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Terça, 14 de Setembro de 2021
Muita chuva pode aumentar produtividade do trigo no RS
Muita chuva pode aumentar produtividade do trigo no RS Fonte: Agrolink

Os últimos dias foram de muita chuva sobre o estado do Rio Grande do Sul, que podem, eventualmente, até melhorar a produtividade do trigo, nas lavouras mais tardias, de acordo com informações da TF Agroeconômica. “Semana começa devagar, mas com recuo nos preços: compradores baixaram para R$ 1.480,00 FOB e vendedor a R$ 1.520,00 a R$ 1.550,00. Safra nova, indicações foram a R$ 1.460,00 a R$ 1.470,00 sobre rodas Rio Grande para dezembro. Industrias de rações não indicando. Preços de pedra mantiveram-se em R$ 80,00 base Panambi. Sem negócios conhecidos”, comenta. 

As negociações recomeçam em Santa Catarina, aproveitando as quedas no RS. “Mercado de trigo recomeçou a se movimentar, com os relatos de nova queda nos preços do trigo disponível no Rio Grande do Sul. O estado praticamente não tem mais trigo disponível e se abastece com o trigo gaúcho, mais barato que o paranaense”, completa. 

Já o Paraná tem previsão de chuvas no Oeste e Sudoeste para esta semana. “Houve granizo na região de Cruz Machado, perto de Guarapuava e há previsão de chuvas e ventos fortes, entre 20 e 40 mm, no período entre terça-feira e sábado em todo o Sudoeste, Oeste e Centro-Sul do Paraná, podendo ocorrer acamamento e brotamento das espigas maduras. Com relação aos preços, trigo safra velha no Paraná ofertas a R$ 1650,00/t FOB, com moinhos indicando R$ 1600,00/t CIF. Vendedores indicando R$ 1.700,00 FOB para setembro”, indica. 

“Moinhos recuaram o preço em cem reais/tonelada para R$ 1.500,00/t CIF para outubro. Para novembro comprador a R$ 1.450,00, sem vendedores. Um complicador para o mercado de lotes são os altos preços de balcão de algumas empresas, entre R$ 89,00 e R$ 92,00/saca para o agricultor, o que equivaleria a R$ 1.484,00 e R$ 1.534,00, respectivamente. Trigo safra nova do Rio Grande do Sul rodando a R$ 1400,00/t FOB para moinhos paranaenses, chegando a aproximadamente R$ 1.520,00 CIF Ponta Grossa”, conclui. 

Fonte: Agrolink - Leonardo Gottems

Imagem: Marcel Oliveira

Terça, 14 de Setembro de 2021
Faturamento da agricultura familiar chega a R$ 2,82 milhões na Expointer
Faturamento da agricultura familiar chega a R$ 2,82 milhões na Expointer Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

A 23ª Feira da Agricultura Familiar na Expointer terminou neste domingo (12). Durante nove dias, os 228 expositores que estiveram no pavilhão comercializaram R$ 2,82 milhões, de acordo com a estimativa divulgada neste domingo (12) pelos organizadores do evento. A feira é realizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo, e parceiros.

Dentre os estabelecimentos que comemoram as vendas está o Sítio Vai e Volta, agroindústria familiar produtora de cafés especiais do Rio de Janeiro, que participou pela segunda vez da feira e conseguiu comercializar cerca de 400 quilos de cafés especiais. Esse total é três vezes maior que a quantidade vendida pela família na edição de 2019 do evento.

“As vendas superaram as expectativas. Os primeiros dias foram menos movimentados, mas de quinta-feira em diante o movimento foi muito bom. O número de vendas por dia ultrapassou o que eu esperava, conseguindo cobrir o acumulado dos primeiros dias, e o fechamento está sendo nota dez. É uma experiência maravilhosa. Fiquei muito satisfeito”, conta o produtor Fidelis Rodolphi, que está representando a agroindústria Sítio Vai e Volta junto ao irmão Enock Rodolphi.

A produção de café da família passou de geração para geração com foco na inovação para garantir a qualidade dos produtos apresentada aos visitantes da feira. “Nasci na cafeicultura do meu avô e do meu pai e, hoje, trabalho junto com o meu irmão na produção de cafés especiais. Nós trouxemos a inovação, a tecnologia em produção para gerar essa qualidade, que é o processo de colheita seletiva, a seleção dos grãos e a classificação e, o mais importante, finalização com a torra dentro da propriedade. Para isso, nós montamos uma microtorrefação, onde a gente também faz a torra para garantir a qualidade do café”, afirma o produtor Fidelis Rodolphi.

O sucesso de vendas também é festejado por Lilia Scota da agroindústria Panificados Hermes, que trouxe de Arroio do Tigre (RS) biscoitos, cucas, pão de milho e rocambole. “A gente estava com bastante expectativa de como seria a feira, porque, com a pandemia, a gente não sabia se o público viria, mas superou bem as expectativas. Ontem, nós tivemos um dia maravilhoso.  Vendemos todas as 350 cucas que trouxemos fresquinhas para o estande. Hoje trouxemos mais 300 cucas e zeramos tudo”, afirma a produtora familiar.

