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Segunda, 25 de Outubro de 2021
Petrobras anuncia novo aumento no preço da gasolina e do diesel
Petrobras anuncia novo aumento no preço da gasolina e do diesel Fonte: Canal Rural

A Petrobras anunciou nesta segunda-feira, 25, que vai reajustar os preços da gasolina e do diesel em suas refinarias a partir desta terça-feira, 26.

O litro da gasolina vendido pela empresa às distribuidoras passará de R$ 2,98 para R$ 3,19, o que representa um aumento de R$ 0,21 ou de cerca de 7%.

A Petrobras afirma que a parcela da gasolina vendida nas refinarias no preço final do produto encontrado nos postos chegará a R$ 2,33, com um aumento de R$ 0,15. A variação é menor que os R$ 0,21 de reajuste nas refinarias porque a gasolina tem uma mistura obrigatória de 27% de etanol anidro.

 

Já o litro do diesel passará a ser vendido por R$ 3,34 nas refinarias da Petrobras, o que representa um aumento de cerca de 9% sobre o preço médio atual, de R$ 3,06.

No caso do diesel, a Petrobras calcula que o impacto para o consumidor final seja um aumento de R$ 0,24, porque o diesel vendido nos postos tem uma mistura obrigatória de 12% de biodiesel.

Aumento nos preços

A Petrobras justifica que os reajustes no preço garantem que o mercado “siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento”.

“O alinhamento de preços ao mercado internacional se mostra especialmente relevante no momento que vivenciamos, com a demanda atípica recebida pela Petrobras para o mês de novembro de 2021. Os ajustes refletem também parte da elevação nos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente ao crescimento da demanda mundial, e da taxa de câmbio”, afirma a empresa.

Fonte: Canal Rural – Agência Brasil

Segunda, 25 de Outubro de 2021
Mercado prevê que taxa básica de juros feche o ano em 8,75%
Mercado prevê que taxa básica de juros feche o ano em 8,75% Fonte: Agência Brasil

Diante do aumento da inflação, a expectativa do mercado financeiro é que a taxa básica de juros, a Selic, encerre 2021 em 8,75% ao ano. Na semana passada, a estimativa era de 8,25% ao ano, de acordo com o boletim Focus, pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores econômicos, divulgado hoje (25).

A Selic está estabelecida atualmente em 6,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. Nesta semana, o colegiado se reúne novamente e deve repetir os aumentos promovidos nos últimos cinco encontros.

A taxa está no nível mais alto desde julho de 2019, quando era 6,5% ao ano. De março a junho, o Copom tinha elevado a taxa em 0,75 ponto percentual em cada encontro. No início de agosto, o BC passou a aumentar a Selic em 1 ponto a cada reunião. Agora, o mercado espera uma elevação maior, de 1,25 ponto, para que a taxa suba a 7,5% ao ano, nesta reunião.

A Selic é o principal instrumento utilizado pelo BC para alcançar a meta de inflação.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas podem dificultar a recuperação da economia. Além disso, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

Para o fim de 2022, a estimativa do mercado é que a taxa básica fique em 9,5% ao ano. E para o fim de 2023 e 2024, a previsão é 7% e 6,5% ao ano, respectivamente.

Inflação

A previsão das instituições financeiras para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, subiu de 8,69% para 8,96%. É a 29ª elevação consecutiva na projeção. Para 2022, a estimativa de inflação é de 4,4%. Para 2023 e 2024, as projeções são de 3,27% e 3,02%, respectivamente.

A previsão para este ano está acima da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.

Puxada pelo aumento dos preços de energia elétrica e combustíveis, em setembro, a inflação chegou a 1,16%, o maior para o mês de setembro desde 1994, quando foi de 1,53%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 12 meses, o índice está em 10,25%, acima dos 9,68% registrados nos 12 meses anteriores. Este ano, a inflação já acumula uma alta de 6,9%.

