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Quinta, 20 de Fevereiro de 2020
Dólar acelera ganhos e renova mais uma máxima histórica, a R$ 4,39.
Dólar acelera ganhos e renova mais uma máxima histórica, a R$ 4,39. Fonte: Safras & Mercados

     O dólar comercial acelerou os ganhos e renovou a máxima histórica intraday no patamar inédito de R$ 4,39. A moeda opera em patamares recordes, acima de R$ 4,38, desde a abertura dos negócios refletindo o ambiente externo mais negativo em meio aos desdobramentos do coronavírus. Às 10h25 (de Brasília), o dólar à vista avançava 0,57%, cotado a R$ 4,3900 para venda, depois de chegar na máxima de R$ 4,3910 (+0,59%).

     “Nesse patamar, a expectativa é que o Banco Central entre no mercado cambial. Mas acho difícil porque não foi uma notícia interna, mas é uma reação dos mercados globais com o coronavírus em meio às preocupações com os resultados das empresas e com mortes fora da China. Além de estarmos às vésperas de um feriado prolongado aqui”, comenta o diretor de câmbio do grupo Ourominas, Mauriciano Cavalcante.

     As informações são da agência CMA.

Fonte: Safras & Mercado

Quarta, 19 de Fevereiro de 2020
Ministra defende reformas tributária e administrativa.
Ministra defende reformas tributária e administrativa. Fonte: Agrolink

A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) defendeu nesta quarta-feira (19) que as reformas tributária e administrativa sejam realizadas de forma conjunta a fim de simplificar e desburocratizar o sistema tributário brasileiro. “´É importante que as reformas tributária e administrativa caminhem juntas, pois uma tem reflexo na outra”, afirmou durante abertura do seminário “Tributação no Agro: aspectos da competitividade”, promovido pela Secretaria de Política Agrícola do ministério.

Tereza Cristina destacou que o governo, nos últimos meses, já adotou medidas importantes, como a reforma da Previdência e a Medida Provisória da Liberdade Econômica, que têm gerado resultados positivos para a economia do país. “Vencemos a primeira etapa, a Previdência, mas não resolve”, ao lembrar que a redução estimada com as mudanças na Previdência é de R$ 1 trilhão ao longo dos próximos dez anos. Valor semelhante, segundo ela, deve também ser obtido com as baixas taxas de juros que estão em vigor e que começam a “estancar a sangria” de dinheiro. “Recursos que o governo começa a ter para investir”.

São passos que, segundo ela, estão fortalecendo a confiança dos investidores estrangeiros no país. “Esse é o maior legado. Enquanto o mundo desaquece, o Brasil vem crescendo devagar, mas de forma sustentável”, disse para mais de 70 convidados, entre lideranças do setor, parlamentares e representantes de instituições.

Durante o evento, a ministra falou que é importante o setor de agronegócios definir propostas consistentes, sem amadorismo e que possam contribuir com o projeto maior de reforma tributária do sistema brasileiro. O seminário, segundo ela, representa um passo nesta jornada, pois é resultado do levantamento de temas prioritários recolhidos durante reuniões das câmaras setoriais, realizadas pelo Ministério da Agricultura durante o ano de 2019. Participam das câmaras representantes do governo, sociedade civil e do setor privado.

Tereza Cristina comentou também sobre a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 5.553) que questiona a concessão de benefícios fiscais para os defensivos agrícolas e será analisada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ela fez uma comparação ao perguntar se uma pessoa tomaria um remédio, em maior quantidade, somente porque ficou mais barato. Ou deixaria de tomar, se o remédio ficou mais caro. No caso, do agronegócio, o aumento da carga tributária - caso a decisão do Supremo seja a favor da suspensão – provocará um impacto na ponta, onde está o consumidor, pois poderá resultar em aumento do custo da cesta básica.

Fonte: Agrolink

Quarta, 19 de Fevereiro de 2020
MP do Agro é aprovada pela Câmara; proposta segue para o Senado.
MP do Agro é aprovada pela Câmara; proposta segue para o Senado. Fonte: AF News Agrícola

A Medida Provisória 897/19, mais conhecida como MP do Agro, passou pela aprovação durante votação da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (18), em Brasília. A proposta prevê ampliação em R$ 5 bilhões dos créditos de financiamento para o agronegócio no Brasil. A matéria, agora, aguarda passar pelo 'crivo' dos senadores.

