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Segunda, 17 de Janeiro de 2022
Atividade econômica cresce 0,69% em novembro, diz Banco Central
Atividade econômica cresce 0,69% em novembro, diz Banco Central Fonte: Agência Brasil

O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) apresentou alta de 0,69% registrado em novembro de 2021, na comparação com outubro, percentual já dessazonalizado para compensar eventuais diferenças entre os períodos, como o número maior de feriados ou fins de semana.

O dado, uma espécie de prévia do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país) foi divulgado hoje (17), em Brasília, pelo Banco Central. Apesar da alta, o trimestre ainda apresenta número negativo (-0,79%), devido a uma sequência anterior de recuos, segundo os números apresentados pela autoridade monetária.

Na comparação com novembro de 2020, quando os efeitos da pandemia estavam mais acentuados, o indicador tem alta de 0,43%; e no acumulado do ano (janeiro a novembro de 2021) a variação observada, sem ajuste sazonal, ficou em 4,59%. No acumulado de 12 meses, novembro tem alta de 4,30%.

Selic e câmbio

O IBC-Br incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: a indústria, o comércio e os serviços e a agropecuária, além do volume de impostos. O índice é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o Banco Central a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, definida atualmente em 9,25% ao ano.

A previsão do mercado para a taxa básica de juros, a Selic, ao final de 2022, é de 11,75% ao ano, conforme boletim divulgado pelo Banco Central no início do mês.

Fonte: Agência Brasil - Pedro Peduzzi

Imagem: Marcello Casal Jr.

Segunda, 17 de Janeiro de 2022
FGV: inflação medida pelo IGP-10 sobe 1,79% em janeiro
FGV: inflação medida pelo IGP-10 sobe 1,79% em janeiro Fonte: Agência Brasil

O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) subiu 1,79% em janeiro deste ano, depois de cair 0,14% em dezembro, de acordo com os dados divulgados hoje (17), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

Os preços para compor o indicador são coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência, servindo de base para o reajuste de tarifas públicas e contratos antigos de aluguel e planos de saúde. O IGP reúne os indicadores de preços ao produtor, ao consumidor e o custo da construção civil.

Com esse resultado, o índice acumula alta de 17,82% em 12 meses. Na comparação anual, em janeiro de 2021 o IGP-10 subiu 1,33%, com acumulado de 12 meses de 24,49%. De acordo com o coordenador dos Índices de Preços do instituto, André Braz, o indicador foi influenciado pelo aumento no preço de commodities e pela baixa na gasolina.

“As acelerações observadas nos preços do minério de ferro, que passaram de -19,28% em dezembro para 24,56% em janeiro, e da soja, indo de -3,41% para 2,92%, itens de maior peso no índice ao produtor, orientaram o avanço da taxa do IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), com maior influência sobre o IGP-10. Já a inflação ao consumidor e na construção civil apresentou desaceleração em função da queda do preço da gasolina, que foi de 5,50% para -1,51%, e dos preços de vergalhões e arames de aço, que passaram de -0,40% para -1,61%”.

Preços

Em janeiro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 2,27%, após a queda de 0,51% em dezembro. Por estágios de processamento, Bens Finais variaram de 0,42% para 0,75%, puxados pelo subgrupo alimentos in natura, que passaram de -2,84% para 3,14%. O índice dos Bens Finais, que exclui os alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 0,87% em janeiro, após variar 0,46% em dezembro.

Já o grupo Bens Intermediários teve a taxa desacelerando de 1,98% em dezembro para 0,55% em janeiro. A principal contribuição veio do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, que passou de 4,28% para -1,31%. O índice de Bens Intermediários (ex), que exclui da análise esse subgrupo, variou 0,86% em janeiro, após alta de 1,60%.

No grupo Matérias-Primas Brutas, o índice acelerou de -3,78% em dezembro para 5,43% em janeiro. As principais contribuições partiram do minério de ferro, da soja em grão e do milho em grão, que passaram de -4,71% para 2,86%. As principais desacelerações ocorreram nos itens bovinos (11,28% para 2,73%), café em grão (10,83% para 4,24%) e cana-de-açúcar (3,08% para 1,53%).

Preços ao consumidor

De acordo com o FGV Ibre, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,40% em janeiro, desacelerando em relação ao aumento de 1,08% de dezembro. Entre as oito classes de despesa componentes do índice, cinco tiveram queda nas taxas. São elas os Transportes (2,49% para -0,26%); Educação, Leitura e Recreação (2,61% para 0,38%); Comunicação (0,08% para 0,00%); Despesas Diversas (0,16% para 0,10%); e Habitação (0,77% para 0,74%).

