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Segunda, 03 de Fevereiro de 2020
Árabes são o 3º maior destino da exportação brasileira.
Árabes são o 3º maior destino da exportação brasileira. Fonte: Portal DBO

Os países árabes passaram a ser o terceiro maior destino das exportações brasileiras no ano passado, segundo dados da Câmara de Comércio Árabe Brasileira. Em 2018, a região ocupava o quinto lugar no ranking de compradores internacionais do Brasil, com US$ 11,4 bilhões em importações, e em 2019 ela galgou duas posições, com importações de US$ 12,1 bilhões.

O aumento nas exportações do Brasil para os países da Liga Árabe foi de 6,3% em 2019 sobre 2018. Juntos, os países árabes ficaram atrás apenas da China e dos Estados Unidos como destino dos produtos brasileiros no ano passado, enquanto que no ano anterior estavam atrás também de Argentina e Holanda, além de China e Estados Unidos.

Segundo a Câmara Árabe, os mercados árabes sustentaram a demanda e mantiveram fidelidade aos parceiros brasileiros, num ano em que compradores importantes reduziram compras. Isso aconteceu com a China, que por causa da febre suína exterminou parte do seu rebanho, o que impactou na demanda pela soja comprada do Brasil, e ocorreu com a Argentina, que passou por forte crise econômica.

“Enquanto o mundo todo comprou 7,5% menos do Brasil, cerca de US$ 224 bilhões, e o superávit recuou 19,46%, para US$ 46,674 bilhões, os países árabes, mais uma vez, ampliaram pedidos, reforçando a importância da parceria comercial para a nossa economia”, disse o presidente da Câmara Árabe, Rubens Hannun, em material divulgado.

O Brasil exportou para os árabes principalmente frango, açúcar, minério de ferro, carne bovina e grãos. As vendas de carne de frango avançaram 6,4% para US$ 2,3 bilhões, as de açúcar recuaram 23,6%, com US$ 2,1 bilhões, e as de minério de ferro cresceram 7,2%, para US$ 1,8 bilhão. A exportação de carne bovina avançou 2,6% e ficou em US$ 1,1 bilhão e a de grãos subiu 46,4% para US$ 1,1 bilhão.

 

“A Arábia Saudita determinou que até 2030 só 40% da demanda de frango, por exemplo, será atendida via exportação. Hoje esse percentual é perto de 60%. Nesse cenário, as empresas brasileiras líderes em suplementos alimentares, vacinas e genética para produção agropecuária têm uma grande oportunidade de internacionalização. Em abril, realizaremos um fórum econômico para discutir essas oportunidades”, diz Hannun, sobre o Fórum Econômico Brasil-Países Árabes, que ocorrerá no dia 14 de abril na capital paulista.

Fonte: Portal DBO

Segunda, 03 de Fevereiro de 2020
Agricultores apostam em máquina para colheita de tabaco.
Agricultores apostam em máquina para colheita de tabaco. Fonte: Agrolink

Inovação e tecnologia são palavras muito atuais e as mais diferentes áreas estão em constante transformação. No setor agrícola não é diferente e, com frequência, novos implementos são criados para auxiliar o homem do campo. Também na fumicultura, uma das principais culturas da região Centro-Serra, novos equipamentos podem representar avanço no modo de produção.

O casal Fabiano e Isabel Faber, juntamente com a filha Amanda, residem em Linha Faber, interior do município de Lagoa Bonita do Sul, e apostaram em um implemento inovador: eles adquiriram uma máquina para colheita de fumo, da indústria de equipamentos agrícolas Budny. Esta é a primeira safra que o casal usa o equipamento e Fabiano conta que estão apreendendo a manuseá-lo, mas que ele tem sido muito útil para facilitar o cultivo.

Isabel relata que a máquina permite a colheita com o fumicultor sentado em um banco, debaixo de uma cobertura, o que reduz o desgaste físico dos agricultores. A família segue a colheita do tabaco e espera realizar uma boa safra e conseguir uma comercialização satisfatória para o produto.

