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Quarta, 18 de Janeiro de 2023
CNA apresenta propostas para o setor de rodovias e ferrovias
CNA apresenta propostas para o setor de rodovias e ferrovias Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apresentou propostas para a consulta popular do Ministério dos Transportes para o plano dos 100 primeiros dias do Governo Federal para rodovias e ferrovias.

A consulta popular abordou diversos eixos temáticos onde as sugestões poderiam ser inseridas por meio de um formulário. A iniciativa visa propor ações para ampliar a competitividade da infraestrutura e da logística de transportes de cargas e pessoas no País.

A CNA focou nos temas sobre promoção da multimodalidade e otimização da matriz de transportes, ampliação dos investimentos, melhoria do arcabouço jurídico que regula o setor e medidas para garantir a competitividade.

A entidade fez 20 sugestões com destaque para a implantação de fóruns tripartites, com a participação dos usuários; a recuperação de trechos ferroviários subtilizados; a redução da burocracia e simplificação dos documentos exigidos na operação dos transportes (foco na implantação do Documento Eletrônico de Transporte - DTe); a adoção de modelo de concessão utilizando o critério de menor tarifa e a política de manutenção de estradas vicinais.

"Destacamos a necessidade de promoção da intermodalidade e multimodalidade entre os modos rodoviários, ferroviários e hidroviários, de maneira a reduzir os custos de transportes,” afirmou Elisangela Pereira Lopes, assessora da Diretoria Técnica.

A Confederação também enviou uma lista com as obras prioritárias de rodovias e ferrovias para o agro, necessárias para garantir o escoamento dos produtos agropecuários aos centros de distribuição ou terminais portuários.

Entre elas está a conclusão da pavimentação do trecho Miritituba (PA) a Santarém (PA) da BR-163, que liga os polos produtivos aos outros modos de transporte e aos portos do Arco Norte.

Outras obras importantes para o setor são a BR-020, que liga Santa Rita de Cássia (BA) a Campo Alegre de Lourdes (PI) para o abastecimento da região Nordeste com milho, e a Ferrogrão, do trecho de Sinop (MT) a Miritituba (PA), que aguarda liberação do Supremo Tribunal Federal para licitação e implantação.

A consulta pública foi lançada no dia 10 e encerrada na segunda (16).

Assessoria de Comunicação CNA
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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Quarta, 18 de Janeiro de 2023
Exportações do agronegócio fecham 2022 com US$ 159 bilhões em vendas
Exportações do agronegócio fecham 2022 com US$ 159 bilhões em vendas Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

As exportações do agronegócio somaram US$ 159,09 bilhões em 2022, com alta de 32% em relação ao ano anterior. De acordo com a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) do Ministério da Agricultura e Pecuária, os preços internacionais das commodities agrícolas influenciaram o desempenho.

O índice de preços dos produtos exportados pelo agronegócio teve um incremento de 22,1% relativo a 2021 e o volume embarcado cresceu 8,1%. Com esses aumentos, as vendas externas do agronegócio representaram 47,6% do total exportado pelo Brasil em 2022.

O crescimento dos volumes exportados dos produtos agropecuários foi reforçado pelo aumento da produção da safra de grãos 2021/2022, que alcançou 271,4 milhões de toneladas. Milho e soja foram as principais culturas, com quase 113 milhões de toneladas e 126 milhões de toneladas, respectivamente.

Os setores exportadores que se destacaram entre janeiro e dezembro de 2022 foram: complexo soja (US$ 60,95 bilhões, 38,3% do total); carnes (US$ 25,67 bilhões, 16,1% do total); produtos florestais (US$ 16,49 bilhões, 10,4% do total); cereais, farinhas e preparações (US$ 14,46 bilhões, 9,1% do total) e complexo sucroalcooleiro (US$ 12,79 bilhões, 8% do total). 

As importações de produtos do agronegócio no ano passado registraram US$ 17,24 bilhões. O resultado é explicado pela alta dos preços médios (+13,8%), já que o volume importado caiu no período analisado (-2,4%).

