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Terça, 20 de Dezembro de 2022
Comissão do Arroz entrega Troféu Solução 2022
Comissão do Arroz entrega Troféu Solução 2022 Fonte: Imprensa Sistema Farsul

Na noite de sexta-feira (16/12) aconteceu a entrega do troféu Solução. A homenagem, que está em sua nona edição, reconhece o trabalho de pessoas e entidades que se destacaram na defesa do setor arrozeiro ao longo do ano. A distinção é entregue pela Comissão do Arroz da Farsul. Neste ano, os agraciados foram o produtor rural, Henrique Orlandi, o presidente da Federarroz, Alexandre Velho, e a Cooperativa Tritícola Sepeense (Cotrisel).
O coordenador da Comissão do Arroz da Farsul, Francisco Schardong, abriu o evento valorizando o trabalho do produtor rural. "Eu sei o que é a lavoura do arroz. O primo pobre da cesta básica, o nosso arroz, é homenageado nesta noite. Cada um de vocês faz o dia a dia deste cereal em busca de melhores momentos para a nossa lavoura. Hoje, por mais que, muitas vezes, não entendam o papel do arrozeiro, nós podemos dizer que ainda é uma profissão que busca o seu sustento", disse salientando os custos de produção que estreitam a margem de lucro dos produtores.
O Secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Domingos Lopes, destacou o trabalho de Schardong à frente da Comissão do Arroz e na diretoria da Farsul. "O Schardong é um ícone do agro gaúcho, uma lenda viva que ensinou, eu tenho certeza, muito de nós a ter lado. O lado do produtor rural!", afirmou.
O diretor Financeiro da Farsul, José Alcindo Ávila, falou pela Federação. Ele falou que o objetivo da premiação é reconhecer uma cultura que se confunde com a história do Rio Grande do Sul. "Nós temos aqui gente com uma vida dedicada a lavoura de arro. Isso faz parte da gente do campo, daqueles que tem seu trabalho focado naquilo que as vezes começa desde pequeno. Vamos ver se a cultura de arroz como cultura, produção de alimento, possa trazer também um benefício para aquelas pessoas que continuam trabalhando e focadas nessa cultura que faz parte da cesta básica", comentou.
O diretor Técnico do Senar-rs, Cláudio Rocha, também destacou o trabalho que vem sendo realizado por Schardong na Farsul. "Sem dúvida, o Troféu Solução tem a tua marca. E essa tua marca, para quem labuta no Sistema Farsul como eu, desde 1997, é algo muito inspirador. Parabéns em nome do Senar-RS à Farsul e, especialmente, a ti por mais um ano de realização do evento", comemorou. Rocha aproveitou para falar de algumas ações do Senar-RS destinados à cadeia arrozeira, entre elas a mudança para o status de realizadores da Abertura Oficial da Colehita do Arroz, juntamente com a Federarroz e Embrapa.

Fonte: Imprensa Sistema Farsul

Segunda, 19 de Dezembro de 2022
Observatório Mulheres Rurais do Brasil é lançado pelo Mapa
Observatório Mulheres Rurais do Brasil é lançado pelo Mapa Fonte: EMBRAPA

Em cerimônia no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) na quarta-feira (14), o Observatório Mulheres Rurais do Brasil foi apresentado pela pesquisadora Cristina Arzabe, da Superintendência de Estratégia (Suest), que destacou a importância da plataforma para identificar quem são e onde estão as mulheres rurais no País.

No observatório, o público encontra dados sobre o número de mulheres no campo, sejam elas dirigentes de estabelecimentos rurais ou trabalhadoras, por estado, região, na agricultura familiar, por atividade econômica, nos estabelecimentos com agroindústrias, bem como informações sobre políticas públicas, editais e publicações.

“A criação do Observatório Mulheres Rurais do Brasil responde à Agenda 2030, que tem como meta não deixar ninguém para trás, em especial ao ODS 5 – Equidade de Gênero (Agenda 2030 - ODS 5 de equidade de gênero). É uma ferramenta que oferece visibilidade ao trabalho das mulheres rurais e integra o sistema Agropensa da Embrapa. É o resultado de um trabalho multi-institucional envolvendo Mapa, Embrapa, FAO e o importante apoio do IBGE”, destacou a pesquisadora. Ela explicou ao público presente que a plataforma contém gráficos interativos construídos a partir de dados do IBGE e do Ministério do Trabalho e Previdência, mas outros estão sendo preparados com dados do Mapa, por exemplo.

