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Quinta, 16 de Setembro de 2021
Mapa diz que não há previsão para retomada de vendas de carne bovina do Brasil à China
Mapa diz que não há previsão para retomada de vendas de carne bovina do Brasil à China Fonte: Safras & Mercados

     O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou à Agência SAFRAS, por meio de nota, que não há ainda uma previsão para a retomada das vendas de carne bovina do Brasil para a China.

     Segundo o Mapa, a suspensão das vendas, iniciada no dia 4, continua em vigor até que as autoridades chinesas concluam a avaliação das informações já repassadas pelo Brasil após a confirmação de casos atípicos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) registrados nos estados de Mato Grosso e de Minas Gerais, conhecidas popularmente como mal da vaca louca.

     Mesmo após a Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE) ter confirmado como encerrados os episódios de EEB em território nacional, a Arábia Saudita suspendeu, no último dia 6, as importações de carne bovina de cinco plantas bovinas de Minas Gerais. Segundo o Mapa, as razões estariam ligadas aos casos de mal de vaca louca atípicos registrados no país.

     Ainda conforme o Mapa, o Brasil já encaminhou informações técnicas sobre o caso para as autoridades sanitárias da Arábia Saudita. Estão sendo realizadas reuniões, mas não há ainda previsão sobre a retirada das suspensões”, disse a pasta.

Fonte: Safras & Mercado - Arno Baasch

Quinta, 16 de Setembro de 2021
Soja tem negócios apenas no RS e MS
Soja tem negócios apenas no RS e MS Fonte: Agrolink

Com alta nos preços da soja no mercado do Rio Grande do Sul, as vendas aumentam para 100 mil toneladas, de acordo com informações que foram divulgadas pela TF Agroeconômica. “Preços para entrega outubro e receber abril/maio de 2022 bateram em R$186,50 CIF Porto, isso para o melhor momento. Preços de pedra valeram R$158,00 em Panambi, marcando nova alta de R$ 1,00/saca. No mercado de lotes, como pode ser visto na tabela ao lado, os preços marcaram boas tendências de alta, com todas as regiões subindo em ao menos R$ 3,00/saca”, comenta. 

No entanto, em Santa Catarina o dia mantém os níveis anteriores e poucos negócios são feitos. “Mercado segue para outro dia extremamente calmo em Santa Catarina, com poucos negócios sendo feitos, os valores se  mantiveram  na  mesma  altura  de  ontem  com  soja  em  R$175,00  spot  e  variando  até  R$174,50  para  30  de novembro. Com os preços segurando, o produtor decidiu vender de forma pontual para distância, com os volumes sendo passados a R$180,00 com pagamento em janeiro 2022”, completa. 

Mesmo com alta de R$ 2,00/saca no Paraná, os vendedores continuaram ausentes nesta quarta-feira. “O produtor, já muito defensivo ficou de fora do mercado. Os lotes de Ponta  Grossa  e  Paranaguá  subiram  em  cerca  de R$2,00  em  relação  ao  dia  anterior,  como  pode  ser visto  na  tabela  ao  lado.  A  esses  preços  porém,  os valores  negociados  não  passaram  dos  pontuais  de manutenção. Quando uma tendência de alta aparece, o  produtor  paranaense  tende  a  segurar”, indica. 

Já no Mato Grosso do Sul, as vendas acontecem. “Nesta  quarta-feira,  os  preços  permaneceram  estáveis em relação às indicações do dia anterior, mas isso não significa  que  foi  um  mau  dia.  A  cotação  da  soja  em Chicago  subiu  significativamente,  dando  suporte  às tradings.  Com  isto  o  mercado  andou  bem  devido  à  alta  dos preços.  O  dia  acabou  com  ótimas  vendas:  cerca  de 40.000 toneladas de soja foram negociadas, valor que parece estar de acordo com o que o produtor espera”, conclui. 

