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Quarta, 15 de Setembro de 2021
Arroba do boi gordo segue em queda no mercado interno
Arroba do boi gordo segue em queda no mercado interno Fonte: Canal Rural

Na B3, a curva de contratos futuros teve uma leve queda, reagindo ao mercado físico e à demora para retomada das exportações à China

Boi: arroba continua em queda, diz Safras & Mercado
Milho: saca tem leve recuo em Campinas (SP)
Soja: volatilidade segue alta a preços se valorizam
Café: cotações recuam novamente
No exterior: inflação ao consumidor surpreende positivamente em agosto nos EUA
No Brasil: serviços crescem 1,1% em julho e atingem maior nível em cinco anos

Agenda:

Brasil: fluxo cambial semanal (Banco Central)
Brasil: IBC-Br de julho (Banco Central)
EUA: estoques semanais de petróleo (DoE)

Boi: arroba continua em queda, diz Safras & Mercado

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a espera por uma posição da China em relação às exportações brasileiras para o país segue penalizando as cotações do boi gordo no mercado físico brasileiro. Pesou também a decisão da Arábia Saudita de suspender importações de cinco unidades frigoríficas de Minas Gerais, mesmo que os sauditas tenham participação pequena na pauta.

Na B3, a curva de contratos futuros teve uma leve queda, reagindo ao mercado físico e à demora para retomada das exportações à China. O ajuste do vencimento para setembro passou de R$ 295,00 para R$ 298,00, do outubro foi de R$ 301,95 para R$ 303,65 e do novembro foi de R$ 308,75 para R$ 312,05 por arroba.

Milho: saca tem leve recuo em Campinas (SP)

O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), teve um dia de preços levemente mais baixos. A cotação variou -0,12% em relação ao dia anterior e passou de R$ 93,71 para R$ 93,6 por saca. Portanto, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 19,01%. Em 12 meses, os preços alcançaram 56,78% de valorização.

Na bolsa brasileira, a B3, os contratos futuros do milho tiveram valorização disseminada por toda a curva pelo segundo dia consecutivo. O ajuste do vencimento para setembro passou de R$ 93,16 para R$ 93,96, do novembro foi de R$ 93,25 para R$ 94,48 e do março de 2022 passou de R$ 94,69 para R$ 96,50 por saca.

Soja: volatilidade segue alta a preços se valorizam

O indicador da soja do Cepea, calculado com base nos preços praticados no porto de Paranaguá (PR), seguiu com forte volatilidade e alternando entre altas e baixas. A cotação variou 0,84% em relação ao dia anterior e passou de R$ 171,98 para R$ 173,43 por saca. Desse modo, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 12,69%. Em 12 meses, os preços alcançaram 27,21% de valorização.

Na bolsa de Chicago, as cotações dos contratos futuros da soja tiveram o segundo dia seguido com leve queda. O vencimento para novembro caiu 0,17% na comparação diária e passou de US$ 12,846 para US$ 12,824 por bushel. O mercado chegou a operar em alta no meio do pregão, mas novamente perdeu força ao final do dia.

Café: cotações recuam novamente

De acordo com a Safras & Mercado, as cotações do café no Brasil recuaram novamente. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação passou de R$ 1.060/1.065 para R$ 1.055/1.060, enquanto que no cerrado mineiro, o bebida dura com 15% de catação foi de R$ 1.065/1.070 para R$ 1.060/1.070 por saca.

Na bolsa de Nova York, as cotações do café arábica seguiram se afastando do nível de US$ 1,90 por libra-peso em mais um dia de queda. O vencimento para dezembro, o mais negociado atualmente, recuou 0,72% na comparação diária e passou de US$ 1,868 para US$ 1,8545 por libra-peso. O mercado agora deve focar no clima em regiões produtoras brasileiras.

No exterior: inflação ao consumidor surpreende positivamente em agosto nos EUA

A inflação ao consumidor de agosto nos Estados Unidos ficou em 0,3% na comparação mensal, ante projeção de mercado de 0,4%, e em 5,3% na comparação anual. Dessa forma, apresentou desaceleração em relação a junho, quando o acumulado em 12 meses era de 5,4%. Os números abaixo das expectativas ajudam a tirar um pouco de pressão para redução de estímulos monetários.