Fonte: Agrolink

Segunda, 03 de Fevereiro de 2020
Quedas do milho se intensificam após relatório do USDA.
Quedas do milho se intensificam após relatório do USDA. Fonte: Noticias Agrícolas

Os preços internacionais do milho futuro apresentaram perdas maiores na Bolsa de Chicago (CBOT) após a divulgação do relatório de embarques semais do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta segunda-feira (03).

Por volta das 14h23 (horário de Brasília), o vencimento março/20 era cotado à US$ 3,77 com desvalorização de 4,00 pontos, o maio/20 valia US$ 3,83 com queda de 3,50 pontos, o julho/20 era negociado por US$ 3,88 com baixa de 3,00 pontos e o setembro/20 tinha valor de US$ 3,85 com perda de 2,25 pontos.

De acordo com o departamento, os embarques norte-americanos de milho foram de 562,380 mil toneladas frente as projeções do mercado de 500 mil a 800 mil toneladas. Com isso, o total da temporada chega a 10.724,374 milhões de toneladas, total ainda 52% menor do que no mesmo período do ano comercial 2018/19, refletindo a fraca demanda.

Fonte: Noticias Agrícolas

Segunda, 03 de Fevereiro de 2020
Bolsonaro quer mudar ICMS do diesel para reduzir preço ao consumidor final.
Bolsonaro quer mudar ICMS do diesel para reduzir preço ao consumidor final. Fonte: Canal Rural

O presidente Jair Bolsonaro indicou neste domingo, 2, por meio de sua conta no Twitter, que deve encaminhar uma proposta ao Legislativo para alterar a forma de cobrança do ICMS que incide sobre a gasolina e o diesel. A ideia é acelerar a chegada dos cortes feitos nas refinarias, pela Petrobras, ao consumidor.

Na publicação, o presidente propõe a incidência de um valor fixo de ICMS por litro e não mais sobre a média de preço cobrado nos postos. “Os governadores cobram, em média, 30% de ICMS sobre o valor médio cobrado nas bombas dos postos e atualizam apenas de 15 em 15 dias, prejudicando o consumidor”, escreveu Bolsonaro. O presidente criticou o modelo dizendo que os governadores “não admitem perder receita, mesmo que o preço do litro nas refinarias caia”.

Bolsonaro lembrou ainda que o governo reduziu três vezes os preços da gasolina e do diesel nas refinarias e questionou o motivo do ajuste não ter chegado aos postos. “O presidente da República encaminhará proposta ao Legislativo e lutará pela sua aprovação”, escreveu. O ICMS representa um terço do preço final dos combustíveis.

Cada estado tem liberdade para definir sua alíquota de ICMS, e o imposto é ad valorem, ou seja, a alíquota é definida em um porcentual do preço. É um modelo diferente do aplicado em impostos federais, em que há um valor fixo por litro de combustível. Por isso, cada vez que a cotação do petróleo sobe ou que o câmbio perde valor ante o dólar, a arrecadação dos Estados sobe também.

De acordo com o sinalizado por Bolsonaro, o ICMS seria cobrado sobre o litro do combustível. Assim, a arrecadação dos Estados não aumentaria nem cairia, independentemente da variação dos preços de gasolina e diesel. O presidente já havia sugerido mudança no ICMS que incide sobre combustível em janeiro, quando a cotação do petróleo subiu após o ataque americano ao aeroporto de Bagdá, que resultou na morte do general iraniano Qassim Suleimani.

Fonte: Canal Rural

Sexta, 31 de Janeiro de 2020
Destaques da Economia Brasileira (de 27 a 31/01).
Destaques da Economia Brasileira (de 27 a 31/01). Fonte: AF News Agrícola

Economia Brasileira

Dívida pública do país cresce 9,5%: A dívida pública federal do Brasil subiu 9,5% em 2019 e atingiu R$ 4,248 trilhões, segundo dados da Secretaria do Tesouro Nacional. É o maior nível da série histórica, que começou há 16 anos. O montante total da dívida era de R$ 3,877 trilhões ao final de 2018. No ano passado, o volume saltou R$ 371 bilhões, dos quais cerca de R$ 330 bilhões se devem a despesas com juros da dívida pública enquanto R$ 42 bilhões se referem à emissão líquida de títulos públicos, acima do volume de resgates.

