas públicas importantes e fundamentais para o bem da população, em especial no combate à nova cepa da Covid-19", apontou. O deputado ainda destacou as aões para controle da inflação e crescimento da economia.

A deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS), por sua vez, criticou os cortes e lamentou a manutenção de R$ 4,9 bilhões para o Fundo de Financiamento de Campanha e de R$ 16,5 bilhões para emendas de relator-geral de Orçamento, classificadas como RP9.

"Adivinha onde foram os cortes? Nas verbas para pesquisas científicas, indígenas, quilombolas e nos ministérios do Trabalho e Educação. Prioridades, né?", ironizou a deputada em sua conta no Twitter.

Déficit
O resultado primário previsto na lei orçamentária de 2022 é de déficit de R$ 79,3 bilhões. O volume é inferior à meta prevista na LDO 2022, de R$ 170,5 bilhões. A diferença é explicada principalmente pela elevação da estimativa de receitas.

O valor total das despesas é de R$ 4,7 trilhões, sendo que R$ 1,9 trilhão se destina ao refinanciamento da dívida pública.

Fonte: Agência Câmara de Notícias - Francisco Brandão

Edição: Natalia Doederlein

Segunda, 24 de Janeiro de 2022
Mercado financeiro aumenta previsão de inflação para este ano
Mercado financeiro aumenta previsão de inflação para este ano Fonte: Agência Brasil

Instituições financeiras consultadas semanalmente pelo Banco Central (BC) estimam, em boletim divulgado hoje (24), que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), inflação oficial do país, deve fechar 2022 em 5,15%. Há uma semana, a projeção do mercado era que a inflação terminasse o ano em 5,09%. Há quatro semanas, era 5,03%.

Para 2023, o mercado manteve a expectativa de inflação da semana passada, de 3,4%. Em 2024, a previsão também é a mesma da última semana.

O boletim Focus reúne a projeção do mercado para os principais indicadores econômicos do país. Na estimativa desta semana, o Focus indica a mesma variação do Produto Interno Bruto (PIB) registrada há sete dias, de 0,29%. Há quatro semanas, o mercado previa crescimento da economia brasileira de 0,42%.

O boletim registra ainda diminuição na expectativa de crescimento do PIB para 2023, passando de 1,75% na semana passada para 1,69%. Para 2024, a projeção se manteve estável, em 2%.

Taxa de juros e câmbio

A previsão do mercado para a taxa básica de juros, a Selic, em 2022, também ficou estável em relação ao divulgado na semana passada, 11,75% ao ano. Há quatro semanas, a projeção era que a Selic fecharia 2022 em 11,5% ao ano.

A taxa, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) está atualmente em 9,25% ao ano. Na próxima reunião do órgão, em fevereiro, o Copom já sinalizou que deve elevar a Selic em mais 1,5 ponto percentual.

Para o fim de 2023, a estimativa é que a taxa básica caia para 8% ao ano, a mesma da semana passada. Para 2024, a previsão para a Selic é 7% ao ano, índice igual ao da semana anterior.

A expectativa do mercado para a cotação do dólar em 2022 também se manteve igual ao projetado na semana passada, R$ 5,60. No próximo ano, a projeção é de alta no câmbio. Para 2023, a previsão da cotação do dólar subiu de R$ 5,46 para R$ 5,50 e, para 2024, se manteve estável em R$ 5,40.

Fonte: Agência Brasil – Luciano Nascimento

Imagem: Marcello Casal Jr.

Quinta, 20 de Janeiro de 2022
Seapdr solicita ao Mapa que amplie até final de fevereiro período de semeadura da soja
Seapdr solicita ao Mapa que amplie até final de fevereiro período de semeadura da soja Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) encaminhou nesta quarta-feira (19/01) ofício ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), solicitando ao órgão federal que flexibilize o prazo estabelecido na Portaria 394, de 10 setembro de 2021, que definiu o período para semeadura da soja no Rio Grande do Sul entre 13 de setembro de 2021 e 31 de janeiro de 2022, para fins de atendimento ao Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS). A Seapdr propõe que o calendário de plantio seja estendido até 28 de fevereiro de 2022.