Os parlamentares derrubaram a determinação de repasse de, pelo menos, 20% dos recursos dos fundos constitucionais (FNE, FNO e FCO) a bancos privados habilitados para a concessão de créditos segundo as diretrizes desses fundos. 

Em outro destaque das alterações feitas na MP, deputados aprovaram a permissão para que os produtos rurais vinculados à Cédula de Produto Rural (CPR) sejam considerados bens de capital essenciais à atividade empresarial do emitente. Em outras palavras: sejam passíveis de serem considerados objetos de ações judiciais e incluídos em recuperação judicial.

As alterações foram editadas em outubro do ano passado, mas só agora os ajustes feitos na MP irá permitir que outros agentes financeiros, além dos bancos, também possam financiar a produção agrícola. Ao instituir o Fundo de Aval Fraterno (FAF), a MP pretende dar aos produtores “garantias solidárias” para a renegociação de dívidas e para a construção de estruturas para a armazenagem de cereais.

Crédito Rural

A medida pretende desburocratizar o setor e facilitar o acesso ao crédito. O texto-base prevê vários fundos, chamados de Fundos Garantidores Solidários (FGS), sendo que cada um deles deverá ter a participação de no  mínimo  dois devedores, contribuindo com 4% dos saldos devedores. Para os credores, deverá incidir igual percentual. Caso exista um garantidor da dívida, sua contribuição será de 2% do saldo devedor. 

Garantia - O produtor rural poderá desmembrar sua propriedade para dar como garantia em operações de crédito. Atualmente, via de regra, o produtor precisa oferecer todo o imóvel como garantia, o que, na maioria das vezes, se constata é que o valor do imóvel é quase sempre maior  que o financiamento feito.

Sendo assim, o chamado patrimônio de afetação dará maior segurança ao sistema financeiro na concessão de crédito aos produtores rurais, ampliando o acesso aos recursos financeiros e permitindo melhor negociação do financiamento. São preservados os direitos de terceiros, a pequena propriedade rural, as áreas inferiores ao módulo rural e os bens de família.

Além disso, a  medida também permitirá a utilização de diversos títulos agrícolas para expandir o financiamento do agronegócio. A proposta é buscar o dinheiro no mercado de capitais, usando, entre outros títulos, a Cédula de Produto Rural (CPR).
 

A MP prevê ainda um subsídio, para que as empresas que produzem cereais estejam aptas a financiar obras, fazer aquisição de máquinas e equipamentos necessários à construção de armazéns,  e dessa forma expandir a capacidade de armazenagem de grãos.

Fonte: AF News

Quarta, 19 de Fevereiro de 2020
MP garante modernização e segurança para regularização fundiária.
MP garante modernização e segurança para regularização fundiária. Fonte: Safras & Mercados

     A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) disse nesta terça-feira (18) que a Medida Provisória (MP) nº 910/2019, em análise no Congresso Nacional, vai dar modernização e segurança para a regularização fundiária no país.

     “Esse é um assunto fundamental para resolver a base de muitos problemas fundiários e produtivos do nosso país. A MP vai dar a modernização e segurança que queremos para esse assunto que é tão sensível e que mexe com a vida principalmente de pequenos produtores rurais no Brasil todo”, disse a ministra, ao participar de audiência pública da Comissão Mista do Congresso Nacional que analisa a MP.

    A MP da Regularização Fundiária deve beneficiar cerca de 300 mil famílias instaladas em terras da União há pelo menos cinco anos. A área média dos terrenos a serem regularizados é de 80 hectares, considerados pequenas propriedades. Além de toda a documentação necessária para a regularização, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) utilizará ferramentas de georreferenciamento e sensoriamento remoto para concluir processos de titulação, garantindo eficiência na análise de documentos e rigor no cumprimento de normas fundiárias e ambientais.

