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Terça, 31 de Agosto de 2021
B3 fecha o mês com perdas para o milho
B3 fecha o mês com perdas para o milho Fonte: Agrolink

A B3 fechou o mês com perdas de cerca de 2% para o milho, seguindo Chicago e quedas no mercado físico, de acordo com informações que foram divulgadas pela TF Agroeconômica. “Não somente isto, mas as notícias vindas da Bolsa de Chicago que diziam respeito a melhores condições para a safra americana que está por vir, tiraram o ânimo do mercado de milho no dia de hoje, e os principais vencimento tiveram queda média de 2% em suas cotações”, comenta. 

“No mercado físico, seguem desvalorizações em todas as praças, em que o valor da saca pode ter recuo de até 7,2% em determinados casos. Nos fechamentos, setembro/21 a R$ 93,10 (-2,1%); novembro/21 a R$ 92,81 (-2,4%); janeiro/22 a R$ 94,80 (-2,2%); março/22 a R$ 95,10 (-2,1%) e maio/22 a R$ 89,60 (-2,3%)”, completa a consultoria. 

O mercado de milho em Chicago fechou em forte queda de 15,5 cents/bu por boas chuvas. “Vendas por Fundos geraram perdas. Além disso, as chuvas teriam trazido tranquilidade ao recompor os níveis de umidade em algumas regiões. As temperaturas seriam normais nos próximos dias, operando na mesma direção”, indica. 

“O relatório semanal de inspeções de exportação do USDA mostrou que 562.549 toneladas de milho foram embarcadas durante a semana de 26/08. Isso foi menos do que as 745k MT da semana passada, mas ainda acima dos 423.765 MT da mesma semana da temporada passada. À medida que o ano comercial diminui, os dados semanais atingem 65,755 MT (2.589 bbu) de milho embarcado na temporada 2020/21. O WASDE de agosto do USDA estimou que os embarques de milho atingiriam 2.775 bbu, mas os dados oficiais do Censo normalmente são superiores aos dados semanais”, conclui. 

Fonte: Agrolink - Leonardo Gottems

Terça, 31 de Agosto de 2021
Trigo/Cepea: Com proximidade da colheita, valores se enfraquecem
Trigo/Cepea: Com proximidade da colheita, valores se enfraquecem Fonte: Noticias Agrícolas

Mesmo diante da baixa disponibilidade de trigo em grão e da aquecida demanda por farelo, os preços internos do cereal estão em queda neste encerramento de agosto. De acordo com colaboradores do Cepea, a pressão vem da proximidade do início da colheita no País – as atividades devem começar em setembro. Assim, agentes de moinhos aguardam a entrada do trigo da nova safra no spot nacional para voltar a realizar negócios envolvendo maiores volumes. Além disso, mesmo com as geadas e o déficit hídrico nas lavouras, a produção desta safra pode ser recorde, o que gera expectativas de menores preços. Outro fator que também influencia o enfraquecimento das cotações internas é a desvalorização do dólar frente ao Real, tendo em vista que esse cenário torna o cereal importado mais atrativo. 

Fonte: Noticias Agrícolas - Cepea

Terça, 31 de Agosto de 2021
Argentina proíbe 2,4-D e já aplica sanções
Argentina proíbe 2,4-D e já aplica sanções Fonte: Agrolink

Em vigor desde o dia 24 de julho, a proibição da utilização e comercialização de 2,4-D em sua formulação “butil e isobutil éster” já está sendo alvo de fiscalização na Argentina. A medida foi implementada por decisão do Senasa (Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Alimentar), e prevê sanções ainda para quem importar, elaborar e fracionar o herbicida.

“A aplicação e o uso dessas formulações podem causar prejuízos às culturas agrícolas, florestais ou outras, devido à sua alta volatilidade nas diferentes regiões do país”, justificou o Senasa argentino.

O engenheiro e diretor-geral de Inspeção e Controle da agência governamental na cidade de Córdoba (Norte da Argentina), Gustavo Balbi, afirmou: “Hoje existem tecnologias que ultrapassam em muito o uso deste tipo de ferramentas e devemos nos adaptar ao seu uso para um desenvolvimento produtivo cada vez mais sustentável”.

Em caso de não cumprimento, o Senasa estabelece o confisco, suspensão ou qualquer outra medida que seja aconselhável de acordo com as circunstâncias de risco para a saúde pública ou o meio ambiente.