Para diretor de Cooperativismo e Acesso a Mercados do Mapa, Márcio Madalena, o balanço é positivo, principalmente, levando em consideração a limitação de público que pôde circular no espaço devido à pandemia. “Essa edição está marcando a retomada das grandes feiras de comercialização pelo país, seguindo todos os protocolos e cuidados, mostrando que as agroindústrias podem começar a retomar as atividades de participação em feiras. E os números mostram que foi um sucesso essa retomada” afirma.

No pavilhão, um dos lugares mais procurados dentro da 44ª Expointer, visitantes do estado, do Brasil e do exterior puderam conhecer e adquirir produtos da agricultura familiar apresentados por 228 expositores do Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Amapá e Rio de Janeiro. No espaço de mais de sete mil metros quadrados as agroindústrias familiares comercializaram geleias, polpas, artesanato, queijos e embutidos, vinhos e espumantes, cachaças, entre outros produtos.

A 23ª Feira da Agricultura Familiar seguiu protocolos sanitários preventivos contra o coronavírus e contou com pontos de higienização com dispensers de álcool gel e lavatórios de mãos, espaçamento de 1,5 metro entre as bancas e monitores fazendo abordagens educativas sobre a prevenção contra a Covid-19, orientando sobre uso da máscara e ajudando a verificar o cumprimento das regras sanitárias.

O Pavilhão da Agricultura Familiar é organizado pelo Mapa em parceria com a Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul (Fetraf-RS), Emater-RS-Ascar e Via Campesina.

Selo

No Pavilhão da Agricultura Familiar, o estande do Ministério da Agricultura recebeu os expositores que desejavam solicitar o Selo Nacional da Agricultura Familiar (Senaf) e tirar dúvidas com funcionários do órgão. Ao todo foram emitidos 115 selos durante os nove dias de feira.

O Mapa também marcou presença com estande montado no Pavilhão Internacional, onde técnicos e pesquisadores apresentaram ao público da feira diversas ações desenvolvidas pelo órgão federal em todo país. No local, os visitantes puderam tirar dúvidas e conhecer as ações desenvolvidas pela Superintendência Federal de Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (SFA/RS), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e da Rede de Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (Rede LFDA).

Expointer

A Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários, mais conhecida como Expointer, é considerada a maior feira agropecuária a céu aberto da América Latina. Segundo balanço divulgado pelo governo do Rio Grande do Sul, a 44ª edição do evento movimentou R$ 1,6 bilhão, atraiu aproximadamente 66,2 mil visitantes nos nove dias e a plataforma online da exposição contabilizou 56 mil visualizações de 25 países diferentes. 

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

Terça, 14 de Setembro de 2021
Soja, milho e carne bovina puxam valor da produção agropecuária
Soja, milho e carne bovina puxam valor da produção agropecuária Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2021, calculado com base nas informações de agosto, está estimado em R$ 1,106 trilhão, maior 9,7% do que o obtido em 2020 (R$ 1,008 trilhão). 

O valor da produção das lavouras foi de R$ 749,9 bilhões e o da pecuária, R$ 356,5 bilhões. A lavouras tiveram um crescimento de 11,9% em valores reais, e a pecuária, 5,4%.

Os produtos que mais impulsionaram o VBP foram o arroz (3,9%), cana-de-açúcar (4,3%), milho (6,8%), soja (28,5%) e trigo (38,6%).

De acordo com José Garcia Gasques, coordenador de Avaliação de Políticas e Informação do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, a contribuição desses cinco produtos deve-se a bons resultados de produção e de preços. Eles respondem por 81% do VBP das lavouras.

Na pecuária, os que mais contribuíram para o aumento do VBP foram carne bovina (6,8%) e de frango (12,5%).

O comércio internacional, por intermédio das exportações, tem sido uma variável relevante para o crescimento. Nos primeiros seis meses do ano, o faturamento das exportações de carnes foi de U$ 11,1 bilhões e do complexo soja, de U$ 34,2 bilhões.

Segundo o coordenador da pesquisa, os preços têm sido decisivos este ano. “Considerando as carnes de frango e carne bovina, trigo, soja, milho e algodão, observa-se que esses produtos apresentam os maiores preços dos últimos 17 anos. Observa-se ainda que, o café, obtém neste ano o maior preço recebido pelos produtores dos últimos nove anos” argumenta.

Por outro lado, há um grupo grande de produtos que vem apresentando contribuição negativa ao VBP. Muitos deles, como banana, batata-inglesa, café, feijão, laranja, tomate, suínos e ovos, têm peso relevante no IPCA. “Por isso, deve haver um acompanhamento mais de perto desses produtos”, alerta Gasques.

A contribuição negativa do café, por exemplo, teve, neste ano, forte queda de produção, em compensação, apresentou elevado aumento nos preços recebidos. “O aumento de preços não evitou uma queda do VBP do café, pois a redução na produção foi muito forte ( -29,6%)”, comenta Gasques.