Assinado pela secretária Silvana Covatti, o ofício afirma que a prorrogação do prazo é imprescindível, ao lembrar que a soja é a principal pauta da exportação no Rio Grande do Sul e tem grande relevância socioeconômica ao Estado. "Em visita ao Estado na semana passada, a ministra da Agricultura Tereza Cristina pode ver de perto a situação das nossas lavouras e a necessidade de medidas que mitiguem os efeitos da estiagem", destaca Silvana. Na safra 2021/2022, a previsão inicial era de implantação de 6,3 milhões de hectares com o grão no meio rural gaúcho.

O diretor de Defesa Vegetal da Secretaria da Agricultura, Ricardo Felicetti, explica que, em função da estiagem enfrentada no Estado e da situação de perda de diversas lavouras de soja, há tendência de haver necessidade de replantio de algumas áreas após a data-limite de semeadura, de 31 de janeiro, período em que os prognósticos climáticos indicam possibilidade de operação. “Há também situações de produtores que não conseguiram semear suas lavouras pela falta de chuva, os quais viriam a realizar o cultivo em situações de adequabilidade hídrica, que possivelmente ocorrerá no Estado somente a partir de fevereiro”, acrescenta Felicetti.

O diretor pontua que o plantio de soja nessas condições insere-se fora das condições preferenciais de cultivo. Contudo, afirma que, frente às perdas ocasionadas pela estiagem, a medida justifica-se técnica e economicamente.

Nas reuniões em que manteve com o Mapa neste ano, a secretária Silvana também havia reivindicado o alongamento do período de Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) da cultura da soja para fins de enquadramento dos produtores no Proagro e seguro rural. Sobre este pleito, o Mapa já acenou com a não possibilidade de alteração da data, a qual se findou em 31 de dezembro.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Quinta, 20 de Janeiro de 2022
IICA e Fundo Verde do Clima fecham parceria de US$ 100 milhões
IICA e Fundo Verde do Clima fecham parceria de US$ 100 milhões Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Para secretário de Inovação do Mapa, Fernando Camargo, iniciativa pode ajudar países a cumprirem meta de diminuir as emissões de metano na pecuária

Compromisso firmado pelo Brasil e outros 100 países durante a COP-26, a redução de emissões de metano no setor agropecuário ganhou reforço. Nesta semana, o Fundo Verde do Clima (GCF, sigla em inglês) apresentou projeto para buscar reduzir as emissões de metano da pecuária das Américas, em iniciativa que será financiada com recursos da ordem de US$ 100 milhões.

O anúncio foi realizado durante a cerimônia virtual de posse do diretor-geral do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), o argentino Manuel Otero, do qual a ministra Tereza Cristina participou enquanto presidente da Junta Interamericana de Agricultura (JIA). Desde junho do ano passado, o Fundo credenciou o IICA para implementar projetos financiados pela sua carteira de créditos, o que permite ao organismo acesso a recursos que apoiem iniciativas de adaptação e resiliência climática da agricultura e da ruralidade nos países das Américas.

“Esta parceria entre o Fundo Verde do Clima e o IICA é de extrema importância, pois se vislumbra o financiamento e recursos para o aprimoramento da pesquisa e outras tecnologias de inovação, as quais entendemos que é o caminho a ser trilhado. A redução do rebanho não é uma opção, o que se acredita é que com muita tecnologia e inovação nós vamos conseguir reduzir, e já há estudos para isso, a emissão de metano”, repercute o secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação do Ministério, Fernando Camargo.

A adesão ao compromisso global de redução de 30% nas emissões é voluntária e o Brasil já desenvolve várias ações que podem contribuir para essa meta. O secretário reforça a criação de gado em sistemas integrados permitindo que as emissões da pecuária sejam absorvidas pela lavoura e pela floresta que coexistem no sistema produtivo. Essa é uma das tecnologias do Plano ABC+, que promove práticas para uma agropecuária de baixa emissão de carbono com meta de redução de mais de 1 bilhão de toneladas até 2030.

