Notícias

Quinta, 05 de Março de 2020
Fórum reforça importância do trigo para o sistema de produção.
Fórum reforça importância do trigo para o sistema de produção. Fonte: Agrolink

A produção e a rentabilidade na cultura do trigo foram os temas principais do Fórum do Trigo, realizado na tarde de desta quarta-feira, 4, no auditório central do Parque da Expodireto Cotrijal. Apesar de ser apontada pelos palestrantes como uma cultura “que não empolga” os produtores em geral, foi reforçada como importante alternativa dentro do sistema de produção.

Cláudio Kapp Júnior, pesquisador do Setor de Economia Rural da Fundação ABC, trouxe resultados de pesquisa realizada entre 1995 e 2018, abordando 25 safras em uma área de 422 mil hectares de trigo no Paraná e em São Paulo. O resultado final apontou lucro de cerca de R$ 230,00 por hectare. “Isso é expressivo. Mostra que o trigo é muito importante dentro do sistema de produção e uma boa opção de inverno. Não é a única, mas o produtor pode introduzir o trigo para aumentar os índices de rentabilidade de sua propriedade”.

O pesquisador afirmou que o produtor está acostumado a, normalmente, avaliar uma safra independente, isolada. Assim, pode encontrar um saldo negativo para o trigo e achar que a cultura não é rentável na sua propriedade. “No entanto, a pesquisa comprovou que numa média de anos bons e ruins, o trigo foi mais rentável do que a cobertura verde, que não tem contrapartida de receita”, comentou.

Já o coordenador da assessoria do Grupo Agros, Carlos André Fiorin, recomendou ao produtor planejar lavoura, levando em conta a realidade de cada região, e ficar atento aos custos de produção que tiveram uma alta importante nos últimos cinco anos. “Necessariamente, não precisa ter lucro, mas tem que cobrir pelo menos uma parte dos custos dentro da propriedade”, pontuou.

Para Fiorin, se o produtor alcançar uma média mínima de 60 sacos/hectare, ele consegue aumentar a rentabilidade de sua propriedade. “Se o produtor vender esta produção no valor de R$ 44,00 o saco, sobra R$ 1.000,00 para auxiliar nos custos de outros setores da propriedade”.

Paulo Cezar Vieira Pires, presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do RS (FecoAgro/RS), enfatizou que das 10 milhões de toneladas de trigo consumidas no Brasil, 2 milhões de toneladas são produzidas no RS.

Ele não apresentou números, mas fez questão de mencionar os benefícios do cereal no sistema de produção, como formação de palhada, melhor controle de pragas, doenças e plantas daninhas e otimização do maquinário e mão de obra. “Se vai plantar trigo, planta bem. O produtor quer ter resultados. Aumentar a produtividade sem gastar mais por isso”, concluiu.

 Fonte: Agrolink

Quinta, 05 de Março de 2020
Soja: tecnologia promete controlar 6 lagartas incluindo helicoverpa.
Soja: tecnologia promete controlar 6 lagartas incluindo helicoverpa. Fonte: Canal Rural

A terceira geração da Intacta, da Bayer, também será resistente ao dicamba, colaborando com o manejo de plantas daninhas de folha larga

COMPARTILHE NO WHATSAPP

A Bayer apresentou pela primeira vez, na 21ª Expodireto Cotrijal, a terceira geração da tecnologia de sementes transgênicas, batizada de Intacta 2 Xtend. De acordo com a companhia, um dos grandes diferenciais do produto é o espectro maior de cobertura para lagartas — agora, apresenta resistência também à helicoverpa armigera e à spodopteras cosmioides.

A gerente de Lançamento de Intacta 2 Xtend, Bárbara Tagliari, lembra que essas pragas estão presentes em todo o ciclo da soja. “Na fase de emergência, podem ser extremamente prejudiciais e matar a planta. Posteriormente, essas pragas causam a desfolha, que reduz a capacidade de fotossíntese e afeta o enchimento de grãos, interferindo diretamente na produtividade das lavouras”, comenta.

