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Quarta, 22 de Setembro de 2021
Produção agrícola em 2020 bate novo recorde e atinge R$ 470,5 bilhões
Produção agrícola em 2020 bate novo recorde e atinge R$ 470,5 bilhões Fonte: Agência Brasil

O valor da produção agrícola do país em 2020 bateu novo recorde e atingiu R$ 470,5 bilhões, 30,4% a mais do que em 2019. A produção agrícola nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas chegou, no ano passado, a 255,4 milhões de toneladas, 5% maior que a de 2019, e a área plantada totalizou 83,4 milhões de hectares, 2,7% superior à de 2019.

Os dados constam da publicação Produção Agrícola Municipal (PAM) 2020, divulgada hoje (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Com a valorização do dólar frente ao real, houve também um crescimento na demanda externa desses produtos, o que causou impacto direto nos preços das principais commodities, que apresentaram significativo aumento ao longo do ano. Como resultado, os dez principais produtos agrícolas, em 2020, apresentaram expressivo crescimento no valor de produção, na comparação com o ano anterior”, explicou o IBGE.

A cultura agrícola que mais contribuiu para a safra 2020 foi a soja, principal produto da pauta de exportação nacional, com produção de 121,8 milhões de toneladas, gerando R$ 169,1 bilhões, 35% acima do valor de produção desta cultura em 2019.

Em segundo lugar no ranking de valor, veio o milho, cujo valor de produção chegou a R$ 73,949 bilhões, com alta de 55,4% ante 2019. Pela primeira vez desde 2008, o valor de produção do milho superou o da cana-de-açúcar (R$ 60,8 bilhões), que caiu para a terceira posição. A produção de milho cresceu 2,8%, atingindo novo recorde: 104 milhões de toneladas.

O café foi o quarto produto em valor de produção, atingindo R$ 27,3 bilhões, uma alta de 54,4% frente ao valor de 2019. Já a produção de café chegou a 3,7 milhões de toneladas, com alta de 22,9% em relação ao ano anterior, mantendo o Brasil como maior produtor mundial.

No ano passado, Mato Grosso foi o maior produtor de cereais, leguminosas e oleaginosas do país, seguido pelo Paraná, por Goiás e o Rio Grande do Sul.

Em relação ao valor da produção, Mato Grosso, destaque nacional na produção de soja, milho e algodão, continua na primeira posição no ranking, aumentando sua participação nacional para 16,8%, novamente à frente de São Paulo, destaque no cultivo da cana-de-açúcar. O Paraná, maior produtor nacional de trigo e segundo de soja e milho, ocupou, em 2020, a terceira posição em valor de produção, à frente de Minas Gerais, destaque na produção de café.

“O Rio Grande do Sul, que teve a produtividade de boa parte das culturas de verão afetadas pela estiagem prolongada no início de 2020, apresentou retração de 6,9% no valor de produção agrícola, caindo para a quinta posição no ranking, com participação nacional de 8,1%”, informou o IBGE,

Os 50 municípios com os maiores valores de produção agrícola do país concentram 22,7% (ou R$ 106,9 bilhões) do valor total da produção agrícola nacional. Desses 50 municípios, 20 eram de Mato Grosso, seis da Bahia e seis de Mato Grosso do Sul.

Sorriso (MT) manteve a liderança entre os municípios com maior valor de produção: R$ 5,3 bilhões, ou 1,1% do valor de produção agrícola do país. Em seguida, vieram São Desidério (BA), com R$ 4,6 bilhões, e Sapezal (MT) com R$ 4,3 bilhões.

Fonte: Agência Brasil – Ana Cristina Campos

Imagem: Claudio Neves

Terça, 21 de Setembro de 2021
Pessimismo no mercado gera baixas nas cotações de soja, milho e café
Pessimismo no mercado gera baixas nas cotações de soja, milho e café Fonte: Canal Rural

Uma das maiores incorporadoras da China, a Evergrande, corre o risco de não pagar dívidas; mercado global está pessimista

 

Boi: mercado segue lento no início da semana
Milho: indicador do Cepea volta a ficar abaixo de R$ 93 por saca
Soja: cotações seguem Chicago e têm desvalorização
Café: preços caem no Brasil, diante de queda em Nova York
No exterior: crise com empresa imobiliária na China gera pessimismo nos mercados
No Brasil: apreensão externa faz Ibovespa ficar abaixo dos 110 mil pontos

Agenda:

Brasil: dados das lavouras do Paraná (Deral)
Brasil: estimativa para a safra brasileira de café em 2021 (Conab)
EUA: construção de novas casas em agosto
Boi: mercado segue lento no início da semana

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a semana teve início com fluxo inexpressivo de negócios no mercado físico do boi gordo. Segundo o analista Fernando Iglesias, o volume negociado acaba ficando totalmente concentrado no atendimento ao mercado doméstico e a destinos menos relevantes na pauta de exportação.

