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Quinta, 27 de Janeiro de 2022
União pagou R$ 303,41 bi em dívidas a estados e municípios em 2021
União pagou R$ 303,41 bi em dívidas a estados e municípios em 2021 Fonte: Agência Brasil

Ao longo de 2021, a União pagou R$ 303,41 bilhões em dívidas atrasadas a estados, municípios, bancos federais, entidades controladas e estatais federais. Os dados constam do Relatório de Garantias Honradas pela União em Operações de Crédito, divulgado hoje (27) pelo Tesouro Nacional.

O valor representa um acréscimo de 2,5% em relação ao que foi pago em 2020, quando a União honrou R$ 296 bilhões em dívidas atrasadas. Foram R$ 112,92 bilhões em operações de crédito internas e R$ 190,48 bilhões em operações externas.

O Tesouro informou que os bancos públicos federais são os maiores credores nas operações de crédito internas. Eles concentraram 98,1% do total de operações.

A Caixa, o Banco do Brasil (BB) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) emprestaram R$ 110,74 bilhões em 2021. Os bancos privados emprestaram apenas R$ 2,18 bilhões, o que representa apenas 0,7% das operações internas.

Já os organizamos multilaterais, como o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) entre outros respondem por 91,% das operações de crédito externas.

Juntos, esses organismos emprestaram R$ 173,27 bilhões. O Bird emprestou o maior valor R$ 81,30 bilhões; seguido pelo BID, com R$ 80,53 bilhões e o CAF com R$ 8,73 bilhões. As agências foram responsáveis por R$ 9,13 bilhões e os credores privados por R$ 8,07 das operações.

O relatório aponta ainda que, em 2021, a União pagou R$ 8,96 bilhões de dívidas de entes subnacionais. O valor é referente às dívidas de cinco estados e um município.

Os maiores valores honrados foram relativos a inadimplências com o Rio de Janeiro (R$ 4,18 bilhões), Minas Gerais (R$ 3,13 bilhões), Goiás (R$ 1,3 bilhão), Amapá (R$ 194,32 milhões), Rio Grande do Norte (R$ 156,98 milhões), além do município fluminense de Belford Roxo (R$ 1,56 milhão).

“Os valores honrados em 2021 aumentaram a necessidade de financiamento da dívida pública federal, uma vez que a União está impedida de executar as contragarantias de diversos estados que obtiveram liminares no Supremo Tribunal Federal (STF) suspendendo a execução das referidas contragarantias”, informou o Tesouro.

De acordo com o relatório, no ano passado foram contratadas 50 novas operações de crédito garantidas, sendo 40 contratos de garantia internos e 10 contratos de garantia externos.

O Tesouro disse ainda que a maioria dos contrato de operações garantidas foi realizada por município, que efetivaram 36 contratos assinados, o que representa 72% do total de contratos assinados.

Entre os mutuários, os estados apresentam a maior participação, com 77,2% (R$ 234,13 bilhões) do saldo devedor total. Os municípios e os bancos federais apresentam participação de 10,1% (R$ 30,54 bilhões) e 7,5% (R$ 22,79 bilhões), respectivamente. As entidades controladas detêm 3% (R$ 9,19 bilhões) e as estatais federais detêm 2,2% (R$ 6,75 bilhões).

O Estado de São Paulo possui o maior saldo devedor em operações de crédito garantidas, com 13,4% do total, totalizando R$ 40,72 bilhões; seguido pelo Rio de Janeiro com 12,2% do total, que totaliza R$ 37,14 bilhões.

Minas Gerais vem em terceiro, com R$ 25,69 bilhões de dívidas. A Bahia vem depois, com R$ 17.35 bilhões e em quinto lugar o Ceará, com R$ 15,25 bilhões de dívidas.

Completam a lista dos sete maiores devedores, os estados do Rio Grande do Sul, com R$ 12,17 bilhões; e Pernambuco, com R$ 11,01 bilhões. Os demais estados, juntos, somam R$ 74,78 bilhões em dívidas.

