Notícias

Terça, 26 de Outubro de 2021
Edição gênica permite rim suíno em humanos
Edição gênica permite rim suíno em humanos Fonte: Agrolink

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) realizam um experimento inédito no Brasil que pode permitir que suínos possam doar órgãos para humanos. Isso acontece porque os órgãos de porcos têm formato anatomicamente semelhante aos das pessoas.

No procedimento foi realizada uma edição genética em porcos. O grupo está em busca de recursos e planejam testes em humanos daqui a dois anos. Os estudos são conduzidos pela Universidade de São Paulo (USP). No momento estão sendo produzidos os primeiros embriões de porcos a partir das células geneticamente modificadas, que são os primeiros experimentos de clonagem deste estudo. 

“A primeira etapa para produzir um suíno geneticamente modificado, para que os órgãos desse animais sejam utilizados para transplante em humanos, é a etapa de edição genética. Nós já concluímos essa etapa”, disse o pesquisador do Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco da USP, Ernesto Goulart, á Agência Brasil.

Nessa primeira etapa, ele explicou que os pesquisadores concluíram a edição do DNA das células de suínos, para que aqueles genes que causam a rejeição aguda fossem inativados. O objetivo é que, no futuro, quando essas células derem origem a um animal, os órgãos a serem transplantados não causem rejeição no paciente humano. “A gente pega aquela célula que produziu no laboratório, que modificou o genoma, e agora vamos fazer uma técnica de clonagem. A partir daquela célula, eu consigo gerar um embrião que vai se desenvolver [na barriga] do animal e a gente espera que os órgãos sejam então compatíveis com o transplante em humano.”

Ao se mostrarem viáveis no laboratório, os embriões serão transferidos para a barriga de aluguel até o nascimento dos filhotes suínos. “Se tudo der certo, em poucos meses, em questão de 6 a 8 meses, nós teremos nossos primeiros porquinhos nascendo. A expectativa do nosso grupo é de, em até dois anos, começar os primeiros estudos em humanos, com transplantes em humanos. E, em até cinco anos, há expectativa de iniciar os estudos clínicos [aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa]”, disse Goulart.

Experimento nos Estados Unidos

O assunto dos xenotransplantes (suínos para humanos) ganhou espaço após divulgação na imprensa de um experimento, realizado nos Estados Unidos, em que um rim suíno foi ligado ao sistema vascular de um paciente humano, mas mantido fora do seu corpo, e não provocou rejeição pelo seu sistema imunológico. O procedimento utilizou um porco cujos genes haviam sido editados geneticamente para que seus tecidos não causassem rejeição em humanos.

Apesar de ainda não haver uma publicação científica a respeito desse experimento, o pesquisador brasileiro afirma que ele já contribuiu muito com o desenvolvimento dessa abordagem no mundo todo. “É uma prova de conceito muito importante. A edição genética, um dos principais objetivos, é fugir dessa rejeição hiperaguda [do órgão]. E qual que é excelente notícia que esse trabalho nos traz? Esse órgão ficou três dias no paciente e não rejeitou, não teve nenhum indício de rejeição. Muito pelo contrário, ele estava funcionando”, comemorou.

Procedimento no Brasil

O cirurgião e professor emérito da Faculdade de Medicina da USP Silvano Raia, líder dos estudos de xenotransplante na USP, disse em entrevista à Agência Brasil que um procedimento análogo ao que foi feito nos Estados Unidos deve ser realizado pela equipe no Brasil daqui a aproximadamente seis meses.

Ele descreveu que os rins suínos serão usados, pelos pesquisadores brasileiros, em experimento de perfusão isolada, ou seja, um sistema que permite estudar o órgão fora do corpo do animal e do ser humano, por meio de uma máquina.

“Se a perfusão do rim modificado no nosso laboratório, perfundido com sangue humano durante 12 horas, que é a operação programada, não demonstrar nenhum sinal de rejeição, prova que os nossos rins são adequados para tentar o passo seguinte, que é o transplante no homem”, disse o médico, de 91 anos, que realizou o primeiro transplante de fígado com doador falecido da América Latina, em 1985. Em 1988, ele foi o primeiro no mundo a realizar o procedimento com um doador vivo.

“É muito provável que, dentro de um ano, nos Estados Unidos ou na China, que também está muito avançada nisso, ou na Alemanha, se faça o xenotransplante efetivo no ser humano, que não foi feito ainda”, avalia o líder dos estudos no país. Ele acredita também que, daqui a dois anos, o xenotransplante em humanos aconteça no Brasil, já em pacientes que precisem de um rim.

