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Quarta, 16 de Novembro de 2022
RS encerra participação na COP27 reafirmando compromisso climático
RS encerra participação na COP27 reafirmando compromisso climático Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

POR VANESSA TRINDADE/ASCOM SEMA

O Estado do Rio Grande do Sul finalizou, nesta terça-feira (15/11), a participação na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), no Egito, reafirmando seu compromisso em atingir a neutralidade de carbono até 2050.

"Foi um momento raro em que a agricultura, pecuária e atividade de florestas plantadas puderam mostrar que elas fazem de fato parte da solução dos efeitos de emissão de gases de efeito estufa. E ficou evidenciado que a nossa participação ativa na agricultura de baixo carbono no RS e no Brasil é um exemplo para o mundo", afirmou o secretário Lopes.

"Foi um momento diferente para o Rio Grande do Sul. Iniciamos a nossa participação na agenda climática de forma mais efetiva no ano passado, na COP26, mas neste ano estivemos presentes em painéis sobre energia juntamente com o Ministério do Meio Ambiente. Demonstramos como o RS está a avançar e conhecemos estratégias públicas e privadas. A COP27 é de muito aprendizado”, disse a secretária Marjorie.

Termo de cooperação

A última agenda da missão internacional foi a assinatura do termo de cooperação entre RS e CDP (Carbon Disclosure Project), uma plataforma que monitora como municípios e Estados estão trabalhando para atingir as metas estabelecidas.

Durante a assinatura, a secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, observou que municípios, empresas, Estados e instituições individuais podem acessar a plataforma e enviar seus relatórios de emissões e suas metas. "Essa ferramenta também dá acesso a importantes órgãos de financiamento, conectando atores para que a política climática seja de fato global e inclusiva", afirmou. O secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Domingos Velho Lopes, e o promotor de Justiça Daniel Martini assinaram o termo como testemunhas.

Rebeca Lima, diretora-executiva do CDP para a América Latina, celebrou a parceria destacando o potencial da cooperação. "É um passo muito importante não só de cooperação entre sociedade civil e governos subnacionais, mas referente ao enfrentamento da crise climática, para ações de mitigação, de adaptação, de implementação das metas e, principalmente, de apoiar o estado a engajar com alguns atores dentro da sua jurisdição, como empresas e municípios", disse Rebeca. O CDP é uma organização internacional sem fins lucrativos fundada em 2000, na Inglaterra, por um grupo de cientistas que identificou a falta de informações sobre o clima para a tomada de decisão dos investidores.

Missão gaúcha participou do Race to Zero no Brasil, evento que reconheceu estados, como o RS, que avançaram na descarbonização - Foto: Vanessa Trindade/Ascom Sema

Antes do ato, a secretária Marjorie representou o governador Ranolfo Vieira Júnior no evento De Glasgow a Sharm El-Sheikh: avanços na Campanha Race to Zero no Brasil e novos investimentos, organizado pela Embaixada do Reino Unido no Brasil, em conjunto com o Instituto Clima e Sociedade e o CDP Latin America, apoiado pela ACA Brasil. O objetivo do evento foi reconhecer os avanços de descarbonização dos estados que aderiram à campanha Race to Zero no Brasil, como é o caso do Rio Grande do Sul.

Protocolo Codesul

Os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul firmaram uma parceria na COP27 para atuar em bloco contra a crise climática. Os estados fazem parte do Conselho de Desenvolvimento e Integração (Codesul). O Protocolo de Intenções foi assinado no sábado (12/11) e contou com o apoio do Iclei-Governos Locais para a Sustentabilidade.

A iniciativa prevê o fortalecimento da cooperação para incluir a variável climática nos processos decisórios dos estados do bloco, por meio da constituição de um sistema integrado e permanente de informações climáticas e do compartilhamento das bases de dados e de conhecimento para inovação e boas práticas.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Imagem: Vanessa Trindade/Ascom Sema

Quarta, 16 de Novembro de 2022
Com produção sustentável de alimentos, Brasil contribui com a paz mundial, diz Nobel da Paz na COP27
Com produção sustentável de alimentos, Brasil contribui com a paz mundial, diz Nobel da Paz na COP27 Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

O professor da Universidade de Ohio (EUA) Rattan Lal, referência mundial em ciência do solo e prêmio Nobel da Paz em 2007, destacou nesta segunda-feira (14), durante a COP27, no Egito, o papel do Brasil na produção sustentável de alimentos e na promoção da paz mundial. Ele participou do painel Segurança Alimentar e Paz, durante o Dia do Agro no pavilhão do Brasil. 

Rattan Lal disse que a produção de alimentos seguros para todos é o fator mais importante para promover a paz e a estabilidade no mundo. “Quando o estômago não está cheio, não pode haver paz. Não pode haver paz enquanto houver fome e má nutrição. Acho que o que o Brasil e a América do Sul estão fazendo em agricultura está promovendo a paz, e outros países devem fazer o mesmo”, disse o professor. 

Ele também destacou que o Brasil pode ser um modelo de liderança global sobre o uso do solo como um depósito de carbono para uma agricultura positiva. Segundo Rattan Lal, além dos produtos agrícolas como carne bovina, milho e arroz, o Brasil pode produzir carbono. “Isso significa aumentar a captura de carbono no solo, o que pode ser visto como commodity, e pode ser uma fonte de renda para o país".