VBP por estado

Os resultados regionais mostram uma liderança do estado de Mato Grosso, Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, que representam 63% do VBP de 2021.

 

O que é VBP

O VBP mostra a evolução do desempenho das lavouras e da pecuária ao longo do ano e corresponde ao faturamento bruto dentro do estabelecimento. Calculado com base na produção da safra agrícola e da pecuária e nos preços recebidos pelos produtores nas principais praças do país, dos 26 maiores produtos agropecuários do Brasil.

O valor real da produção, descontada a inflação, é obtido pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) da Fundação Getúlio Vargas. A periodicidade é mensal com atualização e divulgação até o dia 15 de cada mês.

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

Terça, 14 de Setembro de 2021
Produtor de soja que contratou seguro rural deve respeitar calendário de plantio e Zarc – Mapa
Produtor de soja que contratou seguro rural deve respeitar calendário de plantio e Zarc – Mapa Fonte: Safras & Mercados

     O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta segunda-feira (13) a Portaria nº 394, que estabelece os calendários de semeadura de soja em nível nacional para fins de atendimento ao Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja.  A publicação revoga a Portaria nº 389, de 1º de setembro de 2021, e estabelece que os períodos de semeadura poderão ser alterados, mediante solicitação fundamentada dos órgãos estaduais de defesa sanitária vegetal.

     O calendário de semeadura, definido pela Secretaria de Defesa Agropecuária, considera parâmetros estritamente fitossanitários, portanto, com objetivos diferentes do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc). Assim, os produtores rurais que contratam o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) ou o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) devem respeitar tanto as datas de semeadura estabelecidos pela SDA, por estado, quanto do Zarc, por município, sempre cumprindo com a data mais restritiva.

     Produtores que não contratam seguro e Proagro podem seguir apenas data de semeadura da Portaria SDA nº 394, de 2021, porém é recomendável a adoção também das datas do Zarc, para reduzir as chances de perdas por efeitos climáticos.

     O Zarc, publicado por meio de portarias pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Mapa, é utilizado em sua integralidade para enquadramento do Proagro e para o PSR. Os agricultores são obrigados a seguir as indicações do Zarc para ter acesso aos benefícios do Proagro e do PSR.

     O zoneamento também é considerado, por muitas instituições financeiras para a concessão de financiamentos do crédito rural, pois possibilita ao produtor acesso aos instrumentos de mitigação de riscos da produção, que servem de garantia nas operações de financiamento do crédito rural.

     As janelas de plantio do Zarc da soja para safra 2021/2022 serão mantidas conforme as publicações realizadas em 12 de maio deste ano, mas o produtor deve estar atento a algumas informações.

Metodologia do Zarc

     O Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) é um instrumento técnico-científico que visa indicar a melhor época de plantio das culturas, para cada município, correlacionada ao ciclo das cultivares e ao tipo de solo, conforme sua capacidade de retenção de água, levando em consideração séries agroclimáticas históricas e análise de probabilidades, com o objetivo de minimizar as chances de adversidades climáticas coincidirem com a fase mais sensível das culturas.

     A metodologia para elaboração do Zarc vigente da soja, safra 2021/2022, levou em conta elementos que influenciam diretamente no desenvolvimento da planta e consequentemente na produção da cultura, tais como: temperatura, chuva, umidade relativa do ar, água disponível no solo e demanda hídrica.

     Além dos aspectos fisiológicos e climáticos, também foram considerados, no momento da realização dos estudos, os aspectos fitossanitários, que na época eram preconizados pelas agências de defesa estaduais. Períodos de vazio sanitário e calendários de semeadura foram utilizados para limitar as indicações de datas de plantio do Zarc.

Diferenças de datas de semeadura da soja entre as portarias Zarc e a Portaria SDA nº 394, de 2021

     Desde 1996, o Zarc apresenta as janelas de semeadura por município de cada estado e por decêndio (período de 10 dias), de forma a simplificar a comunicação e uso das informações. Já o calendário de semeadura divulgado na Portaria SDA nº 394, de 2021 é apresentado por estado e por dia do mês, podendo ocorrer diferença de alguns dias entre um calendário e o outro.  Tal fato acontece quando o calendário da SDA especifica um dia diferente do início de um decêndio das portarias do Zarc.

     São Paulo e Mato Grosso do Sul são exemplos de estados cujos Zarc, para alguns municípios, indicam o plantio a partir de 11 de setembro, enquanto a Portaria SDA nº 394, de 2021 inicia a partir de 16 de setembro.  Nesses estados, o produtor deve seguir a data de semeadura do dia 16 de setembro. Dessa forma, o produtor deve sempre observar a data de semeadura da SDA.

     No Paraná, outro exemplo, a data de início de plantio coincide, 11 de setembro, mas a data do final de plantio difere. Para produtores que contratam seguro ou Proagro, a data final de plantio prevista no calendário do Zarc, em alguns municípios, é 31 de dezembro, e em outros municípios, anterior a essa data. Porém, caso não seja lavoura vinculada ao Proagro e ao seguro, o produtor tem janela de plantio estabelecida até 31 de janeiro para todo o estado na Portaria SDA nº 394, de 2021.

