Notícias

Quarta, 01 de Setembro de 2021
Soja fecha o mês em queda no RS
Soja fecha o mês em queda no RS Fonte: Agrolink

De acordo com o que informou a TF Agroeconômica, a soja fechou o mês em queda de 1,17% no estado. “A diminuição do interesse do comprador se faz sentir cada vez mais firmemente para o mercado internacional, mesmo com o reforço das esmagadoras, os preços de pedra CIF Panambi passaram por nova perda de valor, indo a R$156,00, perda de R$2,00/saca em relação as últimas indicações”, comenta. 

“Quanto  aos  valores  de  lote,  pode-se  perceber  que  foi  feito  um nivelamento em relação a ontem, onde os valores caíram de forma dispersa. Agora as médias estão dentro do que as esmagadoras querem pagar e quem fica mais próximo das fábricas vende a preços melhores. Ademais, os futuros de outubro foram cotados a R$171,50 e os volumes vendidos de hoje não devem ter passado de 4.000 toneladas”, completa. 

Em Santa Catarina, os preços de lote recuaram novamente no dia de hoje e  a resposta do mercado permanece sendo o silêncio. “Durante o pregão, no melhor momento a  soja  foi cotada  no  porto de São Francisco do Sul a R$167,00,  agora os valores se afastam ainda mais das ideias do produtor que almejava vender volumes a ao menos R$180,00. Ademais, a semana começou como acabou, o mercado permanece parado, com o produtor pedindo valores indefinidos por seus volumes e  as  cotações  diminuindo  pela  perda  de  interesse  no  mercado  brasileiro,  agora  é  preciso  observar  as  a  ação  dos moinhos que deve e fortalecer mais adiante, ao todo, não houve venda de volumes hoje”, indica. 

No entanto, a soja fecha o mês de agosto com preços inalterados em relação a julho. “Hoje, no  entanto,  uma  cerealista  comprou  volumes expressivos  na  região  a  valores  super  faturados,  o motivo  não  cabe  a  nós,  segundo  depoimento  de corretores  da  região  foi  um  volume  bastante expressivo,  mas  não  foi  especificado  quanto”, conclui. 

Fonte: Agrolink - Leonardo Gottems

Imagem: canalrural.com.br

Quarta, 01 de Setembro de 2021
Brasil enfrenta falta de agroquímicos
Brasil enfrenta falta de agroquímicos Fonte: Agrolink

Uma série de dificuldades de diversas fontes formou o que muitos tem chamado de “a tempestade perfeita” no segmentos de insumos para a agricultura, provocando aumento de custos em meio a um cenário de escassez de oferta e demanda crescente. Nessa entrevista, originalmente publicada no portal especializado AgroPages, o presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), Julio Borges Garcia, faz um panorama da situação e projeta o futuro do mercado.

Que problemas de fornecimento as empresas agroquímicas têm sofrido?

A indústria de defensivos agrícolas está enfrentando diversos desafios, ocasionados principalmente pela pandemia de covid-19, mas não apenas por ela. Desde o ano passado até agora, há forte alta nos preços de matérias-primas e embalagens, bem como aumento no custo logístico, tanto nacional quanto internacional. O frete marítimo segue em elevação e os fabricantes já sentem falta de determinadas matérias-primas. 

A tendência é de piora desse cenário, especialmente olhando para a China, que segue bastante imprevisível. A opção local de fechar fabricantes por meio de políticas ambientais mais restritivas, a crise hídrica que afetou a produção de energia, o tufão e as tempestades que atingiram o país devem aumentar muito a pressão inflacionária dos defensivos agrícolas.

No que pode acarretar essa falta de matéria-prima?

A escassez de matérias-primas deve impactar, em primeiro lugar, o custo dos insumos, tanto em nível de produção para a indústria quanto no valor final para o agricultor. Diante dos desafios que enfrentamos, estimamos que cerca de 60% dos produtos estão tendo impacto no preço, direta ou indiretamente. Isso deve permanecer no ano que vem. 