Estrutura esterilizada

Para os passos futuros da pesquisa, é necessária ainda a construção de um biotério específico, um espaço com condições sanitárias adequadas para a criação dos animais, que propicie um alto nível de biossegurança. Neste momento, não há verba para viabilizar a obra.

Enquanto isso, os animais usados nos estudos serão criados sem esses cuidados específicos de esterilização. Eles não poderão ser transplantados para humanos, mas servirão de teste de conceito para tudo que os pesquisadores realizaram até o momento.

“Esses animais que vão ser gerados e criados para essa finalidade não são mantidos e criados nas mesmas condições que é um animal para a utilização para abate, para [produção de] carne. Então precisa ter uma estrutura de complexidade que atenda às necessidades específicas desse projeto, essa infraestrutura não é barata, e a gente precisa conseguir apoio e financiamento para construir e manter essa estrutura”, disse Ernesto Goulart.

Segundo Ernesto, é preciso garantir que aquele órgão ou tecido do animal esteja em um grau de segurança compatível com sua utilização final, ou seja, transplante em seres humanos. Por isso, o espaço deve garantir o controle de qualidade, a fim de evitar contaminações que possam causar doenças nos pacientes. “Esses animais, logo após o nascimento, seriam mantidos dentro dessa estrutura que nós chamamos de limpa até alcançarem o peso ideal para coleta do material a ser estudado.”

Falta de órgãos

O Brasil tem o maior sistema público de transplantes do mundo, em número absoluto, o país fica atrás dos Estados Unidos, segundo informações do Ministério da Saúde. Cerca de 90% dos transplantes de órgãos (coração, pulmão, fígado, rim e pâncreas), realizados no país, são financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No caso dos transplantes de medula óssea, essa porcentagem fica em torno de 71% e no de córneas em 60%. 

O valor gasto para transplantes, em 2020, foi de R$ 912,6 milhões. Em 2019, ultrapassou R$ 1 bilhão. Ainda assim, o Ministério da Saúde informou que, em relação à lista de espera, 53.783 pessoas aguardam atualmente na fila por um órgão no Brasil.

O líder da pesquisa na USP, Silvano Raia, explicou que há um crescimento na desproporção entre o número de pessoas que precisam de transplante e a quantidade de órgãos disponível. Para suprir a falta de órgãos e tecidos, pesquisadores de diversos países têm estudado alternativas.

“A falta de órgãos foi o fator limitante que impediu que mais doentes fossem atendidos. Esse fenômeno de falta de órgãos é universal por duas razões: uma, porque a indicação dos transplantes tem aumentado graças aos bons resultados que o procedimento tem obtido e, outra, em decorrência do fato que a idade média da população aumentou, então existe maior incidência de doenças crônicas”, disse o médico. Já o número de órgãos não aumenta na mesma proporção.

Para contornar essa dificuldade, Raia afirma que pesquisadores têm procurado os chamados órgãos adicionais. “São órgãos que não vem de cadáver humano, nem eventuais doadores vivos humanos, mas sim de outra fonte. Entre os métodos que estão sendo testados e procurados, o que melhor resultado tem tido são os xenotransplantes [transplante entre duas espécies diferentes].”

Fisiologia parecida

Como os porcos têm a fisiologia mais parecida com a dos humanos, eles são considerados uma opção promissora como doadores, além de terem reprodução fácil, período de gravidez curto e ninhadas numerosas. No entanto, os suínos são diferentes dos humanos em aspectos imunológicos e, por isso, houve a necessidade de modificar os genes dos animais para evitar uma rejeição aguda nos xenotransplantes, conforme reforçou Raia.

De acordo com o cirurgião, a previsão é que haja testes em pessoas com morte cerebral e, depois, o transplante de rim suíno possa ser feito em pacientes que estejam fazendo hemodiálise e que não tenham possibilidade se receber o órgão de doador humano vivo compatível. Além disso, o tempo previsto para este paciente receber o órgão pela fila de transplantes deverá ser maior do que sua expectativa de vida em hemodiálise.

“Então eles dependem exclusivamente de uma solução nova. Eles, [sendo] informados, se concordarem, receberão um transplante de suíno. Agora, se esse transplante de suíno não evoluir bem, nós retiramos o enxerto, devolvemos o paciente para hemodiálise e ele fica esperando um transplante clássico, o transplante humano-humano, porém com prioridade [na fila] que ele não tinha antes”, explicou Raia sobre os critérios definidos até o momento para o andamento dos estudos.

