Notícias

Segunda, 17 de Fevereiro de 2020
Crédito rural: Câmara pode votar nesta semana destaques da MP do Agro.
Crédito rural: Câmara pode votar nesta semana destaques da MP do Agro. Fonte: Canal Rural

Medida visa reduzir taxas de juros por meio da ampliação e melhoria de garantias oferecidas em operações de crédito e expande o financiamento do agro com recursos livres para melhorar a competição na oferta do crédito

COMPARTHE NO WHATSAPP

O plenário da Câmara dos Deputados poderá votar a partir desta segunda-feira, 17, os destaques (sugestões de alterações) apresentados pelos partidos ao texto da medida provisória 897/19, a MP do Agro. Os deputados já aprovaram, na última terça, 11, o projeto de lei de conversão da matéria, de autoria do deputado Pedro Lupion (DEM-PR). 

De acordo com o subsecretário de Política Agrícola do Ministério da Economia, Rogério Boueri, a MP vai possibilitar a alocação de R$ 5 bilhões a mais de crédito rural para o setor. 

O que é a MP do Agro?

A chamada de MP do Agro tem ações divididas em três grupos: medidas voltadas para criação de condições visando a redução das taxas de juros por meio da ampliação e melhoria das garantias oferecidas em operações de créditos rural; medidas que expandem o financiamento do agronegócio com recursos livres por meio do mercado de capitais e ações para melhorar a alocação e a competição na oferta do crédito rural.

Entre as ações estão a criação do Fundo de Aval Fraterno (FAF), que dará aos produtores garantia solidária para renegociação de dívidas rurais. A MP também trata do patrimônio de afetação de propriedades rurais, da Cédula Imobiliária Rural (CIR), de títulos de crédito do agronegócio e de subvenção econômica para empresas cerealistas em operações de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), além da equalização de taxas de juros para instituições financeiras privadas.

Segundo Boueri, o FAF, a constituição do regime de afetação do imóvel rural e a instituição da CIR visam “criar condições para reduzir taxa de juros por meio da ampliação das garantias oferecidas em operações de crédito rural”.

Fundo de Aval Fraterno

O principal objetivo do Fundo de Aval Fraterno é ampliar o acesso ao crédito rural. Com a criação do FAF, os produtores rurais terão acesso a garantias adicionais para quitar dívidas do crédito agrícola e reestruturar seus negócios. Para operacionalização do FAF, os produtores devem formar associações. O aval coletivo será dado pelos produtores associados, por integrantes da cadeia produtiva, como fornecedores de insumos e beneficiadores de produtos agropecuários, e pelas instituições financeiras.

Patrimônio de Afetação

A medida provisória permite que o produtor rural desmembre sua propriedade para dar como garantia em operações de crédito. Atualmente, o produtor precisa oferecer todo o imóvel como garantia, que, por vezes, vale mais que o valor do financiamento. O chamado patrimônio de afetação dará maior segurança ao sistema financeiro na concessão de crédito aos produtores rurais, ampliando o acesso aos recursos financeiros e permitindo melhor negociação do financiamento. São preservados os direitos de terceiros, a pequena propriedade rural, as áreas inferiores ao módulo rural e os bens de família.

Cédula Imobiliária Rural

Como desdobramento do patrimônio de afetação, é criada a Cédula Imobiliária Rural (CIR), que será emitida por proprietários de imóveis rurais e que poderá ser negociada no mercado de títulos e valores mobiliários.  A CIR será registrada em entidade autorizada pelo Banco Central.

Cerealistas

A medida permite que empresas cerealistas tenham acesso a financiamentos para construção ou expansão de silos e armazéns por meio do Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA). Os recursos podem ser usados para financiar obras e comprar máquinas e equipamentos para construção. As operações serão feitas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) até 30 de junho de 2020, com taxas de juros subvencionadas pelo Tesouro Nacional. Até junho do ano que vem, serão disponibilizados R$ 200 milhões para financiamentos.