As principais contribuições ocorreram nos combustíveis e lubrificantes (5,60% para -1,61%); passagem aérea (17,18% para -4,37%); combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,16% para 0,04%); alimentos para animais domésticos (0,78% para 0,45%); e tarifa de eletricidade residencial (1,86% para 1,63%).

Registraram aceleração nas taxas os grupos Alimentação (0,59% para 0,88%); Vestuário (0,19% para 1,31%); e Saúde e Cuidados Pessoais (0,12% para 0,15%). As maiores influências foram nas frutas (2,52% para 10,35%), roupas (0,24% para 1,51%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,06% para 0,38%).

INCC

O último componente do IGP-10, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,50% em janeiro, após a alta de 0,54% em dezembro. Materiais e Equipamentos passaram de 0,81% para 0,91%, Serviços foram de 0,61% para

0,97%; e Mão de Obra foi de 0,28% em dezembro para 0,05% em janeiro.

Fonte: Agência Brasil - Akemi Nitahara

Imagem: Marcello Casal Jr.

Sexta, 17 de Dezembro de 2021
Ipea revisa estimativa do valor adicionado do setor agropecuário
Ipea revisa estimativa do valor adicionado do setor agropecuário Fonte: Agência Brasil

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revisou hoje (16) a estimativa para o valor adicionado (VA) do setor agropecuário de 2021, passando de um aumento de 1,2% para retração de 2,6%.

Segundo os pesquisadores do Grupo de Conjuntura do instituto, a revisão das séries de contas nacionais trimestrais feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada junto com o resultado do Produto Interno Bruto (PIB, asoma de todos os bens e serviços produzidos no país) do terceiro trimestre, elevou a base de comparação para a estimativa de 2021, principalmente quando se consideram os últimos três trimestres do ano.  O IBGE revisou o crescimento do valor adicionado (VA) do setor agropecuário em 2020, de 2% para 3,8%.

O novo resultado é explicado, em especial, pelas novas informações disponíveis nas pesquisas estruturais anuais do IBGE, com destaque para a produção agrícola municipal e a pesquisa da pecuária municipal, divulgadas em outubro deste ano, que impactaram tanto os resultados de 2020 da produção vegetal quanto os da produção animal.

Os pesquisadores do Ipea consideraram, na nova previsão, a queda da produção de bovinos no terceiro trimestre deste ano e as reduções nas estimativas do levantamento Sistemático da Produção Agrícola para as produções de milho, cana-de-açúcar e laranja.

Desempenho negativo

O desempenho negativo para o valor agregado do setor agropecuário este ano se sustenta nas estimativas de quedas elevadas na produção de seis das sete culturas mais importantes. A soja é a única que apresenta perspectiva de crescimento (10,5%). Entretanto, nem mesmo o novo recorde da produção da principal cultura do país não impedirá a queda no agregado da produção vegetal. A piora nas estimativas de queda na produção anual da cana-de-açúcar (-8,3%) e laranja (-13,8%), em virtude do choque climático adverso observado na safra deste ano, impactou negativamente o VA do componente, explicou o Ipea.

Também a nova estimativa para o valor adicionado da produção animal deste ano sinaliza redução de 0,7%, ante previsão anterior de expansão de 1,2%. Apesar de altas elevadas nas produções de suínos (8,7%) e aves (4,5%), a piora se deve à queda muito forte, no terceiro trimestre, na produção de bovinos (-8,9%) e leite (-4,9%).

Expectativas

Para 2022, o diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac) do Ipea, José Ronaldo Souza Júnior, estima crescimento no VA do setor agropecuário de 2,8%, “devido à alta esperada para a produção de bovinos, à nova alta estimada para a produção de suínos e da safra de soja e expectativa de forte recuperação na produtividade e produção do milho, após a quebra de safra de 2021, resultante das questões climáticas adversas”. A previsão anterior era de alta de 3,4%, mas levava em consideração expectativas de safra ainda preliminares feitas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), informou.

Para o valor agregado da produção vegetal, em 2022, houve revisão de 3,9% para 2,6%, considerando o atual prognóstico de safra do IBGE, enquanto a estimativa para o valor agregado da produção animal para o próximo ano elevou-se de 2,2% para 3,6%, com projeção de crescimento em todos os segmentos e desaceleração para as proteínas substitutas da carne bovina.

O pesquisador associado do Ipea e um dos autores da nota, Pedro Garcia, disse que, em relação aos riscos para o valor agregado do setor agropecuário para 2021, em relação à produção vegetal, há possibilidade de revisão para baixo da produção das lavouras com colheitas que se estendem para o último trimestre do ano, como cana-de-açúcar, laranja e milho, embora com um peso menor sobre o total. “Essas culturas respondem por boa parte da piora do cenário para este ano e podem reservar alguma surpresa no último trimestre de 2021”, afirmou Garcia.