 

Dezembro/2022

As exportações do agronegócio, em dezembro/2022, somaram US$ 11,32 bilhões, valor 15,4% superior ao registrado em dezembro/2021 (US$ 9,81 bilhões). Segundo análise da SCRI, os preços elevados também explicam a expansão.

Os cinco principais setores exportadores foram: cereais, farinhas e preparações (participação de 19,3%); complexo soja (participação de 19,2%); carnes (participação de 16,7%); produtos florestais (participação de 10,5%); e complexo sucroalcooleiro (participação de 10,4%).

O setor com mais exportações foi o de cereais, farinhas e preparações, com US$ 2,19 bilhões (+117,9%). O principal produto deste setor foi o milho. As vendas externas do grão cresceram de 3,4 milhões de toneladas em dezembro/2021 para 6,4 milhões de toneladas em dezembro/2022 (+88%). 

Somente a China foi responsável por um terço do incremento do volume exportado de milho. As vendas ao país asiático foram autorizadas em novembro último e, já em dezembro de 2022, atingiram 1,10 milhão de toneladas, colocando o país como o maior importador do milho brasileiro. Outros quatro países também importaram o cereal: Irã (750,9 mil toneladas; +41,1%); Espanha (778,3 mil toneladas; +268,9%); Japão (472,9 mil toneladas; +551,6%); e Coreia do Sul (406,4 mil toneladas; +15,6%).

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Quarta, 18 de Janeiro de 2023
Embrapa terá mais 18 usinas solares em 2023
Embrapa terá mais 18 usinas solares em 2023 Fonte: EMBRAPA

A partir de 2023, mais vinte Unidades serão atendidas com a adição de 18 usinas solares. Essa matriz geradora vai representar economia e sustentabilidade econômica e ambiental para a Empresa. A iniciativa é resultado da viabilização de recursos do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para o Programa de Autossuficiência Energética, adotado há três anos. Com a implantação de 18 novas usinas, a Embrapa contará com um total de 29 unidades solares. Até o final do ano, de acordo com a Gerência-Geral de Infraestrutura e Sustentabilidade (GIS), espera-se que o parque solar gere 27.975.288 kWh/ano, proporcionando uma economia de R$ 8,1 milhões anuais.

Segundo o supervisor de Infraestrutura da Embrapa, Fábio Shirahige, a escolha das localidades contempladas atendeu critérios técnicos, como disponibilidade de área, adequação da infraestrutura para receber a usina, condições solares favoráveis na região, custo unitário do kWh pago e custo-benefício do investimento. “As 18 usinas atenderão vinte Unidades, porque algumas delas terão a finalidade de gerar energia ou créditos para mais de uma UD, como é o caso da usina a ser instalada na área da Embrapa Sede, em Brasília, que proverá economia para a Embrapa Agroenergia e a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia”, explicou. Ele informa que, em três anos, o Programa de Autossuficiência Energética da Embrapa já apresenta números acima da meta planejada.  A primeira delas, implantada em 2021, foi na Embrapa Pesca e Aquicultura, em Palmas (TO).

As novas usinas serão instaladas nas seguintes Unidades: Embrapa Agroenergia/Recursos Genéticos e Biotecnologia/Sede (Brasília, DF), Embrapa Agroindústria de Alimentos (Guaratiba, RJ), Embrapa Agroindústria Tropical (Fortaleza, CE), Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS), Embrapa Algodão (Campina Grande, PB), Embrapa Amapá (Macapá, AP), Embrapa Amazônia Ocidental (Itacoatiara, AM), Embrapa Caprinos e Ovinos (Sobral, CE), Embrapa Gado de Corte (Campo Grande, MS), Embrapa Gado de Leite – Campos Experimentais de Santa Mônica (Valença, RJ) e José Henrique Bruschi (Coronel Pacheco, MG), Embrapa Hortaliças (Fazenda Tamanduá, Brasília, DF), Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas, MG), Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos, SP), Embrapa Roraima (Boa Vista, RR), Embrapa Soja (Londrina, PR), Embrapa Suínos e Aves (Concórdia, SC) e Embrapa Trigo (Passo Fundo, RS).