     Ao explicar as novas regras, a ministra lembrou que a vistoria remota prevista na MP não significa que todos os pedidos de propriedade de terra serão aprovados. “Aqueles em que houver qualquer dúvida na documentação ou sobreposição de imagens, o processo será colocado de lado e vai precisar de uma análise mais apurada. E, com certeza, se for uma situação mais grave, essa documentação, esse lote terá que ir para uma vistoria física”, disse, lembrando que o Cadastro Ambiental Rural (CAR) será usado para auxiliar nessa verificação.

     Segundo a ministra, a tecnologia será utilizada sem precarização na análise dos dados. “Se continuarmos no ritmo que estamos hoje, vão passar mais 400 anos e vamos estar sem conseguir regularizar os títulos”.

     Outro argumento apresentado pela ministra é que, com a documentação dos produtores, será possível identificar cada um deles. “Quando você recebe a documentação desses produtores, você terá o CPF de cada um. E esse CPF é a garantia que nós teremos do ilícito ou do lícito, porque vamos saber quem é e o que está fazendo. Assim, vamos poder separar o joio do trigo, o que hoje não é possível”.

     Segundo ela, 97% das terras beneficiadas pela MP são de pequenos produtores rurais, que usam a propriedade para a sua subsistência. “Temos que trabalhar com a maioria, não com as exceções. Os que têm malfeitos têm que ser identificados e punidos com o rigor da lei e não excluir a grande maioria e colocá-los como se fossem bandidos e não lhes dar o acesso a esses lotes para que eles sejam proprietários”.

Amazônia

    A ministra lembrou que legislação vai beneficiar produtores de todo o país, mas principalmente vai resgatar um problema secular da região Amazônica. “Essas pessoas foram levadas para lá no passado, foram para lá para produzir, saíram do Nordeste, do Sudeste, do Sul e foram para a Amazônia. Mas nada aconteceu. Então a dificuldade é muito grande, principalmente naquela região. Quando a pessoa não tem o seu título, não pode ter crédito, tem uma insegurança danada”.

    Ela também garantiu que a Medida vai combater a grilagem de terras porque as pessoas terão que comprovar a ocupação da terra. Além disso, haverá também a verificação do cumprimento das legislações ambiental e trabalhista. “Nada disso está sendo excluído nessa MP”.

     Tereza Cristina lembrou que a MP não traz no seu bojo nada sobre terra indígena, sobre terras de quilombolas e sobre florestas em terras públicas. “Ela trata de pequenos produtores rurais e também não trata de assentamentos, porque os assentamentos já têm sua legislação própria”.

     A ministra disse que espera que os deputados e senadores possam melhorar a proposta apresentada pelo governo. “Se a MP tem algum defeito, essa é a função dos parlamentares, que conhecem seus estados, melhorar o texto Tenho muita convicção de que avançaremos muito depois que essa MP se transformar em lei nessa Casa. Tenho certeza de que vamos trazer coisas muito boas, principalmente para a Região Norte do nosso país”.

    Também participaram da audiência pública o professor da Universidade de Brasília Sérgio Sauer e o professor da Universidade Federal do Pará Girolamo Domenico Treccani.

     As informações partem da assessoria de imprensa do MAPA.

Fonte: Safras & Mercado

Quarta, 19 de Fevereiro de 2020
Brasil deve vender 15% menos soja para China.
Brasil deve vender 15% menos soja para China. Fonte: Noticias Agrícolas

O Rabobank estima a safra brasileira de soja em algo próximo de 122 milhões de toneladas, número menor do que consultorias privadas ou órgãos públicos diante de uma projeção menor também da expansão da área nesta safra 2019/20. E mesmo a com a colheita de uma safra recorde, os preços da oleagniosa no mercado nacional estão acima do registrado há um ano, como explica o analista de grãos do banco, Victor Ikeda, em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta quarta-feira (19). 

Os patamares mais elevados em cerca de 15 são reflexo quase que total do suporte vindo do câmbio. O dólar, ainda como explica Ikeda, também registra essa mesma valorização em relação a 2019  e se mostra como o principal pilar de suporte paras as cotações. Afinal, os futuros negociados na Bolsa de Chicago e os prêmios, ao menos neste momento, não possuem a mesma força. 