Entre as estratégias que já são utilizadas para reduzir a emissão de metano na pecuária brasileira estão o melhoramento genético de pastagens para desenvolver alimentos mais digestíveis para os animais e o melhoramento genético dos animais, permitindo o abate precoce e, assim, a redução da emissão desses gases. Também está em estudo a utilização de aditivos que podem ser agregados na alimentação animal, com substâncias como algas, taninos e óleos essenciais.

“Então, esse é o melhor dos mundos: ter um animal geneticamente menos emissor, com uma boa alimentação e num sistema de criação em que se consegue fazer a remoção das emissões”, finalizou Camargo.

O IICA informou que primeiro passo da iniciativa, que vai contribuir para o desenvolvimento de processos produtivos mais eficientes e abrirá oportunidades tanto para o setor público quanto privado de apresentar seus projetos no continente americano, será a realização de estudos de viabilidade, a partir de um aporte inicial de US$ 1,5 milhão do GCF. 

O GCF, sediado na Coreia do Sul, é um fundo criado pela Convenção Marco das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, com uma carteira de US$ 20 milhões. A missão é ajudar países em desenvolvimento a elaborar práticas e tecnologias de adaptação às mudanças climáticas e à mitigação de seus efeitos.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Imagem: Kelem Silene Guimarães/Embrapa

Quinta, 20 de Janeiro de 2022
CNA alerta sobre recadastramento de irrigantes e aquicultores para descontos na energia elétrica
CNA alerta sobre recadastramento de irrigantes e aquicultores para descontos na energia elétrica Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) alerta produtores irrigantes e aquicultores sobre a importância do recadastramento de suas unidades consumidoras para aplicação dos descontos sobre as tarifas de energia elétrica.

A revisão cadastral das unidades está prevista na Resolução Normativa nº 414/2010, que foi atualizada pelas Resoluções Normativas 800/2017 e 901/2020 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Em Comunicado Técnico, a CNA esclarece que o recadastramento será realizado a cada três anos. Para o primeiro ciclo (2022 a 2023), serão aceitas a autodeclaração do consumidor relativa ao cumprimento do licenciamento ambiental e a outorga pelo direto do uso dos recursos hídricos.

O cronograma do primeiro processo de revisão cadastral deverá ser divulgado pela distribuidora de energia por meio de mensagem inserida na fatura de energia ou em sua página na internet, junto aos Conselhos de Consumidores locais.

A Confederação reforça que, caso o produtor rural perca o prazo ou não atenda aos critérios de recadastramento, o benefício tarifário será cancelado e a classificação da unidade consumidora será alterada.

Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Segunda, 17 de Janeiro de 2022
Ministra visita produtores rurais afetados pela estiagem no RS e em SC
Ministra visita produtores rurais afetados pela estiagem no RS e em SC Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Mapa criou comitê de monitoramento para avaliar perdas e apoio aos produtores

 A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, iniciou viagem nesta quarta-feira (12),  pelas áreas do centro-sul do país atingidas pela estiagem. Pela manhã, a ministra esteve em Santo Ângelo, no Rio Grande do Sul; e no período da tarde, em Chapecó, em Santa Catarina. A equipe de técnicos do Ministério, da Conab, Embrapa e representantes do Banco Central, Banco do Brasil e do Ministério da Economia integram a comitiva.

Nas localidades, a equipe visitou propriedades rurais afetadas pela estiagem e se reuniu com lideranças de produtores locais, além de prefeitos e parlamentares representantes dos estados.

 “Viemos ver de perto, conversar com os produtores e lideranças dos estados para realizar o levantamento in loco e levar para Brasília as informações necessárias que nos ajudarão a definir ações de curto, médio e longo prazo. É preciso pensarmos também na safra de inverno, saber sua viabilidade e avaliar a possibilidade de outras culturas mais seguras como alternativa”, declarou Tereza Cristina.

>> Veja aqui fotos das visitas

Conforme dados da Emater/RS, em decorrência da estiagem no Rio Grande do Sul, os produtores tiveram dificuldade em realizar a semeadura da soja, já que, no fim do ano passado, o plantio alcançou 93% da área.

Em Santo Ângelo, a ministra conversou com o produtor Dirceu Segatto, que relatou já ter perdido metade da lavoura de soja por causa da seca. Segundo ele, houve perda na plantação de milho e o custo para replantar praticamente dobrou.