Segundo Bárbara, a safra 2019/2020 foi mais quente, aumentando a incidências desses insetos, principalmente na soja. Produtores que trabalham com a segunda geração, a Intacta RR2 PRO, já contavam com tecnologia contra quatro espécies: falsa-medideira (chrysodeixis includens), lagarta-da-soja (anticarsia gemmatalis), lagarta-da-maçã (chloridea virescens) e broca-das-axilas (crocidosema aporema).

Mas produtores viram as spodopteras aparecem com uma frequência maior nesta temporada — sobre as quais o espectro da tecnologia ainda não se estendia. A partir da safra 2021/2022, no entanto, a tecnologia da Bayer contará com duas novas proteínas, que além de ampliar o controle para as spodopteras também abrangem a helicoverpa. começar a venda.

“Sabemos também que insetos sofrem processos de mutação e criam resistência. Então a gente traz outras proteínas que ajudam também na longevidade da tecnologia. Agora serão três modos de ação funcionando na mesma planta”, diz Bárbara.

Segundo a Bayer, 96% dos casos de aplicação de inseticida no passado foram para combate a lagartas que a Intacta 2 Xtend controla. “Então acreditamos que haverá uma redução do uso de inseticida; mas ainda é muito importante o agricultor fazer o manejo integrado de pragas, monitoramento e aplicação, se necessário. É um trabalho conjunto”, diz.

A companhia aguarda a autorização da China, maior compradora mundial da soja brasileira, para começar a comercializar o produto, prevista para acontecer em 2021.

Trabalho de anos

De acordo com a gerente da Bayer, o desenvolvimento da tecnologia começou 15 anos atrás, com a identificação dos desafios que seriam críticos para a agricultura brasileira no futuro, além das pragas. “Por exemplo, entendemos que o número de plantas daninhas de folhas largas resistentes ao glifosato aumentaria, e seriam de difícil controle na pós-emergência, então precisaríamos de uma outra forma de controle”, diz.

A nova solução da Bayer permitirá um controle mais amplo pois será tolerante ao dicamba, herbicida eficiente no controle de plantas daninhas de folhas largas como a buva, caruru, corda-de-viola e picão-preto.

 Fonte: Canal Rural

Quinta, 05 de Março de 2020
Milho: Bolsa de Chicago tem realização de lucros e leve baixa nesta 5ª feira.
Milho: Bolsa de Chicago tem realização de lucros e leve baixa nesta 5ª feira. Fonte: Noticias Agrícolas

A quinta-feira (5) parece ser de realização de lucros para o mercado do milho na Bolsa de Chicago. Os futuros do cereal perdiam entre 2 e 4 pontos nas posições mais negociadas, por volta de 8h30 (horário de Brasília), com o maio cotado a US$ 3,81 e o julho, US$ 3,83 por bushel. 

Os preços subiram significativamente nos últimos dias na CBOT, motivados por notícias de demanda da China nos EUA pelo cereal e pelos fundos de volta ao mercado de commodities agrícolas após as baixas recentes. Aos poucos, o mercado internacional se volta aos seus próprios fundamentos. 

No paralelo, porém, os traders ainda monitoram as notícias sobre o coronavírus e seus efeitos sobre a demanda chinesa. 

"Os mercados continuam monitorando a situação do coronavírus, já que algumas esperanças de demanda começam a voltar ao mercado. Os traders estão ansiosos para ver se outra venda para a China será divulgada nesta quinta-feira", dizem os especialistas da Allendale, Inc.

Hoje, o mercado espera pelos números das vendas semanais para exportação a serem divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e as expectativas para o milho variam de 700 mil a 1,3 milhão de toneladas. 

 Fonte: Noticias Agrícolas

Quinta, 05 de Março de 2020
Brasil exporta 110,6 mil toneladas de carne bovina in natura em fevereiro.
Brasil exporta 110,6 mil toneladas de carne bovina in natura em fevereiro. Fonte: Agrolink

Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil exportou em fevereiro 110,6 mil toneladas de carne bovina in natura, com uma receita de US$494,20 milhões.

