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Quinta, 30 de Setembro de 2021
BC projeta déficit de US$ 21 bilhões para contas externas
BC projeta déficit de US$ 21 bilhões para contas externas Fonte: Agência Brasil

A nova projeção do Banco Central (BC) para o saldo das contas externas neste ano passou de um superávit de US$ 3 bilhões para um déficit de US$ 21 bilhões (1,3% do PIB). O resultado corresponde a 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país).

A previsão das transações correntes, que são as compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do Brasil com outros países, está no Relatório de Inflação, publicação trimestral do BC, divulgado hoje (30). No documento, o órgão elevou a estimativa de crescimento da economia de 4,6% para 4,7% em relação ao relatório anterior, de junho.

Segundo o BC, a projeção das contas externas reflete, em grande medida, a expectativa de menor saldo da balança comercial, com aumento das importações de US$ 210 bilhões para US$ 239 bilhões em 2021.

“O aumento de preço de bens intermediários, em parte relacionado aos impactos globais da pandemia, aliado à rápida recuperação nas compras internacionais da indústria brasileira, foi fator determinante para o aumento na projeção das importações. Adicionalmente, houve aumento expressivo da importação de combustíveis nos últimos meses, simultaneamente à elevação dos preços internacionais desses produtos. No atual cenário de escassez hídrica, espera-se que essa demanda continue elevada até o fim de 2021”, diz o relatório.

Ainda com relação às importações, de acordo com o BC, vêm ganhando relevância algumas operações não computadas nas estatísticas alfandegárias da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, mas que afetam o balanço de pagamentos. Em especial, destacam-se as importações no âmbito do Repetro, que é o regime que suspende a cobrança de tributos federais de exportação e importação de bens para pesquisa e lavra de jazidas de petróleo e gás natural, principalmente as plataformas de exploração.

As compras crescentes de criptoativos, como a criptomoeda bitcoin, outro item fora da apuração da Secex, também contribuíram para o aumento da projeção das importações. O BC explica que criptoativos não são considerados ativos financeiros, porque não têm contraparte devedora, nem são considerados moeda, então, são classificados como ativos não financeiros, por isso são considerados no âmbito da balança comercial

Nas exportações, o BC manteve a previsão de valor recorde de US$ 282 bilhões, refletindo o patamar elevado dos preços das commodities no ano, apesar de alguma retração mais recentemente, em especial do minério de ferro. Houve ainda melhora no cenário para as vendas internacionais de produtos manufaturados, que devem terminar o ano em patamar semelhante ao de 2019, pré-pandemia. De acordo com o relatório, as exportações de semimanufaturados no primeiro semestre sinalizam resultados positivos para o final de 2021, com os preços dos produtos de ferro e aço mantendo níveis elevados.

Na conta de serviços, houve ligeira redução na projeção do déficit, de US$ 19 bilhões para US$ 17 bilhões, resultado de retorno mais lento que o antecipado das viagens internacionais e menores despesas com aluguel de equipamentos no setor de petróleo, consequência, em parte, da nacionalização de plataformas de exploração no âmbito do Repetro. Na renda primária, houve pequeno ajuste na conta de lucros e dividendos, de déficit de R$ 28 bilhões para déficit de US$ 27 bilhões.

Investimento estrangeiro

No caso de um país registrar saldo negativo em transações correntes, ele precisa cobrir o déficit com investimentos ou empréstimos no exterior. A melhor forma de financiamento do saldo negativo é o Investimento Direto no País (IDP), porque os recursos são aplicados no setor produtivo.

A projeção para os ingressos líquidos de IDP foi reduzida de US$ 60 bilhões (4% do PIB) para US$ 55 bilhões (3,4% do PIB) em 2021. Em 2020, foram registrados US$ 34,2 bilhões (2,38% do PIB) de investimentos externos no Brasil.

“Apesar da recuperação no componente participação de capital ocorrer em linha com o previsto, a desaceleração das operações intercompanhia [por exemplo, quando a matriz no exterior investe na filial no Brasil] tem sido mais rápida do que previamente esperado”, explicou o BC.