E O BRASIL?

Os produtores rurais brasileiros teriam um gasto adicional de R$ 1,6 bilhão por ano caso os herbicidas à base de 2,4-D sejam banidos, forçando sua substituição por outras moléculas. É o que aponta uma pesquisa que mapeia os aspectos biológicos e econômicos do uso desse agroquímico, realizada pelos engenheiros agrônomos e pesquisadores especializados no tema, Robinson Osipe e Jethro Barros Osipe.

De acordo com o estudo, o custo extra com a retirada do 2,4-D da agricultura do Brasil equivale a 417,76% a mais do montante utilizado com o defensivo para o manejo e controle de plantas daninhas. “A retirada do 2,4-D do mercado agrícola brasileiro provocaria, de maneira direta, um significativo aumento médio anual no custo de controle de plantas daninhas. O produto é usado em diversas culturas no País, mas se sobressai na de soja, que representa 65,4% da área cultivada”, ressalta Robinson Osipe.

Fonte: Agrolink - Leonardo Gottems

Imagem: Divulgação

Segunda, 30 de Agosto de 2021
Economia Brasileira
Economia Brasileira Fonte: AF News Agrícola

Ministro disse que nova frente parlamentar contribuirá para reformas.

A divulgação de diversos indicadores recentes confirma a recuperação da produção e do consumo, disse na quarta (25) o ministro da Economia, Paulo Guedes. Segundo ele, a arrecadação recorde em julho, divulgada mais cedo, e o consumo de energia e combustível mostram que a economia brasileira está crescendo forte, apesar de alegações contrárias.

“A economia está bombando, apesar de continuar a narrativa de que o governo não está fazendo nada”, declarou o ministro durante o lançamento da Frente Parlamentar do Empreendedorismo, na Câmara dos Deputados.

Na avaliação do ministro, a crise hídrica, que pode impactar a oferta de energia, representa um obstáculo. No entanto, a atividade econômica continuará resistindo, segundo Guedes. “Há nuvens no horizonte? Há. Temos crise hídrica forte pela frente, mas a economia brasileira está furando as ondas”, disse.

Segundo o ministro, a capacidade de o país superar crises foi posta à prova no ano passado, com a pandemia, quando o país conseguiu implementar medidas e enfrentar o problema. Para ele, o mesmo deve se repetir caso a crise hídrica se intensifique. "Qual o problema agora que a energia vai ficar um pouco mais cara porque choveu menos?", questionou.

O ministro voltou a mencionar as reformas estruturais e disse que a frente de cerca de 150 parlamentares, coordenada pelo deputado Marco Bertaiolli (PSD-SP), deverá facilitar a aprovação das medidas de interesse da equipe econômica e ajudar a recuperar o crescimento do país.

“Os empresários sabem o que está acontecendo e percebem as narrativas negacionistas que negam a força da economia brasileira. Nós deflagramos uma importante sequência de reformas importantes. Nós vamos continuar crescendo com o Congresso operando”, comentou o ministro. Segundo ele, o país tem garantidos investimentos de R$ 500 bilhões nos próximos dez anos.

Também presente ao lançamento da frente parlamentar, o presidente da Câmara, Arthur Lira, disse que a iniciativa facilitará a articulação entre o setor produtivo e o Poder Legislativo. “Tenho certeza de que esse assunto vai ser tratado com esmero entre o setor produtivo e o setor que legisla. Os empresários não podem ficar distantes de Brasília, e nós devemos estar integrados com a sociedade que produz para cumprir nosso papel”, afirmou.

Fonte: AF News Agrícola - Giulia Zenidin

Segunda, 30 de Agosto de 2021
Clima derruba soja em Chicago, mas China salva
Clima derruba soja em Chicago, mas China salva Fonte: Agrolink

As melhoras no campo climático dos Estados Unidos acabaram derrubando a soja na Bolsa de Chicago, mas as vendas para a China acabaram evitando quedas maiores nos preços, de acordo com informações da TF Agroeconômica. “Os futuros da soja caíram na sexta-feira, exceto por uma recuperação no final da sessão nos contratos de óleo de soja diferidos. O óleo de soja de setembro fechou 3 pontos abaixo, mas as outras posições mais próximas fecharam 29 a 31 pontos acima. Os futuros do farelo de soja fecharam com perdas de US $ 2,30 a US$ 3,50 nos primeiros meses”, comenta. 

