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Terça, 29 de Novembro de 2022
Embrapa e Helix apresentam milho transgênico totalmente desenvolvido no Brasil
Embrapa e Helix apresentam milho transgênico totalmente desenvolvido no Brasil Fonte: EMBRAPA

A Embrapa e a Helix, empresa do grupo Agroceres, apresentaram, no último dia 22 de novembro em Patos de Minas-MG, cultivares de milho melhoradas com o evento transgênico de milho BTMAX, que apresenta alta eficácia contra as pragas lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda), considerada a principal praga da cultura do milho e broca-da-cana (Diatraea saccharalis)(). O evento transgênico BTMAX, obtido com a adição de um gene da bactéria Bacillus thuringiensis (Bt), é resultado de parceria público-privada 100% nacional entre a Embrapa e a Helix e foi aprovado por unanimidade pela CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) em junho de 2022.

Com resultados em laboratório e de campo conduzidos em regiões relevantes para o agronegócio do milho no Brasil, “o BTMAX foi tão eficiente quanto a melhor tecnologia existente no mercado e não apresentou nenhum dano em folhas ou no cartucho da planta, mesmo em regiões com alta pressão da lagarta-do-cartucho, como foi o caso de Rondonópolis, no estado de Mato Grosso, que talvez tenha sido o mais impactante para a tomada de decisão da equipe”, explica Cesar Moisés Camilo, pesquisador da Helix.

Ainda segundo o pesquisador, mesmo com a diluição da folha do milho BTMAX em dieta artificial de 25 vezes, 70% das lagartas estavam mortas em sete dias. Ao final de 14 dias, o BTMAX eliminou 99% das lagartas, sendo que 1% restante não completou o ciclo, “um ponto muito importante para o manejo de resistência da proteína”, reforça o pesquisador da Helix. “O milho BTMAX não apresenta resistência cruzada com as proteínas presentes em eventos comerciais que já apresentam quebra de resistência“, reitera Cesar Camilo.

 “O BTMAX se apresenta como um produto potente em campo, com alta expressão, e representa um novo modo de ação e uma nova tecnologia. Por isso, a tecnologia é tão disruptiva” (Cesar Moisés Camilo, pesquisador da Helix)

 Solução na biodiversidade brasileira

Urbano Ribeiral Júnior, diretor financeiro do grupo Agroceres, reforça o mesmo ponto de vista em relação ao ineditismo da tecnologia. “É um processo feito de forma extenuante pelas empresas concorrentes e você precisa identificar algo inédito, que os outros ainda não tenham feito”, diz. Segundo Urbano, outra explicação decisiva em relação ao desempenho do evento encontra resposta na própria biodiversidade brasileira. “Com os resultados desta parceria, demonstramos que há um diferencial, que é especificamente usar a biodiversidade brasileira para resolver, também de forma específica, problemas das nossas pragas nas plantas cultivadas, pragas do mundo tropical”, comenta. “Acredito que esse foco na agricultura tropical já faz o produto se viabilizar. Acredito nessa razão para o sucesso do primeiro evento, o BTMAX, assim como de outras tecnologias que estão por vir”, adianta.

Urbano também comentou sobre a relevância da ciência brasileira, desde a etapa inicial desse processo com as seguintes fases: bioprospecção de microrganismos e desenvolvimento tecnológico de interesse, identificação de dezenas de cepas de Bt com potencial toxicológico contra a Spodoptera frugiperda, identificação e síntese de centenas de genes, testes de validação, geração de dezenas de eventos de milho transgênico, ensaios em laboratórios, em casas de vegetação e no campo e a seleção de um “evento-elite” promissor.

“Com a aprovação unânime do evento pela CTNBio, referência mundial em excelência técnica, em junho deste ano, o processo de desregulamentação foi iniciado em outros países. Ainda não temos uma previsão para lançamento comercial da tecnologia, que depende muito da parte regulatória. Está aprovada no Brasil, mas como está na cadeia de exportação, ainda precisamos de mais aprovações”, adianta o diretor.

 “Consideramos um marco para a ciência brasileira. Apesar de ser uma tecnologia que já havia sido desenvolvida em outros países, somente duas empresas no mundo têm opção para o produtor hoje em dia. É um marco muito importante” (Urbano Ribeiral Júnior, diretor financeiro do Grupo Agroceres)

 Banco de microrganismos da Embrapa deverá entregar mais respostas

Newton Portilho Carneiro, pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo e líder do projeto desenvolvido em parceria com a Helix, destaca o trabalho desenvolvido pelo pesquisador Fernando Hercos Valicente, também da Embrapa Milho e Sorgo. “O trabalho do colega pesquisador foi fundamental para identificarmos esse gene. Desde a década de 1990, Valicente vem fazendo coletas de Bts que apresentam enorme biodiversidade de genes para controle de uma série de insetos. Hoje, essa coleção ultrapassa 4.600 cepas e é talvez a maior coleção de Bts coletados em solos tropicais da América do Sul. Se essas cepas, em média, têm de dois a três genes, imaginem a tremenda possibilidade quanto à nossa busca nesse banco para encontrarmos coisas novas”, menciona Newton.

O pesquisador também adianta que a equipe trabalha em um cenário de possibilidades, a partir do acervo depositado no banco de microrganismos da Embrapa, de encontrar novas cepas e construções promissoras de Bt. “Temos plantas no campo já em fase de testes com outros genes tão eficientes quanto o que está sendo apresentado hoje. Isso abre uma porta muito grande para as inúmeras possibilidades que temos”, diz. Newton Carneiro, ao concluir, é enfático: “O produto é muito bom. A planta, com o evento BTMAX, não é atacada pela lagarta”.

