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Quarta, 27 de Outubro de 2021
Soja inalterada em dia de realização de lucros em Chicago
Soja inalterada em dia de realização de lucros em Chicago Fonte: Agrolink

O contrato de novembro21 da soja em grão fechou inalterado a $ 1238,0; o contrato de maio22, importante para as exportações brasileiras, fechou também inalterado a $ 1266,0, de acordo com informações que foram divulgadas pela TF Agroeconômico. “O contrato de dezembro do farelo de soja fechou em queda de 0,15% ou 0,5/t curta a $ 326,7.  O contrato de dezembro de óleo de soja fechou em queda de 1,46% ou $ 0,92/libra-peso a $ 62,22”, comenta. 

“O mercado de soja fechou sem alterações, em dia marcado pela realização de lucros, após a forte subida da sessão anterior.  A  entrada  da  mercadoria  nos  EUA  pressiona  as  cotações,  assim  como  o  bom  andamento  do  plantio  no Brasil. Por outro lado, as perspectivas de dinamismo da demanda externa após vendas anunciadas à China e preços disponíveis firmes deram sustentação”, completa a consultoria. 

Os preços da soja de Dalian No2 na China subiram nesta segunda-feira, após o declínio na sexta-feira. “Isso deixou a soja de qualidade importada para novembro em 4.529 yuan / MT (~ $ 19,31 / bu). Os preços da soja No1 de Dalian, mais  ativamente  negociados, também subiram no  início  da semana,  fechando a  6.148 yuans /  MT  após  um  dia  de grande variação”, indica. 

“Os preços da canola canadense aumentam ao meio-dia, para $ 950,60 CAD / MT. Isso é apenas um recorde de alta de ontem de $ 953,50 CAD. O European Rapeseed Futures também está perto de seu máximo, até 695,75 euros / MT em comparação com os 700 euros da última quarta-feira. Os preços da palma da Malásia também estão mais altos, após o desbotamento do recorde de 5.440 ringgit da última quinta-feira. O  USDA  informou  que  a  colheita  de  soja  havia  progredido  para  73%  concluída  em  24/10.  Isso  teve  alta  de  13% pontos na semana e permanece 3% pontos à frente do ritmo médio”, conclui. 

Fonte: Agrolink - Leonardo Gottems

Imagem: Nadia Borges

Quarta, 27 de Outubro de 2021
Milho: B3 abre a 4ªfeira contabilizando novos recuos para os preços futuros
Milho: B3 abre a 4ªfeira contabilizando novos recuos para os preços futuros Fonte: Noticias Agrícolas

A quarta-feira (27) começa com os preços futuros do milho permanecendo negativos na Bolsa Brasileira (B3), estendendo as perdas registradas ontem por volta das 09h21 (horário de Brasília).

O vencimento novembro/21 era cotado à R$ 86,92 com baixa de 0,67%, o janeiro/22 valia R$ 86,50 com queda de 0,64%, o março/22 era negociado por R$ 86,51 com perda de 0,96% e o maio/22 tinha valor de R$ 83,50 com desvalorização de 1,01%.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as movimentações da B3 são reflexo do mercado interno que começa a se acomodar nesta reta final de ano. “Chega novembro e o comprador do setor de ração começa a trabalhar com o estoque que ele tem em casa e não atua muito”, explica.

Brandalizze relata ainda que os portos estão pagando ao redor de R$ 86,00 e R$ 88,00 na exportação e é isso que baliza as cotações no interno neste momento, com o milho indústria, no máximo, em R$ 90,00.

Mercado Externo

Já Bolsa de Chicago (CBOT) reverte as posições conquistadas no pregão de ontem e abre a quarta-feira recuando para os preços internacionais do milho futuro por volta das 09h07 (horário de Brasília).

O vencimento dezembro/21 era cotado à US$ 5,41 com queda de 2,25 pontos, o março/22 valia US$ 5,50 com perda de 2,25 pontos, o maio/22 era negociado por US$ 5,33 com desvalorização de 2,50 pontos e o julho/22 tinha valor de US$ 5,54 com baixa de 2,25 pontos.

