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Quinta, 18 de Novembro de 2021
Autoridades e empresários da Rússia garantem a continuidade da exportação de fertilizantes ao Brasil
Autoridades e empresários da Rússia garantem a continuidade da exportação de fertilizantes ao Brasil Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) reuniu-se nesta quarta-feira (17) com autoridades e empresários da Rússia, em Moscou, para falar sobre o fornecimento de fertilizantes para o Brasil. Todos garantiram que não vão deixar de cumprir os contratos de fornecimento de fertilizantes ao Brasil, com possibilidade de aumentar o volume de exportações. 

"Tivemos aqui a garantia, tanto do governo russo quanto das empresas de fertilizantes, de que nós não teremos problemas com a entrega de fertilizantes, tanto de potássio quanto dos fosfatos", anunciou a ministra.

O Ministro do Desenvolvimento Econômico da Rússia, Maksim Reshetnikov, assegurou a manutenção do fornecimento ao Brasil de fertilizantes de potássio e fosfato e, se possível,  aumento de exportações para a próxima safra. “O ministro reforçou que o Brasil é um parceiro estratégico e que podemos ficar absolutamente tranquilos com o fornecimento de potássio e fósforo”, comemorou Tereza Cristina, após o encontro. 

A ministra brasileira se reuniu com o vice-presidente da produtora global de fertilizantes minerais complexos Acron, Vladimir Kantor, que garantiu o aumento de ao menos 10% das exportações de fertilizantes para o Brasil. Ele também informou sobre  o prosseguimento das negociações para a aquisição dos ativos da Petrobras da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN-3), em Três Lagoas (MS).

O CEO da empresa russa PhosAgro, Andrey Guryev, também garantiu o fornecimento de fertilizantes ao Brasil. “O Brasil pode contar conosco como parceiro para garantir fornecimento de fertilizantes ao Brasil", disse Guryev à ministra Tereza Cristina. A holding química russa é produtora de fertilizantes, fosfatos e fosfatos para alimentação animal, sendo um dos principais fabricantes mundiais de fertilizantes fosfatados. 

A ministra Tereza Cristina ouviu do CEO da EuroChem, Vladimir Rashevskiy, planos de investimentos da empresa no Brasil para aumento da produção nacional de fertilizantes. A EuroChem é líder mundial na produção de fertilizantes nitrogenados, fosfatados e potássicos. 

O objetivo da viagem da ministra é abrir negociação com os principais fornecedores de fertilizantes, produto essencial para a produção agropecuária que enfrenta restrições na oferta mundial.   

A Rússia representa cerca de 20% do total de fertilizantes importados pelo Brasil. Recentemente, o governo russo anunciou restrições às exportações de fertilizantes nitrogenados por meio de cotas de exportação pelo período de seis meses a partir de 1º de dezembro, com o objetivo de evitar escassez no mercado interno.

As reuniões foram acompanhadas pelo secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Orlando Leite Ribeiro, pelo diretor do Departamento de Promoção Comercial e Investimentos, Jean Marcel Fernandes, e pelo embaixador do Brasil na Rússia, Rodrigo Baena.    

Nesta quinta-feira (18), Tereza Cristina deve se reunir com o CEO da Uralkali, produtora e exportadora russa de fertilizantes à base de potássio. 

 

Exportações de carne

Tereza Cristina também se reuniu em Moscou com o chefe do Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária da Rússia, Sergey Dankvert, que garantiu a realização de uma visita de inspeção ao Brasil, ainda no primeiro  trimestre de 2022, o que possibilitará a habilitação de novas plantas frigoríficas brasileiras para exportação. 

O governo Russo anunciou que abrirá uma cota de 300 mil toneladas de carne (200 mil toneladas de carne bovina e 100 mil toneladas de carne suína) com tarifa zero de importação por seis meses, mercado que pode ser utilizado pelo Brasil. A tarifa de importação hoje, até 530 mil toneladas, é de 15%.

 

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Quinta, 18 de Novembro de 2021
Governo qualifica 8 portos no Programa de Parcerias de Investimentos
Governo qualifica 8 portos no Programa de Parcerias de Investimentos Fonte: Agência Brasil

O governo federal qualificou oito terminais portuários para serem outorgados à iniciativa privada por meio do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). O decreto, assinado pelo presidente em exercício Hamilton Mourão, foi publicado hoje (18) no Diário Oficial da União.

Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência explicou que, com a medida, os empreendimentos passam a ser entendidos como prioritários para a realização de leilão para exploração econômica, “com a consequente contrapartida de expansão da capacidade logística por meio de aportes de investimentos provenientes de agentes de mercado, de forma que o Estado cumpra seu papel constitucional de formulador e indutor de políticas públicas”.

Os terminais qualificados são: Terminal POA01, no Porto de Porto Alegre (RS), com área de 21,5 mil metros quadrados, para movimentação e armazenagem de granéis sólidos vegetais; Terminal STS53, no Porto de Santos (SP), com área de 87,981 mil metros quadrados, para granéis sólidos minerais; Terminal RDJ06, no Porto do Rio de Janeiro (RJ), com área de 13,560 mil metros quadrados, para granéis líquidos; Terminal RDJ06A, no Porto do Rio de Janeiro (RJ), com 13,7 mil metros quadrados, também para granéis líquidos.

E também; Terminal SSD04, no Porto de Salvador (BA) com 34,519 mil metros quadrados, para contêineres e carga geral; Terminal ILH01, no Porto de Ilhéus (BA), com área de 260,668 mil metros quadrados, para granéis sólidos vegetais e minerais, carga geral e terminal de passageiros; Terminal MUC03, no Porto do Mucuripe (CE), com 27,2 mil metros quadrados, para granéis sólidos; e Terminal IQI14, no Porto do Itaqui (MA), que abrange a área de 43,404 mil metros quadrados, dedicado à movimentação e armazenagem de graneis líquidos combustíveis.

Leilões

O governo, por meio do Ministério da Infraestrutura e da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), também realiza amanhã (19) o leilão de três terminais portuários em Santos (SP) e Imbituba (SC). De acordo com a pasta, com o arrendamento serão garantidos quase de R$ 1 bilhão de investimentos privados ao longo dos respectivos contratos e a geração de mais de 16 mil empregos.

O vencedor de cada um dos leilões será aquele que apresentar o maior valor de outorga. O certame está marcado para as 11h, na B3, na bolsa de valores de São Paulo.

As áreas disponíveis na cidade paulista são os terminais STS08 e STS08A, destinados a movimentação, armazenagem e distribuição de combustíveis, enquanto no porto catarinense, granéis líquidos combustíveis ou químicos. Já o Complexo Portuário de Imbituba (terminal IMB05) movimenta granéis líquidos combustíveis ou químicos, proveniente principalmente de Maceió (AL), para abastecer empresas localizadas em toda a região sul.

Fonte: Agência Brasil – Andreia Verdélio

Imagem: www.gov.br

Quinta, 18 de Novembro de 2021
CNA debate utilização da Cédula de Produto Verde pelos produtores rurais
CNA debate utilização da Cédula de Produto Verde pelos produtores rurais Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promoveu a live “Como a CPR Verde poderá ser utilizada pelos produtores rurais?” na quarta (17).

O debate foi moderado pela assessora de Política Agrícola da CNA, Fernanda Schwantes, e contou com a participação do secretário-adjunto de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Ângelo Mazzillo Junior; do subsecretário de Política Agrícola do Ministério da Economia, Rogério Boueri; e do sócio da Ecoagro, Milton Menten.

A CPR Verde – lançada pelo Governo Federal no dia 1º de outubro – é um instrumento de crédito que possibilitará aos produtores rurais receber recursos para a conservação florestal, de recursos hídricos, do solo e da biodiversidade.

Segundo a assessora de Política Agrícola da CNA, o novo título funcionará como uma espécie de pagamento por prestação de serviços ambientais pelos produtores. Além do produtor rural, a CPR Verde poderá ser emitida por associações e cooperativas rurais e por concessionários de florestas nativas ou plantadas.

“A CPR Verde gerará impacto favorável ao meio ambiente e facilitará que o produtor capte recursos dos investidores preocupados com a sustentabilidade. De acordo com o Governo Federal, o mercado estimado é de R$ 30 bilhões em quatro anos”, afirmou Fernanda Schwantes.

Rogério Boueri explicou como será feita a emissão de uma CPR Verde e em que momento o produtor receberá pela preservação. O subsecretário de Política Agrícola do Ministério da Economia também destacou de que forma acontecerá o processo de mensuração do capital ambiental.

