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Quinta, 10 de Novembro de 2022
Banco Mundial de Sementes recebe material genético de pastagens da Embrapa
Banco Mundial de Sementes recebe material genético de pastagens da Embrapa Fonte: EMBRAPA

Sementes de pastagem do Banco Ativo de Germoplasma da Embrapa Pecuária Sudeste, de São Carlos (SP), estão agora  armazenadas no Banco de Svalbard, na Noruega, como cópias de segurança, mantidas a -18°C. Esta é a primeira vez que a Embrapa depositou materiais de forrageiras no Banco Mundial de Sementes. Além do centro de pesquisa localizado no estado de São Paulo, a Embrapa Cerrados, de Planaltina/DF, também encaminhou amostras desses materiais. O Banco oferece armazenamento seguro, gratuito e em longo prazo de amostras de sementes, funcionando como um cofre.

De acordo o pesquisador Marcelo Cavallari, da Embrapa Pecuária Sudeste, foram escolhidos 53 acessos de 15 espécies de gramíneas do gênero Paspalum para amostrar parte da diversidade genética da coleção do Banco de Germoplasma local. “Os acessos selecionados possuem várias aptidões - pastagem, gramados - e diferentes portes e hábitos de crescimento. Destaco, por exemplo, o Paspalum atratum, o Paspalum regnellii e o Paspalum mallacophylum, os três com alta produção de matéria seca, tolerância ao encharcamento do solo e resistência às cigarrinhas. As cultivares Paspalum regnellii BRS-Guará, Paspalum lepton Chauá e Paspalum notatum Tiriba, registradas pela Embrapa, também estão entre os acessos enviados para Svalbard”, comentou.

O pesquisador explica que acessos são amostras coletadas em um determinado local e representam uma população específica, com características próprias. Os acessos são registrados com todas as informações de origem, inclusive o nome de quem os coletou.

O Paspalum é um gênero de gramíneas originário das Américas, com mais de 200 espécies nativas do Brasil. A Embrapa Pecuária Sudeste desenvolve pesquisas com foco nesse gênero. O centro tem um programa de melhoramento genético visando a aumentar a diversidade de forrageiras disponíveis para a pecuária e, dessa forma, oferecer alternativas para situações em que as principais forrageiras do mercado não se adaptam ou, ainda, para o caso do aparecimento de doenças ou condições climáticas adversas no futuro.

“Pode ser que apareça uma nova praga e as principais forrageiras sejam suscetíveis. Então, ter diversidade de oferta de pastagens pode ser a ‘salvação da lavoura’, literalmente”, destaca. Ainda, segundo ele, grande parte da pecuária brasileira utiliza o capim Marandu para alimentação do gado. Caso ocorra alguma doença que afete essa forrageira, milhões e milhões de hectares serão prejudicados.

A ideia do Banco de Svalbard é que ele está à prova de catástrofes, em local frio e isolado. Se houver uma guerra, um desastre climático ou uma praga nova, pode-se recorrer a ele para recuperar a cópia de segurança. “São recursos à disposição para uma situação futura da humanidade”, ressaltou Cavallari.

As sementes saíram do Brasil em junho e foram depositadas no Banco Mundial no mês de  outubro.

Além disso, a ação está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, especificamente a meta 2.5, que é " garantir a conservação da diversidade genética de espécies nativas e domesticadas de plantas, animais e microrganismos importantes para a alimentação e agricultura, adotando estratégias de conservação ex situ, in situ e on farm, incluindo bancos de germoplasma, casas ou bancos comunitários de sementes e núcleos de criação e outras formas de conservação adequadamente geridos em nível local, regional e internacional".