“Trata-se de uma iniciativa que, além de representar um importante avanço no pilar ambiental das políticas orientadas pelos padrões ESG (ambiental, social e governança), significa uma ação ligada ao nono objetivo estratégico do VII Plano Diretor (PDE), que trata especificamente da redução de gastos da Empresa”, ressalta a supervisora de Sustentabilidade e Qualidade, Marisa Prado.

Conforme prevê o gerente de Infraestrutura e Sustentabilidade, Marcos Xavier, até o final deste ano, a Embrapa terá aproximadamente um terço da energia consumida gerada por fonte solar, atingindo o patamar de autossuficiência até 2030. “As primeiras usinas previstas para este ano - com o início das obras em fevereiro - deverão estar em operação em maio”, afirma.

De acordo com o projeto das usinas compartilhadas, além da Embrapa Agroenergia e Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, em Brasília, a usina a ser instalada no Campo Experimental de Santa Mônica da Embrapa Gado de Leite, em Valença (RJ), terá função amplificada. Como o Rio de Janeiro possui a energia mais cara do País, a instalação de uma usina no estado apresenta alta viabilidade. “A usina do C.E.S.M proverá energia para as atividades do próprio campo e gerará créditos para compensar a conta da Embrapa Solos, que não possui área para a implantação de uma usina própria”, explica o engenheiro eletricista Lucio Nei Bento, membro da equipe do Programa de Autossuficiência Energética.

Primeira usina lacustre

Dentre os projetos, um dos destaques será o conjunto de usinas da Embrapa Amapá, dividido em duas partes: lacustre e terrestre. Será a primeira usina fotovoltaica lacustre da Embrapa e terá as mesmas características das usinas convencionais, porém será instalada em estrutura flutuante em um dos três tanques de cultivo do Campo Experimental da Fazendinha (Macapá, AP), que comporta pesquisas de reprodução de peixes e camarão-da-amazônia.

“Além de gerar energia para as atividades do próprio campo, a usina da Fazendinha servirá de vitrine tecnológica aos produtores locais que desejam consorciar criação de espécies aquícolas e geração de energia, com a consequente redução de custos operacionais”, informa Izaque Pinheiro, chefe-adjunto de Administração da Embrapa Amapá.

Estima-se uma redução de custos de mais de R$ 132 mil anuais para a Embrapa Amapá, além de resultados significativos em projetos que serão viabilizados com a implantação da usina lacustre. “Por meio de projetos de pesquisa futuros, haverá a possibilidade de avaliar os impactos da tecnologia na criação e trazer algumas respostas aos produtores sobre a criação consorciada com a geração de energia”, ressalta Antonio Claudio Almeida de Carvalho, chefe-geral da Embrapa Amapá.

 

Fonte: Embrapa - Katia Marsicano Superintendência de Comunicação (Sucom)

Imagem: Evandro Orfanó

Quarta, 18 de Janeiro de 2023
integração é fundamental para crescimento da América Latina
integração é fundamental para crescimento da América Latina Fonte: Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu hoje (18) que a integração dos países da América Latina e a produção de energia limpa são elementos centrais para atrair investimentos externos e promover a industrialização e o crescimento da região.

“Entendemos que a integração regional é um imperativo para o nosso desenvolvimento”, defendeu o ministro em um painel sobre liderança na América Latina durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, com a participação dos presidentes da Colômbia, Gustavo Petro; do Equador, Guillermo Lasso; da Costa Rica, Rodrigo Chaves; e da vice-presidente da República Dominicana, Raquel Peña.

Haddad disse que os dois governos anteriores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e da presidenta Dilma Rousseff sempre olharam de maneira generosa para a América Latina. Ele destacou que o processo de integração passa por investimento em infraestrutura, realização de acordos comerciais entre os países e fortalecimento do Mercosul, inclusive com a incorporação de novos membros.

O ministro destacou a possibilidade de integração da América Latina por meio de linhas de transmissão e disse que a região tem grande potencial de atrair investimentos de empresas interessadas em integrar suas cadeias produtivas com a geração de energia limpa, seja solar, hídrica, eólica ou do hidrogênio verde.

