Notícias

Sexta, 08 de Outubro de 2021
Governo prepara projeto voltado à produção de fertilizantes, diz Bolsonaro
Governo prepara projeto voltado à produção de fertilizantes, diz Bolsonaro Fonte: Canal Rural

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira, 8, em um evento no Palácio do Planalto, que o governo federal prepara um projeto voltado à produção de fertilizantes, a ser apresentado ainda em outubro.

De acordo com Bolsonaro, o chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Flávio Rocha, está trabalhando em uma proposta para otimizar a utilização da matéria-prima disponível no Brasil para a produção de fertilizantes. “Chamei o almirante Rocha, da Secretaria de Assuntos Estratégicos. (…) Rocha, o assunto é esse?. Presidente, desde março estamos trabalhando, no mês que vem vamos entregar aqui o Plano Emergencial de Fertilizantes”, disse o presidente.

No evento, Bolsonaro afirmou que o risco de desabastecimento de alimentos no Brasil em 2022 é “seríssimo”, por causa da falta de fertilizantes vindo da China, que enfrenta crise energética. Sem o suprimento normal de fertilizantes a agricultura brasileira seria afetada.

“Agora temos outros problemas, pessoal. Eu vou avisar um ano antes. Fertilizantes. Por questão de crise energética a China começa a produzir menos fertilizantes. Já aumentou de preço, vai aumentar mais, e vai faltar. A cada cinco pratos de comida no mundo um saí do Brasil. Vamos ter problemas de desabastecimento no ano que vem”, alertou.

O tema, segundo o presidente, foi tratado em café da manhã de Bolsonaro com parlamentares da Frente Parlamentar da Agropecuária nesta semana.

Em março deste ano, o governo chegou a anunciar um plano para aumentar produção nacional de fertilizantes.

Fonte: Canal Rural

Sexta, 08 de Outubro de 2021
IPCA sobe com força em setembro e supera 10% em 12 meses pela 1ª vez desde 2016
IPCA sobe com força em setembro e supera 10% em 12 meses pela 1ª vez desde 2016 Fonte: Noticias Agrícolas

SÃO PAULO/RIO DE JANEIRO (Reuters) - A inflação oficial do Brasil acelerou com força em setembro e superou 10% em 12 meses pela primeira vez em cinco anos e meio, em um momento de apreensão com o avanço dos preços no país e intenso movimento de aperto monetário.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou a subir em setembro 1,16%, de 0,87% em agosto, embora abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de um avanço de 1,25% .

O dado divulgado nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi o mais elevado para o mês desde 1994 e levou a taxa acumulada em 12 meses até setembro a 10,25%, de 9,68% em agosto.

A leitura do IPCA em 12 meses também ficou abaixo da expectativa de alta de 10,33%, mas marca a primeira vez em dois dígitos desde fevereiro de 2016 (10,36%).

Se a inflação permanecer nesse curso, terminará o ano muito acima do teto da meta oficial para este ano -- inflação de 3,75%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Por trás da inflação alta, há fatores como câmbio e crise hídrica, além de custos de insumos, que já levaram o Banco Central a elevar a taxa básica de juros aos atuais 6,25%.

“A demanda ainda está em recuperação, mas aos poucos com a retomada da economia. E tem a pressão de custos por conta da energia, gasolina e dólar", explicou o gerente do IPCA, Pedro Kislanov.

“O dólar mais alto estimula exportações e diminui a oferta interna. O dólar tem pesado no IPCA", completou.

ENERGIA E COMBUSTÍVEIS

Em setembro, o vilão continuou sendo a energia elétrica, que subiu 6,47% no mês em que passou a valer a bandeira tarifária “escassez hídrica” -- no mês anterior vigorou a bandeira vermelha patamar 2. A energia elétrica já acumula em 12 meses alta de 28,82%.

Isso levou os custos de Habitação a aumentarem 2,56%, forte aceleração ante a alta de 0,68% registrada em agosto.

Também se destaca o avanço do preço do gás de botijão de 3,91%, na 16ª alta consecutiva que leva a um aumento acumulado em 12 meses de 34,67%.