Em Santa Catarina, segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI),a região oeste do estado apresentou de 20% a 40% da média histórica de chuvas para o mês de dezembro. E as chuvas dos meses de setembro e outubro não foram suficientes para recuperar os aquíferos, sendo o armazenamento de água no solo insuficiente para manter os mananciais em condições adequadas. O produtor Wolmir Meneghatti, de Chapecó (SC), contou para comitiva ministerial que já enfrenta o terceiro ano de quebra da safra de milho por causa da escassez de chuvas.

O presidente da Embrapa, Celso Moretti, que integra a comitiva, disse que pesquisas já mostram que é possível a diversificação de lavouras de segunda safra, com a adoção de culturas de cereais de inverno, como trigo, triticale, canola, centeio, aveia e cevada, como forma de recuperar as perdas com outras culturas, além da adoção de tecnologias, como construção de barraginhas para reserva e conservação de água nas propriedades durante os períodos de estiagem. Embrapa Trigo e Embrapa Suínos e Aves têm estudos que mostram que o milho pode muito bem ser substituído, principalmente pelo trigo e pelo triticale, sem afetar a qualidade nutricional na composição de ração para suínos e aves.

Desde o fim do ano passado, quando foram identificados os primeiros impactos do período de seca nas regiões, equipe técnica do Mapa está em campo para avaliar a situação das lavouras. A ministra reforçou que as vistorias da Conab foram antecipadas em uma semana para um levantamento atualizado sobre a intensidade e amplitude do impacto na produção agrícola, dimensionando os níveis de perdas por cultura e região. A ideia é dar mais celeridade ao processo de perícia e liberação das lavouras atingidas.

“O que não podemos é ter gente saindo da produção. Nós temos a preocupação de resolver a tempo para minimizar. Resolver tudo não vamos conseguir fazer, mas podemos dar alguns caminhos se fizermos rápido e agora”, ressaltou a ministra.

Cobertura do Seguro Rural

De forma a amenizar a situação para os produtores, o secretário de Política Agrícola do Mapa, Guilherme Bastos, destaca o papel preponderante do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) e da contratação de seguro rural por parte dos produtores rurais. 

"Nós temos um desafio grande na Secretaria de Política Agrícola. A primeira emergência que tomamos foi exatamente tomar par da situação. Checar a situação do seguro, checar como as instituições financeiras estavam recebendo algum pedido de renegociação.  Estamos trabalhando com Governo Federal para dar algum tipo de conforto neste primeiro momento", disse, acrescentando "que o produtor rural necessita contratar mitigadores de risco climático, como o seguro rural, visto que as adversidades climáticas, como seca, chuvas excessivas, geadas e granizos são cíclicas e ocorrem em diferentes regiões e culturas todos os anos, inclusive em anos com safras recordes". 

Levantamento preliminar da Secretaria de Política Agrícola do Mapa junto às principais instituições financeiras do crédito rural aponta cobertura significativa de mitigadores de risco para médios e pequenos produtores de soja e milho, com Proagro e Seguro Rural nos estados afetados pela seca.

Em relação às principais culturas afetadas, no Rio Grande do Sul, a área de cultura de soja está 41% segurada e a de milho, 55%. Em Santa Catarina, o panorama é de 31% de cobertura para a soja e de 42% para o milho.

Além disso, de forma geral, os produtores enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) têm financiamento de custeio, por obrigatoriedade legal, com 100% de contratação de Proagro ou Seguro Rural. Já os médios produtores do Pronamp tiveram de 79% a 95% das operações de crédito rural com cobertura de seguro ou Proagro, dependendo da cultura, estado e instituição financeira.

Esse índice reduz para 40% a 60% no caso dos demais produtores (grandes operações e produtores). Nas operações de custeio de produtores, que não sejam do Pronaf e com valor de até R$ 335 mil, é obrigatória a contratação de garantia via Proagro ou, em substituição, seguro rural.

Em 2021, a cobertura de seguro rural disponibilizada pelo Mapa foi recorde. O Mapa aplicou R$ 1,181 bilhão. Desde 2018, o investimento e a área segurada no país triplicaram.

