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Segunda, 20 de Janeiro de 2020
Mercado financeiro reduz estimativa de inflação este ano para 3,56%.
 Mercado financeiro reduz estimativa de inflação este ano para 3,56%. Fonte: Agência Brasil

 As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) reduziram a estimativa para a inflação este ano. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA – a inflação oficial do país) caiu de 3,58% para 3,56%. A informação consta no boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central (BC), que traz as projeções de instituições para os principais indicadores econômicos.

Para 2021, a estimativa de inflação se mantém em 3,75%. A previsão para os anos seguintes também não teve alterações: 3,50% em 2022 e 2023.

A projeção para 2020 está abaixo do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Selic

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente definida em 4,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

De acordo com as instituições financeiras, a Selic deve se manter em 4,5% ao ano até o fim de 2020. A manutenção da Selic, como prevê o mercado financeiro, indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação.

Para 2021, a expectativa é que a taxa básica suba para 6,25%. Para 2022 e 2023, as instituições estimam que a Selic termine os períodos em 6,5% ao ano.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

Atividade econômica

A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – variou de 2,30% para 2,31% para 2020. As estimativas das instituições financeiras para os anos seguintes, 2021, 2022 e 2023 continuam em 2,50%.

A previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar está em R$ 4,05 para o fim deste ano e R$ 4,00 para 2021.

Fonte: Agência Brasil

Segunda, 20 de Janeiro de 2020
Projeção para taxa de câmbio em 2020 sobe para R$ 4,05.
Projeção para taxa de câmbio em 2020 sobe para R$ 4,05. Fonte: Safras & Mercados

     O mercado financeiro elevou a estimativa para a taxa de câmbio ao final deste ano de R$ 4,04 para R$ 4,05, de R$ 4,10 um mês atrás, conforme o relatório Focus do Banco Central. Para 2021, a previsão ficou estável em R$ 4,00, pela nona semana seguida.

     Já para 2022, a estimativa para a cotação do dólar em relação ao real subiu de R$ 4,02 para R$ 4,05, voltando ao nível de quatro semanas antes, enquanto para 2023 a previsão ficou em R$ 4,10 pela oitava semana consecutiva. Com informações da Agência CMA.

Fonte: Safras & Mercado

Sexta, 17 de Janeiro de 2020
Ministra defende segurança alimentar e sustentabilidade.
Ministra defende segurança alimentar e sustentabilidade. Fonte: Agrolink

A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) participou nesta quinta-feira (16) do jantar de autoridades presentes na 85ª Semana Verde Internacional, que vai até o dia 18, em Berlim.

Tereza Cristina foi recebida pela ministra alemã da Agricultura, Julia Klöckner. Antes do jantar de abertura, a ministra participou do Fórum Global para Alimentação e Agricultura (GFFA), evento paralelo à Semana Verde Internacional e organizado pelo Ministério Federal da Alimentação e da Agricultura da Alemanha. No debate, a ministra destacou que a produção agropecuária e a sustentabilidade devem caminhar juntas para atender a crescente demanda mundial por alimentos. E, acrescentou, que essa aliança deve ser feita com base em dados científicos.

“Nossa preocupação é como produzir de maneira sustentável a quantidade de alimentos que o mundo precisa, olhando o mundo global, não olhando nichos de mercados. A ciência é importantíssima, os organismos internacionais precisam estar ativos para dirimir as diferenças e o protecionismo, que também tem que diminuir no mundo”, destacou. “Não conseguiremos trabalhar sem dois pontos fundamentais caminhando juntos: a segurança alimentar da nossa produção e a sustentabilidade ambiental. Esses dois eixos não conseguem trabalhar se não estiverem juntos, isso é o que o Brasil tem feito”, completou.

Ao responder a questionamentos, a ministra afirmou que a agricultura “não pode ser considerada a vilã das mudanças climáticas”, lembrando que é preciso que se considerem os efeitos das matrizes energéticas de fontes não renováveis.