O núcleo do índice de preços, cálculo que exclui itens mais voláteis, também ficou abaixo das expectativas, variando 0,1% no mês e 4,0% no ano. As bolsas norte-americanas reagiram positivamente logo após a divulgação dos resultados, porém, na parte da tarde, elas viraram para terreno negativo e fecharam em queda, lideradas por ações de bancos em virtude de possível plano de regulação do setor.

No Brasil: serviços crescem 1,1% em julho e atingem maior nível em cinco anos

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor de serviços cresceu 1,1% em julho na comparação mensal e atingiu o maior nível em cinco anos. Além disso, os números ficaram 3,9% acima do nível pré-pandemia, ou seja, fevereiro de 2020. No acumulado de 2021, o setor tem uma alta de 10,7% e em 12 meses, de 2,9%.

A pressão negativa do exterior pesou negativamente e o Ibovespa teve queda, ainda que tenha conseguido se manter acima dos 116 mil pontos. O principal índice de ações da bolsa brasileira recuou 0,19% na comparação diária e ficou cotado aos 116.180 pontos. Enquanto isso, o dólar comercial subiu 0,65% e passou de R$ 5,224 para R$ 5,257.

Fonte: Canal Rural – Felipe Leon com Agência de Notícias

Quarta, 15 de Setembro de 2021
Gestão da frota automotiva melhora eficiência das agroindústrias
Gestão da frota automotiva melhora eficiência das agroindústrias Fonte: Agrolink

Sabemos que a mecânica preventiva de um veículo é mais efetiva que a mecânica corretiva, pois ao antecipar uma troca de peça que daria defeito, pode-se evitar um dano maior, uma vez que este poderia comprometer até mesmo outros componentes. Com as agroindústrias o cuidado com a frota automotiva precisa ser ainda redobrado, afinal uma plantadora parada no início da safra ou um caminhão completamente carregado enguiçado no meio da lavoura, o prejuízo pode ser incalculável.

Para ajudar na gestão deste departamento tão importante as empresas, usinas e indústrias, mas que ainda nos dias de hoje recebe pouca atenção por parte dos gestores, é que a GAtec, empresa de consultoria, treinamento, desenvolvimento e integração de sistemas para o para o agronegócio, oferece o serviço de consultoria no qual seus clientes têm a oportunidade de melhorar os processos. O objetivo principal é auxilia-los a extraírem o máximo do que suas ferramentas oferecem com base na análise de indicadores de desempenho e redução dos custos de reparo e manutenção da frota.

De acordo com o engenheiro químico, Carlos César Balbino, consultor especialista em manutenção da GAtec, neste tipo de atendimento é explicado aos gestores os problemas encontrados, dando um parecer técnico sobre a importância de cada item e sugerindo mudanças em procedimentos operacionais que resultam em confiança nos indicadores. Há ainda as melhorias na manutenção da frota contribuindo na redução de gastos, para alguns casos a curto prazo e para outros a médio. “O benefício imediato é a qualidade nas informações dos indicadores de desempenho e de gastos com manutenção. Com uma informação de boa qualidade a tomada de decisão em relação aos procedimentos de manutenção da frota fica mais confiável e eficiente”, acrescenta.

O processo de consultoria inclui todos os equipamentos automotivos motorizados, implementos agrícolas e rodoviários envolvidos nas operações das agroindústrias. Além disso, contempla também as áreas da manutenção como oficina mecânica, lavador, posto de troca de óleo, caminhões oficina volante, entre outros. Segundo o consultor, este modelo de projeto é recomendado às empresas quando a gestão da manutenção não está conseguindo as respostas confiáveis dos indicadores de desempenho e de custos ou quando detecta uma subutilização das funcionalidades do sistema de gestão de frotas.

Unidades padronizadas

Para que os negócios de uma grande companhia como um todo andem bem, é fundamental que as ações de suas filiais estejam alinhadas com as métricas da matriz. Com este objetivo, um importante grupo da região de Uberaba, no triângulo mineiro, resolveu ampliar a gestão de sua frota. Em 2018, a GAtec realizou treinamentos e prestou consultoria automotiva na unidade mineira.