 “A planta de milho, com o evento BTMAX, não é atacada pela lagarta” (Newton Portilho Carneiro, pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo)

 Para Frederico Durães, chefe-geral da Embrapa Milho e Sorgo, a apresentação do BTMAX aponta três momentos dinâmicos e interligados – “o da ciência, o da tecnologia e o do mercado. Os desafios relacionados à segurança alimentar para o mundo e o Brasil são enormes. Daí, estamos protagonizando ações para uma agenda de ‘Mais ciência e conhecimento para um mundo com oito bilhões de habitantes’. E como estrutura produtiva de alimentos – pela sua relevância estratégica nesta agenda – ousamos afirmar que o milho que o Brasil faz é commodity, a tecnologia não", reforça Durães.

“A Embrapa, com foco em uma Plataforma Bio de PD&I, incluindo um Smart Lab, tem produzido iniciativas e movimentos inteligentes e criativos para uma transição de primeira geração para gerações avançadas de bioinsumos, alimentadas por vias biotecnológicas, biologia sintética, edição gênica, bioinformática e inteligência artificial, em alianças estratégicas e acordos funcionais”, explica. “Na teoria e na prática, demonstramos a integração do conhecimento, da tecnologia e do produto para agregar valor e impactos para o agricultor e a agricultura tropical”, afirma o chefe-geral.

“Hoje estamos demonstrando, em um evento de exposição tecnológica de alto nível, de oportunidades negociais e de networking profissional, a lógica da construção, por cocriação e codesenvolvimento, de um evento transgênico que se configura pelas bases científicas em um fenômeno técnico-científico. E estamos fazendo isso com tal grandeza, com tal propósito, que nas alianças que estabelecemos com a Helix, por certo, estamos diante de um potencial enorme também de se tornar um fenômeno mercadológico. É isso que move o mundo de uma ciência com propósito”, destaca Durães.

 

“Temos algo novo, diferenciado, no mercado nacional. Precisamos da ciência para falar sobre a tecnologia. Focar na ciência e nos seus resultados requer validação percebida. Isso fornece elementos e alimenta as tratativas para uma estratégia de ação negociada, visando o desenvolvimento de mercado” (Frederico Durães, chefe-geral da Embrapa Milho e Sorgo)

"Este é o momento de focar na tecnologia, é o momento da empresa parceira. Neste momento, a Embrapa, aqui representada por gestores, cientistas, negociadores e apoiadores, é absolutamente protagonista e solidária” (Frederico Durães, chefe-geral da Embrapa Milho e Sorgo)

  Histórico

O evento BTMAX é resultado de uma parceria público-privada 100% nacional entre a Embrapa e a Helix, empresa do grupo Agroceres. A parceria foi estabelecida no Edital de Seleção Pública Conjunta entre o MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação), o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), com o objetivo de apoiar a inovação tecnológica no setor do agronegócio (Edital Inova Agro – 2013). “Fizemos a parceria com a Embrapa e existia uma linha temática exatamente no tema que queríamos, que é o desenvolvimento de eventos OGMs próprios, e fizemos um plano de negócios com a Embrapa Milho e Sorgo. Para nossa felicidade, essa parceria foi selecionada, com a Finep apoiando a Helix e o BNDES apoiando a Embrapa. Um projeto de muito alto risco, cujo apoio inicial foi extremamente importante. A partir daí começamos a parceria em si”, comenta o diretor financeiro do Grupo Agroceres, Urbano Ribeiral Júnior.

O evento transgênico foi aprovado pela CTNBio durante a 252ª reunião ordinária realizada no último dia 2 de junho. Em vídeo veiculado no canal do YouTube do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, o presidente da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança Paulo Barroso afirma que “o principal diferencial do evento, além das questões tecnológicas específicas, é ter sido produzido por duas empresas brasileiras, sendo uma privada, a Helix, e a outra pública, a Embrapa".

'O desenvolvimento desse evento, assim como todo o processo de avaliação de segurança, foi realizado completamente no País. É um marco para a ciência brasileira, que já tinha produzido organismos geneticamente modificados de soja, feijão, eucalipto e agora um de milho", disse. Ainda segundo o presidente da CTNBio, "o processo foi muito bem instruído, remetendo corretamente às questões de segurança alimentar e ambiental”, reforçou.

Os processos para a liberação comercial do evento BTMAX em outros países já foram iniciados pela Helix. No Brasil, a data para o início da comercialização ainda não foi definida.

Guilherme Viana (MTb 06566/MG)

Embrapa Milho e Sorgo

 

Fonte: Embrapa

Imagem: Guilherme Viana

Terça, 29 de Novembro de 2022
Votação da Consulta Popular 2022 segue até esta quarta-feira (30)
Votação da Consulta Popular 2022 segue até esta quarta-feira (30) Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

POR ASCOM SPGG

Segue até esta quarta-feira (30/11) a votação na Consulta Popular de 2022. O processo, que teve início no dia 14 de novembro, está sendo realizado via aplicativo Colab, por meio do site www.consultapopular.rs.gov.br e no Whatsapp (51) 8924-1547 (sem inclusão do 9 na frente do número). Para ter acesso ao ambiente de votação, o cidadão precisará informar o número do título de eleitor, CPF e data de nascimento, além de telefone e/ou e-mail caso opte por receber informações do processo. O voto é pessoal e intransferível.

A Consulta

Lançada pelo governo do Estado em julho, por intermédio da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), a Consulta disponibiliza neste ano R$ 55 milhões para a aplicação em investimentos de propostas que serão sugeridas diretamente pela população.

Serão R$ 50 milhões para os Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes), sendo que 80% dos recursos serão distribuídos de forma igualitária entre os Coredes e 20% partilhados por meio de um rateio, levando em consideração o Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (Idese) de cada região. Mais R$ 5 milhões irão para os nove Coredes com maior número de votação, sendo R$ 1 milhão para o Corede que ficar em primeiro lugar e R$ 500 mil para o que se posicionarem entre o segundo ao nono lugar.