Na B3, as cotações dos contratos futuros do boi gordo tiveram alta em toda a curva pelo segundo dia consecutivo. Porém, enquanto não houver posicionamento da China, os preços terão variações bem limitadas. O ajuste do vencimento para setembro passou de R$ 301,35 para R$ 302,50, do outubro foi de R$ 306,05 para R$ 307,85 e do novembro foi de R$ 315,00 para R$ 317,05 por arroba.

Milho: indicador do Cepea volta a ficar abaixo de R$ 93 por saca

O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), teve um dia de preços mais baixos. A cotação variou -0,92% em relação ao dia anterior e passou de R$ 93,67 para R$ 92,81 por saca. Portanto, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 18%. Em 12 meses, os preços alcançaram 56,8% de valorização.

Na bolsa brasileira, a B3, a grande maioria dos contratos futuros do milho apresentaram recuo e apenas o vencimento para maio/2022 teve alta. O ajuste do vencimento para novembro foi de R$ 93,25 para R$ 92,77, do janeiro de 2022 passou de R$ 94,53 para R$ 94,08, do março foi de R$ 94,47 para R$ 93,82 e por fim, do maio saiu de R$ 88,83 para R$ 89,23 por saca.

Soja: cotações seguem Chicago e têm desvalorização

O indicador da soja do Cepea, calculado com base nos preços praticados no porto de Paranaguá (PR), seguiu Chicago e teve desvalorização. A cotação variou -1,03% em relação ao dia anterior e passou de R$ 175,44 para R$ 173,64 por saca. Desse modo, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 12,83%. Em 12 meses, os preços alcançaram 20,15% de valorização.

Na bolsa de Chicago, as cotações dos contratos futuros da soja chegaram ao segundo dia consecutivo em queda e se afastaram ainda mais do nível de US$ 13 por bushel. O dia foi marcado por aumento da aversão ao risco no mercado internacional. O vencimento para novembro recuou 1,68% na comparação diária e passou de US$ 12,84 para US$ 12,624 por bushel.

Café: preços caem no Brasil, diante de queda em Nova York

De acordo com a Safras & Mercado, as cotações do café no Brasil recuaram, seguindo a queda observada em Nova York. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação passou de R$ 1.080/1.085 para R$ 1.065/1.070, enquanto que no cerrado mineiro, o bebida dura com 15% de catação foi de R$ 1.085/1.090 para R$ 1.070/1.075 por saca.

Na bolsa de Nova York, as cotações do café arábica também foram penalizadas pelas quedas observadas em vários mercados, em virtude do aumento do pessimismo em relação à economia da China. O vencimento para dezembro, o mais negociado atualmente, teve desvalorização de 2,04% na comparação diária e passou de US$ 1,864 para US$ 1,826 por libra-peso.

No exterior: crise com empresa imobiliária na China gera pessimismo nos mercados

Uma das maiores incorporadoras da China, a Evergrande, corre o risco de não ser capaz de pagar suas dívidas. Com isso, os mercados globais tiveram aumento do pessimismo e fortes quedas disseminadas nas principais bolsas. O temor é que uma crise imobiliária na China acabe afetando todo o setor financeiro mundial credor das dívidas.

Os investidores ainda também seguem atentos à reunião de política monetária do Banco Central dos Estados Unidos. É esperada a manutenção do nível de juros, mas também comunicação sobre a retirada de estímulos econômicos para os próximos encontros. Com a queda nos mercados, alguns analistas já apostam que o FED mude de ideia sobre a redução nos estímulos.

No Brasil: apreensão externa faz Ibovespa ficar abaixo dos 110 mil pontos

O aumento da aversão ao risco causado pelo risco de crise imobiliária na China penalizou o Ibovespa novamente. Dessa forma, o principal índice de ações da bolsa brasileira recuou 2,33% na comparação diária e ficou cotado aos 108.843 pontos. Enquanto isso, o dólar comercial subiu 0,93% e passou de R$ 5,282 para R$ 5,331.

De acordo com os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), até a terceira semana de setembro, a balança comercial brasileira teve um saldo positivo de US$ 2,407 bilhões. O resultado veio de uma soma de US$ 14,468 bilhões em exportações e de US$ 12,060 bilhões em importações. Com a suspensão de exportações de carne bovina para a China, o saldo teve uma queda anual de 17,1%.