Risco cibernético é principal ameaça a empresas: Segundo o estudo Allianz Risk Barometer 2020 – que mede o risco comercial mais preocupante no meio corporativo –, pela primeira vez na história os incidentes cibernéticos são a principal ameaça a empresas ao redor do mundo. A reposta foi dada por 39% dos empresários consultados. Há sete anos, os ataques digitais ocupavam somente o 15º lugar, com apenas 6% das respostas. No Brasil, porém, aconteceu uma inversão: os riscos cibernéticos lideraram no ano passado, mas caíram para o segundo posto em 2020, deixando o primeiro para interrupção dos negócios.

Déficit do governo foi de R$ 95 bi em 2019: De acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional, as contas do governo ficaram negativas pelo sexto ano seguido e fecharam 2019 com rombo de R$ 95,065 bilhões. Trata-se, no entanto, do menor rombo fiscal desde 2014. Em 2018, o déficit somou R$ 120 bilhões. Em dezembro, Mansueto Almeida, secretário do Tesouro, chegou a prever que o valor ficaria abaixo de R$ 70 bilhões. O gasto com capitalização de empresas estatais no total de R$ 10,1 bilhões, no entanto, impossibilitou o cenário de melhora da economia brasileira.

Rombo da Previdência bate recorde em 2019: Em 2019, o déficit previdenciário brasileiro atingiu R$ 318,4 bilhões, o maior nível já registrado na série histórica. O montante engloba sistemas de aposentadorias de trabalhadores do setor privado, servidores públicos e militares e é 10% maior do que o registrado em 2018, de acordo com o Tesouro Nacional. Embora o governo tenha conseguido aprovar a reforma da previdência no ano passado, o impacto para 2019 foi nulo e os efeitos nas contas de 2020 ainda devem ser pequenos. Segundo o governo, a economia trazida pela reforma deve ser de pouco mais de R$ 850 bilhões nos próximos dez anos.

Agronegócio e Balança Comercial

A Secex informou por meio do seu relatório semanal da balança comercial de que o agronegócio destinou ao mercado externo até a 4ª semana de janeiro: 2.169,90 mil sacas de café em grãos (exportação de 655,8 mil sacas até a 4ª semana com alta de 15,37% comparada com a semana anterior), 895,9 mil toneladas se soja em grãos (exportação de 134,7 mil toneladas com queda de 58,74% ante a semana anterior), 1.095,1 mil toneladas de açúcar em bruto (exportação de 161,5 mil toneladas na 4ª semana com redução de 57,84% ante a semana anterior) e 1.954,7 mil toneladas de milho em grãos (exportação de 597,5 mil tons na 4ª semana com queda de 12,79% comparada com a semana anterior).

A média das exportações da 4ª semana chegou a US$ 513,2 milhões, 30,3% abaixo da média de US$ 735,9 milhões até a 3ª semana, em razão da redução nas exportações das três categorias de produtos: básicos, manufaturados e semimanufaturados.

Do lado das importações, apontou-se queda de 5,2%, sobre igual período comparativo (média da 4ª semana, US$ 625,4 milhões sobre média até a 3ª semana, US$ 659,5 milhões), explicada, principalmente, pela diminuição nos gastos com equipamentos mecânicos, químicos orgânicos e inorgânicos, cobre e suas obras, veículos automóveis e partes, equipamentos eletroeletrônicos.

Economia Internacional

Brexit pode aproximar Mercosul e Reino Unido: O Parlamento Europeu ratificou os termos da saída do Reino Unido da União Europeia e formalizou o "Brexit", que entrará em vigor a partir desta sexta-feira (31), três anos e meio depois do referendo que decidiu pela saída dos britânicos do bloco. Como essa decisão afetará o Brasil? Segundo informações do jornal "O Estado de S. Paulo", o governo do Reino Unido tem a intenção de fechar um acordo de livre-comércio com o Mercosul em até dois anos após o Brexit, que tramitaria paralelamente ao tratado assinado pelo bloco com a União Europeia em 2019. Por outro lado, o Brexit não deve afetar os brasileiros que vivem legalmente em território britânico e não há perspectivas de acabar com a isenção de vistos para turistas do Brasil. Hoje, brasileiros que vão ao país a turismo ou a negócios não precisam de visto, desde que a viagem não ultrapasse 180 dias.