Participaram também do debate Jan Bock, chefe de compras da rede Lidl na Alemanha; Joachim von Braun, diretor do Departamento de Mudança Econômica e Tecnológica do Centro de Pesquisa em Desenvolvimento da Universidade de Bonn e vice-presidente da organização não governtamental Welthungerhilfe; e Ertharin Cousin, professora visitante do Centro de Segurança Alimentar e Meio Ambiente da Universidade de Stanford e ex-diretora executiva do Programa Mundial de Alimentos da ONU. O lema do painel foi “Alimento para todos! Comércio com nutrição segura, diversa e sustentável”.

A produção sustentável de alimentos saudáveis e seguros é o foco da participação da ministra Tereza Cristina na 85ª Semana Verde Internacional. Em seminário ontem (15), na Embaixada do Brasil, o Ministério apresentou documento com diretrizes sobre a experiência brasileira na agricultura sustentável, que agregam aumento da eficiência com respeito a uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo. As diretrizes são debatidas na Semana Verde, que reúne cerca de 200 ministros e secretários de agricultura do mundo.

Fonte: Agrolink

Sexta, 17 de Janeiro de 2020
Tabela do frete: Anec vê insegurança após inclusão de novos critérios.
Tabela do frete: Anec vê insegurança após inclusão de novos critérios. Fonte: Canal Rural

A adoção de novos critérios para o cálculo da tabela do frete rodoviário, divulgada nesta quinta-feira, 16, preocupa a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), disse o consultor jurídico da entidade, Frederico Favacho. Ele destacou a inclusão de itens que não constavam na tabela anterior, como despesas com parada, hospedagem e alimentação.

 “A gente não sabe até onde vão ser colocados novos critérios. O setor continua sendo contra o tabelamento, e a falta de previsibilidade nos reajustes é um ponto preocupante”, destacou. “Se a cada revisão há um critério novo, isso traz insegurança”. Os reajustes semestrais contemplam altas de combustível e correção monetária de custos.

Conforme Favacho, a associação mantém a posição de que qualquer forma de tabelamento é inconstitucional. “Acaba distorcendo o mercado”, justifica. Por outro lado, o advogado destaca que os valores de mercado do transporte rodoviário estão acima dos indicados na tabela neste momento, em virtude da entrada da nova safra e da perspectiva de colheita recorde.

“O mercado vai continuar praticando preços que está praticando, aguardando o resultado do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF)”, afirma. Favacho lembra que o tema entrou na pauta do STF para julgamento em fevereiro.

Entenda

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) estabeleceu novas regras para cobrança do frete rodoviário em resolução publicada nesta quinta-feira. A resolução determina novos valores para cálculo do frete. O valor do piso mínimo no país sofreu um reajuste que varia de 11% a 15%, de acordo com o tipo de carga e operação. As novas regras entram em vigor na próxima segunda-feira, 20.

Uma das mudanças é a obrigação do pagamento do chamado frete retorno para os caminhoneiros em situações em que a regulamentação do setor proíbe que ele pegue o caminho de volta transportando um novo tipo de carga. Isso ocorre, por exemplo, com um caminhão que transporta combustível e não pode voltar com outro tipo de carga.

O texto também incluiu a cobrança do valor das diárias do caminhoneiro e um novo tipo de carga, a pressurizada. Agora a regulamentação abrange um total de 12 categorias. Ainda foram criadas duas novas tabelas para contemplar a operação de carga de alto desempenho, que levam menor tempo de carga e descarga.

Fonte: Canal Rural

Sexta, 17 de Janeiro de 2020
Empresas chinesas investem mais de US$ 100 bilhões no Brasil.
Empresas chinesas investem mais de US$ 100 bilhões no Brasil. Fonte: Agrolink

Os investimentos de empresas chinesas no Brasil alcançaram US$ 100,5 bilhões de 2007 até 2018, entre aportes anunciados e confirmados, envolvendo quase 200 projetos finalizados ou em andamento, segundo dados divulgados pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC). De acordo com a Sociedade Nacional da Agricultura (SNA), esse fato irá incentivar a internacionalização das empresas do país. 

“Enquanto os negócios de energia e mineração dominam, a China busca cada vez mais o vasto território brasileiro para alimentar sua população”, disse o presidente da entidade, Hélio Sirimarco. “Dados recentes divulgados pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), ligada ao Ministério da Economia, mostram que os investimentos chineses no Brasil totalizaram US$ 1.87 bilhão até setembro de 2019, número que se mantém estável em relação à soma de US$ 1.8 bilhão do mesmo período do ano passado”, completa a SNA. 