Fonte: Agrolink - Leonardo Gottems

Quinta, 16 de Setembro de 2021
Trigo sem vendedores no RS
Trigo sem vendedores no RS Fonte: Agrolink

No estado do Rio Grande do Sul o mercado do trigo não teve alterações e continua sem vendedores, com compradores a R$ 1.450,00/t FOB, de acordo com informações que foram divulgadas pela TF Agroeconômica. “Como o Rio Grande do Sul não publica detalhadamente os custos de produção, utilizamos os dados do Deral-PR, que atualizou os seus custos em agosto. Para o trigo, esta atualização dos custos variáveis foi para R$ 73,00/saca, que, contra a média de R$ 80,00/saca pagas atualmente aos agricultores, representa um lucro aproximado de 9,58%/saca”, comenta. 

Em Santa Catarina os moinhos estão aguardando baixar a poeira no RS e PR para se posicionar. “O estado praticamente não tem mais trigo disponível e se abastece  com  o  trigo  gaúcho,  mais  barato  que  o paranaense. Safra  nova  teria  eventualmente  vendedor  a  $  1.450,00 FOB para novembro, mas, como é um mês muito distante, os compradores não querem se posicionar ainda”, completa a consultoria. 

Ainda não houve relatos de grandes danos com as chuvas de ontem no Paraná. “Na  região  dos  Campos  Gerais  Compradores  a  R$ 1.650,00  para entrega  setembro  posto  Ponta  Grossa. Vendedores  com  poucas  ofertas  de  R$  1.700,00  FOB para setembro. Safra nova para outubro comprador no R$ 1.500,0 posto Ponta Grossa e para novembro comprador no R$ 1.450,0 posto Ponta Grossa e vendedor sem apresentar opção de venda”, indica. 

Na Argentina os agricultores estão antecipando vendas, aproveitando os bons preços de R$ 1.252,00/t FAS. “As boas chuvas que caíram até agora em setembro em grandes áreas produtoras de trigo e valores em dólares mais de  20%  acima  dos  vigentes  há  um  ano  reforçam  a  tendência  de  antecipação  de  vendas  de  grãos  finos  que  é registrada no mercado local mercado, onde os produtores já comprometeram 6,42 milhões de toneladas de cereais aos exportadores para a safra 2021/2022 - a colheita começa no final do mês que vem -, 48,9% a mais que na mesma data  de  2020”, conclui. 

Fonte: Agrolink - Leonardo Gottems

Imagem: Paulo kurtz/ Embrapa

Quinta, 16 de Setembro de 2021
Clima prejudica oferta e preços de hortaliças e frutas disparam
Clima prejudica oferta e preços de hortaliças e frutas disparam Fonte: Canal Rural

As baixas temperaturas e geadas que aconteceram entre o fim de julho e começo de agosto estão refletindo nos preços das frutas e hortaliças no mercado interno brasileiro, de acordo com 9º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta quinta-feira, 16.

Segundo o boletim, a batata foi o produto que apresentou o maior aumento em quase todas as Centrais de Abastecimento, com exceção do Acre.

A produção do tubérculo foi prejudicada pela geadas, que aconteceram quando as lavouras estavam em desenvolvimento. Isso provocou uma redução de cerca de 4% da oferta aos mercados e só não foi maior porque estados produtores importantes, como Minas Gerais e São Paulo, mantiveram os envios.

Hortaliças

O boletim aponta que, para outras hortaliças, o movimento oscilou entre altas e baixas de preços. O tomate, por exemplo, ficou mais barato em alguns estados, mas sofreu aumento especialmente na região sudeste. Nos primeiros dias de setembro alguns acréscimos também ocorreram, decorrentes da paralisação dos caminhoneiros.

Já os preços da cebola estiveram em patamares mais baixos em agosto, o que desmotivou as importações, que permanecem em baixa.

No caso da cenoura, o cultivo em São Gotardo, em Minas Gerais, principal região produtora do país, aumentou em 20%, o que provocou queda em alguns mercados. Em setembro, o cenário pode se repetir. No entanto, o déficit hídrico pode comprometer a produção.

Frutas

No mês de agosto, quase todas as frutas subiram de preços no atacado. Banana e mamão tiveram os maiores aumentos, seguidos da laranja, melancia e maçã.