Já o desempenho da produção animal deverá ser influenciado pelas exportações de carne bovina para a China, devido à retirada recente do embargo ao produto. A liberação das vendas para o mercado chinês pode reverter parte da perda esperada, informou o Ipea.

Riscos

O instituto destacou que os riscos para 2022 ainda persistem, devido à preocupação, por exemplo, em relação aos efeitos mais permanentes das geadas sobre as lavouras de café. Na produção animal, 2022 deve ser um ano de recuperação do abate e manutenção da demanda aquecida doméstica e externa, com a normalização das exportações para a China.

matéria atualizada às 19h04 para correção de informação no primeiro parágrafo. Ao contrário do informado, a retração foi de 2,6% e não 1,2%

Fonte: Agência Brasil – Alana Gandra

Imagem: Arquivo/Agência Brasil

Sexta, 17 de Dezembro de 2021
Painel sensorial de azeite de oliva do LFDA-RS obtém reconhecimento internacional inédito no Brasil
Painel sensorial de azeite de oliva do LFDA-RS obtém reconhecimento internacional inédito no Brasil Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Painel de análise sensorial dos azeites de oliva virgens do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária no Rio Grande do Sul (LFDA-RS) obteve o reconhecimento do Conselho Oleícola Internacional (COI) até 30/11/2022. Esse reconhecimento é inédito no Brasil, e é a constatação da qualidade técnica das análises realizadas pelo corpo do Painel.

O painel sensorial é formado por um grupo de pessoas treinadas regularmente para provar um azeite de oliva e identificar nele aromas e sabores. A ação é complementar a análises laboratoriais físico-químicas e é fundamental para determinar se um azeite de fato é extravirgem ou não.

Para obtenção da certificação, o COI elenca uma série de requisitos técnicos e gerenciais, entre os quais a infraestrutura e a proficiência nos ensaios sensoriais.

“Esse reconhecimento é uma garantia da competência técnica e proficiência dos painéis. Considerando o mercado de azeite no Brasil, em que cerca de 99% dos produtos disponíveis são importados, é fundamental termos esse reconhecimento internacional, uma vez que o COI é a referência em regulação internacional”, relata o auditor fiscal federal agropecuário, Marcos Vinicios de Souza, responsável pelo Laboratório de Classificação Vegetal do LFDA-RS.

As análises físico-químicas de azeite de oliva são realizadas pelo LFDA-RS desde 2016, em atendimento aos requisitos definidos pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal da Secretaria de Defesa Agropecuária, e é através delas que se pode detectar fraudes e verificar se o produto está sendo comercializado com a classificação adequada. A partir desse reconhecimento, será trabalhado a implementação deste método na rotina para garantir que o azeite de oliva extravirgem que chega à mesa do consumidor brasileiro seja um produto de qualidade.

Para o chefe de Painel Sensorial, o professor Juliano Garavaglia, da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), essa certificação vai além da fiscalização, pois atesta a qualidade das análises realizadas pelo painel sensorial. "Estamos alinhados com outros laboratórios de todo o mundo, demonstrando que os resultados obtidos, seja na intensidade de aspectos positivos ou defeitos dos azeites, estão de acordo com as normativas internacionais. Também é importante para comparar dados sensoriais de cada azeite, oriundos de diferentes regiões do país, diferentes azeitonas, pontos de maturação e assim, melhorar toda a cadeia produtiva, buscando azeites de alta qualidade e com características sensoriais bem definidas e classificadas”.  

O que é Painel Sensorial?

O painel sensorial é formado por um grupo de pessoas treinadas regularmente para provar um azeite de oliva (virgem) e identificar nele aromas e sabores. Um especialista, que é chamado de chefe de painel, organiza e avalia estatisticamente as notas de aromas que cada pessoa deu ao azeite.

Os ensaios sensoriais basicamente consistem na identificação e quantificação da intensidade de uma série de atributos sensoriais do azeite de oliva virgem, que podem ser positivos, intrínsecos ao produto de boa qualidade, como aromas frutados e sabor amargo e sensação de pungência; ou podem ser negativos, produzidos a partir de processos inadequados de produção, matéria prima de baixa qualidade ou mau armazenamento: por exemplo, aroma e sabor rançosos; aromas de fermentação anaeróbica ou aeróbica; aromas e sabores de mofo; etc.

Então, conforme a presença de aromas frutados e a presença ou não de aromas ou sabores negativos indicados por esse grupo de pessoas, o chefe de painel emite um certificado dizendo se aquele azeite é virgem, extravirgem ou lampante, que é como os azeites virgens são classificados pela legislação brasileira.