Sobre os prêmios, o analista do Rabobank acredita que poderão se recuperar no segundo semestre, porém, sem alcançar os níveis muito altos de 2018 e 2019. O esperado é de que valores fiquem, em média, nos 80 cents de dólar sobre os valores praticados na CBOT, contra o atual intevalo de 30 a 50 cents praticados neste primeiro semestre. 

E esses prêmios mais limitados se dão ainda pelas perspectivas de que o Brasil poderá exportar 15% menos soja para a China em 2020 diante da consolidação da fase um do acordo comercial da nação asiática com os EUA. Segundo Ikeda, será necessário saber como a China irá implementar suas compras no mercado americano, no entanto, acredita que as mesmas voltarão aos volumes pré guerra comercial, de cerca de 30 milhões de toneladas. 

Entretanto, o analista afirma ainda que a China deverá dar prioridade a compras de produtos de valor agregado, como etanol de milho, DDG e carnes. "Assim, a soja deve se beneficiar também, porém, não na memsa intensidade", diz. "E precisamos ver como a China fará para priorizar a soja americana em plena colheita de uma safra recorde do Brasil. O país disse que irá comprar o produto mais barato e a soja brasileira ainda é mais barata do que a americana", completa. 

O Rabobank acredita que as importações de soja da China deverão ser maiores neste 2020, se aproximando das 90 milhões de toneladas. O mercado, porém, precisa entender quais serão seus próximos movimentos depois de resolvidos sérios problemas pelo qual passa o país como a Peste Suína Africana e o surto de coronavírus. 

Com o Brasil exportando menos para a China, Ikeda acredita ainda que os estoques de passagem de soja do país deverão, após dois anos de baixas muito severas, voltar aos seus níveis "normais". No entanto, reforça ainda que a demanda interna é bastante forte, puxada, principalmente, pelo aumento para 12% na mistura obrigatória de óleo de soja no biodiesel. Dessa forma, a projeção é de que o esmagamento brasileiro fique entre 44 e 45 milhões de toneladas.

Para a Bolsa de Chicago, o analista acredita que haverá uma recuperação gradual ao longo do ano e que já no segundo trimestre os preços possam voltar a "flertar com algo próximo de US$ 9,50" por bushel. Para que isso aconteça, todavida, é importante que os EUA voltem a vender melhor para a China e de que seus estoques fiquem menores diante desta demanda maior. 

MILHO

A estimativa do banco é de que os preços do milho no mercado brasileiro se mantenham sustentados diante da relação entre oferta e demanda que continua muito apertada. O Rabobank estima a safra - contabilizando verão e segunda temporada - em 100 milhões de toneladas e um consumo interno aumetando para 68 milhões de toneladas, contra 64 milhões de 2019. 

E esse aumento da utilização do cereal, como explica o analista não vem só do setor de proteínas animais, mas também do etanol, com as novas usinas em Mato Grosso passando a entrar em atividade. Sobre as exportações, o número de 2020 deverá ser menos intenso do que o recorde de 2019 - de 42 milhões de toneladas - e ficar mais próximo dos 30 milhões.

Assim, o suporte para as cotações vem, como explica Victor Ikeda, de uma produção menor da safra de verão - sem condições de recompor os estoques -, já que o Rio Grande, que é o maior produtor de milho desta primeira temporada do ano, já contabiliza perdas consolidadas por conta do clima. E essa condição mantém os preços sustentados, pelo menos, até abril. 

Para a safrinha, o Rabobank acredita que haverá uma boa expansão de área, porém, com um plantio relativamente atrasado. Assim, "a safrinha terá que surpreender muito em termos de produtividade para pressionar o mercado", diz. 

Dessa forma, o analista projeta que os preços se manterão no intervalo de R$ 48,00 a R$ 50,00 por saca nos primeiros vencimentos da B3, enquanto os demais, que referem-se à safrinha, perto dos R$ 40,00. "Romper abaixo dos R$ 40,00 na B3 eu acho ser bem difícil, porque ainda há uma taxa de câmbio que faz com que a paridade de exportação também sustente os preços", explica Ikeda. 