“Fiquei sabendo agora que já tivemos uma CPR Verde registrada na B3, de um milhão de toneladas de carbono lançada dentro da nova legislação e isso é uma ótima notícia”, disse ele.

O secretário-adjunto de Política Agrícola do Mapa ressaltou que trata-se de um mercado “voluntário” e com “liberdade contratual”. Na opinião de José Ângelo Mazzillo Junior, a CNA terá um papel fundamental para encurtar a distância entre os investidores e intermediários do sistema financeiro e apoiar os produtores interessados.

Na opinião de Milton Menten, a demanda por títulos verdes no mercado está em crescimento, mas a CPR Verde é um produto novo e que tanto os produtores quanto investidores estão conhecendo o seu funcionamento. Ele também apontou a possibilidade do instrumento compor os Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro).

“A CPR Verde vem para fechar uma lacuna. É função do mercado de capitais e do setor privado pegar essas ferramentas e transformá-las em realidade e financiamentos. A regulamentação combinada com a abertura para o mercado é que vai fazer isso tudo crescer”, declarou o sócio da Ecoagro.

Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Assessoria de Comunicação

Foto: Wenderson Araujo

Terça, 16 de Novembro de 2021
Em Dubai, ministra destaca oportunidades de investimentos na agropecuária brasileira
Em Dubai, ministra destaca oportunidades de investimentos na agropecuária brasileira Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) participou nesta segunda-feira (15) do Fórum Invest In Brasil, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Em painel sobre oportunidades de negócios no Brasil, a ministra destacou as possibilidades de investimentos na agropecuária brasileira, enfatizando a sustentabilidade e eficiência do setor, que é capaz de responder aos desafios da demanda mundial por alimentos e dar retorno financeiro.

“Nosso país é uma das melhores opções para ajudar o mundo a combater a insegurança alimentar. Segundo estimativas da FAO, a demanda global por alimentos crescerá pelo menos 60% até 2050. Se levarmos em conta que poucas nações terão capacidade de aumentar a própria produção de forma tão acentuada em curto período, os principais fornecedores, entre os quais o Brasil, precisarão encontrar formas ainda mais eficazes de plantio, colheita e distribuição. Nós já estamos nesse caminho”, disse. 

A ministra disse que há muitas áreas em que o Brasil pode trabalhar em conjunto com os Emirados Árabes Unidos, seja entre governos ou com os setores privados, especialmente na área de infraestrutura. Ela também citou a possibilidade de investimentos em títulos verdes e a Lei do Agro, que permite operações financeiras mais simples para investimentos no agronegócio brasileiro. “Com sucessivos recordes de produção agropecuária no Brasil, nossos excedentes aumentam e os mercados mundiais são seu destino natural. Por isso, temos que desburocratizar o ingresso de recursos externos no país e acertar aspectos tributários para não atrapalhar esse fluxo de capitais”, disse a ministra.

Além disso, ela citou que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) deve assinar com a Autoridade de Segurança Alimentar de Abu Dhabi, um memorando de Entendimento que permitirá o desenvolvimento de projetos de cooperação científica em diversas áreas como horticultura, frutas e controle biológico de pragas e doenças.

O evento foi organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), Dubai Chamber e Câmara de Comércio Árabe-Brasileira. A ministra também participou da abertura do evento, que contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro e outras autoridades do Brasil e dos Emirados Árabes.  

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Terça, 16 de Novembro de 2021
Governo diz que Brasil liderou criação do mercado de carbono na COP26
Governo diz que Brasil liderou criação do mercado de carbono na COP26 Fonte: Canal Rural

Para o governo federal, o Brasil foi um dos protagonistas das negociações que culminaram no anúncio de aprovação da proposta de criação do mercado global de carbono, neste sábado (13), na Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP26).

Segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA), a decisão abre condições para que o país seja um grande exportador de créditos de carbono, especialmente em função da preservação de sua floresta nativa, do potencial do agronegócio, como etanol e papel e celulose – e de uma matriz energética majoritariamente limpa (mais de 80% de fontes sustentáveis). Estima-se que, em 2030, esse mercado global de carbono pode movimentar US$ 167 bilhões ao ano.

Chefe da delegação brasileira na conferência, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, destacou o empenho para superar os obstáculos às tratativas multilaterais, que exigiu mais de 20 reuniões nos últimos cinco dias e, por fim, incluiu uma articulação com o Japão na apresentação do texto aprovado.