Os preços de Transportes, por sua vez, subiram 1,82%, enquanto os de Alimentação e Bebidas tiveram alta de 1,02%. Juntos, esses três grupos contribuíram com cerca de 86% do resultado do IPCA de setembro.

Mais uma vez os combustíveis pesaram no grupo Transporte ao subirem 2,43%, com altas de 2,32% da gasolina e de 3,79% do etanol. Na Alimentação, por outro lado, as carnes recuaram 0,21% após sete meses consecutivos de alta, mas frutas avançaram 5,39%, o café moído subiu 5,50% e o frango inteiro avançou 4,50%.

“Essa queda das carnes pode estar relacionada à redução das exportações para a China. No início do mês, houve casos do mal da vaca louca na produção brasileira. Com a suspensão das exportações, aumentou a oferta de carne no mercado interno, o que pode ter reduzido o preço”, explicou Kislanov.

Já a inflação de serviços ampliou a alta a 0,64% em setembro, de 0,39% em agosto, conforme acelera a reabertura da economia afetada pela pandemia de coronavírus.

"Embora (o número) tenha sido abaixo do projetado, não traz elementes tao confortáveis assim. Aquele cenário que a gente traçava no começo do ano de que o IPCA seria forte no meio e depois ia arrefecendo ao longo do segundo semestre não está se concretizando", disse Gustavo Cruz, economista e estrategista da RB Investimentos.

Após ter aberto o ano com a Selic na mínima histórica de 2%, o Banco Central já elevou a taxa básica de juros em 4,25 pontos de março até agora, ao patamar atual de 6,25% ao ano, indicando mais recentemente que irá avançar em "território contracionista".

O BC descreve a inflação como "intensa e disseminada", e alerta que o ciclo de elevação da Selic para domá-la vai afetar a atividade no ano que vem. As contas do BC são de IPCA em 8,5% neste ano.

O mercado, de acordo com a mais recente pesquisa Focus do BC, calcula a inflação ao final deste ano em 8,51% e a 4,14% em 2022.

Fonte: Noticias Agrícolas - Camila Moreira e Rodrigo Viga Gaier

Quinta, 07 de Outubro de 2021
Safra 21/22 deve somar 288,61 milhões de toneladas
Safra 21/22 deve somar 288,61 milhões de toneladas Fonte: Agrolink

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou, nesta quinta-feira (07) o 1º Levantamento da Safra Grãos 2021/22 e as projeções para as principais culturas. A nova safra deve avançar em 14,2% em relação a safra passada e somar 288,61 milhões de toneladas, um acréscimo de 35,87 milhões de toneladas. Trata-se de um novo recorde na produção brasileira.

Em relação à área plantada a estimativa é de 71,5 milhões de hectares, uma previsão de crescimento de 3,6% em relação ao registrado em 2020/21. Esse crescimento é impulsionado principalmente pelas culturas de soja e milho 2ª safra. Para este novo ano agrícola, o cultivo das culturas em sucessão à colheita das culturas de primeira safra soma cerca de 21,5 milhões de hectares. Com isso, para todas as culturas cultivadas para a produção de fibras e grãos, são utilizados cerca de 50 milhões de hectares.

A soja continua como o grande destaque dentre as culturas. A oleaginosa apresenta tendência de aumento tanto de área cultivada como de produção. De acordo com os dados levantados pela Companhia, a área a ser semeada tende a passar de 38,9 milhões de hectares para 39,91 milhões de hectares, um ligeiro acréscimo de 2,5%. De acordo com os dados da Conab, o plantio já teve início nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Paraná. As atividades seguem em ritmo mais acelerado em comparação ao mesmo período do ano passado. A expectativa é que a produção atinja 140,75 milhões de toneladas, o que mantém o país como o maior produtor mundial do grão.

Já para o milho, a tendência é de recuperação nas produtividades. Além disso, os preços elevados do cereal no mercado incentivam o cultivo pelos produtores. Apenas para a primeira safra do cereal se espera um aumento de 1,6% na área plantada, podendo chegar a 4,41 milhões de hectares. A produtividade, neste primeiro momento, é estimada em 6.416 quilos por hectare, resultando em uma produção de 28,3 milhões de toneladas.  No somatório para as três safras do produto, a Companhia espera uma produção de 116,3 milhões de toneladas.