Já com relação aos município, o Rio de Janeiro aparece na frente com R$ 7,46 bilhões em dívida. Em seguida vem Manaus, com R$ 2,57 bilhões; Fortaleza, com R$ 2,26 bilhões; São Bernardo do Campo, com R$ 2,12 bilhões; e Belo Horizonte, com R$ 1,83 bilhão. Os demais municípios, juntos, devem R$ 14,27 bilhões.

Garantias

As garantias representam os ativos oferecidos pela União, representada pelo Tesouro Nacional, para cobrir eventuais calotes em empréstimos e financiamentos dos estados, municípios e outras entidades como bancos nacionais ou instituições estrangeiras, como o BID, Bird e o Banco Mundial.

Como garantidor das operações, o Tesouro é comunicado pelos credores de que não houve a quitação de determinada parcela do contrato.

Caso o ente não cumpra suas obrigações no prazo estipulado, o Tesouro compensa os calotes, mas desconta o valor coberto com bloqueios de repasses federais ordinários, além de impedir novos financiamentos.

Há casos, entretanto, de bloqueio na execução das contragarantias. Entre 2019 e 2021, diversos estados que obtiveram liminares no Supremo Tribunal Federal (STF) suspendendo a execução.

Fonte: Agência Brasil – Luciano Nascimento

Imagem: José Cruz

Quarta, 26 de Janeiro de 2022
Estado apresenta primeiro registro de mosca-negra-dos-citros
Estado apresenta primeiro registro de mosca-negra-dos-citros Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Engenheiros agrônomos da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) identificaram o primeiro registro de ocorrência da mosca-negra-dos-citros (Aleurocanthus woglumi) no Rio Grande do Sul.

A descoberta foi realizada durante inspeções de rotina em pomares de citros em março de 2021, na cidade de Porto Xavier. Ao longo do ano passado, as equipes de fiscalização da Seapdr fizeram inspeção em pomares à procura de incidência de pinta preta e do cancro cítrico, para manter estas pragas sob controle no Estado, e de uma praga conhecida como greening, que ainda não tem registro de ocorrência no Rio Grande do Sul.

Ocorrência de mosca-negra-dos-citros em Porto Xavier - Foto: Elizandra Pavanello

“Os engenheiros agrônomos se depararam com uma espécie de inseto antes não encontrada e realizaram a coleta. O material foi enviado ao Laboratório Agronômica, credenciado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), sendo então constatada a primeira ocorrência de mosca-negra-dos-citros no Estado. Mais quatro pomares próximos da primeira ocorrência foram vistoriados, onde a praga também foi encontrada”, relata a chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal, Rita Antochevis.

Os danos característicos da mosca-negra-dos-citros, ocasionados tanto pelos insetos adultos quanto as ninfas, são sucção de seiva, plantas debilitadas com murchamento, redução no número de frutos e morte prematura de plantas. “Na ocasião do monitoramento, foi encontrada alta ocorrência de insetos adultos, ovos e ninfas”, complementa Rita. Nas folhas e frutos, também foi constatada a presença de fumagina, um fungo que se prolifera em culturas atacadas por pragas.

A mosca-negra-dos-citros já foi considerada praga quarentenária presente no Brasil pelo Mapa, mas, com a expansão de sua ocorrência, deixou de fazer parte desta lista a partir de 2014.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Imagem: Adilson Bacelar

Quarta, 26 de Janeiro de 2022
Entenda os fatores que pressionam a inflação no Brasil e no mundo
Entenda os fatores que pressionam a inflação no Brasil e no mundo Fonte: Agência Brasil

A tempestade que parecia ter ficado para trás ganhou novos capítulos em 2022. Pelo menos no início do ano, a inflação continuará pressionada por uma combinação de fatores domésticos e externos, segundo especialistas e o próprio Banco Central (BC).

Tensões geopolíticas internacionais, como a ameaça de conflito militar entre Rússia e Ucrânia, e fatores internos, como problemas climáticos e as incertezas políticas deste ano, puxarão os índices de preços pelo menos no primeiro trimestre.