“Isso pode ser um fator de atração de indústrias que queiram produzir a partir da energia limpa, para que toda a sua cadeia produtiva esteja em compasso com as determinações ambientais que hoje são incontornáveis”, apontou.

Para Haddad, somente com essa integração, os países do continente poderão fazer frente a grandes blocos econômicos representados pela União Europeia, China e pelos Estados Unidos.

“Penso que a integração dos nossos mercados para ganho de escalas consideráveis seja um elemento importante para a atração de investimentos externos compatíveis com as nossas necessidades de oferecer empregos de mais alta qualidade para os nossos trabalhadores. Então, não é só investimento em educação que precisa ser feito, mas a atração de um tipo de investimento que a nossa região tem hoje um déficit importante”, disse.

Fonte: Agência Brasil – Luciano Nascimento

Terça, 17 de Janeiro de 2023
Valor da Produção Agropecuária fecha 2022 em R$ 1,189 trilhão
Valor da Produção Agropecuária fecha 2022 em R$ 1,189 trilhão Fonte: Agência Brasil

O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) fechou 2022 em R$ 1,189 trilhão. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o valor é o segundo maior da série histórica, iniciada há 34 anos. O faturamento das lavouras foi R$ 814,77 bilhões e o da pecuária de R$ 374,27 bilhões.

Em nota técnica publicada ontem (16), a pasta destaca que o VBP de 2022 foi marcado por resultados positivos para diversos produtos, crescimento das exportações do agronegócio e dos preços agrícolas. Por outro lado, o fator que mais prejudicou o desempenho do setor foi a seca, especialmente na Região Sul e parte do Centro-Oeste, “que resultou em prejuízos aos agricultores causados por perdas de produção de soja, milho e feijão”.

“Também a pecuária foi afetada devido às perdas de suprimento, fornecido por produtos como milho, soja e outros”, diz o documento.

Os produtos que mais se destacaram no ano passado foram algodão, café, milho, trigo e leite. “Esses cinco produtos atingiram, nesse ano, o maior valor do VBP em todo o período histórico. Preços e quantidades produzidas foram os principais fatores que promoveram esses produtos”, explicou o Mapa.

O VBP mostra a evolução do desempenho das lavouras e da pecuária no decorrer do ano, correspondente ao faturamento dentro do estabelecimento. É calculado com base na produção agrícola e pecuária e nos preços recebidos pelos produtores nas principais cidades do país dos 26 maiores produtos agropecuários nacionais.

O valor real da produção é obtido, descontada da inflação, pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getúlio Vargas (FGV). A periodicidade é mensal com atualização e divulgação até o dia 15 de cada mês.

Estimativa para 2023

Para 2023, o VBP estimado é 6,3% maior que o de 2022, podendo chegar a R$ 1,263 trilhão. As lavouras devem ter um aumento real de 8,3% e a pecuária de 1,9%. “Apesar das expectativas serem boas, há riscos climáticos que podem novamente afetar a Região Sul do país. No Rio Grande do Sul e Santa Catarina secas afetaram em dezembro plantações de soja e milho em algumas regiões”, diz o Mapa.

Até o momento, os pontos mais relevantes deste ano são de recuperação do VBP da soja que deve atingir R$ 406,4 bilhões. Em segundo lugar, conforme a pasta, observa-se um melhor desempenho para a pecuária, pois os preços situam-se em melhor nível do que em 2022. “Isso pode fazer com que a pecuária traga este ano uma boa contribuição para a formação da renda da agropecuária”, explicou.

Os cinco primeiros produtos de destaque no VBP de 2023 são soja, milho, cana, café e algodão, que representam 83,7% do VBP das lavouras. Já café, algodão e trigo devem ter um desempenho menos favorável.