* com informações da Agência Brasil

Fonte: Agrolink - Eliza Maliszewski

Terça, 26 de Outubro de 2021
Sistema CNA/Senar realiza evento “Como tornar o Agro mais atrativo em 2022”
Sistema CNA/Senar realiza evento “Como tornar o Agro mais atrativo em 2022” Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

O Sistema CNA/Senar realiza, na quinta (28), o evento virtual “Como tornar a agropecuária mais atrativa em 2022” com painéis de debates e com a apresentação dos principais resultados dos custos de produção da agropecuária coletados pelos técnicos do Projeto Campo Futuro ao longo do ano.

Para o primeiro painel foram convidados o gerente da Mesa de Fertilizantes na StoneX, Marcelo Mello, o consultor e professor da USP em Ribeirão Preto, Marcos Fava Neves, e o associado sênior da Centrec Consulting Group, Carlos Ortiz.

Já o segundo painel vai reunir o professor e pesquisador do Cepea/Esalq-USP, Thiago Bernardino de Carvalho, a diretora executiva da Agrifatto Consultoria, Lygia Pimentel, e o CEO da Agripoint, Marcelo Carvalho.

Com o tema “Gestão além de custos - o que mudar para ter margens mais favoráveis? (Pecuária de corte)”, Thiago Carvalho vai abordar em sua palestra a importância dos insumos pecuários dentro dos custos de produção do pecuarista.

“Vou mostrar um cenário de perspectiva de comportamento de preços e de mercado desses insumos ao longo de 2022 e 2023, sinalizando os desafios e oportunidades para a cadeia”.

Em sua apresentação “Gestão além de custos - o que mudar para ter margens mais favoráveis, com foco na pecuária de corte”, a diretora executiva da Agrifatto, Lygia Pimentel, vai falar sobre gestão de risco de preços de insumos e preço final do boi gordo como componentes da construção do resultado operacional da empresa rural.

Já o CEO da Agripoint, Marcelo Carvalho, vai apresentar os indicadores técnicos e econômicos que estão relacionados à rentabilidade na atividade leiteira, as mudanças tecnológicas na cadeia do leite e quais parâmetros precisam ser avaliados para obter resultados positivos com a aplicação da tecnologia.

“Analisando o cenário 2022, darei uma atenção especial ao aumento dos custos de produção (principalmente alimentos) e do capital (juros), e a necessidade de o produtor olhar para esses pontos com bastante cuidado, além de acompanhar o mercado de insumos e de leite para tomar boas decisões”, disse Carvalho.

O encontro é gratuito. Clique aqui para se inscrever e conferir a programação completa.

Serviço

Seminário “Como tornar a agropecuária mais atrativa em 2020”

Data: 28 de outubro de 2021

Hora: 8h30 às 12h

O evento será totalmente online

Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Terça, 26 de Outubro de 2021
Prévia da inflação fica em 1,20% em outubro
Prévia da inflação fica em 1,20% em outubro Fonte: Agência Brasil

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) ficou em 1,20% em outubro, 0,06 ponto percentual (pp) acima da taxa de setembro (1,14%). Trata-se da maior variação para um mês de outubro desde 1995 (1,34%) e a maior variação mensal desde fevereiro de 2016 (1,42%).

O IPCA-15, divulgado hoje (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é uma prévia da inflação oficial do país, o IPCA.

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 8,30% e, em 12 meses, de 10,34%, acima dos 10,05% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2020, a taxa foi de 0,94%.

Com o maior impacto individual (0,19 pp) no mês de outubro, a energia elétrica (3,91%) foi destaque no grupo habitação (1,87%). Segundo o IBGE, a alta decorre, em grande medida, da vigência da bandeira tarifária escassez hídrica, em todo o período de referência do índice, com acréscimo de R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos, o mais alto entre todas as bandeiras.

“Durante o período base do IPCA-15, vigorou tanto a bandeira escassez hídrica, na primeira quinzena de setembro, quanto a bandeira vermelha patamar 2, na segunda quinzena de agosto. Outra contribuição importante dentro do grupo veio do gás de botijão (3,80%), cujos preços subiram pelo 17º mês consecutivo e acumulam, em 2021, alta de 31,65%”, informou o IBGE.