Em parte, o fenômeno da inflação tem origem externa e aflige inclusive países desenvolvidos. Nos Estados Unidos, a inflação ao consumidor atingiu 7% em 2021, o nível mais alto desde 1982.

Na zona do euro, a inflação chegou a 5%, alcançando o maior valor desde a criação da moeda única no continente europeu. Esse cenário ocorreu mesmo com o desemprego elevado em vários países.

A reabertura das economias após a fase mais aguda das restrições sociais provocada pela pandemia fez o preço internacional do barril de petróleo subir para US$ 80, quatro vezes acima do que na fase mais aguda da pandemia, quando a cotação chegou a cair para US$ 19.

O problema não ocorreu apenas com o petróleo. Fontes de energia como carvão e urânio também ficaram mais caras.

As tensões entre Rússia e Ucrânia e um bombardeio a caminhões de combustível nos Emirados Árabes Unidos, perpetrado por rebeldes financiados pelo Irã, agravaram a situação.

Com o barril caminhando para US$ 90, a Petrobras anunciou o primeiro aumento de combustíveis em três meses. O reajuste terá impacto no bolso dos brasileiros nas próximas semanas, com a decisão dos governadores de descongelar o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os combustíveis.

Outro fator que pressionou a inflação mundialmente foi o gargalo nas cadeias de produção após a reabertura da economia em diversos países. Além do aumento da demanda global, a política de lockdowns em zonas industriais e portuárias da China para conter o avanço da covid-19 provocou escassez de insumos e de mercadorias importadas.

Produtos industrializados passaram a ficar mais caros, com filas de duas a três semanas em vários portos para descarregar mercadorias. Os fretes quadruplicaram ou quintuplicaram, dependendo do produto.

Banco Central

O próprio presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reconheceu recentemente os desafios para a segurar a inflação no início de 2022. Na semana passada, ele admitiu que a seca no Sul e as enchentes em Minas Gerais e no Nordeste estão afetando a inflação no início de ano.

“A inflação em 12 meses no Brasil está perto do pico, mas ainda vemos aumento de preços do petróleo e altas provocadas por problemas climáticos. Regiões do país com muita chuva ou seca já tiveram a colheita prejudicada, e isso já afeta o preço da comida”, disse Campos Neto num evento virtual promovido por um banco.

Para o presidente do BC, a crise energética global e a desvalorização do real estão contribuindo para que o Brasil importe inflação de outros países. “Se imaginarmos que a inflação energética do Brasil estivesse na média dos demais países, a inflação total do Brasil seria menor que a dos Estados Unidos”, comparou.

Depois de alcançar 10,06% em 2021, o maior nível desde 2015, a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deverá cair pela metade neste ano, mas permanecerá acima do teto da meta.

Segundo o boletim Focus, pesquisa com instituições financeiras divulgadas toda semana pelo Banco Central (BC), a inflação deverá ficar em 5,15% neste ano.

Para 2022, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou uma meta de inflação de 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O indicador terá de ficar entre 2% e 5%, para o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, não ser obrigado a escrever uma carta justificando o estouro da meta, como ocorreu com a inflação de 2021.

No documento, Campos Neto disse que a pandemia de covid-19 e a crise hídrica, que diminuiu o nível dos reservatórios, foram os principais fatores que impulsionaram a inflação no ano passado. Ele também atribuiu o repique nos preços ao aumento no preço de várias commodities (bens primários com cotação internacional).

Mesmo com as pressões internacionais, existem peculiaridades na economia brasileira que influenciam a inflação. No ano passado, a seca no centro-sul provocou a quebra de safras como a de milho e cana-de açúcar.

Usado na alimentação de gado, o milho teve impacto no preço da carne. A redução da colheita de cana afetou o preço da gasolina, que contém 27% de etanol na composição. O inverno forte em 2021 provocou geadas que queimaram plantações de café. O grão acumula alta de 46% nos últimos seis meses.