Como os bons resultados, houve agora um grande interesse deles também no compartilhamento desse conhecimento nas demais unidades da companhia. “Em um grupo com várias unidades produtoras há o interesse da liderança em padronizar e nivelar os resultados permitindo comparações do desempenho da frota e dos custos de reparo e manutenção”, destaca Balbino.

Durante este levantamento dos dados específicos deste cliente, os consultores fizeram o entendimento de alguns pontos conflituosos. Após isso, realizaram um alinhamento de estratégia selecionando alguns indicadores. O levantamento mostrou como estava a usabilidade do sistema em relação ao que a GAtec recomendou durante a implantação e as boas práticas de manutenção da frota. Após reconhecer que os resultados poderiam ser melhorados, o cliente passou a utilizar os indicadores como referência para algumas áreas.

As metas apresentadas pela consultoria foram baseadas na experiência dos profissionais e nos resultados do setor de maneira geral. “O cliente após analisar os resultados propõe uma adequação a sua realidade. A cada ano as metas são analisadas e se necessário passam por ajustes”, reforça o engenheiro químico.

Ainda segundo o consultor é importante reforçar que durante esse processo de consultoria a equipe de gerência do cliente pode e deve acompanhar os indicadores que são disponibilizados em relatórios. “A diretoria da empresa acompanha os resultados em relação às metas e exige justificativas quando recebe uma nota baixa, isso também gera uma espécie de competição entre os respectivos responsáveis das unidades produtoras e também gera justificativas de investimentos em melhoria de equipamentos, de processos e treinamento das equipes de manutenção”, finaliza o especialista.

Fonte: Agrolink & Assessoria

Quarta, 15 de Setembro de 2021
CNI divulga estudo sobre mercado de carbono no mundo
CNI divulga estudo sobre mercado de carbono no mundo Fonte: Agência Brasil

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) lançou nesta terça-feira (14) o estudo Mercado de Carbono: Análise de Experiências Internacionais. O documento apresenta iniciativas da União Europeia, do México, do Western Climate Initiative (WCI) no Canadá e Califórnia, do Japão e da Coreia do Sul. O objetivo é apontar elementos comuns que possam ser úteis para a reflexão sobre a governança de um mercado de carbono no Brasil.

Os principais pilares apontados no estudo para mercados de carbono estão liderança no Executivo, descentralização, criação de novas estruturas, organização dos sistemas de compensação, interface com o setor privado e formas de interação com setores não regulados.

De acordo com dados do Banco Mundial, as iniciativas de precificação de carbono cobrem cerca de 21,5% das emissões mundiais de gases de efeito estufa, com 64 iniciativas implementadas ou em estudo. Os preços de comercialização variam entre US$ 1 e US$ 137 por tonelada de CO² equivalente, sendo que mais de 51% das emissões cobertas por sistemas de precificação de carbono têm preço médio de US$ 10 por tonelada de CO² equivalente.

O estudo mostra que, nos países analisados, o sucesso na implementação de programas duradouros esteve associado a três elementos: governos com forte capacidade de articulação com o setor privado, vontade política para avançar na agenda climática como um tema de Estado, e não de governo, com um sistema de relato obrigatório de emissões.

Segundo o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, o mercado regulado de carbono precisa ser planejado com uma estrutura de governança adequada para que seja viável e atrativo a investimentos. O objetivo do estudo, que foi entregue a representantes do governo e parlamentares, é subsidiar os debates da regulamentação desse mercado.


Os cinco mercados analisados têm modelos de governança distintos e, portanto, com graus diferentes de descentralização. Os programas que nascem com o desafio de integrar jurisdições de países diferentes, como o sistema de comércio de carbono europeu (EU-ETS) e a WCI, apresentam maior grau de descentralização.

De acordo com o documento, todos os programas estudados têm um ou mais entes privados em sua estrutura de governança. A função mais frequente atribuída a um ente privado é a verificação dos relatos, que é feita total ou parcialmente por ele nos cinco modelos.


A segunda função mais frequente é a de plataforma de comércio de permissões, que é executada por bolsas de valores na União Europeia e Coreia do Sul, por uma empresa privada na WCI e que, potencialmente, também será executada pela bolsa de valores no México.