A média diária embarcada ficou em 6,1 mil toneladas, alta de 15,5% frente a média diária de janeiro, e 6,4% maior comparado ao mesmo período de 2019.

Considerando o primeiro bimestre de 2020, o Brasil exportou 227,5 mil toneladas de carne bovina in natura, 4,5% mais do que o primeiro bimestre do ano passado, quando o Brasil embarcou um total de 217,8 mil toneladas.

Esse resultado é recorde para a exportação de carne bovina pelo país considerando o primeiro bimestre dos últimos dez anos.

 Fonte: Agrolink

Quarta, 04 de Março de 2020
MP do Agro: Senado aprova projeto ‘divisor de águas’ do crédito rural.
MP do Agro: Senado aprova projeto ‘divisor de águas’ do crédito rural. Fonte: Canal Rural

 Senado aprovou nesta quarta-feira, 4, a medida provisória 897/19, conhecida do MP do Agro. Segundo a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, o projeto é visto pelo governo como um divisor de águas para o crédito rural por conter ferramentas que vão simplificar e dar segurança para quem quer investir no Brasil. O setor produtivo corria contra o tempo para aprovar a medida porque ela perdia a validade em 10 de março. O texto segue agora para sanção presidencial.

Entre várias previsões, a MP traz o fundo de garantia para empréstimos, as linhas de subvenção para construção de armazéns de cereais e o aperfeiçoamento de regras de títulos rurais. Também prevê o regime de afetação do patrimônio rural, o subsídio para a construção de silos, benefícios a produtores de biodiesel e a quem usa energia limpa (sem carbono), além da reabertura de prazos para a concessão de descontos na quitação de dívidas rurais, entre outros.

Entenda o que a MP do Agro prevê:

Fundos solidários

De acordo com o texto, não haverá limite para a participação de produtores rurais em um fundo, que contará ainda com cotas dos credores. Poderá haver vários fundos, chamados de Fundos Garantidores Solidários (FGS), contanto que cada um deles tenha um mínimo de dois devedores, contribuindo com 4% dos saldos da dívida total.

Igual percentual incidirá para os credores. Caso exista um garantidor da dívida (um banco, por exemplo), sua contribuição será de 2% do saldo devedor. Desde que se mantenha a proporção das cotas entre essas categorias (devedor, credor e garantidor), os percentuais poderão ser aumentados.

Bancos privados

A medida provisória prevê subvenção federal a bancos privados que oferecerem descontos a quem quita ou paga prestações em dia. Antes da publicação da MP, isso só era possível a bancos públicos.

Patrimônio em garantia

A MP 897/19 também permite ao proprietário rural oferecer parte de seu imóvel como garantia nos empréstimos rurais e não a propriedade toda. Esse mecanismo é conhecido como regime de afetação — no qual o terreno e as benfeitorias a serem objeto de financiamento ficam separados do patrimônio disponível. Poderão ser usados como garantia o terreno e as benfeitorias existentes nele, exceto as lavouras, os bens móveis e o gado. O patrimônio de afetação poderá garantir qualquer operação financeira contratada por meio de Cédula Imobiliária Rural ou de Cédula de Produto Rural.

Há algumas proibições. Não poderão ser oferecidos como garantia o imóvel já hipotecado, a pequena propriedade rural de até 4 módulos fiscais, área do imóvel inferior a 1 módulo fiscal e o único bem de família. Enquanto o produtor rural mantiver a dívida, a propriedade não poderá ser vendida, mesmo que apenas parte dela seja submetida ao mecanismo de afetação. O imóvel também não poderá ser oferecido como garantia em outras transações, e a Justiça não poderá retê-lo para o pagamento de outras obrigações, além de não poder fazer parte da massa falida no caso de falência.

Enquanto estiver no mecanismo de afetação, caberá ao proprietário manter e preservar o patrimônio e manter-se em dia com as obrigações tributárias e os encargos fiscais, previdenciários e trabalhistas de sua responsabilidade.