Da mesma forma que em 2021, a primeira etapa da consulta popular ocorreu de maneira digital pelo aplicativo Colab. O cidadão, após realizar o seu cadastro no aplicativo, lançou sua proposta, em forma de postagem, com descrição da ideia justificando sua importância para a região, nas áreas da Agricultura; Turismo; Direitos Humanos e Assistência Social; Meio Ambiente; Cultura; Obras e Habitação; Transportes; Esporte e Lazer; Desenvolvimento Econômico; Inovação, Ciência e Tecnologia, e Trabalho e Renda.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Imagem: Arte/SPGG

Terça, 29 de Novembro de 2022
Caged: Brasil gera 159 mil empregos formais em outubro
Caged: Brasil gera 159 mil empregos formais em outubro Fonte: Agência Brasil

O Brasil criou 159.454 postos de trabalho em outubro, resultado de 1.789.462 admissões e de 1.630.008 desligamentos de empregos com carteira assinada. No acumulado deste ano, o saldo é de 2.320.252 novos trabalhadores no mercado formal. Os dados são do Ministério do Trabalho e Previdência, que divulgou hoje (29) as Estatísticas Mensais do Emprego Formal, o Novo Caged.

O estoque de empregos formais no país, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, chegou a 42.998.607 em outubro, o que representa um aumento de 0,37% em relação ao mês anterior.

Para o ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, o resultado “dá a possibilidade de sonhar” com o fechamento do ano com mais de 2,5 milhões de empregos gerados. “É uma felicidade, mais uma vez verificamos que a nossa economia está no rumo certo. Nós, o Ministério do Trabalho e Previdência, agradecemos a todos os empresários e empreendedores que acreditam e que investem no mercado brasileiro.

No mês passado, o saldo de empregos foi positivo nos quatro dos cinco grupamentos de atividades econômicas: serviços, com 91.294 postos distribuídos principalmente nas atividades de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas; comércio, com saldo positivo de 49.356 postos; indústria, com 14.891 novos postos, concentrados na indústria de transformação; e construção, com mais 5.348 postos de trabalho gerados.

Já o setor de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura fechou 1.435 empregos formais, em razão das sazonalidades da atividade.

De acordo com o ministério, os meses de outubro geralmente não são meses de grande destaque em contratações, são meses que tem sazonalidades, meses de transição para o final do ano, de redução na indústria e aquecimento no comércio. As contratações do comércio começam a aparecer mais fortemente no mês que vem.

Em todo o país, o salário médio de admissão em outubro foi de R$ 1.932. Comparado ao mês anterior, houve decréscimo real de R$ 7,28 no salário médio de admissão, uma variação negativa de 0,38%.

Por região

Todas as regiões do país tiveram saldo positivo na geração de emprego no mês passado, sendo que houve aumento de trabalho formal em 26 das 27 unidades da federação. A queda aconteceu no Amapá, com o fechamento de 499 postos, 0,65% do total do estado, afetado pela sazonalidade da extração mineral.

Em termos relativos, os estados com maior variação na criação de empregos em relação ao estoque do mês anterior são Alagoas, com a abertura de 4.335 postos (1,11%); Roraima, que criou 525 vagas (0,75%); e Amazonas, com saldo positivo de 3.463 postos (0,72%).

Os estados com menor variação relativa de empregos em outubro, em relação a setembro, são Mato Grosso, que criou 911 postos, aumento de 0,11%; Goiás, com saldo positivo de 1.010, alta de 0,07%; e Amapá, que encerrou o mês passado com menos 3.463 postos de trabalho formal, queda de 0,65%.

Em termos absolutos, as unidades da federação com maior saldo no mês passado foram São Paulo, com 60.404 postos (0,46%); Rio Grande do Sul, com 13.853 vagas criadas (0,52%); e Paraná, com a geração de 10.525 postos (0,36%). Já os estados com menor saldo absoluto foram Rondônia, com 617 postos (0,24%); Roraima, com 525 novas vagas (0,75%); e Amapá, que fechou 499 colocações (-0,97%).

 

Fonte: Agência Brasil – Andreia Verdélio

Imagem: Marcello Casal Jr.

Terça, 29 de Novembro de 2022
G7 pede arquivamento de PLs que querem taxar o agro
G7 pede arquivamento de PLs que querem taxar o agro Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

No dia 23 de novembro, o G7 enviou um ofício ao governo estadual solicitando a retirada definitiva da pauta da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) os Projetos de Lei (PL) 494/22 e 498/22, que podem causar impacto negativo ao agronegócio. As propostas fazem parte de um pacote enviado pelo Executivo à Alep no dia 21 de novembro. O G7 é o grupo que reúne as sete principais entidades representativas do setor produtivo do Paraná, do qual a FAEP faz parte.

DOCUMENTO: para acessar o ofício na íntegra, clique aqui.

O PL 494/22 faz alterações na legislação que trata do ICMS, aumentando a alíquota de diversos produtos, em especial a alíquota modal, que passaria de 18% para 19% – ou seja, um acréscimo de 5,5% na carga tributária. O projeto de lei teria o objetivo de mitigar as perdas de arrecadação decorrentes das reduções do ICMS para energia elétrica, combustíveis e serviços de comunicação. A proposta foi analisada pela Comissão de Finanças e Tributação da Alep no dia 23 de novembro e recebeu parecer favorável.

Já o PL 498/22, cuja discussão foi retirada da pauta da Alep no dia 22 de novembro após pressão do setor rural , autoriza a criação do Fundo de Desenvolvimento da Infraestrutura Logística do Estado do Paraná (FDI-PR), voltado, principalmente, a investimentos e obras em rodovias. A proposta previa como principal fonte de recursos desse novo fundo a taxação de produtos da agricultura e da pecuária paranaenses.