Equalização de taxas de juros

A MP abre a possibilidade de equalização de taxas de juros por todas as instituições financeiras que operam com crédito rural. Antes, era autorizada a bancos públicos federais, bancos cooperativos e confederações de cooperativas de crédito. A ideia é estimular a competitividade entre os agentes financeiros, redução de custos e taxas mais acessíveis para o produtor rural e melhor alocação dos recursos públicos.

CPR e títulos do agronegócio em moeda estrangeira

Por meio da medida provisória, a Cédula do Produto Rural (CPR) e os títulos do agronegócio poderão ser emitidos com cláusula prevendo que eles sejam referenciados em moeda estrangeira, como o dólar. O objetivo da mudança é aprimorar o mercado de crédito para melhor atender o produtor rural, dando mais flexibilidade de contratação, transparência e segurança jurídica.

Fonte: Canal Rural

Segunda, 17 de Fevereiro de 2020
Safra de soja do Brasil está "excepcional", com exceção do RS, diz AgRural.
Safra de soja do Brasil está Fonte: Noticias Agrícolas

SÃO PAULO (Reuters) - A produção brasileira de soja na safra 2019/20 deverá atingir um recorde de 125,6 milhões de toneladas, com ótimas perspectivas na maior parte do país, avaliou nesta segunda-feira a consultoria AgRural, em momento em que a colheita já foi finalizada em mais de um quinto da área plantada, em ritmo em linha com a média histórica.

Até janeiro, a consultoria projetava uma produção de 123,9 milhões de toneladas, mas os números foram revisados para cima diante de boas expectativas para a maior parte das principais regiões produtoras, com exceção do Rio Grande do Sul, onde o tempo mais seco mantém as atenções do setor.

Se a atual projeção for mantida quando a colheita estiver finalizada, o Brasil --tradicionalmente o maior exportador global e também o maior produtor em 2019/20-- vai aumentar a produção da oleaginosa em mais de 10 milhões de toneladas, na comparação com os números oficiais de 2018/19.

"Uma excepcional safra brasileira. Claro, temos alguns problemas no Rio Grande do Sul... Fizemos um novo corte no Rio Grande do Sul, só que as produtividades muito boas nas outras regiões do Brasil acabaram compensando", disse o analista Adriano Gomes à Reuters.

A produtividade estimada para soja gaúcha da AgRural é agora de 51 sacas por hectare, versus 55,4 sacas do número oficial da temporada anterior.

De outro lado, a AgRural vê safras recordes em vários Estados: Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina.

Na região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), onde o plantio foi atrasado neste ano por irregularidade nas chuvas, muitos produtores estavam plantando ainda em janeiro, enquanto alguns produtores já estavam colhendo em Mato Grosso.

"No Matopiba, mantivemos a produtividade, só que o clima está sendo bem favorável agora. Se continuar chovendo até março, devemos ter produtividades melhores por lá."

No Rio Grande do Sul, "a primeira quinzena de fevereiro foi muito seca", com muitas plantações em período de enchimento de grãos. Dessa forma, pode ser que a projeção para o Estado tenha algum ajuste negativo na próxima estimativa, revelou Gomes.

No Paraná, outro grande produtor, a colheita está ainda "engatinhando", após um plantio tardio.

"Deram algumas chuvas semana passada, acabou atrapalhado um pouco. Se o clima continuar firme, deve dar uma 'estilingada' no Paraná."

Ainda que a colheita de soja esteja atrasada no Paraná, o analista acredita que produtores vão plantar o milho segunda safra na área planejada, mesmo que fora da janela climática ideal, devido aos bons preços do cereal.

Fonte: Notícias Agrícolas

Segunda, 17 de Fevereiro de 2020
Peru e Iraque lideram compras de arroz beneficiado.
Peru e Iraque lideram compras de arroz beneficiado. Fonte: Agrolink

As exportações de arroz beneficiado (base casca) brasileiro totalizam 447 mil toneladas nos 11 meses do ano comercial 2019/2020 – março/2019 a janeiro/2020. Nesse período, Peru e Iraque foram os principais compradores do Brasil. Venezuela, Estados Unidos e Arábia Saudita completam a relação dos cinco primeiros destinos do produto nacional.