De acordo com a ministra, a meta é ampliar os recursos de subvenção do seguro rural no próximo Plano Safra, o que permitirá ampliar o número de produtores rurais atendidos. “Se você faz um seguro atingindo mais gente, colocando mais gente nesse guarda-chuva, é melhor para o produtor, que paga sua dívida e começa novamente, e para o governo, que não tem que carregar a dívida por anos”.

Em relação ao crédito rural, o Mapa estuda o apoio de crédito adicional aos produtores dos municípios em que o estado de emergência foi reconhecido pelo Governo Federal. Já há possibilidade de apoio sem necessidade de autorização do Banco Central, inclusive em relação às dívidas referentes a operações de crédito de investimento contratadas com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), conforme previsto no Manual de Crédito Rural (MCR).

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Segunda, 17 de Janeiro de 2022
Simagro-RS lança boletim agrometeorológico a cada dez dias
Simagro-RS lança boletim agrometeorológico a cada dez dias Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

O Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro-RS) da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) lançará boletins agrometeorológicos decendiais, ou seja, a cada dez dias. O documento relata as condições meteorológicas observadas no Estado e oferece uma previsão para os 15 dias seguintes. A primeira edição do boletim, publicada na sexta-feira (14/01), está disponível na página do Simagro-RS.

"O boletim decendial era um produto que já estava planejado para ser lançado no início deste ano, e a estiagem veio para reforçar sua necessidade. Os dados divulgados podem ser usados nos relatórios sobre a estiagem", explica o coordenador do Simagro-RS, meteorologista Flavio Varone.

De acordo com o Boletim Agrometeorológico Decendial nº 1, a tendência para os próximos 15 dias indica a ocorrência de chuva expressiva no Rio Grande do Sul. O enfraquecimento do bloqueio atmosférico vai proporcionar o ingresso de umidade e o deslocamento de frentes frias, o que deverá favorecer a ocorrência de precipitação com volumes significativos em grande parte do Estado. Os setores Oeste e Noroeste deverão receber valores menores, o que indica que a deficiência hídrica deverá persistir nas próximas semanas. A previsão se refere ao período de 14 a 28 de janeiro.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Segunda, 17 de Janeiro de 2022
Boletim revela perdas pontuais nas lavouras de arroz do RS
Boletim revela perdas pontuais nas lavouras de arroz do RS Fonte: IRGA

O boletim da estiagem desta semana aponta que, apesar do clima, a situação da cultura de arroz irrigado nas seis regiões arrozeiras do Estado vem se desenvolvendo de forma satisfatória. Foram registradas, até o momento, apenas perdas e deficiências hídricas pontuais. Esses casos se agravam a cada dia, mas poderão ser amenizados se houver chuvas nas próximas semanas.

Esse é o segundo boletim divulgado pelo Instituto Rio Grandense do Arroz sobre a estiagem no RS, referente ao período de 7 a 14 deste mês. Os dados foram elaborados pelo Comitê de Monitoramento da Estiagem do Irga, a partir de informações coletadas junto aos produtores pelas equipes dos Núcleos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Nates) da autarquia.

Os casos mais graves estão localizados na área Central do Estado. Conforme levantamento das equipes da regional, a situação vem se agravando principalmente nas lavouras irrigadas por pequenos rios e arroios, que já apresentam vazão insuficiente para irrigação, em especial nos municípios do 27º Nate de Candelária. Pelo menos 10% da área da região está com problemas de irrigação. Se não houver chuvas intensas nos próximos dias, as perdas na produtividade podem ser significativas.

A meteorologista Jossana Ceolin Cera, consultora do instituto, informa que há previsão de chuvas para sábado (15) e domingo (16), ainda de forma mais isolada. “Entre segunda (17) e terça-feira (18), a frente fria ganhará força, devendo provocar chuva mais intensa nas regiões de fronteira com o Uruguai. Depois, entre os dias 19 e 29 de janeiro, a chuva será intercalada por períodos de melhoria no tempo. Ou seja, chuva intercalada com períodos em que o sol aparecerá”, acrescenta a meteorologista.

Fonte: Irga – Sergio Pereira

Imagem: Hedgar Souza