Segundo informações do site internacional Successful Farming, os grãos caíram no comércio da madrugada em meio à pressão da colheita e alguma realização de lucros, uma vez que 66% da safra norte-americana havia sido colhida até o inicio desta semana pelos dados divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

Fonte: Noticias Agrícolas - Guilherme Dorigatti

Quarta, 27 de Outubro de 2021
Trator elétrico pode economizar R$ 14,7 mil ao ano sem usar diesel
Trator elétrico pode economizar R$ 14,7 mil ao ano sem usar diesel Fonte: Canal Rural

A Monarch Tractor comparou o desempenho de seu trator elétrico e um modelo convencional a diesel e estimou uma economia de R$ 14,7 mil em combustíveis, além de redução de 15 toneladas em emissões de CO2, ao ano.

O estudo ocorreu na vinícola Wente Vineyards, na Califórnia, Estados Unidos, mas, segundo a publicação especializada Future Farming, não considerou alguns fatores.

Entre eles os custos de investimento, depreciação e manutenção de um trator elétrico, bem como a variação nos preços de combustível e da eletricidade ou condições climáticas que afetam a vida útil da bateria e o consumo de combustível.

Ainda assim, segundo a própria publicação, o teste de desempenho da Monarch dá uma boa indicação de como um vinhedo pode reduzir custos com a implantação de um trator elétrico.

Elétrico x diesel

O teste de campo visou quantificar quanto as fazendas podem economizar com uso de eletricidade em lugar de combustíveis fósseis. A empresa realizou uma operação de poda com o trator elétrico e um a diesel da John Deere. Ambos maquinários operaram com segadeira giratória em um vinhedo em fileiras lado a lado.

A Monarch relatou o estado da carga de bateria e os níveis do tanque de combustível diesel antes e depois da operação. O trator a diesel e o Monarch Tractor alternaram linhas até a operação ser concluída, pouco mais de 7 horas depois.

O trator elétrico terminou a atividade com 18% de carga restante da bateria. A partir disso, a Monarch quantificou quanto a Wente Vineyards poderia economizar em combustível e emissões anualmente, com uma duração média anual de 1.000 horas por trator.

Na somatória geral, o trator elétrico economizou US$ 2,56 em combustível por hora de atividade (descontado o custo da energia) e deixou de emitir 15,14 quilos de CO2 por hora. Deste modo, o equipamento, traria economia de  US$ 2.655,71 (ou R$ 14,7 mil) em combustíveis e 15 toneladas em emissões de CO2 durante um ano.

Como o modelo da Monarch custa a partir de US$ 50 mil, ou seja,  cerca de R$ 278 mil, o retorno no investimento levaria quase 19 anos, se considerada apenas a economia de combustível.

O Monarch não é o único trator elétrico, por isso, também separamos outros modelos de maquinários elétricos pelo mundo.

Elétricos no Brasil

um exemplo é a startup YAK Tratores Elétricos, que recebeu, em novembro de 2020, um investimento seed de R$ 1,2 milhão por meio do programa Finep Startup, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Telecomunicações (MCTIC).

A empresa catarinense foi fundada em outubro de 2018  com vistas ao grande potencial no mercado de tratores elétricos. “Até então só existiam grandes esforços em pesquisa e desenvolvimento de veículos elétricos de uso convencional, como carros e motos”, comentou João João André Ozório, um dos fundadores.

Por essa tendência, o AgEvolution trouxe alguns exemplos de tratores elétricos, suas vantagens e desafios a partir da opinião de especialistas.

Fonte: Canal Rural – AG Evolution

Imagem: Monarch

Quarta, 27 de Outubro de 2021
Dólar desacelera e fecha em R$ 5,57 após discussão de PEC ser adiada
Dólar desacelera e fecha em R$ 5,57 após discussão de PEC ser adiada Fonte: Agência Brasil

Depois de um dia de oscilações, o dólar reduziu a alta perto do fim das negociações e fechou praticamente estável, após a arrecadação federal bater recorde em setembro e a discussão da proposta de emenda à Constituição que parcela os precatórios e muda o teto de gastos ser adiada. A bolsa de valores caiu 2,11% e quase anulou os ganhos de ontem (25), em meio à expectativa de que o Banco Central (BC) aumente o ritmo de reajuste da taxa Selic (juros básicos da economia).