A informação é da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz) e o Sindicato da Indústria do Arroz no Estado do Rio Grande do Sul (Sindarroz-RS), com base em dados do Ministério da Economia. Nos mesmos 11 meses do ano comercial 2018/2019 (março de 2018 a janeiro de 2019), os embarques de arroz beneficiado (base casca) somaram 475 mil t.

“Mesmo com essa pequena redução, o resultado ainda foi bom, principalmente porque exportamos para 95 destinos nesses 11 meses do ano comercial 2019/2020. Isso mostra que estamos diversificando cada vez mais os nossos mercados”, diz o diretor executivo do Sindarroz, Tiago Sarmento Barata.

Ele ressalta também o fato de o Peru e o Iraque liderarem as compras do produto do Brasil neste ano comercial. “Esses dois países são altamente exigentes em relação à qualidade. A presença do nosso arroz beneficiado nesses mercados serve como passaporte para acessar novos destinos.”

“Há anos, o Peru já é o nosso maior importador e, neste ano safra, tivemos recorde de exportação para lá:  142 mil toneladas”, observa, acrescentando que os embarques para o Iraque são recentes. “Mas, nos próximos anos, devemos nos consolidar como um importante fornecedor de arroz para o país do Oriente Médio.”

Os esforços para ampliar a participação no mercado internacional orizícola, pontua Barata, tem contribuído para melhorar a percepção dos importadores sobre a produção brasileira de arroz. “A qualidade do nosso arroz está presente em todos os elos da cadeia, desde o desenvolvimento de sementes até a entrega do produto ao consumidor. Somos eficientes do campo à mesa.”   

Ainda conforme o executivo do Sindarroz-RS, em janeiro deste ano, as exportações de arroz beneficiado (base casca) atingiram 70,6 mil t, recuo de 69,6% em relação a dezembro de 2019. “Os números surpreendem, porque esperávamos um escoamento mais baixo.”

Segundo ele, isso ocorreu porque alguns carregamentos feitos em dezembro foram incluídos nas estatísticas do primeiro mês de 2020 pelo Ministério da Economia. Já as importações   totalizam 59,9 mil t, queda de 7,7% em relação a dezembro de 2019.

Fonte: Agrolink

Segunda, 17 de Fevereiro de 2020
Melhoramento Genético: Marcadores proteicos no trigo.
Melhoramento Genético: Marcadores proteicos no trigo. Fonte: AF News Agrícola

Os marcadores genéticos são marcas que podem ser obtidas através de proteínas, de isoenzimas e do DNA. No trigo, os marcadores proteicos constituem outra classe de marcadores que comumente são designados dessa forma por estarem relacionados com proteínas de reserva, diferenciando-os dos bioquímicos. No conteúdo a seguir, são abordadas as proteínas de reserva de trigo e que mundialmente são usadas na seleção assistida para os programas de melhoramento genético.

O trigo possui diversos marcadores genéticos, mas entre os marcadores proteicos, os principais são as gluteninas e gliadinas. Durante o processo de panificação, as proteínas do glúten são responsáveis, entre os componentes da farinha de trigo, pela formação de uma rede visco elástica a qual, ao sustentar o gás produzido pela fermentação, dá forma ao pão. Essas proteínas de reserva estão presentes no endosperma da semente e são as principais responsáveis pela qualidade de panificação, representando 85% das proteínas da farinha.

Os marcadores moleculares do trigo também tem importante papel na associação com fatores abióticos como à tolerância à germinação na espiga, à tolerância ao alumínio, à seca e a qualidade tecnológica. Já com relação aos fatores bióticos considerados na produção de trigo, está a resistência à ferrugem da folha, à brusone, entre outras características de valor agronômico.

Segundo um estudo produzido pela Embrapa Trigo na área de melhoramento genético, o glúten é formado por várias proteínas que podem ser visualizadas por meio de eletroforese, sendo constituídas por amplo espectro de peso molecular. Essas proteínas são classificadas em dois grupos: as gluteninas (alto e baixo peso molecular), responsáveis pela elasticidade, e as gliadinas, responsáveis pelas características de viscosidade. Cada proteína é produto de, pelo menos, um gene, sem haver modificações pós-traducionais, excetuando-se a formação de pontes de dissulfeto.