No caso da banana, o produto chegou a ficar 40,85% mais caro em Belo Horizonte (Ceasaminas) e 32,43% em Vitória (Ceasa-ES).

Para a laranja, as geadas e estiagem acabaram influenciando na produção de frutas menores e murchas em meio a uma demanda desaquecida. Mas a indústria produtora de suco continuou absorvendo parte da produção e a temporada de exportações começou de forma positiva.

Já para o mamão, o cenário é de altos preços, com vários produtores controlando a comercialização devido à diminuição do cultivo nas roças, o que refletiu nas oscilações de oferta verificadas nos entrepostos. Mesmo assim, as taxas de câmbio, a boa demanda externa e o aumento dos voos para o exterior favorecem a exportação.

Cenário

Apesar dos aumentos, a expectativa para os próximos meses é positiva para os consumidores. “No início de setembro, a maioria dos atacadistas mostravam preços estáveis ou registraram queda em alguns produtos”, explica o superintendente de Estudos Agroalimentares e da Sociobiodiversidade da Conab, Marisson Marinho.

“No sudeste, somente o Espírito Santo registrou alta de preços nos dias 8 e 9/9, decorrente de bloqueios que aconteceram nas estradas, porém, o preço já mostra arrefecimento. E a produção de alface, com ciclo mais curto, vem aos poucos se normalizando. Com a maior oferta de hortaliças nos próximos meses, o movimento de preços tende a se estabilizar ou até continuar em declínio, salvo se houver restrição no uso da água para irrigação em regiões afetadas pela crise hídrica”, completou.

Quem busca alternativas de consumo mais baratas, o boletim aponta que, dentre as hortaliças comercializadas na Ceagesp/SP, por exemplo, houve redução na média de preços do gengibre (-36%), couve-flor (-18%), alcachofra (-16%), brócolis (-12%) e abóbora (-10%).

Já em relação às frutas, comparando-se os mesmos períodos, destacaram-se na redução a tangerina importada (-27%), caju (-22%), jabuticaba (-15%), ameixa importada (-14%), tamarindo (-10%) e manga (-9%).

Fonte: Canal Rural

Imagem: cnabrasil.org.br

Quinta, 16 de Setembro de 2021
Na Itália, Tereza Cristina participa de reunião dos ministros da Agricultura do G20
Na Itália, Tereza Cristina participa de reunião dos ministros da Agricultura do G20 Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, está em Florença, na Itália, para participar da Reunião de Ministros da Agricultura do G20. Com foco na sustentabilidade dos sistemas agrícolas e alimentares, o evento reunirá os Ministros da Agricultura do G20, Países Convidados e líderes das principais Organizações Internacionais envolvidas no setor agrícola.  “Vou defender a agricultura brasileira, a agricultura sustentável e movida a ciência”, disse a ministra, ao embarcar para a Itália. 

Na manhã de hoje (16), Tereza Cristina se encontrou com o Secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Tom Vilsack. Na reunião bilateral, eles trataram de temas ligados à agricultura sustentável, além de ações conjuntas de defesa sanitária para barrar o avanço da Peste Suína Africana nas Américas. "Brasil e EUA trabalharão juntos para produzir mais alimentos, respeitando o meio ambiente. Com tecnologia, levaremos a agricultura de baixo carbono a todos os produtores, inclusive os familiares", declarou a ministra brasileira. 

Também nesta quinta-feira (16), a ministra participa do Open Forum em Agricultura Sustentável, que reunirá representantes de países membros e não membros, organizações internacionais, setor privado e sociedade civil para compartilhar ideias que visem atingir o desenvolvimento sustentável nos aspectos econômico, social e ambiental. 

Na sexta-feira (17), a ministra participa de sessão com o tema “Pesquisa como força motriz da sustentabilidade”. Já no sábado, ela irá debater com seus pares a Contribuição do G20 para a próxima Cúpula dos Sistemas Alimentares (Food Systems Summit) e para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 26). Também estão previstas reuniões bilaterais para debater temas de interesse da agricultura brasileira. 