Contudo, as empresas de defensivos seguem focadas em cumprir o seu papel de importância socioeconômica, trabalhando para evitar essa escassez de ingredientes ativos e, assim, oferecer soluções para os problemas que prejudicam a produtividade e a rentabilidade do campo.

Quais são os produtos que estão com maior problema?

Como entidade que representa a indústria de defensivos, temos recebido relato de nossos associados sobre dificuldades na aquisição de matérias primas em geral tanto por problemas logísticos quanto por problemas de supply chain. As empresas estão buscando outras fontes de fornecimento, mas é importante frisar que esta questão precisa ser aprovada pelos órgãos reguladores competentes.

Como avalia o primeiro semestre do ano para o setor, e o que projeta para 2021?

No primeiro semestre, a área tratada com defensivos agrícolas aumentou 9,4%, passando de 684,3 milhões de hectares para 748,6 milhões de hectares, com destaque para os inseticidas – que representaram 32% do total. Olhando para o volume dessas aplicações, houve elevação de 7,6%. O total subiu de 439.074 toneladas para 472.436 toneladas, sendo 39% relativo a herbicidas. 

O valor de mercado, em dólar, diminuiu 7,9%, passando de US$ 5,763 bilhões para US$ 5,308 bilhões. Nesse cenário, a soja representou 31% e os inseticidas 37% do valor aplicado em insumos. Já em moeda brasileira, houve alta de 13% e o patamar subiu de R$ 25,188 bilhões para R$ 28,462 bilhões no período. Nossa projeção é de que a área tratada, que cresceu nos dois primeiros trimestres, continue crescendo no terceiro e no quarto trimestres deste ano. Esse cenário é impulsionado pela alta preocupação que os agricultores estão demonstrando com a incidência de insetos, fungos e plantas daninhas. 

Até o fim do ano, esperamos crescer em torno de 10% em área tratada. Contudo, ainda não conseguimos prever com precisão a variação em dólar do faturamento da cadeia de defensivos agrícolas este ano. O real ainda está depreciado frente à moeda norte-americana, algo que é acompanhado também pelo aumento no preço de matérias-primas, de embalagens e de frete marítimo. Apenas com a diminuição de câmbio, uma esperança para este ano, será possível pensar no crescimento do mercado em dólar.

Fonte: Agrolink - Leonardo Gottems

Quarta, 01 de Setembro de 2021
Monitoramento das lavouras indica pouco volume de chuvas, aponta Conab
Monitoramento das lavouras indica pouco volume de chuvas, aponta Conab Fonte: Noticias Agrícolas

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) publicou, nesta segunda-feira (30,) a nova edição do Informativo de Monitoramento das Condições das Lavouras. A análise apresenta uma previsão agrometeorológica semanal, acompanhada de comentários sobre os impactos do clima em algumas das principais culturas do país, e o progresso da safra.  A partir deste mês, o informativo já pode ser conferido diretamente no site da estatal. 

O monitoramento desta semana aponta maiores acumulados de chuva somente no Amazonas, Roraima e oeste do Pará. Por sua vez, as chuvas menos volumosas na costa leste nordestina beneficiam os cultivos de 3ª safra. Na região do Matopiba, o volume de chuvas deve manter também as condições favoráveis para encerrar a colheita do algodão. 

A Região Centro-Oeste segue com tempo seco predominante, favorecendo a maturação e a colheita do algodão do milho 2ª safra e do feijão 3ª safra. A falta de chuvas, no entanto, é desfavorável para o trigo em enchimento de grão no Mato Grosso do Sul, mas sem previsão de impacto em Goiás, devido ao manejo irrigado.

Na Região Sudeste, chuvas são previstas somente na faixa leste de São Paulo e nordeste de Minas Gerais. Nas demais localidades, o tempo seco favorece a maturação e a colheita do algodão, do milho 2ª safra e do trigo. 