O painel sensorial funciona a partir de uma seleção e de treinamentos periódicos (no mínimo semanal, frequência adotada pelo Painel Sensorial do LFDA-RS) dos avaliadores. Esses processos são conduzidos por um chefe de painel, que tem uma capacitação específica e aprofundada nos ensaios sensoriais de azeite de oliva. Uma vez que o grupo (chefe e avaliadores) é formado, as amostras de azeite são provadas às cegas; cada avaliador registra suas percepções (atributos sensoriais positivos e negativos, se houver, e suas intensidades); e o chefe de painel avalia as medianas bem como controles de validade de resultados de uma sessão (amostras em duplicata, por exemplo e dispersão de resultados para cada parâmetro avaliado).

Atualmente, estão envolvidas 22 pessoas, oriundas do LFDA-RS e da Superintendência Federal de Agricultura no Rio Grande do Sul (SFA-RS), além de servidores da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e voluntários.

Rede LFDA 

A Rede LFDA é composta por seis Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA) distribuídos por todo o Brasil: LFDA-GO, em Goiânia; LFDA-MG, em Pedro Leopoldo; LFDA-PA, em Belém; LFDA-PE, em Recife; LFDA-RS, em Porto Alegre; e LFDA-SP, em Campinas. 

As análises laboratoriais desempenhadas pela Rede LFDA são fundamentais à garantia da saúde dos rebanhos, da sanidade das lavouras e da qualidade dos diferentes produtos agropecuários, consumidos no Brasil ou exportados a mais de 100 países. 

Os resultados emitidos pelos LFDAs são internacionalmente reconhecidos como iguais ou equivalentes, seguros e confiáveis, o que confere ao Brasil o posicionamento entre os maiores exportadores de produtos agropecuários do mundo.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Sexta, 17 de Dezembro de 2021
Probabilidade de La Niña até o final do verão 2022 está acima dos 80%, aponta Copaaergs
Probabilidade de La Niña até o final do verão 2022 está acima dos 80%, aponta Copaaergs Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

A probabilidade do fenômeno La Niña permanecer no Rio Grande do Sul até o final do verão 2022 está acima dos 80%, de acordo com os modelos de previsão para definição do evento El Niño Oscilação Sul (ENOS) do International Research Institute for Climate and Society (IRI), utilizados pelo Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs).

O prognóstico climático para o mês de janeiro de 2022 indica chuva próxima da média em grande parte do Estado, exceto no extremo oeste, onde ficará um pouco acima da média. Para o mês de fevereiro, a tendência é de que a chuva fique abaixo da média. Em março, os prognósticos indicam chuvas próximas da média. Para as temperaturas do ar, o prognóstico é de que fiquem próximas da média em todo o trimestre. 

"Mesmo com condições de chuva dentro da faixa normal no verão, as precipitações ainda não são suficientes para suprir a demanda hídrica das principais culturas de primavera/verão, em função da alta demanda evapotranspirativa do período", destaca a coordenadora do Copaaergs, agrometeorologista Loana Cardoso. Evapotranspiração é a combinação da evaporação da água do solo e a transpiração da água pelas plantas.

O boletim do Conselho é elaborado a cada três meses por especialistas em Agrometeorologia de 14 entidades públicas estaduais e federais ligadas à agricultura ou ao clima. O documento também lista uma série de orientações técnicas para as culturas do período.

Arroz

Racionalizar o uso da água disponível através de técnicas de manejo adequadas, tais como movimentação mínima da água nos quadros e manutenção de baixas lâminas de água;
Em função da probabilidade de alta disponibilidade de radiação solar em anos de La Niña, ajustar a adubação nitrogenada em cobertura de acordo com as recomendações técnicas para as diferentes faixas de produtividade.

Feijão

Nas regiões em que a cultura está em desenvolvimento vegetativo, fazer adubação em cobertura quando o solo apresentar umidade adequada;
Irrigar, quando necessário, preferencialmente durante a floração e o desenvolvimento de vagens;
Na safrinha, escalonar a época de semeadura e, se possível, utilizar mais de uma cultivar, respeitando o zoneamento agrícola.

Milho

Escalonar a época de semeadura e utilizar cultivares de ciclos diferentes;
Para reduzir a competição por água no solo, evitar semeadura com altas densidades de plantas;
Fazer adubação em cobertura quando o solo apresentar umidade adequada ou quando houver previsão de ocorrência de precipitação pluvial;
Reservar água para irrigação, priorizando os períodos críticos da cultura: floração e enchimento de grãos;
Se houver demanda por alimentação animal, poderá ser realizada semeadura de milho para obtenção de silagem;
Atentar para o monitoramento da cigarrinha do milho realizando o controle conforme orientação técnica.