Para 2020, a estimativa dos analistas e empresários é de que os chineses participem de de grandes projetos de infraestrutura e iniciar novas empreitadas no País, diante de um cenário de recuperação econômica e retomada do programa de privatizações e concessões. “Em declaração ao portal Animal Business Brasil, Sirimarco disse que as características dos investimentos chineses no Brasil indicam a continuidade da fase iniciada em 2014”, indica a Sociedade. 

“A Dakang adquiriu a trade matogrossense Fiagril em 2016 e a empresa paranaense Belegrícola, comercializadora de grãos e insumos, em 2007. No momento, o grupo chinês está integrando as duas empresas e o orientando as vendas de soja para a China, enquanto comercializa mais defensivos e outros produtos para agricultores brasileiros”, informou o vice-presidente da SNA, acrescentando que a Dakang e a Cofco também pretendem investir no setor de carne bovina. 

Fonte: Agrolink

Sexta, 17 de Janeiro de 2020
Ano fechou com alta de 2,65% nos custos de produção.
Ano fechou com alta de 2,65% nos custos de produção. Fonte: Portal DBO

Após registrar alta de 1,45% em dezembro de 2019, o custo de produção do leite, representado pelos desembolsos do produtor, termina o ano com elevação de 2,65% na “média Brasil”, que considera os estados de BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP.

Os principais componentes que contribuíram para a alta nos custos foram mão de obra, com aumento de 4,44%, adubos e corretivos (2,66%), concentrado (1,46%) e suplementação mineral (1,45%). A valorização do dólar frente ao Real foi um dos destaques em 2019.

Por um lado, teve papel principal, influenciando diretamente na elevação dos preços de fertilizantes e suplementos minerais, que têm matérias-primas com formação de preço baseada na moeda norte-americana. Por outro lado, foi coadjuvante, elevando a competitividade do milho brasileiro no cenário externo. Com isso, houve aumentos expressivos nas exportações, favorecendo o aumento das cotações do cereal no mercado interno.

Em resumo, o ano de 2019 pode ser dividido em dois momentos bem distintos.

No primeiro semestre, o produtor se viu em um cenário de recuperação de margens, com altas consecutivas no valor recebido pelo leite e estabilidade no preço da saca de milho.

Já o segundo semestre foi marcado pela retração no fluxo de caixa das propriedades, uma vez que a receita foi penalizada pela queda no preço do leite, e os custos aumentaram com a disparada nas cotações do cereal.

Para 2020, as atenções seguem voltadas para o mercado de milho. Com o volume de estoques reduzido no início do ano, a expectativa de aumento do consumo interno e o dólar valorizado frente ao Real, há perspectiva de sustentação nos preços do cereal, o que pode encarecer o principal custo da atividade leiteira, a nutrição animal.

Fonte: Portal DBO

Sexta, 17 de Janeiro de 2020
Defensivos Agrícolas: Como evitar a deriva na aplicação de agrotóxicos?
Defensivos Agrícolas: Como evitar a deriva na aplicação de agrotóxicos? Fonte: AF News Agrícola

 Pior do que aplicar um produto e não ver resultados, é pulverizar e ver que prejudicou as culturas sensíveis de áreas próximas. Esse é um dos problemas da ocorrência da deriva, além da perda de produtos e aplicação de doses inadequadas em campo. O fato da deriva ser tão comum nos mostra que não é fácil controlar essa questão na tecnologia de aplicação de defensivos. Para que isso não ocorra, veja agora 5 passos para auxiliam a evitar a deriva:

O que é deriva de defensivos agrícolas?

É quando a aplicação do defensivo agrícola não chega ao alvo. A deriva também é definida como o movimento do defensivo no ar durante ou após a aplicação, não atingindo o local desejado.

Como se sabe, é fundamental que o defensivo agrícola atinja o local desejado, pois caso isso não aconteça, poderá ocorrer perda de dinheiro, tempo e, consequentemente, redução na produtividade.

Mesmo com tantas informações sobre tecnologia de aplicação, é provável perder-se um pouco na hora da escolha de critérios para a tomada de decisão.