Fonte: Canal Rural – Felipe Leon com Agência de Notícias

Terça, 21 de Setembro de 2021
Soja sobe levemente em Chicago nesta 3ª acompanhando o humor melhor do financeiro
Soja sobe levemente em Chicago nesta 3ª acompanhando o humor melhor do financeiro Fonte: Noticias Agrícolas

O mercado da soja opera com estabilidade na manhã desta terça-feira (21) na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleaginosa subiam entre 1,50 e 3,25 pontos nos principais contratos, levando o novembro a US$ 12,64 e o maio a US$ 12,85 por bushel. Os preços passam por uma correção e recuperação técnicas depois das perdas de mais de 20 pontos na sessão anterior. 

E apesar das pequenas altas, o mercado ainda acompanha os novos números que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe no final do dia de ontem, com os primeiros dados sobre a colheita norte-americana. 

Até o último domingo (19), 6% da área já havia sido colhida, contra 5% do mesmo período do ano passado e alinhada com a média dos últimos cinco anos de 6%. A expectativa média do mercado era de 5%. 

Além disso, o relatório ainda apontou uma ligeira melhora nos campos americanos. O índice de lavouras de soja em boas ou excelentes condições foi reportado pelo USDA em 58%, contra 57% da semana anterior. Há um ano, este número era de 63%. 

O plantio no Brasil e as condições de clima por aqui, o comportamento da demanda - e a China ainda no feriado - e mais o andamento dos preços dos derivados também estão no radar dos traders. Hoje, sobem os futuros do farelo de soja, enquanto perdem ligeiramente os do óleo. 

No financeiro, ainda atenção ao caso da incorporadora China Evergrande e ao comportamento do governo chinês diante da situação, mas de forma menos intensa nesta terça-feira e buscando uma recuperação não só entre as commodities, mas tambvém entre as bolsas de valores no mundo toto. O petróleo sobe mais de 1% no WTI e no brent, enquanto o dólar index cai 0,11%, também corrigindo as altas fortes de ontem. 

Paralelamente, foco também sobre o que o mercado pode receber amanhã sobre os juros nos EUA e o pacote de estímulos à economia americana e também sobre os juros no Brasil. 

Fonte: Noticias Agrícolas - Carla Mendes 

Terça, 21 de Setembro de 2021
Fraco interesse comprador deve limitar negócios com milho no Brasil
Fraco interesse comprador deve limitar negócios com milho no Brasil Fonte: Safras & Mercado

    O mercado brasileiro de milho deve manter um cenário de fraca movimentação nos negócios. Os compradores alegam estar bem posicionados de estoques, tentando forçar novas baixas nos preços. No cenário internacional, a Bolsa de Chicago mantém o tom negativo da última sessão.

     Ontem (20), o mercado brasileiro de milho abriu a semana com poucos negócios e com lentidão nas principais praças de comercialização. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, muitos consumidores estão posicionados e há oferta em algumas praças trazendo pressão sobre os preços.

     No Porto de Santos, o preço ficou na faixa de R$ 85,00 a R$ 94,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 85,00/94,00.

     No Paraná, a cotação ficou em R$ 92,00/94,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 90,00/93,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 93,00/94,50 a saca.

     No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 95,00/98,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 94,00/95,50 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 83,00/R$ 84,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 78,00/83,00 a saca em Rondonópolis.

CHICAGO

* Os contratos com entrega em dezembro de 2021 operam com baixa de 1,75 centavo, ou 0,33%, em relação ao fechamento anterior, cotada a US$ 5,20 por bushel.

* A boa evolução inicial da colheita nos Estados Unidos pressiona as cotações, assim como a força do dólar, que reduz a competitividade norte-americana no cenário exportador.

* O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou relatório sobre a evolução da colheita das lavouras de milho. Até 19 de setembro, a área colhida estava em 10%. Em igual período do ano passado o número era de 8%. A média para os últimos cinco anos é de 9%. Na semana anterior, o percentual era de 4 pontos. O mercado esperava número de 10%.

* Ontem (20), os contratos de milho com entrega em dezembro fecharam a US$ 5,21 3/4, com baixa de 5,50 centavos, ou 1,04%, em relação ao fechamento anterior.

CÂMBIO

*O dólar comercial registra baixa de 0,45% a R$ 5,308. O Dollar Index registra baixa de 0,21% a 93,07 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia encerraram mistas. Xangai segue fechado por feriado. Tóquio recuou 2,17% e Hong Kong teve alta de 0,51%.

* As principais bolsas na Europa registram índices firmes. Paris, +1,41%. Londres, +1,26%.

* O petróleo opera em alta. Novembro do WTI em NY: US$ 70,86 o barril (+1,04%).

AGENDA

– China: A bolsa de Xangai permanece fechada devido a um feriado.

– Coreia do Sul: A bolsa de Seul permanece fechada devido a um feriado.

– Dados sobre as lavouras do Paraná – Deral, na parte da manhã.