O pesquisador apresentou seus estudos, que mostram a necessidade de todos os países produzirem mais alimentos, utilizando menos terras, menos água, menos fertilizantes e pesticidas, com menos emissões de gases de efeito estufa na atmosfera. “Existe uma necessidade forte e urgente de desenvolver sistemas de produção inovadores que conciliem a necessidade de produção de alimentos com a necessidade de recuperar o meio ambiente”, destacou. 

Nesse sentido, a  diretora do Departamento de Produção Sustentável e Irrigação do Mapa, Fabiana Villa Alves, apresentou o  Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (Plano ABC+), que desde 2010 promove técnicas sustentáveis na produção agropecuária brasileira. “O Brasil hoje é referência para a produção agropecuária de baixa emissão de carbono. Produzir e conservar é possível, e nós sabemos como fazer isso”, disse a diretora. 

Também participaram do debate o presidente da Comissão de Meio Ambiente da CNA, Muni Lourenço, e o secretário da Amazônia e Serviços Ambientais do MMA, Marcelo Freire. O Pavilhão Brasil na COP27 é uma parceria entre o Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ministério das Relações Exteriores (MRE), a Apex-Brasil, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Sebrae. 

Segurança alimentar e climática

Nesta segunda-feira, o secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação, Cleber Soares, também participou do painel Segurança Alimentar e Segurança Climática, durante a COP27. O secretário lembrou que há cerca de 40 anos o Brasil importava cerca de 80% dos alimentos que eram consumidos e hoje é exportador de alimentos, graças à ciência e tecnologia, mas principalmente por causa de um modelo de agricultura adaptativa.  “Se hoje nesta COP o mundo discute adaptação, o Brasil já faz agricultura adaptativa, e consequentemente sustentável, há pelo menos 40 anos”.

Com o uso de tecnologias descarbonizantes, o Brasil foi dominando a correção de solo com o uso de tecnologias descarbonizantes, como fixação biológica de nitrogênio e adaptação de cultivos, possibilitando o aumento e a diversificação de suas culturas. “Progressivamente, saímos de um modelo de monocultura para sistemas integrados e hoje no Brasil nós temos algo em torno de pelo menos 17 milhões de hectares de sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta”, destacou Soares.  

A diretora de Clima Natureza e Energia do Reino Unido no Brasil, Bruna Cerqueira, disse que o Brasil tem um papel fundamental para a difusão de tecnologias de baixa emissão de carbono. “O Brasil é um líder em técnicas de baixa emissão de carbono e isso precisa ser expandido, Precisamos ganhar escala com essas tecnologias e o Brasil pode ser um parceiro chave em cooperação global com países de agricultura tropical. Isso é uma necessidade de todo o mundo, e se não trabalharmos juntos todos vamos sofrer com as consequências". Ela garantiu que o Reino Unido está comprometido em trabalhar com o Brasil para apoiar sistemas nacionais. O país já apoia a implementação do plano ABC por meio do Programa Rural Sustentável que, durante a COP 27 lançou o PRS Amazônia. 

Também participaram do painel o consultor de política do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), Jeremy Adamson, a CEO da Fundação Macdoch, da Austrália, Michelle Gortan, o assessor técnico e jurídico da Comissão de Meio Ambiente CNA, Rodrigo Justus, e o diretor de Relações Internacionais da CNA, Gedeão Pereira. 

 

Pecuária Sustentável

No painel Pecuária sustentável, a diretora do Departamento de Produção Sustentável e Irrigação do Mapa, Fabiana Villa Alves, destacou a importância da comunicação e de parcerias para disseminar as iniciativas sustentáveis no setor. “A pecuária sustentável é inclusiva, traz todos para dentro do jogo, mostrando que somos sim possíveis de fornecer essa segurança alimentar que está sendo tão discutida aqui na COP, transformando as palavras mágicas mitigação e adaptação em algo realmente factível,  que já estamos fazendo há algum tempo no Brasil”, disse Fabiana. 

Também participaram o presidente do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), Caio Penido, a diretora de Sustentabilidade da Friboi, Liège Correia, e o presidente da LIga do Araguaia, Braz Peres. 

Os painéis realizados hoje também trataram de temas como o Programa de Regularização Ambiental Produtiva (PRAVALER), com a participação do diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Pedro Neto, e a diretora de Regularização Ambiental, Jaíne Cubas. Outro assunto abordado foi as políticas públicas para promoção da adaptação e mitigação nos trópicos, com a participação dos representantes do Mapa Alexandre Barcelos, diretor do departamento de desenvolvimento de cadeias produtivas; Eleneide Doff Sotta, coordenadora de mudanças do clima; e Sidney Medeiros, da Coordenação de Mudanças Climáticas do Mapa.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Quarta, 16 de Novembro de 2022
Em 2020, 1º ano da pandemia, PIB recua em 24 unidades da Federação
Em 2020, 1º ano da pandemia, PIB recua em 24 unidades da Federação Fonte: Agência Brasil

Em 2020, primeiro ano da pandemia de covid-19, o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) do Brasil atingiu R$ 7,6 trilhões, recuo de 3,3%. Houve quedas no PIB em 24 das 27 unidades da Federação, estabilidade no estado de Mato Grosso e variações positivas em Mato Grosso do Sul (0,2%) e Roraima (0,1%).