“Quanto  à  soja,  a porção  da  tarde  teve  os  preços  se  recuperando  das perdas anteriores, mas os preços ainda estavam 2 1/2 a 3 centavos mais baixos no fim de semana. A posição de setembro fechou com uma perda de 8 1/4 centavos a  $  13,59  1/4  por  bushel  no  dia  de  vencimento  das opções.  O  USDA  relatou  outra  venda  de  exportação privada  por  importadores  chineses  de  129  mil toneladas de soja para entrega em 21/22”, completa. 

Os dados semanais da CFTC mostraram que os Fundos estavam com 83.225 contratos líquidos de compra em soja  em  24/08. “Essa  foi  uma  redução  de  13.954  contratos  para  a  posição  comprada  líquida,  impulsionada  por liquidação longa e novas vendas. Já os Commercials adicionaram mais posições compradas do que hedges vendidos, com uma redução de 15.749 em sua posição líquida vendida em 154.473 contratos em 24/08. No farelo de soja, os fundos  estavam  7.012  contratos  menos  líquidos  comprados,  impulsionados  principalmente  por  novas  vendas.  As posições  no óleo de soja também reduziram sua posição comprada ao  longo da semana,  embora  sua redução  de 2.108 contratos tenha sido impulsionada por mais liquidações longas do que cobertura vendida”, indica. 

Fonte: Agrolink - Leonardo Gottems

Segunda, 30 de Agosto de 2021
B3 apresenta dia de quedas para o milho
B3 apresenta dia de quedas para o milho Fonte: Agrolink

Os futuros de milho B3 tiveram um dia de queda, trabalhando muito próximo à estabilidade, no dia de hoje, de acordo com informações da TF Agroeconômica. “O ritmo das colheitas e uma suposta maior disponibilidade de milho tem influenciado cotações, que, sem notícias muito expressivas, sucedem os dias entre a compra e a realização de lucro dos ativos. Aos poucos, as cotações recuam, porque, mesmo com a produção imensamente menor, é um período de mais oferta do cereal”, comenta. 

“Com isto o mês de setembro21 fechou em queda de R$ 0,21/saca no dia e de R$ 0,72/saca na semana a R$ 95,16/saca; a cotação de novembro21 fechou em queda de R$ 0,64 no dia e de R$ 1,15 na semana a R$ 95,34; a cotação de janeiro22 fechou em queda de R$ 0,40/saca no dia e de R$ 0,46 na semana a R$ 97,54. Vide outras cotações na tabela acima”, completa a consultoria. 

Em Chicago o milho fechou em alta com suporte do petróleo e das exportações. “O mercado de milho terminou com ligeiro avanço, gerado por dados otimistas em relação às exportações. O USDA anunciou novas vendas diárias de 150.000 toneladas. para a Colômbia. O petróleo mais firme forneceu suporte. Com isto, os futuros foram negociados em vermelho no início da sexta-feira, mas no meio da manhã o mercado estava firme”, indica. 

“As negociações da tarde empurraram os preços para cima, de modo que os futuros fecharam de 1 1/2 a 5 1/4 centavos no preto. O milho para setembro foi o que mais ganhou, encerrando o dia cotado a $ 5,58 / bu. Os preços spot semanais do óleo de milho do USDA foram em média 64,67 a 65,79 centavos de dólar / lb durante a semana de 27/8. Isso foi 0-9 pontos abaixo da semana passada. Os preços spot do DDG ficaram em $ 214 - $ 226 / t nos portos de Nova Orleans e $ 258 - $ 262 / t no PNW, ante $ 225 e $ 263 na semana passada”, conclui. 

Fonte: Agrolink - Leonardo Gottems

Imagem: Eliza Maliszewski

Segunda, 30 de Agosto de 2021
Mercado financeiro eleva projeção da inflação para 7,27% este ano
Mercado financeiro eleva projeção da inflação para 7,27% este ano Fonte: Agência Brasil

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA - a inflação oficial do país) deste ano subiu de 7,11% para 7,27%. É a 21ª elevação consecutiva na projeção. A estimativa está no boletim Focus de hoje (30), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores econômicos.

Para 2022, a estimativa de inflação é de 3,935%. Para 2023 e 2024, as previsões são de 3,25% e 3%, respectivamente.

A previsão para 2021 está acima da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.

Em julho, a inflação subiu 0,96%, o maior resultado para o mês desde 2002, quando a alta foi de 1,19%. Com o resultado, o IPCA acumula alta de 4,76%, no ano, e 8,99%, nos últimos 12 meses.