Fonte: Agência Brasil

Imagem: Marcelo Camargo

Quarta, 15 de Setembro de 2021
Apex lança programa para divulgação do agro brasileiro no exterior
Apex lança programa para divulgação do agro brasileiro no exterior Fonte: Agência Brasil

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) lançou o segundo ciclo do Programa de Imagem e Acesso a Mercados do Agronegócio Brasileiro (PAM-Agro). O objetivo é “qualificar a imagem do agronegócio brasileiro no exterior, posicionando o Brasil como referência global na produção agropecuária sustentável e reforçando o papel do país como potência agroambiental”.

Um dos focos do programa é melhorar a percepção junto aos países europeus, não só para a consolidação do acesso dos produtos brasileiros àqueles mercados, mas para que reverbere nos demais destinos mundiais de interesse do agronegócio brasileiro. O Mercosul e a União Europeia fecharam um acordo de livre comércio em 2019, mas a entrada em vigor ainda depende da aprovação dos parlamentos e governos nacionais dos 31 países envolvidos.

Para o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, há um cenário complexo no qual se insere as dinâmicas do comércio agropecuário e a imagem do agronegócio brasileiro. Segundo ele, por exemplo, é crescente a importância que se dá à sanidade alimentar no pós-pandemia da covid-19. “Percepções equivocadas sobre o produto brasileiro poderão resultar no uso, como barreira não tarifária, de padrões técnicos sanitários e fitossanitários, inclusive com exigência de certificação, rastreabilidade e requisitos probatórios”, disse.

Segundo França, diversos países europeus já começaram a aprovar legislações nesse sentido. Dessa forma, para ele, é importante defender o conjunto de normas que rege o setor no Brasil e a credibilidade das instituições regulatórias brasileiras.

O ministro chamou atenção para as barreiras ambientais ao comércio. “Atualmente, argumentos ambientais constituem ameaça forte e injusta à reputação do agronegócio brasileiro”, disse, acrescentando que “temas como desmatamento de florestas tropicais e uso de defensivos agrícolas têm potencial de condicionar o mercado de maneira equivocada e distorcida, comprometendo o acesso do produtor brasileiro a grandes mercados”.

Segundo o ministro, países europeus estão aumentando a responsabilidade de empresas em comprovar os padrões ambientais em suas cadeias de fornecimento. Nesse sentido, para França, é preciso evidenciar também, as dimensões humana e socioeconômica da agropecuária, além da ambiental, e “seu entrelaçamento com os modos de vida, subsistência e prosperidade de populações locais”.

“Estamos particularmente preocupados com a disseminação, perante a opinião pública nos grandes mercados internacionais, de uma visão reducionista que restringe a sustentabilidade apenas ao pilar ambiental, ignorando as vertentes social e econômica, que são absolutamente incontornáveis”, argumentou.

O PAM-Agro é um esforço coletivo entre o poder público e organizações privadas do agronegócio. Serão mobilizados recursos humanos e financeiros para pesquisar e mapear aliados externos, implementar ações de comunicação e eventos e inovar nos meios de engajamento para impulsionar as exportações brasileiras.

Em 2020, no contexto da pandemia da covid-19, o agronegócio respondeu por quase metade das exportações brasileiras, 48%. No primeiro semestre deste ano, as exportações do setor somaram US$ 72,7 bilhões, o maior valor da história para o período, segundo o ministro Carlos França.

Fonte: Agência Brasil - Andreia Verdélio

Imagem: Marcelo Camargo

Quarta, 15 de Setembro de 2021
China compra 10 navios de soja do Brasil na semana e cancela compras nos EUA nesta 4ª
China compra 10 navios de soja do Brasil na semana e cancela compras nos EUA nesta 4ª Fonte: Noticias Agrícolas

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou, nesta quarta-feira (15), dois cancelamentos de compras de soja. Um deles foi por parte da China, de 132 mil toneladas, e 196 mil toneladas por parte de destinos não revelados e ambos referem-se a volumes da safra 2021/22. Assim como as vendas, os cancelamentos feitos no mesmo dia, pelo mesmo comprador, com volumes iguais ou maiores do que 100 mil toneladas devem sempre ser informados ao departamento. 