Gisele Rosso (MTE 3091/PR)
Embrapa Pecuária Sudeste

 

Fonte: Embrapa

Imagem: Willian Bonani

Quinta, 10 de Novembro de 2022
Estiagem impacta resultado das exportações do agronegócio gaúcho no terceiro trimestre
Estiagem impacta resultado das exportações do agronegócio gaúcho no terceiro trimestre Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

POR VAGNER BENITES, ASCOM/SPGG

As exportações do agronegócio do Rio Grande do Sul atingiram US$ 4,5 bilhões no terceiro trimestre de 2022, uma queda de 7,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Apesar da queda, em termos nominais o resultado é o terceiro melhor da série histórica do Estado, iniciada em 1997, atrás apenas do registrado em 2021, o melhor de todo o período, e de 2013. As vendas do período foram marcadas por uma queda no volume total de produtos embarcados (-30,5%), o que foi compensado parcialmente pela alta nos preços médios pagos (+33,6%).

Entre os setores mais representativos do agronegócio no RS, o complexo soja registrou queda de 27,6% nas vendas, totalizando US$ 2,10 bilhões no período. A redução foi determinada pela menor quantidade de produto disponível em função da estiagem que afetou o Estado e prejudicou as lavouras da oleaginosa. As informações sobre as exportações no terceiro trimestre e do acumulado do ano fazem parte do boletim Indicadores do Agronegócio do RS, divulgado nesta quinta-feira (10/11) pelo Departamento de Economia e Estatística, vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (DEE/SPGG), e elaborado pelos analistas Bruna Kasprzak Borges, Rodrigo Feix e Sérgio Leusin Júnior.

As exportações do agronegócio no terceiro trimestre de 2022 representaram 72,7% do total das vendas externas do Estado no período.

Setores e principais destinos

Apesar da queda no número geral, quatro dos seis principais setores exportadores do agronegócio gaúcho registraram aumento nas vendas no terceiro trimestre. Os setores de carnes (US$ 750,9 milhões; +16,4%), fumo e seus produtos (US$ 521,8 milhões; +109,2%), cereais, farinhas e preparações (US$ 208,0 milhões; +74,0%) e máquinas e implementos agrícolas (US$ 117,0 milhões; + 9,3%) tiveram resultados positivos. Além do complexo soja, o segmento de produtos florestais (US$ 408,3 milhões; -12,3%) apresentou baixa.

No complexo soja, a queda no terceiro trimestre de 2022 foi puxada pelo resultado da venda do grão (US$ 1,4 bilhão; - 40,8%), enquanto os outros produtos da pauta, como o farelo (US$ 403 milhões; +22,1%) e o óleo (US$ 240,1 milhões; +123,9%) tiveram números positivos. No setor de carnes, as vendas de carne bovina (US$ 129,4 milhões; +29,5%) e da carne de frango (US$ 392,3 milhões; 27,0%) ganharam espaço, enquanto a carne suína (US$ 180,8 milhões; -7,7%) apresentou recuo. No fumo e seus produtos, o fumo não manufaturado, principal produto da pauta de vendas, registrou aumento expressivo (US$ 469,2; +111,8%)

Nos cereais, farinhas e preparações, o arroz (US$ 168,3 milhões; +71,0%) foi o principal destaque, enquanto no segmento de máquinas e implementos agrícolas, as colheitadeiras (US$ 18,7 milhões; +63,2%) tiveram a alta mais expressiva nas vendas. No setor de produtos florestais, a celulose (US$ 268,9 milhões; -18,6%) puxou a redução total no comércio exterior no terceiro trimestre de 2022.

Destinos

Em relação aos principais destinos das exportações, a China manteve a liderança, responsável por comprar 34,4% de tudo o que o agronegócio do Estado comercializa. O resultado deixa o país asiático à frente da União Europeia (13,7%), do Irã (6,0%), dos Estados Unidos (5,1%) e da Índia (3,8%), mas apresenta queda em relação ao percentual do mesmo período de 2021, quando foi responsável por 56,7% do total das vendas gaúchas.

Acumulado do ano

No acumulado de janeiro a setembro de 2022, as vendas do agronegócio gaúcho totalizaram US$ 11,6 bilhões, pouco acima do registrado no mesmo período de 2021 (+0,1%), quando as vendas foram de US$ 11,5 bilhões. Os nove primeiros meses do ano foram também foram marcados pela redução no volume embarcado (-19,3%) e pela alta nos preços médios (+24,0%).
"Considerando a forte quebra de produção da safra 2021/22, esse desempenho não deixa de ser surpreendente. Além da alta nos preços médios, contribuíram para esse resultado a expansão nas vendas de um amplo conjunto de setores", destaca o pesquisador Sérgio Leusin Jr.