Pensando nisso e buscando evitar estes problemas, segue abaixo 5 coisas que ajudam a evitar a deriva dos defensivos agrícolas:

Peso e diâmetro de gotas: essencial para não ocorrer deriva de defensivos

O diâmetro e peso de gotas é um dos principais fatores que afetam a deriva. Gotas com tamanho de 50 a 100 μm são classificadas como muito finas, sendo aquelas mais suscetíveis à deriva.

Já, as gotas grandes são mais pesadas e por isso sua trajetória é praticamente vertical, isso confere uma maior resistência à deriva dos defensivos agrícolas.

Lembrando que gotas maiores resultam em menos cobertura da planta e, por isso, são mais utilizadas com defensivos sistêmicos, enquanto que gotas pequenas (finas) são recomendadas para produtos que precisam dar cobertura à planta, ou seja, àqueles de contato.

Por isso, sempre prefira usar gotas médias a grossas quando o produto permitir e as condições climáticas não estiverem propícias.

Condições climáticas durante as aplicações de defensivos

Para evitar a deriva no momento da aplicação dos defensivos agrícolas, as condições climáticas precisam ser ideais.

A recomendação é que a aplicação seja feita quando a temperatura for menor que 30°C, a umidade relativa do ar seja maior que 50%, além de velocidade do vento entre 3 e 7 km/h.

Ventos com velocidade acima de 10 km/h contribuem para um aumento da deriva do produto, principalmente se o tamanho das gotas for fina ou muito fina, podendo atingir outras áreas de aplicação que não as desejadas.

Entretanto, ventos com velocidade menor que 4 km/h podem reduzir a penetração dos produtos nas partes inferiores das plantas.

Para fazer a aplicação dos defensivos agrícolas sempre nas melhores condições climáticas, é necessário monitorar o tempo.

Adjuvantes para evitar a deriva de defensivos agrícolas

Os adjuvantes podem ter diversas funções e uma delas pode ser antideriva.

Um estudo feito por Costa et al. (2014) concluiu que o uso de óleo mineral e agente antideriva reduz a suscetibilidade à deriva em aplicação de glifosato + 2,4-D.

Escolha corretamente a ponta de pulverização

Para escolha da ponta adequada, é necessário conhecer os componentes do bico de pulverização.

Os bicos de pulverização são formados por: Corpo, Peneira, Ponta, Capa.

A escolha do bico de pulverização adequado vai ajudar a reduzir as perdas por deriva e garantir maior uniformidade na aplicação.

Vários fatores devem ser levados em consideração na hora da tomada de decisão, uma delas é qual o alvo que se deseja atingir.

Existem vários tipos de ingredientes ativos e vários alvos a serem controlados, como plantas daninhas, pragas e doenças.

Assim, primeiro defina o seu alvo, como por exemplo, se ele está no solo ou na planta.

Pressão adequada, altura da barra e cobertura

Para evitar deriva e aplicar corretamente o defensivo agrícola, a altura da barra deve ser de aproximadamente 50 cm em relação ao alvo, mas o melhor é que você mude a altura dependendo do alvo, como mostramos abaixo:

Depois veja se a cobertura é a ideal, ou seja, se a quantidade de gotas do produto é suficiente.

Uma boa cobertura do alvo está relacionada a: Tipo de produto, Tamanho de gota, Surfactantes e Volume do produto aplicado.

O tipo de produto envolve a formulação (granulado, pó molhável, pó solúvel, concentrado emulsionável, solução aquosa, suspensão concentrada ou grânulos dispersíveis).

Além da formulação, outras características que precisam ser observadas são:

Como o produto é absorvido (aplicação em pré ou pós-emergência); Se o produto degrada com a luz; Qual o tempo necessário para o produto ser absorvido; Se ele é sistêmico ou de contato; Se ele é volátil (essa é uma das principais características associados ao alto risco de deriva).

Conclusão

Você viu cinco dicas importantes que podem lhe auxiliar para realmente atingir o alvo de aplicação desejado, não causando danos às outras culturas.

Com a redução da deriva, mais produtos chegam ao alvo, controlando plantas daninhas, pragas e doenças, o que consequentemente ajuda na manutenção das altas produtividades.