As complicações logísticas sofridas pelos EUA depois da passagem do furacão Ida e agravadas pela chegada da tempestade tropical Nicholas têm comprometido severamente o escoamento dos grãos norte-americanos e esse pode ter sido um dos motivadores do cancelamento. 

"Provavelmente, essas vendas deveriam ser embarcadas pelo Golfo entre outubro e novembro, período em que a logística americana está comprometida. O que era embarque setembro deverá ser outubro, outubro vai pra novembro, e assim por diante", explica o time da Agrinvest Commodities. "No entanto, a proposta de extensão dos contratos depende do aceite da contraparte - o comprador -, a qual, pelo visto, não foi aceita". 

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Do mesmo modo, a China já teria comprado dez navios de soja do Brasil para embarque outubro, segundo os traders têm reportado, devendo atender suas necessidades e garantir a cobertura de suas empresas processadoras. "Os Estados Unidos estão perdendo uma parcela importante de seu programa de exportações", explica Eduardo Vanin, analista de mercado da Agrinvest. 

Além do Brasil, os chineses estão fazendo compras de soja também na Argentina e no Uruguai, ainda segundo informações apuradas pela corretora. No entanto, Vanin ainda explica que a "presença da China para embarque outubro no Brasil mantém os preços muito elevados, prejudicando as margens de esmagamento locais". Do mesmo modo, para os EUA, os sinais podem ser de exportações menores do que as 56,88 milhões de toneladas estimadas pelo USDA para a temporada 2021/22. 

"Para a China, o apagão logístico e o desvio de suas compras para a América do Sul representam redução em seu processamento", complementa o analista. Vanin explica também que apesar da presença frequente do gigante asiático, suas aquisições da oleaginosa estão ainda apresentando volumes baixos diante de suas necessidades e, principalmente, frente ao atual período, que tradicionalmente é mais aquecido para o consumo de rações. 

"As vendas de farelo de soja, que passaram de 5,3 milhões de toneladas, voltaram a cair forte em setembro. Pelo andar da carruagem, as vendas deste mês mal passarão de 2,5 milhões de toneladas. Não é um bom sinal, a demanda continua doente", diz Vanin. "Simplesmente, o maior consumidor de rações do mundo está amarrando uma nota de US$ 20 em cada suíno abatido, margens negativas da suinocultura na China continuam". 

Fonte: Noticias Agrícolas - Carla Mendes

Quarta, 15 de Setembro de 2021
Índice de Poder de Compra de Fertilizantes de Agosto aponta estabilidade com relação ao mês anterior
Índice de Poder de Compra de Fertilizantes de Agosto aponta estabilidade com relação ao mês anterior Fonte: AF News Agrícola

A Mosaic Fertilizantes, uma das maiores produtoras globais de fosfatados e potássio combinados, divulga mensalmente o Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF), que retrata os preços dos fertilizantes em concordância com o mercado agrícola. Em agosto de 2021, o resultado do IPCF ficou em 1,20, mesmo índice registrado no mês anterior (Julho/2021).

O período não apresentou variações significativas, como aponta a manutenção do IPCF por dois meses consecutivos. Tanto os preços das commodities agrícolas como o mercado de fertilizantes terminaram o período suportados pelo quadro de oferta e demanda doméstico e internacional.

Com relação aos fertilizantes, no contexto internacional, houve demanda aquecida e restrições no que tange à oferta. Já no mercado doméstico, a proximidade da época de plantio, aliada a compras finais da safra e início do pico das entregas, influenciaram o quadro.

As culturas que tiveram aumento nas suas cotações no último mês foram o milho e cana-de-açúcar, principalmente em função da seca e das geadas recentes, que impactaram bastante a produtividade. No entanto, a cultura com maior peso no índice, a soja, mostrou certa estabilidade, sem muitas novidades em agosto.

Importante salientar que a rentabilidade das principais lavouras no Brasil continua positiva, impulsionada pelos preços internacionais das commodities agrícolas e pela taxa de câmbio atual. Neste cenário, há otimismo para a safra 2021/2022, que deverá ser recorde em termos de área plantada e tecnologia aplicada.