As informações constam das Contas Regionais 2020, elaboradas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com os órgãos estaduais de estatística, secretarias estaduais de governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

O Rio Grande do Sul teve a maior queda em volume (-7,2%), seguido pelo Ceará (-5,7%), Rio Grande do Norte (-5%), Espírito Santo (-4,4%), Rondônia (-4,4%) e Bahia (-4,4%). Os demais recuos foram em Alagoas (-4,2%), Acre (-4,2%), Pernambuco (-4.1%%), Paraíba (-4,0%), Piauí (-3,5%) e São Paulo (-3,5%).

Segundo o IBGE, no Rio Grande do Sul, o resultado foi provocado pela agricultura, que sofreu impacto da estiagem em 2020, e pelas indústrias de transformação, devido ao segmento de preparação de couros.

No Sudeste, o volume do PIB foi igual ao nacional (-3,3%), com retração mais acentuada no Espírito Santo (-4,4%), seguido por São Paulo (-3,5%), Minas Gerais (-3%) e Rio de Janeiro (-2,9%).

A Região Sul teve a maior queda em volume do PIB (-4,2%), entre 2019 e 2020, devido principalmente ao desempenho do Rio Grande do Sul (-7,2%).

Já o Centro-Oeste foi a região de menor queda em volume (-1,3%), influenciado por Mato Grosso do Sul (0,2%), e Mato Grosso, que se manteve estável.

Segundo a pesquisa, oito unidades da Federação trocaram de posição no ranking de participação no PIB entre 2019 e 2020. Ao longo da série histórica, iniciada em 2002, apenas em 2014 e 2016 o número de movimentação de posições foi maior. “O Paraná avançou da quinta para a quarta posição, devido ao seu ganho relativo na agropecuária nacional, enquanto no Rio Grande do Sul a perda de posição refletiu sua redução em volume e em participação na mesma atividade”, diz o IBGE.

O Pará, devido ao ganho relativo atrelado às indústrias extrativas, avançou da 11ª para a 10ª posição, ocupando em 2020 a colocação que até o ano anterior era de Pernambuco.

Mato Grosso, que também se destacou em 2020 pelo desempenho da agropecuária, avançou para a 12ª posição, ultrapassando o Ceará, que caiu para a 13ª posição. Mato Grosso do Sul subiu uma posição, para a 15ª, enquanto o Amazonas caiu para a 16ª, pois o primeiro elevou sua participação no PIB de 1,4% para 1,6%, enquanto o segundo manteve-se com 1,5% entre 2019 e 2020.

“Houve muita troca de posição, muito mais que nos anos recentes. Isso é reflexo do primeiro ano da pandemia e da forma como ela ocorreu, diferentemente entre as unidades da Federação. A agropecuária cresceu 4,2%, mas representa cerca de 5% do PIB nacional, enquanto nos estados do Centro-Oeste chega a 20% do valor adicionado, o que compensou parcialmente a queda nos serviços. O Rio Grande do Sul foi um dos poucos estados onde a agropecuária não colaborou, devido a problemas climáticos”, disse a gerente de Contas Regionais do IBGE, Alessandra Poça.

De acordo com a gerente, em 2020, a agropecuária teve supersafras (à exceção do Rio Grande do Sul) e aumento do preço das commodities como soja, milho, café e grãos de uma maneira geral na agricultura, como também aumento nos preços dos produtos da pecuária, contribuindo para o resultado dos estados que têm produção agropecuária relevante em suas economias.

No Sudeste, única região a perder participação no PIB no período, Rio de Janeiro e São Paulo apresentaram redução de 0,7 ponto percentual e 0,6 ponto percentual, respectivamente. No estado do Rio, o recuo foi motivado pelas indústrias extrativas, com a queda de preço de petróleo e gás, enquanto em São Paulo, devido às perdas nas atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados e em alojamento e alimentação.

Entre os demais estados da região, Minas Gerais teve ganho de 0,2 ponto percentual devido ao cultivo de café, e o Espírito Santo perdeu 0,1 ponto percentual, também afetado pelas indústrias extrativas.

“No Sudeste, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo perderam participação. O Espírito Santo perdeu porque o petróleo teve queda de preços e sua produção de minério ainda não se recuperou após o acidente de Brumadinho (MG), cuja produção era pelotizada e escoada pelo Espírito Santo. O desempenho positivo do café não compensou as perdas em outros setores da economia capixaba”, afirmou Alessandra.

PIB per capita 

O PIB per capita do Brasil, em 2020, foi R$ 35.935,74 e aumentou 2,2% ante 2019. O Distrito Federal manteve o maior PIB per capita (R$ 87.016,16), 2,4 vezes maior que o PIB per capita do país. Na segunda posição aparece São Paulo (R$ 51.364,73) e em seguida, Mato Grosso (R$ 50.663,19) ocupando a posição que historicamente pertencia ao Rio de Janeiro.

Entre os estados com o menor PIB per capita em 2020, Piauí e Maranhão ocuparam a 26ª e a 27ª posições, respectivamente. Abaixo da vigésima posição no ranking estão quase exclusivamente estados do Nordeste, sendo o Acre a única exceção, no 23º lugar. 

Em 2020, a remuneração dos empregados perdeu participação pelo quarto ano seguido, caindo de 43,5% em 2019 para 42%. Pela primeira vez, a remuneração dos empregados deixou de ser o principal componente do PIB, pela ótica da renda.

Fonte: Agência Brasil – Ana Cristina Campos

Imagem: CNA/ Wenderson Araujo/ Trilux

Sexta, 11 de Novembro de 2022
CNA participa de evento sobre o potencial de comércio entre Brasil e países árabes
CNA participa de evento sobre o potencial de comércio entre Brasil e países árabes Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou, na quinta (10), de um webinar promovido pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB) para discutir o potencial de comércio entre o Brasil e os países árabes, com foco no porto de Tanger-Med, no Marrocos.