     Dessa forma, produtores que contratam seguro ou Proagro devem respeitar o calendário de semeadura tanto da SDA, por estado, quanto do Zarc, por município, sempre cumprindo com a data mais restritiva, como no exemplo acima de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná. Produtores que não contratam seguro e Proagro podem seguir a data de semeadura da Portaria SDA nº 394, de 2021.

Novos estudos de Zarc de soja

     Conforme previsto na Portaria MAPA nº 412, de 30 de dezembro de 2020, que estabelece as regras para alterações de zoneamentos vigentes, não há prazo para realização de novos estudos de risco climático, para safra 2021/2022, nem condições viáveis para a adequação do Zarc à Portaria SDA nº 394, de 2021 pelos seguintes motivos: a) tempo insuficiente para realização dos estudos de avaliação de risco para as janelas estendidas ou novas janelas de plantio; b) a maior parte das operações e contratos de seguro rural e Proagro já foram contratadas com base no Zarc divulgado em maio.

     Dessa forma, uma nova avalição do Zarc da soja, em âmbito nacional, será realizada e divulgada no primeiro semestre de 2022. O objetivo será quantificar os níveis de riscos climáticos que serão referência do Zarc soja para a safra 2022/2023, dentro das janelas consideradas viáveis, do ponto de vista fitossanitário, pela Portaria SDA nº 394, de 2021. Com informações da assessoria de imprensa do Mapa.

Fonte: Safras & Mercado - Arno Baasch

Terça, 14 de Setembro de 2021
Arábia Saudita proíbe importação de cinco frigoríficos do Brasil
Arábia Saudita proíbe importação de cinco frigoríficos do Brasil Fonte: Canal Rural

A Arábia Saudita suspendeu as importações de carne bovina de cinco frigoríficos brasileiros depois que o país sul-americano detectou dois casos atípicos de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), doença conhecida como o ‘mal da vaca louca’.

Em nota, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informa que a suspensão foi anunciada pela Arábia Saudita, no dia 9 de setembro. “O motivo está relacionado à EEB. Estão sendo realizadas reuniões, mas não há ainda previsão sobre a retirada das suspensões”, diz.

Os cinco frigoríficos não identificados estão localizados no estado de Minas Gerais, onde um dos casos foi confirmado. O segundo caso foi detectado em Mato Grosso.

Maior exportador de carne bovina do mundo, o Brasil já havia suspendido temporariamente seus embarques para o principal cliente, a China, após confirmar os casos atípicos da doença da vaca louca, em consonância com um protocolo de saúde assinado entre os dois países.

“Em relação à China, as importações de carne bovina pela China continuam suspensas. Também não há, ainda, previsão de retomada das vendas desse produto para aquele país”, afirma o Mapa, na mesma nota.

Duas associações que representam empresas de carne bovina, Abiec e Abrafrigo, ainda não se pronunciaram sobre o assunto.

Fonte: Canal Rural

Imagem: Ministério da Agricultura e Pecuária

Terça, 14 de Setembro de 2021
Para ministro, 5G resultará em US$ 1,2 trilhão em investimentos
Para ministro, 5G resultará em US$ 1,2 trilhão em investimentos Fonte: Agência Brasil

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, estima que a quinta geração de internet (5G) poderá resultar em um total de US$ 1,2 trilhão em investimentos diretos e indiretos no país – motivo pelo qual ele tem buscado dar celeridade ao processo que resultará no leilão das faixas destinadas à nova tecnologia.

Segundo o ministro, um outro fator a ser considerado é o avanço que o 5G proporcionará em termos de inclusão digital e social. “O Brasil não pode ficar para trás [nesse processo]”, disse o ministro destacando que o setor de telecomunicações é prioridade da pasta.

De acordo com Faria, com a internet 5G, “o problema de cobertura será eliminado do Brasil”. As declarações foram feitas durante a abertura do seminário Painel Telebrasil 2021.

Inclusão digital e social

“Precisamos fazer logo o leilão porque temos mais de 40 milhões de pessoas sem internet, que dependem dela para trabalhar, estudar, matar saudades; para receber auxílio emergencial e para se informar. Quanto mais rápido realizarmos o leilão, mais rápido conectaremos essas pessoas, dando condição mínima de inclusão digital e social a elas”, disse o ministro ao estimar que, implantada, a 5G trará, ao país, US$ 1,2 trilhão em investimentos.

Diante dessa expectativa, Faria disse ter colocado uma equipe trabalhando constantemente para responder eventuais demandas e dúvidas da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), do Tribunal de Contas da União (TCU) e Congresso Nacional. “5G não é programa de governo, mas de Estado, para fazer nosso país ser respeitado no mundo inteiro”, disse.

O pedido de celeridade foi feito um dia após a Anatel ter adiado a conclusão da análise do edital do leilão do 5G. O adiamento ocorreu após pedido de vista feito pelo conselheiro Moisés Queiroz Moreira. A data para retomada da discussão não foi definida.