Para os investimentos em carteira, manteve-se a projeção para o ano, de US$ 21 bilhões, que deve registrar entradas líquidas pela primeira vez desde 2015.

“A elevação do diferencial de juros entre o Brasil e economias avançadas aumenta a atratividade dos instrumentos de dívida locais, fazendo com que as compras por estrangeiros de títulos emitidos no país sejam determinantes para os fluxos de entrada em carteira. Por outro lado, as entradas líquidas em ações e fundos têm diminuído nos últimos meses, possivelmente impactadas pelas incertezas relacionadas à crise hídrica e ao cenário fiscal”, diz o relatório.

Fonte: Agência Brasil – Andreia Verdélio

Imagem: eurodicas.com.br

Quarta, 29 de Setembro de 2021
Ibama rejeita pedidos de flexibilização do processo de licenciamento ambiental
Ibama rejeita pedidos de flexibilização do processo de licenciamento ambiental Fonte: AF News Agrícola

O MMA deu encaminhamento ao pedido da pasta comandada por Paulo Guedes e solicitou ao Ibama que apresentasse um diagnóstico sobre cada item e o que tem sido feito para atender o pleito. Confira:

O Ibama rejeitou os pedidos de flexibilização do processo de licenciamento ambiental e de exploração de áreas da Mata Atlântica que foram solicitados pelo Ministério da Economia. A lista de pedidos elaborada pela pasta foi encaminhada ao Ibama pelo Ministério do Meio Ambiente.

Reportagem publicada pelo Estadão revelou que o Ministério da Economia enviou ao MMA uma série de propostas de alterações de regras de licenciamento, com o propósito de "transformar a produtividade e competitividade do País". Entre as medidas sugeridas, estão emissões automáticas de licença ambiental quando houver demora na análise de pedidos, aumento de área para retirada de vegetação da Mata Atlântica sem necessidade de licença do Ibama e dispensa de licenciamento para explorar rejeitos de mineração.

O MMA deu encaminhamento ao pedido da pasta comandada por Paulo Guedes e solicitou ao Ibama que, até 30 de setembro, apresentasse um diagnóstico sobre cada item e o que tem sido feito para atender o pleito. O Ibama, porém, esclareceu que não tem como colaborar com o pedido.

Por meio de ofício, o presidente do Ibama, Eduardo Bim, declarou ao MMA que as "demandas apresentadas pelo setor privado" e compiladas pela Secretaria de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação (SDIC) "dizem respeito às ações governamentais (políticas públicas) que não competem ao Ibama, órgão executor do Sistema Nacional do Meio Ambiente".

Segundo o presidente do Ibama, a "avaliação das proposições deve ser feita pelas instâncias competentes, as quais se incluem órgãos externos ao Poder Executivo".

No ofício que o Ministério da Economia enviou ao MMA e que foi elaborado em maio, a pasta argumenta que tem feito diagnóstico dos "componentes de cada deficiência que causam perdas transacionais para as empresas brasileiras, em virtude de disparidades e assimetrias do ambiente de negócios nacional em comparação com outros países".

Esses custos adicionais, identificados como "Custo Brasil", foram caracterizados, classificados e agrupados pelo ministério em doze áreas: abrir um negócio; financiar o negócio; empregar capital humano; dispor de infraestrutura; acessar insumos básicos; atuar em ambiente jurídico-regulatório eficaz; integrar com cadeias produtivas globais; honrar tributos; acessar serviços públicos; reinventar o negócio; competir e ser desafiado de forma justa; e retomar ou encerrar o negócio.

"Nesse contexto, a Secretaria de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação (SDIC) estruturou o Projeto de Redução do Custo Brasil cujo objetivo é implementar uma política pública pautada na parceria e no diálogo com o setor privado para identificar e eliminar dificuldades estruturais, burocráticas, trabalhistas e econômicas que elevam o custo de se fazer negócios no País, comprometendo investimentos e encarecendo os preços dos produtos nacionais", afirma o secretário de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação do Ministério da Economia, Jorge Luiz de Lima.