Os membros do G20 são: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia e a União Europeia. A Espanha é convidada permanente. Os membros do G20 respondem por mais de 80% do PIB mundial, 75% do comércio global e 60% da população do planeta.

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

Quinta, 16 de Setembro de 2021
Como foram as exportações do agro em agosto?
Como foram as exportações do agro em agosto? Fonte: Agrolink

A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgou as exportações do agronegócio de agosto/21 que somaram USD 10,9 bilhões, 26,6% superior em relação à ago/20. No acumulado do ano até o momento, o agronegócio totalizou USD 83,7 bilhões de exportações, 20,8% acima do mesmo período do ano passado.

O complexo soja é o principal setor exportador do agronegócio, e no acumulado do ano até agosto somou o valor de USD 38,1 bilhões, alta de 24,7% comparado com o mesmo período de 2020. A alta nos valores exportados é proveniente da combinação do aumento dos preços e volumes comparados com 2020. Em agosto os três principais produtos do complexo apresentaram crescimentos de volume frente à ago/20, sendo a soja em grãos (+11%), farelo de soja (+137%) e óleo de soja (+9%). Com relação aos preços,, os aumentos foram de 37%, 94% e 26%, respectivamente, quando comparado ao
embarcado há um ano. No complexo de proteínas animais, a carne bovina in natura apresentou alta de 11,3% e a carne de frango in natura alta de 3,5% no volume exportado comparado com agosto/20.

Por outro lado, a carne suína in natura embarcou volume menor neste período em 7%, porém no acumulado a variação é positiva em 12,6% No complexo sucroenergético, mesmo com as estimativas de quebra de safra da cana, as exportações de açúcar bruto até agosto estão 3% acima do mesmo período de 2020. Por outro lado, o açúcar refinado e o etanol já estão sendo impactados pela redução na oferta e os volumes das exportações acumuladas ficaram abaixo de 2020 com  8% e 9% de queda, respectivamente. Em relação aos preços, os três principais produtos do complexo apresentam variação positiva em relação ao ano passado. Os lácteos continuam com a maior variação no volume acumulado do ano até agosto com 38% acima do mesmo período de 2020, e preços com variação positiva em 12,4%.

Ainda assim, vale destacar que o trade de lácteos é pequeno relativamente ao tamanho da produção e o saldo comercial do setor é negativo já que as importações são ainda maiores. Por fim, destaque para o algodão, que mesmo com volume de agosto embarcado 46,4% menor que ago/20, no acumulado de 2021 o volume do produto exportado foi 23% maior e o preço com variação positiva em 9,5% em comparação com o mesmo período de 2020. Já para o milho, o volume exportado acumulado apresentou queda de 26%, totalizando 9,9 milhões de toneladas, porém com preços maiores que o mesmo período de 2020 em 22%. Essa redução na quantidade de produto é explicada pela baixa disponibilidade e preços locais elevados.

Fonte: Agrolink - Aline Merladete

Quinta, 16 de Setembro de 2021
Agricultura de Precisão: 5 startups de drones agrícolas para ficar de olho
Agricultura de Precisão: 5 startups de drones agrícolas para ficar de olho Fonte: AF News Agrícola

Quanto mais a agricultura avança em produtividade e sustentabilidade, maiores são os desafios de defesa vegetal. De acordo com Shivani Muthyala, do portal Analytics Insight, uma grande evolução para o campo é o uso de drones. Confira quais são, segundo Muthyala, as cinco startups de drones agrícolas para conhecer em 2021:

1 Aerobotics

Aerobotics é uma das start-ups de drones agrícolas que são baseados em soluções de gerenciamento de propriedades e manejo de pragas. Ele oferece detecção de ameaças baseada em inteligência artifical (IA), serviços de imagens de drones, detecção de doenças e gerenciamento de produção. Foi fundada em 2014 e é uma startup com sede na Cidade do Cabo, África do Sul.