PIB e dólar

A estimativa do mercado financeiro para o crescimento da economia caiu de 5,01% para 4,97%, este ano. Para o próximo ano, a expectativa para Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país) é de crescimento de 1,4%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2% e 2,25%, respectivamente.

A expectativa para a cotação do dólar subiu de R$ 5,25 para R$ 5,45, para o final deste ano. Para o fim de 2022, a previsão é que a moeda americana se mantenha nesse mesmo patamar.

Fonte: Agência Brasil – Andreia Verdélio

Imagem: Marcello Casal Jr.

Sexta, 22 de Outubro de 2021
RS: segue plantio da soja iniciado nos últimos dias
RS: segue plantio da soja iniciado nos últimos dias Fonte: Agrolink

A elevada umidade no solo durante praticamente toda a semana não permitiu avanços significativos

 

Nas regiões administrativas da Emater/RS-Ascar de Ijuí, Santa Rosa, Porto Alegre, Santa Maria, Soledade, Bagé, Frederico Westphalen e Pelotas, produtores iniciam a semeadura da soja. A elevada umidade no solo durante praticamente toda a semana não permitiu avanços significativos.

De acordo com o Informativo Conjuntural, produzido e divulgado nesta quinta-feira (21/10) pela Gerência de Planejamento (GPL) da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), os produtores seguem com dessecações e preparo de novas áreas e se organizam com o escalonamento do plantio a fim de minimizar os impactos de períodos de estiagem previstos nos modelos climatológicos. Em algumas localidades, sojicultores estão lavrando e gradeando as áreas devido à alta infestação de ervas de difícil controle com herbicidas, aproveitando a atividade para aplicar e incorporar calcário.

O tempo instável no Estado restringiu os avanços no plantio do milho, que alcançou 70% da área total cultivada, estando em germinação e desenvolvimento vegetativo. O custo de produção se elevou significativamente, em especial devido à alta no preço dos fertilizantes. Os valores pagos pelo tratamento extra ou complementar nas sementes de milho para o controle da cigarrinha também contribuem para o maior custo de produção.

Na semana, predominaram dias nublados, com temperatura quente durante o dia e mais baixa à noite. Em algumas localidades, as chuvas foram fortes, de elevado volume, acompanhadas de ventos e granizo, promovendo assim danos às lavouras. Por conta da umidade, a colheita do trigo avançou de forma lenta no Estado, chegando a 9%, outros 51% da área cultivada está em fase de maturação, 35% em enchimento de grãos e 5% em floração.

OLERÍCOLAS

Na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé, o período foi marcado por temperaturas elevadas durante o dia e baixas na madrugada. Houve uma sequência de dias chuvosos, diminuindo a necessidade de irrigação, mas dificultando outras operações de manejo na olericultura. Na Fronteira Oeste, em Manoel Viana, produtores aproveitaram períodos secos para semear culturas de verão – abóbora, moranga, pepino e tomate. As culturas de inverno estão sendo colhidas e comercializadas na Feira do Produtor, que retomou atividades e frequência semanal. Parte dos produtores já atendem clientes fixos na cidade e aproveitam o mesmo dia para entrega de produtos. As escolas estaduais e municipais organizaram calendário semanal de entrega com agricultores familiares participantes do Pnae.

FRUTÍCOLAS

Na regional administrativa da Emater/RS-Ascar de Ijuí, avança a colheita de pêssego, com aumento da produtividade nas cultivares de ciclo médio em virtude de não terem sofrido danos com as geadas no final de julho. Há baixo pegamento de frutos dos citros em geral. Seguem em desenvolvimento as culturas do melão e melancia; as primeiras lavouras implantadas encontram-se em início de floração.

PASTAGENS

As áreas de campo nativo continuam incrementando a oferta de forragem, favorecida pela boa disponibilidade de umidade no solo, luminosidade e elevação das temperaturas registradas em parte da semana. Nos Campos de Cima da Serra, estão com bom desenvolvimento, aumentando significativamente a oferta.