—–Quarta-feira (22/09)

– China: A bolsa de Hong Kong permanece fechada em função de um feriado.

– Coreia do Sul: A bolsa de Seul permanece fechada devido a um feriado.

– Japão: A decisão de política monetária será publicada pelo Banco do Japão.

– A posição dos estoques de petróleo dos EUA até sexta-feira da semana anterior será publicada às 11h30min pelo Departamento de Energia (DoE).

– Definição da taxa Selic, o juro básico da economia brasileira – Copom/BC, após o encerramento do mercado.

—–Quinta-feira (23/09)

– Japão: A bolsa de Tóquio permanece fechada devido a um feriado.

– Reino Unido: A decisão de política monetária será publicada às 8h pelo Banco da Inglaterra.

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30min.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

—–Sexta-feira (24/09)

– Japão: O índice de preços ao consumidor de agosto será publicado às na noite anterior pelo Ministério de Assuntos Internos e Comunicação.

– IPCA-15 e IPCA-Amplo de setembro – IBGE, 9hs.

– Atualização da evolução das lavouras argentinas e levantamento mensal – Ministério da Agricultura, na parte da manhã.

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso – IMEA, na parte da tarde.

Fonte: Safras & Mercado - Arno Baasch

Terça, 21 de Setembro de 2021
Colheita de trigo começa ganhar ritmo
Colheita de trigo começa ganhar ritmo Fonte: Agrolink

A colheita de trigo tem avançado no Brasil e começa a ganhar ritmo no Sul – dados da Conab mostram que, até 11 de setembro, 4,7% da safra havia sido colhida no País, atraso em comparação ao mesmo período da safra passada (10,9%).

De acordo com dados do Cepea, a expectativa de maior oferta, por sua vez, afastou compradores do spot nacional, que, agora, acreditam em baixas nos preços. Segundo informações do Cepea, esses agentes também se atentam ao fato de alguns produtores terem necessidade de “fazer caixa”, diante da proximidade dos vencimentos de custeio. Quanto aos preços do grão, seguiram em queda, mesmo que não de forma expressiva. 

Fonte: Agrolink - Aline Merladete

Terça, 21 de Setembro de 2021
Copom inicia sexta reunião do ano para definir juros básicos
Copom inicia sexta reunião do ano para definir juros básicos Fonte: Agência Brasil

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) começa hoje (21), em Brasília, a sexta reunião do ano para definir a taxa básica de juros, a Selic, e deve repetir os aumentos promovidos nos últimos quatro encontros. Amanhã (22), ao fim do dia, o Copom anunciará a decisão.

Com a alta da inflação nos últimos meses, a previsão das instituições financeiras é de que a Selic deve subir de 5,25% ao ano para 6,25% ao ano, nesta reunião. A expectativa de alta está no Boletim Focus, pesquisa divulgada toda semana pelo BC. Para o final de 2021, o mercado prevê que a taxa fique em 8,25% ao ano.

Os membros do Copom também sinalizaram, na ata da última reunião, que devem manter a elevação da Selic no mesmo patamar de 1 ponto percentual, com uma política monetária mais contracionista diante da piora recente dos índices de preços.

Dessa forma, a Selic continua em um ciclo de alta, depois de passar seis anos sem ser elevada. De julho de 2015 a outubro de 2016, a taxa permaneceu em 14,25% ao ano. Depois disso, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegou a 6,5% ao ano, em março de 2018.

Em julho de 2019, a Selic voltou a ser reduzida até chegar ao menor nível da história em agosto de 2020, em 2% ao ano. Começou a subir novamente em março deste ano, quando avançou para 2,75% ao ano e, no início de maio, foi elevada para 3,5% ao ano. Em junho e agosto, subiu para 4,25% ao ano e 5,25% ao ano, respectivamente.

Taxa Selic

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia. Ela é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima ao valor definido na reunião.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas podem conter a atividade econômica. Ao reduzir a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

Entretanto, as taxas de juros do crédito não variam na mesma proporção da Selic, pois a Selic é apenas uma parte do custo do crédito. Os bancos também consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.

Inflação em alta

Para 2021, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,25% e o superior é 5,25%.

No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de junho pelo Banco Central, a autoridade monetária estimava que, em 2021, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a inflação oficial do país, fecharia o ano em 5,82% no cenário base, com Selic em 6,25% ao ano e câmbio em R$ 5,05. O novo relatório será divulgado na semana que vem, com a previsão atualizada, considerando a taxa Selic que será definida pelo Copom nesta semana e os aumentos inflacionários dos últimos meses.

Em agosto, puxada pelos combustíveis, a inflação subiu 0,87%, a maior inflação para o mês desde o ano 2000, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, o indicador acumula altas de 5,67% no ano e de 9,68% nos últimos 12 meses, o maior acumulado desde fevereiro de 2016, quando o índice alcançou 10,36%.