Apesar da forte redução nas vendas do complexo soja (US$ 4,0 bilhões; - 34,4%), influenciada pela estiagem, outros setores tiveram resultados históricos e compensaram a queda. O setor de carnes atingiu o melhor acumulado de toda a série histórica (US$ 2,0 bilhões; +14,4%), puxada pelas vendas de carnes de frango (US$ 1,1 bilhão; +30,5%) e carnes bovinas (US$ 340,7 milhões; +46,2%). "Este recorde vem mesmo com a redução nas vendas de carne suína para a China, fruto da recuperação do rebanho do país após o surto da peste suína africana", relembra o pesquisador.

Outro setor com números expressivos nas vendas externas foi o de cereais, farinhas e preparações (US$ 1,29 bilhão; +177,1%), este impulsionado pelo comércio de trigo (US$ 736,8 milhões; +482,0%). O contexto internacional, marcado pelo conflito entre a Rússia e a Ucrânia – esta, um importante produtor mundial de trigo –, provocou alta tanto na quantidade embarcada no RS (+305,9%) quanto nos preços médios (+43,4%).

No setor de fumo, as exportações de janeiro a setembro foram as maiores desde 2013 (US$ 1,4 bilhão; +65,2%). A alta nas vendas dos produtos florestais (US$ 1,24 bilhão; +16,1%) e de máquinas e implementos agrícolas (US$ 392,8 milhões; +41,2%) também auxiliaram a compensar a redução do complexo soja.

Em relação aos destinos das exportações do Estado no acumulado do ano, a China mantém a dianteira na lista, com 25,7% do total, seguida da União Europeia (15,8%), dos Estados Unidos (5,2%), da Índia (4,1%) e do Irã (3,7%).

Emprego formal

O agronegócio do Rio Grande do Sul registrou saldo negativo de 3.081 postos de trabalho com carteira assinada no terceiro trimestre de 2022. O resultado de queda no período tradicionalmente ocorre em função da sazonalidade das principais culturas agrícolas do Estado e da indústria ligada ao setor.

Considerando os três segmentos que constituem o agronegócio, "antes", "dentro" e "depois" da porteira, a única perda no período de julho a setembro foi registrada no segmento "depois da porteira", composto por atividades agroindustriais (-4.795 postos). O principal setor responsável pelo número foi o da fabricação de produtos do fumo (-7.221 postos), em razão do ciclo sazonal da cadeia de produção.
O segmento "antes da porteira", formado por atividades de fornecimento de insumos, máquinas e equipamentos, teve saldo positivo de 1.133 postos e o "dentro da porteira", constituído pelas atividades agropecuárias, registrou criação de 581 empregos formais no período.

No acumulado do ano, o saldo de empregos criados no agronegócio gaúcho é de 10.853 postos. Em setembro de 2022, havia 361.699 vínculos ativos de emprego com carteira assinada no setor no Rio Grande do Sul. O segmento mais representativo no número de empregos é o de abate e fabricação de produtos de carne, seguido do comércio atacadista de produtos agropecuários e agroindustriais e da fabricação de tratores, máquinas e equipamentos agropecuários.

Quanto ao salário médio dos empregos com carteira assinada no agronegócio na admissão, em setembro o valor era de R$ 1.809,98, 2,2% acima do registrado em setembro de 2021.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Quinta, 10 de Novembro de 2022
CNA participa da Câmara Setorial da Viticultura no Mapa
CNA participa da Câmara Setorial da Viticultura no Mapa Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou, na quarta (9), da reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Viticultura, Vinhos e Derivados do Ministério da Agricultura.

Na reunião, os participantes abordaram as propostas atreladas aos desafios econômicos, tecnológicos e de governança da cadeia da vitivinicultura, entre elas, a precificação da uva industrial.