Fonte: AF News Agrícola - Giulia Zenidin

Quarta, 15 de Setembro de 2021
CNA discute acesso do produtor ao mercado de capitais
CNA discute acesso do produtor ao mercado de capitais Fonte: CNA

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promoveu um debate durante o primeiro dia do Uqbar Day 2021 sobre a experiência dos produtores rurais no mercado de capitais.

A CNA é uma das patrocinadoras do evento que discute temas de relevância do mercado de securitização de terça (14) a quinta (16).

Antônio da Luz, vice-presidente da Comissão Nacional de Política Agrícola da Confederação, conduziu as discussões que ouviu o produtor rural e presidente da Comissão Nacional de Fruticultura da CNA, Luiz Roberto Barcelos, e o empresário e pecuarista, Carlos Pimenta.

“Queremos construir um novo sistema de crédito no Brasil, mas não um substituto para o modelo atual. Queremos contribuir para o modelo complementar ao crédito rural oficial, que é a captação no mercado de capitais”, afirmou Antônio da Luz.

“Para a Confederação, a pulverização das fontes de financiamento e alternativas para a maior inclusão financeira dos produtores rurais são extremamente necessárias para garantir o crescimento do setor, que é forte demandante de crédito para a incorporação continuada e o uso intensivo de tecnologias”, ressaltou.

Da Luz destacou que o sistema oficial de crédito não consegue acompanhar a demanda do setor agropecuário por crédito, por isso surgiu a necessidade de encontrar novas fontes de investimento.

“Já crescemos muito, mas precisamos do mercado de capitais para continuar crescendo. Precisamos andar de mãos dadas com o mercado de capitais, porque o setor é uma excelente oportunidade para o mercado e ele é uma excelente oportunidade para nós”.

Carlos Pimenta destacou que é imprescindível para o produtor rural que deseja acessa o mercado de capitais estar em dia com a legislação ambiental e ter as finanças organizadas. “Além de atender a legislação ambiental, é importante saber investir em tecnologia na propriedade para ter eficiência na produção. Ou seja, ter clareza de toda a operação e organizar bem a casa abre os olhos de qualquer investidor.”

Na visão de Luiz Roberto Barcelos, o produtor precisa transmitir confiança para o investidor. Ele contou que já fez uma captação de crédito no mercado de capitais para sua produção de frutas e explica que o produtor deve ter relatórios contábeis e boa governança do seu negócio para gerar confiança nos potenciais investidores.

“O agro vem crescendo e é uma atividade lucrativa. Mas para atrair investimentos, a gestão da propriedade deve ser devidamente demonstrada e os indicadores da empresa devem estar totalmente transparentes”.

Para Barcelos, o mercado de capitais amplia a concorrência na oferta de crédito aos produtores, mas temos desafios para torná-lo mais acessível.

“Os custos intrínsecos à emissão de um Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) são significativos. Há diversos custos de registros cartorários, de assessoria jurídica e contábil, que acabam elevando o custo da captação. Inclusive recomendo que os produtores contratem uma assessoria jurídica experiente para dar segurança às suas negociações.”

Antônio da Luz finalizou o debate ressaltando que a aliança entre o agro e o mercado de capitais “é para valer e está no início. A primeira negociação é mais difícil, mas depois as demais ficam mais fáceis e fluidas”.

Fonte: CNA – Assessoria de Comunicação

Quarta, 15 de Setembro de 2021
PIB do agronegócio brasileiro avança quase 10%, aponta Cepea
PIB do agronegócio brasileiro avança quase 10%, aponta Cepea Fonte: Canal Rural

O excelente resultado da agricultura, com alta de 24,33% no semestre, é observado mesmo com o avanço dos custos e com a quebra de produção

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro, calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), cresceu 4,33% no segundo trimestre, acumulando alta de 9,81% no primeiro semestre de 2021. Entre os segmentos do agronegócio, o primário e o de insumos mantiveram destaque no trimestre e no acumulado semestral.

No caso do segmento primário, o impulso veio sobretudo da agricultura; no caso dos insumos, veio da pecuária. A agroindústria e os agrosserviços também cresceram no semestre, mas a taxas mais modestas. Pela perspectiva dos ramos do agronegócio, os cenários foram opostos. No ramo agrícola, o PIB cresceu 14,46% nos seis primeiros meses de 2021, após avançar 5,96% no segundo trimestre.