O 5G é uma nova tecnologia que amplia a velocidade da conexão móvel e reduz a latência, permitindo novos serviços com conexão segura e estabilidade. Indústria, saúde, agricultura, produção e difusão de conteúdos são áreas que podem ser beneficiadas.

A proposta de leilão tem valor previsto de R$ 44 bilhões e está estruturada com foco em investimentos e oferta da tecnologia a todos os municípios com mais de 600 pessoas, e não na arrecadação de recursos para o governo.

Anatel

Também convidado para falar no Painel Telebrasil, o presidente da Anatel, Leonardo Euler, estima que, ao longo de 20 anos, “os investimentos relacionados à internet 5G vão gerar R$ 160 bilhões [em investimentos]”. Durante sua fala, Euler destacou o papel que as soluções digitais tiveram para o combate à pandemia e para a implantação de políticas públicas.

“Tivemos novos contornos a partir de soluções digitais incorporadas pelas políticas públicas. O Estado ampara os mais vulneráveis [por meio digital]. Com isso, a inclusão digital passa a ser também instrumento de solidariedade”, disse.

Propriedade cruzada

Outro convidado do painel foi o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que defendeu a “criação de uma agência regulamentadora que abranja telecomunicações e radiodifusão, de forma a evitar propriedade cruzada”, conforme recomendado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

“A economia digital nos faz sonhar com futuro quase utópico, de crescimento sustentável e ininterrupto. Ela, com uma regulamentação necessária, promoverá o estímulo de boas práticas e a redução da desigualdade mundial nessa área [digital]”, disse Pacheco ao lembrar que a pandemia “expôs com muita clareza a desigualdade digital da nossa sociedade”.

Citando outra recomendação apresentada no relatório da OCDE, o presidente do Senado disse que é preciso enfrentar a questão tributária, uma vez que 40% dos preços de serviços de banda larga móvel são compostos de tributos e taxas.

Fonte: Agência Brasil - Pedro Peduzzi

Imagem: Wilson Dias

Terça, 14 de Setembro de 2021
Rio Grande do Sul: 44ª Expointer se encerra com faturamento de R$ 1,62 bilhão
Rio Grande do Sul: 44ª Expointer se encerra com faturamento de R$ 1,62 bilhão Fonte: Portal DBO

A 44ª Expointer, que já marcou a história como a única feira agropecuária de grande porte a se realizar no país em 2021, se encerrou no domingo (12/9) contabilizando faturamento de R$ 1.629.550.234,30 e um público de 66.657 visitantes presenciais.

Também houve 56 mil visualizações na plataforma on-line da feira, de 25 diferentes países.

Os dados foram divulgados durante coletiva de imprensa no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, na presença do vice-governador Ranolfo Vieira Júnior, da secretária da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Silvana Covatti, da secretária da Saúde, Arita Bergmann, e dos copromotores (Febrac, Fetag-RS, Farsul, prefeitura de Esteio, Simers e Sistema Ocergs-Sescoop/RS). Também participou o secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos Júnior.

O volume de negócios não alcançou o valor movimentado em 2019 (R$ 2,69 bilhões), ano da última feira antes da pandemia.

Fonte: Ascom Seapdr

De qualquer forma, o balanço é positivo e surpreendente na visão dos copromotores, levando em consideração a limitação considerável de público que pode circular no parque neste ano, em função dos protocolos de saúde. Em 2019, a Expointer recebeu 416 mil visitantes (veja tabela acima).

O faturamento no Pavilhão da Agricultura Familiar chegou a R$ 2,82 milhões, valor um pouco mais da metade do faturamento de 2019, apesar de o público visitante ter reduzido seis vezes em relação à feira de dois anos atrás.

No setor de máquinas e implementos agrícolas, o mais rentável do evento, o volume de negócio bateu R$ 1,42 bilhão. O setor automobilístico somou receita de R$ 200,3 milhões, crescimento de 43,6% na comparação com a última Expointer presencial.

Os 108 artesãos participantes da 38º Exposição de Artesanato do Rio Grande do Sul (Expoargs), realizada no Pavilhão do Comércio, comercializaram R$ 650 mil durante os nove dias de evento.

A venda de animais somou R$ 854,8 mil. O número ficou abaixo do resultado de 2019, porque na 44º Expointer não ocorreram leilões presenciais, o que costuma movimentar valores expressivos.

Para o vice-governador, esta edição da feira tem um duplo significado. “O significado de sempre, do que representa para o povo e para o agro gaúcho, mas também o que representa para os grandes eventos. Não tenho dúvida de que o que nós fizemos aqui, observando todos os protocolos sanitários, servirá de exemplo para grandes eventos”, disse Ranolfo.

O vice-governador disse que a Expointer, que retornou de forma presencial depois de ter ocorrido no ambiente digital em 2020, serve de palco para os gaúchos mostrarem a vocação do Estado ao Brasil e ao mundo.

“Sabemos que o agro não parou, e não para, botando alimento na mesa de todos nós, durante este período”, reforçou, ao saudar as secretárias Silvana e Arita e suas equipes “pelo brilhantismo na condução da 44ª Expointer”.