A assessora técnica da Comissão Nacional de Fruticultura da CNA, Letícia Barony, falou da necessidade de conciliar a remuneração e valorização do produtor com a viabilidade dos demais entes da cadeia produtiva.

“É necessário que haja uma conciliação e proposição de alternativas que remunerem e valorizem o produtor rural, sem que haja um desarranjo da cadeia produtiva e margens incoerentes à viabilidade das indústrias no setor”, afirmou Letícia.

Em debate foi apresentado que o preço mínimo, como estabelece a legislação, está em processo de revisão, podendo haver reajuste definido em Portaria específica nas próximas semanas.

O preço mínimo é um instrumento garantidor ao produtor, de modo a assegurar uma remuneração mínima, necessária para arcar com os custos variáveis da atividade, não sendo, portanto, um instrumento de precificação usual, pois não arca com os custos totais ou não imprime a sazonalidade dos custos.

Por outro lado, a demanda retraída, especialmente pelo suco de uva, em partes atrelada ao poder de compra ainda deficitário da população, resulta em estoques de repasse elevados nas indústrias, refreando o poder de compra e escoamento da safra 2022/2023 de uva industrial, conforme apresentado por representantes da indústria.

Atualmente a precificação da uva industrial tem como preço de referência o preço mínimo de R$ 1,31 por quilograma com 15° glucométricos.

Além da precificação, também foram discutidos outros temas como a proposta de Marco Legal para Indicação Geográfica do setor vitivinícola e o novo sistema de emissão de Guia de Livre Trânsito (GLT), normatizado pela portaria nº 690/2022 do Mapa.

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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Quarta, 09 de Novembro de 2022
Projeto Agro.Br promove seminário sobre e-commerce em Dubai
Projeto Agro.Br promove seminário sobre e-commerce em Dubai Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promoveu, na terça (8), o 3º Seminário Virtual Rota de Exportação para os Emirados Árabes Unidos com foco no ambiente de negócios digitais: e-commerce em Dubai.

O evento foi realizado pelo projeto Agro.BR , parceria da CNA com a Apex-Brasil para promoção de produtos do agro brasileiro no exterior, e reuniu mais de 30 empresas inscritas no projeto.

O coordenador do escritório da Confederação em Dubai, Rafael Gratão, fez uma apresentação sobre os Emirados e região do Oriente Médio, com dados comerciais, hábitos de consumo e principais players voltados ao comércio eletrônico.

Segundo Gratão, os Emirados Árabes Unidos é o mercado que mais cresce no mundo e o e-commerce do país atingirá US$ 9,2 bilhões em 2026.

“A tendência é que as plataformas de varejo internacionais cresçam, passando de 19,2% para 34% de participação no mercado. O que contribui para esse crescimento são os investimentos locais por parte do governo e de empresas privadas proporcionando logística e acesso à internet, além do poder de compra da população local.”

Rafael Gratão reforçou que o país tem estrutura para proporcionar esse crescimento, com a internet móvel rápida e uma capital, Dubai, que demonstra a importância do comércio eletrônico para a economia do país, com um distrito dedicado a serviços digitais, inovação e tecnologia e uma zona de livre comércio exclusiva para e-commerce.

Silvia Pierson, diretora do escritório da InvestSP Dubai, mostrou os principais sites e aplicativos de grandes varejistas e marketplaces que operam na região como Carrefour, Lulu Hypermarket, Kibsons e Spinneys, esses últimos voltados à oferta de produtos frescos que já oferecem frutas brasileiras como limão, manga palmer, melão e mamão papaya.

Além das facilidades para acessar o mercado árabe, existem desafios para os empresários que querem vender no país, como a cultura de pagamento apenas em dinheiro, dificuldade logística, falta de um sistema unificado de endereços e alta taxa de devoluções.

“Os Emirados Árabes é um mercado importante para o Brasil, por importarem mais de 80% do que consomem. Hoje nós somos o terceiro fornecedor de alimentos para o país, atrás apenas da União Europeia e Estados Unidos. A pauta ainda é concentrada, mas há oportunidade para todos os segmentos”, afirmou Rafael Gratão.