2 Gamaya

Gamaya é uma solução de agricultura de precisão que usa a tecnologia HSI implantada por meio de drones. É uma das startups de drones agrícolas que usam pequenos sistemas de aeronaves não tripuladas para sensoriamento remoto e imagens de alta resolução. A empresa também é vencedora do concurso de startups do IMD e foi fundada em 2014, com sede na Suíça.

3 XAG

A XAG é fornecedora de drones para aplicações em agricultura de precisão. É uma das empresas iniciantes de drones agrícolas que fornece drones para empresas locais que oferecem serviços de pulverização de pesticidas para agricultores. Esta startup foi fundada em 2007 com sede na China.

4 Tevel Aerobotics Technologies

É um startup de drones autônomo alimentado por IA para a colheita de frutas. A Tevel oferece drones autônomos que são equipados com uma garra mecânica usada para colher frutos ou desbastar e podar as árvores frutíferas. Foi fundada em 2016 e tem sede em Israel.

5 Agribotix

A Agribotix fornece soluções de agricultura de precisão habilitadas por drones. Ele fornece processamento e análise de dados para agricultura de precisão. Foi fundada em 2013 com sede nos Estados Unidos.

Fonte: AF News Agrícola - Giulia Zenidin

Quinta, 16 de Setembro de 2021
Atenção no Centro-Sul do BR: Inmet confirma previsão de novo La Niña em meados de outubro
Atenção no Centro-Sul do BR: Inmet confirma previsão de novo La Niña em meados de outubro Fonte: Noticias Agrícolas

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou a previsão do retorno do La Niña a partir de outubro, de curta duração, mas que pode voltar a influenciar o regime de chuvas no Brasil. "Após discussões terem sido levantadas na última semana acerca da chance de ocorrer o fenômeno La Niña, que altera as temperaturas médias do Oceano Pacífico, meteorologistas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) consideram que o evento possa ocorrer em meados da primavera, em outubro", afirma a publicação oficial. 

O Centro-Sul do Brasil sente há mais de um ano os efeitos da seca prolongada, com os reservatórios nos níveis mais baixos das últimas décadas, o que vem impactando diretamente na produtividade de diversas culturas. No ano passado, além do baixo volume de chuva em toda área, as altas temperaturas agravaram ainda mais a situação. 

Segundo o meteorologista Mozar Salvador, juntamente com o La Niña e contando com a temperatura do oceano próximo à costa da Região Sul do Brasil e Uruguai ficando mais fria, a chance de ocorrência de seca e possível estiagem no Sul e Sudeste do Brasil aumentam, enquanto as chuvas no Nordeste e na Região Amazônica poderão aumentar significativamente, dependendo da intensidade do La Niña e do dipolo do Atlântico.

“O La Niña, caso ocorra, será de forma fraca e de curta duração, junto com a ação do dipolo do Atlântico, que, caso seja mais forte, pode atenuar ou melhorar a situação”, explica Mozar. O Inmet complementa ainda que o fenômeno  poderá beneficiar, ainda, a região do Matopiba nos próximos meses. 

Para as próximas 24 horas, o Inmet mantém a condição de tempo severo na região Sul do Brasil. De acordo com o meteorologista Olívio Bahia, a frente fria já avançou para São Paulo, mas as áreas de instabilidade seguem favorecendo a formação de nuvens carregadas em Santa Catarina e no Paraná. 

O especialista alerta ainda que a tendência é para chuva muito intensa, com previsão de vantania, raios e risco de queda de granizo em todas as áreas de Santa Catarina e Paraná, além de pontualmente a chuva também atingir o extremo norte do Rio Grande do Sul. 

Em relação aos volumes, o modelo Cosmo prevê precipitação entre 20mm e 60mm no extremo norte de Santa Catarina e sul do Paraná durante esta quinta-feira (16). A tendência é que as condições de chuva persistam na região nos próximos dias. A trégua deve ser rápida no Rio Grande do Sul, e no início da próxima semana os modelos já mostram condição para chuva expressiva no estado novamente. 