O coordenador de Inteligência Comercial da CNA, Felipe Spaniol, foi um dos palestrantes da mesa redonda “Oportunidades para exportações brasileiras e redução de custos logísticos”. Durante a apresentação, ele destacou o panorama da agropecuária brasileira no mercado internacional.

“O Brasil é o maior exportador líquido de alimentos do mundo. Mais de 200 países recebem nossos produtos agropecuários o que faz do Brasil um fornecedor de alimentos para 800 milhões de pessoas em todo o mundo”, disse.

Spaniol também falou que, de 2002 a 2021, o país aumentou em 408% as vendas de produtos do agro para a África, por exemplo, onde o Marrocos está localizado.

Sobre a relação comercial entre o Brasil e o Marrocos, Felipe informou que atualmente o país africano é o 46º parceiro comercial do Brasil. Os principais produtos agropecuários exportados são açúcar, milho e trigo.

O representante da CNA afirmou que o porto de Tanger-Med pode ser uma oportunidade para o aumento das exportações e uma porta de entrada para o continente africano.

No debate, Felipe mencionou também o projeto Agro.BR , que é uma iniciativa da CNA, em parceria com a Apex-Brasil, para aumentar a presença de pequenos e médios produtores no comércio exterior e diversificar a pauta brasileira de exportações do agro.

Participaram da mesa redonda o presidente do Porto do Itaqui (MA), Ted Lago, o diretor-geral de Operações Logísticas da Superintendência do Porto de Itajaí, Ricardo de Amorim, e o vice-presidente de Relações Internacionais da Associação Brasileira de Agronegócios (ABAG), Ingo Plögler.

Assessoria de Comunicação CNA
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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Sexta, 11 de Novembro de 2022
Trigo e cevada poderão ter produção acima da expectativa no RS
Trigo e cevada poderão ter produção acima da expectativa no RS Fonte: Emater

A área de cultivo do trigo alcançou 1.458.026 hectares no Estado. A cultura está em final de ciclo, com a maior parte das lavouras em maturação e pronta para a ceifa. De acordo com o Informativo Conjuntural produzido e divulgado nesta quinta-feira (10/11) pela Emater/RS-Ascar, o índice colhido alcançou 37% da área cultivada.

Além da elevada produtividade, o produto colhido apresenta alta qualidade, com elevado peso hectolitro (PH), comparativamente com as safras dos anos anteriores. A produtividade estimada é de 3.210 kg/ha. Contudo, há possibilidade de aumento nessa expectativa de produção à medida que a colheita evoluir.

Na cevada, a produtividade atual estimada é de 3.237 kg/ha. Também não se descarta uma alteração positiva nessa estimativa, face aos resultados de colheita ainda em obtenção. A área de cultivo é de 37.500 hectares. A cultura aproxima-se do final do ciclo. As lavouras em final de enchimento de grãos são apenas 25%; em maturação, 45%; e foram colhidas 30%.

Segundo o serviço de classificação prestado pela Emater/RS-Ascar, para a maior empresa cervejeira do país, a produtividade entre os produtores integrados, localizados no Planalto e Alto Uruguai, aproxima-se de 4.200 kg/ha. A qualidade da safra é considerada excelente, apresentando em torno de 95% de primeira qualidade (peneira 2,5mmx22mm + 2,8mmx22mm), assim como o percentual de germinação, que está acima de 95%. Outro fator positivo é a baixa presença de micotoxinas (Desoxinivalenol), que está abaixo dos limites permitidos pela legislação que regula a produção de cervejas.

Culturas de inverno

Canola - A área de cultivo é de 53.415 hectares. A estimativa de produtividade atual é de 1.638 kg/ha. Estima-se que 70% das lavouras foram colhidas, e o restante está maduro ou em processo final de maturação.

Aveia branca grãos - A área de cultivo é de 350.641 hectares. A produtividade prevista é de 2.478 kg/ha. Houve avanço significativo da colheita. As lavouras colhidas totalizam 58%; em maturação, 38%; e finalizando o enchimento de grãos, 4%.

Culturas de verão

Soja - A área projetada para a safra 2022/2023 é de 6.568.607 hectares. A produtividade estimada é de 3.131 kg/ha e a produção é de 20.563.989 toneladas. A semeadura da cultura alcançou 17% no Estado. As lavouras em estabelecimento apresentam boa emergência, mas o hipocótilo está mais curto, provavelmente como reflexo das baixas temperaturas. O hipocótilo é o responsável pela elevação dos cotilédones acima da superfície dos solos, e com eles mais curtos os cotilédones e as folhas unifoliadas permanecem muito próximos ao chão, dando impressão de baixo desenvolvimento da cultura.

Milho - A cultura segue em implantação. A evolução da operação foi lenta, atingindo apenas 2% no período, devido ao escalonamento e à atenção dos produtores a outras culturas. O desenvolvimento é adequado, em que pese alguns efeitos das temperaturas mais baixas, como a diminuição do porte de plantas e os danos, em algumas lavouras, causados pelas geadas ocorridas em 02/11. A fase predominante é o desenvolvimento vegetativo, mas 11% das lavouras iniciaram o processo reprodutivo, que demanda maior suprimento de água para manter o potencial produtivo. A área estimada de cultivo para a safra 2022/2023 é de 831.786 hectares. A produtividade esperada é de 7.337 kg/ha.