A dupla arroz e feijão, de acordo com as estimativas iniciais, apresentam produções que garantem o abastecimento no mercado interno. Para o primeiro produto, a produção deve se manter relativamente estável em torno de 11,6 milhões de toneladas. Já a leguminosa, tende a apresentar um ligeiro crescimento de 0,8% na área a ser semeada na primeira safra. Como o produto é cultivado ao longo do ano, o volume é ajustado dentro do próprio ano safra. A estimativa é que a produção total de feijão chegue a 2,97 milhões de toneladas, somando-se as três safras.

No caso do algodão é esperado um aumento de 10,2% na área plantada da cultura, totalizando 1,51 milhão de hectares cultivados. A produção de pluma tende a ser de 2,67 milhões toneladas, volume próximo ao registrado na safra 2018/19. Entre as culturas de inverno, destaque para o trigo. A safra 2021 ainda está sendo colhida, com índice de colheita chegando a 22,6%. O volume esperado para produção neste ano é de 8,19 milhões de toneladas.

Fonte: Agrolink - Eliza Maliszewski

Quinta, 07 de Outubro de 2021
Soja opera estável em manhã de 5ª feira de altas para todas as commodities agrícolas
Soja opera estável em manhã de 5ª feira de altas para todas as commodities agrícolas Fonte: Noticias Agrícolas

Os preços da soja operam com estabilidade, mas do lado positivo da tabela nesta manhã de quinta-feira (7). Por volta de 7h40 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 1,75 e 2 pontos nos principais vencimentos, levando o novembro a US$ 12,43 e o maio a US$ 12,73 por bushel. O mercado acompanha as altas das demais commodities agrícolas, mas de olho nas baixas observadas no mercado de energias. 

Desde a fala do presidente da Rússia, Vladimir Putin, sobre o país "estar pronto para ajudar a estabilizar a crise energética" e aumentar o fornecimento de gás natural para a Europa e também aumentar a produção de petróleo, o que deu alívio aos preços de ambas as matrizes. O petróleo perde mais de 1% e o gás, mais de 2%. 

Assim, não sobem só as commodities, como sobem também as bolsas europeias e asiáticas, enquanto o dólar index tinha baixa de 0,09%. 

Do lado dos fundamentos, permanece a pressão vinda da colheita americana e do plantio brasileiro, e a atenção se dá para o feriado no fim na China hoje, com a possibilidade de volta do gigante asiático nesta sexta-feira. 

Fonte: Noticias Agrícolas - Carla Mendes

Quinta, 07 de Outubro de 2021
RS tem poucos negócios para o trigo velho
RS tem poucos negócios para o trigo velho Fonte: Agrolink

No estado do Rio Grande do Sul, a TF Agroeconômica identificou pequenos negócios de trigo velho, enquanto a safra nova teve aumento de R$ 10,00/t. “A elevação da taxa cambial, tem elevado os  preços futuros dos trigos na exportação, e isso, por sequência acaba majorando os preços do  mercado local.  No mercado SPOT, para trigo velho, comprador fala em R$ 1.470,00 e vendedor em R$ 1.500,00. Saíram negócios muito pontuais de trigo velho. Preços de pedra, base Panambi, mantiveram-se em R$ 80,00/saca”, comenta. 

Nesse mesmo contexto, a chuva contínua impede avanço da colheita no estado de Santa Catarina. “Chove há mais de uma semana no estado e a previsão é  de  mais  chuva  pelo  menos  até  o  próximo  final  de semana.  Com  isto,  ninguém  consegue  entrar  nas lavouras e não se colheu praticamente nada. Os preços de balcão giram entre R$ 81-82,00/saca. De  um  modo  geral,  os  moinhos  catarinenses  estão esperando o início da colheita no estado, que deve ser uma das maiores da história, ao redor de 302 mil toneladas, contra uma produção ao redor de 180 da safra anterior.  Com uma disponibilidade maior, espera-se preços um pouco menores, pelo menos na safra”, completa. 