Para a secretária da Agricultura, Silvana Covatti, esta Expointer passa a ser referência para todo o Brasil e será lembrada pelo pioneirismo de ter ocorrido, com segurança, em meio a uma pandemia. “A nossa Expointer está cumprindo o seu papel de ser uma feira que ultrapassa negócios. Inspirada pela força do agro, a feira mostra o caminho da retomada econômica, da solidariedade entre as pessoas e da esperança por dias melhores”, destacou.

A secretária da Saúde, Arita Bergmann, lembrou que foram muitos meses de preparação, estudos e ajustes para montar os protocolos e a estrutura necessária para fazer esta feira, que certamente já virou referência e irá inspirar futuros eventos no Estado.

“Estamos imensamente orgulhosos do que conseguimos construir e executar aqui”, afirmou a secretária da Saúde.

Estado investiu R$ 1,5 milhão para executar protocolos de saúde – A Secretaria da Saúde atribui o sucesso sanitário do evento a fatores como a testagem prévia de todos os trabalhadores e expositores, requisito para a entrada no parque, à retestagem durante a feira e à ação assertiva dos mais de cem monitores que circularam pelo parque pedindo o cumprimento dos protocolos.

Além disso, estavam espalhados pelo parque 100 lavatórios equipados com duas pias cada, sabonete líquido e álcool gel, que foram aliados da higienização das mãos, reduzindo os contágios e agradando os visitantes.

A bordo de um carrinho e usando megafones, técnicos do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) realizaram durante toda a feira 64 rondas da saúde, quando percorreram as vias internas do parque alertando sobre os protocolos e estimulando comportamentos adequados frente à pandemia.

Antes da feira, foram realizados 628 testes (RT-PCR e antígeno) em trabalhadores e expositores que chegaram ao parque sem o teste prévio. Desses, 13 foram detectáveis, e as pessoas não puderam acessar o parque. Durante o evento, para monitorar a circulação do vírus, foram feitas 198 novas testagens, com cinco detectáveis, que foram imediatamente isolados.

“Rastreamos os contactantes desses casos positivos e fizemos dezenas de testes para examinar a cadeia de transmissão, e não houve surto. Foram cinco casos isolados”, disse a diretora do Cevs, Cynthia Molina Bastos, que capitaneou a estratégia de Saúde na feira. “Outro dado positivo é que o Estado investiu R$ 1,5 milhão no cercamento eletrônico, nos dispensers de álcool e na contratação dos monitores e isso reverteu em saúde, evitando internações”.

A limitação de público, tanto para acessar o parque quanto para circular nos pavilhões, também se mostrou uma estratégia acertada para evitar aglomerações e diminuir o risco de disseminação do coronavírus.

Nos pavilhões, catracas e sensores contabilizavam em painéis o número de visitantes que acessavam os locais, o chamado cercamento eletrônico. A catraca do pavilhão da Agricultura Familiar bloqueava automaticamente quando o limite de pessoas era atingido.

Fonte: Portal DBO - Ascom Seapdr

Sexta, 03 de Setembro de 2021
Expointer vai reunir 2.825 bovinos
Expointer vai reunir 2.825 bovinos Fonte: Agrolink

A 44ª edição da Expointer vai reunir 2.825 animais de argola inscritos de 89 raças diferentes. Em cada uma delas tem aquela que traz o maior número de animais para a feira. Neste ano de 2021, entre os bovinos, as raças Charolês, Braford, Holandesa e Simental-Fleckvieh são as que se destacam.

“Eu participo da feira desde 2006, quando ingressei na Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR). O que se percebe são ciclos, onde sempre há destaque em algumas raças em detrimento de outras. Não é uma equação matemática e sim uma variação em função da evolução das raças, que investem muito em melhoramento genético, buscando sempre um produto final de qualidade para o consumidor”, destaca Pablo Charão, zootecnista da Secretaria.

No caso dos bovinos de corte, dos 441 animais de 17 raças, a Charolês e a Braford estão praticamente empatadas, com apenas um animal de diferença inscrito na feira.

A raça Charolês se fará presente no Parque com 77 animais, um aumento de 24,19% em relação a 2019, quando participaram 62 animais. “Este aumento é reflexo do crescimento como um todo da raça. Está tendo muita procura, tanto por animais puros, como também por reprodutores e sêmen para cruzamento’, comemora Cesar Adams Cezar, Presidente da Associação Brasileira de Criadores de Charolês. Segundo ele, é uma raça que com o melhoramento genético está extremamente funcional, com facilidade de parto, precocidade, sem perder a principal característica que é o ganho de peso e o volume nas carcaças.

E na Expointer deste ano, a novidade é o Campeonato Matriz Modelo da raça Charolês, que vai escolher uma matriz modelo campeã ou até 50% do número de matrizes participantes da disputa. Ele vai ocorrer na quarta-feira (08/09), às 11h, na pista 2. Os julgamentos ocorrem nos dias 06 e 07/09.