“O aprimoramento da fiscalização é medida eficaz para equilibrar recursos pela administração pública, ao passo que a majoração de carga tributária inviabiliza a competitividade e o desenvolvimento econômico e social de nosso Estado, impactando no preço final dos produtos e serviços, na geração de empregos e, portanto, na qualidade de vida de cada cidadão”, disse o G7, em ofício.

Mobilização

A retirada do PL 498/22 da pauta da Assembleia Legislativa foi resultado direto de mobilização da FAEP, que, em tempo recorde, providenciou uma articulação política envolvendo sindicatos rurais e produtores para a intermediação com deputados. O Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema FAEP/SENAR-PR preparou uma Nota Técnica com um diagnóstico da situação do agronegócio, apontando que os altos custos de produção somados à nova taxação impactariam o setor em quase R$ 2 bilhões.

A Federação emitiu uma nota de repúdio contra o projeto, apontando que não houve consulta ao setor agropecuário. No posicionamento, a entidade ressaltou seu entendimento de que a proposta do governo tem relação direta com o fim das concessões das rodovias, cuja renovação não foi concluída em tempo hábil.

Em artigo publicado, intitulado “Bate carteira do agro”, o presidente Ágide Meneguette classificou a criação da taxação como uma chantagem rasteira que não contempla o interesse público. “Como a cobrança do ICMS sobre produtores agrícolas está diferida há décadas – cobrar imposto sobre comida seria um escárnio –, esses governos querem uma lei que diga: se o produtor rural não quer ter o ICMS cobrado, então que pague a taxa que ele está criando para construir as rodovias que foram abandonadas por ele mesmo”, escreveu Meneguette.

Apesar da retirada do projeto da pauta de votação, o governo do Estado não detalhou se a proposta será extinta ou se deve ser reformulada e reapresentada à Alep. Em vista disso, a FAEP ressaltou que vai manter sua atuação política para garantir que não haja prejuízos ao setor produtivo paranaense.

Sobre o G7

O G7 é formado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Federação e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Fecoopar), Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap), Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar) e Associação Comercial do Paraná (ACP).

Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Segunda, 28 de Novembro de 2022
CNA pede suplementação de R$ 200 mi para o seguro rural
CNA pede suplementação de R$ 200 mi para o seguro rural Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) solicitou ao Ministério da Economia, na terça (22), a suplementação orçamentária de R$ 200 milhões para execução do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR).

Em ofício enviado ao Ministério da Economia e à Casa Civil, a CNA informou que a liberação dos recursos é necessária para garantir aos produtores de grãos de verão (soja, milho, arroz e outros) a sua produção segurada e manter a segurança alimentar da sociedade brasileira e mundial.

No documento, a CNA informou que os R$ 990 milhões de recursos autorizados para 2022 foram liberados em sua totalidade até setembro deste ano, segurando apenas uma área de 5,59 milhões de hectares. De janeiro a setembro, as seguradoras pagaram R$ 8,4 bilhões em indenizações aos produtores.

“A intensidade de eventos climáticos enfrentados pelos produtores rurais nos últimos anos realça a importância do seguro rural na manutenção da agropecuária brasileira e na redução de renegociações de dívidas”, diz o ofício.

A Confederação explicou que os preços dos principais insumos agropecuários, como fertilizantes, defensivos e diesel aumentaram 184,9%, em média, de janeiro de 2020 a outubro de 2022, a medida que os preços da soja, milho e boi cresceram apenas 80,3%, em igual período.

A situação se agrava, segundo a entidade, quando são analisados os reajustes no valor do prêmio pelas seguradoras ou a redução da cobertura dos produtos de seguro, o que onera, ainda mais, os custos de produção, podendo causar desestímulo ao uso dessa importante ferramenta de mitigação de riscos.

Assessoria de Comunicação CNA
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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Segunda, 28 de Novembro de 2022
Programa de Revitalização de Bacias Hidrográficas é apresentado a prefeitos.
Programa de Revitalização de Bacias Hidrográficas é apresentado a prefeitos. Fonte: Emater

Com o objetivo de conscientizar e mobilizar os municípios que integram a Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí acerca das ações de revitalização na Bacia, o Ministério Público Estadual ? Rede Ambiental Gravataí - apresentou o Programa Estadual de Revitalização de Bacias Hidrográficas nesta sexta-feira (25/11), no auditório da Emater/RS-Ascar. O evento foi em parceria com as secretarias estaduais da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) e do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e a Emater/RS-Ascar. A ideia é contribuir para ampliar a segurança hídrica na região, promovendo o desenvolvimento ambiental, rural, social, educacional e econômico. Fazem parte da Bacia, os municípios de Porto Alegre, Viamão, Alvorada, Cachoeirinha, Gravataí, Canoas, Glorinha, Taquara e Santo Antônio da Patrulha.

O secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Domingos Velho Lopes, disse que o evento é um compromisso da secretaria na sequência do desenvolvimento sustentável. ?Temos que levar as pautas produtivas junto com as ambientais em paralelo, tendo atitudes complementares, buscando o compromisso do Estado com as questões ambientais, de sustentabilidade e biodiversidade, sem nunca perder o foco produtivo?, declarou. Segundo Lopes, esse é o caminho de quem quer construir soluções e ter pautas construtivas que vão trazer resultados para a sociedade gaúcha.

O diretor técnico da Emater/RS, Alencar Rugeri, explicou que essa pauta ambiental está no tripé da sustentabilidade ? econômico, social e ambiental. ?O tema é essencial, porque o produtor é o que mais depende da questão ambiental. E é só discutindo as ações para podermos buscar as soluções. São esses momentos que nos animam a continuar nesse trabalho, porque a gente constrói?.

A secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, afirmou que a finalidade da reunião foi potencializar esse programa, trazendo os prefeitos e os secretários municipais para mostrar a possibilidade que estão usufruindo. ?De ter essa assistência técnica da Emater/RS-Ascar e o apoio do governo do Estado para a recuperação das áreas de nascentes, áreas de entorno de rios, que são recursos naturais importantes e que a sua recuperação na pequena propriedade reflete no bem coletivo. Então, queremos fortalecer esse programa?, disse Marjorie.