Incertezas

O professor de Economia do Ibmec Gilberto Braga aponta outro fator que complicará a inflação neste ano: a incerteza política e as pressões para aumento de gastos em ano de eleições. Para ele, a imprevisibilidade gerada pelo processo eleitoral pressionará os preços, à medida que inibirá investimentos do setor produtivo:

“Acho que a inflação é uma combinação de fatores internos e externos. Os fatores externos certamente contribuem, mas os fatores internos são mais relevantes no momento. O fato de este ser um ano eleitoral aumenta a pressão por mais gastos públicos, diversas categorias de servidores públicos estão pressionando por reajustes, sem contar que o Ministério da Economia cedeu parte da gestão do Orçamento à Casa Civil. Isso gera uma imprevisibilidade que atrasa investimentos, a geração de empregos e desestimula o empreendedorismo”.

Segundo Braga, a inflação deve cair por causa dos aumentos de juros promovidos pelo Banco Central, mas isso só ocorrerá no segundo trimestre. “A inflação deve cair por causa de respostas aos juros mais altos ainda esperados para o início de 2022. Os índices devem começar a cair no meio do ano, mas se mantendo em torno de 5% anualizados, acima do teto da meta”, estima o professor de economia.

Fonte: Agência Brasil – Welton Máximo

Imagem: Marcello Casal Jr.

Quarta, 26 de Janeiro de 2022
BNDES amplia para R$ 150 milhões Fundo Socioambiental
BNDES amplia para R$ 150 milhões Fundo Socioambiental Fonte: Agência Brasil

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ampliou o orçamento do Fundo Socioambiental na modalidade Apoio Continuado de R$ 100 milhões para R$ 150 milhões. Os recursos, de acordo com o presidente Jair Bolsonaro, têm foco em projetos voltados para educação, meio ambiente e geração de emprego e renda.

“Modelo de investimentos do Fundo Socioambiental garante até R$ 1 investido para cada R$ 1 dado por outros apoiadores”, disse, por meio de sua conta no Twitter. “Perspectiva de captação passa para R$ 300 milhões”, completou.

Por meio de nota, o BNDES informou que todo o investimento será feito no modelo não reembolsável, ou seja, que não necessita de quitação do crédito, desde que seja comprovadamente cumprido o contrato estabelecido e realizado o objeto da contratação, com a efetiva contrapartida socioambiental.

Fundo Socioambiental

Lançado em agosto de 2021, o Fundo Socioambiental recebeu 37 propostas até 15 de outubro, data limite do primeiro ciclo de avaliação. Das propostas recebidas, segundo o BNDES, 13 projetos, que somam R$ 153 milhões em investimentos, foram considerados aptos para seguir no processo de análise do banco.

Desse total, é pleiteado um montante de R$ 76 milhões, sendo R$ 32 milhões em sete projetos de educação, R$ 32 milhões em quatro projetos de geração de emprego e renda e R$ 12 milhões em dois projetos de meio ambiente.

Apoio Continuado

Na modalidade Apoio Continuado, de acordo com o BNDES, os projetos podem ser apresentados a qualquer momento. Mas, como o comitê consultivo se reúne de forma periódica, a data limite para apresentação de novas propostas a serem apreciadas no próximo ciclo é 28 de fevereiro.

Os proponentes devem ser entes privados sem fins lucrativos e as ações devem ter valor mínimo de R$ 5 milhões. As propostas serão analisadas de acordo com os critérios divulgados na página do Fundo Socioambiental, além das demais normas e políticas do BNDES.

Fonte: Agência Brasil

Imagem: Fernando Frazão

Terça, 25 de Janeiro de 2022
Brasil bate recorde histórico com mais de US$ 1,21 bilhão em exportação de frutas em 2021
Brasil bate recorde histórico com mais de US$ 1,21 bilhão em exportação de frutas em 2021 Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Brasil alcançou recorde histórico de exportação de frutas em 2021, apontam os dados apresentados no Boletim Hortigranjeiro 2022, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), órgão vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

No ano, as exportações brasileiras de frutas foram superiores tanto em volume quanto em receita. O faturamento superou US$ 1,21 bilhão, sendo 20,39% acima do computado até dezembro de 2020. O volume total de frutas frescas enviadas ao exterior foi de 1,24 milhão de toneladas, superior em 18,13% em relação ao mesmo período do ano anterior,

Dentre as frutas mais exportadas pelo Brasil em 2021 estão: mangas, com US$ 248 milhões e 20% do total exportado no período; melões, com US$ 165 milhões e 14% de participação; uvas, com US$ 155,9 milhões e 13%; nozes e castanhas, com US$ 151,9 milhões e 13%; limões e limas, com US$ 123,8 milhões e 10% de participação.