“Isso é fantástico para o Brasil, para a América Latina, para quem tem floresta nativa. Um imenso desafio, principalmente pela resistência dos maiores poluidores em relação aos recursos para o fundo de adaptação, o que quase bloqueou as negociações. Mas o Brasil será um gigante exportador nessa nova economia verde, é uma oportunidade única”, explicou.

Durante a COP26, o ministro Joaquim Leite recebeu no estande brasileiro John Kerry, enviado especial americano para negociações climáticas, Frans Timmersmans, vice-presidente da Comissão Europeia, e Xie Zhenhua, enviado especial da China para Mudanças Climáticas.

Além das reuniões no espaço brasileiro, durante a plenária, a delegação brasileira recebeu cumprimentos de representantes de diversos países.

Frustração

A grande frustração para o Brasil e outros interlocutores reunidos no G77, segundo ele, foi o volume ainda insuficiente de recursos dos países desenvolvidos para financiar uma transição justa para uma economia global de baixo carbono, e que precisam honrar seus compromissos com os mais vulneráveis, na América Latina, Ásia e África.

Mas a despeito disso, e da demanda por metas mais ambiciosas que continua em pauta, o país tem como próximo passo estruturar sua participação nessa nova economia, considerando que já tem atuação significativa em setores produtivos que geram créditos, como o de etanol e o de celulose, e com potencial de crescimento em outros como produção de grãos e indústrias de baixa emissão. “Seremos um grande exemplo para o mundo. O mercado global vai ajudar e remunerar com créditos quem tem e cuida de florestas nativas. No Brasil, casos da Amazônia, da Mata Atlântica, cerrado caatinga, e cuidando da biodiversidade e da comunidade ao mesmo tempo”, resumiu Joaquim Leite.

Como um dos poucos países capazes de gerar créditos de carbono de diversas formas, o país pleiteava desde antes da COP26 a aprovação do livro de regras desse mercado – o artigo 6 do Acordo de Paris – como oportunidade para negociar créditos de alta integridade ambiental, com adicionalidade em grandes volumes, e assim atender a demanda mundial de compensação de emissões.

O ministro lembrou que o Brasil tem uma economia robusta, um programa de crescimento verde que foi lançado com US$ 50 bilhões (quase R$ 450 bilhões) para uma nova economia verde. “Num acordo multilateral por consenso, com 194 países, nem todos estão satisfeitos. Mas fizemos nosso papel e no fim foi um sucesso”, afirmou.

Fonte: Canal Rural

Terça, 16 de Novembro de 2021
Presidente da China pede relações "sãs e estáveis" com EUA
Presidente da China pede relações Fonte: Agência Brasil

O presidente da China, Xi Jinping, pediu ao presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, o desenvolvimento de relações "sãs e estáveis". Eles conversaram durante reunião virtual .

Xi Jinping afirmou que "China e Estados Unidos devem respeitar-se mutuamente, coexistir em paz, cooperar, gerir de forma apropriada os assuntos internos e assumir as suas responsabilidades internacionais", de acordo com a agência de notícias oficial chinesa Xinhua.

O presidente chinês disse "estar preparado" para trabalhar com Joe Biden na hora de "construir consensos" e "dar passos" para recuperar as relações bilaterais.

Biden destacou a necessidade de existirem salvaguardas para evitar conflitos entre os dois países, dado que "a competição entre ambos não deve transformar-se em um conflito, intencional ou não", no momento em que se acumulam disputas entre Washington e Pequim, sobre Taiwan, comércio e direitos humanos.

A conversa entre os dois líderes começou às 19h45 (horário de Washington). 

Tanto na capital norte-americana quanto em Pequim, as expectativas são moderadas em relação ao diálogo, que não deverá conduzir a "resultados concretos", indicou a Casa Branca.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Zhao Lijian afirmou, nessa segunda-feira, que os dois líderes têm uma troca de pontos de vista franca, profunda e abrangente sobre a relação bilateral, que se encontra em um "momento crítico".

Taiwan

A reunião virtual entre os dois líderes das maiores potências mundiais ficou marcada pelos alertas em relação à questão de Taiwan. O presidente chinês avisou que qualquer apoio à independência do território, por parte dos Estados Unidos, seria "brincar com o fogo". Por sua vez, o presidente norte-americano adiantou que Washington "opõe-se veementemente" às tentativas de Pequim em alterar o "status quo" no Estreito de Taiwan.