Já quanto ao avanço das chuvas, Olívio comenta que a massa de ar seco segue intensa, mas os modelos começam a tentar avançar. Chuvas pontuais vêm sendo registradas em áreas do Centro-Oeste e Sudeste, como no Mato Grosso do Sul, noroeste do Mato Grosso e São Paulo. De acordo com o especialista, os modelos mostram que a partir do dia 26 a chuva pode conseguir avançar nas regiões. 

Fonte: Noticias Agrícolas - Virgínia Alves

Quinta, 16 de Setembro de 2021
Ministério mantém previsão de crescimento da economia em 5,3% este ano
Ministério mantém previsão de crescimento da economia em 5,3% este ano Fonte: Agência Brasil

 Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia manteve a projeção para o crescimento da economia este ano e elevou a estimativa para a inflação, de 5,9% para 7,9%, por influência da alta nos preços dos combustíveis e energia elétrica. As projeções estão no Boletim MacroFiscal divulgado hoje (16).

A estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país) permaneceu em 5,3% em 2021, em relação ao último boletim, divulgado em julho.

No segundo trimestre do ano, o PIB teve recuo na margem de 0,1% em relação ao período anterior (com ajuste sazonal, já que são períodos diferentes) e cresceu 12,4% na comparação interanual, mostrando recuperação em relação à crise de 2020, segundo a SPE. A pasta destaca que a redução no segundo trimestre se encontra próxima à estabilidade, em um trimestre com o maior número de mortes da pandemia de covid-19.

Apesar da queda do ritmo da atividade nesse período, os dados mensais de indicadores mostram que a recuperação da economia continua no terceiro trimestre. A projeção do PIB para o período é de crescimento de 0,6% em relação ao segundo trimestre (com ajuste sazonal) e de 5% em relação ao mesmo trimestre do ano passado.

O destaque no segundo trimestre, pelo lado da oferta, foi o desempenho dos serviços, com alta de 0,7% ante o trimestre anterior, com ajuste sazonal. De acordo com a SPE, a maior parte dos serviços já recobrou o nível de atividade anterior à pandemia, alcançando, no índice agregado, o maior valor desde 2016. Já o índice de confiança do setor está no maior patamar desde 2013.

“As projeções apontam que o setor de serviços contribuirá de forma robusta para a recuperação econômica no segundo semestre de 2021, concomitantemente ao avanço da vacinação em massa e à flexibilização das restrições às atividades de serviços, alguns dos quais ainda não retomaram o nível pré-pandemia”, explicou a SPE. “Espera-se a manutenção da tendência do setor com impactos positivos no mercado de trabalho, principalmente o informal”, complementa o boletim.

Durante coletiva virtual de apresentação dos dados, o secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, reafirmou que a vacinação em massa é a melhor política econômica para o país e fez um apelo para que a população complete o calendário vacinal contra covid-19.

“A população brasileira está sendo vacinada numa velocidade que nos dá segurança para estimar o crescimento do PIB, que a economia vai continuar com a sua retomada”, disse. “E aqui eu faço um pedido a todos os brasileiros. Cada um pode escolher tomar ou não a vacina. Agora, se você tomou a primeira dose, peço que tome a segunda. Porque estão sendo feito sacrifícios financeiros e de logística para garantir a vacina para a população e deixar essa pandemia para trás”, ressaltou.

Perspectivas

A partir de 2022, a projeção de crescimento do PIB é de 2,5%. Para isso, o governo espera os efeitos positivos das reformas pró-mercado, que foram aprovadas ou estão em análise, e do processo de consolidação fiscal, que deve permitir uma melhora das contas públicas, após a forte elevação dos gastos com a pandemia.

“Contudo, salienta-se que os riscos no cenário prospectivo, principalmente o hidrológico [crise hídrica] e um possível recrudescimento da pandemia, devem ser observados com cautela, avaliando os seus impactos para a economia brasileira”, alertou a SPE sobre os riscos.

O secretário Adolfo Sachsida ressaltou que é preciso eliminar os “ruídos” que podem levar a algumas instituições a baixar as expectativas de crescimento. “Toda democracia é barulhenta. Cabe a nós trabalhar melhor na comunicação para deixar cada vez mais claro o que é ruído e o que é sinal”, disse.