A rodada também teve a participação da gerente do programa de parcerias da Tradeling, Ligia Mostert, plataforma B2B (negócio para negócios) que opera desde 2020 no mercado árabe oferecendo produtos em 14 categorias.

“Entendemos que o futuro do comércio é digital e precisamos construir um ecossistema digital bonito e fácil de usar. Na Tradeling permitimos a compra em toda cadeia de produção como arroz, farinha, leite, ovos e todos os produtos de commodities”, afirmou.

De acordo com a gerente, a plataforma oferece diversas vantagens para as empresas que querem comercializar seus produtos pela empresa, como segurança logística, além do negócio não necessitar de ter um escritório nos Emirados, equipe e licenças comerciais.

Os empresários do Agro.BR já participaram de outros dois seminários que abordaram o mercado dos Emirados Árabes. O primeiro tratou das oportunidades no mercado e o segundo sobre logística e free zone.

Para saber mais sobre o Agro.BR , acesse a página do projeto: https://cnabrasil.org.br/projetos-e-programas/agro-br

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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Quarta, 09 de Novembro de 2022
Aplicativo BovSan traz informações sobre saúde reprodutiva de bovinos
Aplicativo BovSan traz informações sobre saúde reprodutiva de bovinos Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

POR ELAINE PINTO

Mais um aplicativo para dispositivos móveis vem para auxiliar na produção de bovinos de corte, desta vez voltado para a saúde reprodutiva dos rebanhos. O BovSan está disponível para download gratuito neste link, roda em aparelhos com a plataforma Android e conta com versões em português e inglês. 

O BovSan é resultado de um projeto de pesquisa do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária, da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), para o desenvolvimento de ferramentas tecnológicas aplicadas na área de produção de bovinos de corte. O grupo já conta com outro aplicativo disponível, o BovCria.

De acordo com a coordenadora do projeto de pesquisa, Adriana Tarouco, o objetivo do BovSan é trazer um conteúdo acessível, didático e ágil voltado à saúde reprodutiva bovina,  tendo como público-alvo estudantes de Ciências Agrárias, pesquisadores e produtores rurais.

"No aplicativo, encontram-se informações sobre diagnóstico, tratamento e profilaxia das principais doenças bacterianas, víricas e protozoárias que afetam a saúde reprodutiva, resultando em prejuízo ao desempenho e produtividade dos rebanhos bovinos. Também há medidas de profilaxia (calendário sanitário), curiosidades e tabelas informativas para o diagnóstico diferencial das principais doenças", detalha. 

Além de Adriana, compõem a equipe de criação do aplicativo: a bolsista de Iniciação Tecnológica Gabriela de Meneses Pinto, a pesquisadora Lissandra  Souto Cavalli e o estagiário Alexsandro Vargas de Ávila.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Quarta, 09 de Novembro de 2022
Observatório da Agropecuária lança painel com dados sobre atividade pecuária no país
Observatório da Agropecuária lança painel com dados sobre atividade pecuária no país Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) disponibilizou, nesta terça-feira (8), o Painel Temático da Pecuária, uma ferramenta de pesquisa que facilita o acesso a dados de um dos setores produtivos mais importantes no Brasil. O painel pode ser visitado no site do Observatório da Agropecuária Brasileira.

Ao acessar o painel, o usuário poderá navegar por duas plataformas: estatística e geoespacial. Por meio dessas plataformas, encontra dados classificados por período, região, unidade federativa e município. Além disso, é possível identificar o tamanho do rebanho brasileiro, raça dos animais, o número de estabelecimentos com atividade pecuária e informações de abate.

Dessa vez, o Painel da Pecuária traz um diferencial em comparação a outros painéis disponíveis: a aba Megatendências, localizada na Plataforma estatística, a qual disponibiliza as informações do estudo “O Futuro da Cadeia Produtiva da Carne Bovina no Brasil: Uma visão para 2040”, produzido pela Embrapa Gado de Corte em parceria com o Mapa.

O estudo traz os resultados no monitoramento do ambiente externo, apresentando informações estratégicas de um conjunto de sinais e tendências que impactarão na pecuária de corte no futuro, consolidando dez megatendências.