Cristina explicou que, para os dirigentes de estabelecimentos rurais, somente nos últimos dois censos agropecuários (2006 e 2017) os dados foram desagregados por sexo. “Antes isso não era feito, então havia uma invisibilidade em relação à presença das mulheres como dirigentes rurais”, acrescentou.

“Por incrível que pareça, até 1988 a mulher não tinha direito à titulação da terra pela reforma agrária e nem à aposentadoria. Hoje, são quase um milhão à frente das propriedades rurais, fazendo um trabalho de grande relevância no campo junto com mais de 4,3 milhões de trabalhadoras rurais”, ressaltou Moretti, ao falar sobre a plataforma e sua importância para subsidiar projetos de pesquisa e políticas públicas.

Ele lembrou que o Observatório das Mulheres Rurais do Brasil integra o Sistema Agropensa, composto por 27 observatórios espalhados pelo Brasil, nas mais diferentes cadeias, como o Observatório da Soja, o Centro de Inteligência de Caprinos, o Centro de Inteligência do Leite, entre outros. Em todos é possível obter informações sobre a presença das mulheres nas cadeias do agro.

Moretti enfatizou a importância da parceria com o Mapa e com a FAO. E destacou que a Embrapa, neste ano, ganhou o Prêmio Campeã da FAO (2022 Champion Award), considerado o mais alto prêmio corporativo mundial, em reconhecimento à contribuição significativa e notável para o avanço dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.

O ministro da Agricultura, Marcos Montes, destacou a importância dos dados disponibilizados no Observatório para elaboração de políticas públicas. “O Brasil é carente de dados. Esses dados nos dão a oportunidade de conhecermos a realidade das mulheres do campo”, disse, acrescentando a importância da participação feminina na produção de alimentos e combate à insegurança alimentar global.

Para Rafael Zavala, representante da FAO no Brasil, o observatório é uma iniciativa inédita, inclusive para a América Latina, pois não existia até então um espaço com dados oficiais sobre a participação das mulheres na produção agrícola. “São as mulheres que exercem um papel fundamental na segurança alimentar e nutricional das famílias. Elas são guardiãs do desenvolvimento sustentável dos sistemas agroalimentares. Outro aspecto importante que devemos explorar a partir dos dados apresentados é a inclusão das mulheres na consolidação do turismo rural sustentável no Brasil, que impacta diretamente na renda das famílias e no seu crescimento econômico”, disse Zavala. Ao final, o representante da FAO ressaltou a importante participação de mulheres no Grupo de Trabalho Multi-institucional para a criação e implementação do Observatório, entre elas, Úrsula Zacarias, a ponto focal  da FAO Brasil para questões de gênero.

Durante a cerimônia, foi realizada uma homenagem especial à servidora Vera Oliveira, do Mapa, que atuou como coordenadora-geral de Capacitação e Formação Cooperativista, coordenadora-geral de Autogestão Cooperativa, coordenadora do Programa Coopergênero e diretora substituta do Departamento de Cooperativismo e Associativismo Rural. Também participaram do evento Mara Papini, secretária-executiva adjunta, e Fabiana Durgant, diretora do Departamento de Cooperativismo e Acesso a Mercados do Mapa.

 Dados sobre a presença das mulheres rurais no campo, de acordo com o último Censo Agropecuário

Mulheres dirigentes de estabelecimentos rurais: 946.075
Mulheres em codireção: 817.019
Total de mulheres dirigentes: 1.763.094
Mulheres trabalhadoras rurais ocupadas: 4,37 milhões de mulheres
Total de mulheres no campo: 6,14 milhões de mulheres

 

Fonte: Embrapa

Segunda, 19 de Dezembro de 2022
Núcleo da CNA trata de melhorias na produção da cachaça
Núcleo da CNA trata de melhorias na produção da cachaça Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

 A CNA discutiu, na sexta (16), melhorias na produção da cachaça em reunião do Núcleo de Execução da Aguardente de Cana, que abordou a revisão da Instrução Normativa nº 13 de 2005 que dispõe sobre os padrões de identidade e qualidade da bebida.

Representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apresentaram as principais alterações e definições realizadas após o processo que contou com consulta e audiência públicas que a CNA participou.

Vitor C. de Oliveira, da Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov) do Mapa, apresentou os principais dados publicados recentemente no Anuário da Cachaça 2021.

Segundo ele, o número de estabelecimentos produtores registrados caiu 2% em relação a 2020 (936 unidades), que ainda se concentram no Sudeste, principalmente em Minas Gerais e São Paulo. Já o número de registros de cachaças cresceu 40,6% (4.969 produtos).

“Apesar do fechamento de estabelecimentos, o consumo não caiu no Brasil devido à oferta de produtos ter crescido no mercado. Isso demonstra a qualidade da cachaça produzida no País”.

Durante a reunião, a assessora técnica da CNA, Fernanda Silva, falou sobre o resultado do Prêmio CNA Brasil Artesanal – Cachaça de Alambique, realizado pela Confederação no segundo semestre de 2022.

Os vencedores das categorias branca e amarela também participaram da reunião e comentaram a percepção que tiveram do concurso e as perspectivas para seus negócios de agora em diante.

Assessoria de Comunicação CNA
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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Segunda, 19 de Dezembro de 2022
Mais de 300 agricultores do Vale do Caí participam de treinamento sobre o greening
Mais de 300 agricultores do Vale do Caí participam de treinamento sobre o greening Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Novas capacitações da cadeia produtiva da citricultura sobre o greening, doença que causa danos aos pomares de citros, devem ocorrer a partir de fevereiro na região do Alto Uruguai. O primeiro treinamento ocorreu no início deste mês no Vale do Caí, organizado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr). O greening está ausente no estado do Rio Grande do Sul, mas já houve registros no estado vizinho de Santa Catarina.

No Vale do Caí, a capacitação reuniu 334 citricultores de oito municípios, entre os dias cinco e nove de dezembro. O evento contou com a participação de citricultores, agentes ligados à produção de citros, autoridades como prefeitos e vice-prefeitos, secretários da agriculta, vereadores, deputados, assessores parlamentares, Fetag, Emater, Sicredi e Banco do Brasil. O objetivo do treinamento foi levar informações sobre a doença através da prevenção, visto que não há até o momento tratamentos curativos para o greening.

“Nós tivemos um público muito expressivo e o resultado foi bastante positivo”, destaca Alonso Duarte de Andrade, fiscal estadual agropecuário da Secretaria da Agricultura, que ministrou os treinamentos. Segundo ele, nos encontros os produtores tiraram dúvidas, entenderam melhor os sintomas da doença e como identificá-la. “Isto garante que a defesa agropecuária possa agir de forma mais eficiente e rápida, se necessário”, ressaltou Alonso.

Entre os temas abordados estão o histórico do greening no Brasil e no mundo, identificação da doença, prejuízos sociais e econômicos, prevenção à introdução da doença no Rio Grande do Sul, ações da Seapdr para evitar introdução da doença, plano de exclusão e contingência e orientações em casos de suspeita da doença nos pomares e viveiros.

Uma nova capacitação está prevista para a região do Alto Uruguai no próximo ano, ainda sem data definida. “Nós devemos ter mais capacitações no início do próximo ano na região de Erechim e em Frederico Westphalen. É muito importante levar este conhecimento para os produtores de citros, porque são eles que estão nos pomares todos os dias e que podem dar o primeiro alerta, caso haja alguma suspeita”, afirma Rita Grasselli, chefe de divisão de Defesa Sanitária Vegetal da Seapdr.

A doença

A doença é uma das mais graves e destrutivas que afetam a cultura dos citros. Causada por espécies da fitobactéria Candidatus Liberibacter spp., está presente no Brasil nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul. Entre os efeitos estão a diminuição da produtividade e da longevidade dos pomares, acarretando a inviabilização da produtividade e o abandono da área de cultivo.