As exportações das frutas nacionais em 2021 tiveram como principais destinos a União Europeia (48%), os Estados Unidos (16%), o Reino Unido (14%), a Argentina (4%) e o Canadá (3%).

O coordenador-geral de Estatística e Análise Comercial da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) do Mapa, Gustavo Cupertino, destaca que alguns fatores favoreceram o crescimento das exportações. “Possivelmente, a retomada da economia mundial e a procura por alimentação saudável em um ambiente de pandemia. Além disso, temos que destacar a qualidade dos produtos brasileiros, bem como a proximidade do maior comprador”.    

Para o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Sergio De Zen, o aumento nas exportações indica uma recuperação. “A demanda internacional aquecida, o clima favorável para a produtividade e a qualidade de diversas culturas foram fundamentais para que as vendas de frutas para o mercado externo ultrapassassem a marca de 1 milhão de toneladas. Também é importante destacar que este novo recorde não se deu apenas com a recuperação dos mercados já existentes, mas também com a abertura de novos mercados – resultado dos trabalhos de novos acordos bilaterais liderados pelo Ministério". Desde 2019, já foram abertos mais de 150 novos mercados externos para produtos agropecuários. 

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Terça, 25 de Janeiro de 2022
Irga promove gira técnica para definição de novos rumos da pesquisa e extensão
Irga promove gira técnica para definição de novos rumos da pesquisa e extensão Fonte: IRGA

A Comissão de Pesquisa e Extensão do Instituto Rio Grandense do Arroz organizou uma gira técnica com objetivo de visitar produtores de arroz irrigado nas seis regiões arrozeiras do RS. A primeira semana prevê roteiros pela Planície Costeira Externa, Zona Sul e Planície Costeira Interna. Na segunda semana, serão as regiões Central, Campanha e Fronteira Oeste.
Foram escolhidos produtores que têm a diversificação de culturas como base para a sustentabilidade de suas propriedades, tendo em vista a identificação de parâmetros que possam ser utilizados no programa de pesquisa e extensão do Irga a serem transferidos aos demais orizicultores do Estado. Além de incentivar a integração da pesquisa e extensão com o produtor rural e de nortear as ações da instituição, no âmbito do departamento técnico, estabelecendo uma rotina na realização desse tipo de ação.
“A gira técnica proporcionará uma troca de experiência entre o Irga e o produtor. Durante essa semana e a próxima estaremos visitando produtores de ponta, que utilizam alta tecnologia e são referências no sistema orizícola, buscando somar conhecimento. O que nos permitirá afinar o Programa de Pesquisa e Extensão, e servirá de base para a estruturação do novo Projeto Institucional do instituto”, afirma a diretora técnica, Flávia Tomita.

No primeiro dia da gira técnica, nesta segunda-feira (24), as equipes de Pesquisa e Extensão do Irga visitaram a FAD Sementes, localizada nos municípios de Santo Antônio da Patrulha e Capivari do Sul. O corpo técnico do instituto e os produtores anfitriões discutiram o manejo da propriedade que envolve o cultivo de arroz, soja, milho e pecuária.
Também conversaram sobre as práticas conservacionistas que visam à integração das culturas, como estrutura e fertilidade do solo, plantas de cobertura e aprimoramento na gestão de recursos. O ponto que merece destaque nessa propriedade é a adoção do plantio direto há seis anos e que já está consolidado em 100% da área da propriedade.
“A FAD Sementes é uma propriedade de referência na região do Litoral Norte e adota um sistema de diversificação nas áreas de arroz, com rotação de soja e milho irrigados, pastagens de verão e coberturas e pastagens de inverno. Obtendo, através desse sistema, cada vez mais altas produtividades nas áreas. Produz sementes de alta qualidade. Tudo isso aliado a uma excelente gestão administrativa e de pessoas”, comenta o coordenador Regional da Planície Costeira Externa, Vagner Santos.