 

Fonte: Agência Brasil

Imagem: Wenderson Araujo

 

Terça, 17 de Janeiro de 2023
Governo e Congresso buscam aprovar reforma tributária ainda neste ano
Governo e Congresso buscam aprovar reforma tributária ainda neste ano Fonte: Agência Câmara de Notícias

A reforma tributária é apontada como uma das pautas prioritárias do novo governo e do Congresso Nacional. Na Câmara dos Deputados, estão em discussão algumas propostas de emenda à Constituição (PECs) que têm o propósito modificar as normas de tributação. Três delas (PECs 45/19, 110/19 e 7/20) foram objeto de debate nos últimos três anos.

A PEC 7, aprovada na comissão especial, pretende cobrar o imposto sobre o consumo apenas na venda final ao consumidor. As demais propostas têm um mecanismo que busca descontar o imposto pago em fases anteriores, permite aos estados a adoção de alíquotas complementares de imposto de renda e busca retirar encargos da folha de salários.

Em 2020 e 2021, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) produziu um relatório, unificando os textos das PECs 45 e 110 (esta última aguarda votação no Senado Federal). A PEC 45, que chegou a ser avocada para ser votada diretamente pelo Plenário, foi baseada em estudos realizados pelo novo secretário especial da Reforma Tributária, Bernard Appy.

O relatório de Aguinaldo cria o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) em substituição a cinco tributos: PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS. A ideia é simplificar o sistema e fazer com que a tributação sobre consumo seja cobrada apenas no destino final das mercadorias e serviços. Para isto, seria feita uma transição de seis anos. Algumas dificuldades são encontrar uma alíquota que não pese muito para o setor de serviços e amenizar as perdas de estados produtores como São Paulo.

Nova discussão
O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), que participou de comissão especial criada para analisar a PEC 7/20, acredita que é melhor juntar todas as propostas, as velhas e as novas, e rediscutir tudo.

“Precisamos retomar este debate em uma nova comissão especial. O sistema atual, para mim, esgotou. É um sistema que reproduz desigualdade porque rouba os recursos dos mais pobres, dos consumidores. Os 34 países mais ricos do mundo tributam no máximo 17 a 20% no consumo. O Brasil tributa mais de 50%”, avalia.

Lopes explicou que o governo também quer taxar mais a renda e o patrimônio para oferecer alíquotas menores no imposto sobre consumo. Além disso, o presidente Lula disse na campanha que pretendia isentar de Imposto de Renda os ganhos até R$ 5 mil mensais.

Manutenção da carga tributária
A deputada Bia Kicis (PL-DF), relatora da PEC 7, afirma ser favorável a uma maior taxação da renda mas defende a manutenção da carga tributária geral; ou seja, que empresas e pessoas físicas não tenham que aumentar o que repassam para o governo em seu conjunto.

“A produção vai ser totalmente desonerada. O consumo vai ser cobrado só lá na ponta. Desonerando a cadeia, você tem uma produção muito mais barata. Com isso, você reduz o preço da mercadoria. E aí faz com que empresários e industriais abram mais postos de trabalho. Contribui para vencer o desemprego”, avalia.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Segunda, 16 de Janeiro de 2023
Balança comercial tem superávit de US$ 61,8 bilhões em 2022
Balança comercial tem superávit de US$ 61,8 bilhões em 2022 Fonte: Agência Brasil

O valor total exportado pelo Brasil em 2022 cresceu 19,1% e o valor importado foi 24,3% maior do que o registrado em 2021. Assim, o superávit na balança comercial do país fechou o ano em US$ 61,8 bilhões, um pouco superior aos US$ 61,4 bilhões de 2021.

Os dados foram divulgados hoje (16), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), no Indicador de Comércio Externo (Icomex).

Segundo a instituição, o saldo em novembro e em dezembro surpreendeu com a melhora das vendas para a China, com destaque para a agropecuária. O superávit do setor extrativo caiu e o déficit da indústria de transformação aumentou.

“As restrições da oferta agrícola associadas à guerra na Ucrânia e questões climáticas elevaram os preços agrícolas, pois o aumento no volume exportado foi 2,6% menor do que o da indústria de transformação. Na extrativa, preços e volume das exportações recuaram com o desempenho do minério de ferro desfavorável. O déficit na indústria de transformação é recorrente na balança comercial do Brasil desde 2009”, informou a FGV/Ibre.