O requerimento enviado à chefia do Ibama pelo MMA pede ao órgão para saber quais medidas estão em fase de análise, formulação, tramitação e implementação, além daquelas que tenham sido executadas. "Entre as dificuldades listadas pelo setor privado, algumas delas possuem interfaces direta com as atribuições institucionais do Ministério do Meio Ambiente (MMA)", diz o secretário Jorge Luiz de Lima, ao encaminhar "as demandas que necessitam análise do MMA no sentido de avaliar a possibilidade de prosseguimento dos pleitos, indicando, caso possível, para cada uma das proposições".

O pleito da Economia inclui ainda itens como cancelamento da necessidade de consulta ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para licenciamento ambiental de empreendimentos agrossilvipastoris consolidados, com atividade preexistente a 22 de julho de 2008.

Outro item requer a extinção da lista exemplificativa de atividades sujeitas à apresentação de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) ou Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), deixando essa competência para definição a cargo do órgão ambiental competente nos Estados, e não centralizado no Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).

O Ministério da Economia aponta, em seu ofício original, a informação de que seus estudos foram realizados em parceria com o Movimento Brasil Competitivo (MBC), os quais concluíram que "o custo transacional adicional de se empreender no Brasil é da ordem de R$ 1,5 trilhão, o equivalente a 22% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para o ano de 2019".

Após a repercussão do tema, o Movimento Brasil Competitivo, que é formado por uma série de empresas de grande porte, declarou que, nos últimos 20 anos, tem defendido a competitividade brasileira baseada na economia sustentável, com foco nos pilares de governança e gestão, redução do Custo Brasil, transformação digital e educação. O movimento negou participação nas propostas apresentadas. "Não participamos da elaboração ou debate das proposições citadas em ofício do Ministério da Economia. Diante disso, reiteramos nossa posição em defesa de uma política nacional de sustentabilidade social, ambiental e econômica.

"Diante disso, o MBC esclarece que realizou em 2019, um projeto de diagnóstico do Custo Brasil em parceria com o Ministério da Economia com o objetivo de medir os entraves em diversas áreas. Neste estudo, não constam propostas de iniciativas, somente indicadores e comparativos com a OCDE", afirmou.

O MBC declarou que, numa segunda etapa, apoiou o Ministério da Economia, de forma técnica, no mapeamento das iniciativas já existentes ou em desenvolvimento no governo federal que poderiam contribuir com a redução do Custo Brasil, mas sem entrar no mérito ou defesa de tais propostas.

A Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade (Sepec) do Ministério das Economia, que assina o ofício, declarou que, "no âmbito de suas competências e no escopo do projeto de Redução do Custo Brasil, mantém um intenso e continuado diálogo com o setor produtivo, para identificar os principais pontos que atrapalham os negócios no país".

O órgão, no entanto, afirmou que, "quando os pleitos solicitados envolvem outras áreas do governo, encaminhamos as solicitações para análise e avaliação dos órgãos competentes, sem nenhum julgamento prévio".

"São improcedentes as informações que têm circulado pela imprensa a respeito de que a Secretaria Especial ou o Ministério da Economia teriam solicitado alterações de regras ambientais. Conforme está claro no ofício que deu margem a essas matérias, as proposições não foram avaliadas ou chanceladas por esta Secretaria Especial", afirmou.

O órgão declarou que tem "trabalhado intensamente com o Ministério do Meio Ambiente para avançar em iniciativas que potencializem o crescimento por meio dos nossos diferenciais como maior potência verde do planeta", como projetos de desenvolvimento sustentável na região amazônica, uso de energia limpa, financiamento de projetos ambientalmente responsáveis e ações de descarbonização que já fazem parte do setor produtivo brasileiro.

"Reforçamos que mantemos um canal de comunicação democrático para receber proposições de representantes do setor produtivo. Mesmo que algumas delas sejam sensíveis, elas precisam ser encaminhadas aos órgãos competentes para análise, não cabendo à SEPEC descartá-las de antemão."