Houve relato de 2.000 toneladas negociadas no norte do estado do Paraná a R$ 1.600,00. “Nesta  quarta-feira  houve  relato  de  negócio  de  trigo velho  a  $  1.600,00  CIF,  no  norte  do  estado,  embora todos os demais compradores paguem no máximo R$ 1.580,00 CIF. Vendedores  com  poucas  ofertas  de  R$  1.550,00  a 1.580,00  FOB,  pagamento  e  entrega  outubro.  Já  os Compradores  no  R$  1.580,00  para  entrega  imediata posto moinho em Ponta Grossa. Para novembro houve um pequeno negócio a R$ 1.570,00 CIF Ponta Grossa”, conclui. 

Fonte: Agrolink - Leonardo Gottems

Quinta, 07 de Outubro de 2021
Crise na China: Impacto contamina o mundo
Crise na China: Impacto contamina o mundo Fonte: Agrolink

Os cortes de energia em 16 províncias da China últimas semanas interromperam a produção em todos os setores, aponta o estudo Impact of Power Shock on China's F&A Market, do Rabobank. “O impacto está se propagando por toda a cadeia de suprimentos, tanto na China como em todo o mundo”, alerta o relatório produzido pela equipe de agronegócios do banco na China. 

“Uma série de fatores contribuíram para o choque no fornecimento de energia: principalmente, uma oferta restrita de carvão, como consequência de menores importações e fechamentos de minas de em anos anteriores. Secundariamente, o aumento da demanda resultante da rápida recuperação da fabricação e das exportações, maior consumo de eletricidade induzido pelo clima e as rígidas metas de redução de emissões de Pequim”, explicam os analistas de mercado.

De acordo com eles, o impacto é variado entre os diversos setores de alimento e agronegócio (F&A): “A produção de alimentos básicos, como grãos, carnes e vegetais não é muito afetada, pois o fornecimento de eletricidade permanece relativamente estável. No entanto, a pressão sobre os setores de processamento e correlatos, incluindo embalagem e logística, está aumentando, o que acabará impactando todos os outros setores”.

Na produção de grãos e oleaginosas, várias unidades de esmagamento interromperam temporariamente as operações. “Os baixos volumes de importação projetados, devido às margens de moagem negativas nos meses anteriores, e as operações atualmente paralisadas levarão a uma queda contínua nos estoques de farelo de soja, o que já causou um recente aumento de preços”, explica o Rabobank. 

Para o milho, destacam os especialistas, as operações de secagem representam um desafio para os comerciantes e processadores no exato momento de aquisição e armazenamento da nova safra – que está sendo colhida nesse momento. “A utilização da capacidade dos moinhos de milho também caiu devido aos cortes de energia”, afirmam.

Sobre os insumos agrícolas, o impacto da crise energética na China é sentido de forma mais contundente: “Fertilizantes e agroquímicos inevitavelmente enfrentarão a pressão crescente da atual escassez de carvão e cortes de eletricidade. Embora a ênfase do governo seja garantir o fornecimento de energia para a produção de fertilizantes, as exportações de fertilizantes de nitrogênio e fosfato serão restritas, potencialmente elevando os preços no mercado global”.

O relatório traz ainda uma análise sobre o impacto de longo prazo. “Em toda crise existe uma oportunidade. A transição de energia é o principal componente dos esforços do governo chinês para reduzir as emissões, mas a atual escassez de energia expõe, sem rodeios, como a transição é inadequada. As estatísticas oficiais mostram que o carvão ainda representava 57% do total da geração de energia em 2020, embora tenha caído de 64% em 2015. Mudar a cadeia de produção e fornecimento para um sistema mais sustentável é obviamente a saída. A transição energética no setor de F&A será outro tópico”, conclui o Rabobank.

Fonte: Agrolink - Leonardo Gottems

Quinta, 07 de Outubro de 2021
Comissão aprova projeto que permite transporte de terceiros por agricultor
Comissão aprova projeto que permite transporte de terceiros por agricultor Fonte: Canal Rural

A Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 2261/21, que permite o transporte de cargas em veículos de produtor rural, seja própria ou de terceiros e mediante remuneração, entre a propriedade e o local de carregamento de insumos. As regras desse transporte serão definidas posteriormente em regulamento.