Cenário mundial

Para este ano, o instituto projeta um menor crescimento da economia mundial, com taxa de expansão do Brasil abaixo de 1% e redução tanto nas exportações como nas importações.

No cenário internacional, o crescimento mundial pode ser afetado positivamente pelo relaxamento da política de covid zero na China, que projeta crescimento de 5% em 2023. Na União Europeia, a crise energética pode levar a um menor crescimento.

“O preço do petróleo irá continuar sendo afetado pelas questões geopolíticas e a recuperação das exportações da extrativa depende também da recuperação das vendas de minério de ferro para a China. No caso das manufaturas, a crise da Argentina não favorece o aumento das exportações de maior valor adicionado do setor automotivo. Numa primeira leitura, o saldo comercial de 2023 deverá ser menor que o de 2022”, destacou a FGV/Ibre.

Resultados

A principal contribuição para o aumento nos valores do comércio exterior foi a variação dos preços, com aumento de 13,7% para as exportações e de 21% nas importações na comparação de 2022 em relação a 2021. Em volume, a exportação cresceu 4,4% e a importação subiu 2,7%.

A participação das commodities (mercadorias) exportadas permaneceu a mesma com 68% do valor total e aumento de 13,9% dos preços e de 4,4% do volume. As não commodities variaram 13,5% em valores e 4,7% no volume.

O índice de preços ficou em 130,2, queda de 6,7% em relação a 2011. Já o índice do volume exportado das commodities alcançou o pico em 2022, com aumento de 2,4% em relação ao maior nível anterior registrado em 2020: 180,2.

Nas importações, as commodities passaram de 8,5% para 11,7% na participação do valor, com o crescimento dos preços de 47,9% entre 2021 e 2022. Em volume, a variação foi de 15,3%. Para as não commodities, as variações foram de 18,3% nos preços e 1,4% no volume.

Segundo o instituto, o aumento de preços das importações de commodities foi o maior registrado na série histórica, iniciada em 2008.

“A guerra na Ucrânia, os efeitos climáticos nas lavouras e os gargalos herdados e ainda não totalmente superados da covid 19 explicam o aumento nos preços das importações, o que impactou na inflação mundial e do Brasil”, explicou a FGV/Ibre.

Setores

Na avaliação da fundação, o valor adicionado da agropecuária deve diminuir no ano, afetando o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB – a soma de todos os produtos e serviços finais produzidos no país). Mas, segundo o instituto, o setor contribuiu positivamente para a balança comercial, com o saldo do setor passando de US$ 46,5 bilhões para US$ 65,8 bilhões entre 2021 e 2022.

Na indústria extrativa, houve queda do superávit, que passou de US$ 63 bilhões em 2021 para US$ 45,5 bilhões em 2022. O setor foi o responsável por 22,8% das exportações do país. A indústria de transformação ampliou o déficit de US$ 45,3 bilhões para US$ 48,5 bilhões, respondendo por 55,7% das exportações brasileiras. A agropecuária correspondeu a 21,3%.

Por setor, a agropecuária teve variação de 34% nos preços e o volume cresceu 2,6%. Na indústria de transformação, os preços subiram 15,7% e o volume, 8%. Na indústria extrativa, a queda registrada foi de 3,6% no preço e de 0,4% no volume.

A soja permanece como o principal produto exportado, seguido do petróleo bruto e o minério de ferro, apesar das vendas terem recuado em 35,3% com queda no preço e no volume.

Importação

No ano, a indústria de transformação foi responsável por 86% das importações brasileiras, seguida da extrativa (11,3%) e da agropecuária (2%). A extrativa teve alta de 79,6% em relação a 2021, com o aumento nos preços de 75,1% e de 3,8% no volume.

O FGV/Ibre aponta que o resultado se deve à compra de óleos brutos de petróleo, que tiveram aumento de 148,2% no valor, devido ao aumento nos preços de 47,5%.