Municípios participantes do treinamento no Vale do Caí: Pareci Novo, São José do Sul, Salvador do Sul, Harmonia, São Sebastião do Caí, Tupandi, Bom Princípio e Montenegro

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Segunda, 19 de Dezembro de 2022
Mercado financeiro reduz projeção da inflação de 5,79% para 5,76%
Mercado financeiro reduz projeção da inflação de 5,79% para 5,76% Fonte: Agência Brasil

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, caiu de 5,79% para 5,76% para este ano. A estimativa consta do Boletim Focus de hoje (19), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2023, a projeção da inflação ficou em 5,17%. Para 2024 e 2025, as previsões são de inflação em 3,5% e 3,1%, respectivamente.

A previsão para 2022 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional, a meta é de 3,5% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2% e o superior de 5%.

Da mesma forma, a projeção do mercado para a inflação de 2023 também está acima do teto previsto. Para 2023 e 2024, as metas fixadas são de 3,25% e 3%, respectivamente, também com os intervalos de tolerância de 1,5 ponto percentual. Ou seja, para 2023 os limites são 1,75% e 4,75%.

Puxado pelo aumento de preços de combustíveis e alimentos, em novembro, a inflação subiu 0,41%. Com o resultado, o IPCA acumula alta de 5,13% no ano e 5,90% em 12 meses, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa está no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar.

A próxima reunião do Copom está marcada para 31 de janeiro e 1° de fevereiro de 2023. Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic seja mantida nos mesmos 13,75% nessa primeira reunião do ano. Mas para o fim de 2023, a estimativa é de que a taxa básica caia para 11,75% ao ano. Já para 2024 e 2025, a previsão é de Selic em 9% ao ano e 8% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio

A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano se mantém em 3,05%. Para 2023, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é crescimento de 0,79%. Para 2024 e 2025, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,67% e 2%, respectivamente.

A expectativa para a cotação do dólar está em R$ 5,25 para o final deste ano. Para o fim de 2023, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,26.

Fonte: Agência Brasil – Andréia Verdélio

 

Sexta, 16 de Dezembro de 2022
CNA e Anpec anunciam prêmio de estudos econômicos do agro
CNA e Anpec anunciam prêmio de estudos econômicos do agro Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Associação Nacional dos Centros de Pós-Graduação em Economia (Anpec) anunciaram a 1ª edição do “Agro Economia – Prêmio CNA de Estudos Econômicos”.

O Prêmio tem o objetivo de fomentar a interação entre o setor agropecuário, a academia e os institutos de pesquisa, a fim de incentivar estudos voltados ao aprimoramento de indicadores econômicos e a pensar novas soluções que visem a formulação ou melhoramento de políticas públicas voltadas ao setor produtivo.

A assessora técnica do Núcleo Econômico da CNA, Isabel Mendes, afirmou que o prêmio é uma oportunidade para o engajamento da academia na busca por um agro ainda mais forte e sustentável.

“A responsabilidade do Brasil em ser o celeiro do mundo, frente ao crescimento populacional e os impactos das mudanças climáticas, não é tarefa fácil. Diante desse desafio, o aperfeiçoamento de indicadores econômicos permitirá a formulação de políticas que ajudarão a nortear, de forma mais assertiva, decisões de investimentos públicos e privados”, explicou Isabel.

O edital será lançado no início de 2023 e serão selecionados três vencedores, premiados em dezembro, no 51º Encontro Nacional de Economia.

Assessoria de Comunicação CNA
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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Sexta, 16 de Dezembro de 2022
Clima quente e seco interfere na implantação das lavouras de soja no RS
Clima quente e seco interfere na implantação das lavouras de soja no RS Fonte: Emater

O clima quente e seco, com ocorrência parcial e variável de chuvas, interferiu na dinâmica de implantação e nas condições de desenvolvimento das lavouras de soja do Rio Grande do Sul. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (15/12), em regiões onde não ocorreram precipitações, o plantio será retomado quando o solo recuperar a umidade.

A opção por realizar o plantio em solo seco, utilizando sementes tratadas, quase não foi realizada, pois as previsões indicavam provável ausência de chuvas nas próximas semanas. Nas regiões onde o volume de chuvas propiciou teor adequado de umidade nos solos, a semeadura prosseguiu, e em algumas localidades já se aproxima da finalização. No Estado, a semeadura alcançou 85% da área projetada.