Soja

Nas semeaduras no mês de dezembro, utilizar, preferencialmente, cultivares de ciclo tardio;
Se houver disponibilidade de água para irrigação, destiná-la, preferencialmente, ao período de floração e enchimento de grãos;
Atentar para o controle de doenças, especialmente a ferrugem asiática. Informações sobre o monitoramento da doença no Rio Grande do Sul podem ser obtidas em http://www.emater.tche.br/site/monitora-ferrugem-rs/home#mapas.

Hortaliças

O prognóstico de precipitações dentro da normalidade ou abaixo do padrão requer atenção quanto à necessidade de irrigação, que deve, preferencialmente, ser realizada via sistema de gotejamento, que apresenta melhor eficiência de uso da água;
Mediante o prognóstico de temperaturas próximas ao padrão climatológico em todo o trimestre recomenda-se proceder ao manejo de abertura de laterais em ambientes protegidos (túneis e estufas), o mais cedo possível, evitando aumento excessivo da temperatura do ar no período diurno no ambiente interno dos abrigos;
Se possível, usar telas sombreadoras ou refletoras sobre o dossel de plantas para reduzir a incidência de radiação solar e, consequentemente, a temperatura do ar próxima ao dossel;
Culturas como a alface e tomate podem apresentar problemas relacionados à deficiência de cálcio (tipburn e podridão apical, respectivamente), nos períodos em que o fluxo transpiratório for acelerado (alta demanda evapotranspirativa) e/ou interrompido (deficiência hídrica). Assim, atentar para o microclima com a manutenção de umidade do ar adequada em ambiente protegido e garantir suprimento de água e de cálcio junto ao sistema radicular das plantas.

Fruticultura

Manter a vegetação de cobertura do solo, espontânea ou cultivada, associado às práticas de manejo na linha e na entrelinha, de forma a preservar a umidade do solo e evitar processos erosivos, principalmente em áreas com declividade elevada;
Em função de antecipação do ciclo em algumas frutíferas, atentar para o monitoramento e controle da ocorrência de insetos e de doenças, pois, nessa situação, a incidência pode ser superior ao histórico da área;
Controlar o excesso de crescimento vegetativo das frutíferas especialmente em períodos de maior demanda evapotranspirativa. Realizar poda verde para diminuir a demanda hídrica e promover maior aeração e insolação no dossel vegetativo;
Em áreas atingidas por granizo, intensificar o manejo fitossanitário e promover técnicas de recuperação das plantas visando a sustentabilidade da área para os próximos ciclos produtivos;
Em pomares jovens, prever a suplementação com irrigação para favorecer o estabelecimento das plantas, dando preferência à irrigação por gotejamento;
Em pomares em produção, na possibilidade de irrigar, priorizar métodos de irrigação localizados (gotejamento ou microaspersão).

Silvicultura

Caso o produtor florestal tenha necessidade de realizar o plantio no trimestre janeiro/fevereiro/março, as mudas florestais devem apresentar um sistema radicular bem formado e recomenda-se utilizar irrigação para garantir maior sobrevivência das mudas no campo.

Forrageiras

O prognóstico de chuvas na média ou ligeiramente abaixo da média torna importante o aumento do estoque de forragens na propriedade, seja no campo (redução da carga animal ou diferimento de potreiros), seja através de forragens conservadas (feno ou silagem);
No manejo das pastagens, procurar manter a cobertura do solo com resíduo adequado, manejando o pasto de acordo com a lotação animal recomendada para cada forrageira (ex. 12% de oferta de forragem em campo nativo);
Utilizar suplementações estratégicas para as categorias dos rebanhos mais necessitados, nos períodos em que ocorrerem estiagens;
Em caso de falta de chuvas, indica-se, quando possível, a irrigação de pastagens cultivadas.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Imagem: Carina Venzo Cavalheiro/Emater/RS – Ascar Soledade

Sexta, 17 de Dezembro de 2021
Atividade econômica vai desacelerar em 2022, diz Guedes
Atividade econômica vai desacelerar em 2022, diz Guedes Fonte: Agência Brasil

Com o processo de recuperação concluído após a fase mais aguda da pandemia de covid-19, a atividade econômica brasileira desacelerará em 2022, disse hoje (16) o ministro da Economia, Paulo Guedes. Segundo ele, a “volta em V” (forte queda seguida de forte crescimento) já foi concluída.