A importação de bens de capital na agropecuária subiu 54,2% em volume, indicando que o setor espera um melhor resultado para 2023 na safra. Já na indústria de transformação, o volume de bens intermediários importados desacelerou diante de uma expectativa de menor crescimento da demanda.

Mercados

Com relação a mercados com os quais o Brasil mantém relações comerciais, o superávit com a China teve queda de US$ 11,3 bilhões na comparação com o ano anterior. O déficit com os Estados Unidos aumentou em US$ 5,7 bilhões. Com isso, esses dois países contribuíram para uma queda de US$ 17 bilhões no saldo comercial de um ano passa o outro.

Houve aumento de volume exportado para todos os mercados, exceto a China, que anotou queda de 2,8%, afetada pela diminuição no minério de ferro. Já a carne bovina teve aumento de 81% nas exportações para a China.

Com relação à Argentina, o agravamento da crise no país e as restrições cambiais levaram a uma redução de 22,1%. Já para a União Europeia, houve crescimento das exportações de 15,8% na comparação anual.

Pelo volume importado, a China teve alta de 12,6% e União Europeia subiu 3,8%. Quanto a preços de importações, os Estados Unidos subiram 33,1%, União Europeia, 19,6%, Argentina, 16,9% e China teve alta de 13,6%.

Fonte: Agência Brasil – Akemi Nitahara

Imagem: Wenderson Araujo

Segunda, 16 de Janeiro de 2023
Inflação deve fechar 2023 em 5,39%, indica Boletim Focus
Inflação deve fechar 2023 em 5,39%, indica Boletim Focus Fonte: Agência Brasil

O mercado financeiro aumentou a previsão de inflação para este ano. Segundo projeção do Boletim Focus, divulgada hoje (16), em Brasília, pelo Banco Central, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar o ano em 5,39%. Há uma semana, o cálculo do mercado era de que a inflação este ano ficasse em 5,36%%. Há quatro semanas, a previsão era de 5,17%.

O percentual está acima da meta de inflação para este ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual (pp), para cima ou para baixo. Assim, a meta será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.

Para alcançar a meta inflacionária, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa está no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar.

A próxima reunião do Copom está marcada para 31 de janeiro e 1º de fevereiro deste ano. Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic seja mantida nos mesmos 13,75% ao ano nessa primeira reunião de 2023.

Divulgado semanalmente, o Boletim Focus reúne a projeção de mais de 100 instituições do mercado para os principais indicadores econômicos do país. Para 2024, o mercado manteve a projeção de inflação da semana passada: 3,70%. Há quatro semanas, a previsão era de que o índice fechasse o próximo ano em 3,50%. Já para 2025, a projeção é de que o IPCA – a inflação oficial do país - fique em 3,50%.

PIB

O aumento da previsão de inflação veio acompanhado de uma redução na expectativa de crescimento Produto Interno Bruto (PIB) do país este ano, que ficou em 0,77%, ante 0,78% da semana passada. Na projeção desta semana, o Focus manteve a previsão do PIB para 2024, registrada há sete dias. A nova projeção é de 1,50%. Para 2025, a estimativa é que a economia brasileira cresça 1,90%.

Taxa de juros e câmbio

O mercado também projetou alta para a taxa básica de juros, a Selic, para 2023. Na projeção divulgada nesta segunda-feira, a Selic deve ficar em 12,50%, ante os 12,25% da semana passada. Para o fim de 2024, a estimativa do mercado para a Selic se manteve estável, ficando em 9,25%. Para 2025, a previsão é que a Selic fique em 8,25%.

Quanto ao câmbio, a expectativa do mercado para a cotação do dólar em 2023 ficou em R$ 5,28, a mesma da semana passada. Para os anos de 2024 e 2025, a previsão do mercado é de que o a moeda norte-americana fique em R$ 5,30, o mesmo valor da semana anterior.