O dólar comercial encerrou esta terça-feira (26) vendido a R$ 5,573, com alta de R$ 0,018 (+0,32%). A cotação iniciou o dia com pequena queda e acelerou ainda pela manhã, chegando a R$ 5,60 na máxima do dia, por volta das 13h30. Em seguida, a alta perdeu força, após a divulgação do resultado da arrecadação federal no mês passado. A moeda passou a operar próxima da estabilidade após o anúncio de que a falta de acordo com partidos da oposição levou ao adiamento da discussão da PEC dos precatórios no Plenário da Câmara.

Com o desempenho de hoje, o dólar acumula alta de 2,33% em outubro. Em 2021, a divisa acumula valorização de 7,4%.

O mercado de ações teve um dia bem mais tenso. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 106.420 pontos, com recuo de 2,11%. A divulgação de que a prévia da inflação fechou outubro em 1,2% e atingiu o maior nível para o mês desde 1995 derrubou os mercados.

Com a inflação em alta, aumentaram as expectativas de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central seja mais agressivo nas elevações da taxa Selic, na reunião que começou hoje e termina amanhã (27). Juros mais altos desestimulam a aplicação em ações, investimentos de alto risco, e incentivam investimentos em renda fixa, como títulos do Tesouro Nacional, tirando dinheiro da bolsa.

* Com informações da Reuters

Fonte: Agência Brasil – Welton Máximo

Imagem: Reuters/Yuriko Nakao

Terça, 26 de Outubro de 2021
Agropecuária pode contribuir para economia verde no Brasil, diz ministra
Agropecuária pode contribuir para economia verde no Brasil, diz ministra Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) participou nesta segunda-feira (25) do lançamento do Programa Nacional de Crescimento Verde, coordenado pelos ministérios do Meio Ambiente e da Economia. No evento, a ministra destacou as ações realizadas pelo Mapa para que o agronegócio seja protagonista do desenvolvimento de uma economia verde no Brasil. 

O Plano Setorial de Adaptação e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária, chamado de ABC+, foi apresentado pela ministra como uma das mais ambiciosas políticas públicas agropecuárias no mundo. Até 2030, a meta do Plano é reduzir a emissão de carbono equivalente em 1,1 bilhão de toneladas no setor agropecuário com a adoção de tecnologias de produção sustentável. 

Ela também destacou a criação da Cédula de Produtor Rural Verde, a CPR Verde, que irá incentivar o produtor rural a produzir preservando e recebendo pagamento por serviços ambientais. “Por meio de iniciativas sustentáveis, o Brasil continuará a fortalecer a agropecuária, um dos setores mais vulneráveis à mudança do clima”, destacou Tereza Cristina. 

Outras diretrizes nas quais o Mapa atua também foram lembradas pela ministra, como a integração entre a conservação do meio ambiente com a produção agropecuária, a regularização fundiária, a promoção da regularização ambiental das propriedades rurais, com a implementação do Código Florestal Brasileiro. “A agricultura brasileira é descarbonizante, e a neutralidade de carbono caminhará a passos largos”. 

Objetivos

O Programa Nacional de Crescimento Verde tem como principais objetivos aliar redução das emissões de carbono, conservação de florestas e uso racional de recursos naturais com geração de emprego verde e crescimento econômico, melhorando assim a condição de vida da população brasileira. O Programa será guiado por incentivos econômicos, transformação institucional e critérios de priorização de políticas públicas e projetos e ações do setor privado.

Os incentivos econômicos terão como foco a promoção do desenvolvimento de instrumentos de mercado. No âmbito da transformação institucional, o propósito é fazer com que ações do governo federal potencializem projetos verdes. Já os critérios de priorização visam dar destaque às iniciativas verdes.

Atualmente, o governo federal conta com linhas de crédito que, somadas, chegam a R$ 400 bilhões e contemplam projetos verdes em áreas como: conservação e restauração florestal, saneamento, gestão de resíduos, ecoturismo, agricultura de baixa emissão, energia renovável, mobilidade urbana, transporte e logística, tecnologia da informação e comunicação e infraestrutura verde. Esses recursos impulsionarão a economia, gerando empregos e contribuindo para a consolidação do Brasil como a maior economia verde do mundo. 