Milho silagem - A área semeada representa 50% da projetada e, desse total, 92% encontram-se em desenvolvimento vegetativo e 8% em floração. Devido à sequência de dias mais frios, as lavouras apresentam um porte mais baixo, mas com excelente população de plantas por hectare, que poderá compensar no volume colhido para manutenção da produtividade.

A área estimada de milho destinado à silagem para a safra 2022/2023 no Rio Grande do Sul é de 365.467 hectares. A produtividade estimada permanece em 37.857 kg/ha.

Arroz - A área estimada de arroz pelo Instituto Riograndense do Arroz (Irga) é de 862.498 hectares. A produtividade projetada é de 8.226 kg/ha. A cultura está com estimativa de 83% de implantação. Nos extremos Sul e Oeste do Estado, os trabalhos de semeadura já estão próximos da finalização, enquanto que nas regiões Centro e Leste o estabelecimento é de menor proporção.

As lavouras encontram-se em fases iniciais de desenvolvimento e as temperaturas ocorridas abaixo do ideal poderão interferir negativamente no seu desenvolvimento.

Feijão 1ª safra - A área projetada de feijão 1ª safra é de 30.561 hectares. A produtividade estimada permanece em 1.701 kg/ha.

OLERÍCOLAS

Alface - Em São José do Hortêncio, na regional de Lajeado, a ocorrência de dias consecutivos de intensa umidade em outubro provocaram perdas na ordem de até 30% para alguns produtores. Observa-se uma sensível redução nos preços das variedades crespa e americana. A cotação média da alface, na Ceasa de Porto Alegre, para as variedades crespa e lisa é R$ 8,00/dz. e da americana, R$ 10,00/dz.

Na de Porto Alegre, a oferta de folhosas - brássicas e alface - ainda está em alta; as temperaturas amenas favoreceram a produção. O preço da alface reduziu, o valor é de R$ 8,00/dz.

Cebola - Na regional de Pelotas, a colheita de cebolas precoces, em São José do Norte, atingiu 10% da área e em Rio Grande 1%. O produto é destinado ao mercado e não passa pelo procedimento normal de cura a campo. As produtividades estão dentro do esperado, considerando a precocidade das cultivares, mas atingindo tetos de 25 mil a 30 mil kg/ha. Os valores pagos ao produtor estão entre R$ 2,80 e R$ 3,50/kg, com algumas negociações chegando a R$ 4,00/kg. A cultura está predominantemente em bulbificação. Continuaram as aplicações semanais de fungicidas para evitar doenças e o monitoramento de pragas.

Na de Soledade, inicia a colheita de cebola. Segue o monitoramento de pragas e doenças; o míldio é a principal doença nesta safra na região. Os cultivos tardios seguem em fase de formação do bulbo.

OVINOCULTURA

O estado corporal do rebanho continua evoluindo de maneira satisfatória tanto em animais que estão sobre pastagens cultivadas quanto nas áreas de campo nativo. Avançam os trabalhos de esquila do rebanho, porém muitos produtores esperaram os dias frios passarem para finalizar o manejo. A lã segue com mercado estagnado.

Entre as práticas sanitárias, as principais são o controle de verminoses, a vacinação contra clostridioses e os cuidados com os cordeiros e matrizes amamentando. O foco de muitos ovinocultores, no momento, ainda é o preparo dos lotes de cordeiros, visando à comercialização nas festas de fim de ano.

Crédito foto: Roger Terra de Moraes - Emater/RS-Ascar

Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar - Regional de Caxias do Sul
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Fonte: Emater

Sexta, 11 de Novembro de 2022
Comitiva gaúcha já está no Egito para COP27
Comitiva gaúcha já está no Egito para COP27 Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

POR TEXTO E EDIÇÃO/SECOM

Representantes do governo do Estado do Rio Grande do Sul chegaram ao Egito, nesta quinta-feira (10/11), para participar da 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27). O evento, que ocorrerá até 18 de novembro, na cidade de Sharm El-Sheikh, reúne lideranças de vários países para debater medidas a fim de conter a crise climática global.

A delegação gaúcha é formada por representantes das Secretarias do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), além da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). Também integram o grupo membros do Ministério Público Estadual (MP-RS).

Neste primeiro dia, a comitiva se encontrou, no estande do Brasil, com o diretor de Sustentabilidade da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Nelson Ananias, para alinhar o cronograma de eventos da agricultura de baixo carbono e sustentabilidade. Esta é a primeira vez que a Agricultura do RS está presente na COP, unindo as pautas do setor com as questões ambientais.

Grupo alinhou cronograma de eventos da agricultura de baixo carbono e sustentabilidade no estande do Brasil - Foto: Vanessa Trindade/Ascom Sema

A agenda da equipe inclui apresentações dos titulares da Sema, Marjorie Kauffmann, e da Seapdr, Domingos Velho Lopes, sobre ações de combate às mudanças climáticas.

Nesta sexta (11/11), Marjorie participará da conferência como painelista, abordando o tema “Resiliência em cidades latino-americanas – perdas e danos em nível subnacional”.

No sábado (12/11), Marjorie e Domingos comparecerão a encontro do Conselho de Desenvolvimento dos Estados do Sul (Codesul) sobre o Projeto Starrs (States and Regions Remote Sensing), que visa fornecer aos estados estimativas das emissões de gases de efeito estufa por meio de sensoriamento remoto e inteligência artificial.