A promotora de Justiça da Promotoria Regional da Bacia do Gravataí, Roberta Teixeira, por sua vez, explicou que a finalidade foi apresentar o Programa para que os municípios sejam parceiros do Ministério Público Estadual.

Conforme ela, os produtos desenvolvidos no Programa são: a identificação das nascentes e a revitalização das margens das áreas de proteção dos córregos e rios, das áreas de água que existem. ?Porque o grande problema da Bacia do Gravataí é o abastecimento, o uso da água, a escassez. Essas atividades, muito voltadas aos agricultores, já estão sendo desenvolvidas com o apoio da Emater?, esclareceu a promotora.

 

Texto: Darlene Silveira e Rodrigo Martins
Fotos: Rodrigo Martins/Seapdr


INFORMAÇÕES PARA IMPRENSA
Assessoria de Comunicação Social
Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural
Av. Getúlio Vargas, 1.384, Bairro Menino Deus
Porto Alegre/RS - CEP: 90150-900
www.agricultura.rs.gov.br

Fonte: Emater

Segunda, 28 de Novembro de 2022
Secretaria da Agricultura participa de simulado sobre peste suína africana
Secretaria da Agricultura participa de simulado sobre peste suína africana Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

POR ASCOM/SEAPDR COM INFORMAÇÕES ASCOM/MAPA

Profissionais do serviço veterinário oficial das 26 unidades da federação, incluindo a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) do Rio Grande do Sul, e do setor privado, se reuniram no município de Presidente Getúlio, em Santa Catarina, no período de 19 a 26 de novembro, para realização de exercício prático simulando um caso fictício de Peste Suína Africana (PSA) no Brasil. O treinamento foi realizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) e buscou capacitar e preparar as equipes para as mais diversas situações em caso de ocorrência da PSA ou qualquer outra emergência em saúde animal no Brasil. 

“O exercício simulado envolveu mais de 230 profissionais do setor público: federal, estadual, distrital e municipal, do setor privado, de países vizinhos, centros de pesquisa e organismos regionais e internacionais, demonstrando, na prática, como devemos proceder para conter e erradicar focos de PSA, no menor tempo e área possível, minimizando os impactos dessa doença”, destaca o diretor do Departamento de Saúde Animal e Insumos Pecuários do Mapa, Geraldo Moraes. 

O Departamento de Defesa Animal (DDA) da Seapdr participou do simulado com quatro fiscais estaduais agropecuários e um instrutor. “Esse tipo de capacitação é estratégica para manter equipes com capacidade de resposta em casos detectados de doenças exóticas, cuja ocorrência causa impacto altamente negativo à produção, tanto econômico quanto social", afirma o chefe da Divisão de Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Fernando Groff. Ele participou como instrutor na área de biossegurança e na coordenação de campo do treinamento.

Para o simulado, foi instalado um Centro de Operações de Emergência Zoossanitária (COEZOO) para que os participantes executassem os procedimentos previstos no Plano de Contingência para a PSA e o Plano Estadual de Contingência de Emergências Sanitárias de Animais Terrestres do Estado de SC.

A instalação também permitiu que fossem praticados os procedimentos técnicos, como a vigilância e investigação clínica e epidemiológica, biossegurança, colheita e envio de amostras para diagnóstico laboratorial, eliminação de focos, limpeza e desinfecção de instalações e controle e inspeção do trânsito de veículos na região, assim como o uso de softwares para coleta e processamento de dados e gestão da informação.

Durante as atividades, os participantes também puderam realizar os procedimentos de montagem e organização do COEZOO, a cadeia de comando, atividades de planejamento, zonificação e atividades de comunicação de risco e educação em saúde animal. 

PSA

A Peste Suína Africana é uma doença viral que não oferece risco à saúde humana, mas pode dizimar criações de suínos, pois é altamente transmissível.  No Brasil, o último foco da doença foi registrado em 1981 e o país foi declarado livre da PSA em 5 de dezembro de 1984. Até o momento, não existe vacina com eficácia comprovada contra a PSA. “A prevenção e a preparação para um eventual foco são fatores primordiais para proteção da suinocultura e da economia do País”, ressalta Moraes. 

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Imagem: Divulgação/Seapdr

Sexta, 25 de Novembro de 2022
CNA lança Núcleo de Relações Internacionais
CNA lança Núcleo de Relações Internacionais Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) lançou, na quinta (24), o Núcleo de Relações Internacionais, que será formado por CNA e federações estaduais com o objetivo de ampliar as ações desenvolvidas em parceria com as Federações nas questões sobre o comércio internacional dos produtos do agro brasileiro.

O colegiado terá, entre outras funções, a defesa dos interesses do produtor em mercados internacionais, definição de agenda prioritária de trabalho, disseminação de informações estratégicas sobre comércio internacional e o apoio à internacionalização das empresas participantes do Agro.BR.

A abertura do evento foi feita pelo vice-presidente de Relações Internacionais da CNA, Gedeão Pereira, que destacou a importância do agro brasileiro no contexto mundial. “A CNA entende que nós precisamos, cada vez mais, abrir novos mercados para os produtos brasileiros e ampliar nossas relações comerciais em razão da agricultura do nosso país e para contribuir com a segurança alimentar no mundo”, disse.

A diretora de Relações Internacionais da CNA, Sueme Mori, fez uma apresentação detalhada sobre a estratégia de atuação da área internacional da CNA e explicou como é o desenvolvimento dos programas e projetos na área da promoção comercial e inteligência comercial.

“Todas as ações da Diretoria de Relações Internacionais têm o único objetivo de ampliar a atuação do agro brasileiro no comércio exterior, contribuindo para o crescimento da renda do produtor rural”, afirmou.