No grupo dos transportes, as passagens aéreas foram o destaque, com alta de 34,35%, registrando impacto de 0,16 ponto percentual. Houve aumento no preço das passagens em todas as regiões, sendo a menor delas em Goiânia (11,56%) e a maior no Recife (47,52%). Os combustíveis continuam em alta (2,03%) e pressionando os preços. A gasolina, componente com o maior peso do IPCA-15, subiu 1,85% e acumula 40,44% em 12 meses. Os demais combustíveis também subiram: etanol (3,20%), óleo diesel (2,89%) e gás veicular (0,36%).

Quanto aos grupos analisados, a maior variação foi no de transportes (2,06%) que, além das altas nas passagens aéreas e nos combustíveis, registrou variação positiva em automóveis novos (1,64%), usados (1,56%) e nas motocicletas (1,27%). No caso dos automóveis usados, trata-se da 13ª alta consecutiva, acumulando 13,21% de variação nos últimos 12 meses.

Segundo a pesquisa, o grupo de alimentação e bebidas (1,38%) foi influenciado principalmente pela alimentação no domicílio, que passou de 1,51% em setembro para 1,54% em outubro. Os preços das frutas subiram 6,41% e contribuíram com 0,06 ponto percentual de impacto. Houve alta também nos preços do tomate (23,15%), da batata inglesa (8,57%), do frango em pedaços (5,11%), do café moído (4,34%) do frango inteiro (4,20%) e do queijo (3,94%).

Por outro lado, foi registrada queda nos preços da cebola (-2,72%) e, pelo nono mês consecutivo, do arroz (-1,06%). As carnes, após 16 meses seguidos de alta, tiveram queda de 0,31%.

A alimentação fora do domicílio acelerou na passagem de setembro (0,69%) para outubro (0,97%), principalmente por causa do lanche (1,71%), cujos preços haviam recuado 0,46% no mês anterior. A alta da refeição (0,52%), por sua vez, foi menor que a observada em setembro (1,31%).

De acordo com o levantamento, todas as áreas pesquisadas apresentaram alta em outubro. O menor resultado ocorreu em Belém (0,51%), devido à queda nos preços do açaí (-4,74%), das carnes (-0,98%) e dos itens de higiene pessoal (-0,64%). A maior variação foi registrada em Curitiba (1,58%), com altas da energia elétrica (4,15%) e da gasolina (3,47%).

 

Fonte: Agência Brasil – Ana Cristina Campos

Imagem: fotospublicas.com

Segunda, 25 de Outubro de 2021
Soja aprofunda a queda em Chicago
Soja aprofunda a queda em Chicago Fonte: Agrolink

A soja acabou aprofundando a sua queda em Chicago, com clima favorável nos Estados Unidos e no Brasil e óleos vegetais em queda, de acordo com informações que foram divulgadas pela TF Agroeconômica. “O contrato de novembro21 da soja em grão fechou em nova queda de 9,35% ou 4,25 cents/bushel a $ 1219,75; o contrato de maio22, importante para as exportações brasileiras, fechou também em queda de 0,36% ou 4,50 cents/bushel a $ 1239,25. O contrato de dezembro21 de farelo de soja fechou em alta de 0,90% ou $ 2,9/t curta a $ 326,9. O contrato de dezembro de óleo de soja fechou em queda de 0,72% ou $ 0,45/libra-peso a $ 59,84”, comenta. 

O mercado de soja reverteu os ganhos da manhã e acumulou nova perda. “O mercado voltou a sentir o avanço da safra  norte-americana  e  as  perspectivas de  melhores  safras.  Além  disso,  os  óleos  vegetais  apresentaram  quedas. Chuvas  favoráveis  ao  avanço  do  plantio  e  da  produção  no  Brasil,  aumentaram  a  pressão.  De  qualquer  forma, permanecem  as  expectativas  de  maior  demanda  devido  à  recuperação  das  margens  de  moagem  tanto  nos  EUA quanto na China”, completa. 

“Os preços da soja nesta semana chegaram ao topo na quarta-feira, com uma queda no fim de semana. Quedas de quinta e sexta-feira não foram suficientes para compensar os ganhos do início da semana, com os grãos 2 3/4 centavos a mais do que o fechamento da última sexta-feira. No entanto, novembro foi 29 centavos abaixo da alta do meio da semana. Os futuros de soja entraram no fim de semana com ganhos de $ 1,80 a $ 3,40, o que em dezembro encerrou a semana com ganho de $ 10,30. Já os futuros do óleo de soja estavam de 49 a 53 pontos no vermelho nesta sexta-feira", conclui. 