Segundo o informativo, para a Região Sul há possibilidade de chuva (em pequena quantidade) apenas no centro-sul do Rio Grande do Sul e leste do Paraná. O armazenamento de água no solo estará adequado para o desenvolvimento vegetativo e floração do trigo no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e parte do Paraná. Nas demais localidades deste estado o trigo permanece sob restrição hídrica. 

Fonte: Noticias Agrícolas - Conab

Quarta, 01 de Setembro de 2021
CNA discute seguro para fundos sanitários
CNA discute seguro para fundos sanitários Fonte: CNA

Brasília (31/08/2021) – A Comissão Nacional de Política Agrícola da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniu, na terça (31), para discutir modelos de seguro para fundos sanitários.

Segundo o presidente da comissão, José Mário Schreiner, ampliar o portfólio de produtos de seguros disponíveis para a agropecuária brasileira é essencial para dar segurança aos produtores rurais. “É extremamente importante discutir esse tema, principalmente em relação à sanidade vegetal e animal”, disse.

Ricardo Sassi, da Corretora Proposta, apresentou uma sugestão de seguro voltado às proteínas animais para garantir indenização aos produtores em casos de doenças como gripe aviária, febre aftosa, peste suína clássica.

A corretora fez um mapeamento do tamanho do rebanho dos estados de Goiás, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, São Paulo e Santa Catarina, estados que possuem fundos sanitários para pecuária, e mensurou os valores em risco em caso de catástrofe sanitária, considerando as atividades de avicultura, suinocultura e pecuária de corte.

Pela proposta, o Programa de Seguro Sanitário para Proteínas Animais teria dois modelos de produtos: seguro individual para produtor e seguro de fundos. Nesse caso, em caso de evento sanitário, o Fundo indeniza os produtores até certo valor (franquia) e a seguradora contratada indeniza a importância segurada contratada pelo Fundo. Nesse modelo, os recursos do fundo são potencializados.

O vice-presidente da Comissão da CNA, Antônio da Luz, trouxe o exemplo do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) do Rio Grande do Sul, que está estruturando um seguro para o fundo da pecuária de corte.

Entre os principais benefícios da proposta apresentada pela corretora estão a transferência de riscos, reposição rápida do patrimônio produtivo, aumento da capacidade financeira dos fundos indenizatórios e a redução das contribuições realizadas pelos produtores para capitalização dos fundos indenizatórios.

Como encaminhamento, a discussão será retomada durante a próxima reunião do Grupo Técnico de Sanidade Animal da CNA, porque vários estados estão interessados em aprimorar o modelo para proteger os rebanhos.

Fonte: CNA – Assessoria de Comunicação

Quarta, 01 de Setembro de 2021
Cotação do milho nesta 4ªfeira segue em baixa na B3
Cotação do milho nesta 4ªfeira segue em baixa na B3 Fonte: Noticias Agrícolas

Os preços futuros do milho seguem contabilizando recuos nesta quarta-feira (B3) nas principais cotações da Bolsa Brasileira (B3) por volta das 11h49 (horário de Brasília).

O vencimento setembro/21 era cotado à R$ 90,55 com baixa de 1,09%, o novembro/21 valia R$ 90,44 com desvalorização de 1,29%, o janeiro/22 era negociado por R$ 93,08 com queda de 0,99% e o março/22 tinha valor de R$ 92,60 com perda de 1,25%.

De acordo com a análise da Agrifatto Consultoria, os preços futuros do milho na B3 já registraram quatro pregões consecutivos de baixa “com a pressão dos preços internacionais influenciando a paridade de importação”.

Mercado Externo

A Bolsa de Chicago (CBOT) também segue seu caminho negativo nesta quarta-feira com os preços internacionais do milho futuro estendendo suas perdas por volta das 11h38 (horário de Brasília).