As pastagens anuais de inverno estão em final de ciclo, mas azevéns tetraploides com manejo adequado da adubação e pastoreio controlado ainda oferecem boa oferta de volumoso, mesmo com algumas plantas emitindo estruturas reprodutivas nas áreas com baixa lotação de animais. As pastagens de aveia estão com ciclo praticamente encerrado, resultando em baixa disponibilidade de massa verde de qualidade reduzida.

Fonte: Agrolink – Emater/RS

Imagem: embrapa.br

Sexta, 22 de Outubro de 2021
Mercado interno será mais favorecido se China não voltar às compras, afirma consultor
Mercado interno será mais favorecido se China não voltar às compras, afirma consultor Fonte: Portal DBO

Maior estoque de carne bovina e menor preço no varejo podem aquecer os negócios do mercado do boi nas próximas semanas, avalia o doutor em economia Alexandre Mendonça de Barros, sócio consultor da MB Agro

 

O mercado de carne bovina continua pressionado com a ausência chinesa no balcão de compras da proteína vermelha brasileira.

No entanto, se o maior país asiático não voltar, quem deve fazer o setor se reaquecer mesmo é justamente o maior comprador e apreciador da carne nacional: o próprio brasileiro.

 

A relação de consumo ficou complicada com a pandemia, crise econômica e alta taxa de desemprego, o que levou a uma redução drástica no consumo de carne bovina no País.

Essa relação, no entanto, pode melhorar nas próximas semanas, segundo o engenheiro agrônomo e doutor em economia Alexandre Mendonça de Barros, sócio consultor da MB Agro, que falou sobre as expectativas do mercado de carne para 2021 e 2022 durante o terceiro encontro do “Tour DSM de Confinamento 2021”, promovido no início da noite dessa terça-feira, 19.

“Se arroba do boi gordo se direcionar a R$ 250, e considerando os preços atuais da carne no atacado brasileiro, isso refletirá em margens extremamente altas aos frigoríficos, o que estimulará essas unidades a voltar a abater bovinos, aumentando mais a oferta e derrubando mais o preço da carne”, explica Barros.

Para o consultor, o consumidor brasileiro passará a consumir mais a carne bovina, o que dará um pouco mais de equilíbrio ao mercado de carne, e, consequentemente, garantindo preços mais firmes ao pecuarista brasileiro.

Expectativas de exportação

Com base nos dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgados no início deste mês, e apesar da paralisação com as vendas para a China, Barros também acredita que o Brasil mantenha o fôlego e registre crescimento de exportação consecutivos em 2021 e 2022, mantendo a liderança como maior exportador de carne bovina no mundo.

A estimativa do órgão americano é que sejam 2,6 milhões de toneladas equivalente de carcaça em 2021, 1,4% a mais ante 2020; e 2,7 milhões de toneladas equivalente de carcaça em 2022, 3,1% a mais sobre 2021.

“Se os números do governo americano estiverem certos, o quadro internacional que marca 2021 deve ser bastante dinâmico. E eu tenho que concordar com eles, que 2022 seria um ano no mercado internacional também bastante dinâmico”, diz Barros.

Sob espera da China

Apesar do estado de espera sobre a China, o consultor avalia que é só questão de tempo para o retorno das compras da carne bovina brasileira – inclusive com a tendência de barateamento dos preços no mercado internacional, por conta da queda da arroba do boi gordo.

A arroba saiu de US$ 65 este ano para cerca de US$ 50. Continuam ainda muito valorizados os bovinos no Paraguai, Uruguai, Estados Unidos e a Austrália, com o maior preço de todos, em cerca de US$ 115, segundo dados compilados por Barros. Já o Brasil é o único que consegue ofertar com quantidade e menor preço em todo o mundo.