Cédula de Produto Rural (CPR)

A Cédula de Produto Rural (CPR) é emitida para garantir o pagamento de um empréstimo rural com a produção. O projeto de lei de conversão amplia e prevê maior detalhamento dos produtos passíveis de emissão da cédula, incluídos os que sofrem beneficiamento e primeira industrialização.

Também se inclui no rol dos emissores de CPR outros agentes econômicos, como beneficiadores e os que promovem a primeira industrialização dos produtos agrícolas, pecuários, de floresta plantada e da pesca e aquicultura, seus derivados, subprodutos e resíduos, havendo nesse caso incidência de IOF e imposto de renda.

Cédula Imobiliária Rural (CIR)

O texto amplia o uso da Cédula Imobiliária Rural (CIR) para qualquer operação financeira, não só de crédito junto às instituições, e define  prazo de cinco dias para que o credor informe a liquidação da CIR.

Ele também impede o vencimento antecipado da CIR caso o proprietário deixe de pagar as obrigações fiscais, trabalhistas e previdenciárias; abra falência ou recuperação judicial; ou desvie bens ou tente arruinar a área sob afetação.

Quando ocorrer a emissão da CIR ou da CPR vinculados à área da propriedade rural dada como garantia, o não pagamento do valor desses títulos, que representam o empréstimo concedido, implicará a transferência da propriedade ao credor.

Os títulos poderão ter garantia adicional oferecida por terceiros, inclusive bancos ou seguradoras.

Se a área rural vinculada ao título for desapropriada ou danificada por terceiro, o credor é que terá direito à indenização para quitar ou amortizar a dívida.

No caso de o valor em dinheiro do título não ser pago, a propriedade transferida ao credor deverá ir a leilão, e o valor de venda poderá ser usado para quitar as despesas e a dívida. Se não for suficiente para isso, o credor poderá cobrar do devedor o saldo.

Cerealistas

Devido à carência de capacidade de armazenamento de grãos, a MP 897/19 autoriza a União a conceder, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), até R$ 20 milhões por ano em subsídios para diminuir a taxa de juros em financiamentos de construção de silos.

As taxas subsidiadas poderão ser concedidas até 30 de junho de 2021. O dinheiro poderá ser usado em obras civis e na compra de máquinas e equipamentos necessários à construção de armazéns e à expansão da capacidade dos já existentes.

Estrangeiros

O texto também autoriza pessoas jurídicas com participação de capital estrangeiro a receberem imóvel rural em garantia de suas operações.

Biodiesel

Foi incluído ainda, no conceito de produtor-vendedor de biodiesel, outros arranjos de comercialização que comprovem a origem do produto no âmbito do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), para fins de redução da alíquota de PIS/Pasep e da Cofins que beneficia o agricultor familiar ou sua cooperativa agropecuária.

Descarbonização

Em relação ao mercado do chamado crédito de descarbonização (CBIO), o texto prevê que, até 31 de dezembro de 2030, o imposto de renda será exclusivamente na fonte, com alíquota de 15%.

O CBIO é emitido pelo produtor ou importador de biocombustível, e seu valor é determinado pela livre negociação no mercado de bolsa de valores mobiliários. A receita com o CBIO não entrará na base de cálculo do imposto de renda normal, mas as despesas com sua emissão poderão ser descontadas.

Dívidas rurais

Ficou reaberto até 30 de dezembro o prazo para a concessão de descontos na quitação de dívidas rurais. Os descontos, previstos na Lei 13.340/16, se referem a empréstimos de recursos dos fundos constitucionais de financiamento, de bancos oficiais para empreendimentos localizados nas áreas da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e para débitos inscritos na dívida ativa da União.

Além das pessoas físicas, empresas também poderão ter condições mais favoráveis na quitação de dívidas vencidas relacionadas à venda de lotes de projetos de irrigação junto à Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e ao Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs).