“Agora há previsões de que não vai haver crescimento, que vai haver recessão porque estamos combatendo a inflação. Os economistas sabem que quando se combate a inflação e sobe juros, há desaceleração econômica, um desaquecimento. Isso esvazia essa recuperação cíclica que estávamos desfrutando. Mas nós já estamos em pé, essa é a volta em V, esse episódio se completou”, disse o ministro após reunião do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).

O PPI estuda e avalia as concessões e privatizações, definindo ações e modelagens para as operações. Para o ministro, o investimento privado será importante para evitar uma desaceleração maior da atividade econômica. “Nossa taxa de investimento está chegando ao ponto mais alto desde 2013, a 19,5% do PIB [Produto Interno Bruto]”, declarou Guedes.

Ao apresentar o balanço do PPI neste ano, o ministro destacou que as concessões e privatizações contrataram R$ 822,3 bilhões em investimentos privados desde 2019. “Só neste ano, nós temos investimentos contratados de R$ 334 bilhões e para 2022 são mais 153 ativos, num total de R$ 389,3 bilhões”, afirmou.

A nova versão do Relatório de Inflação, divulgada hoje pelo Banco Central, confirmou a desaceleração da economia no próximo ano. A projeção do órgão para o crescimento do PIB em 2021 caiu de 4,7% para 4,4%. Para 2022, a estimativa caiu de 2,1% para 1%.

Fonte: Agência Brasil – Welton Máximo

Imagem: Marcello Casal Jr.

Quinta, 16 de Dezembro de 2021
Projeto Agro.BR atinge marca de mil empresas participantes
Projeto Agro.BR atinge marca de mil empresas participantes Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

O Projeto Agro.BR, iniciativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), atingiu a marca de 1.000 inscritos.

O objetivo do projeto é auxiliar pequenos e médios produtores rurais a viabilizar o fechamento de negócios internacionais para aumentar a presença desses empresários no comércio exterior e diversificar a pauta de exportação de produtos do agro.

Dos 1.000 participantes inscritos, 318 são do setor de café, 205 de frutas e derivados e 134 de mel e derivados. Ao todo, são 19 tipos de cadeias produtivas. Na primeira fase do projeto, os setores prioritários são frutas, piscicultura e aquicultura, lácteos, mel, cafés especiais, flores e hortaliças.

Para a diretora de Relações Internacionais da CNA, Lígia Dutra, o Agro.BR é um divisor de águas para os pequenos e médios empreendedores rurais brasileiros. “Em menos de dois anos, são mais de mil interessados que estão encontrando no projeto todo o apoio necessário para alcançar o mercado externo”, disse.

De acordo com a CNA, neste ano, 96 empresários inscritos no Agro.BR realizaram exportações, sendo que 24 empresas não exportavam antes do projeto. “Do café especial, passando por mel, lácteos, frutas, chocolates, castanhas e, até geleia de umbu, o Agro.BR vem provando que o mundo quer conhecer cada vez mais os alimentos brasileiros”, destacou Lígia.

O projeto Agro.BR foi lançado em março de 2020, época em que se iniciava a pandemia da covid-19. Por esse motivo, a iniciativa precisou passar por uma reestruturação e se adaptar às novas exigências do mercado externo, como o surgimento de novos serviços digitais em substituição à burocracia existente.

Rodadas de negócios, seminários e capacitações, por exemplo, foram realizados em formato virtual. No total, o Agro.BR promoveu 9 rodadas de negócios com foco em diversas cadeias produtivas e mercados, como Reino Unido, Estados Unidos e Europa.

Durante as rodadas virtuais, foram realizadas 1166 reuniões entre empreendedores rurais e compradores internacionais, com um total de 240 participantes. A expectativa de negócios é de US$ 68 milhões.

Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Quinta, 16 de Dezembro de 2021
Programa de Sementes Forrageiras da SEAPDR recebe manifestações de interesse até 04 de janeiro
Programa de Sementes Forrageiras da SEAPDR recebe manifestações de interesse até 04 de janeiro Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) abriu  prazo para manifestação de interesse dos produtores rurais para o Programa de Sementes Forrageiras. É um levantamento preliminar para avaliar os recursos necessários para operacionalização do programa em 2022. O prazo vai até o dia 04 de janeiro de 2022.

O programa tem por objetivo fomentar a aquisição de sementes forrageiras a serem utilizadas na formação de pastagens de inverno e verão destinadas a? alimentação dos rebanhos de leite e corte nos estabelecimentos de base familiar. Mais de 10 mil agricultores familiares devem ser beneficiados, em sua maioria produtores de leite que têm a base da alimentação do seu rebanho sobre pastagens. São cultivados aproximadamente 30 mil hectares de espécies como azeve?m, aveia preta, aveia branca, trigo duplo propósito, ervilhaca e capim suda?o.