Segundo dados da Administração Geral de Alfândegas da China (GACC, na sigla em inglês), as importações de carne do Brasil representaram 40% de todo o volume comprado pelo país asiático no ano passado. Este ano, com dados do acumulado de janeiro a agosto, a representatividade da proteína vermelha nacional foi de 38%.

“Os chineses têm planejamento, estratégia e são excelentes negociantes. Não tenho nenhuma dúvida que eles estão aproveitando um momento como esse para tentar deprimir preços e tentar negociar melhor para frente”, diz Barros.

Fonte: Portal DBO – Fabio Moitinho

Sexta, 22 de Outubro de 2021
Forte queda para soja em Chicago
Forte queda para soja em Chicago Fonte: Agrolink

A China foi listada como o maior comprador da semana

O contrato de novembro21 da soja em grão fechou em forte queda de 1,82% ou 22,50 cents/bushel a $ 1223,0, de acordo com informações da TF Agroeconômica. O contrato de maio22, importante para as exportações brasileiras, fechou também em queda de 1,69% ou 21,50 cents/bushel a $ 1251,50. 

“O contrato de dezembro21 de farelo de soja fechou em queda de 1,43% ou $ 4,7/t curta a $ 323,7. O contrato de dezembro de óleo de soja fechou em forte queda de 3,32% ou $ 2,15/libra-peso a $ 62,55.  O mercado de soja sofreu tomada de lucro que, após recentes altas e vendas técnicas (resistência na média móvel de 20 dias) impuseram quedas. Ajustes em petróleo e óleos vegetais contribuíram para a fraqueza. A boa previsão do tempo, favorável ao plantio no Brasil e na Argentina, também foram fatores negativos para os preços. Por outro lado, bom relatório semanal de vendas nos EUA deu suporte, evitando novas quedas”, comenta. 

Nesse contexto, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reportou vendas de exportação de soja em 2,88 milhões de toneladas para a semana encerrada em 14/10, acima das estimativas, um  novo  máximo  do  ano  comercial,  incluindo  1,515 milhão de toneladas de  negócios  anunciados  anteriormente  (para  a  China  e Desconhecido).  

“A China foi listada como o maior comprador da semana com 1,88 MT, embora 526k T dela tenham sido relatados anteriormente como desconhecidos e 54k T foram relatados tarde. Os compromissos de soja 21/22 da China estavam em 14.964 T em 14/10. Isso representa 51,1% do total, mas é uma queda de 40% ano / ano. O total de compromissos de soja está em 29,27 MT, em comparação com 45,4 MT neste momento na última temporada”, completa. 

Fonte: Agrolink - Leonardo Gottems

Imagem: Nadia Borges

Sexta, 22 de Outubro de 2021
Caminhoneiros se movimentam para fazer uma greve em 1º de novembro;
Caminhoneiros se movimentam para fazer uma greve em 1º de novembro; Fonte: Canal Rural

O presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, uma das principais lideranças do movimento de caminhoneiros do país, criticou duramente as declarações feitas nesta quinta-feira, 21, pelo presidente Jair Bolsonaro, de criar um “benefício” de R$ 400 por mês aos caminhoneiros, para compensar o aumento do diesel.

“Eu acho que foi uma piada que ele (Bolsonaro) fez… ou será de verdade? Isso é uma piada de mau gosto. O caminhoneiro não quer esmola, quer dignidade, quer os compromissos que foram assumidos e que até hoje não saíram do papel”, disse Landim, conhecido entre os caminhoneiros como ‘Chorão’.

Wallace Landim tem trânsito dentro do governo e esteve presente em diversas reuniões com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, para tratar de medidas voltadas à categoria. O relacionamento institucional ocorreu durante um bom período e o governo, em outros momentos, conseguiu debelar movimentos de greve no setor. Agora, o tom é outro.