São elas: biológicas à frente no manejo de resíduos; biotecnologia transformando a pecuária; menos área de pasto, mais carne; lucro apenas com bem-estar animal; pecuária consolidada com grandes players; frigorífico: mais natural e com maior exigência de qualidade; carne com denominação de origem; Brasil, mega exportador de carne e genética; digital transformando a cadeia produtiva; e apagão de mão-de-obra. 

Todas as informações disponibilizadas têm por fonte o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Embrapa, a Conab e o Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento da Universidade Federal de Goiás (Lapig/UFG).

Observatório

O Observatório da Agropecuária Brasileira sistematiza, integra e disponibiliza um gigantesco conjunto de dados e informações da agricultura e pecuária do país - e também mundial -, tornando-se, assim, uma inovadora solução tecnológica. A ferramenta provê subsídios aos processos de tomada de decisão e de formulação de políticas públicas.

Seu objetivo é fortalecer e aprimorar a integração, a gestão, o acesso e o monitoramento dos dados e informações de interesse estratégico para o setor agropecuário e para o Brasil. O acesso ao sistema é aberto ao público, sendo algumas informações disponíveis conforme os perfis de acesso.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Quarta, 09 de Novembro de 2022
Conab estima safra de grãos em 313 milhões de toneladas
Conab estima safra de grãos em 313 milhões de toneladas Fonte: Agência Brasil

A safra de grãos 2022/2023 deve chegar a uma produção de 313 milhões de toneladas, um aumento de 15,5% em relação ao resultado obtido no último ciclo, o que representa quase 42 milhões de toneladas a mais. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o crescimento reflete uma estimativa de elevação na área plantada da soja.

No geral, a área semeada no país deverá chegar a 76,8 milhões de hectares, ante aos 74,5 milhões de hectares cultivados em 2021/2022, como mostra o 2º Levantamento de Grãos da Safra 2022/23 LINK 1 , divulgado hoje (9) pela Conab.

De acordo com o órgão, o aumento na área plantada é explicado, entre outros fatores, pelo avanço da agricultura em áreas de pastagens degradadas, ou ainda da opção dos produtores pela soja em detrimento a outras culturas devido a melhor rentabilidade. A projeção é que cerca de 43,2 milhões de hectares em todo país sejam destinados para a semeadura da soja.

Com uma produtividade esperada em 3.551 quilos por hectare, a estimativa é que a produção fique em torno de 153,5 milhões de toneladas. O plantio da safra 2022/2023 da oleaginosa alcança 57,5% da área prevista após um início lento por conta de chuvas localizadas em alguns estados.

Para o milho, a expectativa da Conab é que a produção total seja de 126,4 milhões de toneladas. Na primeira safra do cereal há redução de 3,1% na área a ser cultivada, atribuída à elevação dos custos de produção e à alta pressão da ocorrência de cigarrinha, uma praga que afeta as lavouras.

A Conab também prevê uma redução de área para o arroz e o feijão. No caso do arroz, a maior queda se dá em área de plantio sequeiro, que não necessita de irrigação constante. Com uma área estimada em 1,5 milhão de hectares e uma produtividade média de 7.012 kg por hectare, a safra do cereal está estimada em 10,6 milhões de toneladas. Já para o feijão, a diminuição deve chegar a 2,7% na área total prevista a ser semeada, somando todos os ciclos da cultura. Ainda assim, a produção total da leguminosa no país é estimada em 2,9 milhões de toneladas.

Trigo

Entre as culturas de inverno, a Conab destaca a previsão de safra recorde de trigo. A expectativa é que os agricultores colham 9,5 milhões de toneladas do grão nesta safra, valor 23,7% maior que o ciclo anterior. Segundo o órgão, o bom resultado deverá ser obtido mesmo com a redução de produtividade das lavouras no Paraná, prejudicadas por excesso de umidade, registrado ao longo de setembro e outubro deste ano, o que tende também a diminuir a qualidade do produto colhido.