Na maior parte do Estado, devido aos efeitos do La Niña, a implantação e o desenvolvimento da cultura estão em atraso em relação aos anos considerados normais. Nesse cenário, os produtores optaram também pelo escalonamento de plantio e por maior variação de ciclo das cultivares utilizadas, mantendo a maior parte com precoces e utilizando sementes de ciclos médio e tardio para minimizar os riscos.

A maior ou menor presença de umidade também interfere no aspecto geral das lavouras. À Leste do Estado há um melhor desenvolvimento e menos sinais de estresse hídrico. Nas regiões Centro e Noroeste, a elevada transpiração das plantas e a baixa reposição de água causou atrasos no crescimento vegetativo e plantas murchas em parte das lavouras, que recuperam a turgidez somente nas horas sem insolação.

Em termos fitossanitários, as pulverizações de herbicidas não estão sendo recomendadas nas áreas onde o solo está muito seco, pois pode haver fitotoxidade para a soja e baixo índice de controle das invasoras. Além disso, as temperaturas elevadas associadas com baixa umidade relativa do ar são fatores que depreciam demasiadamente as aplicações.

Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar
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Fonte: Emater

Sexta, 16 de Dezembro de 2022
Trigo, uma safra para ficar na história
Trigo, uma safra para ficar na história Fonte: EMBRAPA

O trigo representa 30% da produção mundial de grãos, sendo o segundo grão mais consumido pela humanidade. O Brasil é o 8º maior importador de trigo do mundo, mas esta posição pode mudar nos próximos anos. Nos últimos cinco anos, a produção brasileira cresceu 76%. Os resultados de 2022 mostram a maior safra de trigo da história do Brasil, chegando aos 9,5 milhões de toneladas de grãos.

Quando foram intensificadas as pesquisas com o trigo no Brasil, na década de 1970, a produção tritícola nacional era incipiente, com cultivares de baixo rendimento e inexistência de tecnologias agrícolas apropriadas. Nessa evolução, a média de produtividade das lavouras brasileiras saiu de 800 quilos por hectares (kg/ha) em 1970 para um rendimento superior a 3000 kg/ha em 2022. Entre 1977 e 2022, o crescimento na produtividade foi, em média, de 3,5% ao ano (série histórica CONAB).

 

Evolução para garantir o abastecimento

O trigo é o segundo alimento mais consumido no mundo, logo após o leite e derivados. A medida em que o desenvolvimento econômico evolui nos países, também aumenta a ingestão calórica. É neste cenário que, nos últimos cinco anos, o consumo de trigo cresceu 8% no mundo, enquanto a produção cresceu 4,6% no mesmo período (USDA).

No Brasil, nos últimos cinco anos, a produção de trigo cresceu 76%, enquanto a área cresceu 50% e o consumo cresceu 4,2% (CONAB). Ainda há espaço para crescer já que o consumo brasileiro de trigo é estimado em 53 kg por habitante ao ano, metade do consumo dos europeus, por exemplo (Abitrigo).

Na questão de aumento da área, novas fronteiras têm sido prospectadas pela pesquisa em diversos ambientes do País, de norte à sul, intensificando os sistemas de produção agropecuária já existentes, com o trigo na rotação de culturas, na alimentação animal e no melhor aproveitamento de áreas que ficam ociosas no inverno.

Em 2015, o Brasil colheu 5,5 milhões de toneladas (t.). Em 2020, a produção chegou a 6,2 milhões t. Em 2021, atingiu 7,7 milhões t. Em 2022, a safra encerrou com 9,5 milhões t., volume que atende 76% da demanda nacional. Projeções da Embrapa Trigo indicam que, caso a produção de trigo continue crescendo 10% ao ano, o Brasil poderá chegar aos 20 milhões de toneladas até 2030. Com o consumo interno estimado entre 12 e 14 milhões de t., o Brasil poderá exportar o superavit para o mundo,  saindo de grande importador para entrar na lista de países exportadores de trigo no mercado internacional.

Em 2022 (janeiro a novembro), o volume de exportações chegou a 2,5 milhões de toneladas, mais do que o dobro do volume exportado no ano anterior. Por outro lado, as importações brasileiras tiveram queda de 9,7% devido à maior oferta do cereal no mercado interno e aumento de preços internacionais (MDIC).