O vencimento setembro/21 era cotado à US$ 5,26 com desvalorização de 8,00 pontos, o dezembro/21 valia US$ 5,27 com queda de 7,00 pontos, o março/22 era negociado por US$ 5,35 com perda de 7,75 pontos e o maio/22 tinha valor de US$ 5,40 com baixa de 7,75 pontos.

Segundo informações do site internacional Farm Futures, o milho sentiu-se pressionado enquanto o mercado tentava avaliar os danos no golfo e quando a eletricidade seria restaurada. 

“Os spreads continuam a sentir uma pressão acrescida devido à incerteza e à capacidade de exportação offline”, destaca Drew Moore, presidente de desenvolvimento de negócios, Advance Trading Inc.

Fonte: Noticias Agrícolas - Guilherme Dorigatti

Quarta, 01 de Setembro de 2021
Ministério abre consulta pública sobre plano para agropecuária de baixo carbono
Ministério abre consulta pública sobre plano para agropecuária de baixo carbono Fonte: Portal DBO

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) abriu consulta pública para receber contribuições para atualização do “Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária, com vistas ao Desenvolvimento Sustentável (ABC+)”.

As sugestões podem ser enviadas pelos interessados até 30 de setembro, conforme as orientações publicadas no Diário Oficial da União (DOU) nesta terça-feira (31).

O objetivo do ABC+ é de promover a adaptação da agropecuária brasileira à mudança do clima e o controle das emissões de gases de efeito estufa (GEE), com aumento da eficiência e resiliência dos sistemas produtivos, considerando uma gestão integrada da paisagem.

O ABC+ é a atualização do Plano ABC, executado de 2010 a 2020, que se tornou referência mundial de política pública na promoção de tecnologias e práticas sustentáveis no setor agropecuário.

Neste próximo decênio (2020 a 2030), o ABC+ continuará a promover a adoção de tecnologias e práticas sustentáveis, chamadas, nesta nova etapa, de Sistemas, Práticas, Produtos e Processos de Produção Sustentáveis (SPSABC).

Dentre eles estão: fixação biológica do nitrogênio; florestas plantadas; recuperação de pastagens degradadas; tratamento de dejetos animais; sistemas em integração nas modalidades integração lavoura, pecuária, floresta, sistemas agroflorestais e sistema plantio direto.

 

O ABC+ tem em sua composição um Plano Estratégico (PE), publicado em março de 2021, e um Plano Operacional (PO).

Os dois planos foram construídos com base nas lições aprendidas em dez anos de execução do Plano ABC, e em documentos publicados por diversas instituições que atuam em temáticas relacionadas à agropecuária e mudança do clima.

Para a elaboração, foram consultados 28 atores nacionais, bem como os 27 grupos gestores estaduais (GGE). Além disso, mais de 200 autores, colaboradores e revisores, de 50 instituições parceiras, contribuíram.

Na consulta pública, os interessados poderão enviar as contribuições técnicas para os itens “Metas” e “Eixos Estratégicos de Atuação”, que integram o Plano Operacional do ABC+.

Os comentários e/ou sugestões são bem-vindos e fundamentais no aprimoramento desta importante política pública para o setor agropecuário.

Fonte: Portal DBO

Imagem: Fabiano Bastos (Embrapa)

Quarta, 01 de Setembro de 2021
Agropecuária puxa queda do PIB brasileiro no 2º trimestre, aponta IBGE
Agropecuária puxa queda do PIB brasileiro no 2º trimestre, aponta IBGE Fonte: Canal Rural

O Produto Interno Bruto (PIB) teve variação negativa de 0,1% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o primeiro trimestre, de acordo com o Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgado nesta quarta-feira, 1º, pelo IBGE.

De acordo com o IBGE, o resultado indica estabilidade e vem depois de três trimestres positivos seguidos de crescimento da economia. Em valores correntes, o PIB, que é soma dos bens e serviços finais produzidos no país, chegou a R$ 2,1 trilhões.

Com esse resultado, a economia brasileira avançou 6,4% no primeiro semestre. Nos últimos quatro trimestres, acumula alta de 1,8%, e na comparação com o segundo trimestre do ano passado, cresceu 12,4%.