Pesquisadores criam vacina contra o Coronavírus: Pesquisadores da Universidade de Hong Kong afirmaram ter desenvolvido uma vacina contra o coronavírus. A nova imunização é uma alteração da vacina da gripe e poderá proteger tanto do coronavírus da China quanto de gripes comuns. Kwok-yung, diretor do centro de doenças infecciosas da Universidade de Hong Kong, disse que a vacina ainda passará por testes em animais e humanos e poderá levar meses até que esteja disponível à população. Além da China, um grupo de cientistas do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos (NIH) também estão tentando desenvolver uma vacina contra o novo coronavírus. Esta notícia também diz respeito a economia mundial, haja visto as oscilações ocorridas essa semana na bolsa de valores em função do surto da doença, que já matou mais de 200 pessoas no mundo e já tem casos confirmados em vários países, incluindo os Estados Unidos.

Fonte: AF News

Sexta, 31 de Janeiro de 2020
Soja cai forte em Chicago com alastramento do coronavírus na China.
Soja cai forte em Chicago com alastramento do coronavírus na China. Fonte: Safras & Mercados

    A Bolsa de Mercadorias de Chicago vai encerrando a quinta semana de janeiro acumulando perdas em torno de 2,75% para a soja em grão, em meio ao alastramento do coronavírus na China e em outros países. O surto deve representar uma redução na demanda chinesa por grãos, frustrando a expectativa de aumento da procura do país após a assinatura da primeira fase do acordo com os Estados Unidos, no dia 15 de janeiro. A entrada de uma safra cheia no Brasil completa o quadro baixista. No acumulado do mês, as perdas giram em torno de 8%.

     Segundo a Agência CMA, o número de mortes na China causadas por infecção pelo novo coronavírus subiu para 213, ante 170 relatadas nesta quinta, de acordo com a Comissão Nacional de Saúde da China, em comunicado. O total de casos confirmados no país subiu de 7.711 para 9.692, em 31 províncias.

     Segundo as autoridades de saúde chinesas, foram reportados 1.982 novos casos, sendo 157 severos. Entre as 43 novas mortes relatadas, 42 foram na província de Hubei, onde fica a cidade de Wuhan, epicentro do surto. A outra morte ocorreu na província de Heilongjiang.

     Ontem foram divulgadas as exportações líquidas norte-americanas de soja, que ficaram na parte de baixo da estimativa dos analistas. Referentes à temporada 2019/20, com início em 1º de setembro, ficaramem 469.700 toneladas na semana encerrada em 23 de janeiro. Representa uma retração de 41% frente à semana anterior e um recuo de 11% ante à média das últimas quatro semanas. A China liderou as importações, com 360.900 toneladas.

     Para a temporada 2020/21, são mais 2.000 toneladas. Os analistas esperavam exportações entre 400 mil a 1,200 milhão toneladas, somando-se as duas temporadas. As informações foram divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Fonte: Safras & Mercado

Sexta, 31 de Janeiro de 2020
Preço da carcaça suína se aproxima do valor do frango inteiro.
Preço da carcaça suína se aproxima do valor do frango inteiro. Fonte: Portal DBO

As cotações da carne suína estão em queda neste mês de janeiro, movimento que também foi verificado para as concorrentes bovina e de frango.

Com as baixas, o preço da carcaça suína se aproximou do valor do frango inteiro, recuperando parte da competitividade perdida no mês anterior, mas se desvalorizou menos que a carcaça casada bovina, diminuindo a diferença entre as duas carnes.

Segundo o Cepea, as baixas nos preços da carne suína estão atreladas à demanda interna enfraquecida e ao menor ritmo de exportações.