Na segunda (14/11), data convencionada como o dia da Agricultura na COP, a Seapdr estará presente no estande do Brasil participando de todas as pautas sobre agricultura de baixo carbono.

Marjorie também representará o governo do Estado, na terça (15/11), em reunião de autoridades brasileiras sobre os avanços da Campanha “Race to Zero” e novos investimentos em ações climáticas. No mesmo dia, haverá também a assinatura do termo de cooperação entre o RS e o Carbon Disclosure Project (CDP), organização internacional sem fins lucrativos que desenvolveu uma plataforma global de dados climáticos.

Ao longo da programação, a Fepam participará de eventos sobre descarbonização das atividades de óleo e gás, fertilizantes e aço.

Antes de chegar ao Egito, a comitiva gaúcha passou por Israel, onde foi recepcionada pela embaixada israelense para uma série de compromissos focados em gestão de recursos hídricos. O retorno da delegação ao Brasil está previsto para a próxima quarta (16/11).

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Imagem: Vanessa Trindade/Ascom Sema

Sexta, 11 de Novembro de 2022
Abate de bovinos tem alta de 11,2% no terceiro trimestre
Abate de bovinos tem alta de 11,2% no terceiro trimestre Fonte: Agência Brasil

O abate de bovinos cresceu 11,2% entre julho e setembro de 2022, em relação a igual período do ano passado e atingiu 7,81 milhões de cabeças. Na comparação com o segundo trimestre deste ano, o avanço é de 5,8%. Esses são os resultados preliminares da pesquisa Estatística da Produção Pecuária.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que fez a divulgação hoje (11), no Rio de Janeiro, os resultados completos para o terceiro trimestre de 2022 e para as unidades da federação serão apresentados no dia 7 de dezembro.

Ainda na comparação entre os terceiros trimestres de 2022 e 2021, a pesquisa mostrou que houve alta de 4,4% com o abate de 14,37 milhões de suínos e 2,1% frente ao segundo trimestre deste ano. Foi anotado aumento também (0,9%) nos frangos com o abate de 1,55 bilhão de cabeças e 3,1% em relação ao trimestre imediatamente anterior.

Carcaças

Os primeiros resultados indicam, ainda, que, no terceiro trimestre deste ano, houve 2,12 milhões de carcaças bovinas, o que significa alta de 11,1% frente aos mesmos três meses do ano anterior e de 9,2% se comparado ao segundo trimestre de 2022.

Ainda conforme as estatísticas, o peso das carcaças de suínos chegou a 1,33 milhão de toneladas. “Aumento de 3,8% em relação ao terceiro trimestre de 2021 e incremento de 1,4% em relação ao trimestre imediatamente anterior”, informou o IBGE.

Também entre julho e setembro de 2022, o peso das carcaças de frango alcançou 3,73 milhões de toneladas. O volume é equivalente a uma alta de 2,2% tanto em relação ao terceiro trimestre de 2021, quanto ao segundo trimestre de 2022.

Leite

As estatísticas com os resultados preliminares apontam também que a aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária (federal, estadual ou municipal) atingiu seis bilhões de litros no terceiro trimestre de 2022.

Esse “valor representa redução de 3,4% na comparação com o volume registrado no terceiro trimestre de 2021 e aumento de 11,1% em relação ao obtido no segundo trimestre de 2022”, disse o IBGE.

Ovos

Com a produção de 1,01 bilhão de dúzias de ovos de galinha no terceiro trimestre de 2022, o resultado representa queda de 0,2% se comparado ao mesmo período de 2021 e aumento de 1,4% em relação ao segundo trimestre de 2022.

Couro

Os primeiros resultados da Pesquisa Trimestral do Couro - que investiga os curtumes que efetuam curtimento de pelo menos cinco mil unidades inteiras de couro cru bovino por ano - indicaram a produção de 7,89 milhões de peças inteiras de couro cru no terceiro trimestre de 2022.

O volume corresponde a um aumento de 5,4% frente ao terceiro trimestre de 2021, e ainda em relação ao trimestre imediatamente anterior.

Fonte: Agência Brasil – Cristina Índio do Brasil

Imagens: Arquivo/Agência Brasil

Sexta, 11 de Novembro de 2022
Com vendas de US$ 14,25 bilhões, exportações do agronegócio batem recorde em outubro
Com vendas de US$ 14,25 bilhões, exportações do agronegócio batem recorde em outubro Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

As exportações do agronegócio em outubro de 2022 foram recorde para o mês, atingindo a cifra de US$ 14,25 bilhões. O valor foi 61,3% superior na comparação com o que foi vendido ao exterior em outubro de 2021.

As exportações subiram principalmente em função do aumento do volume exportado entre os períodos, que aumentou 38,9%. O índice de preço dos produtos exportados também subiu, com incremento de 16,1% no período.

O crescimento dos embarques de milho foi um dos principais fatores para o forte aumento nas exportações, com aumento em volume de 301,7% no período. Nos dez primeiros meses do ano, o volume total de grãos exportados chegou a 134 milhões de toneladas, ou o equivalente à praticamente metade da safra brasileira de grãos, que foi estimada pela Conab em 270,9 milhões de toneladas (safra 2021/2022).

No acumulado do ano, entre janeiro e outubro de 2022, as exportações brasileiras do agronegócio alcançaram a cifra recorde de US$ 136,10 bilhões, o que representou um incremento de 33% na comparação com os US$ 102,35 bilhões exportados no mesmo período em 2021. O setor representou 48,5% do total das vendas externas do Brasil no período. 