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Terça, 26 de Outubro de 2021
Proposta prevê compensação de PIS/Cofins para produtor de arroz
Proposta prevê compensação de PIS/Cofins para produtor de arroz Fonte: Canal Rural

Caso o texto seja aprovado, produtores de arroz poderão reaver o R$ 1,17 bilhão retido até 2020 ao longo de um período de cinco anos

O Projeto de Lei 3375/21 permite que empresas e cooperativas produtoras de arroz compensem ou peçam o ressarcimento de PIS e Cofins.

O texto em análise na Câmara dos Deputados insere dispositivos na Lei 10.925/04, que já isenta dessas contribuições alguns produtos agropecuários e insumos do setor.

Autor da proposta, o deputado Vermelho (PSD-PR) afirmou que a norma atual não cita especificamente o arroz entre os itens beneficiados com a isenção de PIS/Cofins. No entanto, as grandes empresas, que lidam ao mesmo tempo com produtos isentos, conseguem compensar ou pedir ressarcimento dos tributos.

“Não é nenhuma inovação tal procedimento, pois as indústrias de laticínios usufruem dessa regra conforme a Lei 13.137/15”, disse Vermelho, ao defender o projeto.

Caso o texto seja aprovado, produtores de arroz poderão reaver o R$ 1,17 bilhão retido até 2020 ao longo de um período de cinco anos, até 2025.

“A diluição do impacto financeiro viabiliza a proposta, pois os benefícios serão imensos para pequenas e médias empresas, na consolidação dos negócios, na geração de empregos e para que o Brasil alcance posições ainda mais altas de produção, sem esquecer o mercado interno”, concluiu o parlamentar.

Tramitação

O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Canal Rural – Agência Câmara

Imagem: Claudio Fachel/Palácio Piratini

Terça, 26 de Outubro de 2021
Produtores seguram trigo para exportação em janeiro
Produtores seguram trigo para exportação em janeiro Fonte: Agrolink

No estado do Rio Grande do Sul, o produtor está segurando o trigo, que terá exportação só para janeiro, que tem moinhos devagar, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “No mercado interno disponível, sem alterações. Moinhos começando a receber os seus contratos futuros e indicando R$ 1.490,00 / R$ 1.500,00 CIF com 30 dias. No mercado de exportação, no melhor momento os preços valeram R$ 1.600,00 posto Rio Grande para uma entrega em janeiro e pagamento em janeiro pós entrega”, comenta. 

Com o sol surgindo em Santa Catarina, começa a colheita no estado. “Trigo  velho  poucas  ofertas,    mas  o  que  apareceu    é trigo gaúcho  e  gira  em  torno  de  R$  1.460,00 +  80  de frete, o que liquidaria CIF cerca de R$  1.540,00. Trigo Paranaense tem pedida do Oeste a R$ 1.550,00, que ficaria muito caro. Preços do trigo catarinense oferecido aos agricultores entre  R$  81-82/saca,  equivalente  a  R$  1.367,00/t. Quase  todas  as  cooperativas  do  estado  tem  moinho,  então  este  é  o  preço  de  sua  matéria-prima”, completa. 

O Paraná tem moinhos recebendo os contratos anteriores, com preços inalterados, no alto. “Vendedores  com  poucas  ofertas  de  R$  1.600,00 pagamento e entrega outubro, com compradores a R$ 1.600,00 para trigo tipo 1 e R$ 1.400 para tipo 2, para entrega imediata posto Ponta Grossa. Para novembro comprador no R$  1.550,0  posto  Ponta Grossa e vendedor sem indicação de venda. Chovendo  desde  sexta-feira,  previsão  de  chuva  até quinta-feira nos Campos Gerais”, indica. 

“Os preços de commodities agrícolas utilizadas na indústria de alimentos subiram até 84% no último ano - de setembro de  2020  a  setembro  deste  ano  -,  aponta  levantamento  mensal  da  Associação  Brasileira  da  Indústria  de Alimentos (Abia) antecipado ao Broadcast Agro. O maior incremento, de 84%, foi do valor do café robusta, seguido por açúcar e milho, que passaram por valorização de 64%. A Abia analisa mensalmente os preços de nove commodities agrícolas. Para  o  consumidor  final,  a  alta  das  commodities  pode  representar  incremento  médio  de  20%  dos  preços  dos alimentos, conforme estimativa da entidade”, conclui. 