Fonte: Irga

Imagem: Mara Grohs/Irga

Terça, 25 de Janeiro de 2022
Simagro-RS prevê chuva e diminuição das temperaturas para final de janeiro e início de fevereiro
Simagro-RS prevê chuva e diminuição das temperaturas para final de janeiro e início de fevereiro Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

A tendência para os próximos 15 dias indica a diminuição da temperatura e ocorrência de chuva na maior parte do Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Agrometeorológico Decendial nº 2, elaborado pelo Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro-RS) da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr).

Nas próximas semanas, a passagem de duas frentes frias provocará chuva na maioria das regiões, com possibilidade de temporais isolados e totais expressivos em alguns municípios, principalmente na Metade Norte.

Não há previsão de extensas ondas de calor, e o ingresso de massas de ar seco e frio favorecerá a ocorrência de temperaturas mais condizentes com a estação do verão. O deslocamento dos sistemas meteorológicos vai proporcionar aumento da umidade do solo, especialmente nas faixas Norte e Nordeste.

Condições hídricas em janeiro

A análise do balanço hídrico feita pelo Simagro-RS mostrou que a deficiência hídrica aumentou na maior parte do Estado em janeiro, principalmente na Fronteira Oeste, Missões, Região Central e Campanha. Somente nos Campos de Cima da Serra e Litoral Norte os dados apresentaram excesso hídrico ao longo do período.

O mesmo padrão se verifica no cálculo da diferença entre a precipitação ocorrida e a evapotranspiração potencial. Na maioria das regiões, a sequência de dias com temperaturas extremamente elevadas e ventos constantes aumentou a evaporação e prejudicou ainda mais o desenvolvimento das culturas instaladas.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Imagem: Fernando Dias/Seapdr

Terça, 25 de Janeiro de 2022
Exportações do agro somam US$ 9,9 bilhões em dezembro de 2021
Exportações do agro somam US$ 9,9 bilhões em dezembro de 2021 Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

As exportações do agro somaram US$ 9,9 bilhões em dezembro de 2021, crescimento de 36,5% em relação ao mesmo mês de 2020, segundo análise da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) com base nos dados do Ministério da Economia.

No acumulado de janeiro a dezembro, as vendas externas totalizaram valor recorde de US$ 120, 6 bilhões, alta de 19,7% na comparação com 2020, alcançando resultado histórico.

A soja em grãos liderou a lista de produtos exportados em dezembro, com participação de 13,8% do total e receita de US$ 1,4 bilhão, aumento expressivo de 1.210,9% em relação ao mesmo período de 2020. O milho foi o segundo produto mais vendido (US$ 795 milhões), apesar da queda em relação a dezembro de 2020 (-12,4%). Completam a lista dos cinco itens mais comercializados o café verde, o farelo de soja e a carne de frango in natura.

O aumento mais expressivo em percentuais nas vendas externas foi para o óleo de soja em bruto, de 1.941,5%, passando de US$ 9 milhões em dezembro/2020 para US$ 183,2 milhões em dezembro/2021. Trigo e farelo de soja também apresentaram bom desempenho, com altas no valor exportado de 211,0% e 79,9%, respectivamente.

Em dezembro de 2021, 65,9% das vendas do agronegócio tiveram 10 países como principais destinos. A China foi o principal mercado em dezembro, com participação de 20,9% do total, seguida por União Europeia (16,3%) e Estados Unidos (9,8%).

Na comparação entre os meses de dezembro de 2020 e 2021, houve também aumento nas exportações para os dez principais destinos de produtos do agronegócio, com destaque para Egito (+102,5%) e Turquia (+98,7%). Em todo o ano de 2021, os maiores crescimentos em termos de mercado foram para o Irã (70,3%), Chile (58,1%) e Estados Unidos (30,2%).