As importações de produtos agropecuários somaram US$ 1,43 bilhão em outubro de 2022, valor 2% superior em relação ao que foi importado no mesmo mês do ano anterior. 

 

Setores 

Em outubro, o complexo soja, que é  o principal setor exportador do agronegócio brasileiro, exportou US$ 3,68 bilhões (+49,6%), com incremento de volume exportado (+27,6%) e dos preços internacionais dos produtos do setor (+17,2%). O principal produto de exportação do setor foi a soja em grãos, com registro recorde para os meses de outubro de US$ 2,49 bilhões. 

As vendas externas de carnes chegaram a US$ 2,28 bilhões (+50,8%). O montante foi fortemente influenciado pelos preços médios de exportação, que subiram 29,9% na comparação entre os meses de outubro de 2022 com outubro de 2021. Também houve expansão no volume comercializado, que subiu 16,1%. 

O setor de cereais, farinhas e preparações teve aumento absoluto de US$ 1,75 bilhão em vendas externas, atingindo o valor de US$ 2,20 bilhões. O cereal responsável por essa elevação foi o milho, que teve volume recorde exportado de 7,2 milhões de toneladas  para o mês de outubro, ou um montante 5,4 milhões de toneladas superior ao volume exportado em outubro de 2021. 

No complexo sucroalcooleiro, as vendas externas subiram 90,0%, passando de US$ 927,54 milhões para US$ 1,76 bilhão entre outubro de 2021 e outubro de 2022. As vendas de açúcar foram de US$ 1,50 bilhão (+81,1%), devido ao forte incremento do volume exportado. O setor de produtos florestais totalizou exportações de US$ 1,45 bilhão (+20,7%). 

Os cinco setores acima analisados foram responsáveis por 79,9% do valor total exportado pelo Brasil em produtos do agronegócio. 

Destinos

A Ásia é a região geográfica com maior participação nas exportações do agronegócio brasileiro. Em outubro de 2022, o continente adquiriu US$ 6,83 bilhões em produtos do agronegócio brasileiro, o que significou um crescimento de 71,0% em comparação com os US$ 3,99 bilhões exportados em outubro de 2021. A China é a maior parceira comercial do agronegócio brasileiro, e em outubro as vendas ao país asiático cresceram 81,8%, atingindo US$ 4,06 bilhões. 

Ásia e União Europeia somaram 64,2% do valor total exportado pelo Brasil em produtos do agronegócio em outubro.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Imagem: Ministério da Economia

Quinta, 10 de Novembro de 2022
RS e Israel iniciam tratativas para protocolos de parceria em pesquisa
RS e Israel iniciam tratativas para protocolos de parceria em pesquisa Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

POR VANESSA TRINDADE/ASCOM SEMA

A quarta-feira (9/11), último dia de missão da delegação do Rio Grande do Sul em Israel, contou com duas reuniões no Ministério da Agricultura.

No primeiro encontro o ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Oded Forer, reforçou a importância da visita da representação gaúcha ao país para o incentivo aos protocolos de colaboração e parceria com o objetivo de superar os desafios relacionados à produção de alimentos, redução do uso de água e de inovação nas práticas agronômicas. Forer acrescentou que o país possui recursos para investir em pesquisa na área de produção alimentar e manifestou interesse em formar parceria para o desenvolvimento de estudos na área.

O secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul, Domingos Velho Lopes, lembrou das ações do Estado pensando na produção segura de alimentos através da agricultura de baixo carbono, unindo produção e meio ambiente, e comemorou o resultado da reunião.

"Tivemos a oportunidade de mostrar a radiografia produtiva do Estado relacionada com as práticas agronômicas de alta produtividade e preservação do meio ambiente. Israel tem a questão da segurança alimentar, necessária ao mundo, no centro das discussões, agregando tecnologia e inovação. Então ficou estabelecida a continuidade das tratativas para a criação de protocolos para uma parceria em pesquisa na produção de alimentos e uso da água", salientou Domingos.

A segunda reunião no ministério foi conduzida pelo chefe de Relações e Cooperação Internacional de Israel, Daniel Werner, que falou sobre a participação do país na COP27.

O secretário Domingos entregou às autoridades israelenses um sumário desenvolvido pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) com informações sobre a produção agropecuária gaúcha diversificada e sustentável, balança comercial e dados sobre irrigação e armazenagem.

Educação e pesquisa

No período da tarde o grupo conheceu os projetos desenvolvidos pela Faculdade Robert H. Smith de Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente, reconhecida por sua excelência dentre as escolas agrícolas do mundo e a mais antiga de Israel, estabelecida em 1942.

Um dos estudos desenvolvidos é um sistema que analisa a resposta fisiológica das plantas em diferentes situações de estresse. O experimento é realizado em uma estufa que possui sistema de irrigação e sensores conectados que emitem dados a cada três minutos. O objetivo é conhecer o desempenho da planta ao mínimo uso possível de água.

"Meio Ambiente e agricultura somando esforços. Buscamos essa aproximação com Israel e encontramos aqui o mesmo desafio que temos no Brasil: como alimentar o mundo respeitando o meio ambiente. Um desafio que deve ser enfrentado sem ter lado e, sim, o melhor para todos", reforçou Domingos.

Após, houve uma apresentação sobre a estrutura da universidade, programas de especialização e demais pesquisas realizadas, como alternativas à proteína para consumo humano e animal e salinidade do solo.