Ele citou, por exemplo, análises do mercado de que a confiança do empresariado estaria diminuindo ou que a elevação da taxa básica de juros (Selic) prejudicaria o crescimento. Entretanto, segundo Sachsida, os dados mostram confiança em todos os setores, como o de serviços.

Já em relação à taxa de juros, ele argumentou que, historicamente, ela nunca esteve em patamar tão baixo, hoje em 5,25%. “É difícil argumentar que a política tem sido contracionista para gerar um crescimento [do PIB] tão baixo ano que vem”, disse, lembrando, por exemplo, que entre 2002 e 2003, a Selic chegou a 26%.

“Vejo [analistas] colocando a taxa em 9% para o ano que vem. Ainda assim é um valor que, historicamente, nos dá comodidade para continuar na trajetória de redução da dívida [pública]/PIB, para aprovação da reformas e crescimento econômico”, disse.

A Selic é o principal instrumento do Banco Central (BC) para alcançar a meta de inflação. Na semana que vem, Comitê de Política Monetária do BC vai reunir e deve elevar a taxa em mais 1%.

Inflação

A projeção de inflação da SPE para 2021, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu de 5,9% para 7,9%. O valor encontra-se acima da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional, de 3,75% para o ano, bem como acima do limite superior do intervalo de tolerância, de 1,5 ponto percentual, ou seja, 5,25%.

A inflação de agosto, divulgada na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi de 0,87%, a maior para o mês desde o ano 2000. Com isso, o indicador acumula altas de 5,67% no ano e de 9,68% nos últimos 12 meses.

De acordo com a SPE, o IPCA tem sido impactado mais fortemente pelas variações ocorridas nos preços dos itens monitorados, ou seja, produtos como gasolina, gás de botijão e medicamentos. No acumulado em 12 meses até agosto, esse grupo registrou aumento de 13,69% de inflação. “Esse aumento é decorrente de elevações significativas nos preços dos combustíveis e da energia elétrica, diante dos reajustes no preço do gás e das alterações nas bandeiras tarifárias, respectivamente”, diz o boletim.

A inflação dos alimentos, acumulada em 12 meses, chegou a 16,59% em agosto, após desaceleração entre março e junho e relativa estabilidade nos meses subsequentes.

Já a inflação dos transportes vem apresentando aceleração desde o início do ano. A maior aceleração se deu nos cinco primeiros meses do ano, quando passou de 1,12% em janeiro para 14,94% em maio. Entre junho e agosto, o subgrupo segue acelerando, embora em um ritmo menos intenso, atingindo 16,63% em agosto, no acumulado em 12 meses.

A inflação de serviços foi de 3,92% no acumulado em 12 meses até agosto, contribuindo positivamente para a inflação e apresentando valores significativamente mais baixos que os demais grupos.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) deverá encerrar este ano com variação de 8,4%. Com participação relevante dos produtos agropecuários, a projeção para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que inclui também o setor atacadista e o custo da construção civil, além do consumidor final, é de 18%.

Para 2022, a projeção de IPCA passou de 3,5% para 3,75%. A partir de 2023, a projeção converge para a meta: 3,25% em 2023 e 3% de 2024 em diante.

Fonte: Agência Brasil - Andreia Verdélio

Imagem: Marcello Casal Jr.

Quarta, 15 de Setembro de 2021
RS tem novas regras relacionadas a agrotóxicos
RS tem novas regras relacionadas a agrotóxicos Fonte: Agrolink

Desde a última segunda-feira (13) o Rio Grande do Sul tem novas regras relacionadas à comercialização e aplicação de agrotóxicos. O Diário Oficial do estado trouxe a publicação de três instruções normativas sobre o assunto. 

A Instrução Normativa nº 40/2021, estabelece a obrigatoriedade da inserção da coordenada geográfica da propriedade rural na receita agronômica, no momento da prescrição do uso do produto químico, no âmbito de todo o Estado.