A projeção do mercado é de uma inflação fechando o ano em 8,35%, de acordo com o último boletim Focus. É a 24ª alta consecutiva da previsão das instituições financeiras.

Fonte: Agência Brasil - Andreia Verdélio

Imagem: Marcello Casal Jr.

Sexta, 17 de Setembro de 2021
Preço do milho no indicador Cepea segue travado; veja as notícias desta sexta
Preço do milho no indicador Cepea segue travado; veja as notícias desta sexta Fonte: Canal Rural

A cotação variou 0,3% em relação ao dia anterior e passou de R$ 93,43 para R$ 93,71 por saca. No acumulado do ano, a saca do milho teve alta de 19%

Boi: novos embargos pressionam arroba negativamente, diz Safras & Mercado
Milho: indicador do Cepea segue travado entre R$ 93 e R$ 94 por saca
Soja: cotações sobem pelo terceiro dia
Café: saca tem firmeza, apesar da volatilidade
No exterior: vendas do varejo têm alta nos EUA em agosto e superam expectativas
No Brasil: IGP-10 tem variação negativa de 0,37% em setembro

Agenda:

Brasil: dados sobre as lavouras do Mato Grosso (Imea)
EUA: expectativas de inflação de setembro
EUA: índice de confiança do consumidor de setembro

Boi: novos embargos pressionam arroba negativamente, diz Safras & Mercado

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, mais quatro países decidiram suspender preventivamente as importações de carne bovina brasileira. Egito, Irã, Indonésia e Rússia seguiram a decisão da Arábia Saudita anunciada dias atrás. Dessa forma, a arroba negociada no mercado físico brasileira seguiu muito pressionada pelo remanejamento de escalas.

Na B3, ao contrário do dia anterior, a curva de contratos futuros apresentou desvalorização, também reagindo negativamente ao anúncio de novos embargos à exportação brasileira de carne bovina. O ajuste do vencimento para setembro passou de R$ 303,00 para R$ 299,50, do outubro foi de R$ 308,45 para R$ 304,20 e do novembro foi de R$ 317,75 para R$ 313,30 por arroba.

Milho: indicador do Cepea segue travado entre R$ 93 e R$ 94 por saca

O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), seguiu preso ao patamar entre R$ 93 e R$ 94 por saca. A cotação variou 0,3% em relação ao dia anterior e passou de R$ 93,43 para R$ 93,71 por saca. Portanto, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 19,15%. Em 12 meses, os preços alcançaram 59,15% de valorização.

Na bolsa brasileira, a B3, os contratos futuros do milho tiveram o segundo dia dessa semana com cotações mais fracas. Portanto, seguem sem forças para voltar aos R$ 100 por saca. O ajuste do vencimento para novembro foi de R$ 94,12 para R$ 93,04, do janeiro de 2022 passou de R$ 95,29 para R$ 94,15 e do março foi de R$ 95,24 para R$ 94,28 por saca.

Soja: cotações sobem pelo terceiro dia

O indicador da soja do Cepea, calculado com base nos preços praticados no porto de Paranaguá (PR), teve o terceiro dia seguido de preços mais altos. A cotação variou 0,41% em relação ao dia anterior e passou de R$ 175,24 para R$ 175,95 por saca. Desse modo, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 14,33%. Em 12 meses, os preços alcançaram 27,08% de valorização.

Na bolsa de Chicago, as cotações dos contratos futuros da soja apresentaram uma leve valorização. O vencimento para novembro subiu 0,12% na comparação diária e passou de US$ 12,944 para US$ 12,96 por bushel. O primeiro futuro da oleaginosa não fecha o dia acima de US$ 13 por bushel desde 30 de agosto.

Café: saca tem firmeza, apesar da volatilidade

De acordo com a Safras & Mercado, as cotações do café no Brasil tiveram firmeza, apesar da forte oscilação e volatilidade. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação passou de R$ 1.070/1.075 para R$ 1.080/1.085, enquanto que no cerrado mineiro, o bebida dura com 15% de catação foi de R$ 1.075/1.080 para R$ 1.085/1.090 por saca.

Na bolsa de Nova York, as cotações do café arábica tiveram alta pelo segundo dia consecutivo, ainda que mais moderada desta vez. Os preços tentam retomar o nível acima de US$ 1,90 por libra-peso. O vencimento para dezembro, o mais negociado atualmente, valorizou 0,43% na comparação diária e passou de US$ 1,8735 para US$ 1,8815 por libra-peso.