Fonte: Notícias Agrícolas

Quarta, 19 de Fevereiro de 2020
Uva e espumante gaúchos conquistam o mundo.
Uva e espumante gaúchos conquistam o mundo. Fonte: Agrolink

Já imaginou crescer 50% em um semestre e 30% no acumulado do ano enquanto o setor do qual você faz parte alcançou metade disso? E ser reconhecido como o mais premiado do ano, com destaque para seus produtos em competições de renome internacional? Esta não é uma realidade fictícia ou sonho. No ano passado a Cooperativa Vinícola Garibaldi, sediada em Garibaldi na Serra Gaúcha, alcançou estes números, reforçando a identidade com o cooperativismo de agricultores familiares de 15 municípios associados.

Nesta época o movimento de caminhões descarregando uva não para. A seleção é criteriosa, assim como o processo de beneficiamento, armazenamento e fabricação das bebidas. A maior produção ainda é de sucos, cerca de 10 milhões de litros. De vinho são 2 milhões de litros. Mas a aposta são os espumantes, com produção de 3 milhões de garrafas que correspondem a 38% do faturamento.

Segundo dados do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) o brasileiro está descobrindo a bebida não somente para brindar datas especiais. Em 2017 o crescimento das exportações de espumantes foi de 55% e chegou a 42% em 2018. Quando se pega somente a fatia da Serra Gaúcha, o número sobe para 60%. A comercialização dentro do país, em 2018, chegou a quase 20 milhões de litros. Em 2006, o total não passava de 7 milhões de litros. “O trabalho começa lá no vinhedo. A produção vitivinícola vem crescendo e conquistando novos mercados. Os nossos espumantes são diferenciados em leveza, frescor. Isso faz com que nossa bebida se destaque”, comenta o enólogo da vinícola, Ricardo Morari.

Em 2019 a Cooperativa Vinícola Garibaldi foi a brasileira mais premiada no mundo, com 85 medalhas. Entre os destaques a eleição de melhor espumante Moscatel do Conesul, no Catad'or Wine Awards, realizado no Chile. E na Itália o Espumante Garibaldi Prosecco, foi eleito um dos melhores do mundo, no Cittá Del Vinho. “Essa é a prova de que estamos produzindo aqui no país bebidas de ótima qualidade com uvas europeias como chardonnay e moscato”, ressalta o gerente de Marketing da Garibaldi e sommelier, Maiquel Vignatti.

Do produtor para a mesa

As paisagens que rendem fotos e muitos turistas na região são fonte de renda para os produtores de uvas. A tradição vinda, em sua maioria, de imigrantes italianos se mantém com melhorias no manejo no campo. O perfil é de pequenas propriedades, com média de 15 hectares, e mão-de-obra familiar. Nos parreirais as mais diferentes variedades, desde as de mesa até as viníferas. A região se destaca pelo clima e qualidade do solo que atribuem características únicas para as bebidas.

Os cooperativados recebem apoio de técnicos para renovar a plantação, com variedades mais produtivas e adaptadas. O desafio ainda está no controle de pragas, desde antracnose até oídio, cochonilhas e formigas. Muitos produtores já testam o manejo com produtos biológicos e pulverização direcionada com drones. Na colheita, em sua maioria manual, os bins substituem as caixas de transporte. Com capacidade de armazenar mais quilos da fruta por vez, a automação contribui para a qualidade do vinho, diminuindo o tempo entre a colheita e a primeira etapa de vinificação.

Neste ano a safra está menor em função do clima. O excesso de chuva na época da floração, associado à estiagem deve representar perdas que podem chegar a 60% em alguns produtores e uma média de 30% no geral. Em contrapartida a qualidade está melhor. “Esse fator pode contrabalancear o prejuízo ao produtor. Com mais qualidade e mais teor de açúcar o preço pago é maior. Esperamos uma boa safra até porque essa é nossa essência”, completa o presidente da cooperativa, Oscar Ló. 