 Fonte: Canal Rural

Quarta, 04 de Março de 2020
Preço do trigo volta a subir no RS
Preço do trigo volta a subir no RS Fonte: Agrolink

Os preços do trigo voltaram ao patamar de alta no estado do Rio Grande do Sul neste início de semana, com novo interesse no porto, segundo informações divulgadas pela T&F Consultoria Agroeconômica. Para entregas em abril o valor sobe para R$ 900,00 e surgiu interesse no porto a R$ 830,00/t CIF, para trigo futuro destinado à exportação. 

“Para vendas no mercado interno, preço de R$ 750,00 CIF moinho. Negócios pontuais, moinhos aparentemente estocados, recebendo mercadoria comprada anteriormente, que lhes abastece de matéria-prima e de preços médios menores, de modo que não dependem de novas compras. Março, voltamos a dizer, será o mês da verdade. Não esperamos novas altas, mas apenas manutenção dos preços atuais”, comenta a Consultoria. 

No Paraná, o mercado continuou devagar nesta terça-feira, com os agricultores mais preocupados em colher a soja e vender o milho do que em vender trigo. “Quem ainda tem é porque não depende de liberação de espaço e pode esperar preços melhores. Por isso o mercado obteve uma alta nesse começo de semana”, completa. 

“No norte do estado preços travados ao redor de R$ 1.000,00, muito poucas ofertas. A colheita da soja acelerou na região, então, por mais 20 dias, enquanto durar esta movimentação, pouca oferta de trigo deverá haver. Quanto ao abastecimento futuro dos moinhos da região, deverá haver uma grande dificuldade. Quem tiver que comprar trigo importado, no câmbio em que está, para vender as farinhas nos preços em que estão, dificilmente vai ter resultado satisfatório no final do mês”, conclui a T&F Consultoria Agroeconômica. 

 Fonte: Agrolink

Quarta, 04 de Março de 2020
Safra verão de milho do RS deve totalizar 28,72 mi de t, estima Emater.
Safra verão de milho do RS deve totalizar 28,72 mi de t, estima Emater. Fonte: Noticias Agrícolas

A safra de grãos verão 2019/20 do Rio Grande do Sul deverá ser a menor desde 2016, com o total de 28,72 milhões de toneladas de grãos, segundo a Emater-RS/Ascar. Se a projeção se confirmar, a colheita será 13,8% menor que o previsto inicialmente pela entidade, em agosto do ano passado, e interromperá três ciclos consecutivos de crescimento da produção de grãos no Estado.

Para a safra 2019/20, a Emater estima que o Estado deverá colher 16,54 milhões de toneladas de soja, 4,69 milhões de toneladas de milho em grão, 9,9 milhões de toneladas de milho silagem, 7,40 milhões de toneladas de arroz e 91.938 toneladas de feijão. A previsão é de que a produção total represente R$ 32,72 bilhões para a economia do Estado. O volume, considera a entidade, poderia ser R$ 4,28 bilhões maior caso não fossem registradas perdas nas lavouras de soja e milho.

Os dados foram levantados na segunda quinzena de fevereiro. As estimativas para a safra de verão do Estado foram divulgados nesta manhã durante a Expodireto Cotrijal, que ocorre em Não-me-Toque.

Segundo a Emater, a revisão para baixo na estimativa de safra decorre das adversidades climáticas que prejudicaram as lavouras gaúchas como a seca registrada desde dezembro do ano passado. "Mesmo assim, apesar dos números, essa é considerada a quinta melhor safra do Estado, em virtude do incremento acentuado no rendimento de produção dos últimos anos", disse o diretor técnico da Emater/RS, Alencar Rugeri.

A entidade informou também que as estimativas podem ser atualizadas a qualquer momento, em virtude do baixo porcentual de área colhida de algumas culturas e de ocorrências meteorológicas que possam interferir de forma expressiva nas projeções.

 Fonte: Noticias Agrícolas

Quarta, 04 de Março de 2020
Mercado de Grãos
Mercado de Grãos Fonte: AF News Agrícola

O quinto levantamento da Consultoria DATAGRO para a safra 2019/20 de soja e milho do Brasil traz elevação na produção das culturas com a colheita se aproximando da metade da área semeada. Para a oleaginosa, a projeção de produção saltou para 123,62 milhões de toneladas ante 122,90 milhões de toneladas no mês anterior. O milho tem estimativa de 101,61 milhões de tons nas duas safras sobre 100,35 milhões previstas anteriormente.