O relator na comissão, deputado Bosco Costa (PL-SE), elaborou parecer favorável. “Com a melhor ocupação desses veículos, teremos uma significativa melhora na eficiência logística do País, o que permitirá a redução dos custos dos produtos para o comércio internacional e na mesa dos brasileiros”, argumentou.

O texto aprovado insere dispositivos na Lei 11.442/07, que trata do transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração. Atualmente essa norma não cita o produtor rural.

“Com a lei vigente, os produtores são obrigados a trafegar com os caminhões vazios até o local onde buscam os insumos, para então retornar com esses produtos”, explicou a autora da proposta, deputada Dra. Soraya Manato (PSL-ES). “Essa flagrante ineficiência no transporte acaba por onerar a produção final.”

O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Canal Rural

Quinta, 07 de Outubro de 2021
Exportação de carne de frango cresce 21,3% e soma 418,5 mil toneladas em setembro – ABPA
Exportação de carne de frango cresce 21,3% e soma 418,5 mil toneladas em setembro – ABPA Fonte: Safras & Mercado

     Levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que as exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 418,5 mil toneladas em setembro, número que superou em 21,3% os embarques realizados no mesmo período de 2020, com 345 mil toneladas. O bom desempenho das exportações gerou receita de US$ 730,5 milhões, resultado  52,5% maior que os US$ 479 milhões registrados em setembro de 2020.

     No acumulado do ano (janeiro a setembro), as exportações de carne de frango totalizaram 3,466 milhões de toneladas, desempenho 9% superior ao embarcado nos nove primeiros meses de 2020, com 3,178 milhões de toneladas. Com isso, o resultado em dólares das exportações alcançou US$ 5,623 bilhões, número 21,7% maior que a receita registrada no mesmo período do ano passado, com US$ 4,619 bilhões.

     “O desempenho das exportações efetivadas no terceiro trimestre foram especialmente elevadas, superando a média mensal de 400 mil toneladas em volumes e US$ 700 milhões no saldo cambial.  São indicadores que reforçam as projeções da ABPA para um ano com resultados recordes nas exportações”, avalia Ricardo Santin, presidente da ABPA.

     A China, principal destino dos embarques brasileiros, importou 63,2 mil toneladas em setembro, volume 20,4% superior ao embarcado no mesmo período do ano passado.  Em seguida vieram Japão, com 46,9 mil toneladas (+45,2%) e Emirados Árabes Unidos, com 43,2 mil toneladas (+66,3%).  Outros destaques foram Filipinas, com 20,5 mil toneladas (+1118,8%), União Europeia, com 16,9 mil toneladas (+20,8%) e México, com 9,2 mil toneladas (+348%).

     “A retomada gradativa das atividades tem impulsionado o consumo em diversos destinos de exportação do Brasil, o que é especialmente notável no Oriente Médio e Ásia, além de regiões importadoras de produtos de mais valor agregado, como é o caso da União Europeia. A oferta mundial está adequada à demanda, o que vem sustentando os preços internacionais e a receita das exportações”, detalha Luís Rua, diretor de mercados da ABPA. As informações partem da assessoria de imprensa da ABPA.

Fonte: Safras & Mercado - Arno Baasch 

Quinta, 07 de Outubro de 2021
Com alta de 37%, contratação de crédito rural chega a R$ 97,75 bilhões em três meses do Plano Safra
Com alta de 37%, contratação de crédito rural chega a R$ 97,75 bilhões em três meses do Plano Safra Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

Nos três primeiros meses de operação do Plano Safra 2021/2022, os produtores rurais, cooperativas e agroindústria contrataram R$ 97,75 bilhões para financiar a atividade agropecuária, florestal, aquícola e pesqueira. O valor representou incremento de 37% em relação ao mesmo período do ano anterior, distribuídos em mais de 668 mil contratos (+3%).

Os números estão no balanço do crédito rural divulgado, nesta terça-feira (5), pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). 