Ao planejar sua aplicação, consulte sempre um engenheiro(a) agrônomo(a), leia e siga todas as instruções e precauções da bula do produto.

Fonte: AF News

Quinta, 16 de Janeiro de 2020
Exportação de arroz fecha ano com 114 destinos.
Exportação de arroz fecha ano com 114 destinos. Fonte: Agrolink

Com 1,434 milhão de toneladas embarcadas em 2019, até os Estados Unidos compraram o cereal brasileiro para sustentar acordos comerciais

As exportações brasileiras alcançaram no ano comercial de 2019, de janeiro a dezembro, 1,434 milhão de toneladas base casca, conformes dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). Segundo a avaliação da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), novamente, o país ultrapassou a barreira de um milhão de toneladas e, até de forma surpreendente, pois com a expressiva quebra da safra nacional e das disponibilidades, a tendência seria de reduzir substancialmente as exportações, quando atingiu no ano agrícola de 2018 o relevante volume de 1,7 milhão de toneladas.

Em 2019, o país apresentou como perfil na exportação 517 mil toneladas no arroz beneficiado, 269 mil no arroz em casca, 644,7 mil no arroz quebrado e 2,6 mil toneladas no arroz esbramado. Segundo o diretor de Mercado da Federarroz, Marco Aurélio Tavares, o Brasil tem se mantido entre os dez maiores exportadores do cereal e, excluindo os países asiáticos, fica na segunda colocação, apenas abaixo dos Estados Unidos. “Com isso, indiscutivelmente, se consolida como importante player no mercado internacional”, destaca.

Conforme o dirigente, outro aspecto muito importante em relação ao quadro externo é a quantidade de destinos do arroz brasileiro. Considerando toda a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCMs), convenção de categorização de mercadorias adotada pelos países do bloco, o cereal brasileiro teve destino para 114 países no período. “O dólar valorizado, o mercado internacional favorável, a qualidade do produto brasileiro e também o foco estratégico na exportação foram fatores relevantes para esse bom desempenho no Porto de Rio Grande”, explica Tavares.

O diretor de Mercado da Federarroz reforça também que potenciais e importantes importadores fizeram parte do portfólio nas compras do arroz beneficiado, em 2019, tais como Peru, Iraque, Cuba, Emirados Árabes, Arábia Saudita e até os Estados Unidos, que adquiriram 22 mil toneladas de arroz beneficiado, pois sendo o maior exportador mundial não asiático, em razão da redução da safra, está buscando produto no Brasil para sustentar seus acordos comerciais, considerando que o cereal é estratégico e trata-se de segurança alimentar. “A qualidade do arroz brasileiro, atualmente, concorre, em preço e mercado, mais com o arroz americano e o do Mercosul, entre US$ 515 a US$ 525 a tonelada, do que com o arroz de origem asiática, a US$ 425 a tonelada”, ressalta.

Em relação aos quebrados de arroz, de acordo com Tavares, o país apresentou belo desempenho, pelas boas características do produto, e que é destinado para vários países, principalmente da África, como: Senegal, Serra  Leoa, Gâmbia e outros locais  estratégicos, como: Estados Unidos e a União Europeia. Já as exportações do produto em casca, também foram relevantes no período, sendo os principais clientes; Venezuela, agora destinadas ao setor privado e não ao setor público como era tradicionalmente, Costa Rica e Nicarágua.

Para o dirigente da Federarroz, a exportação do produto base casca, apesar de não agregar valor, é determinante para escoar o excedente interno. “É uma outra alternativa para o produtor, tem um preço mais atrativo e é um importante e fundamental  parâmetro para o mercado interno pois, enquanto os preços médios praticados no Rio Grande do Sul, ficaram entre US$ 220 a US$ 230 a tonelada, os preços FOB no Porto de Rio Grande ficaram bem acima, em torno de US$ 275, similares àqueles praticados no mercado futuro e onde, atualmente, os contratos futuros para março, indicam US$ 290 a tonelada ou o equivalente a US$ 14,5 a saca do casca de 50 quilos”, projeta.