O PIB continua no patamar do fim de 2019 ao início de 2020, período pré-pandemia, e ainda está 3,2% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica na série histórica, alcançado no primeiro trimestre de 2014.

Agropecuária

O desempenho da economia no trimestre vem do resultado negativo da agropecuária (-2,8%). “Uma coisa acabou compensando a outra. A agropecuária ficou negativa porque a safra do café entrou no cálculo. Isso teve um peso importante no segundo trimestre. A safra do café está na bienalidade negativa, que resulta numa retração expressiva da produção”, explica a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

Por ouro lado, a agropecuária cresceu 1,3% em relação ao mesmo trimestre de 2020. Este resultado pode ser explicado, principalmente, pelo desempenho positivo de alguns produtos da lavoura com safra relevante no segundo trimestre, como a soja (9,8%) e o arroz (4,1%). Em contrapartida, houve recuos nas estimativas de produção anual das culturas de café (-21,0%), algodão (-16,6%) e milho (-11,3%). As estimativas para Pecuária e Produção florestal apontaram contribuição positiva para a agropecuária neste trimestre.

Outros setores

A atividade industrial também recuou devido às quedas de 2,2% nas indústrias de transformação e de 0,9% na atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos. Essas quedas compensaram a alta de 5,3% nas indústrias extrativas e de 2,7% na construção.

“A indústria de transformação é influenciada pelos efeitos da falta de insumos nas cadeias produtivas, como é o caso da indústria automotiva, que lida com a falta de componentes eletrônicos. É uma atividade que não está conseguindo atender a demanda. Já na atividade de energia elétrica houve aumento no custo de produção por conta da crise hídrica que fez aumentar o uso das termelétricas”, acrescenta Rebeca.

Nos serviços, os resultados positivos vieram de quase todas as atividades: informação e comunicação (5,6%), outras atividades de serviços (2,1%), comércio (0,5%), atividades imobiliárias (0,4%), atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,3%) e transporte, armazenagem e correio (0,1%). Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,0%) ficou estável.

“Quase todos os componentes dos serviços cresceram, com destaque para o comércio e transporte na taxa interanual, que foram as atividades mais afetadas pela pandemia e que estão se recuperando mais agora”, observa Rebeca Palis.

Fonte: Canal Rural

Quarta, 01 de Setembro de 2021
Energia elétrica: com nova bandeira tarifária, conta sobe 6,78%
Energia elétrica: com nova bandeira tarifária, conta sobe 6,78% Fonte: Canal Rural

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que será instituída a bandeira tarifária escassez hídrica, uma nova bandeira criada excepcionalmente, no valor de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos. A nova bandeira, que servirá para cobrir os custos mais elevados para a geração de energia diante da crise hídrica, valerá de amanhã até abril de 2022 e representa uma elevação de 6,78% na conta de luz.

 

O anúncio foi feito pelo diretor-geral da Aneel, André Pepitone, em coletiva de imprensa convocada hoje pelo Ministério de Minas e Energia, que ocorre no momento, também com a presença do ministro Bento Albuquerque.

Segundo Pepitone, a nova bandeira tarifária é uma medida excepcional e temporária da Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (Creg), que tem essa competência em função da Medida Provisória (MP) 1055. No entanto, afirma que a metodologia das bandeiras usada pela Aneel está mantida.

“Essa decisão foi tomada porque temos que ter uma geração adicional para ter que enfrentar a escassez hídrica, que inclui a importação de energia de outros países, e que tem custo adicional de R$ 8,6 bilhões”, disse Pepitone.

Segundo reajuste na energia elétrica

Na última sexta-feira (27), a Aneel tinha mantido a bandeira em vermelha patamar 2 para setembro, que é acionada quando sobe o custo de geração. Desde julho a bandeira já estava neste patamar e já tinha sofrido uma elevação de preço de 52% na época, para R$ 9,49 cada 100 kWh.