Intervir na questão de Taiwan seria “brincar com o fogo” e “quem brinca com o fogo queima-se”. São as palavras fortes de aviso do presidente chinês, que disse estar disposto a adotar “medidas decisivas” caso Taiwan insista na independência para lá das linhas vermelhas de Pequim.

"As autoridades de Taiwan tentaram repetidamente contar com os EUA para alcançar a independência, e algumas forças políticas nos Estados Unidos estão a tentar usar Taiwan para conter a China. Esta é uma tendência muito perigosa, que equivale a brincar com o fogo", alertou Xi Jinping, de acordo com um comunicado emitido pelo Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros.

Os dois líderes realizaram a primeira reunião, por videoconferência, desde que Joe Biden chegou à Casa Branca, no início deste ano. A questão de Taiwan acabou por dominar o diálogo, que se estendeu por três horas e meia, muito além do previsto.

Nos últimos meses, o presidente norte-americano destacou, em duas ocasiões, o compromisso do país de defender Taiwan no caso de um ataque por parte da China. No encontro, Biden advertiu que os EUA se opõem veementemente a qualquer "tentativa unilateral de mudar o status quo ou minar a paz e a estabilidade no estreito de Taiwan.

O presidente norte-americano garantiu que os EUA continuam comprometidos com a política de “uma China”, que reconhece apenas a existência um Estado soberano. Frisou que os dois países têm a responsabilidade de garantir que a rivalidade entre ambas as nações não leve para um conflito aberto.

Desde 1949, China e Taiwan vivem como territórios autônomos e em clima de tensão. O governo nacionalista chinês refugiou-se na ilha após a derrota na guerra civil frente aos comunistas. Nos últimos anos, Pequim tem ameaçado avançar com o uso da força para travar a independência formal do território.

Fonte: Agência Brasil – Andreia Verdélio

Imagem: Lintao Shang - Reuters

Terça, 16 de Novembro de 2021
Mercado financeiro eleva projeção da inflação para 9,77%
Mercado financeiro eleva projeção da inflação para 9,77% Fonte: Agência Brasil

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, subiu de 9,33% para 9,77% neste ano. É a 32ª elevação consecutiva da projeção. A estimativa está no Boletim Focus de hoje (16), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa das instituições para os principais indicadores econômicos.

Para 2022, a estimativa de inflação ficou em 4,79%. Para 2023 e 2024, as previsões são de 3,32% e 3,09%, respectivamente.

Em outubro, puxada pelo aumento de preços de combustíveis e alimentos, a inflação acelerou 1,25%, a maior para o mês desde 2002, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, o indicador acumula altas de 8,24% no ano e de 10,67% nos últimos 12 meses.

A previsão para 2021 está acima da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,25% e o superior de 5,25%. Para 2022 e 2023 as metas são 3,5% e 3,25%, respectivamente, com o mesmo intervalo de tolerância.

Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 7,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Para a próxima reunião do órgão, no mês que vem, o Copom já sinalizou que pretende elevar a Selic em mais 1,5 ponto percentual.

As projeções do BC para a inflação também estão ligeiramente acima da meta para 2022 e ao redor da meta para 2023. Isso reforça a decisão da autarquia de manter a política mais contracionista, com elevação dos juros, para manter o IPCA dentro do intervalo de tolerância definido pelo CMN.

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2021 em 9,25% ao ano, mesma projeção da semana passada. Para o fim de 2022, a estimativa é de que a taxa básica suba para 11% ao ano. E para 2023 e 2024, a previsão é de Selic em 7,75% ao ano e 7% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a recuperação da economia. Além disso, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio

As instituições financeiras consultadas pelo BC reduziram a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano de 4,93% para 4,88%. Para 2022, a expectativa para Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento de 0,93%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2%, para ambos os anos.

A expectativa para a cotação do dólar se manteve em R$ 5,50 para o final deste ano. Para o fim de 2022, a previsão é de que a moeda americana também fique nesse mesmo patamar.

Fonte: Agência Brasil – Andreia Verdélio

Imagem: Marcello Casal Jr.