As coordenadas geográficas deverão atender o Sistema Geodésico Brasileiro em vigor e ser informadas no formato decimal, com seis casas depois da vírgula, de forma que a coordenada geográfica seja inserida com os oito dígitos no layout: -XX, XXXXXX; -XX,XXXXXX, sendo longitude e latitude, respectivamente. A medida entra em vigor em 60 dias.

Também foram publicadas as Instruções Normativas nº 41/2021 e 42/2021, as quais revogam medidas anteriores referentes aos agrotóxicos hormonais e incluem novos 11 municípios (Dilermando de Aguiar, Itaqui, Júlio de Castilhos, Nova Esperança do Sul, Nova Palma, Santa Maria, São Sepé, Toropi, Cachoeira do Sul, Caçapava do Sul e São Gabriel). 

O chefe da Divisão de Insumos e Serviços Agropecuários (Disa), ligada ao Departamento de Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Rafael Friedrich de Lima, explica que a inclusão dos 11 municípios no âmbito das INs foi amplamente debatida no grupo de trabalho do herbicida 2,4-D, que reúne entidades do setor produtivo e órgãos de Estado. “Os critérios técnicos utilizados têm relação com a possível ocorrência de deriva nestas regiões”, comenta Lima.

A IN nº 41/2021 estabelece a venda orientada de agrotóxicos hormonais e revoga as INs 09/2019 e 30/2021. O principal ponto da normativa é que os produtores rurais, destes 11 novos municípios, têm a obrigação de declarar o uso dos agrotóxicos hormonais já na safra de verão 2021/2022, mas não será exigido a eles que o aplicador tenha o curso de boas práticas agrícolas até 31 de maio de 2022. O produtor fica dispensado de apresentar a Declaração do Cadastro Estadual de Aplicador de Agrotóxicos no momento da compra de agrotóxico hormonal no período entre a publicação da IN 41 e 31 de maio de 2022.

Já, na Instrução Normativa nº 42/2021 fica estabelecido o cadastro de aplicadores de produtos agrotóxicos hormonais e a regulamentação da sua aplicação. Também revoga as INs nº 06/2019, 07/2019 e 30/2021. Dentre as alterações publicadas, destacam-se:

- Pessoas jurídicas com o registro ativo como prestador de serviço na aplicação de agrotóxicos junto à SEAPDR também poderão realizar aplicação de agrotóxicos hormonais, além de pessoas físicas devidamente cadastradas no Cadastro Estadual de Aplicadores de Agrotóxicos;
- Excepcionalmente no período compreendido entre a publicação da Instrução Normativa e maio de 2022, para as aplicações realizadas nos 11 novos municípios não será exigido que o aplicador tenha realizado o Curso de Boas Práticas Agrícolas na Aplicação de Agrotóxicos e nem que esteja cadastrado no Cadastro Estadual de Aplicadores de Agrotóxicos;
- A instituição que for ministrar o curso de boas práticas deverá se cadastrar junto à SEAPDR e deverá adotar controle interno de turmas, de alunos e cursos ministrados, mantendo o registro por pelo menos cinco anos;
- Os cursos deverão ser ministrados para turmas com no máximo 40 participantes, exigindo uma frequência mínima de 80% da carga horária total e processo de avaliação de conhecimentos ao final do curso;
- A exceção se dá para o caso dos cursos de executor de aviação agrícola e de coordenador em aviação agrícola, os quais se equivalem ao curso de boas práticas, não se aplicando o prazo de renovação;
- As informações da aplicação de agrotóxicos hormonais deverão ser prestadas pelo produtor rural, no prazo máximo de 96 horas, após o último dia de aplicação, através do preenchimento dos dados no Sistema de Defesa Agropecuária (SDA).

Mantém-se a data de 1º de junho de 2022 para que o disposto nas Instruções Normativas 41 e 42/2021 passem a vigorar em todo o Rio Grande do Sul.

Fonte: Agrolink - Eliza Maliszewski

Imagem: agricultura.rs.gov.br