No exterior: vendas do varejo têm alta nos EUA em agosto e superam expectativas

As vendas do varejo de agosto nos Estados Unidos tiveram alta de 0,7% na comparação mensal e ficaram bem acima das expectativas. Os analistas de mercado projetavam queda de 0,8%. Em relação aos pedidos de auxílio-desemprego, foram solicitados 332 mil benefícios na semana passada. O resultado ficou um pouco pior que o esperado.

Apesar dos bons números das vendas do varejo, as bolsas norte-americanas tiveram fraco desempenho. O mercado já se prepara para um dia de forte volatilidade nesta sexta, 17, em virtude dos vencimentos de opções e de índices e futuros de ações. Em relação às commodities, o minério de ferro seguiu em baixa após os dados mais fracos da atividade econômica chinesa.

No Brasil: IGP-10 tem variação negativa de 0,37% em setembro

De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), o IGP-10 de setembro teve variação negativa de 0,37%, após ter alta de 1,18% em agosto e de 4,34% em setembro do ano passado. Com este resultado, o indicador acumula uma alta de 16,44% no ano e de 26,84% em 12 meses. O destaque foi o minério de ferro, com deflação de 22,17%.

Novamente pressionado pela Vale, que está sendo impactada negativamente pela queda do preço do minério de ferro no mercado internacional, o Ibovespa teve desvalorização. Dessa forma, o principal índice de ações da bolsa brasileira recuou 1,10% na comparação diária e ficou cotado aos 113.794 pontos. Enquanto isso, o dólar comercial subiu 0,54% e passou de R$ 5,238 para R$ 5,266.

Fonte: Canal Rural – Felipe Leon com Agência de Notícias

Sexta, 17 de Setembro de 2021
Consumo de fertilizantes de nitrogênio crescerá 3%
Consumo de fertilizantes de nitrogênio crescerá 3% Fonte: Agrolink

O consumo global de fertilizantes nitrogenados deverá ter um aumento registrado de 3%, de acordo com informações que foram divulgadas pela Nutrien. Esse aumento é motivado pela influência de fortes fatores que são considerados fundamentais na agricultura do planeta. Contudo, os preços seguem sustentados por outros motivos igualmente importantes. 

“Neste ano, a demanda por fertilizantes nitrogenados no mundo aumentará cerca de 3% devido à influência de fortes fatores fundamentais na agricultura do planeta. No entanto, problemas com o abastecimento de fertilizantes nitrogenados são possíveis devido a interrupções na produção e atrasos na execução de projetos, que, somados aos altos custos de energia, sustentam os preços, afirmam os especialistas da Nutrien”, afirmou a GlobalFert, citando a Fertilizerdaily. 

Nesse cenário, as exportações da China também aumentaram consideravelmente no primeiro semestre desse ano. Sendo assim, pode haver um certo efeito contrário que gerará uma diminuição nas exportações até o final deste ano. 

“Segundo eles, os altos preços da ureia no mercado global e a forte demanda levaram a um aumento de suas exportações da China em mais de 40% no primeiro semestre de 2021. No entanto, devido às ações das autoridades chinesas, que instaram as empresas químicas nacionais a priorizarem o mercado interno, isso pode levar a uma queda nas exportações até o final de 2021”, completa. Os fertilizantes nitrogenados são derivados da amônia que é obtida a partir da transformação química do gás natural e amplamente utilizados na agropecuária e na indústria. 

Fonte: Agrolink - Leonardo Gottems

Sexta, 17 de Setembro de 2021
Bioeconomia Brasil leva capacitação e inovação para agricultores familiares desde 2019
Bioeconomia Brasil leva capacitação e inovação para agricultores familiares desde 2019 Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

Lançado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em 2019, o programa Bioeconomia Brasil - Sociobiodiversidade comemora 2 anos com, uma média, de 90 mil agricultores familiares beneficiados anualmente, cerca de R$ 15 milhões investidos diretamente pelo Mapa e mais de R$ 100 milhões em integração com outras políticas direcionadas aos arranjos de bioeconomia para a agricultura familiar.

Sob a coordenação da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Mapa, foram desenvolvidas ações para estruturação de sistemas produtivos baseados no uso sustentável dos recursos da sociobiodiversidade e do extrativismo.

Por meio do programa federal, em 2019 e 2020, foram celebrados oito convênios com Consórcios Intermunicipais nos estados da Bahia, de Minas Gerais, do Rio de Janeiro, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. A iniciativa conta com R$ 5 milhões para a implementação do Roteiros da Sociobiodiversidade, que prevê a capacitação de agricultores e a gestão dos empreendimentos, agregação de valor aos produtos, resgate de saberes e da cultura alimentar e reconhecimento e valorização dos sistemas agrícolas tradicionais. A meta é atender mais de 14 mil pequenos produtores.