A produção de soja no Brasil acima de 123 milhões de toneladas representa uma alta de 3% ante a temporada 2018/19 (119,60 milhões de t) e tem potencial de ultrapassar o recorde anterior da safra 2017/18 de 122,30 milhões de toneladas da oleaginosa. A área plantada seguiu neste levantamento em 37,09 milhões de hectares em todo o país e a produtividade média passou para 3.340 kg/ha ante 3.319 kg/ha no mês anterior.

A atualização dos dados da safra 2019/20 de soja ocorre com a colheita próxima da metade em todo o Brasil mesmo com chuvas nos últimos dias. Até o dia 28 de fevereiro, 44,4% da nova safra da oleaginosa havia sido colhida, com avanço 13 pontos percentuais ante a semana anterior (31,4%), mas abaixo dos trabalhos em 47,9% de 2019 e acima dos 38,5% da média de cinco anos.

“O registro de chuvas em boa parte da região produtora nesse período voltou a limitar o fluxo. Mas como chegamos a registrar intervalos sobre as precipitações na maior parte dos casos os trabalhos puderam andar bastante”, explica Flávio França Junior, coordenador da DATAGRO Grãos.

A safra 2019/20 de milho no Brasil também foi levemente revisada pela DATAGRO, com estimativa de 101,61 milhões de toneladas nas duas safras do país e ficando próxima do recorde da temporada passada de 101,70 milhões, apesar da irregularidade das chuvas e perdas registradas na região Sul do Brasil no cereal de verão. A área nas duas safras tem previsão de alta de 3% ante 2018/19, para 18,21 milhões de hectares.

Na 1ª safra do cereal, a estimativa de produção passou para 25,67 milhões de t neste quinto levantamento da Consultoria DATAGRO ante 25,04 milhões de t em janeiro. A área teve leve redução para 4,41 milhões de hectares ante projeção anterior de 4,43 milhões/ha e a produtividade saltou para 5.818 kg/ha sobre 5.655 kg/ha. A colheita do milho de verão atingia 37,4% no Centro-Sul até o dia 28 de fevereiro.

Já na 2ª safra, a produção de milho também teve ajuste altista diante de clima regular para 75,94 milhões de t ante 75,31 milhões de t da estimativa anterior, com área de 13,80 milhões de hectares sobre 13,64 milhões/ha e produtividade de 5.502 kg/ha ante a projeção de janeiro de 5.522 kg/ha. O plantio do milho de inverno atingia 69,7% da área no Centro-Sul até dia 28. A DATAGRO segue acompanhando a preocupação com menor janela de plantio na safra de inverno por conta de atraso na colheita da soja.

 Fonte: AF News

Quarta, 04 de Março de 2020
“Países e entidades ambientais utilizam meias-verdades para tentar denegrir o agro brasileiro”
“Países e entidades ambientais utilizam meias-verdades para tentar denegrir o agro brasileiro” Fonte: Portal DBO

O discurso de ambiental é hoje um “ingrediente na guerra comercial pelo mercado global”, de acordo com o vice-presidente da República, Hamilton Mourão. Em discurso na abertura do seminário “Agro em Questão”, na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília, ele afirmou:

“Além de recorrer a inúmeras barreiras tarifárias e sanitárias para fazer frente ao comércio de grãos e carnes, onde o Brasil se destaca como um dos líderes mundiais, países e entidades ambientais utilizam meias-verdades pra tentar macular o agro brasileiro.”

Para resolver esse problema, o vice-presidente falou que é necessário que o Congresso vote com urgência a Medida Provisória 910, que trata da regularização fundiária, “para que o Estado possa ter meios legais de responsabilizar os proprietários pela preservação de suas áreas coibindo excessos ou crimes ambientais”.