 

Quanto à carne de frango, também na Grande São Paulo, o enfraquecimento na demanda elevou os estoques, o que pressionou ainda mais os valores.

Em relação às exportações, os embarques de carne suína in natura estão em ritmo lento, segundo dados parciais da Secex. Considerando-se 17 dias úteis deste mês, o Brasil exportou 2,7 mil toneladas/dia, média 13,9% menor do que em dezembro, quando os embarques atingiram recorde.

Fonte: Portal DBO

Sexta, 31 de Janeiro de 2020
Governo chinês determina aumento de produção de alimentos.
Governo chinês determina aumento de produção de alimentos. Fonte: Agrolink

A China ordenou ao setor agropecuário, nesta quinta-feira (30), que aumente sua produção, no momento em que o surto do novo coronavírus interrompe as redes de distribuição de alimentos e que os preços das verduras estão em alta.

A província de Hubei está isolada do mundo, o tráfego ferroviário foi suspenso, e as barreiras improvisadas que bloqueiam as estradas – uma iniciativa das autoridades chinesas para tentar conter a epidemia – também alteram as redes logísticas.
"É impossível transportar verduras e outros produtos (...) das aldeias até as cidades e é difícil repor a tempo os estoques de alimentos para o gado e para as aves de criadouro", afirmou o governo em um comunicado na quinta-feira.

O índice Shuguang, que mede os preços das hortaliças nos mercados, pulou nos últimos dias, alcançando seu nível mais alto em quase quatro anos, informou a agência oficial Xinhua.

Nos últimos meses, a inflação dos preços do porco já havia surgido, devido aos estragos da peste suína africana.

Agora, os fornecedores de alimentos para o gado devem "acelerar" sua produção para atender à demanda, e os matadouros devem "inflar sua oferta de carne", insistiram hoje os Ministérios da Agricultura, Transporte e Segurança Pública em seu comunicado conjunto.

Tradicionalmente, as empresas agroalimentícias e os matadouros fecham as portas durante as férias do Ano Novo Lunar.

Ainda segundo o comunicado, que não anunciou medidas específicas, "é necessário (...) coordenar ativamente as zonas de produção e venda das hortaliças com o objetivo de estabelecer conexões estáveis (...) para garantir o bom abastecimento da cesta de verduras".

Fonte: Agrolink

Sexta, 31 de Janeiro de 2020
Novo valor do salário mínimo começa a vigorar amanhã.
Novo valor do salário mínimo começa a vigorar amanhã. Fonte: Agência Brasil

Começa a vigorar amanhã (1º de fevereiro) o novo valor do salário mínimo. A medida provisória que fixa em R$ 1.045 o salário mínimo foi publicada no Diário Oficial da União de hoje (31). De acordo com a MP, o valor diário do salário mínimo ficará em R$ 34,83; e o valor por hora, em R$ 4,75.

Estimativas divulgadas pelo governo apontam que cada R$ 1 a mais no salário mínimo resulta em um aumento de R$ 355,5 milhões nas despesas públicas. Ao todo, o reajuste do salário mínimo de R$ 1.039 para R$ 1.045 terá impacto de R$ 2,13 bilhões para o governo neste ano. Isso porque o mínimo está atrelado a 80% dos benefícios da Previdência Social, além de corrigir o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o abono salarial e o seguro-desemprego, entre outros.

Além disso, há um impacto de R$ 1,5 bilhão decorrente da elevação do valor do salário mínimo em relação ao valor original enviado no Orçamento de 2020, de R$ 1.031.

Até o ano passado, a política de reajuste do salário mínimo, aprovada em lei, previa uma correção pela inflação mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país).

Esse modelo vigorou entre 2011 e 2019. Porém, nem sempre houve aumento real nesse período porque o PIB do país, em 2015 e 2016, registrou retração, com queda de 7% nos acumulado desses dois anos.

Na semana passada, o secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, informou que o projeto de lei com a nova política de correção do salário mínimo incluirá uma mudança no período usado para definir os reajustes.