“O Bioeconomia Brasil - Sociobiodiversidade reafirmou o protagonismo do Mapa na formulação das políticas públicas que apoiam a inserção da agricultura familiar nos espaços de inovação e dinamização, sem perder o foco na produção sustentável em todos os biomas. Em poucas palavras, mais agricultores familiares estão inseridos na bioeconomia”, destaca o secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo, César Halum.

Inovação

Inovação e pesquisa são atividades diretamente ligadas ao conceito de bioeconomia. “Não basta ampliar a produção. É preciso fazer isso de forma inovadora, tanto nos processos como nos produtos que resultam do uso da biodiversidade, gerando renda para os agricultores”, explica a diretora de Estruturação Produtiva do Mapa, Andressa Beig.

Neste contexto, o programa apoia iniciativas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que envolvem 21.600 agricultores em mais de 10 cadeias produtivas da bioeconomia. Em 2020, foram destinados R$ 2 milhões para projetos de desenvolvimento de tecnologias para açaí, castanha do Brasil, pirarucu de manejo, mel de abelhas nativas, mandioca, cupuaçu, baunilhas do Brasil, sistemas agroflorestais e piaçava.

No âmbito do Bioeconomia Brasil - Sociobiodiversidade, o Mapa também uniu esforços com o Governo do Amazonas e articulou uma parceria de apoio às cadeias produtivas do pirarucu, da castanha do Brasil e do guaraná no estado. No ano passado, foram aportados R$ 2,2 milhões para oferta de qualificação a cerca de 7 mil empreendedores da agricultura familiar e povos e comunidades tradicionais, além da promoção de acesso a novos mercados e desenvolvimento de soluções tecnológicas para os processos produtivos (máquinas, equipamentos, aplicativos e outros).

A parceria entre Mapa e Amazonas resultou no InovaSocioBio, que tem como objetivo introduzir inovação ao longo das cadeias da sociobiodiversidade. “A gente entende que pensar em desenvolvimento sustentável significa pensar em que maneira se introduz inovações ao longo da cadeia da sociobiodiversidade e fortalece os mercados da bioeconomia”, explica a secretária executiva de Ciências, Tecnologia e Inovação do Amazonas, Tatiana Schor.

Plantas Medicinais

Outra parceria é o projeto “Inovações nas Cadeias de Plantas Medicinais e Bioativas como Estratégia de Diversificação do Cultivo do Tabaco – Projeto Piloto no Vale do Rio Pardo/RS”, intitulado de Valeef. Foi destinado quase R$ 1 milhão para a iniciativa, conduzida pela a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), com o objetivo de fortalecer a agricultura familiar da região, implantando cadeias de plantas aromáticas, medicinais e seus derivados como alternativa ao tabaco. 

“Os agricultores familiares muitas vezes estão inseridos em cadeias produtivas altamente rentáveis e que demandam atuação bastante intensiva e tecnificada. É o caso do tabaco, que envolve cerca de 150 mil famílias no Sul do país. Entretanto, a tendência mundial de consumo de tabaco é a redução gradual ao longo dos anos. Essa parceria trabalha um nicho de mercado ainda a ser explorado e com grande potencial”, ressalta o coordenador-geral de extrativismo do Mapa, Marco Aurélio Pavarino.

Ainda em relação às plantas bioativas, o Mapa iniciou, em 2020, a terceira etapa do projeto ArticulaFito, com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que aportará mais de R$ 3 milhões nos próximos dois anos. A iniciativa tem o propósito de inserir os agricultores familiares nas cadeias de valores das plantas medicinais, aromáticas e condimentares. No último ano, apesar da pandemia, mais de 300 agricultores, técnicos e gestores participaram de oficinas virtuais de capacitação sobre processos produtivos e gestão. 

Pronaf Bioeconomia

Criada e disponibilizada no Plano Safra 2020/2021, após articulações no âmbito do programa Bioeconomia Brasil - Sociobiodiversidade, a linha de crédito Pronaf Bioeconomia contabilizou mais de 1.300 acessos ao crédito rural até junho deste ano. Os recursos ultrapassam R$ 88,9 milhões e podem ser usados pelos produtores familiares em implementação de energia renovável na propriedade, atividades de extrativismo, na adequação ambiental das propriedades, em implantação de sistemas agroflorestais, entre outros.

O produtor familiar Diego Roberto Guliane, de Santa Catarina, acessou o Pronaf Bioeconomia para comprar placas de energia solar fotovoltaicas e relata os bons resultados alcançados. “Com a ajuda do governo, eu consegui reduzir custos na propriedade, gerando mais lucros. Com o que eu gastava antes de energia, consigo pagar o Pronaf e ainda sobra em torno de R$ 7 a R$ 8 mil de lucro”.