Agro.BR – A CNA também compilou os dados sobre as exportações mensais dos setores prioritários do Projeto Agro.BR, uma iniciativa feita com a Apex-Brasil para aumentar a oferta de produtos do agro brasileiro no comércio exterior e promover a diversificação da pauta exportadora brasileira.

O setor de chá, mate e especiarias foi o que mais se destacou em dezembro, com crescimento de 97% nas exportações na comparação com 2020. Em seguida, aparecem pescados, com aumento de 68,2%, e lácteos, com alta de 17,3%.

Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Terça, 25 de Janeiro de 2022
Tesouro Direto atinge vendas de R$ 3,293 bilhões em dezembro
Tesouro Direto atinge vendas de R$ 3,293 bilhões em dezembro Fonte: Agência Brasil

As vendas de títulos do Tesouro Direto superaram os resgates em R$ 1,791 bilhão em dezembro do ano passado. Segundo dados do Tesouro Nacional divulgados hoje (25), as vendas de títulos atingiram R$ 3,293 bilhões, e os resgates totalizaram R$ 1,687 bilhão, sendo R$ 1,502 bilhão relativos a recompras.

Os títulos mais procurados pelos investidores foram os corrigidos pela taxa básica de juros, a Selic (Tesouro Selic), que corresponderam a 57,6% do total. Os títulos vinculados à inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), como o Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais, tiveram participação de 32,2% nas vendas, enquanto os prefixados, com juros definidos no momento da emissão, foram 10,3%.

Em relação à rentabilidade acumulada, o destaque de dezembro foi para o título Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2031, com vencimento em 1° de janeiro de 2031, que registrou variação de 4,74%.

O estoque total do Tesouro Direto alcançou R$ 79,19 bilhões no fim de dezembro, um aumento de 3,4% em relação ao mês anterior de R$ 76,60 bilhões, e aumento de 26,3% sobre dezembro de 2020 (R$ 62,70 bilhões).

Os títulos remunerados por índices de preços respondem pelo maior volume no estoque, alcançando 55,2%. Na sequência, aparecem os títulos indexados à taxa Selic, com participação de 26,4%, e, por fim, os títulos prefixados, com 18,4%.

Em relação à composição do estoque por prazo, o balanço mostra que 1% dos títulos vencem em até 1 ano. A maior parte, 64,8%, é composta por títulos com vencimento entre 1 e 5 anos. Os títulos com prazo entre 5 e 10 anos, por sua vez, correspondem a 11,2% e aqueles com vencimento acima de 10 anos, a 23,0%.

Investidores

O balanço mostra ainda que em relação ao número de investidores, em dezembro, 881.029 novos participantes se cadastraram no Tesouro Direto. O número total de investidores cadastrados ao fim do mês atingiu 16.299.139, o que representa aumento de 77,2% nos últimos 12 meses.

O número de investidores ativos chegou a 1.814.127, uma variação de 25,7% nos últimos 12 meses. No mês, o acréscimo foi de 78.761 novos investidores ativos.

A utilização do Tesouro Direto por pequenos investidores pode ser observada pelo considerável número de vendas até R$ 5 mil, que correspondeu, em dezembro, a 588.989 operações de venda de títulos a investidores, o que correspondeu a 85,0% das vendas ocorridas no mês. O valor médio por operação, neste mês, foi de R$ 5.592,39.

Os investidores estão preferindo papéis de médio prazo. As vendas de títulos com prazo de um a cinco anos representaram 61,1% e aquelas com prazo de 5 a 10 anos, 29,3% do total. Os papéis de mais de 10 anos de prazo chegaram a 9,6% das vendas.

O balanço completo do Tesouro Direto está disponível na página do Tesouro Nacional na internet.

Fonte de recursos

O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas pudessem adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional, pela internet, sem intermediação de agentes financeiros. O aplicador só precisa pagar uma taxa para a corretora responsável pela custódia dos títulos.

A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com um adicional que pode variar de acordo com a Selic, os índices de inflação, o câmbio ou uma taxa definida antecipadamente no caso dos papéis prefixados.