Fonte: Agência Brasil – Luciano Nascimento

Imagem: Valter Campanato

Sexta, 13 de Janeiro de 2023
Abertura Oficial da Colheita do Milho marcada para 10 de fevereiro em Jaguarão
Abertura Oficial da Colheita do Milho marcada para 10 de fevereiro em Jaguarão Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

A Fazenda São Francisco, em Jaguarão, será palco para a 10ª Abertura Oficial da Colheita do Milho no Rio Grande do Sul, com solenidade marcada para 10 de fevereiro, às 11h30. Mas atividades técnicas estão previstas para começar a partir das 7h, com estações demonstrativas de cultivo de milho em terras baixas.

"A abertura deste ano foi levada para a Metade Sul, para mostrar o potencial do milho em terras baixas com irrigação em sulcos em camalhões, uma tecnologia que tem dado excelentes resultados", conta o diretor de Políticas Agrícolas e Desenvolvimento Rural da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Paulo Lipp.

Desenvolvida pela Embrapa, a tecnologia de sulco-camalhão estabelece uma zona de cultivo com solo mais profundo e descompactado, ideal para o desenvolvimento radicular das culturas. Os sulcos possibilitam a irrigação e drenagem da lavoura. As estações demonstrativas que estarão disponíveis para visitação durante o evento mostrarão detalhes deste projeto, além de procedimentos corretos de secagem e armazenagem de milho.

As inscrições para os roteiros técnicos podem ser feitas em www.jaguarao.rs.gov.br/abertura-da-colheita-do-milho-2023

A Abertura da Colheita do Milho tem como organizadores: Governo do Estado, Apromilho/RS, Abramilho, Prefeitura Municipal de Jaguarão e a Fazenda São Francisco (Grupo Quero-Quero).

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Sexta, 13 de Janeiro de 2023
Mapa receberá contribuições da sociedade sobre rastreabilidade na cadeia produtiva
Mapa receberá contribuições da sociedade sobre rastreabilidade na cadeia produtiva Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

O Ministério da Agricultura e Pecuária abriu uma Tomada Pública de Subsídios sobre a proposta de regulamentação de controles aplicados à rastreabilidade na cadeia produtiva das carnes de bovinos e de búfalos no Brasil.

A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e o Codex Alimentarius reconhecem que a rastreabilidade na cadeia produtiva de carne bovina é uma ferramenta essencial para assegurar tanto a inocuidade dos alimentos, a saúde dos rebanhos e viabilizar a promoção do comércio seguro desses produtos.

Atualmente, a rastreabilidade em vigor no país, definida na Lei nº 12.097/2009, baseia-se no cadastro de propriedades rurais feito pelos próprios produtores nos serviços veterinários estaduais (SVEs); identificação coletiva dos animais (quando é informada a propriedade de procedência dos animais); e expedição da Guia de Trânsito Animal (GTA) pelos SVEs para fins de controle da movimentação do lote de animais entre a propriedade de procedência e o estabelecimento de destino.

“O sistema de rastreabilidade baseado na identificação animal coletiva é de grande valia e, até o momento, atende satisfatoriamente o mercado interno e os programas sanitários. Porém, não possibilita ao Serviço Veterinário Oficial conhecer as informações pormenorizadas referentes ao histórico de vida de cada animal movimentado entre distintas propriedades rurais situadas no território nacional. Por este motivo, vários países na América do Sul e outras regiões do mundo já adotaram a identificação animal individual como forma de aperfeiçoamento dos seus sistemas de rastreabilidade”, explica a auditora fiscal federal agropecuária Andréa Perez.

A decisão de adotar o sistema de rastreabilidade bovina individual no país é considerada complexa e carece de ampla discussão com a sociedade devido à vasta dimensão do território brasileiro com graus distintos de tecnificação, de qualificação da mão-de-obra e de capacidade de investimento.

A consulta ficará disponível até o dia 16 de fevereiro de 2023. O questionário para participação encontra-se no sistema SISMAN da Secretaria de Defesa Agropecuária. Para ter acesso ao SISMAN, o usuário deverá fazer cadastro prévio no Sistema de Solicitação de Acesso - SOLICITA, por meio do link https://sistemasweb.agricultura.gov.br/solicita/.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento