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Quarta, 20 de Outubro de 2021
Brasil e Colômbia firmam acordo para melhorar cooperação técnica na agropecuária
Brasil e Colômbia firmam acordo para melhorar cooperação técnica na agropecuária Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil e o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural da Colômbia assinaram nesta terça-feira (19) um Memorando de Entendimento para fortalecer a  cooperação técnica em diversas áreas da agricultura, pecuária, aquicultura e pesca entre os dois países. O documento foi assinado pela ministra brasileira, Tereza Cristina, e o ministro colombiano, Rodolfo Enrique Zea Navarro, em cerimônia realizada no Palácio do Planalto, com a presença dos presidentes Jair Bolsonaro e Ivan Márquez. 

O memorando prevê o intercâmbio de informações técnicas e estatísticas e a criação de vínculos entre as duas administrações públicas. Também estão previstas a realização de visitas técnicas e workshops, de programas de capacitação e publicação conjunta de materiais técnicos informativos.  

Segundo a ministra, o Memorando vai propiciar que o Brasil conheça melhor a experiência colombiana no fortalecimento da cadeia de valor de setores importantes como o do cacau. O lado colombiano, por sua vez, se beneficiará da experiência brasileira em políticas e instrumentos de apoio à agricultura familiar, assistência técnica e regularização fundiária, entre outros temas importantes para seu desenvolvimento rural.

Os dois países também assinaram uma "carta de intenção" para que as autoridades sanitárias do Brasil e da Colômbia possam trabalhar conjuntamente na adoção da certificação sanitária eletrônica para produtos agropecuários. Os dois países também estão avançando no estabelecimento de um mecanismo de consultas regulares sobre temas sanitários e fitossanitários, com o objetivo de facilitar o comércio bilateral.

Tereza Cristina lembrou que Brasil e Colômbia já têm uma boa relação no setor do agronegócio, mas que o comércio agrícola bilateral ainda é pouco expressivo. “Hoje, estamos dando importantes passos no sentido de ampliar as possibilidades de comércio e cooperação. Estou certa de que essas iniciativas vão gerar resultados positivos, incluindo o aumento da corrente de comércio entre nossos países”, disse.

Em 2020, as exportações de produtos agropecuários do Brasil para a Colômbia foram de cerca de US$ 400 milhões e o Brasil importou da Colômbia menos de US$ 100 milhões. Também há concentração de produtos no comércio entre os dois países.  

À tarde, o ministro Navarro visitou a sede do Ministério da Agricultura, onde pôde conhecer o Observatório da Agropecuária Brasileira, além de informações sobre a produção, as políticas de crédito e de preservação ambiental do setor.  

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Quarta, 20 de Outubro de 2021
MAPA solicita suspensão da produção de carne bovina para exportação rumo à China
MAPA solicita suspensão da produção de carne bovina para exportação rumo à China Fonte: Noticias Agrícolas

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) solicitou por meio de ofício-circular que os frigoríficos habilitados a exportar carne bovina para a China suspendessem novas produções que seriam embarcadas ao gigante asiático. A medida foi divulgada na terça-feira (19) por meio de ofício-circular enviado aos chefes dos Serviços de Inspeção de Produtos de Origem Animal, a Coordenação-Geral de Inspeção e a Coordenação-Geral de Controle e Avaliação do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal.

Segundo o documento, fica autorizado temporariamente, pelo período de 60 dias, "que os estabelecimentos fabricantes e processadores e carne bovina habilitados a exportar para a China realizem a estocagem de produtos bovinos congelados, fabricados anteriormente à suspensão da certificação sanitária internacional de produtos para a China em 04/09/2021 com destino a este mercado, em contêineres dotados de equipamentos geradores de frio, nos pátios internos de estabelecimentos habilitados à exportação para China".

A circular também pontua que não está autorizado "o armazenamento dos produtos em contêineres: nas áreas externas dos estabelecimentos habilitados (fora do perímetro industrial); em estabelecimentos sob SIF não habilitados à exportação para China, inclusos entrepostos de produtos de origem animal; ou em terminais de contêineres ou quaisquer outras localidades similares".

A decisão foi tomada devido à demora do Governo Brasileiro em obter uma resposta do Governo Chinês a respeito do ´possível retorno das compras de carne bovina brasileira após a identificação de dois casos atípicos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), também conhecido como doença da "vaca louca". 

Dois casos da doença foram confirmados pelo Mapa em 4 de setembro deste ano, sendo um animal identificado com a patologia em Minas Gerais e outro no Mato Grosso, e o Ministério decidiu, voluntariamente, suspender as exportações para o gigante asiático. 

No dia 6 de setembro, A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês) emitiu relatório declarando como encerradas as investigações sobre os casos da doença no Brasil. À época, o Mapa informou por meio de nota que em nota, que "esses casos foram concluídos por não representarem risco para a cadeia de produção bovina do país", e que "não justifica qualquer impacto no comércio de animais e seus produtos e subprodutos". 

Fonte: Noticias Agrícolas - Letícia Guimarães

Quarta, 20 de Outubro de 2021
Ritmo de negócios no milho deve seguir calmo no Brasil
Ritmo de negócios no milho deve seguir calmo no Brasil Fonte: Safras & Mercado

 O mercado brasileiro de milho deve registrar negócios calmos nesta quarta-feira, em meio ao interesse limitado por parte dos consumidores. Com maiores ofertas no cenário doméstico, os preços devem manter o viés baixista.

     Ontem (20), o mercado brasileiro de milho não apresentou grandes mudanças nas cotações, mas o viés mostra-se de baixa. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o mercado ainda se depara com perspectiva de queda no curto prazo, o que é evidenciado pelo avanço da oferta em grande parte do país. “Os consumidores conseguem avançar em suas posições no decorrer da semana”, comenta.

     No Porto de Santos, o preço ficou na faixa de R$ 87,50 a R$ 91,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 87,20/90,00.

     No Paraná, a cotação ficou em R$ 89,50/91,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 87,00/90,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 91,00/92,00 a saca.

     No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 89,00/91,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 89,00/91,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 81,80/R$ 83,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 76,00/78,00 a saca em Rondonópolis.

CHICAGO

* Os contratos com entrega em dezembro de 2021 operam com ganho de 4,25 centavos em relação ao fechamento anterior, ou 0,80%, cotada a US$ 5,34 1/2 por bushel.

* O mercado chegou a registrar perdas mais cedo, mas reagiu e se firmou no território positivo. O cereal busca uma recuperação frente às perdas de ontem.

* Ontem (19), os contratos de milho com entrega em dezembro fecharam a US$ 5,30 1/4 por bushel, baixa de 2,50 centavos de dólar, ou 0,46%, em relação ao fechamento anterior.

CÂMBIO

*O dólar comercial registra baixa de 0,12% a R$ 5,5880. O Dollar Index registra ganho de 0,08% a 93,81 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia encerraram mistas. Xangai, -0,17%. Tóquio, +0,14%.

* As principais bolsas na Europa registram índices firmes. Paris, +0,04%. Londres, +0,06%.

* O petróleo opera em baixa. Dezembro do WTI em NY: US$ 81,53 o barril (-1,10%).

AGENDA

– A posição dos estoques de petróleo dos EUA até sexta-feira da semana anterior será publicada às 11h30min pelo Departamento de Energia (DoE).

– O Livro Bege, relatório com uma avaliação da situação econômica, será publicado às 15h pelo Federal Reserve.

– Resultados de produção e vendas da Petrobras no 3 trimestre, no final do dia.

—–Quinta-feira (21/10)

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30min.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

—–Sexta-feira (22/10)

– Japão: O índice de preços ao consumidor de setembro será publicado às 20h30 pelo Ministério de Assuntos Internos e Comunicação.

– Atualização da evolução das lavouras argentinas e levantamento mensal – Ministério da Agricultura, na parte da manhã.

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso – IMEA, na parte da tarde.

– Evolução do plantio de soja no Brasil – SAFRAS & Mercado, na parte da tarde.

Fonte: Safras & Mercado - Arno Baasch

Quarta, 20 de Outubro de 2021
China intensifica inspeções sobre exportações e pode agravar choque de oferta nos insumos
China intensifica inspeções sobre exportações e pode agravar choque de oferta nos insumos Fonte: Noticias Agrícolas

Fontes ouvidas pela agência internacional de notícias Bloomberg afirmaram que algumas cargas de fertilizantes da China, prontas para serem embarcadas, estão passando por inspeções adicionais ou precisando de novos certificados de exportação para poderem, efetivamente, serem exportadas. O mercado continua especulando como estas restrições que têm sido impostas pelo governo chinês poderiam culminar em uma restrição ainda mais severa nas exportações do país, agravando esse choque de insumos pelo qual passa o mundo. 

Ainda segundo os profissionais ouvidos pela Bloomberg, estes volumes de insumos poderiam ser redirecionados para o mercado internacional, o que, mesmo que indiretamente, atende um dos objetivos do governo chinês que é o de proteger o mercado local. 

No último dia 15 de outubro, a Adminsitração Geral das Alfândegas da China trouxe um comunicado informando que as inspeções sobre os fertilizantes já estaria em vigor, contabilizando 29 produtos, entre eles: ureia, DAP, MAP, NPK, NP / NPS, MOP, SOP, cloreto de amônio e fertilizantes de nitrato de amônio. Diante disso, os preços internacionais - e consequente os formados para os produtores rurais brasileiros - seguem encontrando espaço para altas que parecem não encontrar um teto.

O gráfico abaixo, da Bloomberg, mostra o comportamento dos preços da ureia nos últimos meses. 

"Existe um risco, mas não é nada confirmado. Algumas matérias-primas podem ser mais afetadas que outras", explica o analista de fertilizantes da Agrinvest Commodities, Jeferson Souza. Ele explica ainda que a China segue fazendo alguns negócios, mas com volumes menores do que o que se observava e os reflexos já começam a aparecer de forma bastante clara, como uma alta, somente do MAP, de US$ 40,00 por tonelada em apenas uma semana. "Provavelmente, os embarques começarão a cair para os próximos meses, apertando ainda mais o balanço global", complementa.

Souza ainda destaca a importância do monitoramento das ações da China sobre o sulfato de amônio, que não aparecia na lista da última sexta. "Outro ponto importante, para nós, é o sulfato de amônio, já que 75% das nossas importações são de origem chinesa", diz. "Além disso, o crescimento em relação ao ano passado foi de 65%, ilustrando a crescente demanda brasileira por fertilizantes". 

Em 28 de setembro, o Notícias Agrícolas já havia trazido a informação de que as exportações de fertilizantes da China poderiam ser interrompidas a pedido da comissão reguladora do país, ou NDRC (National Development and Reform Comission) na sigla em inglês, intensificando as preocupações do mercado. 

E embora haja preocupações em outras partes do globo - como Canadá, Estados Unidos e Bielorússia - quando o assunto não só os fertilizantes, mas também os defensivos - em especial o glifosato - a China acaba no centro das discussões, uma vez que é o maior produtor e exportador global destes produtos. 

Ainda de acordo com a Agrinvest, "aproximadamente 29% de todo nitrogenado produzido no mundo possui origem chinesa. Para os fosfatados, o percentual é ainda maior, cerca de 39%, e o cloreto de potássio, 13%. O protagonismo da China nas exportações só não é maior pelo fato do país ser também o maior consumidor mundial de fertilizantes", explica Souza. 

Em entrevista no programa Conexão Campo e Cidade, nesta segunda-feira (18), o vice-presidente da Mosaic Fertilizantes, explicou que embora as incertezas agora rondem os mercados e preocupem os produtores brasileiros, o abastecimento deverá se mostrar garantido até o final do ano. 

"Está previsto que cerca de 45 milhões de toneladas de fertilizantes sejam entregues até o fim do ano, um novo recorde para o setor. Sendo assim, não acreditamos que haverá falta de fertilizantes para a safra. No entanto, pode ser que os produtores encontrem grandes dificuldades para obter defensivos agrícolas, em especial o glifosato", disse. 

Mais do que para esta temporada, no entanto, os desafios deverão ser ainda maiores para a safra 2022/23. "Os preços dos fertilizantes no Brasil não param de subir, teremos um grande desafio para a safra de soja 22/23. A relação da oleaginosa X MAP continua subindo, ou seja, queda no poder de compra do produtor brasileiro", conclui o analista. 

Como explicou o traders da mesa de operações do Rabobank, Victor Ikeda, em entrevista ao Notícias Agrícolas, o produtor brasileiro tem, nos últimos anos, antecipado de forma considerável suas compras de insumos, de forma a garantir parte da proteção de suas margens. 

"Os preços dos fertilizantes, que estão na pauta, tiveram um aumento significativo nos últimos meses. O MAP está praticamente o dobro do que estava no mesmo período do ano passado, o cloreto de potássio, o triplo. Eu acredito que a safra 2022/23 vai ser uma safra em que a comercialização como forma de proteção de margem porque está sendo formada com custos mais altos. É muito importante casar a compra  dos insumos e a venda da sua produção para entender como estarão suas relações de troca", orienta o representante do Rabobank. 

EFEITO CASCATA

A preocupação dos produtores com a adubação da próxima temporada já é grande e também se reflete no mercado. E o temor maior se dá sobre a oferta restrita de cloreto de potássio e seu impacto sobre o rendimento da soja e do milho. 

"Caso ocorra o racionamento na oferta de Cloreto de Potássio e, consequentemente, a queda na
adubação, tanto a produtividade da soja quanto a do milho podem ser afetadas, já que o potássio
é um nutriente essencial para as duas culturas", afirma o analista da Agrinvest. "Estudos apontam que a deficiência do nutriente pode provocar inúmeras reações no desenvolvimento vegetativo e reprodutivo da soja, inclusivediminuindo a tolerância aos estresses bióticos. De acordo com a Embrapa, a soja necessita de 38 Kg de K2O para produzir uma tonelada de grão, sendo o potássio o segundo macronutriente mais extraído pela cultura".

E essa restrição de oferta se dá porque a produção do KCl está na concentrada entre poucos fornecedores no mundo. A Bielorússia responde por 18% da produção global e, por lá, seguem graves os desentendimentos geopolíticos. E em 2020, 24,3% do cloreto de potássio que chegou aos portos brasileiros teve origem bielorussa. 31% vieram do Canadá e 21% da Rússia.  

Dados apurados pela Agrinvest mostram que, atualmente, a relação de troca da soja para o cloreto de potássio está em 32 sacas - referência porto de Paranaguá - contra 14,32 sacas na primeira semana de setembro do ano passado. As relações para o MAP também superam o intervalo histórico e passa de 30 sacas por tonelada do fertilizante, contra 27 de 2020. No superfosfato simples são 14 sacas contra nove/tonelada na comparação anual. 

Para o milho safrinha 2022, o quadro é bastante semelhante. No KCl, a relação de troca, em um ano, subiu de 52 para 79 sacas por tonelada no final do terceiro trimestre deste ano. Para a ureia, o que eram 51 sacas por tonelada no começo de outubro de 2020 passaram a 83 em outubro deste ano, um aumento de 42,33%. 

"Deste modo, verifica-se que as relações de troca para os fertilizantes permanecem atingindo os maiores recordes já registrados, gerando tensão na cadeia produtiva destes insumos", explica o analista."O mercado está aquecido para a próxima temporada. O risco da falta de fertilizantes preocupa o produtor e leva o posicionamento antecipado, do lado dos fornecedores muitos estão cautelosos em fechamentos futuros, inclusive se mostram "fora do mercado" para a próxima temporada".

CRISE DOS INSUMOS X CRISE ECONÔMICA GLOBAL

O choque de oferta nos insumos que, como é sabido, vai muito além dos fertilizantes e defensivos e dos impactos para a produção agrícola mundial, já respinga na retomada econômica global e pode ter consequências bastante sérias, como explica Eduardo Lima Porto, diretor da consultoria LucrodoAgro. 

"Aconteceu exatamente a mesma coisa em 2008, algumas semanas antes da quebra do Lehman Brothers. O governo chinês contingenciou os embarques de fertilizantes e, meses depois, autorizou exportações apenas em embalagens de 10kg. Foram de três a quatro meses para que voltasse à normalidade", diz. "É a repetição de um ciclo". 

Lima Porto afirma ainda que "estamos em plena crise" e que seus efeitos se tornam ainda mais difíceis de serem controlados. "O quantative easing dos EUA não funciona mais. Temos ativos e commodities inflacionados por conta das distorções monetárias e por um excesso de alavancagem. Assim, a magnitude desta bolha é muito maior do que a de 2008. Bolha esta que quase estourou na semana passada. Mas, não deverá  demorar mais do que seis meses para que aconteça. E qualquer evento, como um conflito bélico, por exemplo, poderá acelerar o quadro".

Fonte: Noticias Agrícolas - Carla Mendes

Quarta, 20 de Outubro de 2021
Dólar aproxima-se de R$ 5,60 com possível criação de Auxílio Brasil
Dólar aproxima-se de R$ 5,60 com possível criação de Auxílio Brasil Fonte: Agência Brasil

Num dia de incertezas em relação à criação do Auxílio Brasil, o dólar aproximou-se de R$ 5,60 e fechou no maior valor em seis meses. A bolsa de valores teve forte recuo e atingiu o menor nível em 12 dias.

O dólar comercial encerrou esta terça-feira (19) vendido a R$ 5,594, com alta de R$ 0,073 (+1,33%). A cotação chegou a R$ 5,61 na máxima do dia, por volta das 16h, mas desacelerou um pouco após o adiamento da cerimônia em que seria anunciada a criação do auxílio.

A moeda norte-americana está no maior valor desde 15 de abril, quando tinha fechado vendida a R$ 5,628. Com o desempenho de hoje, a divisa acumula alta de 2,72% em outubro. Em 2021, a valorização chega a 7,81%.

Com a deterioração do mercado, o Banco Central (BC) mudou a forma de intervenção no câmbio. Pela primeira vez desde março, a autoridade monetária vendeu dólares diretamente das reservas internacionais. Ao todo, foram leiloados US$ 500 milhões para segurar a cotação. Nas últimas semanas, o órgão vinha leiloando contratos de swap, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro.

No mercado de ações, a sessão também foi tensa. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 110.673 pontos, com recuo de 3,28%. Esse foi o segundo dia seguido de queda. O indicador acumula perda de 7,01% no ano.

Entenda

O Auxílio Brasil, que pretende substituir o Bolsa Família, tem três modalidades de benefício básico: para primeira infância, para famílias com jovens de até 21 anos de idade e para a complementação para famílias que não conseguirem sair da extrema pobreza mesmo após receber os benefícios anteriores.

Além do benefício básico, o programa social terá seis benefícios acessórios, que poderão se somar ao valor recebido. Eles funcionarão como bônus para quem se cumprir determinados requisitos adicionais.

Ao anunciar o programa, o presidente prometeu um aumento de, no mínimo, 50% no valor médio do Bolsa Família, que atualmente é de R$ 189. Ou seja, o valor pago no novo benefício seria de, pelo menos, R$ 283,50.

Além do teto de gastos, a aprovação do Auxílio Brasil depende da aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que permite o parcelamento dos precatórios (dívidas judiciais reconhecidas definitivamente pela Justiça). No entanto, os investidores entenderam que a inclusão de exceções ao teto afrouxaria as regras fiscais, ameaçando a retomada do equilíbrio das contas públicas.

Além disso, existe o receio de que o Congresso Nacional modifique a medida provisória que criou o Auxílio Brasil, editada em agosto, e amplie ainda mais os gastos públicos. O texto está em tramitação na Câmara dos Deputados.

Fonte: Agência Brasil - Wellton Máximo

Imagem: exame.com

Terça, 19 de Outubro de 2021
Plano ABC+ pretende reduzir emissão de carbono em mais de 1 bilhão de toneladas
Plano ABC+ pretende reduzir emissão de carbono em mais de 1 bilhão de toneladas Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Reduzir a emissão de carbono equivalente em 1,1 bilhão de toneladas no setor agropecuário é a meta definida pelo Plano Setorial de Adaptação e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária, chamado de ABC+, para o período de 2020 – 2030. O valor é sete vezes maior do que o plano definiu em sua primeira etapa na década passada. Já, em área, o ABC+ tem como meta atingir com tecnologias de produção sustentável 72,68 milhões de hectares (pouco mais do que duas vezes o tamanho do Reino Unido); ampliar o tratamento de 208,4 milhões de metros³ de resíduos animais e abater 5 milhões de cabeças de gado em terminação intensiva. 

“Temos uma das mais ambiciosas políticas públicas da agropecuária do mudo, que traça metas ousadas para aprimorar a sustentabilidade da produção brasileira ao longo da próxima década e manter o agro na vanguarda dos esforços de enfrentamento da mudança do clima”, disse a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina, no lançamento das novas metas.  

A política pública é única no mundo em seu escopo, abrangência e alcance. Com base em comprovações científicas, a atuação do ABC+ foi ampliada em metas ambiciosas para os próximos 10 anos. Afinal, a agropecuária brasileira, comprovadamente, pode auxiliar no combate ao aquecimento global. 

“A agropecuária brasileira é parte da solução. Feita com bases tecnológicas e em sistemas sustentáveis, ela pode ser descarbonizante. O futuro é isso. E, por isso, o plano se chama mais (+)”, destaca a diretora do Departamento de Produção Sustentável e Irrigação do Ministério da Agricultura, Mariane Crespolini. 

O plano ABC+ é a segunda etapa do Plano ABC, que foi realizado entre 2010 e 2020 e comprovou resultados para além do previsto, mitigando cerca de 170 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente em uma área de 52 milhões de hectares, superada em 46,5% em relação à meta estabelecida. Vale ressaltar que os valores estabelecidos como meta para esta década são adicionais aos já atingidos pelo ABC, que devem ser mantidos.   

Para evoluir na conservação do meio ambiente enquanto produz, o ABC + não só incrementou as metas a serem atingidas para a mitigação de gases de feito estufa, como aprimorou o entendimento de que há que se trabalhar, também, com a resiliência dos recursos naturais. Afinal, os impactos da mudança climática já se fazem presentes e é preciso apresentar soluções com base científicas para este novo cenário, já que setor agropecuário é o mais vulnerável a essas alterações por ser uma indústria a céu aberto. 

Para isso, o foco é uma abordagem integrada da paisagem das áreas produtivas, o que consiste em olhar a propriedade não apenas como produtora de alimentos, mas levando em considerações toda a sua paisagem ao redor de forma sistêmica com o cumprimento ao Código Florestal; a saúde do solo; a conservação de água e de toda a biodiversidade. Assim, a abordagem integrada ainda possibilita a valoração econômica dos serviços ambientais gerados pelos ecossistemas durante a produção agropecuária e também se presta ao equacionamento do entendimento do ambiente rural, especialmente em relação ao ordenamento do território. 

É o que explica a coordenadora de Mudanças Climáticas, Florestas Plantadas e Agropecuária Conservacionista do Mapa, Fabiana Villa Alves. “Todas as tecnologias propostas no Plano ABC+ atendem o tripé da sustentabilidade em seu fator ambiental, social, econômico. Por isso, há o incentivo para uma maior produtividade com efeito poupa-terra”, declara ao reforçar o conceito de que não é preciso avançar em áreas para se produzir mais e melhor.  

O ABC+ será apresentado pelo Brasil durante a Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas (COP 26). "Iremos demonstrar todo o potencial da agropecuária brasileira como parte da solução e oferecer nossa experiência aos países de realidades semelhantes, com um chamamento a colaboração dos países industrializados por meio da cooperação internacional", disse Tereza Cristina. 

Tecnologias para produção sustentável 

A partir do conceito de paisagens integradas, é possível convergir, por exemplo, para que a criação bovina também contribua para a mitigação. A partir de suplementação da dieta do bovino com ração também é possível que ele atinja a idade e peso para abate antecipadamente, o que reduz ainda mais a quantidade de gases que os animais emitiriam se tivessem que alcançar tais medidas apenas com a pastagem. Isso ainda contribui para poupar a forrageira, revigorando a pastagem, que passa a captar e fixar o carbono no solo. 

Essa tecnologia, chamada de terminação intensiva, busca atingir 5 milhões de bovinos, a partir de técnica de confinamento ou semi-confinamento, característica da agropecuária tropical. O avanço na alimentação bovina, por exemplo ainda permite agregar à alimentação do gado ingredientes que influenciam na fermentação entérica do bovino, resultando em uma menor emissão de gases de efeito estufa. 

Com o uso de irrigação na agricultura nacional potencializa-se a fertirrigação e o aproveitamento de dejetos animais. Em síntese, a manutenção da umidade do solo aumenta o estoque de carbono, pois, solos ricos em matéria orgânica retém mais nutrientes, aumentando a produtividade, ao mesmo tempo em que sequestra e armazena carbono. A proposta de aplicação dessa tecnologia é em uma área de 3 milhões de hectares. 

Tanto a terminação intensiva quanto a irrigação são tecnologias que foram incorporadas ao ABC+, que ainda conta com a revisão das outras seis já implementadas na primeira fase do Plano. 

A possibilidade de se utilizar diferentes práticas para recuperar ou renovar uma pastagem com algum grau de degradação, o ABC+ amplia o escopo para 30 milhões de hectares com a capacidade produtiva das pastagens degradadas. As práticas para recuperação de pastagens degradadas buscam incrementar a produção da biomassa vegetal das forrageiras presentes, o que, em seguida, propicia ganhos na produção animal pelo manejo racional da pastagem formada.  

Outra tecnologia disponível no ABC+ é a plantação de florestas numa expansão de 4 milhões de hectares para o atendimento à recuperação de áreas ambientais e à produção comercial de madeira, fibras, alimentos, bioenergia e produtos florestais não madeireiros (látex, taninos, resinas e bioprodutos). O mercado de floresta plantada apresenta importante papel econômico e, principalmente, ambiental, diminuindo a pressão sobre as florestas nativas. Segundo a Indústria Brasileira de Árvores, para cada 1 hectare de floresta plantada, conserva-se aproximadamente 0,7 hectare de florestas naturais, já que funcionam como sumidouros de carbono pelo acréscimo de biomassa.

Ao sistema de plantio direto, foram adicionas as hortaliças, numa aposta de fortalecer a agricultura familiar. Em conjunto com o plantio direto de grãos, a proposta de expansão mira 12,5 milhões de hectares, que devem ser manejados a partir de princípios como o mínimo revolvimento do solo; cobertura permanente com plantas vivas ou palhada; e diversificação de plantas na rotação de cultivos, com adição de material orgânico vegetal.     

Uma solução a ser utilizada é o uso de microrganismos a partir de bioinsumos. Com importância crescente para a agropecuária nacional, a tecnologia coloca o Brasil como grande expoente nesse cenário, tanto que, em 2020, o Mapa lançou o Programa Nacional de Bioinsumos. 

Os microrganismos atuam não apenas para a fixação biológica de nitrogênio, mas também como promotores do crescimento de plantas, além de melhorar a fixação e ou disponibilidade de nutrientes no solo e como predadores naturais no controle biológico. A proposta de aplicação para essa tecnologia, até 2030, é de 13 milhões de hectares. 

Com o ABC+ ainda espera-se aumentar o voluma manejado de resíduos da produção de animais confinados, especialmente, suínos, bovinos e aves, potencializando a sinergia entre ganhos econômicos e ambientais nas propriedades rurais. O manejo de resíduos da produção animal engloba tecnologias para o tratamento de todos os tipos de resíduos oriundos da produção animal, como dejetos líquidos (compostos pela mistura de água de limpeza, fezes, urina e, restos de alimentos), camas, carcaças de animais mortos não abatidos e resíduos fisiológicos, entre outros, e adequada estabilização de seus efluentes. 

O tratamento de resíduos da produção animal é uma alternativa ao armazenamento em lagoas (esterqueiras), sistema altamente emissor de gases de efeito estudo, principalmente metano. A previsão do plano é que 208,4 milhões de m3 de resíduos de produção animal sejam tratados, volume correspondente a 27% do total de resíduos gerados por sistemas de produção pecuários. 

 

Benefícios ao produtor 

“A sustentabilidade era vista como um cobenefício há algum tempo, mas hoje é uma condição sine qua non para um caminho sem volta na agropecuária. Ao aumentar a sustentabilidade a partir do uso de tecnologias adequadas, consequentemente, se aumentará a produção”, defende o secretário de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação, Fernando Camargo. 

Além de promover sistemas produtivos mais adaptados à mudança do clima e que salvaguardam os recursos naturais, o Plano ABC fomenta um portfólio de tecnologias com sólido embasamento técnico-científico, que também considera aspectos econômicos e sociais.   

Ou seja, o sucesso do plano ABC e sua evolução para a produção nos próximos anos traz oportunidades de negócio para o produtor rural, aumentando a produtividade, reduzindo as perdas de produção, gerando empregos e melhorando a qualidade de vida no campo. 

Com o aumento da produtividade, o produtor se beneficia com a eficiência no uso dos recursos naturais, fatores quase que exclusivos para a produção no campo. É a partir deles, agregados a um sistema que mitiga ou neutraliza o carbono, que o produtor obtém reconhecimento e valorização do seu produto no mercado.   

Um exemplo já encontrado nos mercados nacionais é a carne carbono neutro. Produzida no Brasil, a proteína agrega em seu valor o fato de ter todo o metano emitido pelo bovino neutralizado em carbono equivalente durante o processo de produção pelo crescimento de árvores e da vegetação integrada à propriedade. 

Esse é o sistema integrado, que combina numa mesma área de criação animal, a pastagem e o componente florestal para sequestrem e fixem o carbono no solo. Até 2030, deve ser implementado em 0,10 milhão de hectares adicionais seja via Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) ou Sistemas Agroflorestais (SAF). 

Processo participativo 

A diretora Mariane Crespolini destaca que a difusão das tecnologias e o fortalecimento das ações serão trabalhados estrategicamente via assistência técnica e capacitação com o apoio dos entes federados. Os produtores ainda podem contar com um eixo de acesso a crédito e financiamentos via Programa ABC e outras linhas de crédito para a adoção e estímulo dos sistemas produtivos sustentáveis. 

Tanto a gestão quanto a operacionalização do ABC+ no território nacional envolvem a gestão efetiva do Mapa junto a grupos gestores estaduais, fortalecendo a estruturação de uma rede capilar de governança integrada à política nacional. Assim, o monitoramento e governança evoluem com a sistematização e avaliação dos resultados em sistema informatizado, que será retroalimentado com dados captados por satélites e drones, por exemplo. 

A cada dois anos, as metas e tecnologias serão revistas, podendo ser alteradas e novos sistemas acrescentados ao plano. As metas e as tecnologias definidas para o ABC+ receberam contribuições via consulta pública, realizada ao longo do mês de setembro de 2021. Foram cerca de 500 participações para a construção do Plano Setorial de Adaptação e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Terça, 19 de Outubro de 2021
Milho: B3 inaugura a terça-feira se mantendo levemente mais alta
Milho: B3 inaugura a terça-feira se mantendo levemente mais alta Fonte: Noticias Agrícolas

A terça-feira (19) começa com os preços futuros do milho novamente operando levemente mais altos na Bolsa Brasileira (B3) com as principais cotações, mais uma vez, buscando atingir os R$ 90,00 por volta das 09h21 (horário de Brasília).

O vencimento novembro/21 era cotado à R$ 89,87 com ganho de 0,35%, o janeiro/22 valia R$ 89,75 com elevação de 0,28%, o março/22 era negociado por R$ 90,25 com alta de 0,20% e o maio/22 tinha valor de R$ 87,50 com estabilidade.

Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado está começando a se acomodar. “Já tinha recuado bem nas últimas semanas e agora não mostra muito espaço de baixa acentuada e também o espaço de alto é muito pequeno”, diz.

Brandalizze explica que temos ainda poucas semanas de negócios neste ano e as grandes indústrias continuam levando da mão pra boca, já se acomodando para o fechamento do ano. “Depois de 15 de novembro poucos compradores aparecem para o milho então é um mercado de calmaria”.

Mercado Externo

A Bolsa de Chicago (CBOT) também começa o segundo dia da semana se mantendo um pouco altista para os preços internacionais do milho futuro por volta das 09h11 (horário de Brasília).

O vencimento dezembro/22 era cotado à US$ 5,33 com elevação de 0,50 pontos, o março/22 valia US$ 5,41 com valorização de 0,75 pontos, o maio/22 era negociado por US$ 5,45 com alta de 0,75 pontos e o julho/22 tinha valor de US$ 5,45 com ganho de 0,75 pontos.

Segundo informações do site internacional Successful Farming, os futuros de milho aumentaram durante a noite, devido aos sinais de forte demanda por suprimentos dos Estados Unidos.

“Os exportadores relataram vendas para compradores estrangeiros quatro dias na semana passada, conforme apontado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos)”, diz o analista Tony Dreibus.

Ainda assim, a publicação destaca que os preços estão sendo limitados à medida que a colheita avança.

Cerca de 52% do milho norte-americano foi colhido até o último domingo, contra 41% na semana anterior e à frente da média de cinco anos anteriores de 41%, disse o USDA.

Fonte: Noticias Agrícolas - Guilherme Dorigatti

Terça, 19 de Outubro de 2021
Soja fecha em alta impulsionada por vendas em Chicago
Soja fecha em alta impulsionada por vendas em Chicago Fonte: Agrolink

O contrato de novembro21 da soja em grão fechou em alta de 0,43% ou 5,25 cents/bushel a $ 1223,0 na Bolsa de Chicago, de acordo com informações que foram divulgadas pela TF Agroeconômica. “O contrato de maio22, importante para as exportações brasileiras, fechou também em alta de 0,34% ou 4,25 cents/bushel a $ 1248,0. O contrato de dezembro21 de farelo de soja fechou em alta de 0,44% ou $ 1,4/t curta a $ 318,0”, comenta. 

O contrato de dezembro de óleo de soja fechou em forte alta de 1,14% ou $ 0,70/libra-peso a $ 61,99. O mercado de soja teve suporte fornecido para dados de inspeção de embarque robustos. O volume semanal foi de 2,2 MT atingindo o máximo esperado pelo mercado. O aumento dos óleos vegetais deu um impulso extra ao grão. Por outro lado, o mercado desconta um bom avanço da safra norte-americana, de 62% na área plantada”, completa a consultoria. 

Os embarques de soja na semana encerrada em 14/10 foram de 2.298 MT, contra 1,74 MT na semana passada, como um  recorde  para  o  ano  comercial,  mas  ainda  era  1,6%  menor  no  comparativo  ano / ano. “O  grão  foi  embarcado principalmente  da  PNW  na  semana  passada  e  principalmente  para  a  China  -  com  as  exportações  da  PNW representando 46,5% do total e a China 74% do total. As exportações de soja acumuladas agora ficam atrás do ritmo da última temporada em 50,6%, com 215,8 mbu embarcados até agora. Picos recordes no óleo de palma da Malásia durante a noite”, indica. 

“Argentina está secando quando La Niña começa a fazer efeito. Mato Grosso, Brasil é relatado como 45% plantado (vs uma média de 5 anos de 25%) A alta do petróleo está ajudando o mercado de óleo de soja”, conclui. 

Fonte: Agrolink - Leonardo Gottems

Imagem: Nadia Borges

Terça, 19 de Outubro de 2021
Trigo: Moinhos do RS estão preocupados
Trigo: Moinhos do RS estão preocupados Fonte: Agrolink

No estado do Rio Grande do Sul os moinhos se encontram preocupados em receber os contratos futuros e também com a qualidade do trigo, segundo informa a TF Agroeconômica. “No mercado disponível, Moinhos querendo receber os seus contratos futuros e indicando R$ 1.490,00 / R$ 1.500,00 CIF com 30 dias para compras novas. Safra nova, no melhor momento preços valeram R$ 1.570,00 posto Rio Grande para uma entrega em dezembro e um pagamento começo de janeiro. 10.000 tons feitas”, comenta. 

Enquanto a colheita não ganha volume em Santa Catarina, moinhos se abastecem no RS. “Trigo  velho  poucas  ofertas,    mas  o  que  apareceu    é trigo gaúcho e gira em  torno de R$ 1.460,00 + 80 de frete, o que liquidaria CIF cerca de R$  1.540,00. Trigo Paranaense tem pedida do Oeste a R$ 1.550,00, que ficaria muito caro. Preços do trigo catarinense oferecido aos agricultores entre  R$  81-82/saca,  equivalente  a  R$  1.367,00/t”, completa. 

A colheita está adiantada no Paraná, mas os preços se mantem elevados. “Trigo de safra velha zerado. Trigo de  safra nova tem  ofertas a R$ 1.600,00/t FOB, mas  rodando  alguma  coisa  abaixo,  entre  R$  1570-1580,00/t,  para  entrega  imediata.  Moinhos  pagando de R$ 1.600,00 até R$ 1.630,00/t CIF. Mercado  andando  meio  travado,  com  vendedores  e compradores  estudando  as  possibilidades  e  poucos volumes reportados”, indica. 

“No Oeste do estado, safra nova as ofertas giram entre em R$ 1600/1,580,00 FOB e comprador de R$ 1,550/1,500,00 CIF.  Bem  travado.  Saíram  alguns  negócios  pontuais  a  R$  1.560  ou  1,580  CIF.  Preço  de  balcão  das  cooperativas considerados elevados: PH 78/84 R$ 91.00; PH 75/77 R$ 88.00; PH 72/74 R$ 87.00. Triguilho   R$ 63.70. Chuvas criaram alguns problemas de qualidade nos trigos que estão sendo colhidos”, conclui. 

Fonte: Agrolink - Leonardo Gottems

Terça, 19 de Outubro de 2021
Comissão da Câmara vai debater falta de insumos agrícolas
Comissão da Câmara vai debater falta de insumos agrícolas Fonte: Canal Rural

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados realiza audiência pública nesta sexta-feira, 22, para debater a “provável falta de defensivos agrícolas para a próxima safra”.

O deputado Jerônimo Goergen (PP-RS), que propôs a realização da audiência, disse que recentes notícias dão conta de que o país sofrerá um “apagão” de insumos na próxima safra. “Mesmo que mais de 90% dos defensivos agrícolas já estejam vendidos ou provisionados para o próximo ciclo, as indústrias não descartam atraso ou mesmo o cancelamento dessas entregas por falta de matéria-prima chinesa”, observou o deputado.

Falta de alimentos

Ainda segundo Jerônimo Goergen, dados recentes de importação desses produtos apontam uma redução de 40% do mesmo volume importado no ano anterior. “Com a escassez de ofertas, os preços dos produtos têm triplicado, onerando ainda mais os produtores rurais, o que pode afetar diretamente a produção de alimentos”, alertou.

Foram convidados para a audiência, entre outros, representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama); da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Insumos

O Senado também vai discutir a crise da falta de insumos no Brasil. A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) tem reunião semipresencial, na quinta-feira, 21, às 8h, para debater o risco de falta de insumos para o plantio da safra 2021/2022.

“A ameaça de falta de insumos para o plantio da safra 2021/2022 é motivo de preocupação. Nos últimos meses, surgiram informações de sojicultores sobre atrasos na entrega – e o que é mais preocupante – do cancelamento de contratos e de pedidos de compra de fertilizantes e defensivos, entre eles do herbicida glifosato, um dos mais utilizados no planeta”, afirma o senador Zequinha Marinho (PSC-PA).

Fonte: Canal Rural – Agência Câmara

Imagem: camara.leg.br