Os dados de agosto devem ser divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística na próxima semana, mas o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, registrou inflação de 0,89% neste mês, a maior variação do IPCA-15 para um mês de agosto desde 2002 (1%).

Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 5,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2021 em 7,5% ao ano. Para o fim de 2022, a estimativa é de que a taxa básica mantenha esse mesmo patamar. E tanto para 2023 como para 2024, a previsão é 6,5% ao ano.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas podem dificultar a recuperação da economia. Além disso, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio

As instituições financeiras consultadas pelo BC reduziram a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano de 5,27% para 5,22%. Para 2022, a expectativa para Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento de 2%. Em 2023 e 2024, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2,5%.

A expectativa para a cotação do dólar subiu de R$ 5,10 para R$ 5,15 para o final deste ano. Para o fim de 2022, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,20.

Fonte: Agência Brasil – Andréia Verdélio

Imagem: Marcello Casal Jr.

Segunda, 30 de Agosto de 2021
Dólar sobe ante real após desvalorização recente e de olho em indicadores econômicos
Dólar sobe ante real após desvalorização recente e de olho em indicadores econômicos Fonte: Noticias Agrícolas

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar apresentava leve alta contra o real logo após a abertura desta segunda-feira, depois de registrar desvalorização acentuada no acumulado da semana passada, enquanto os investidores aguardavam indicadores importantes do Brasil e dos Estados Unidos desta semana.

Na quarta-feira, o IBGE divulga dados sobre o crescimento econômico brasileiro no segundo trimestre, enquanto a sexta-feira contará com números sobre a criação de empregos na maior economia do mundo.

Às 9:14, o dólar avançava 0,37%, a 5,2161 reais na venda. O dólar futuro tinha alta de 0,23%, a 5,215 reais.

Na sexta-feira, o dólar spot fechou em baixa de 1,15%, a 5,1965 reais na venda, acumulando baixa de 3,50% na semana.

O Banco Central anunciou para esta sessão leilão de swap tradicional para rolagem de 15 mil contratos com vencimento em fevereiro e julho de 2022.

Fonte: Noticias Agrícolas - Luana Maria Benedito

Segunda, 30 de Agosto de 2021
Mapa estuda remanejar recursos entre programas de investimentos
Mapa estuda remanejar recursos entre programas de investimentos Fonte: Agrolink

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento estuda adequar os recursos ofertados no Plano Safra 2021/2022 em razão da procura dos produtores rurais e das cooperativas agropecuárias por programas de investimento. Na atual temporada, os recursos totalizam R$ 251,3 bilhões. Só no primeiro mês de contratação do crédito rural, os financiamentos atingiram R$ 27 bilhões, alta de 16% em relação ao mesmo período da safra passada. Em julho, foram contratados R$ 6,8 bilhões para investimentos, o equivalente a 9% dos R$ 73,4 bilhões disponibilizados para essa finalidade.  

A medida passou a ser considerada após o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ter comunicado aos agentes financeiros a suspensão de novos pedidos de financiamento de programas de investimento, pois os que já haviam sido protocolados pelo banco correspondem a grande parte dos recursos disponíveis.

De acordo com o diretor de Crédito e Informação da Secretaria de Política Agrícola do Mapa, Wilson Vaz de Araújo, o Ministério poderá propor remanejamento de recursos a partir das contratações efetivadas no Sicor/Bacen. “As necessidades de realocação serão avaliadas à luz das disponibilidades e perspectivas de contratação em cada programa e do desempenho dos diferentes agentes financeiros que operam com recursos equalizáveis”.

O diretor informou que o remanejamento pode ocorrer em quatro momentos do ano-safra: setembro, novembro, fevereiro e maio. “Dadas as limitações de recursos orçamentários e a aquecida demanda de crédito para investimentos agropecuários, é natural que os recursos disponibilizados, embora tenham sido acentuadamente elevados na atual safra, venham a se exaurir antes do final do período, conforme ocorreu no ano passado”, explica o diretor.

Além do remanejamento em estudo, o Governo Federal tem trabalhado  com agentes financeiros para que viabilizem linhas próprias de investimento, no intuito de complementar os recursos do crédito rural, conforme já ocorre no Banco do Brasil, por meio do Invest Agro, e no BNDES, por meio do BNDES – Crédito Rural.