Desde o dia 1º de janeiro, o investidor com recursos no Tesouro Direto paga menos para manter o dinheiro aplicado. A taxa de custódia dos títulos caiu de 0,25% para 0,20% do valor dos papéis.

Fonte: Agência Brasil –  Luciano Nascimento

Imagem: Marcello Casal Jr.

Segunda, 24 de Janeiro de 2022
Municípios devem se candidatar a receber poços e microaçudes até segunda-feira
Municípios devem se candidatar a receber poços e microaçudes até segunda-feira Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) solicita aos gestores municipais interessados na escavação de microaçudes e perfuração de poços artesianos em suas localidades que se candidatem por meio de ofícios (modelos abaixo), que devem ser remetidos ao Gabinete da secretária Silvana Covatti. Os pedidos precisam chegar à Seapdr até a próxima segunda-feira (24/01) pelo email avancar@agricultura.rs.gov.br. Já as reivindicações de cisternas devem ser feitas junto aos escritórios da Emater/RS-Ascar.

A demanda apresentada subsidiará a abertura dos processos para a execução das obras previstas no Avançar na Agropecuária e no Desenvolvimento Rural. As dotações orçamentárias referentes aos microaçudes, poços e cisternas, no montante de R$ 173,7 milhões, já estão liberadas para que as licitações avancem.

Segundo a secretária Silvana, todos os municípios que manifestarem interesse receberão microaçude e poço, visando ao atendimento, em especial, às comunidades rurais que mais sofrem com escassez de recursos hídricos. “Vamos oportunizar que todas as prefeituras indiquem locais onde há mais necessidade de reservação de água e qualificação da irrigação. Sabemos o quanto a água é fundamental para o desenvolvimento das atividades no campo e o quanto será importante a viabilização destas obras pelo governo do Estado”, afirma a titular da Agricultura.

A proposta é que sejam escavados, num primeiro momento, 10 microaçudes por município, em média. Ao todo, 6 mil microaçudes estão previstos no Avançar. A Secretaria da Agricultura estuda a possibilidade de fechar convênio com os municípios e repassar a eles os recursos correspondentes à execução de cada lote. Os projetos técnicos serão feitos por meio da Emater e beneficiarão os agricultores familiares.

O Avançar também prevê a perfuração de 750 poços artesianos no Estado que serão entregues prontos para uso às localidades, contendo bomba submersa, quadro de comando, custo da outorga da água, instalação de torre metálica e 750 caixas d’água. A Secretaria da Agricultura fará esta licitação. A ideia é que cada município receba, no mínimo, um poço. A construção da rede de distribuição dessa água até as propriedades será uma contrapartida que caberá ao município. No ofício que deve ser encaminhado ao Gabinete da Seapdr, além de se responsabilizar pela construção ou ampliação da rede de distribuição, os gestores municipais precisarão apontar qual localidade será beneficiada com o poço e caixa d’água.

Em relação às 1,5 mil cisternas, a Secretaria da Agricultura também será a responsável pela licitação. Serão atendidas prioritariamente propriedades familiares que tenham condição de captação de água da chuva por meio dos telhados, como unidades produtivas que contam com aviários, granjas de suínos e construções que servem de abrigo ao gado leiteiro. As cisternas terão capacidade de armazenagem de 30 mil litros de água que será destinada à dessedentação dos animais e à microirrigação. Caberá ao produtor os custos com a instalação das calhas para a coleta da água da chuva. Os projetos técnicos serão feitos pela Emater, que é quem vai apontar onde está a maior necessidade de cisternas no Estado.

Lançado em 2 de dezembro do ano passado, o Avançar na Agropecuária e no Desenvolvimento Rural prevê um investimento de R$ 275,9 milhões. Entre os três grandes eixos estratégicos contemplados, está a agenda da qualificação da irrigação e reservação da água, com o montante de R$ 201,42 milhões. Os outros eixos são o fortalecimento da agricultura familiar (R$ 35,34 milhões) e as melhorias nos acessos às propriedades para facilitar o escoamento da produção agropecuária (R$ 39,15 milhões).

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Imagem: Gustavo Mansur/ Palácio Piratini