A apresentação de propostas de trabalho para o Núcleo de Relações Internacionais nas Federações para 2023 foi feita pelo coordenador de Inteligência Comercial, Felipe Spaniol.

Equipe da Diretoria de Relações Internacionais da CNA

A assessora de Relações Internacionais, Camila Sande, também apresentou as ações de promoção comercial, especificamente do Programa Agro.BR, mostrando o trabalho desenvolvido nos escritórios regionais e as perspectivas de ações no próximo ano.

As federações que farão parte do Núcleo de Relações Internacionais participaram da reunião e puderam trocar experiências sobre o processo de internacionalização dos produtores rurais das suas regiões, as expectativas e desafios futuros.

Assessoria de Comunicação CNA
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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Sexta, 25 de Novembro de 2022
Atual safra de pêssego na região Sul é afetada por doenças e pouca chuva
Atual safra de pêssego na região Sul é afetada por doenças e pouca chuva Fonte: Emater

O período de colheita dos pomares de pêssego com as cultivares destinadas para mesa e para indústria segue na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Pelotas. Ocorre a colheita nas cultivares tipo indústria, como Sensação, Bonão e Citrino. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (24/11) pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), a falta de precipitações mais volumosas para manter a boa umidade nos solos dos pomares já é motivo de preocupação entre os produtores rurais, o que pode ocasionar redução no tamanho dos frutos, consequentemente impactando o preço final aos produtores.

Estes relatam que a frutificação está abaixo do esperado inicialmente; algumas plantas apresentam boa frutificação, e muitas outras estão com pouca quantidade de frutos ou nenhum. Além disso, os produtores informam que uma quantidade significativa teve aumento considerável da morte precoce de plantas de pessegueiros nos pomares. Já é consenso de que as expectativas para a safra 2022/2023 serão de baixas produtividades dos pomares, resultando em safra inferior à safra passada 2021/2022.

Os persicultores seguem realizando os tratamentos preventivos com fungicidas para o manejo e controle das doenças podridão-parda e antracnose. Em Pelotas, acontecerá mais uma edição da tradicional festa e abertura da colheita do pêssego no dia 4 de dezembro, assim como a repetição da Quinzena do Pêssego, a partir desta sexta-feira (25/11) até o dia 12 de dezembro, e o lançamento da Festa do Pêssego também nesta sexta (25/11).

CULTURAS DE INVERNO

Trigo - A área de cultivo do cereal alcançou 1.458.026 hectares. A produtividade estimada é de 3.210 kg/ha. O período foi de intensa atividade de colheita. O índice evoluiu de 52%, na semana anterior, para 78%.

A produtividade é variável de acordo com a região, mas deverá ser superior à projetada. Esses resultados estão relacionados diretamente às condições de tempo favoráveis durante o ciclo, especialmente nos meses de outubro e novembro, quando
as precipitações registradas foram abaixo das médias normais, e sem ocorrência de frio excessivo. Tal cenário dificultou a proliferação de doenças e permitiu a finalização da maturação em condições fitossanitárias adequadas. Também, a colheita pôde ser realizada em condições ótimas para a manutenção da qualidade dos grãos.

Canola - A área de cultivo é de 53.415 hectares. A expectativa de produtividade atual é de 1.638 kg/ha. Estima-se que 96% das lavouras foram colhidas, mas a operação já foi finalizada na maioria das regiões produtoras. A combinação de baixo custo de produção, alta produtividade, valor de mercado e liquidez imediata conferiram grande lucratividade à cultura. Assim, o cultivo se mostra promissor para as safras subsequentes, pois foi economicamente viável e permitiu a realização de rotação de culturas, quebrando a sequência de cultivos do binômio soja/trigo.

Cevada - Estima-se que 85% dos cultivos foram colhidos. A área de cultivo é de 37.500 hectares. A produtividade atual é de 3.237 kg/ha.

Aveia branca grãos - Houve avanço significativo da colheita, que alcançou 86% dos cultivos. As lavouras remanescentes estão em final de maturação. A área de cultivo é de 350.641 hectares. A produtividade estimada é de 2.478 kg/ha.

CULTURAS DE VERÃO

Soja - A área projetada para a safra 2022/2023 é de 6.568.607 hectares. A produtividade estimada é de 3.131 kg/ha. A semeadura avançou em ritmo acelerado, dobrando a área implantada durante o período. O índice de semeadura alcançou 60%. As lavouras semeadas antes do dia 12 de novembro apresentam germinação uniforme e estande de plantas dentro do esperado. As plantas apresentam ainda um desenvolvimento mais rápido, emitindo folhas maiores e comprimento do hipocótilo normal. Apesar das altas temperaturas e da baixa umidade do ar, não foram observados danos na cultura.

Milho - A cultura está em implantação lenta devido à atenção dos produtores para a colheita de cereais de inverno e para a semeadura de soja. A área semeada evoluiu apenas 2%, alcançando 82%.

As condições de tempo, inicialmente com precipitações e em sucessão de dias ensolarados e com temperaturas altas, aceleraram o crescimento das lavouras. No entanto, com a insuficiência nos volumes precipitados em algumas regiões, já houve sinais de estresse térmico e hídrico, mas ainda sem causar impacto negativo no potencial produtivo da cultura.

A fitossanidade dos cultivos é excelente com baixa incidência de cigarrinhas e poucos sintomas de doenças foliares. A área estimada de cultivo para a safra 2022/2023 é de 831.786 hectares. A produtividade esperada é de 7.337 kg/ha.

Arroz - A área estimada de arroz pelo IRGA é de 862.498 hectares. A produtividade projetada é de 8.226 kg/ha. Estima-se que 96% da cultura foi implantada.

Feijão 1ª safra - A área projetada de feijão 1ª safra é de 30.561 hectares. A produtividade estimada permanece em 1.701 kg/ha.