Segundo o órgão, agosto foi mais um mês de severidade para o regime hidrológico do Sistema Interligado Nacional (SIN). O registro sobre as afluências às principais bacias hidrográficas continuou entre os mais críticos do histórico. A perspectiva para setembro não deve se alterar significativamente, com os principais reservatórios do SIN atingindo níveis consideravelmente baixos para essa época do ano.

O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) do governo já havia se reunidos na semana passada e alertado para a piora do cenário e necessidade de se adotar mais medidas.

Bandeira tarifária

Desde o ano de 2015, as contas de energia passaram a contar com o sistema de bandeiras tarifárias, nas cores verde, amarela e vermelha, que indicam se haverá ou não acréscimo no valor da energia a ser repassada ao consumidor final, em função das condições de geração de eletricidade.

Segundo a agência, o sistema de bandeiras tarifárias fatura todos os consumidores cativos das distribuidoras de energia elétrica, com exceção daqueles localizados em sistemas isolados.

Cada modalidade apresenta as seguintes características:

– Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre nenhum acréscimo;

– Bandeira amarela: condições de geração menos favoráveis. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,01874 para cada quilowatt-hora (kWh) consumidos;

– Bandeira vermelha – Patamar 1: condições mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,03971 para cada quilowatt-hora kWh consumido;

– Bandeira vermelha – Patamar 2: condições ainda mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,09492 para cada quilowatt-hora kWh consumido.

Fonte: Canal Rural

Imagem: br.depositphotos.com

Terça, 31 de Agosto de 2021
PF desarticula quadrilha especializada em defensivos agrícolas ilegais
PF desarticula quadrilha especializada em defensivos agrícolas ilegais Fonte: Agência Brasil

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (31), a Operação Ruta Negra, para desarticular uma organização criminosa estabelecida no Paraná. O bando é especializado na importação, comercialização e transporte de defensivos agrícolas ilegais.

Na ação, mais de 80 policiais federais cumpriram 20 mandados de busca e apreensão, um de prisão preventiva e dois de prisão temporária nas cidades paranaenses de Santa Terezinha de Itaipu, Foz do Iguaçu, São Miguel do Iguaçu, Medianeira, Ubiratã, Irati e em Lucas do Rio Verde (MS).

Um dos produtos mais importados pelos bandidos era o benzoato de emamectina, popularmente conhecido como “Benzo”, utilizado no combate à Helicoverpa armigera, espécie de lagarta comum nas lavouras brasileiras de soja, milho, feijão e algodão. Em razão de ser muito poluente, o benzoato de emamectina era absolutamente proibido no Brasil até o ano 2017. Posteriormente, foi liberado seu uso em concentração máxima de até 5%. Durante as investigações, foram realizadas apreensões de benzoato de emamectina em concentrações de até seis vezes maiores do que a permitida.

Histórico

Segundo a PF, a investigação foi iniciada em fevereiro de 2019, a partir de apreensões de cargas ilegais de agrotóxicos vindas do Paraguai. A organização criminosa estaria relacionada com, ao menos, dez prisões em flagrante por importação e transporte de agrotóxicos ilegais, receptação qualificada de veículos furtados ou roubados e adulteração de placas, ocorridas em Foz do Iguaçu, Santa Terezinha do Itaipu, Corbélia (PR), Céu Azul (PR) e São Miguel do Iguaçu (PR).

Transporte

Nessas ocorrências, foi apreendida 1,8 tonelada de agrotóxicos ilegais, no valor aproximado de R$ 3,6 milhões. Os policiais também recuperaram três veículos furtados ou roubados; além de dez prisões.

As investigações revelaram que a organização criminosa atuava pelo menos desde 2015 e supostamente foi responsável pela importação clandestina de dezenas de toneladas de defensivos agrícolas sem registro nos órgãos competentes, a maior parte de origem chinesa. Em média, uma tonelada dos defensivos agrícolas mais comercializados pelo bando tem valor aproximado de R$ 2 milhões.