Fonte: Agrolink - Leonardo Gottems

Segunda, 25 de Outubro de 2021
Negócios do milho passam dos R$ 90,00 no Sul
Negócios do milho passam dos R$ 90,00 no Sul Fonte: Agrolink

No mercado do milho do Rio Grande do Sul, espera-se pouca incidência de chuvas, com negócios no noroeste a R$ 91,00 a saca, de acordo com informações que foram divulgadas pela TF Agroeconômica. “Assim como durante a semana, os negócios andaram em ritmo lento hoje no Rio Grande do Sul, onde correspondentes acreditam que, em todo o Estado, não devem ter sido negociadas mais do que 5 mil toneladas. No único relato que ouvimos, perto de Caxias do Sul cerca de 500 toneladas foram negociadas a R$ 91,00 FOB a saca”, comenta. 

Santa Catarina tem negócios a R$ 90,00 em Xanxerê e  indicações que se concentram entre NOV e DEZ. “Em  Santa Catarina, é  cada vez mais raro quem tome lotes  no  mercado  disponível,  e  os  poucos compradores que neste permanecem, ganham poder de  barganha,  tanto  em  preço  quanto  em  prazo.  A maior parte das indicações hoje concentrou-se para a segunda  quinzena  de  novembro  e,  em  sua  maior parte, para entregas dezembro”, completa. 

No Paraná o plantio avança e a comercialização permanece lenta. “Ao contrário do  plantio,  que  conforme  relatamos  essa semana apresentou bons avanços, e fechou esta sexta-feira  em  cerca  de  88%  no  estado  do  Paraná,  a comercialização permaneceu lenta nesta sexta-feira.  Nos  Campos  Gerais,  compradores  a  R$  90,00,  onde  a maioria  dos  lotes  se  encontra  acima  de  R$  93,00”, indica. 

“Indicações  de  R$  88,00  foram  ouvidas  em  diversas regiões, como sudoeste, norte e extremo oeste, o que não  despertou  atenção  do  produtor.  No  porto,  para 2022, tradings buscam milho entre R$ 72,50 para um vencimento julho até R$ 74,90 para outubro”, conclui. 

Fonte: Agrolink - Leonardo Gottems

Imagem: Eliza Maliszewski

Segunda, 25 de Outubro de 2021
Ministério volta a afirmar que horário de verão não gera economia de energia
Ministério volta a afirmar que horário de verão não gera economia de energia Fonte: Canal Rural

Um novo estudo encomendado pelo Ministério de Minas e Energia reitera avaliação anterior de que a adoção de horário de verão não resulta em “economia significativa de energia”, e que as medidas adotadas pelas autoridades do setor são suficientes para garantir o fornecimento de energia.

Em nota, o ministério informa que “considerando análises técnicas devidamente fundamentadas, o MME entende não haver benefício na aplicação do horário de verão e que as medidas tomadas pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) e pela Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (CREG) têm se mostrado suficientes para garantir o fornecimento de energia elétrica ao Sistema Interligado Nacional de energia elétrica (SIN) na transição do período seco para o período úmido”.

De acordo com a pasta, a aplicação do horário de verão “não produz resultados na redução do consumo nem na demanda máxima de energia elétrica ou na mitigação de riscos de déficit de potência. Além disso, na avaliação mais recente das condições de atendimento eletroenergético do SIN, realizada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para este mês de outubro, verifica-se que o sistema se encontra com recursos energéticos suficientes para o adequado atendimento à potência”.

O MME acrescenta que, segundo os novos estudos, a redução observada no horário de maior consumo (entre as 18 e 21h) acaba sendo compensada pelo aumento da demanda em outros períodos do dia, em especial no início da manhã. “Pelas prospecções realizadas pelo ONS, não haveria impacto sobre o atendimento da potência, pois o horário de verão não afeta o consumo no período da tarde, quando se observa a maior demanda do dia”, complementa a nota.

Fonte: Canal Rural – Agência Brasil

Segunda, 25 de Outubro de 2021
Grandes bancos começam semana do Copom vendo alta de até 1,50 p.p. da Selic
Grandes bancos começam semana do Copom vendo alta de até 1,50 p.p. da Selic Fonte: Noticias Agrícolas

A semana da decisão de política monetária do Banco Central brasileiro começa com mais instituições financeiras prevendo aceleração no ritmo de aumento dos juros, à medida que investidores veem desancoragem das perspectivas inflacionárias em meio à desvalorização cambial e ao cenário geral de incerteza.

O Bacen divulga ainda na manhã desta segunda-feira a atualização semanal do relatório Focus, que deve trazer estimativas mais altas para o juro.