 

Terça, 16 de Novembro de 2021
Insumos: próxima safra pode ser a mais cara do século, diz CNA
Insumos: próxima safra pode ser a mais cara do século, diz CNA Fonte: Canal Rural

Em entrevista no programa Direto ao Ponto deste domingo (14), o diretor técnico adjunto da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Reginaldo Minaré, disse que a próxima safra poderá ser a mais cara desde o início dos anos 2000. O motivo seria os altos custos, entre eles dos insumos. 

“Toda essa conjuntura de aumento de preço – seja do combustível, aproximadamente 65% este ano, da energia, 25%, dos insumos, fertilizantes e defensivos, em média 100% mais caros e problemas com o aumento de frete, de contêineres – coloca uma expectativa de que a próxima safra será a mais cara do século”, afirma.

Minaré ressalta que a situação é preocupante para o produtor rural. “Sabemos que o preço dos insumos aumentou muito, mas não sabemos como o preço da safra vai se comportar quando ela for colhida”. Ele completa dizendo que a margem de lucro ou prejuízo dos agricultores só será calculada no final da safra. 

Para o representante da CNA, os preços devem continuar elevados e a solução não chegará logo. “Essa cadeia de abastecimento é complexa, e quando ela se desestrutura, não é algo que se corrige rapidamente”, coloca.

 

Cuidados que o produtor deve ter

O diretor da CNA também fala que os agricultores devem tomar alguns cuidados na hora de comprar insumos. Um deles é com relação aos contratos. De acrodo com Minaré, em caso de problemas na entrega, é importante checar os contratos de compra que já possui e avaliar os novos acordos para que as duas partes, comprador e vendedor, sejam resguardadas. 

Outro ponto de atenção é com relação a possíveis especulações dos produtos. O diretor reforça que, caso haja configuração dessa prática, o produtor deve denunciar. 

 

Questão do glifosato

Agricultores já têm reclamado da dificuldade de encontrar glifosato nos estabelecimentos de venda. O representante da CNA afirma que as circunstâncias desse produto diferem de outras pois depende de uma matéria-prima da qual a China responde por um terço da produção mundial. 

“Ele tem uma situação peculiar devido à matéria prima, que é o fósforo amarelo. A retirada dessa substância exige um trabalho industrial muito robusto, principalmente, com muito uso de energia e água. Como a China está com certa dificuldade de energia, as indústrias que mais utilizam energia foram convidadas a reduzir a produção. No caso da produção do fósforo amarelo, de setembro a dezembro deste ano, se estabeleceu uma redução de 90% na produção chinesa. Isso não é uma coisa que se supre muito rápido”, conta.

Ainda de acordo com Minaré, há esperanças de que a produção chinesa se normalize no início do próximo ano, mas não há garantias disso. “O glifosato pode ser um produto que vá ter problemas para a próxima safra. Essa é uma realidade posta. Já tem algumas pessoas com dificuldade de encontrar e talvez isso continue até o próximo ano”, afirmou o convidado do programa. 

Fonte: Canal Rural – Daumildo Júnior

Terça, 16 de Novembro de 2021
Boa oferta de milho deve pressionar cotações no Brasil
Boa oferta de milho deve pressionar cotações no Brasil Fonte: Safras & Mercado

    O mercado brasileiro de milho deve retomar os negócios em ritmo calmo após o feriado, registrando cotações pressionadas nesta terça-feira, em meio à boa disponibilidade de ofertas nos estados. No cenário internacional, a Bolsa de Chicago opera com perdas, realizando lucros.

     O mercado brasileiro de milho teve uma sexta-feira de preços pouco alterados. No entanto, segue o viés de baixa com a melhora da oferta. O feriado da segunda-feira, 15, reduziu os negócios nesta sexta-feira, com a calmaria predominando.

     No Porto de Santos, o preço ficou na faixa de R$ 85,00 a R$ 88,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 83,50/87,00.

     No Paraná, a cotação ficou em R$ 83,00/85,50 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 80,00/82,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 83,00/84,00 a saca.

     No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 87,00/88,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 82,00/85,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 74,00/R$ 75,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 73,00/76,00 a saca em Rondonópolis.

CHICAGO

* Os contratos com entrega em dezembro de 2021 operam com baixa de 1,00 centavo em relação ao fechamento anterior, ou 0,17%, cotada a US$ 5,75 1/2 por bushel.

* O mercado está realizando lucros pela segunda sessão consecutiva, após uma série de quatro sessões positivas. O cenário técnico predomina.