Fonte: AF News Agrícola (Correio Braziliense) - Giulia Zenidin

Quarta, 29 de Setembro de 2021
Soja em Chicago opera com estabilidade nesta 4ª pós mau humor do financeiro
Soja em Chicago opera com estabilidade nesta 4ª pós mau humor do financeiro Fonte: Noticias Agrícolas

O mercado internacional da soja opera com estabilidade nesta manhã de quarta-feira (29). Por volta de 7h20 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 1 e 1,75 ponto na Bolsa de Chicago, com o novembro sendo cotado a US$ 12,78 e o maio a US$ 12,99 por bushel. 

Os traders operam com mais cautela depois das baixas da sessão anterior de mais de 10 pontos, as quais foram motivadas, principalmente pelo mau humor do mercado financeiro. E hoje, o petróleo dá sequência ao movimento de queda - mas de forma mais modesta - bem como o dólar index continua subindo, mas também com um ganho mais tímido de cerca de 0,09%. 

Entre os derivados da soja, os futuros do óleo de soja têm leves altas e o farelo opera com estabilidade na Bolsa de Chicago. 

Nos fundamentos, o foco permanece sobre a colheita americana, que vem trazendo produtividades variadas entres as principais regiões produtoras, e no plantio brasileiro, que está prestes a ganhar um ritmo mais intenso nas próximas semanas caso as chuvas previstas se confirmem. 

Além disso, o mercado ainda se prepara para receber o novo boletim de estoques trimestrais de grãos que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz nesta quinta-feira (30) com os dados dos estoques na posição de 1º de setembro. 

Os números são importantes já que são a referência de virada da safra velha para a safra nova nos EUA. 

Fonte: Noticias Agrícolas - Carla Mendes

Quarta, 29 de Setembro de 2021
Milho importado encarece e pode melhorar local
Milho importado encarece e pode melhorar local Fonte: Agrolink

Com a alta do dólar, milho importado no Rio Grande do Sul fica muito caro e pode melhorar o local, de acordo com informações da TF Agroeconômica. “Na comercialização, persiste o movimento lento dos últimos dias, e ao que tudo indica, poucos negócios foram realizados. Em Cruz Alta, 1.000 toneladas foram negociadas a R$ 91,00 com entrega imediata e pagamento em 30 dias. Ademais, permanecem indicações a níveis mais baixos: R$ 91,00 CIF Ijuí; R$ 90,00 CIF Santo Ângelo; e 90,00 CIF Marau”, comenta. 

Em Santa Catarina, por exemplo o milho importado fica muito caro e favorece o do Mato Grosso do Sul. “A conta  fecharia  com  o  milho  tributado,  vindo  de Dourados,  por  exemplo,  a  R$  92,00+  ICMS  para  o vendedor, porém o comprador indicou patamares de R$  90,00.  No  diferido,  compradores  giraram  suas  ofertas  entre  R$  94,00  a  R$  96,00.  No  porto,  indicações  de tradings em torno de R$ 73,00 CIF Imbituba no julho/22”, completa a consultoria. 

Nesse contexto, o estado do Paraná já plantou 46% da área de verão. “Com relação ao mercado, à exceção de alguns lotes, negociados entre  produtores  e  pequenas granjas,  o mercado do Paraná apresentou poucas negociações no  dia  de  hoje.  Tudo  parece  convergir  entre  uma diferença  de  R$  95,00  na  pedida  dos  produtores, cooperativas e cerealistas, e  R$ 90,00 oferecido por compradores  de  indústrias.  Os  comentários  do mercado  é  que  as  ofertas  têm  aparecido,  porém, com certa tranquilidade por parte dos produtores, e estes, capitalizados, não baixam as pedidas”, indica. 

“Nas indicações, R$ 91,00 no oeste, R$ 90,50 no sudoeste, e R$ 90,00 no norte do Estado. Hoje, até onde se sabe, não se apresentaram ofertas de milho importado, e no porto, pouca vontade das tradings em fechar volumes, que permanecem  entre  até  R$  72,00  em  um  julho/22  a  R$  69,80  para  setembro/22.  Entre  pequenos  volumes relatados, uma granja no sudoeste comprou um lote de 300 toneladas a R$ 92,00 a saca”, conclui. 