“Queremos algo concreto, não cortina de fumaça. A classe já deu 15 dias para o governo trazer algo concreto, mas isso não veio. Agradecemos pela piada do presidente, mas estamos num trabalho de unificação das pautas da categoria e a paralisação para o dia 1 de novembro está mantida, seguimos com a mobilização”, comentou.

Greve

Os caminhoneiros se movimentam para fazer uma greve geral em 1 de novembro. A ameaça de falta de combustível e os sucessivos de preço promovidos pela Petrobras são as principais queixas do setor.

“A gente vem num trabalho de tentar acreditar, fizemos várias reuniões, mas percebemos que nada saiu do papel e a categoria não suporta mais esperar. Não aguentamos mais, estamos na beira do abismo. Chega disso”, disse o líder caminhoneiro da Abrava, que reúne cerca de 35 mil associados. Confira a nota da entidade.

Um ministro da cúpula do governo afirmou que, de fato, a declaração feita por Bolsonaro de lançar uma “bolsa caminhoneiro”, sem detalhar como isso seria feito e, principalmente, de onde sairia o dinheiro, foi uma ação extremamente mal recebida pelo setor e por todos agentes econômicos. “Números serão apresentados nos próximos dias, vamos atender aos caminhoneiros autônomos. Em torno de 750 mil caminhoneiros receberão ajuda para compensar aumento do diesel”, afirmou o presidente, durante participação em um evento em Sertânia (PE).

Fonte: Canal Rural – Estadão Conteúdo

Imagem: Marcelo Pinto

Sexta, 22 de Outubro de 2021
Dólar dispara a nova máxima em 6 meses ante real com pânico de descontrole fiscal
Dólar dispara a nova máxima em 6 meses ante real com pânico de descontrole fiscal Fonte: Noticias Agrícolas

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar disparou contra o real nesta quinta-feira e fechou numa nova máxima em seis meses, depois de chegar a superar os 5,69 reais no pico intradiário, refletindo pânico generalizado dos mercados brasileiros com possível descontrole fiscal após o governo confirmar planos de contornar o teto de gastos para financiar medidas vistas como populistas.

O dólar à vista fechou em alta de 1,90%, a 5,6683 reais na venda, maior patamar para fechamento desde 14 de abril deste ano (5,6699 reais) e sua maior valorização diária desde 8 de setembro (+2,84%).

A moeda norte-americana já começou o dia em disparada depois de, na quarta-feira, após o fechamento do mercado à vista, o ministro da Economia, Paulo Guedes, ter dito que o governo avaliava pagar o benefício temporário que irá vitaminar o novo Bolsa Família fora do teto de gastos ou optar por mudança na regra constitucional do limite fiscal para acomodá-lo.

Na tarde desta quinta, o relator da PEC dos Precatórios, deputado Hugo Motta, (Republicanos-PB), apresentou novo parecer em que propôs uma modificação do prazo considerado na correção do teto de gastos pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida que, segundo ele, abre um espaço adicional de 39 bilhões de reais para despesas em 2022.

Para Carla Argenta, economista-chefe da CM Capital, a sinalização do governo justifica a reação dos mercados: "Qualquer furo do teto representaria uma quebra do que hoje é nossa única âncora fiscal; se houver essa rachadura teremos um cenário inimaginável."

Segundo ela, o mercado teme que os gastos com o auxílio sejam apenas o início de mais uma série de medidas populistas do governo à medida que as eleições de 2022 se aproximam.

"Hoje Bolsonaro já falou em auxílio para caminhoneiros, há pressão muito grande para intervenção nos preços dos combustíveis... É uma série de medidas populistas vinda de um governo que se vendeu como grande defensor das contas públicas."

Em meio ao retorno de ameaças de greve de caminhoneiros em razão da alta dos combustíveis, o presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta quinta-feira que o governo vai oferecer a cerca de 750 mil caminhoneiros autônomos uma ajuda para compensar o aumento do preço do diesel.