OLERÍCOLAS

Batata - Na regional de Passo Fundo, em Ibiraiaras, os 650 hectares cultivados apresentam bom desenvolvimento de tubérculos; os produtores continuam o monitoramento e os tratamentos fitossanitários preventivos. Os preços pagos ao produtor são de R$ 150,00/sc. de 50 quilos para a variedade rosa e R$ 130,00/sc. da variedade branca.

Cebola - Na regional de Pelotas, avançou a colheita de cebolas precoces, em São José do Norte, para 35% da área e, em Rio Grande, para 20%. Tais cebolas não passam pelo procedimento completo de cura a campo. As demais cultivares estão em plena fase de bulbificação, e as cultivares tardias em desenvolvimento vegetativo. Os produtores seguem otimistas com os ótimos preços que estão sendo partidos, os valores pagos ao produtor variam de R$ 3,00 a R$ 5,50/kg. No entanto, há o risco de que a elevação excessiva dos preços possa impactar a redução do consumo de cebola em âmbito nacional. Até o momento, é considerado muito bom o desenvolvimento das plantas de cebola, e as produtividades que estão sendo obtidas estão dentro do esperado, considerando a precocidade das cultivares, atingindo tetos que variam entre 25 mil a 30 mil kg/ha. A área plantada ficou em 2.492 hectares, com
estimativas de colheita de 69.360 toneladas.

PESCA ARTESANAL

Na regional da Emater/RS-Ascar de Pelotas, a bacia da Lagoa Mirim segue em período de defeso, enquanto que, na bacia da Lagoa dos Patos, o período é marcado pela captura, principalmente de linguado e tainha, além do registro da ocorrência de palometas. Em Rio Grande, não há alterações significativas na captura de tainha e corvina. Em São Lourenço do Sul, houve novamente registro de pesca de tainha, linguado e corvina.

Na regional de Porto Alegre, o mar apresentou condições favoráveis à pesca artesanal nas modalidades cabo e bote, permitindo boas capturas, principalmente de pescadinha, pescada-amarela, papa-terra, corvina, tainha e anchova. Houve registro também de boas capturas de bagre no estuário do Rio Tramandaí para os pescadores que participam do Projeto de Monitoramento Pesqueiro do Estuário do Rio Tramandaí (e que recebem autorização para captura destas espécies). Em águas interiores, a atividade pesqueira começa a ser suspensa por causa do período de defeso, no qual há a paralização temporária da pesca como medida protetiva à reprodução das espécies de peixes.

Na regional de Santa Rosa, o Rio Uruguai segue em período de defeso.

Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar - Regional de Caxias do Sul
Jornalista Rejane Paludo
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Fonte: Emater

Sexta, 25 de Novembro de 2022
Contas externas têm saldo negativo de US$ 4,6 bilhões em outubro
Contas externas têm saldo negativo de US$ 4,6 bilhões em outubro Fonte: Agência Brasil

As contas externas tiveram saldo negativo de US$ 4,625 bilhões em outubro, informou hoje (25) o Banco Central (BC). No mesmo mês de 2021, o déficit havia sido de US$ 6,012 bilhões nas transações correntes, que são as compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda com outros países.

A diferença na comparação interanual se deve ao superávit da balança comercial, que aumentou US$ 1,2 bilhão, enquanto os déficits em serviços cresceram US$ 967 milhões e em renda primária (lucros e dividendos) recuou US$ 1,1 bilhão.

Em 12 meses, encerrados em outubro, o déficit em transações correntes é de US$ 60,289 bilhões, 3,31% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país), ante o saldo negativo de US$ 61,676 bilhões (3,43% do PIB) em setembro de 2022 e déficit de US$ 41,923 bilhões (2,63% do PIB) no período equivalente terminado em outubro de 2021.

Já no acumulado do ano, o déficit é de US$ 44,039 bilhões, contra saldo negativo de US$ 40,108 bilhões de janeiro a outubro de 2021.

Balança comercial e serviços

As exportações de bens totalizaram US$ 28,005 bilhões em outubro, aumento de 22,6% em relação a igual mês de 2021. As importações somaram US$ 25,453 bilhões, incremento de 18,5% na comparação com outubro do ano passado. Com esses resultados, a balança comercial fechou com superávit de US$ 2,551 bilhões no mês passado, ante saldo positivo de US$ 1,367 bilhão em outubro de 2021.

Em linha com a expansão do volume de comércio exterior, o déficit na conta de serviços (viagens internacionais, transporte, aluguel de equipamentos e seguros, entre outros) somou US$ 3,444 bilhões em outubro, aumento de 39% ante os US$ 2,478 bilhões em igual mês de 2021.

No caso das viagens internacionais, seguindo a tendência dos meses recentes, as receitas de estrangeiros em viagem ao Brasil cresceram na comparação interanual e chegaram a US$ 413 milhões em outubro, contra US$ 266 milhões no mesmo mês de 2021. As despesas de brasileiros no exterior passaram de US$ 531 milhões em outubro do ano passado para em US$ 1,067 bilhão no mesmo mês de 2022.

Com isso, a conta de viagens fechou o mês com déficit chegando a US$ 653 milhões, ante déficit de US$ 265 milhões em outubro de 2021, contribuindo para elevar o saldo negativo em serviços. Segundo o BC, esta é uma conta muito afetada pelas restrições impostas pela pandemia da covid-19, e apesar da recuperação, os valores ainda estão muito abaixo do período pré-pandemia.

Rendas

Em outubro, o déficit em renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) chegou a US$ 4,054 bilhões, com redução de 22% ante os US$ 5,198 bilhões no mesmo mês de 2021. Normalmente, essa conta é deficitária, já que há mais investimentos de estrangeiros no Brasil, que remetem os lucros para fora do país, do que de brasileiros no exterior.