"O Banco Central vai se deparar com diversos desafios, vindos da piora do debate fiscal, do cenário externo mais desafiador e das pressões altistas sobre a inflação. Nesse cenário, o Copom deve alterar o ritmo de alta da Selic da próxima semana", disse em nota o departamento econômico do Bradesco, que vê acréscimo de 1,25 ponto percentual da Selic na quarta-feira, para 7,50% ao ano.

Na noite de sexta-feira, o Goldman Sachs divulgou relatório no qual previu que o Bacen elevará os juros em "pelo menos" 1,25 ponto percentual, dados os recentes desenvolvimentos macrofinanceiros "muito significativos", levando a Selic a um patamar "modestamente acima do neutro".

"Além disso, avaliamos uma probabilidade de 33% de uma alta maior da Selic, de 150 pontos-base. A divulgação do IPCA-15 de outubro na véspera da decisão e condições de mercado no início da semana devem ter repercussão na magnitude da resposta de política monetária do Copom", disse Alberto Ramos, diretor de pesquisa econômica para a América Latina do banco.

A XP se juntou ao time que enxerga aperto monetário ainda mais agressivo pelo BC, de 1,50 ponto percentual. Ao fim do ciclo, a casa estima que a Selic estará em 11% ao ano, ante taxa de 6,25% atualmente.

"Em nossa opinião, estamos observando uma mudança de regime na condução da política fiscal, e não 'apenas' uma piora na margem", afirmou em nota Caio Megale, economista-chefe da XP, que prevê outra alta de 1,50 ponto no encontro do Copom de dezembro.

"Apesar de não projetarmos convergência da inflação à meta no horizonte relevante, o aperto mais intenso da política monetária será importante para evitar uma desancoragem maior das expectativas", disse.

"Além disso, destacamos que a deterioração do quadro fiscal levará a aumento expressivo do juro neutro na economia brasileira (para além dos 3% estimados atualmente pelo Banco Central)."

O Barclays também passou a ver elevação dos juros de 1,50 ponto percentual. Seria a maior alta da taxa desde 14 de outubro de 2002, quando o Bacen promoveu um choque de 3 pontos percentuais na taxa básica (de 18% para 21%) pouco mais de uma semana depois do primeiro turno das eleições daquele ano, que sagraram Luiz Inácio Lula da Silva como presidente da República.

O Barclays fala em "incerteza em espiral" para justificar a mudança de prognóstico. "Além disso (mais gasto para Auxílio Brasil e ruído sobre precatórios), uma possível extensão do auxílio emergencial que expira neste mês e crescentes pressões por subsídios aos combustíveis para caminhoneiros em meio a ameaças de greves nacionais podem aumentar o nervosismo do mercado", disse o banco em relatório.

O UBS BB também espera mais 1,50 ponto percentual de juros nesta semana e também em dezembro, com mais aperto contratado para o começo de 2022. Com isso, a taxa básica concluiria o ano que vem em 10,25% nominal, maior patamar desde julho de 2017 e 825 pontos-base acima da mínima histórica de 2% que vigorou entre agosto de 2020 e março de 2021.

Ainda na quinta, o Morgan Stanley elevou a 125 pontos-base o prognóstico de aperto monetário na próxima reunião do Copom. Para a instituição financeira, "125 pontos-base agora são os novos 100 pontos-base" --referindo-se à indicação do BC de não antecipar aumentos de forma agressiva.

A magnitude de aumento de 125 pontos-base para a próxima semana agora é prevista também pelo Credit Suisse, que calcula ainda outra elevação de 125 pontos-base em dezembro e mais duas altas adicionais no começo de 2022 --a primeira de 100 pontos-base e a segunda de 75 pontos-base, levando a Selic a 10,5% ao fim do ano que vem.

A mudança de cenário pelo JPMorgan foi a primeira a fazer preço no mercado. O banco elevou na quinta-feira a 125 pontos-base sua projeção de adição da taxa Selic pelo Banco Central em cada uma das próximas duas reuniões do Copom, com o BC forçado a acelerar o ritmo de aperto monetário devido à deterioração do balanço de riscos para os preços.

Fonte: Noticias Agrícolas - Reuters

Segunda, 25 de Outubro de 2021
Falta de defensivos e fertilizantes agrícolas é estrutural, dizem especialistas
Falta de defensivos e fertilizantes agrícolas é estrutural, dizem especialistas Fonte: Canal Rural

O diretor do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas do Ministério da Agricultura, Carlos Goulart, disse que uma das estratégias do governo para lidar com uma possível falta de defensivos agrícolas em safras futuras é antecipar pedidos de registro de novos fornecedores na Anvisa.