Os padrões eletroforéticos de alto peso molecular permitem prever a qualidade de panificação de um genótipo de trigo. Desse modo, é amplamente aceito que a qualidade industrial de trigo é determinada, principalmente, pela fração das proteínas do glúten do grão, a qual é extremamente influenciada pelos alelos dos locos que codificam essas proteínas, revestindo-se de grande importância prática a identificação desses alelos.

A técnica SDS-PAGE, baseada na eletroforese em gel de poliacrilamida e o uso de dodecil sulfato de sódio (SDS), permite que variantes alélicas dos locos Glu-1 sejam facilmente detectadas. Isso permite que, em um programa de melhoramento genético visando à qualidade tecnológica de trigo, seja usada tal ferramenta tecnológica para seleção dos alelos Gs APM mais favoráveis.

As subunidades de gluteninas de alto peso molecular e a qualidade de panificação foram usadas para criar um escore para qualidade do loco Glu-1. O escore de Glu-1 foi calculado baseado na relação entre subunidades de gluteninas de alto peso molecular e a qualidade determinada pelo teste de sedimentação com dodecil sulfato de sódio. Além disso, os padrões eletroforéticos obtidos com essas proteínas podem relacionar 69 % da variação da qualidade de panificação em um genótipo de trigo.

As gliadinas são proteínas monoméricas álcool-solúveis do endosperma de trigo e responsáveis pela extensibilidade da massa para produção de pão. As gliadinas, prolaminas de baixo peso molecular, têm composições características do genótipo e são independentes das condições de crescimento, sendo sua análise atrativa para identificação varietal.

Na análise das gliadinas, os grupos são separados de acordo com seu decréscimo na mobilidade eletroforética em gel ácido de poliacrilamida (A-PAGE). Essa técnica de melhoramento genéticobaseia-se na extração dessa proteína do grão com solução de etanol e uso do lactato de alumínio na solução de extração, em vez de SDS.

Recentemente, a caracterização de gliadinas para identificação varietal de cereais tem sido feita por técnica de melhoramento genético denominada HPCE - Eletroforese Capilar de Alta Resolução, "High Performance Capillary Electrophoresis", o método é eficiente também na diferenciação em casos de cultivares com parentesco próximo ("closed related"), como linhas irmãs e intercruzamentos.

Fonte: AF News

Segunda, 17 de Fevereiro de 2020
Brasil e Argentina de mãos dadas na cooperação agropecuária.
Brasil e Argentina de mãos dadas na cooperação agropecuária. Fonte: Portal DBO

Representantes do Brasil e da Argentina firmaram nesta semana um entendimento para a diversificação da pauta agropecuária entre os dois países.

Na reunião bilateral, realizada em Brasília, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa) reiteraram a disposição de trabalhar conjuntamente de forma estreita e coordenada, tanto no âmbito bilateral quanto nos foros regionais e multilaterais.

Na ocasião, o Brasil aprovou o modelo de Certificado Zoossanitário Internacional (CZI) proposto pelos argentinos para a importação de bovinos reprodutores da Argentina. Também foi aprovado o modelo de CZI para a exportação de sêmen suíno do Brasil para a Argentina. Além disso, os hermanos também aprovaram o modelo de Certificado Sanitário Internacional (SCI) para exportação de carne de rã do Brasil para o país vizinho.

 “Brasil e Argentina comprometem-se, no espírito de sua relação amistosa e prioritária no campo agrícola, a envidarem todos os esforços para que eventuais pendências sejam resolvidas com a máxima celeridade”, informa a ata da reunião, que tem 29 pontos.

Os dois países acordaram que será enviada uma missão do Brasil para a Argentina até o dia 10 de julho para realizar auditorias de manutenção para carne bovina, lácteos e pescado.