* Segundo dados divulgados ontem pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a colheita americana estava 91% completa até o domingo passado, permanecendo acima da média de cinco anos para o período, de 86%, e atingindo a estimativa de mercado.

* Ontem (11), os contratos de milho com entrega em dezembro fecharam a US$ 5,76 por bushel, baixa de 0,13% em relação ao fechamento anterior.

CÂMBIO

*O dólar comercial registra baixa de 0,40% a R$ 5,4360. O Dollar Index registra alta de 0,13% a 95,53 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia encerraram mistas. Xangai, -0,33%. Tóquio, +0,11%.

* As principais bolsas na Europa registram índices firmes. Paris, +0,46%. Londres, +0,16%.

* O petróleo opera em alta. Dezembro do WTI em NY: US$ 81,45 o barril (+0,70%).

AGENDA

– EUA: Os dados sobre a produção industrial em outubro serão publicados às 11h15 pelo Federal Reserve.

– Custos de Produção da soja, do milho e do algodão no MT – IMEA, 15hs.

– Balança comercial das duas primeiras semanas de novembro no Brasil – Ministério da Economia, 15hs.

– Dados sobre as lavouras do Paraná – Deral, na parte da manhã.

—–Quarta-feira (17/11)

– Japão: a balança comercial de outubro será divulgada na noite anterior pelo Ministério das Finanças.

– Eurozona: A leitura final do índice de preços ao consumidor de outubro será publicada às 7h pela Eurostat.

– Reino Unido: O índice de preços ao consumidor de outubro será publicado às 6h30 pelo departamento de estatísticas.

– Reino Unido: O índice de preços ao produtor de outubro será publicado às 6h30 pelo departamento de estatísticas.

– A posição dos estoques de petróleo dos EUA até sexta-feira da semana anterior será publicada às 12h30min pelo Departamento de Energia (DoE).

—–Quinta-feira (18/11)

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 10h30min.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

—–Sexta-feira (19/11)

– Japão: O índice de preços ao consumidor de outubro será publicado na noite anterior pelo Ministério de Assuntos Internos e Comunicação.

– Alemanha: O índice de preços ao produtor de outubro será publicado às 4h pelo Destatis.

– Levantamentos mensal e semanal sobre o desenvolvimento das lavouras argentinas – Ministério da Agricultura, na parte da manhã.

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso – IMEA, na parte da tarde.

– Evolução do plantio de soja no Brasil – SAFRAS & Mercado, na parte da tarde.

Fonte: Safras & Mercado - Arno Baasch

Terça, 16 de Novembro de 2021
Compra de máquinas e implementos agrícolas por leilão
Compra de máquinas e implementos agrícolas por leilão Fonte: Noticias Agrícolas

Uma maneira mais barata de adquirir máquinas agrícolas, os leilões estão ficando cada vez mais populares. Diante do cenário em que é sentida a falta de peças e componentes em geral, muito provocada pelos gargalos gerados pela pandemia da Covid-19 na entrega de novos maquinários, os produtores encontram nos pregões uma alternativa para adquirir equipamentos para aquisição imediata, manter a produtividade nas lavouras e otimizar os investimentos.

Além dos preços mais baixos, os maquinários leiloados são modelos seminovos e com pouco tempo de uso, entre 5 e 10 anos de uso - o que possibilita a chegada da tecnologia aos produtores que querem melhorar suas atividades. A praticidade é um grande atrativo da modalidade, já que é possível dar lances de qualquer lugar e a qualquer hora.

Seja uma colhedora, um trator ou equipamentos para produções mais específicas, existem diversos maquinários para quem busca adquirir bens que atendam às demandas de produção a valores de oportunidade, provenientes de grandes empresas do agronegócio. 

Como participar de um leilão de máquinas agrícolas 

Para quem deseja investir, o Superbid Marketplace dispõe de uma extensa categoria de máquinas e implementos agrícolas de diversos modelos, que podem ser arrematados em poucos cliques, por valores acessíveis. Os lances podem ser realizados na própria plataforma, após efetuar cadastro, ler as Condições de Venda e Pagamento do leilão e se habilitar no evento de interesse.

Além disso, compradores do Superbid Marketplace podem adquirir ativos provenientes de grandes empresas, que ainda possuem vida útil favorável para investimento, além da segurança, procedência e transparência em todas as transações.

Fonte: Noticias Agrícolas - Superbid Marketplace