Outros agentes financeiros

A suspensão de pedidos de financiamento pelo BNDES abrangeu, inicialmente, o PCA (Construção e Ampliação de Armazéns) e o Prodecoop (cooperativas), cujos limites autorizados para banco foram, respectivamente, R$ 696,7 milhões e  R$ 1,087 bilhão. Posteriormente, a suspensão incluiu o Inovagro (R$ 893 milhões), o Procap-Agro (R$ 520 milhões), o PCA com capacidade de até 6 mil toneladas (R$ 319,8 milhões) e parcialmente o Pronaf (R$ 587,1 milhões).

De acordo com Wilson Vaz de Araújo, embora o BNDES já tenha sinalizado o esgotamento dos recursos destinados para esses programas, cabe destacar que uma parcela pequena desses recursos foi efetivamente contratada e registrada no Sistema Sicor, do Banco Central. Isto porque as propostas de financiamento protocoladas requerem, por vezes, um período relativamente longo de análise até sua efetiva contratação.

Vaz de Araújo destaca ainda que apesar de o BNDES responder pela maior fatia de recursos equalizados nos programas de investimento, a Lei nº 13.986/2020 abriu a possibilidade de outros agentes financeiros operarem recursos equalizados no crédito rural. Atualmente, há um total de 12 bancos (Banco do Brasil, Banrisul, BDMG, BNDES, Bradesco, BRDE, CEF, CNH Industrial, Credicoamo, Cresol, Sicoob e Sicred).

O diretor explica que o BNDES mantém a hegemonia e relevância no repasse de recursos de investimentos, dado seu papel de destaque na intermediação de mais de 30 bancos no processo de financiamento de investimentos agropecuários, em especial para as cooperativas de crédito. A distribuição de recursos para um maior número de agentes financeiros resultou nos seguintes níveis de participação do BNDES nos programas de investimentos, que estão com protocolos suspensos: Inovagro (34%), Prodecoop (66%), Procap-Agro  (35%), Pronaf (27%) e PCA (35%).

Além dos recursos equalizáveis do BNDES (R$ 1,016 bilhão) e demais bancos (R$ 1,9 bilhão) para o PCA, este programa conta com a disponibilidade de Recursos Obrigatórios, provenientes das Exigibilidades sobre os Depósitos à Vista (R$ 1,2 bilhão), totalizando R$ 4,12 bilhões. Nesse caso, a participação do BNDES no total de recursos para o PCA é de 25%.

Assim, mesmo com a suspensão do protocolo de novas propostas pelo BNDES, os produtores rurais podem buscar os financiamentos para investimentos nos bancos que dispõem de recursos para os mencionados programas.

Fonte: Agrolink - Aline Merladete

Segunda, 30 de Agosto de 2021
China compra mais 256 mil t de soja nos EUA nesta 2ª feira com atenção às processadoras
China compra mais 256 mil t de soja nos EUA nesta 2ª feira com atenção às processadoras Fonte: Noticias Agrícolas

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou uma nova venda de 256 mil toneladas de soja nesta segunda-feira (30). O volume é todo da safra 2021/22. As vendas feitas no mesmo dia, para o mesmo destino e com volume igual ou superior a 100 mil toneladas devem sempre ser informadas ao departamento. 

Nas últimas três semanas, o USDA já informou, por meio de seus reportes diários, vendas de 3,326 milhões de toneladas da oleaginosa. Os EUA já se mostram mais competitivos do que o Brasil agora, para os próximos meses, e a nação asiática tem de comprar ao menos 20 milhões de toneladas até o começo de 2022 para estar adequamente abastecida. 

Assim, o monitoramento do mercado fica agora sobre como estes volumes serão comprados e onde serão adquiridos. Para o começo do ano que vem, a soja brasileira já indica melhor competitividade, com a oferta da nova safra chegando ao mercado e dando chances melhores de preços. 

Leia mais:

"A China vem comprando soja na América do Sul para embarques setembro e março/22 e nos EUA para embarque outubro. No entanto, o Brasil está ficando caro, o que deverá concentrar mais demanda nos EUA", informou a Agrinvest Commodities. A consultoria lembra ainda que a cobertura das indústrias chinesas de processamento de soja segue bastante curta e que, diante de margens apertadas, o momento se torna bastante desafiador para o complexo da oleaginosa no país. 

Fonte: Noticias Agrícolas - Carla Mendes