Já a raça Braford, que participa da feira com 76 animais, registrou uma redução em relação a 2019, quando foram inscritos 82 animais. Mas de acordo com o Presidente da ABHB, Eduardo Soares, as expectativas para a feira são as melhores possíveis, visto o grande número de animais inscritos nas raças Braford e Hereford para a Expointer. “Nós estamos conseguindo dar visibilidade a esses animais através da divulgação em nossas mídias e, principalmente, nas transmissões on-line dos julgamentos. Nós temos uma grande responsabilidade de ser o elo de ligação entre produtor, a feira e a divulgação das raças”, destaca. Os julgamentos estão marcados para os dias 07 e 08/09.

O pavilhão dos bovinos de leite é um dos que sempre chama a atenção dos visitantes na Expointer, principalmente em função do já tradicional banho de leite. Neste ano, vão ser 332 animais de quatro raças. A quem tem maior número de inscrições na feira é a holandesa. Além da produção de leite, os criadores também comercializam matrizes, novilhas excedentes e sêmen.

Para Carlos Tang, presidente da Gadolando e pecuarista de Farroupilha, que vem com 15 animais para a Feira, as expectativas são grandes. “A Expointer é o marketing supremo do agronegócio, é o melhor marketing que o produtor pode ter. E o produtor está vendo ali o melhor cenário para expor a sua genética. Mesmo que ele não venda ali, ele pode vender mais para frente”, destaca.

E a feira também é um momento de trocas, acredita Tang. “É a melhor oportunidade de fazer um congresso ao vivo com todos aqueles que estão fazendo a mesma coisa que tu. Esta troca de informações, de conhecimento, esta discussão com os pares não tem igual. É o melhor da feira! Eu, por exemplo, tenho amigos que só vejo na feira, então é também um lugar de encontros e reencontros, de convívio e confraternização”.

A tradicional ordenha do concurso leiteiro acontece nos dias 06 e 07/09, com o banho de leite agendado para o dia 07/09 às 16h. Os julgamentos da raça ocorrem nos dias 08 e 09/09 e no sábado (11/09) tem concurso de jovem puxador, às 15h, destinado às crianças. Elas conduzem terneiros na pista simulando um julgamento.

Os bovinos mistos estão representados por 100 animais de três raças. A que vem em maior número, com 70 animais, é a Simental-Fleckvieh, considerada uma das raças mais nacionais, presente em diversos estados brasileiros por conta da sua capacidade de adequação e fertilidade.

‘Nós estamos bastante otimistas com a retomada de uma Expointer presencial. É uma responsabilidade para todos neste momento de pandemia, por isso precisamos estar muito atentos e seguindo os protocolos sanitários. Mas é um reinício, uma retomada dos negócios e estamos muito felizes de estar participando”, afirma Eduardo Borges de Assis, Pres. Assoc. Criadores da Raça Simental-Fleckvieh. Os julgamentos ocorrem nos dias 06 e 07/09 e o leilão no dia 07/09, às 19h, no estande da raça.

Uma das cabanhas mais tradicionais na criação da raça Simental-Fleckvieh é a Santa Terezinha, de Jaquirana. Participa da Expointer há bastante tempo e sempre com destaque. Em 2019 chamou a atenção por ter a primeira terneira nascida no Parque, Anitta. E no ano passado, ganhou o concurso de touro mais pesado, com 1.210 kg. O mesmo touro, FST Valente Poll V20, conquistou os prêmios de Gran Sênior e o Troféu 50 Anos do Parque Estadual de Exposições Assis Brasil.

Neste ano, vai chamar a atenção dos visitantes por outro motivo. Vai receber neste sábado (04) de manhã a imagem de Santa Terezinha trazida pelos organizadores da Romaria das Rosas, de Santo Antônio de Palma. A imagem vai ficar na entrada do estande da Fazenda na Expointer. É uma homenagem pela mensagem recebida em 2019, quando um balão solto pelos organizadores da romaria percorreu mais de 200 km e caiu na fazenda da família em Jaquirana.

Fonte: Agrolink & Assessoria

Imagem: Divulgação ABHB

Sexta, 03 de Setembro de 2021
Clima seco no Brasil e na Argentina favorece altas do trigo em agosto
Clima seco no Brasil e na Argentina favorece altas do trigo em agosto Fonte: Safras & Mercado

O mercado brasileiro de trigo segue acompanhando o desenvolvimento das lavouras no Rio Grande do Sul, no Paraná e na Argentina. Ao longo de agosto, a maioria das regiões sofreram com a falta de chuvas, que provocou estresse às plantas. Na última semana do mês, a volta das precipitações aliviou as preocupações.

As safras do Paraná e do Rio Grande do Sul devem ser finalizadas com volumes menores do que o estimado inicialmente. Porém, os números ainda devem superar o ano passado e proporcionar uma produção recorde ao brasil neste ano.

Em agosto, os preços do trigo de safra velha subiram em média 3,4% no Paraná, 3,6% no Rio Grande do Sul e 3,5% na Argentina. Para a safra nova, a alta na Argentina foi de 8,92% no período. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, os motivos são a pouca oferta, a firmeza do dólar dólar, os problemas climáticos e a quebra na safrinha do milho, que deve aumentar demanda pelo trigo pra ração.