Para  Jorge Lemainski, chefe-geral da Embrapa Trigo, o trigo está seguindo o mesmo caminho que o milho e a soja percorreram no Brasil, é já começa a alterar a geopolítica de grãos no mundo. “O Brasil tem área, conhecimento e demanda aquecida. A expansão do trigo no País precisa assegurar tanto a oferta de alimento de qualidade ao consumidor, quanto a rentabilidade do produtor. Para isso é necessário diversificar mercados, internos e externos”, ressalta Lemainski.

 

Resultados animam o produtor

O trigo de sequeiro faz parte do sistema de produção nas propriedades da família Bortoncello em Cristalina (GO) e Paracatu (MG) desde o final dos anos 1990, na rotação com soja, milho, feijão e sorgo. A família já cultivava o cereal em Xanxerê (SC) e, com a migração para o Centro-oeste há 26 anos, o produtor Odacir Bortoncello precisou avaliar fatores como altitude, clima e logística para investir no trigo tropical no Cerrado.

“Há quatro anos, perdemos toda a lavoura para a brusone e, no ano seguinte, o prejuízo veio com déficit hídrico. Mas não desistimos, ajustamos o manejo e os bons resultados vieram na sequência, superando os 60 sacos por hectare nesta safra, o dobro da média do trigo em sequeiro na região”, conta o produtor.

A área, que em 2022 contou com 200 hectares de trigo, com três cultivares em cultivo de sequeiro, deverá ser triplicada na próxima safra. “Com investimento em fertilidade e bom manejo do solo, nosso rendimento passou dos 2 mil kg/ha para 3.650 kg/ha nesta safra, e a meta é chegar a 6 mil kg/ha no prazo de dois anos”, planeja Bortoncello, destacando que o caminho para o sucesso é buscar genética de qualidade e interação constante com instituições de pesquisa e assistência técnica. “Estou muito otimista com o trigo. A cultura está equiparando à rentabilidade da soja e com grande liquidez na região. Acredito que a área com trigo deverá crescer muito no Cerrado na próxima safra”, diz o produtor.

Em Passo Fundo (RS), a colheita do trigo avançou sobre o mês de dezembro na propriedade do Mauro Fabiani. Na região, ao norte do RS, chuvas intensas nos meses de junho e julho atrasaram a semeadura de inverno, mas o atraso acabou beneficiando o trigo, evitando problemas com geadas tardias e perda de fertilizantes no escoamento do solo. Na média final de rendimento da lavoura de 70 hectares foram contabilizados 76 sacos por hectare (sc/ha), mas nos talhões onde houve atraso na semeadura o rendimento chegou a 89 sc/ha.

Os grãos foram comercializados a R$ 94,00/sc de 60kg, rentabilidade e liquidez consideradas boas pelo produtor: “Como eu antecipei a compra dos fertilizantes, consegui bons preços antes da alta. Isso me garantiu uma boa rentabilidade nesta safra. Tivemos até oferta de contratos acima de R$ 100,00 a saca uns dois meses antes da colheita, mas os riscos com clima causam muita insegurança quanto às possíveis frustrações na qualidade”, explica Mauro, que vai aumentar a área com trigo em 15% na próxima safra. “Já estamos preparando as áreas para receber o trigo logo após a saída do milho. O planejamento começa agora, mal termina uma safra de inverno e já estamos preparando a próxima”.

“A expansão da triticultura no Brasil é uma conquista coletiva, que começou na pesquisa e ganhou espaço no campo e na indústria, num esforço convergente de diversos agentes para garantir a rentabilidade do produtor com liquidez dos grãos no mercado. O avanço do trigo é um caminho sem volta, que vai garantir a segurança alimentar dos brasileiros e gerar divisas para o País com as exportações”, conclui o chefe-geral da Embrapa Trigo, Jorge Lemainski.

Fonte: Embrapa

Sexta, 16 de Dezembro de 2022
Irga considera concluída a semeadura no RS
Irga considera concluída a semeadura no RS Fonte: IRGA

O Instituto Rio Grandense do Arroz informa que dá por encerrada a semeadura de arroz irrigado da safra 2022/2023 no Rio Grande do Sul. No levantamento realizado pela autarquia, a intenção da semeadura do cereal no Estado, informado pelos produtores gaúchos, foi de 862.498 hectares. Nesta semana, a área total atingiu 849.063 ha (98,44%). As informações são do Departamento Técnico do Irga.