Fonte: Agrolink - Leonardo Gottems

Imagens:  Eliza Maliszewski

Quarta, 29 de Setembro de 2021
Zoneamento agrícola para a cultura de maçã está disponível para todo o país
Zoneamento agrícola para a cultura de maçã está disponível para todo o país Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta quarta-feira (29) no Diário Oficial da União as Portarias que atualizam o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para a cultura da macieira no Brasil.

Elaborado com base em estudos da Embrapa Uva e Vinho (RS) e da Embrapa Informática Agropecuária (SP), e validado por técnicos, especialistas e representantes do setor produtivo, o Zarc Maçã apresenta duas novidades: a unificação dos critérios técnicos utilizados nos estudos de zoneamento e o aumento da área de abrangência, com novas regiões com potencial climático para a produção.

Segundo Gilmar Nachtigall, pesquisador da Embrapa Uva e Vinho e um dos responsáveis pelo Zarc Maçã, essas duas novidades são de grande importância para o setor, pois com a unificação da metodologia são facilitadas as avaliações dos riscos por parte dos diversos agentes interessados, como produtores, bancos, seguradoras e governo, enquanto que com a inclusão de novas regiões no Zarc Maçã, há a possibilidade de ampliação  da produção nacional da fruta.

Nachtigall explica que no Zarc Maçã foi aplicada a metodologia utilizada nas demais culturas, na qual a classificação é feita com base na disponibilidade de água e nos índices de temperatura de cada região avaliada, para as diferentes fases da cultura. Os níveis de risco podem variar de até 20%, de 20% a 30%, de 30% a 40% e de mais de 40%. “Dentro desta metodologia, as áreas com até 20% de risco são as mais indicadas e as com mais de 40% de risco não são recomendadas para o cultivo de macieira”, destaca o pesquisador.

Nachtigall detalha que a metodologia envolveu a seleção de regiões com acúmulo de frio no período de inverno, condição requerida pela cultura, a partir das informações de temperaturas da base de dados meteorológicos. A partir deste levantamento, ele explica que foram estabelecidos três tipos de regiões quanto ao acúmulo de frio hibernal: alto, médio e baixo. Estas definições foram cruzadas com as informações fenológicas da cultura, permitindo definir indicações de cultivo para as diferentes regiões climáticas, aptas ao cultivo da macieira. “Com essas informações, os agricultores e técnicos podem planejar melhor o sistema de produção a ser adotado, a fim de evitar que adversidades climáticas coincidam com as fases mais sensíveis da cultura minimizando, assim, os riscos de perdas na produção”, pontua Gilmar.

Outro aspecto que o pesquisador destaca é que o Zarc Maçã prioriza o plantio de cultivares de macieira que requerem elevado acúmulo de frio hibernal, como as cultivares do Grupo Gala e Fuji para as regiões com esta condição.  Já em regiões que apresentem baixo acúmulo de frio, são indicadas variedades com menores exigências de acúmulo de frio, como as cultivares Eva, Julieta, Princesa e Condessa. 

Zarc

O  Zarc é uma ferramenta de análise do risco derivado da variabilidade climática e que considera as características da cultura e do solo, indicando as áreas e períodos de menor risco climático no país, definindo as regiões mais indicadas para o cultivo, de maneira a reduzir perdas e garantir rendimentos mais elevados. Além disso, permite aos produtores desses municípios o acesso ao crédito rural, Proagro e ao seguro rural.

Base de dados

A base de dados meteorológicos utilizadas na atualização do Zarc é composta por séries históricas de aproximadamente 30 anos, obtidas a partir das redes de estações terrestres, meteorológicas e pluviométricas, convencionais e automáticas, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), do sistema HidroWeb, operado pela Agência Nacional de Águas, e  às pertencentes ao Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/INPE), além de redes estaduais mantidas por instituições ou empresas públicas. 