Deral

O Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, informou, em seu relatório mensal, que a safra 2021 de trigo do Paraná deve registrar uma produção de 3,721 milhões de toneladas, 17% acima das 3,190 milhões de toneladas colhidas na temporada 2020. Em julho, a safra 2021 havia sido indicada em 3,887 milhões de toneladas.

A área cultivada deve ficar em 1,213 milhão de hectares, contra 1,136 milhão de hectares em 2019, alta de 7%. A produtividade média é estimada em 3.095 quilos por hectare, acima dos 2.824 quilos por hectare registrados na temporada 2020.

Emater/RS

A situação no Rio Grande do Sul é um pouco menos preocupante. O estado recebeu chuvas favoráveis na semana passada e, ainda que tenha sofrido com a estiagem, ainda tem tempo para se recuperar. Na Regional de Ijuí da Emater/RS, as lavouras têm bom desenvolvimento, mas devem ter perda no potencial produtivo. O número ainda não foi estimado.

Na Regional de Frederico Westphalen, o desenvolvimento é positivo e o rendimento deve superar o do ano passado. Já na regional de Santa Rosa, a perda

já é estimada em 7% devido ao clima quente, seco e ventoso. Conforme fontes consultadas pela Agência SAFRAS, a tendência é de normalidade para o clima e o desenvolvimento daqui pra frente. O crescimento segue atrasado a nível estadual.

Argentina

A ocorrência de chuvas na semana aliviou o estresse hídrico das lavouras de trigo da Argentina. Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 40% das lavouras estão em situação de regular a seca. Na semana passada, eram 52%. Em igual período do ano passado, 53% da área estava nessa situação. A superfície totaliza 6,5 milhões de hectares.

Safra global

A produção mundial de trigo em 2021/22 deverá totalizar 769,5 milhões de toneladas, contra 775,1 milhões do ano anterior. Segundo o Sistema de Informação do Mercado Agrícola (AMIS), no relatório anterior, a previsão era de 784,7 milhões de toneladas. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indica produção global de 776,9 milhões para 2020/21. O Conselho Internacional de Grãos indica safra de 789,4 milhões de toneladas para 2021/22.

Fonte: Safras & Mercado - Gabriel Nascimento

Sexta, 03 de Setembro de 2021
América vai reforçar controle contra PSA
América vai reforçar controle contra PSA Fonte: Agrolink

Durante a Conferência de Ministros da Agricultura das Américas de 2021, organizada pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), realizada nesta semana, em San José, na Costa Rica, os ministros da Agricultura das Américas se comprometeram a trabalharem juntos para combater a Peste Suína Africana.

Depois de 40 anos fora do continente americano, a doença foi diagnóstica em julho na República Dominicana. No Brasil a última ocorrência foi registrada em Pernambuco em 1981, e as medidas aplicadas pelo serviço veterinário oficial brasileiro permitiram a erradicação da doença em todo seu território e a declaração de país livre de PSA em 1984. Na China, maior criador do mundo, a doença chegou a dizimar 60% do rebanho.

Os ministros dos 34 países integrantes do IICA se comprometeram a realizar ações conjuntas com a colaboração de organizações internacionais ligadas à produção de alimentos e à saúde animal. Além disso, solicitaram ao diretor-geral do IICA, Manuel Otero, que apoie o desenvolvimento e a execução de projetos e ações binacionais, e implementação de planos de trabalho definidos nos espaços sub regionais, com o objetivo de erradicar os surtos e prevenir e conter a propagação. do vírus, para que o Hemisfério recupere a condição de livre da Peste Suína Africana.

“Precisamos estar atentos pois, apesar de não ser transmissível aos humanos, a Peste Suína Africana poderá impactar a economia de nosso continente e as vidas de nossas populações. Uma ação coordenada entre nossos países é essencial”, ressaltou a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, Tereza Cristina, que assumiu a presidência da JIA. 

Na reunião a República Dominicana e o Haiti informaram as ações que adotam para enfrentar a PSA e solicitaram o apoio e a execução de iniciativas para erradicar focos e conter a disseminação do vírus, que ameaça a indústria suína do hemisfério e a estabilidade econômica de pequenos e médios produtores do setor.

“Estabelecemos uma série de conversas bilaterais com autoridades de diferentes países, com especial atenção ao intercâmbio recebido com o país irmão, Haiti. Bem como entramos em contato com organismos internacionais e solicitamos uma missão técnica de apoio formada pela Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE), a FAO, o IICA e o Organismo Internacional Regional de Sanidade Agropecuária (OIRSA), que permaneceu 15 dias no país”, acrescentou o Ministro da Agricultura da República Dominicana, Limber Cruz López.

A peste suína africana é uma doença hemorrágica altamente contagiosa que atinge suínos domésticos e selvagens, causando graves perdas econômicas e produtivas. Atualmente não há vacina conhecida e a prevenção e o controle são fundamentais, pois são as únicas ferramentas disponíveis para combater a doença. 

Fonte: Agrolink - Eliza Maliszewski