No caso dos lucros e dividendos associadas aos investimentos direto e em carteira, houve déficit de US$ 3,009 bilhões no mês de outubro deste ano, frente ao observado em setembro de 2021, de US$ 4,426 bilhões, redução de 32%. A redução decorreu das menores despesas com investimentos em carteira, que somaram US$ 383 milhões em outubro de 2022, ante US$ 2,295 bilhões em outubro de 2021.

Já as despesas líquidas com juros tiveram incremento de 35,1% e passaram de US$ 780 milhões para US$ 1,053 bilhão.

A conta de renda secundária (gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) teve resultado positivo de US$ 321 milhões, contra US$ 296 milhões em outubro de 2021.

Investimentos

Os ingressos líquidos em investimentos diretos no país (IDP) somaram US$ 5,541 bilhões no mês passado, ante US$ 3,375 bilhões em outubro de 2021.

No mês passado, houve ingressos líquidos em participação no capital de US$ 3,792 bilhões, como com compra de novas empresas e reinvestimentos de lucros. Enquanto isso, as operações intercompanhia (como os empréstimos da matriz no exterior para a filial no Brasil) tiveram superávit de US$ 1,749 bilhão.

Nos 12 meses encerrados em outubro, o IDP totalizou US$ 73,805 bilhões, correspondendo a 4,05% do PIB, em comparação a US$ 71,639 bilhões (3,98% do PIB) no mês anterior e US$ 50,022 bilhões (3,14% do PIB) em outubro de 2021.

Quando o país registra saldo negativo em transações correntes, precisa cobrir o déficit com investimentos ou empréstimos no exterior. A melhor forma de financiamento do saldo negativo é o IDP, porque os recursos são aplicados no setor produtivo e costumam ser investimentos de longo prazo. Para o mês de novembro, a estimativa do Banco Central para o IDP é de ingressos líquidos de US$ 6,502 bilhões.

Os investimentos em carteira no mercado doméstico totalizaram ingresso líquidos de US$ 3,251 bilhões em outubro de 2022, compostos por saídas de US$ 3,237 bilhões em ações e fundos de investimento e entradas de US$ 14 milhões em títulos de dívida.

O estoque de reservas internacionais atingiu US$ 325,546 bilhões em outubro, redução de US$ 2,034 bilhões em comparação ao mês anterior. O resultado decorreu, primordialmente, de vendas líquidas de US$ 1 bilhão em operações de linhas com recompra, e contribuições negativas das variações de preços e paridades, em US$ 823 milhões e US$ 166 milhões, respectivamente. A receita de juros totalizou US$ 576 milhões.

Revisões

A política do BC estabelece revisão ordinária anual do balanço de pagamentos e da posição de investimento internacional nos meses de julho e novembro. As fontes são os dados definitivos do Censo de Capitais Estrangeiros no País e da pesquisa Capitais Brasileiros no Exterior (CBE), ambos de 2021, do módulo de pagamento no exterior do Registro Declaratório Eletrônico - Registro de Operações Financeiras (RDE-ROF), da base de dados publicada pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) contendo valores para despesas de fretes e da Declaração sobre a Utilização dos Recursos em Moeda Estrangeira Decorrentes do Recebimento de Exportações (Derex).

Para 2021, a revisão das estatísticas do setor externo resultou em aumento de US$ 18,4 bilhões no déficit em transações correntes, que passou de US$ 27,9 bilhões (1,74% do PIB) para US$ 46,4 bilhões (2,88% do PIB). O aumento decorreu das revisões de Transportes - Fretes, incremento de US$ 9,2 bilhões das despesas líquidas, e de lucros, elevação de US$ 8,5 bilhões das despesas líquidas. Os demais itens de revisão totalizaram acréscimo de US$ 800 milhões ao déficit.

Com isso, os déficits em renda primária e em serviços foram revistos, respectivamente, de US$ 50,5 bilhões para US$ 59 bilhões, e de US$ 17,1 bilhões para US$ 27 bilhões.

Na renda primária, a despesa total de lucros de investimento direto para 2021, apurada no censo, atingiu US$ 53,2 bilhões, aumento de US$ 9,8 bilhões comparativamente à estimativa anterior. Houve aumento de US$ 7,2 bilhões nas despesas de lucros remetidos e de US$ 2,7 bilhões nas despesas de lucros reinvestidos.

Em relação à receita total de lucros de investimento direto para 2021, apurada pelo CBE, a revisão implicou acréscimo de US$ 1,3 bilhão, totalizando US$ 24,6 bilhões, ante US$ 23,4 bilhões estimados anteriormente.

Em relação à conta financeira, os passivos de investimento direto permaneceram no mesmo nível. A revisão das despesas de lucros reinvestidos aumentou o IDP em participação no capital em US$ 2,7 bilhões, mas novas operações de desinvestimento, liquidadas diretamente no exterior e vinculadas com redução de Investimento Direto no Exterior (IDE)-participação no capital, somaram US$ 2,3 bilhões.

Adicionalmente, os ingressos líquidos em operações intercompanhia foram revistos para cima, em US$ 400 milhões. Liquidamente, as transações de IDP em 2021 mantiveram-se em US$ 46,4 bilhões, mesmo valor do déficit em transações correntes revisto.

Para 2022, de janeiro a setembro de 2022, o déficit em transações correntes foi revisto de US$ 29,6 bilhões para US$ 39,4 bilhões. Do aumento total de US$ 9,8 bilhões, a revisão de transportes respondeu por US$ 8,9 bilhões. Os demais itens estão associados ao aprimoramento das estimativas, que passaram a incorporar informações mais recentes da pesquisa CBE.

Na conta financeira, as transações de IDP foram revistas de US$ 70,7 bilhões para US$ 68,4 bilhões, basicamente por conta de informações retroativas quanto a amortizações de operações intercompanhia por meio de exportação de mercadorias.

 

Fonte: Agência Brasil – Andreia Verdélio

Imagem: Valter Campanato