Fonte: Agrolink - Leonardo Gottems

Imagem: br.depositphotos.com

Terça, 26 de Outubro de 2021
Soja recua levemente nesta 3ª feira em Chicago,
Soja recua levemente nesta 3ª feira em Chicago, Fonte: Noticias Agrícolas

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago operam com estabilidade depois das boas altas registradas na sessão anterior. Perto de 7h40 (horário de Brasília), as cotações perdiam pouco mais de 1,50 ponto nos principais contratos, levando o novembro a US$ 12,35 e o maio a US$ 12,62 por bushel. 

Na sessão anterior, boa parte dos ganhos fortes, de mais de 16 pontos, vieram do avanço expressivo do óleo de soja - e dos demais óleos vegetais -, mercado este que também opera mais estável nesta terça-feira (26). Os ganhos entre as posições mais negociadas eram de pouco mais de 0,1%. 

Também em Chicago, recuam levemente os futuros do milho e do trigo. Nas demais bolsas, atenção ainda aos preços do petróleo - que também atuam com estabilidade - à correção dos preços do gás natural e à baixa do dólar index. 

Ademais, os traders não desviam suas atenções do plantio e das condições de clima no Brasil - que segundo a consultoria Safras & Mercado já alcança os 35,8% - e no restante da América do Sul, à colheita norte-americana, a qual caminha bem e já ultrapassa os 70%, bem como ao comportamento da demanda chinesa. 

Fonte: Noticias Agrícolas - Carla Mendes

Terça, 26 de Outubro de 2021
Decreto pode reverter cenário regulatório de defensivos agrícolas
Decreto pode reverter cenário regulatório de defensivos agrícolas Fonte: Agrolink

  A legislação brasileira determina que defensivos agrícolas só podem ser produzidos, comercializados e utilizados com registro prévio em órgãos federais específicos. Essa mesma lei versa sobre pesquisa, experimentação, embalagem e rotulagem, transporte, armazenamento, propaganda comercial, destino dos resíduos e das embalagens, classificação, controle, inspeção e fiscalização dos produtos. Como o Brasil é signatário de diversos tratados internacionais, o processo de obtenção de registro e condução de testes é alinhado ao que é adotado nos países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), entidade que hoje reúne 38 países-membros.

Para a obtenção de um registro, o interessado deve apresentar ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) os dados definidos pela legislação para cada tipo de pleito. Ao analisar os resultados dos testes, os órgãos de governo decidem se o produto tem riscos aceitáveis à saúde humana e ao meio ambiente, bem como se possui eficácia e praticabilidade agronômica. Caso um dos órgãos entenda que o produto não está apto para o registro, o pleito é indeferido. Se o pleito for deferido pelos três órgãos, cabe ao Mapa emitir o certificado de registro. Para os produtos químicos, além do registro do produto formulado (aquele que será comercializado), o interessado deve obter o registro de um produto técnico (destinado ao uso industrial, com alto teor de pureza) que será utilizado na composição do produto formulado.

Todos os testes devem ser conduzidos de acordo com as boas práticas e normas definidas em legislação. Além disso, o Brasil utiliza o chamado critério da equivalência adotado nos países-membros da OCDE, o que dispensa a apresentação de dossiê completo em todos os pleitos de registro de produtos técnicos envolvendo essas nações, bem como dos testes de eficácia e resíduos nos produtos formulados que utilizem produtos técnicos equivalentes – conhecidos popularmente como “genéricos”. E o processo não para por aí. Para ser comercializado, o produto ainda precisa ser cadastrado nos estados brasileiros. A etapa de cadastramento não é prevista pela legislação federal, mas é prevista em legislações estaduais de quase todas as unidades da federação.

De acordo com dados elaborados pela Spark Consultoria Estratégia para o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg) com base em informações concedidas pelo Mapa, o processo de registro de um produto químico no Brasil tem levado de 5,7 anos (caso dos equivalentes) e 7,7 anos (situação dos produtos à base de ativos ainda não registrados no Brasil). Já o registro de biológicos tem sido obtido, em média, 1 ano após a submissão do pleito.