Segundo o que Reginaldo Minaré, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), afirmou aos deputados da Comissão de Agricultura da Câmara nesta sexta-feira, 22, a falta de defensivos e de fertilizantes é inédita em 25 anos e deve perdurar.

De acordo com Carlos Goulart, não há perspectiva de carência de fertilizantes para a safra de verão, mas existe risco para as próximas safras.

Ele explicou que existem problemas ligados à melhora dos números da pandemia de Covid-19 e o aumento global de consumo de energia, problemas políticos com grandes produtores como a Bielorrússia, e até o alagamento de minas de potássio no Canadá. O Brasil importa 85% do trio potássio, nitrogênio e fósforo, usados na composição dos fertilizantes denominados NPK.

Defensivos

No caso dos defensivos, além da aceleração de registros, o governo pretende conversar com as autoridades chinesas para que o país priorize as remessas de glifosato para o Brasil. Isso porque o Brasil precisa deste insumo para ter produtos agrícolas para exportar para a China. Por esse motivo, Carlos Goulart afirma que está em negociação uma cooperação técnica entre China e Brasil para a redução da nossa dependência em fertilizantes:

“A China tem interesse de que não falte também insumos para o Brasil porque é uma cadeia interdependente. Ela produz insumos que são trazidos para o Brasil e que são convertidos em produção agrícola. Isso é revertido para o Brasil, gerando excedente grande. Excedente que é majoritariamente destinado à própria China.”

O deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), autor do requerimento para a audiência, sugeriu que a comissão acompanhe de perto a negociação com a China:

“No curto prazo já é difícil. E se errarmos, o médio e o longo também não vão acontecer. Isso não é de agora. O Brasil tem uma característica. Não somos um país proativo, somos reativos. A gente corre atrás quando a coisa já está caindo. E a pandemia apurou uma série de processos que todos relataram aqui”, disse.

Para Reginaldo Minaré, da CNA, também é preciso estimular a produção de fertilizantes orgânicos baseados em excrementos de porco e até de algas.

A diretora do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal, Eliane Kay, disse que a situação de crise tende a continuar porque a China, maior produtora de fósforo amarelo, base de vários defensivos, se comprometeu a reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Esse compromisso levou a metas de redução de consumo de energia em algumas regiões de até 90%.

Fonte: Canal Rural – Agência Câmara

Segunda, 25 de Outubro de 2021
Convênio entre ABPA & Apex-Brasil projeta US$ 3,5 bilhões em exportações de aves e suínos
Convênio entre ABPA & Apex-Brasil projeta US$ 3,5 bilhões em exportações de aves e suínos Fonte: Safras & Mercado

     Os presidentes da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Augusto Pestana, assinaram nesta quarta-feira (20) um novo convênio setorial para promoção das exportações da avicultura e da suinocultura do País.

     O convênio é válido até 2023 e contemplará mentoria técnica e apoio para campanhas de imagem, workshops com stakeholders e ações especiais em feiras de diversos mercados-alvo para os setores exportadores de carne de frango, carne suína, carne de pato, ovos e material genético avícola.

     As perspectivas de negócios gerados apenas em ações em grandes feiras de alimentos apoiadas pelo convênio superam US$ 3,5 bilhões, conforme projeções da ABPA com base em convênios anteriormente firmados com a Apex-Brasil.

     Já em impactos diretos aos consumidores, os dados são ainda mais impressionantes.  Apenas duas ações realizadas pela parceria ABPA & Apex-Brasil nos mercados da Coreia do Sul e Japão em 2021 alcançaram cerca de 100 milhões de visualizações.

     De acordo com o presidente da ABPA, Ricardo Santin, o convênio alcança resultados que superam a geração de divisas para o País.  “Falamos de impactos diretos na geração de emprego e renda para a população.  Mais exportações significam mais investimentos e recursos circulando nos pólos onde as indústrias estão instaladas, no interior do País.  É um enorme impacto social”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

     Para o Presidente da Apex, Augusto Pestana, “a parceria entre Apex-Brasil e ABPA é mais um impulso estratégico para que o setor exportador de carne de frango, carne suína, ovos, material genético de aves e carne de pato siga conquistando novos mercados, por meio da promoção comercial, do trabalho de inteligência e da articulação com os Ministérios das Relações Exteriores e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.” As informações partem da assessoria de imprensa da ABPA.