Fonte: Agrolink

Terça, 18 de Fevereiro de 2020
Agronegócio Brasileiro
Agronegócio Brasileiro Fonte: AF News Agrícola

De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária deve alcançar recorde em 2020. Estativa do CNA é que o valor suba 10% este ano.

Um levantamento realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em janeiro, estima que o Valor Bruto da Produção (VPB) agropecuária, que mede o faturamento bruto da atividade para o que chamamos de “dentro da porteira”, poderá registrar um recorde com aumento de 9,9% em 2020, totalizando R$ 702,2 bilhões. Em 2019 o VPB alcançou R$ 638,8 bilhões.

Somente no setor agrícola, a expectativa de crescimento do VPB seja de 10,7% este ano, ou seja, um faturamento de mais de R$ 436, bilhões se caso seja confirmado o incremento de R$ 42,2 bilhões. O destaque está relacionado a maior produção e oportunamente o aumento das exportações de café, milho e soja, que devem ser os principais produtos responsáveis pelo crescimento este ano.

A safra 2020/21 de café possui bienalidade positiva, o que pode representar um aumento na produção de café arábica em 30%. Embora os preços possam se tornar mais competitivos por conta da oferta aquecida, o dólar em alta favorece bons preços de comercialização ao mercado externo.

Já para o mercado do milho, a receita prevista é de R$ 84,2 bilhões, aumento de 25,6% na comparação com 2019. "Apesar da estabilidade no volume de produção do milho, a elevação dos preços justifica a variação e o impacto do produto no VBP agrícola", informa a CNA, em comunicado.

Com relação a receita proveniente da produção e comercialização da soja, o VPB esperado é de R$ 196,6 bilhões, resultando em uma alta de 11,1%.

No mercado de carnes, o setor agropecuário prevê que o VPB deve ter incremento de 8,7%, o equivalente a um montante de R$ 21,2 bilhões, de R$ 244,8 bilhões para R$ 266 bilhões.

"O ano de 2020 deve ser bastante positivo, particularmente para carnes bovina e suína com aumento de produção e, principalmente, de preços", diz a CNA.

A carne bovina terá aumento de 20,7% no VBP neste ano, somando R$ 138,8 bilhões. O segmento de suínos também deve crescer e ter elevação de 29,2%, ficando em R$ 24 bilhões.

Fonte: AF News

Terça, 18 de Fevereiro de 2020
Leite: deputado quer dar desconto de 30% na conta de luz de produtores.
Leite: deputado quer dar desconto de 30% na conta de luz de produtores. Fonte: Portal DBO

Um projeto de lei do deputado Adriano do Baldy (PP-GO) quer conceder desconto de 30% na conta de luz relativa ao consumo para produção, armazenagem e beneficiamento de leite in natura por produtores rurais e cooperativas. Atualmente, o PL 6388/19 tramita na Câmara dos Deputados.

De acordo com o parlamentar, a medida tem o objetivo de dar sustentabilidade econômica a uma atividade que garante que milhões de famílias permaneçam no campo. “É responsável por uma extensa cadeia produtiva de vital importância para a economia nacional”, diz em documento.

O parlamentar observa que a produção, a armazenagem e o beneficiamento do leite exigem cuidados especiais para garantir ao consumidor a qualidade dos produtos, principalmente no que diz respeito ao resfriamento. 

“A cadeia produtiva já observa integralmente os requisitos necessários, mas a energia elétrica requerida para manutenção das condições ideais tem um peso significativo nas planilhas de custos dos produtores e de suas cooperativas, que já trabalham com margens extremamente apertadas”, justifica.

O texto acrescenta a medida à Lei do Setor Elétrico (Lei 10.438/02). Conforme a proposta, o desconto será compensado com recursos da Conta de Desenvolvimento Energético.