Aplicativo Plantio Certo 

Produtores rurais e outros agentes do agronegócio podem acessar, por meio de tablets e smartphones, de forma mais prática, as informações oficiais do Zarc, facilitando a orientação quanto aos programas de política agrícola do governo federal. O aplicativo móvel Zarc Plantio Certo, desenvolvido pela Embrapa Informática Agropecuária (Campinas/SP), está disponível nas lojas de aplicativos:  iOS e Android  

Os resultados do Zarc também podem ser consultados e baixados por meio da plataforma  “Painel de Indicação de Riscos”  e nas portarias de Zarc por Estado.

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária - Viviane Zanella (Embrapa Uva e Vinho)

Quarta, 29 de Setembro de 2021
Diesel tem reajuste de 9% nas refinarias
Diesel tem reajuste de 9% nas refinarias Fonte: Agrolink

Entre os motivos para a elevação estaria a elevação nos preços do petróleo

Já vale a partir desta quarta-feira (29) o reajuste do diesel nas refinarias. A Petrobrás informou que a alta será de 8,9% e vem após 85 dias de estabilidade no combustível. Entre os motivos para a elevação estaria a elevação nos patamares internacionais de preços de petróleo e a taxa de câmbio.

"Esse ajuste é importante para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras", disse em nota.

Com o ajuste, o valor médio do diesel vendido pela companhia a distribuidoras passará de R$ 2,81 para R$ 3,06 por litro, refletindo reajuste médio de R$ 0,25 por litro.

"Considerando a mistura obrigatória de 12% de biodiesel e 88% de diesel A para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço do diesel na bomba passará a ser de R$ 2,70 por litro em média, uma variação de R$ 0,22", encerra o comunicado.

Fonte: Agrolink - Eliza Maliszewski

Quarta, 29 de Setembro de 2021
China pode interromper exportações de fertilizantes; comissão ainda não oficializou medidas
China pode interromper exportações de fertilizantes; comissão ainda não oficializou medidas Fonte: AF News Agrícola

As exportações de fertilizantes da China podem ser interrompidas a pedido da comissão reguladora do país, ou NDRC (National Development and Reform Comission) na sigla em inglês,  com o objetivo de proteger o mercado interno. O mercado especula tais medidas desde junho, as quais poderiam impactar durante o fornecimento de fosfatados e nitrogenados.

Todavia, as mudanças ainda não foram oficializadas pelo governo chinês ou aplicadadas as condições que pudessem ser impostas pela NDRC. "As últimas notícias confirmaram que o departamento solicitou a algumas empresas da região de Yangtze e Hubei a suspensão das exportações até 30 de junho de 2022", explica o analista de fertilizantes da Agrinvest Commodities, Jeferson Souza.

E embora ainda não tenha sido completamente oficializada, Souza alerta para os impactos que podem ser sentidos nos próximos dias. "As medidas podem impactar mais severamente nos preços no decorrer das semanas. Mas é importante reforçarmos que ainda não foram confirmadas pelo departamento. No entanto, já se pode ver mais pressão nos preços do fertilizante para o mundo inteiro.

Em sua conta no Twitter, o diretor de fertilizantes da INTL FCStone, Josh Linville, informou que "o governo chinês efetivamente baniu as exportações de fosfato até junho de 2022". E explica que a nação asiática responde por cerca de 30% de todo o comércio mundial do produto. "Isso é ruim para os preços globais do fosafato e pior ainda para aqueles que dependem desse fornecedor. Temos que monitorar ações similares na ureia".

Linville ainda afirma que os preços da ureia no Golfo Pérsico saltaram US$ 15,00 por tonelada na manhã desta terça-feira (28) em relação ao fechamento de ontem.

As mudanças que podem vir do gigante asiático somente se somam aos problemas e preocupações que se acumulam  no mercado de fertilizantes e, inclusive, intensificam as preocupações dos produtores rurais no mundo total não só para novas altas nos custos de produção, como também para disrupções no abastecimento de uma série de produtos para a safra 2022/23.

"Hoje estou indo em todas as nossas propriedades para orientar que se use o mínimo possível de glifosato. Não temos perspectivas 2022, 2023 de como fica o mercado. Os grandes fornecedores estão com problemas, como a China. Com a gestão de diminuição de emissão de gases de efeito estufa, sustentabilidade, isso tem causado um enorme transtorno na gestão de produção", explica Inácio Modesto Filho, diretor de produção do Grupo Bom Futuro.

Com isso, "temos que fazer o dever de casa, usar o mínimo possível, fazer uma gestão muito bem feita porque diversos produtos para a nova safra podem não estar nas nossas mão disponíveis", complementa. "A gestão tem que prever um ano do qual não temos segurança".

"Em 2021, o mercado de fertilizantes tem sido marcado por incerteza. As notícias novas vindas da China trazem riscos consideráveis para os produtores. Em Paranaguá, os preços da ureia têm se mantido estáveis  perto de US$ 750/tonelada. No entanto, para a safrinha 2022, as relações de troca continuam subindo fortemente", complementa Jeferson Souza.

Fonte: AF News Agrícola - Noticias Agrícolas

Quarta, 29 de Setembro de 2021
Governo oficializa registro de 53 novos defensivos agrícolas
Governo oficializa registro de 53 novos defensivos agrícolas Fonte: Canal Rural

Segundo o Mapa, apenas dois defensivos têm princípios ativos inéditos no Brasil; os demais são produtos genéricos já existentes no mercado

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) oficializou nesta quarta-feira, 29, o registro de 53 novos defensivos agrícolas. No entanto, segundo o Mapa, apenas dois produtos da lista têm princípios ativos inéditos no Brasil, sendo um de origem biológica e um de origem fitoquímica (feito a partir de plantas). Os demais são produtos genéricos já existentes no mercado.

O produto fitoquímico é composto de cinamaldeído, componente ativo presente no óleo essencial da canela (Cinnamomum sp). Esse produto foi registrado para uso na cultura do morango, visando o controle do fungo Sphaerotheca macularis – causador da doença conhecida popularmente como oídio – e o controle do fungo Mycosphaerella fragariae, agente causador da mancha foliar ou mancha de Mycosphaerella. Até o momento não existia nenhum produto registrado para controle de oídio em morango.

 

O outro produto inédito trata-se de um fungo denominado Purpureocillium lilacinum. Esse produto teve sua eficácia comprovada para controle dos nematóides Meloidogyne incognita e Meloidogyne javanica. As espécies de nematoides estão entre as de maior ocorrência no Brasil e afetam uma ampla gama de culturas, como por exemplo algodão, batata, cana-de-açúcar, cenoura, fumo, pepino e soja. Por esse produto ser de origem microbiológica, o mesmo pode ser utilizado em qualquer cultura de ocorrência dessas pragas.

Defensivos

Os demais produtos utilizam ingredientes ativos já registrados anteriormente no país. O registro de defensivos genéricos é importante para diminuir a concentração do mercado e aumentar a concorrência, o que resulta em um comércio mais justo e em menores custos de produção para a agricultura brasileira.

Até o momento, no ano de 2021 já foram registrados 65 produtos de baixo impacto. Importantes para o controle de pragas e por representarem baixo risco para a saúde humana e o meio-ambiente, tais produtos são priorizados e o Mapa tem empreendido esforços para o aumento dessa classe de produtos. Espera-se que o registro de produtos de baixo impacto no ano corrente supere o número obtido em 2020, quando 95 produtos foram registrados.

Todos os produtos registrados foram analisados e aprovados pelos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.

Fonte: Canal Rural

Quarta, 29 de Setembro de 2021
Irga participa de missão comercial para a Expo Antad 2021 no México
Irga participa de missão comercial para a Expo Antad 2021 no México Fonte: Irga - Assessoria de Comunicação

O diretor comercial do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), João Batista Camargo Gomes, participará em outubro de missão comercial ao México, mais precisamente para a feira Expo Antad & Alimentaria 2021, que ocorre de 18 a 20 do próximo mês na cidade de Guadalajara. A missão é promovida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em parceria com o Ministério das Relações Exteriores e a Apex-Brasil.