“Como algumas regiões do estado já estão sendo afetadas pela escassez de chuvas nestes meses de novembro e dezembro, o programa tem uma função ainda mais importante, porque planeja uma operacionalização em calendário antecipado, proporcionando ao agricultor a oportunidade de semeadura em condições climáticas favoráveis no início do calendário de cultivo”, destaca Jonas Wesz, coordenador do Programa. Segundo Wesz, o cultivo de forrageiras no cedo possibilita, de forma antecipada, ter as pastagens de inverno, reduzindo a escassez de alimento no vazio forrageiro de outono e proporcionando um bom estabelecimento da cultura, que e? fundamental para a produção de forragem no período de outono/inverno/primavera.

Podem participar do programa agricultores familiares, de acordo com os requisitos dispostos na Lei nº 11. 326, de 24 de julho de 2006, e pecuaristas familiares, de acordo com os requisitos da Lei estadual nº 13.515, de 13 de setembro de 2010, através de suas cooperativas, associações e sindicatos. Os recursos serão operacionalizados por meio de financiamento subsidiado conforme regras do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Produtores Rurais (FEAPER).

As entidades interessadas em participar devem efetuar a manifestação de interesse para SEAPDR através de ofício com a identificação da entidade, valor e número de produtores que deseja atender com o programa (veja abaixo o modelo para manifestação de interesse). O documento assinado pela entidade deve ser encaminhando para o e-mail: leitegaucho@agricultura.rs.gov.br

Mais informações

Divisão de Sistemas Produtivos / Departamento de Agricultura Familiar e Agroindústria da Seapdr, pelo fone (51) 3218-3361 ou pelo e-mail: leitegaucho@agricultura.rs.gov.br

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Imagem: Fernando Dias/SEAPDR

Quinta, 16 de Dezembro de 2021
CCJ aprova projeto que substitui fiscalização agropecuária por autocontrole dos produtores
CCJ aprova projeto que substitui fiscalização agropecuária por autocontrole dos produtores Fonte: Agência Câmara de Notícias

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei do Poder Executivo que substitui a fiscalização agropecuária por programas de autocontrole por produtores rurais e indústria e incentivo a modelos de fiscalização on-line a partir do compartilhamento de processos. O projeto também altera regras de controle sanitário e o valor das multas aplicadas por infrações.

O Projeto de Lei 1293/21 foi aprovado na forma do do substitutivo da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, conforme parecer do relator, deputado Pedro Lupion (DEM-PR). O projeto tramita em caráter conclusivo e poderá seguir ao Senado, a menos que haja recurso para a votação pelo Plenário da Câmara. 

O texto aprovado incorpora mais de 20 emendas à proposta do governo. A principal inovação é a criação do Programa de Vigilância em Defesa Agropecuária para Fronteiras Internacionais (Vigifronteira), que atua no combate e repressão à pirataria e à falsificação de produtos agrícolas contrabandeados de outros países e para impedir a entrada de doenças e pragas ou outras substâncias danosas à agropecuária nacional.

O novo texto padronizou os ritos dos processos administrativos da defesa agropecuária, mantendo assegurados o contraditório e a ampla defesa.

Agrotóxicos
O substitutivo permite ainda concessão automática de registro para produtos agropecuários que possuam parâmetros ou padrões normatizados. A regra não vale para defensivos agrícolas ou agrotóxicos, regulados por legislação específica.

Conforme a proposta aprovada, os agentes privados regulados pela defesa agropecuária desenvolverão programas de autocontrole com o objetivo de garantir a inocuidade, a identidade, a qualidade e a segurança dos seus produtos. O programa não é obrigatório para agentes da produção primária agropecuária, como os produtores rurais, mas eles poderão aderir voluntariamente a programas de autocontrole por meio de protocolo privado de produção.

O substitutivo deixa a definição dos programas de autocontrole sob responsabilidade do setor produtivo, com orientação do Ministério da Agricultura. O texto original dá essa atribuição ao ministério, ouvido o setor privado.

Caberá à fiscalização agropecuária verificar o cumprimento do descrito no programa de autocontrole da empresa, que será definido pelo estabelecimento privado e deve atender, no mínimo, aos requisitos definidos em legislação.

Os programas conterão registros sistematizados e auditáveis de todo o processo produtivo, desde a recepção da matéria-prima até o produto final. Deverão conter ainda medidas para recolhimento de lotes em desconformidade com o padrão legal e os procedimentos de autocorreção.

Segundo o Executivo, o projeto tem o objetivo de conferir maior suporte à fiscalização agropecuária, a partir da obrigatoriedade de adoção de programas de autocontrole pelos próprios agentes regulados, e a implantação do programa de incentivo à conformidade em defesa agropecuária.