O dólar à vista foi às máximas da sessão na esteira de seus comentários, chegando a tocar 5,6911 reais na venda no pico intradiário, alta de 2,3%.

Mesmo em meio à disparada da moeda norte-americana, o Banco Central não anunciou venda líquida de dólares nesta quinta-feira, depois de ter se mostrado ativo no mercado de câmbio nas últimas seis sessões. Um economista de uma grande corretora de investimentos disse que interpretou o "silêncio" da autarquia como uma tentativa de passar uma mensagem para Brasília sobre a urgência de prezar pela responsabilidade fiscal.

Mas Argenta, da CM Capital, discorda. "O Banco Central sabe que não consegue mudar a direção do dólar, apenas amenizar alguns movimentos bruscos pontuais", disse ela, ressaltando que a autarquia não tem a intenção de controlar os patamares da moeda norte-americana. "O BC achou que não era necessário dar liquidez ao mercado."

O golpe nos mercados domésticos nesta quinta-feira foi generalizado. O Ibovespa desabou quase 3% nesta quinta-feira, enquanto os juros futuros dispararam.

Fonte: Noticias Agrícolas - Reuters

Sexta, 22 de Outubro de 2021
Dólar sobe forte e mantém trigo brasileiro competitivo
Dólar sobe forte e mantém trigo brasileiro competitivo Fonte: Safras & Mercado

A alta do dólar em relação ao real nesta semana mais que compensou a leve retração das cotações do trigo argentino sobre as paridades de importação. A moeda norte-americana valorizou mais de 4,5% no acumulado até as 11h59 desta sexta-feira. Com isso, segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento, as indicações no mercado doméstico seguem firmes.

No Paraná, os últimos negócios reportados saem por volta de R$ 1.600 a tonelada. No Rio Grande do Sul, a indicação de compra fica por volta de R$ 1.460/1.480 a tonelada.

Conab

A colheita de trigo avançou para 38,3% da área estimada para a temporada 2021/22 do Brasil, conforme levantamento semanal da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com dados recolhidos até 16 de outubro. Na semana anterior, a ceifa estava em 34,7%, Em igual período do ano passado, o número era de 53,9%.

Paraná

O Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, informou, em seu relatório semanal de 19 de outubro, que a colheita da safra 2020/21 atingia 74% da área estimada de 1,210 milhão de hectares, contra 1,136 milhão de hectares em 2019, alta de 6%. Conforme o Deral, 69% das lavouras estão em boas condições, 27% em situação média e 4% ruins.

Rio Grande do Sul

A Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS) acredita que a safra gaúcha de trigo possa ultrapassar as 3,7 milhões de toneladas, caso o clima seja favorável até o fim da colheita. A área é estimada em 1,2 milhão de toneladas.

Segundo a Emater/RS, a colheita do trigo atingia 9% da área no Rio Grande do Sul, até 21 de outubro. Na semana anterior, eram 5%. Em igual momento do ano passado, os trabalhos atingiam 43%. A média dos últimos cinco anos para o período é de 25%. Os trabalhos avançam lentamente devido ao excesso de umidade.

Argentina

As lavouras de trigo da Argentina pioraram na última semana. Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, a situação se explica pela falta de chuvas nos últimos dias em regiões representativas em termos de superfície. Até 21 de outubro, algumas áreas já eram colhidas, outras se aproximavam do início dos trabalhos. A expectativa é de rendimentos regulares devido à estiagem durante quase toda a safra.

Fonte: Safras & Mercado - Gabriel Nascimento

Sexta, 22 de Outubro de 2021
Milho: 6ªfeira avança e estabilidade permanece na B3
Milho: 6ªfeira avança e estabilidade permanece na B3 Fonte: Noticias Agrícolas

As flutuações dos preços futuros do milho segue bastante restritas na Bolsa Brasileira (B3) nesta sexta-feira (22), com as principais cotações operando próximas da estabilidade e em campo levemente negativo por volta das 11h49 (horário de Brasília).