A Expo Antad é considerada uma das maiores feiras de alimentos e bebidas da América Latina. O evento, que ocorre no Centro de Exposições Guadalajara Expo, ajuda a promover o desenvolvimento comercial de micro, pequenas e médias empresas para facilitar sua integração em grandes cadeias comerciais. A participação no evento oferece às empresas brasileiras oportunidades de contatos comerciais, negócios e abertura do mercado da América do Norte.

“O Irga se fará representar na feira, participando da missão do Mapa, juntamente com as outras entidades setoriais, a fim de auxiliar na divulgação das qualidades do nosso arroz, e assim fomentar a exportação do produto para aquele país”, acrescenta o diretor comercial da autarquia.

As empresas brasileiras que forem selecionadas para integrar o Pavilhão Brasil na feira mexicana contarão com estrutura completa de estande, incluindo recepcionistas bilíngues, catálogo institucional, cozinha coletiva, seguindo as recomendações de higienização e limpeza, mobiliário para preparação e exposição de produtos, bem como para reunião com os potenciais compradores e apoio técnico da equipe do Mapa.

O Ministério da Agricultura informa que tem a intenção de organizar agenda de visitas técnicas que antecederá a feira e trabalha na perspectiva de participar de seus eventos paralelos, em uma programação ainda a ser confirmada, como rodada de negócios, participação em fóruns, evento de promoção no Pavilhão Brasil, agenda de visitas técnicas entre outros.

Fonte: Irga – Assessoria de Comunicação

Quarta, 29 de Setembro de 2021
IGP-M cai 0,64% em setembro, mas acumula alta de 24,86% em 12 meses
IGP-M cai 0,64% em setembro, mas acumula alta de 24,86% em 12 meses Fonte: Agência Brasil

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu 0,64% em setembro, após alta de 0,66% no mês anterior. Com este resultado, o índice acumula alta de 16% no ano e de 24,86% em 12 meses. Em setembro de 2020, o índice subiu 4,34% e acumulou alta de 17,94% em 12 meses. O IGP-M é usado como referência para o reajuste dos contratos de aluguel.

“O minério de ferro continua influenciando o resultado do IGP-M. A queda de 21,74% registrada no preço desta commodity foi a principal contribuição para o resultado do índice. Sem o minério de ferro, o IGP-M teria registrado alta de 2,37% em agosto e de 1,21% em setembro”, afirmou, em nota André Braz, coordenador dos Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Índice de Preços ao Consumidor

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 1,19% em setembro, ante 0,75% em agosto. Seis das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo habitação (1,05% para 2%). “Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de 3,26% em agosto para 5,75% em setembro”, diz a FGV.

Também apresentaram aumento em suas taxas de variação os grupos educação, leitura e recreação (0,53% para 1,85%), transportes (0,76% para 1,31%), comunicação (-0,11% para 0,21%), Despesas diversas (0,19% para 0,28%) e vestuário (0,29% para 0,31%). Nestas classes de despesa, os destaques são passagem aérea (3,17% para 16,22%), gasolina (1,55% para 2,77%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (-0,26% para 0,42%), cigarros (-0,12% para 0,48%) e serviços do vestuário (0,12% para 0,78%).

Em contrapartida, os grupos alimentação (1,17% para 1,10%), saúde e cuidados pessoais (0,42% para 0,38%) registraram decréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, destacam-se os seguintes itens: hortaliças e legumes (5,42% para 1,57%), artigos de higiene e cuidado pessoal (1,06% para 0,67%).

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 1,21% em setembro, após elevação de 0,66% em agosto.

Índice Nacional de Custo da Construção

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,56% em setembro, repetindo a taxa do mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de agosto para setembro: materiais e equipamentos (1,17% para 0,89%), serviços (0,78% para 0,56%) e mão de obra (0% para 0,27%).

Fonte: Agência Brasil - Ana Cristina Campos