"É a universidade trabalhando e buscando soluções para aumentar a produção de alimentos, conservando a qualidade da água e do solo, e tudo isso tem a ver com uma melhora ambiental. É o que nós viemos buscar aqui e vamos continuar aplicando no Rio Grande do Sul", garantiu o presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Renato Chagas.

A secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), Marjorie Kauffmann, considera que a missão em Israel atingiu seu objetivo. "Foram quatro dias de agendas em que os técnicos puderam absorver informações para aplicar, adaptar e sermos mais eficientes no Estado, principalmente em tecnologias para a agricultura e gestão das águas, em que Israel é exemplo. Vamos entregar uma boa resposta sobre a missão, que teve como objetivo principal conectar o Rio Grande do Sul com esse país inovador", reforçou Marjorie.

Outras agendas em Israel

Já na terça-feira (8/11), as agendas da comitiva gaúcha em Israel contaram com uma visita à Hadera, planta de dessalinização localizada a 50 quilômetros de TelAviv, à beira do Mediterrâneo. A tecnologia desenvolvida pela empresa é utilizada por países como China, Chile, Austrália e Estados Unidos.

Cerca de 70% da água consumida pela população israelense é fruto da dessalinização. A intenção é chegar a 100% até 2025.

O grupo conferiu todo o processo, que leva 90 minutos no total. O sistema funciona por meio de osmose reversa. Uma parte da água retirada do mar e dessalinizada vai para o consumo, a outra retorna para o oceano. Aproximadamente 70% da água consumida pela população de Israel é fruto da dessalinização e a intenção é chegar a 100% até 2025. A água purificada é distribuída de norte e sul do país e Israel está, inclusive, fornecendo água para a Jordânia. 

Ainda na terça-feira, o grupo conferiu as novidades tecnológicas em exposição na Agrivest, feira realizada no porto de TelAviv que reúne startups e investidores em busca de soluções na área da agricultura.

Os secretários de Estado também foram recebidos pelo ministro conselheiro da Embaixada do Brasil em Israel, por Lincoln Bernardes Júnior, para uma visita institucional.

Cop27

Nesta quinta-feira (10/11), os representantes do governo do Estado viajam para Sharm El-Sheik, no Egito, onde participam da 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27). O evento reunirá autoridades mundiais a fim de debater medidas e metas para conter a crise climática global. Marjorie Kauffmann representará o governador Ranolfo Vieira Júnior.

"Estaremos presentes em vários painéis mostrando as práticas adotadas no Estado, principalmente a agricultura de baixo carbono, adequação da pecuária com relação à carga animal, altura do pasto e o quanto isso pode ser benéfico do ponto de vista de redução de emissões. Ainda teremos a oportunidade de falar sobre energia limpa, transição energética e o que o Rio Grande do Sul tem a oferecer para colaborar com a mitigação das mudanças climáticas. Por isso é tão importante estarmos nesse ambiente onde os olhares do mundo estão voltados", finalizou Marjorie.

A comitiva ficará no Egito até o dia 15 de novembro.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural 

Quinta, 10 de Novembro de 2022
Programa Monitora Ferrugem detecta ocorrência de esporos no RS
Programa Monitora Ferrugem detecta ocorrência de esporos no RS Fonte: Emater

A Emater/RS-Ascar lança um alerta para a ocorrência de esporos da ferrugem-asiática nas lavouras de soja na região Noroeste do RS. De acordo com o assessor técnico e extensionista Elder Dal Prá, o Programa Monitora Ferrugem possui em torno de 50 coletores de esporos distribuídos no território gaúcho. A ocorrência dos esporos de Phakopsora pachyrhizi foi detectada na última semana, poucos dias após o início do monitoramento da doença no Estado, em 10 de outubro. ?A presença de esporos nesse momento pode ocasionar a ocorrência de ferrugem de forma precoce em lavouras dessa região, e os produtores devem estar atentos para evitar maiores danos no desenvolvimento da cultura?, avalia Dal Prá.

O monitoramento de esporos de P. pachyrhizi, e sua associação com sistemas de previsão baseados em informações meteorológicas, é uma estratégia importante para o manejo da ferrugem, pois permite detectar a presença de esporos antes da ocorrência da doença no campo e, dessa forma, os técnicos e produtores podem planejar as aplicações de fungicidas baseadas na interação entre a cultura, a presença de esporos e as informações meteorológicas.

Com o objetivo de suporte ao manejo da ferrugem-asiática da soja nas regiões produtoras, o Programa Monitora Ferrugem RS coleta os esporos e avalia as condições meteorológicas, semanalmente, e divulga no site do Programa (https://www.emater.tche.br/site/monitora-ferrugem-rs/) o mapa da ocorrência de esporos e o mapa da previsibilidade de risco climático para a doença.

?O produtor deve ficar atento e acompanhar as informações divulgadas pelo site do Programa para embasar suas decisões na aplicação de fungicidas nas lavouras no momento certo?, orienta Dal Prá.

Programa Monitora Ferrugem RS

O monitoramento de esporos de Phakopsora pachyrhizi, fungo causador da ferrugem-asiática da soja, teve seu início na safra 2019-2020, a partir de um projeto piloto. Na safra agrícola 2020-21 esse projeto se aprimora com a inclusão de um sistema de previsão do risco climático, dando início ao Programa de Monitoramento da Ferrugem-Asiática da Soja no RS ? Programa Monitora Ferrugem RS.


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Fonte: Emater