Tavares conclui que, a exemplo de outras commodities, como carne bovina e a soja, o mercado interno do cereal deverá, também, cada vez mais, se  parametrizar pelo mercado  externo na medida que este continue firme e consolidado e, com isso, atue como agente ativo na formação dos preços internos, apesar das notórias desigualdades e dificuldades  da comercialização no mercado doméstico. 

Fonte: Agrolink

Quinta, 16 de Janeiro de 2020
Preço do leite deve subir no curto prazo, diz Cepea.
Preço do leite deve subir no curto prazo, diz Cepea. Fonte: Canal Rural

A oferta de leite no mercado brasileiro deve seguir limitada em 2020, especialmente no primeiro trimestre. A projeção do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indica que esse fato pode sustentar o preço pago ao produtor em patamar mais elevado. “Essa perspectiva está fundamentada na possível alta dos custos de produção e no recente maior abate de matrizes”, comenta a entidade em relatório.

No caso dos custos de produção, os preços do milho e do farelo de soja, componentes da ração, têm subido no mercado brasileiro. O aumento dos valores do milho está atrelado ao forte ritmo das exportações do cereal. Há também que se considerar que, num cenário de incentivo à produção de combustíveis renováveis, o milho tem sido cada vez mais utilizado para a produção de etanol, o que pode reforçar o movimento de valorização desse cereal.

Quanto ao farelo, a demanda do setor pecuário pelo derivado de soja pode se aquecer neste ano, resultando em altas nos preços. Além disso, o dólar em patamar elevado aumenta o interesse pela comercialização desses insumos no mercado externo. Para o Cepea, esse cenário pode prejudicar a relação de troca do pecuarista, principalmente no primeiro semestre.

Em relação ao abate de matrizes, a alta no preço da arroba do boi gordo no encerramento de 2019 levou muitos produtores a mandarem precocemente fêmeas para o abate. “Também deve-se levar em conta que, dada a alta nos preços dos bezerros, é possível que produtores de leite invistam na criação destes animais e passem a destinar maior parte da produção de leite para a sua alimentação”, afirma o Cepea.

Tendência

Diante desse cenário, o Cepea comenta que este ano pode ser difícil para a recuperação da produção. “É importante lembrar também que, com a valorização do dólar, as importações de leite em pó são desestimuladas, o que pode diminuir a disponibilidade de leite às indústrias”, diz o relatório. O levantamento do Cepea mostra que, neste início de ano, a concorrência entre empresas para garantir a compra de matéria-prima e abastecer seus estoques têm se elevado, resultando em altas de preços.

A entidade afirma que a dificuldade em se elevar a produção tem se mostrado como um gargalo estrutural para o setor. A principal limitação ao pecuarista é realizar investimentos de longo prazo frente às incertezas no curto prazo, o que inclui a volatilidade das cotações. Estas, por sua vez, dependem de um delicado equilíbrio entre a oferta no campo e o consumo de derivados lácteos. Em 2019, por exemplo, a previsibilidade do mercado foi afetada por duas forças antagônicas: oferta enxuta e retração da demanda – as quais levaram a uma curva de preços atípica no ano passado.

Ainda que as expectativas para a produção em 2020 sejam cautelosas, é importante ressaltar que a perspectiva de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) acima de 2% é um fator positivo para diminuir as incertezas.

“Como o consumo de lácteos está diretamente ligado ao aumento da renda, o crescimento econômico pode melhorar as margens da indústria (espremidas em 2019) e permitir que os preços ao produtor se mantenham em patamares elevados, mas mais alinhados ao padrão sazonal”, projeta.

Fonte: Canal Rural

Quinta, 16 de Janeiro de 2020
BOI/CEPEA: setor aumenta investimento.
BOI/CEPEA: setor aumenta investimento. Fonte: Agrolink

De acordo com pesquisadores do Cepea, após a seca observada entre 2013 e 2014, produtores passaram a investir em tecnologia, o que resultou em produtividade recorde da pecuária brasileira no ano passado.

Dados do IBGE indicam que a quantidade de carne produzida por animal na média do País foi de 251,22 kg de janeiro a setembro de 2019, um recorde considerando-se esse período de anos anteriores.

No terceiro trimestre do ano passado, a produtividade média brasileira chegou a atingir 258,52 kg/animal, a maior da história. 

Fonte: Agrolink