Os financiamentos em investimentos registraram o maior crescimento em relação ao mesmo período do plano anterior (59%), com R$ 29,49 bilhões e 329 mil contratos firmados. Com maior valor liberado, as operações de custeio alcançaram perto de R$ 52,69 bilhões e 333 mil contratos, incremento de 27% e 6%, respectivamente.

Nas outras finalidades, há procura por financiamentos de comercialização (+34% ou R$ 8,28 bilhões) e industrialização (+42% ou R$ 7,2 bilhões). 

Regiões do país

De acordo com o estudo da SPA, os produtores rurais da Região Sul, historicamente, são os que mais contratam financiamentos. Até o momento, foram R$ 36,90 bilhões e mais de 277 mil contratos, o que representa, respectivamente, 38% e 42% do total nacional.

O balanço do crédito rural mostra a forte demanda por financiamentos rurais na Região Norte (aumento de 64% no valor e de 46% no número de contratos) e Nordeste, 34% no valor, embora a quantidade de contratos tenha sofrido redução de 5%.

Programas de investimento

Entre os programas de investimentos na atual safra, o Moderfrota alcançou a maior parcela dos recursos programados (66%), seguido do Procap-Agro (50%) e de outras linhas/programas (45%).

O diretor do Departamento de Crédito e Informação do Mapa, Wilson Vaz de Araújo, destaca que não há escassez de recursos de investimento na atual safra e o saldo disponível desses recursos, no conjunto das instituições financeiras, é de 60%.

Fontes de recursos

As fontes de recursos mais utilizadas pelas instituições financeiras na contratação do crédito aos produtores e às suas cooperativas de produção, entre julho a setembro, foram os Recursos Obrigatórios (R$ 28,63 bilhões, alta de 71%), a Poupança Rural Controlada (R$ 21,97 bilhões ou +5%) e a Poupança Rural Livre (R$ 17,91 bilhões ou +129%). Essas fontes somaram 69% de participação no valor dos financiamentos rurais.

A LCA (Letras de Crédito do Agronegócio), com recursos não controlados, foi a única fonte que teve um decréscimo no valor (-46%) das liberações comparativamente à safra passada, o que representou R$ 4,03 bilhões.

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária - Inez De Podestà

Imagem: www.gov.br

Quinta, 07 de Outubro de 2021
Câmara aprova MP que cria o Programa de Estímulo ao Crédito
Câmara aprova MP que cria o Programa de Estímulo ao Crédito Fonte: Agência Brasil

A Câmara dos Deputados aprovou hoje (7) a Medida Provisória (MP) 1057/21, que trata do Programa de Estímulo ao Crédito (PEC) voltado para microempreendedores individuais, microempresas, empresas de pequeno porte e a produtores rurais, com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões. O texto agora  segue para análise do Senado.

De acordo com o relator da MP, Hugo Motta (Republicanos-PB), o programa deve gerar até R$ 48 bilhões em crédito.

“Não há dúvida que o Programa de Estímulo ao Crédito é um importante passo na retomada da economia, principalmente para os pequenos e médios negócios criando incentivos para as instituições financeiras emprestarem a essas companhias e empreendedores”, disse o deputado.

Pelo texto aprovado, os empréstimos do PEC deverão ser contratados até o dia 31 de dezembro de 2021.

O texto diz ainda que as instituições bancárias devem assumir os riscos da concessão dos empréstimos e que essas operações não contarão com qualquer garantia da União ou de entidade pública, bem como não terão qualquer tipo de previsão de aporte de recursos públicos ou equalização de taxa de juros por parte da União.

Caberá ao Conselho Monetário Nacional (CMN) definir as condições, os prazos, as regras para concessão e as características das operações de crédito.

O programa será supervisionado pelo Banco Central. Administradoras de consórcio e cooperativas de crédito não poderão participar do programa. Como incentivo para o empréstimo, as instituições participantes do programa, poderão gerar crédito presumido até 31 de dezembro de 2026.

Fonte: Agência Brasil - Luciano Nascimento 

Imagem: Marcello Casal Jr.