No mesmo prazo, a Argentina deverá enviar uma missão para o Brasil para auditar produtos cárneos bovinos e fazer visita in loco sobre compartimentação na área de aves e sobre escaravelho das colmeias.

A reunião foi copresidida pelos secretários de Comércio e Relações Internacionais, Orlando Ribeiro, e da Defesa Agropecuária, José Guilherme Leal, pelo lado brasileiro; e pelo presidente do Senasa, Carlos Alberto Paz, pelo lado argentino. Em janeiro, a ministra Tereza Cristina e o ministro da Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina, Luis Eugenio Basterra, se encontraram em Berlim, quando acertaram os principais pontos do entendimento.

“Acordamos colocar na mesa vários temas que há anos estavam na nossa pauta, mas que não destravavam. As equipes técnicas fizeram reuniões e avançamos muito nos temas de interesse dos dois países, inclusive na diversificação da nossa pauta”, disse a ministra. Fonte: Mapa.

Fonte: Portal DBO

Sexta, 14 de Fevereiro de 2020
Tabela do frete: CNA afirma que vai mostrar prejuízos do tabelamento.
Tabela do frete: CNA afirma que vai mostrar prejuízos do tabelamento. Fonte: Canal Rural

Ministro do STF Luiz Fux decidiu adiar, pela segunda vez, o julgamento marcado para o caso; audiência de conciliação está marcada para o dia 10 de março

COMPARTILHE NO WHATSAPP

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) afirmou nesta quinta-feira, 13, que vai levar na audiência de conciliação, marcada para o dia 10 de março, os argumentos do setor para mostrar como a tabela do frete prejudica os produtores rurais e os próprios consumidores. A resposta da entidade acontece porque o relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, decidiu retirar da pauta, pela segunda vez, as três ações que contestam o tabelamento.

A audiência de conciliação foi marcada por Fux, atendendo a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) para tirar de pauta as Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) sobre o tema.

 “O setor agropecuário tem sofrido fortíssimo impacto regulatório e financeiro por conta das sucessivas tabelas obrigatórias de preço mínimo do frete rodoviário, que oneram sobremaneira toda a cadeira produtiva, trazendo custos elevados ao produtor rural e ao próprio consumidor”, diz trecho da petição da CNA. A entidade é autora de uma das ações e havia protocolado um pedido no STF para manutenção do julgamento.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avaliou como inoportuna a decisão do ministro Luiz Fux. Em nota divulgada, a entidade, que é outra autora das ações de inconstitucionalidade, avalia que o adiamento do julgamento mantém desfavorável o cenário econômico. A confederação informou que chegou a apresentar  uma petição se opondo ao pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) de adiar o julgamento.

Na petição, a CNI destaca que o tabelamento do frete rodoviário tem causado graves danos à economia nacional sem que a sua alegada motivação, que é proporcionar a adequada retribuição ao serviço prestado, tenha sido alcançada. O setor industrial, relata a CNI, avalia que o tabelamento continua prejudicando caminhoneiros autônomos, empresas industriais e consumidores, uma vez que a medida não resolve a falta de demanda por frete.

“O problema só terá solução a partir do reaquecimento da economia nacional e da adoção de políticas públicas efetivas, a exemplo da alteração legislativa para o enquadramento do caminhoneiro autônomo como Microempreendedor Individual (MEI) e da elaboração de um programa de incentivo ao cooperativismo”, diz a entidade.

Na ADI 5.964, a CNI pede que o tabelamento seja declarado inconstitucional. O entendimento da entidade é que a política de piso mínimo para o frete viola os princípios da livre iniciativa, da livre concorrência e de defesa do consumidor, além de provocar prejuízos na forma de aumento dos preços finais de produtos.

Fonte: Canal Rural

Sexta, 14 de Fevereiro de 2020
Kuwait abre mercado para a carne bovina brasileira.
Kuwait abre mercado para a carne bovina brasileira. Fonte: Agrolink

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) foi informado nesta quinta-feira (13) que o Kuwait passará a importar carne bovina do Brasil. "Mais uma boa notícia de abertura de mais um mercado para a carne bovina brasileira: o Kuwait, país que visitamos em setembro, quando iniciamos essa conversação. Hoje veio a boa notícia de mais um mercado para a carne bovina brasileira", afirmou a ministra Tereza Cristina.