Omissão do Estado
Parlamentares de oposição votaram contra a proposta. Para o deputado Patrus Ananias (PT-MG) o projeto estabelece uma omissão estatal. “Esse projeto faz com que os produtores rurais, e aqui nós estamos falando sobretudo do agronegócio, da grande produção rural, se tornem seus próprios fiscais. Eles passam a controlar suas próprias atividades, com a total ausência, com a total omissão do Estado. É um projeto que coloca o setor privado acima do Estado”, afirmou.

Já para o deputado Capitão Alberto Neto (Republicanos-AM), a proposta é inteligente e reduz a burocracia. “O nosso agronegócio é pujante e nós temos um país de dimensões continentais. Achar que só os agentes públicos vão conseguir dar conta dessa dimensão do nosso país é querer ficar no atraso. O projeto é muito inteligente, traz a iniciativa privada, para participar dessa fiscalização, dá multas pesadas para quem não cumprir [as regras], reduz burocracia”, argumentou.

Fonte: Agência Câmara de Notícias - Paula Bittar

Edição – Roberto Seabra

Quinta, 16 de Dezembro de 2021
Banco Central projeta inflação de 10,2% para este ano
Banco Central projeta inflação de 10,2% para este ano Fonte: Agência Brasil

A inflação calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar este ano em 10,2%, considerando a taxa de juros (Selic) em 9,25% ao ano e o câmbio partindo de R$ 5,65. A informação está no Relatório de Inflação, publicação trimestral do Banco Central (BC), divulgado hoje (16). No relatório de setembro, a projeção para inflação no ano era 8,5%.

Nesse cenário, a inflação ficará acima da meta que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,25% e o superior, 5,25%.

Para 2022, a projeção de inflação é de 4,7% e, para 2023, de 3,2%. Nesse caso, supõe uma trajetória de juros que se eleva para 11,75% ao ano durante 2022, terminando em 11,25% ao ano, e reduz-se para 8% ao ano em 2023.

A inflação ao consumidor continua persistente e elevada, segundo o BC. “Há preocupação com a magnitude e a persistência dos choques, com seus possíveis efeitos secundários e com a elevação das expectativas de inflação, inclusive para além do ano-calendário de 2022”, diz o relatório.

A meta definida pelo CMN para de 2022 é 3,5% e para 2023, é 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos. Ou seja, por esse cenário, a inflação ficará próxima do limite superior em 2022 e do centro da meta em 2023.

Quando se consideram os grupos de preços livres e administrados, o BC destaca a elevada projeção para a inflação de preços administrados em 2021, de 16,7%. Caso a previsão se concretize, será a inflação mais alta desde 2015, quando atingiu 18,07%.

“Destacam-se os aumentos já verificados de preços de gasolina, gás de bujão e energia elétrica. Para 2022, a projeção de administrados se reduz significativamente, refletindo principalmente a dissipação dos choques correntes, a bandeira de energia elétrica utilizada e a queda recente no preço do petróleo”, diz o relatório.

Por outro lado, segundo o BC, a inflação de preços livres vai se reduzindo ao longo do tempo na medida em que os efeitos da alta do índice vão se dissipando e a trajetória da taxa de juros real utilizada está acima da taxa neutra (aquela que não gera mudanças na inflação). A projeção do BC para o IPCA Livres em 2021 é de 8%.

Inflação registrada

Em novembro, o IPCA foi de 0,95%, fechando no maior nível para o mês desde 2015 (1,01%) e acumulando alta de 10,74% em 12 meses. No ano, até novembro, a inflação é de 9,26%.

O índice é pressionado, especialmente, pelo aumento dos preços de combustíveis. Segundo o BC, itens mais associados à inflação subjacente também contribuem. “A pressão sobre os preços de bens industriais ainda não arrefeceu, enquanto a inflação de serviços já se mostra mais elevada, refletindo a gradual normalização da atividade no setor [muito impactado pela pandemia de covid-19]”, diz o relatório.

Com a alta da inflação, na semana passada o BC elevou a Selic pela sétima vez consecutiva, de 7,75% para 9,25% ao ano, e deve promover nova alta na próxima reunião do Copom, em fevereiro. A taxa básica de juros é o principal instrumento usado pelo Banco Central para alcançar a meta de inflação. A elevação da Selic, que serve de referência para as demais taxas de juros no país, ajuda a controlar a inflação porque causa reflexos nos preços, já que juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, evitando a demanda aquecida.

Fonte: Agência Brasil – Andreia Verdélio

Imagem: Marcello Casal Jr.