Ele também falou do Conselho da Amazônia Legal, criado pelo presidente Jair Bolsonaro e que Mourão foi designado para comandar. A criação do conselho “vem em boa hora como resposta às especulações e distorções sobre a preservação ambiental daquele bioma e a pretensa relação de sua degradação com o aumento da fronteira agrícola e o agronegócio brasileiro”, disse ele.

Em outros momentos do discurso, Mourão falou sobre a importância de se preservar o meio ambiente. “Por prioritária que seja a expansão da produção agrícola, este governo enfrentará o desafio de equalizar os interesses setoriais da atividade agropastoril e as justas demandas da preservação ambiental, desconstruindo discursos que tendem a estigmatizar o Brasil no concerto das nações”, comentou.

Quanto ao agronegócio, ele destacou conquistas do governo Bolsonaro, como investimento em produção, redução das amarras, queda no custo Brasil, melhora da estrutura para escoamento de produção e mais segurança para o produtor. Outros desafios, segundo Mourão, são os sanitários, de genética, plantio direto, cadeias integradas e outros.

 Fonte: Portal DBO

Terça, 03 de Março de 2020
Estiagem provoca redução de 13,8% na colheita da safra de verão.
Estiagem provoca redução de 13,8% na colheita da safra de verão. Fonte: Agrolink

A Emater/RS-Ascar apresentou na manhã desta terça-feira, durante café da manhã com a imprensa na Expodireto Cotrijal, os números relativos à estimativa preliminar da safra de verão 2019/2020. Os dados, coletados na segunda quinzena de fevereiro, contemplaram uma amostra que cobriu 99% da área a ser cultivada com arroz, 82,9% com feijão primeira safra, 83,4% com feijão segunda safra, 97,3% com milho grão, 96,1% com milho destinado à silagem e 98,1% com soja.

Segundo o diretor técnico da Emater/RS-Ascar, Alencar Rugeri, a falta de chuvas ocasionará perda de produção na cultura do milho de 21,1% e da soja de 16,2%. No caso do milho, a produtividade média que estava estimada inicialmente em 7.710 kg/ha, deverá ficar em 5.991 kg/ha e a soja deverá sofrer redução de 3.315 kg/ha para 2.773 kg/ha.

Os dados apontam ainda uma provável redução de 1,5% na colheita do arroz; 8,7% na de feijão primeira safra e de 20,7% no milho silagem. Rugeri explicou que a estiagem que vem sendo registrada no Estado e ocasionando estas perdas tem uma característica diferente, pois não está localizada em uma região específica. “É uma situação atípica, com falta de chuvas maior em algumas regiões e também em momentos diferentes”.

O secretário estadual da Agricultura, Covatti Filho, disse que o Rio Grande do Sul está em alerta. “Estamos vivendo ainda hoje uma estiagem, mas se a falta de chuvas persistir, ela vai se tornar uma seca”.

Covatti anunciou que já na próxima semana deverão ser liberados R$ 4,5 milhões do Programa de Sementes Forrageiras do RS e existe a possibilidade de o Ministério da Agricultura agregar outros R$ 2,5 milhões. “Pode-se aumentar o subsídio ou a porcentagem por produtor para ter mais oportunidade de adquirir a semente forrageira. Também deveremos rever todos os processos de licenciamento ambiental de irrigação, analisando todas as dificuldades e tentando amenizá-las para acelerar o processo de irrigação nas propriedades gaúchas”, destacou o secretário.

Geraldo Sandri, presidente da Emater/RS-Ascar, disse que a agricultura do Estado vive um momento difícil e que a colheita nas propriedades gaúchas chegará a 28,72 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 13,8% frente as 33,3 milhões de toneladas esperadas inicialmente. De acordo com Sandri, a safra de verão deverá injetar R$ 32,72 bilhões na economia gaúcha. “O volume, no entanto, poderia ser maior. As perdas no milho e na soja farão com que, pelo menos, R$ 4,8 bilhões deixem de circular no Estado”.

 Fonte: Agrolink