O Kwait foi um dos países em que a ministra esteve em setembro do ano passado, durante a missão ao  Oriente Médio. Atualmente a carne de frango (in natura) é o produto agropecuário brasileiro mais comprado pelo Kuwait. Em 2018, foram importadas 122.945 toneladas, o equivalente a US$ 185,7 milhões.

O Brasil também exporta para o Kuwait  milho, suco de laranja, café solúvel, farelo de soja, café verde, carne de frango (industrializada), carne de pato (in natura), castanha de caju e carne de peru (in natura). No ano passado, as exportações agropecuárias para o Kuwait totalizaram US$ 209,4 milhões, o equivalente a 215.463 toneladas.

Fonte: Agrolink

Sexta, 14 de Fevereiro de 2020
Defensivos Agrícolas
Defensivos Agrícolas Fonte: Canal Rural

Isenção de impostos para os agrotóxicos pode estar com os dias contados

Ação que trata sobre os benefícios fiscais concedidas aos defensivos agrícolas utilizados no Brasil foi aberta pelo PSOL e, questiona dois dispositivos legais que concedem benefícios aos agrotóxicos. O STF fará o julgamento da ação no próximo dia 19/02, quarta-feira.

Muitas instituições e ONG’s ambientalistas, bem como partidos que visam a preservação do meio ambiente, vêm atuando para dificultar a comercialização indiscriminada de agrotóxicos no Brasil.

Já é de nosso saber que o uso dos defensivos agrícolas de forma sustentável e seguindo as leis ambientais e de segurança alimentar, acaba por beneficiar a produção de alimentos não só no Brasil, mas em todo mundo, já que a sua utilização reduz fortemente o impacto de pragas nas lavouras que prejudicam o seu desenvolvimento, impactando economicamente a sua produção.

No entanto, no Brasil, existem dois dispositivos legais que incentivam ainda mais o uso dos defensivos agrícolas na produção rural, já que estes concedem benefícios fiscais e redução de impostos para a aquisição dos produtos por parte dos agricultores: o Decreto 7.660/11 e o Convênio 100/97 do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).

Esses dois benefícios, acabam por reduzir os custos de aquisição dos defensivos agrícolas, o que por consequência reduz o custo de produção agrícola, o que torna o produto mais barato também na prateleira dos mercados.

No entanto, uma ação movida pelo PSOL, sugere acabar com as isenções fiscais, por entender que esses tipos de benefícios "violam o princípio da defesa do consumidor previsto na Constituição Federal que visa proteger a vida e a saúde da população" e que “O Estado deveria agir no sentido de minimizar o uso de agrotóxicos e não de aumentar”, segundo declarações do Idec – Instituto Brasileiro de Defesa ao Consumidor.

Com relação aos valores subsidiados através da isenção fiscal aos defensivos agrícolas, foi realizado um levantamento pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), feito por pesquisadores da Fiocruz e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRJ), onde mensurou que os valores deixados de serem arrecadados pelo governo federal e os Estados, chegam a ser quase 4 vezes maior que o orçamento previsto para o Ministério do Meio Ambiente, que neste ano está projetado em R$ 2,7 bilhões.

Fonte: Canal Rural

Sexta, 14 de Fevereiro de 2020
Dólar recua ante real com foco em intervenção do BC.
Dólar recua ante real com foco em intervenção do BC. Fonte: Agrolink

Depois de renovar máximas recordes várias vezes no decorrer da semana, o dólar era negociado em queda contra o real nos primeiros negócios desta sexta-feira, com os investidores reagindo a mais uma intervenção do Banco Central no mercado de câmbio.

O BC anunciou na quinta-feira que fará nesta sexta-feira mais um leilão de até 20 mil contratos de swap cambial tradicional, no equivalente a 1 bilhão de dólares, em oferta líquida desses ativos.