Todas as seis regionais estão com quase 100% de suas áreas semeadas. Existem relatos de pequenas áreas ainda sendo semeadas nas regionais, mas que devem estar finalizadas até o final de dezembro. Essas áreas serão computadas no levantamento final do instituto, juntamente com os dados de sistema de cultivo e cultivares semeadas no RS.

A área efetivamente semeada no Estado será divulgada em fevereiro de 2023, durante a 33ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas, em Capão do Leão (RS). O Irga informa ainda que, na ocasião, fará uma coletiva de imprensa, prevista para 14 de fevereiro, quando divulgará também as áreas de milho e soja semeados em terras baixas.

Fonte: Irga

Sexta, 16 de Dezembro de 2022
Governo do RS investe cerca de R$ 29 milhões em equipamentos e fomento
Governo do RS investe cerca de R$ 29 milhões em equipamentos e fomento Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

As 31 máquinas, que tiveram um custo de R$ 26.188.800,00, vão contribuir para o escoamento da produção, atuando em estradas vicinais de 31 municípios gaúchos. Já as verbas para os 206 jovens, um investimento total de R$ 2,06 milhões, são destinadas ao programa apoio à inseminação artificial, com empréstimo de R$ 10 mil para cada um – carência de até três anos e amortização em até cinco anos –, sendo subsidiado o valor em 80%. O financiamento destina-se para a aquisição de itens necessários para a prática da inseminação artificial em bovinos com aptidão para produção de leite e carne. 

O incentivo para as 46 agroindústrias voltadas à produção de queijo serrano totaliza R$ 690.000,00 e vai beneficiar diretamente sete municípios no Estado.  Também foi anunciada a entrega 44 Kits de equipamentos contendo colhedora de forragem (ensiladeira), carreta agrícola basculante, semeadora e roçadeira que serão destinados às Prefeituras para serviço junto a agricultores familiares e pecuaristas familiares que desenvolvem suas atividades produtivas vinculadas à cadeia produtiva do leite.

O governador Ranolfo Vieira Júnior efetivou a entrega dos equipamentos para prefeitos e demais representantes municipais. No evento, o líder do governo do RS comentou sobre os investimentos que estão sendo feitos na Agricultura. “Estamos investindo R$ 341 milhões nessa área tão importante para o Rio Grande do Sul. Esse valor só foi possível porque fizemos as reformas necessárias para que chegássemos em um momento como o dia de hoje, de entregas para beneficiar quem mais precisa. Antes disso, nossos investimentos eram bem inferiores e muitas vezes nem ocorriam. As licitações eram desertas, porque o RS era um mau pagador, devia para todo mundo”, disse. 

O secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Domingos Velho Lopes, ressaltou que essa ação fomenta a agricultura familiar no Estado, beneficiando toda a cadeia do agronegócio. “Uma entrega para ratificar o nosso compromisso com a agricultura familiar. Esse segmento é extremamente importante e tem participação ativa nos 40% do PIB gaúcho, que é o que representa a Agricultura em nosso Estado”, falou.  

No evento, também foram entregues 31 caminhões baú, com capacidade carga útil de 1 mil quilos, para 31 cidades. O recurso de R$ 5.684.439,93 é do governo federal e faz parte do programa Alimenta Brasil.  

Municípios beneficiados:

Motoniveladoras

Alegrete, Aratiba, Arvorezinha, Barra do Rio Azul, Candelária, Capitão, Caraá, Cerro Largo, Chuí, Cristal, Erval Grande, Erval Seco, Frederico Westphalen, Giruá, Horizontina, Independência, Lagoa Vermelha, Mampituba, Mariana Pimentel, Mormaço, Mostardas, Progresso, Quaraí, Restinga Seca, Rio Pardo, Santo Antônio da Patrulha, São Gabriel, São Sebastião do Caí, Triunfo, Uruguaiana e Vacaria.

Queijo Serrano (entre parênteses o número de agroindústrias)

Bom Jesus (16), Cambará do Sul (2), Caxias do Sul (1), Jaquirana (5), Muitos Capões (2), São Francisco de Paula (3) e São José dos Ausentes (17)

 

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Imagem: Fernando Dias/Seapdr