Tramitação

O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda deve ser analisado pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Minas e Energia; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

 

Fonte: Portal DBO

Terça, 18 de Fevereiro de 2020
Arroz – Balanço Semanal
Arroz – Balanço Semanal Fonte: AF News Agrícola

Parece que o início da colheita de arroz no Rio Grande do Sul deu impulso para que os preços recuassem um pouco na última semana. Entre os dias 10 a 14 de fevereiro a cotação do arroz no Cepea/Esalq caiu 1,3% ante a semana anterior. Confira:

Cotação do Arroz no Brasil

Os preços praticados no mercado do arroz na última semana apresentaram queda de 1,3% na variação semanal nos índices entre o período de 10 a 14 de fevereiro no Cepea/Esalq.

Depois de registrar várias semanas em alta, o preço do arroz acabou recuando por conta do início da fase de colheita do cereal no Rio Grande do Sul, maior produtor brasileiro de Arroz.

No entanto, no levantamento dos preços regionais, o preço do arroz segue firme sustentado pela boa demanda neste momento.

No Rio Grande do Sul a média semanal ficou em R$ 48,28/saca com alta de 0,5% comparado a semana anterior.

Em Santa Catarina, maior parte da semana obteve preços com média acima dos R$ 48,00/saca com alta de quase 3% comparado com a semana passada.

O interesse de compra por parte dos vendedores, tem ajudado os preços a se manterem mesmo nesta época de início de colheita da safra de arroz 2019/20. Contudo, a tendência é que os índices se desvalorizem um pouco nos próximos dias, haja visto o aquecimento da oferta.

Produção do Arroz no Rio Grande do Sul

Neste momento o arroz do Rio Grande do Sul segue apresentando bom desenvolvimento e os produtores continuam dedicando-se as práticas de manejo.

Segundo a Emater-RS, ao todo já foram colhidos 2% de arroz, com atraso de 2% comparado à mesma época da safra anterior, quando neste mesmo período, já haviam sido colhidos 4%.

Do total de arroz plantado, outros 15% ainda estão em desenvolvimento vegetativo. 36% na fase de floração, 36% em enchimento de grãos e 11% está maduro e por colher.

Arroz Mercado Externo

Em Chicago, o preço do arroz apresentou índices médios bem próximos da semana anterior, mas com uma pequena desvalorização, não ultrapassando dos 0,97% nos contratos de mar/20.

Já na variação semanal entre uma semana e outra os preços fecharam com queda de 2,09%.

Esse movimento baixista ainda segue influenciado pelas especulações de redução na demanda de produtos agrícolas, por causa do Coronavírus.

Fonte: AF News

Terça, 18 de Fevereiro de 2020
Máquinas agrícolas: BNDES antecipa prazo para adesão de crédito de R$ 1,5 bi.
Máquinas agrícolas: BNDES antecipa prazo para adesão de crédito de R$ 1,5 bi. Fonte: Canal Rural

Medida deve dar fôlego ao setor, que em meados de janeiro solicitou aporte de R$ 3 bilhões para o Moderfrota.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) antecipou para o dia 3 de março o início do prazo para adesão ao programa BNDES Crédito Rural, conforme circular publicada nesta segunda-feira, 17, em seu site. Inicialmente, as contratações pelas instituições financeiras credenciadas poderiam ser feitas a partir de 10 de março. O programa, voltado ao financiamento de atividades agropecuárias e agroindustriais, terá recursos de R$ 1,5 bilhão para projetos de investimento e para aquisição de máquinas e equipamentos.

A instituição determina que os beneficiários finais precisam ser produtores rurais pessoa física ou jurídica e cooperativas rurais, com sede e administração no Brasil. “As máquinas e equipamentos passíveis de financiamento neste programa deverão ser novos, de fabricação nacional e constar do Credenciamento Finame”, ressalta o banco.

O prazo dessas operações pode chegar a 15 anos para projetos de investimento e a 10 anos para aquisição de bens de capital, com a participação do BNDES em até 100% dos itens financiáveis. No caso de financiamento a máquinas e equipamentos, a taxa final será próxima a 9% ao ano (0,72% ao mês), e para projetos será em torno 10% ao ano (0,78% ao mês).

A medida deve dar fôlego ao setor de máquinas e implementos agrícolas. Em meados de janeiro, a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) solicitou à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e ao ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, um aporte de R$ 3 bilhões para o Moderfrota.

Fonte: Canal Rural