“A importação ocorria por meio do lago de Itaipu, em pequenas embarcações, que utilizavam portos clandestinos da região. Em seguida, os agrotóxicos eram armazenados em entrepostos situados em Santa Terezinha de Itaipu e Ubiratã até serem comercializados nos estados do Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Rondônia, Amazonas e Pará” detalhou a PF.

No transporte rodoviário, o grupo atuava em comboio de três a cinco veículos, com constantes fugas das forças policiais e direção agressiva.

Além da evasão fiscal, pelo não pagamento dos tributos devidos na importação e no comércio dos produtos, os crimes cometidos geraram danos ambientais em diversos estados da federação. Ao longo das investigações, surgiram indícios de que os criminosos receptavam carros roubados ou furtados, adulterando suas placas. Esses veículos eram utilizados para o transporte dos agrotóxicos.

Para cometer os crimes o grupo contava ainda com auxílio de funcionário de agência bancária em Foz do Iguaçu para abertura de contas com documentos falsos e para movimentação de dinheiro ilegal obtido pelo grupo. Além da prisão do líder do bando, cuja identidade não foi divulgada pela PF, e de seus dois principais auxiliares, foram apreendidos dinheiro, veículos, embarcações e imóveis, supostamente obtidos em razão das práticas criminosas.

Crimes

Os investigados terão que responder pelos crimes de importação e transporte de agrotóxicos ilegais, receptação qualificada, falsificação de documentos e de organização criminosa. Se condenados, podem receber penas de até 35 anos de prisão.

Fonte: Agência Brasil - Karine Melo

Imagem: Marcelo Camargo

Terça, 31 de Agosto de 2021
Após baixas agressivas, soja opera estável na CBOT para concluir mês e o ano comercial nos EUA
Após baixas agressivas, soja opera estável na CBOT para concluir mês e o ano comercial nos EUA Fonte: Noticias Agrícolas

O mercado da soja opera com estabilidade nesta manhã de terça-feira (31) na Bolsa de Chicago. Depois da baixa agressiva da sessão anterior, o mercado se redireciona para terminar o mês e o ano comercial 2020/21 norte-americano. Assim, os principais contratos, por volta de 8h (horário de Brsília), apresentavam pequenas variações de pouco mais de 1 ponto. O novembro tinha, dessa forma, US$ 13,04 e o maio/22, US$ 13,20 por bushel. 

Os traders se mantêm atentos ao clima nos Estados Unidos para a conclusão da safra americana, principalmente de olho no furacão Ida - que perdeu força e voltou a ser classificado como tempestade tropical - e nas áreas que poderiam ser afetadas prestes a serem colhidas. Do mesmo modo, a proximidade da colheita também exerce alguma pressão sobre as cotações. Mais cedo, inclusive, as cotações subiam mais forte. 

Como informa a Agrinvest Commodities, em Nova Orleans, depois da passagem do Ida, há estruturas de elevação de grãos das barcaças para os navios danificadas e a retomada da normalidade para as operações podem levar tempo.

"O fluxo de grãos pelo NOLA está interrompido, fluxo que representa 60% da capacidade nacional de exportação de grãos", afirma o time da Agrinvest. "Enquanto isso, o grão americano ficará represado, impactando seu programa de exportação que começará ganhar força a partir de outubro. Em relação à soja, se o problema de escoamento levar muito tempo para ser equalizado forçará compradores a buscar outras origens, favorecendo o Brasil.  

De acordo com o último boletim semanal de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) foi mantido o índice de lavouras de soja e milho em boas ou excelentes condições em 56%, o que também ajuda a deixar o mercado mais estável. 

No financeiro, o dólar index trabalha em queda e perde 0,26% na manhã desta terça-feira. O petróleo - no brent e no WTI - também opera em campo negativo. 

Fonte: Noticias Agrícolas - Carla Mendes

Imagem: embrapa.br