O resultado foi positivo e expressivo para todos os segmentos do ramo, com destaque para o primário. O excelente resultado da agricultura, com alta de 24,33% no semestre, é observado mesmo com o avanço dos custos agrícolas e com a quebra de produção em diferentes culturas em resposta às condições climáticas desfavoráveis, impulsionado pelo alto patamar real dos preços agrícolas.

Essa alta dos preços dos insumos, como os fertilizantes, defensivos e máquinas agrícolas, ao passo que pressiona os custos agrícolas, contribuiu para o bom resultado do segmento de insumos desse ramo (15,44%). No caso da agroindústria de base agrícola, o resultado positivo do PIB no semestre (7,84%) refletiu ambos, o bom patamar dos preços agroindustriais e uma recuperação de produção frente ao mesmo período de 2020, marcado fortemente pelos desdobramentos econômicos da pandemia de Covid-19.

Ainda no ramo da agricultura, também chama a atenção o forte crescimento do PIB dos agrosserviços, de 12,34% no semestre. Tomando como exemplo o setor de transportes, segundo o relatório trimestral da Fretebras, os fretes do agronegócio aumentaram 65% no primeiro semestre de 2021, em comparação ao mesmo período de 2020, e representaram 37% dos fretes registrados pela instituição no Brasil.

A Fretebras aponta que o volume de fretes foi puxado sobretudo por fertilizantes, soja e milho. Já no ramo pecuário, o PIB recuou 2,18% no semestre, com os resultados das cadeias pecuárias corroídos principalmente pelo aumento dos custos com insumos. No segmento primário, o resultado do PIB, aumento de 8,7% no semestre, é modesto tendo em conta as fortes elevações dos preços dos animais vivos e do leite.

Isso reflete a forte alta dos custos pecuários e a menor produção de bovinos no campo, que se contrapôs aos aumentos nas produções de frango e suínos. Na agroindústria pecuária, a queda de 8,98% no PIB no semestre refletiu, por um lado, um estreitamento das margens, com a dificuldade de repasse dos aumentos das matérias-primas para o consumidor brasileiro e, por outro, a redução dos abates de bovinos diante da escassez de bois prontos para o abate no segmento a montante. Considerando-se o desempenho até o momento do agronegócio e da economia brasileira como um todo, a participação do setor no PIB total brasileiro deve se manter em torno de 30%.

Fonte: Canal Rural

Terça, 14 de Setembro de 2021
Exportações do agronegócio atingem US$ 10,9 bilhões em agosto, indica MAPA
Exportações do agronegócio atingem US$ 10,9 bilhões em agosto, indica MAPA Fonte: Safras & Mercados

     A balança comercial do agronegócio registrou valor recorde no mês de agosto, motivada, principalmente, pela alta dos preços internacionais das commodities exportadas pelo Brasil. O valor exportado foi de US$ 10,90 bilhões, cifra 26,7% superior aos US$ 8,60 bilhões exportados no mesmo mês de 2020.

     Somente em 2013, as exportações brasileiras do agronegócio alcançaram o mesmo patamar de US$ 10 bilhões para os meses de agosto.

     Apesar do recorde do valor exportado, a participação do agronegócio no total das exportações do país caiu de 49,4% (agosto/2020) para 40,1% (agosto/2021).

     As importações de produtos do agronegócio subiram de US$ 912,47 milhões, em agosto de 2020, para US$ 1,25 bilhão, em agosto de 2021 (+37,2%). Os valores foram influenciados pela alta dos preços internacionais, como no caso do trigo e óleo de palma, com aumento do preço médio importado em 23,1% e 67,6%, respectivamente. Desta forma, o saldo da balança comercial do agronegócio alcançou US$ 9,64 bilhões.

     Soja

     O complexo soja (em grãos, farelo e óleo), principal setor exportador do agronegócio brasileiro, atingiu divisas de US$ 4,02 bilhões, o que significou incremento de 53,6% em relação aos US$ 2,62 bilhões exportados em agosto de 2020.

     O aumento do volume exportado de soja em grãos e a forte elevação dos preços internacionais resultaram em US$ 3,14 bilhões de exportações em agosto de 2021 (+52,5%).