No âmbito da Política de Garantia de Preços Mínimos para produtos da Sociobiodiversidade (PGPMBio), subvenção financeira operacionalizada pela Conab,, foram beneficiados 20 mil agricultores, entre 2019 e 2020, com aplicação superior a R$ 40 milhões. A subvenção é concedida diretamente aos agricultores familiares, sendo a maioria extrativistas, ribeirinhos e moradores de unidades de conservação.

Biocombustível

Nos últimos dois anos, o Mapa também modernizou as regras do Selo Biocombustível Social e proporcionou que mais de 60 mil famílias de agricultores familiares fossem incluídas, anualmente, nos arranjos produtivos das empresas produtoras de biodiesel, resultando em mais de R$ 5 bilhões por ano em aquisição de matéria-prima deste segmento.

“É o uso de recursos renováveis, gerando um biocombustível menos poluente e mais sustentável, tudo isso com inclusão produtiva. Essa é a lógica do Selo Biocombustível Social. Mais renda, produtividade e qualidade de vida às famílias que participam da bioeconomia” afirma Pavarino.   

Associado à Cooperativa Tritícola Panambi (Cotripal), de Panambi, no Rio Grande do Sul, o agricultor familiar Márcio José Vilani foi um dos beneficiados. “O selo veio para agregar e foi muito bom, porque ele acrescenta em renda. Nós, como produtores associados, precisamos de renda e sabemos o quanto é importante cada real ganho a mais em uma saca de soja. Por esses motivos é que nós estamos muito satisfeitos com esse selo”.

Outra estratégia para inserir os agricultores familiares nas cadeias produtivas de biocombustíveis é a utilização da inovação como ferramenta. Em articulação com a Embrapa Agroenergia, foram destinados R$ 900 mil para a pesquisa e desenvolvimento de sistemas agroflorestais envolvendo a macaúba, espécie nativa do Cerrado. A iniciativa pretende incentivar a cultura da macaúba e extração do óleo como matéria-prima para a produção de um novo biocombustível com potencial de uso em aviação civil. 

A bioeconomia também está presente na valorização dos potenciais da agrobiodiversdade do país. Em 2020, o Mapa viabilizou o reconhecimento do primeiro Sistema Agrícola Tradicional (SATs) brasileiro. As “Apanhadoras de Flores Sempre Vivas da Serra do Espinhaço”, em Minas Gerais, integram hoje os mais de 40 Sistemas de Importância do Patrimônio Agrícola Mundial (SIPAM) reconhecidos pela FAO em todo o mundo.

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária - Adriana Rodrigues

Sexta, 17 de Setembro de 2021
Futuro do câmbio é nebuloso, diz Rabobank
Futuro do câmbio é nebuloso, diz Rabobank Fonte: Agrolink

A situação econômica e política do país é mais incerta ao fim do terceiro trimestre do que no seu início o que acaba gerando “nuvens no horizonte” quando falamos de câmbio, de acordo com o novo relatório do Rabobank. “Se, no início, ainda falávamos em surpresas positivas da atividade e das contas públicas, os temas que ocupam os noticiários agora são crise hídrica, alta inflação e fricção institucional”, diz. 

“É certo, no entanto, que tivemos avanços em assuntos relevantes como a pandemia, que devido à manutenção do bom passo de vacinação, houve um intenso achatamento da curva de contágio, abrindo caminho para uma reabertura econômica mais segura. No setor externo, cujos ventos têm soprado favoravelmente até então, o espalhamento da variante Delta acendeu uma luz de atenção em um momento em que se discute a iminência da normalização monetária em economias avançadas”, completa. 

Nesse contexto, a principal mudança de cenário vem do front inflacionário. “Além das já conhecidas alta de preços de commodities e restrições de insumos importados na indústria, agora também bate à porta o efeito de secas e geadas, assim como o risco de racionamento causado por uma hidrologia atipicamente mais baixa. As medidas já adotadas pelo governo para evitar apagões impactam diretamente no custo de geração da energia e, consequentemente, na cesta do consumidor. Incorporando esses novos fatores ao nosso cenário, esperamos agora um IPCA de 8,1% em 2021 e 3,7% em 2022”, indica. 

“Contudo, um efeito colateral desse rápido processo de aperto monetário será evitar que a moeda brasileira se desvalorize muito além dos níveis atuais mesmo em face dos riscos fiscais e da incerteza de política econômica que se acumulam às vésperas de um ano eleitoral. Com os investidores exigindo maiores prêmios de risco, esperamos que o real continue volátil nos próximos meses e termine 2021 sendo negociado a 5,20 (por 1 USD) e a 5,30 até o fim do ano seguinte”, conclui. 

Fonte: Agrolink - Leonardo Gottems