Fonte: Safras & Mercado - Arno Baasch

Segunda, 25 de Outubro de 2021
Área preservada no meio rural é de 282,8 milhões de hectares
Área preservada no meio rural é de 282,8 milhões de hectares Fonte: Agrolink

Um estudo feito pela Embrapa Territorial, com base no geoprocessamento dos dados do Censo Agropecuário 2017 e do Sistema Nacional do Cadastro Ambiental Rural (SiCAR) de 2021, dá a dimensão da preservação no meio rural. Segundo o levantamento as áreas dedicadas à preservação da vegetação nativa pelo mundo rural somam 282,8 milhões de hectares e representam 33,2% do território brasileiro. 

Desde 2016, a Embrapa Territorial desenvolve e aprimora métodos para quantificar o papel da agropecuária na preservação da vegetação nativa, em áreas de preservação permanente, reserva legal e vegetação excedente. Os estudos são feitos com o geoprocessamento dos dados cartográficos sobre a vegetação nativa, registrados pelos próprios produtores rurais sobre imagens de satélites no CAR, uma exigência do Código Florestal Brasileiro.

No entanto, muitos imóveis rurais ainda não se registraram no CAR. O novo estudo utilizou os dados georreferenciados do Censo Agropecuário 2017 como um complemento, para obter o volume de terras dedicadas à preservação nesses casos. O Censo Agropecuário do IBGE de 2017 incluiu as coordenadas geográficas dos estabelecimentos agropecuários visitados pelos recenseadores, bem como os trajetos por eles percorridos. “Dispor das coordenadas geográficas de quase 6 milhões de estabelecimentos agropecuários permitiu quantificar, em 2021, quem ainda não se cadastrou no CAR e identificar os padrões de sua repartição territorial”, informa o chefe-geral da Embrapa Territorial, Evaristo de Miranda, coordenador da pesquisa.

Estabelecimentos sem CAR

A Embrapa Territorial cruzou as coordenadas geográficas de 5.063.771 estabelecimentos agropecuários do Censo 2017 com os perímetros de 5.953.139 imóveis registrados no CAR até fevereiro de 2021 e identificou 1.885.955 estabelecimentos sem cadastro no SiCAR.

Com os dados médios de vegetação nativa levantados pelo Censo do IBGE, a Embrapa Territorial estimou em 55.443.219 de hectares as áreas dedicadas à preservação nos estabelecimentos não registrados no SiCAR. Isso equivale a 6,5% do território nacional. Já as áreas mapeadas pelos produtores no CAR até fevereiro de 2021, como dedicadas à vegetação nativa, chegam a 227.415.630 hectares ou 26,7% do Brasil. A soma desses dois números resulta em um terço do território brasileiro destinado à preservação pelo mundo rural, a maioria em terras privadas.

O cadastramento no CAR exige acesso à internet, conhecimentos de geoprocessamento e suporte técnico. A análise da repartição espacial dos produtores não registrados no CAR pela Embrapa mostra sua concentração na Amazônia, no semiárido Nordestino e em locais de agricultura familiar. A pesquisa indica, por município, o avanço da informatização e da conexão no campo e os locais onde isso ainda não ocorreu. “No CAR é o produtor quem vai em direção ao Estado registrar seus dados. No Censo Agropecuário, é o Estado quem envia seus recenseadores em direção do produtor, onde quer que ele esteja”, explica Miranda. O pesquisador acrescenta que “os novos métodos de integração do Censo com o CAR permitem uma compreensão inédita da territorialidade da agricultura brasileira, de sua produção e de seus serviços ambientais, ao destinar à preservação da vegetação uma área equivalente a um terço do território nacional”.

Materiais 

No site, além do detalhamento de todo o trabalho, está disponível um painel dinâmico. Nele, o usuário pode visualizar números, mapas e gráficos e fazer o download dos dados referentes às áreas dedicadas à preservação da vegetação nativa nos imóveis rurais do CAR por município, estado ou região. É possível também, utilizar como recorte territorial os biomas brasileiros. A página apresenta, ainda, dois pôsteres preparados pela equipe da Embrapa Territorial: um com o resumo das áreas protegidas no Brasil e no mundo e outro com as áreas preservadas pelo mundo rural brasileiro. Ambos para download em alta resolução.

* informações da Embrapa

Fonte: Agrolink - Eliza Maliszewski

Imagem:  Joaquim Bezerra