O BC informou também que dará sequência às rolagens de contratos de swap cambial, ofertando até 13 mil contratos, distribuídos entre os vencimentos 3 de agosto de 2020, 1º de outubro de 2020 e 1º de dezembro de 2020.

Às 9:07, o dólar recuava 0,15%, a 4,3289 reais na venda, enquanto o principal contrato de dólar futuro tinha queda de 0,52%, a 4,330 reais.

No último pregão, o dólar interbancário fechou em baixa de 0,34%, a 4,3356 reais na venda, mas chegou a tocar a máxima histórica intradia de 4,3840 no início da sessão.

Fonte: Agrolink

Sexta, 14 de Fevereiro de 2020
Pecuária deve puxar o VBP 2020 com crescimento de 7%.
Pecuária deve puxar o VBP 2020 com crescimento de 7%. Fonte: Portal DBO

A pecuária brasileira deve puxar o Valor da Produção da Agropecuária (VBP) deste ano. De acordo com o Ministério da Agricultura, as taxas de crescimento previstas são de 6,4% para as lavouras e 7,3% para a pecuária.

O VBP 2020 está estimado em R$ 674,10 bilhões. O valor representa um acréscimo real de 6,7% em relação a 2019.

A pecuária tem tido uma importante contribuição no valor de produção, especialmente, bovinos, com aumento de 12,4% no VBP, suínos, 24% e frango, 3,1%. O leite e os ovos, em situação desfavorável, mostram retração do VBP neste ano.

Agro

As informações de safras divulgadas nesta semana pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) indicam desempenho favorável para a safra de grãos.

Conforme o Ministério, até o momento não tem havido problemas climáticos nas principais regiões produtoras e as previsões são de uma safra de 251 milhões de toneladas segundo a Conab, e 246,7 milhões de toneladas segundo levantamento do IBGE. Esses números são recordes para a produção brasileira de grãos.

“Soja, milho e café são os principais estimuladores do crescimento do VBP e contribuem com 59% do valor total das lavouras analisadas”, avalia José Garcia Gasques, coordenador-geral de Avaliação de Políticas e Informação do Departamento de Financiamento e Informação da Secretaria de Política Agrícola do Mapa.

Os aumentos de valor em relação ao ano passado devem ser de 25,7% no café, 13,5 % no milho, e 14,3% na soja. “Deve-se destacar a relevância das exportações para os resultados do milho e soja”, salienta Gasques.

No informativo de fevereiro, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostra que na safra 2019/20, os embarques da soja brasileira devem ser de 77 milhões de toneladas e as dos Estados Unidos, 49,77 milhões de toneladas. A produção de soja prevista é de 125 milhões de toneladas para o Brasil, e de 96,8 milhões de toneladas para os Estados Unidos, conforme levantamento do USDA.

De acordo com o estudo coordenado por Gasques, um grupo de produtos vem apresentando redução real de valor da produção, como o algodão, banana, batata inglesa, cana-de-açúcar, feijão, laranja, tomate e trigo. “Como, em geral, não são retrações fortes, é possível que as posições negativas mudem no decorrer do ano”, alerta o pesquisador.

Os resultados regionais mostram, como em relatórios anteriores, que Centro-Oeste, Sul e Sudeste lideram as contribuições ao VBP de 2020, com taxas de 31,95%, 26,9% e 25%, respectivamente.

Segundo o estudo da secretaria, um dos destaques neste mês é que o Estado do Paraná, grande produtor de grãos e pecuária, especialmente frangos, superou São Paulo. A cana-de-açúcar perdeu relevância ao longo dos anos nesse estado.

Saiba Mais

O VBP mostra a evolução do desempenho das lavouras e da pecuária ao longo do ano e corresponde ao faturamento bruto dentro do estabelecimento. Calculado com base na produção da safra agrícola e da pecuária, e nos preços recebidos pelos produtores nas principais praças do país, dos 26 maiores produtos agropecuários do Brasil. O valor real da produção, descontada a inflação, é obtido pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) da Fundação Getúlio Vargas. A periodicidade é mensal.

Fonte: Portal DBO