Se o cenário atual não é dos mais favoráveis em relação ao tempo para a obtenção de registros, a projeção de cenário futuro é ainda mais preocupante para os produtos equivalentes. Apesar do aumento no ritmo de análises que saíram de um patamar de 180 registros concedidos desde 2016 aos aproximadamente 500 pleitos em 2021, as filas têm aumentado ainda mais nos últimos anos. Apenas em 2020, foram solicitados 1.083 pedidos de registro. Em 2021, de janeiro a agosto, foram 576. Contudo, respectivamente, só foram concedidos 493 e 351 pleitos nesses períodos. Assim, como a submissão de pleitos não pode ser controlada por qualquer órgão do governo, uma vez que é direito de um interessado solicitar o registro – desde que se pague as taxas e sejam submetidos os documentos adequados –, o cenário de registros do Brasil tende a ser cada vez mais caótico.

É notável que ao longo dos últimos anos os órgãos têm adotado medidas que aumentam a celeridade na análise de pleitos sem perda de qualidade regulatória. Uma delas é a priorização da análise de pedidos de registro mediante o atendimento a alguns critérios como a indicação para as culturas e pragas consideradas de maior importância econômica para o Brasil. O Sindiveg considera importante que a industrialização (fabricação e formulação) em território seja considerada um dos critérios do estabelecimento de prioridades na próxima listagem. O Brasil é grande importador de defensivos agrícolas, com déficit na balança comercial do setor de agroquímicos da ordem de US$ 5 bilhões em 2019. No mesmo ano, entretanto, as indústrias operaram com 61% de ociosidade, em média, em relação à capacidade produtiva de produtos formulados.

Esta é uma situação delicada que teve seu primeiro passo para ser corrigida com a simplificação do registro para exportação de produtos à base de ingredientes ativos e componentes já registrados no Brasil, instituída pelo recém-publicado Decreto 10.833/2021, o que deve estimular o desenvolvimento de um parque fabril de formulação e reduzir a vulnerabilidade do país.

Com investimentos e melhorias regulatórias, o Brasil tem condições de deixar de ser um importador de produtos para ser um exportador. Ressalte-se que, ao discutir a produção local, não está sendo debatida a justa e livre oferta de produtos fabricados no exterior. Trata-se apenas de um arrazoado sobre a permanência no mercado e o crescimento de empresas já instaladas no Brasil e, também, sobre um estímulo para que investidores estrangeiros tenham segurança legal para realizar investimentos em parques fabris no país. Além do estimulo à industrialização nacional, o Sindiveg considera de suma importância a previsibilidade e a redução de prazos para análise e padronização de critérios de análise de pleitos; a adoção de medidas de otimização regulatória; e transparência, isonomia e fortalecimento das decisões dos órgãos federais.

*Por Fábio Kagi, gerente de assuntos regulatórios do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), engenheiro agrônomo e especialista em gestão estratégica e econômica de projetos.

Fonte: Agrolink & Assessoria

Terça, 26 de Outubro de 2021
Ofertas avançam e cotações do milho devem manter queda no Brasil
Ofertas avançam e cotações do milho devem manter queda no Brasil Fonte: Safras & Mercado

    O mercado brasileiro de milho deve seguir com preços em queda, em meio ao avanço da oferta nas regiões produtoras. O foco dos produtores segue nas atividades de plantio. Já os consumidores se mostram bem abastecidos de ofertas, o que limita o interesse de compra. No cenário internacional, a Bolsa de Chicago volta a operar em queda, refletindo o avanço da colheita nos Estados Unidos.

     O mercado brasileiro de milho registrou preços fracos nesta segunda-feira, caindo em boa parte das regiões. Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, o mercado está “frouxo” de oferta. Observa que no Sul há entrada da safra de trigo e muito trigo está indo para ração, reduzindo a demanda pelo milho. Já no Sudeste os vendedores continuam aceitando preços mais baixos e mantendo o mercado na curva de baixa. “No Centro-Oeste há ofertas, mas os exportadores estão levando esse milho”, comenta. As atenções também continuam no clima, que está bom para uma rápida evolução do plantio.

     No Porto de Santos, o preço ficou na faixa de R$ 86,00 a R$ 90,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 86,00/90,00.

     No Paraná, a cotação ficou em R$ 88,00/91,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 86,00/88,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 88,00/90,00 a saca.

     No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 89,00/93,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 85,00/88,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 82,00/R$ 83,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 76,00/78,00 a saca em Rondonópolis.

Fonte: Safras & Mercado - Arno Baasch