     A oferta da oleaginosa foi recorde na safra brasileira 2020/2021, com 136 milhões de toneladas de soja, incremento de 8,9%, favorecendo a capacidade de exportação, de acordo com a análise da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

     Produtos florestais

     O setor de produtos florestais foi um dos setores que ultrapassou a cifra de US$ 1 bilhão em exportações no mês de agosto. O valor exportado chegou a US$ 1,25 bilhão (+40,5%), em virtude da forte elevação dos preços médios de exportação (+31,2%).

     No setor, as exportações de celulose foram as mais importantes, com US$ 610,67 milhões (+47,2%). Houve recorde no volume exportado de celulose para agosto, com 1,35 milhão de toneladas (6,9%).

     Carnes

     As vendas externas de carnes somaram US$ 2,09 bilhões (+40,5%), marca inédita para o mês de agosto desde o início da série histórica em 1997. Os preços médios de exportação das carnes subiram (+34,8%), assim como houve expansão no volume das vendas externas (+4,2%). O resultado está relacionado à oferta, demanda e custos da produção mundial, aponta o estudo da SCRI. 

     Espera-se redução da produção mundial de carne bovina para 60,8 milhões de toneladas (-1,1%), com redução do abate na Argentina, Austrália e no Brasil, o que pressiona fortemente os preços internacionais. 
 

     A carne bovina, principal proteína animal exportada pelo país, totalizou US$ 1,17 bilhão em agosto de 2021 (+55,6%), com alta no preço médio exportado de 41,3%). Os volumes cresceram 10,1%, segundo os analistas da Secretaria. A China aumentou as aquisições do produto in natura de US$ 325,18 milhões em agosto de 2020 para US$ 633,15 milhões em agosto de 2021 (+94,7%). Em volume, foram 105,86 mil toneladas (+35,3%).

     As exportações de carne de frango chegaram a US$ 663,55 milhões (+35,2%). Houve elevação na quantidade exportada em 3,8% e incremento do preço médio de exportação em 30,3%. 

Fonte: Safras & Mercado - Dylan Della Pasqua

Terça, 14 de Setembro de 2021
Soja brasileira 2020/21 já está 87% comercializada
Soja brasileira 2020/21 já está 87% comercializada Fonte: Agrolink

A comercialização da safra 2020/21 da soja brasileira chegou a 87% até o último dia 3 de setembro, de acordo com levantamento realizado pela Consultoria DATAGRO. Segundo os analistas, as vendas avançaram pouco em agosto, apenas 2,7% ante o relatório anterior.

O incremento ficou abaixo dos 4,6% do padrão normal de avanço para a data. A DATAGRO aponta que a comercialização para essa época está quase dez pontos percentuais abaixo dos 96,6% do recorde de avanço da safra 2019/20, bem como da média de 88,3% de 5 anos para o período.

“O movimento limitado confirmou nossa expectativa, apesar de nova elevação nas cotações, refletindo o fato de que a safra já está fortemente vendida, pelos preços ainda distantes das máximas do ano, e da ausência de necessidade de venda por parte dos produtores”, ressalta o coordenador de Grãos da DATAGRO, Flávio Roberto de França Junior. 

De acordo com a DATAGRO, considerando a previsão atual de produção da safra 2021 – mantida em 136,97 milhões de toneladas – os sojicultores brasileiros têm um total compromissado de 119,10 mi de t. Em igual período do ano passado, esse volume de produção negociado estava em 123,84 mi de t. 

SAFRA 2021/22

Ainda segundo a Consultoria, 23,2% da produção estimada da oleaginosa safra 2021/22 está comprometida comercialmente: “Esse fluxo está aquém dos 25,0% da média para 5 anos e bem abaixo dos 46,7% do recorde anterior ocorrido em igual momento de 2020”.

“Segundo a projeção preliminar, que considera área maior em 4%, clima razoavelmente regular e produtividade dentro da normalidade, a safra brasileira do próximo ano tem potencial para atingir 144,07 mi de t, sendo assim, teríamos 33,49 mi de t comercializadas antecipadamente, volume muito inferior aos 63,96 mi de t dessa mesma época em 2020”, conclui a DATAGRO.

Fonte: Agrolink - Leonardo Gottems