Segundo ele, em vez do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior fechado, de janeiro a dezembro, o governo pretende usar o índice entre dezembro do ano anterior e novembro do exercício atual para calcular o valor do mínimo para 2021.

Rodrigues acrescentou que a medida tem como objetivo prevenir situações como a deste ano, em que o salário mínimo primeiramente foi reajustado para R$ 1.039 e depois aumentou para R$ 1.045, porque a alta dos preços da carne fez o INPC fechar o ano além do previsto.

O sistema é semelhante ao do teto de gastos, em que o governo usa o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho do ano anterior a junho do exercício atual para corrigir o limite das despesas federais para o ano seguinte. Segundo Rodrigues, a mudança terá pouco impacto prático no valor final para o salário mínimo, mas dará mais transparência aos reajustes e mais previsibilidade para o governo e para os trabalhadores.

Fonte: Agência Brasil

Quinta, 30 de Janeiro de 2020
Proagro e Seguro Rural registram 6.719 comunicados de perda por seca no RS.
Proagro e Seguro Rural registram 6.719 comunicados de perda por seca no RS. Fonte: Safras & Mercados

   Levantamento realizado pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) mostra que o Proagro e o Seguro Rural registraram 6.719 comunicados por perdas pela seca no Rio Grande do Sul. Os pedidos dos produtores se concentraram nas perdas no milho (3.662), que representaram 54,5% do total de comunicados do Proagro ou Seguro nas três culturas mais afetadas – milho, soja e uva.

     O levantamento foi realizado na semana de 20 a 24 de janeiro com as companhias seguradoras e utilizando dados do Banco Central de Proagro. Já a soja e uva somaram 3.057 avisos de pedidos de seguro ou Proagro. O levantamento considerou apenas os avisos em função da seca que assola o Rio Grande do Sul para as três principais atividades com mais solicitações de pedidos de seguro ou Proagro.

Crédito rural com contratação de seguro e Proagro

     No Rio Grande do Sul, há 103.314 contratos de Proagro para a safra 2019/2020, com valor segurado de R$ 4,64 bilhões. Desse total, o milho corresponde a 40.917 operações, com produção segurada de R$ 1,06 bilhão; a soja, 53.794 operações com valor segurado total de R $3,1 bilhões; a uva, 1.355 operações que garantem importância segurada de R$ 61,5 milhões e as outras culturas representam 7.248 operações (produção segurada de R$ 412,1 milhões), conforme dados do Banco Central.

     O levantamento da secretaria, com dados das principais instituições financeiras do Rio Grande do Sul que operam o crédito rural, mostra também que os produtores contrataram Proagro ou Seguro Rural como mitigadores dos riscos de perdas de produção em caso de problemas climáticos.

     No Rio Grande do Sul, 41% da área de soja, 50% de milho e 60% de uva têm mitigadores de riscos de Proagro ou Seguro Rural. A área plantada de milho no estado foi de 791,4 mil hectares com 46% financiada com crédito rural. Dos 5,9 milhões de hectares plantados de soja, 38% foram com financiamento do crédito rural.

     O Programa de Subvenção ao Prêmio de Seguro Rural (PSR) apoiou também a contratação de 7.505 apólices dos produtores de uva em 27,9 mil hectares, que representa 59% da área do estado para a cultura.

     No Banco do Brasil, por exemplo, dos 50.657 contratos de custeio de soja e milho para safra 2029/2020, 92% têm mitigadores de risco, sendo 96,7% no milho e 89,5% na soja. No Sicredi, 98,12% das 48.316 operações de crédito de milho e soja contrataram seguro ou Proagro e apenas 1,88% dos contratos estão sem os mitigadores. Nestes casos, geralmente se tratam de produtores com outras garantias contratuais.

     Entre os contratos de seguro rural, com apoio do PSR, das três culturas mais afetadas, foram contratadas 13.262 apólices com valor segurado de R$ 2,19 bilhões. Foram 7.505 para uva, 5.264 para soja e 493 para o milho, este último com contratações em grande volume no Proagro. Com informações da assessoria de imprensa do Mapa.

Fonte: Safras & Mercado