O vencimento novembro/21 era cotado à R$ 88,30 com queda de 0,12%, o janeiro/22 valia R$ 88,25 com perda de 0,11%, o março/22 foi negociado por R$ 88,07 com baixa de 0,01% e o maio/22 tinha valor de R$ 85,50 com desvalorização de 0,23%.

Assim como na maior parte da semana, os contratos do cereal brasileiro se mexem pouco, se mantendo perto da estabilidade e orbitando entre preços ao redor dos R$ 88,00 a saca.

Mercado Externo

A Bolsa de Chicago (CBOT) segue altista para os preços internacionais do milho futuro neste último dia da semana.

Por volta das 11h38 (horário de Brasília), o dezembro/21 era cotado à US$ 5,37 com valorização de 4,75 pontos, o março/22 valia US$ 5,45 com alta de 3,75 pontos, o maio/22 era negociado por US$ 5,49 com ganho de 3,50 pontos e o julho/22 tinha valor de US$ 5,49 com elevação de 3,25 pontos.

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho subiram durante a noite, com os comerciantes comprando de volta nos mercados após a liquidação de ontem com um dólar mais alto. 

“Os preços mais fracos do dólar durante a noite desempenharam um grande papel nos ganhos de preço da noite, assim como a recuperação da produção de etanol nas últimas semanas, compensando o rápido avanço da safra americana”, pontua a analista Jacqueline Holland.

Fonte: Noticias Agrícolas - Guilherme Dorigatti

Sexta, 22 de Outubro de 2021
Ministro chinês acredita em solução rápida para embargo
Ministro chinês acredita em solução rápida para embargo Fonte: Canal Rural

Nesta semana, a ministra da Agricultura colocou-se à disposição para ir pessoalmente à China negociar a reabertura do mercado

O ministro das Relações Exteriores, Carlos França, reuniu-se nesta quinta-feira, 21, por videoconferência, com o ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, para discutir a retomada das exportações de carne bovina brasileira ao país asiático. Os embarques estão paralisados há 47 dias.

Segundo o Itamaraty, o ministro chinês disse acreditar que o assunto será “resolvido rapidamente”. A pasta afirmou também que uma reunião bilateral para encaminhar o assunto deve ocorrer ainda nesta sexta-feira (22).

De acordo com informações do Valor Econômico, as exportações de carne bovina brasileira aos chineses estão suspensas desde 4 de setembro, quando o Brasil anunciou a interrupção.

A medida, tomada após a confirmação de dois casos atípicos do mal da “vaca louca”, em Minas Gerais e Mato Grosso, faz parte de um protocolo sanitário entre os dois países, e cabe aos chineses
decidirem pela retomada dos embarques.

Após a confirmação da doença no Brasil, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) disse que os casos brasileiros tinham potencial “insignificante” de contaminação do rebanho.

A variante atípica da vaca louca ocorre em animais mais velhos e tem baixo potencial de se espalhar, diferentemente do tipo clássico, em que o bovino pode contrair a doença ao consumir ração contaminada.

Nesta semana, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, colocou-se à disposição para ir pessoalmente à China negociar a reabertura do mercado, o que não deverá ser necessário, segundo a avaliação da bancada ruralista.

Parte do setor acredita que a longa espera seja uma retaliação – em 2019, quando um caso parecido ocorreu no Brasil, o embargo durou apenas 13 dias.

Uma fonte do segmento afirmou ao Valor que a demora chinesa não tem origem técnica, mas que também não é possível presumir que haja motivação política. Internamente, o Ministério da Agricultura faz leitura semelhante.

“É muito mais um problema comercial. A China é pragmática e está trabalhando para baixar o preço. É fácil confundir com política, mas hoje não tem ambiente para isso”, disse a fonte ao jornal.

Fonte: Canal Rural – Agência Safras