“A situação adversa no estado paranaense foi compensada pelas condições climáticas favoráveis no Rio Grande do Sul, com rendimentos obtidos acima de 55 sacas por hectare e boa qualidade do grão colhido”, explicou a Conab.

Consumo e estoques

Neste levantamento, a Conab prevê uma queda do consumo nacional de arroz em relação ao volume divulgado no levantamento anterior, saindo de 10,8 milhões de toneladas para 10,6 milhões de toneladas na safra 2022/23. “Isso ocorre em razão da perspectiva de recuperação econômica, dado o fato de o arroz possuir uma elasticidade-renda negativa”, diz a Conab.

Além disso, diante de um cenário de menor disponibilidade do grão e tendência de melhores preços internos, as estimativas de exportação também diminuíram em relação ao primeiro levantamento, sendo estimadas em 1,3 milhão de toneladas. Com isso, a perspectiva é de leve retração do estoque de passagem (entre safras), para 2 milhões de toneladas ao final de 2023.

Para o trigo, a expectativa é de encerramento da safra com estoque de passagem de 1,3 milhão de toneladas, estimativa 11,58% maior que a de outubro.

No caso do milho colhido na safra 2021/22 ainda em comercialização, os dados de suprimento e consumo continuaram estáveis em relação ao levantamento anterior. Por outro lado, os estoques de passagem foram ajustados para 7,6 milhões de toneladas, dado o aumento nas estimativas de exportação para 38,5 milhões de toneladas e o aumento das importações para 2,5 milhões de toneladas.

Já sobre a produção de 2022/23, a perspectiva é de aumento em torno de 6,2% no consumo interno e projeção de continuidade de demanda externa aquecida pelo cereal, o que, em conjunto com uma maior produção brasileira, tende a resultar numa elevação de 16,9% nos embarques, com uma previsão de exportação em 45 milhões de toneladas.

Para a safra 2022/23 de soja, não houve alterações significativas em relação ao estimado no mês anterior. Em razão do aumento de área e produção, as estimativas de perdas e sementes aumentaram 27 mil toneladas (0,7%) e as expectativas de exportações foram atualizadas para 96,4 milhões de toneladas. Houve, entretanto, redução dos estoques finais para a safra 2022/23 em consequência dos menores estoques esperados para a safra 2021/22.

As estimativas do algodão também permaneceram estáveis nesse segundo levantamento. O destaque é a elevação de 3,73% dos estoques finais, em virtude da perspectiva de elevação da produção.

Fonte: Agência Brasil - Fernando Fraga

Imagem: CNA/ Wenderson Araujo / Trilux

Terça, 08 de Novembro de 2022
CNA e entidades do setor lançam material sobre plantas daninhas na cultura da soja
CNA e entidades do setor lançam material sobre plantas daninhas na cultura da soja Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com entidades do setor agropecuário, desenvolveu um material informativo para orientar os produtores a lidar com plantas daninhas nas lavouras de soja.

A publicação digital traz informações para os produtores rurais sobre as principais plantas daninhas e as boas práticas de manejo, e será disponibilizada para as federações e sindicatos rurais divulgarem nos estados.

A CNA faz parte de um grupo de trabalho do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) com diversas entidades representativas do setor para evitar a ocorrência dessas pragas nas cargas de soja, principalmente, naqueles carregamentos destinados à China.

A China atualizou a lista de espécies de plantas daninhas consideradas quarentenárias naquele país, cujas sementes não podem estar presentes na produção de soja brasileira. Ademais, as plantas daninhas acarretam grandes prejuízos ao produtor como perda de produtividade, por exemplo, e o manejo adequado permite a redução nos custos de produção.

As entidades que contribuíram para a elaboração do material foram: Aprosoja Brasil, CropLife Brasil, Embrapa, Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (Andav).

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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Terça, 08 de Novembro de 2022
Representantes do Estado visitam estatal israelense de recursos hídricos
Representantes do Estado visitam estatal israelense de recursos hídricos Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

POR VANESSA TRINDADE/ASCOM SEMA

A visita ao Water Authority, autoridade governamental de água de Israel, foi uma das agendas da comitiva gaúcha em missão por Israel, nesta segunda-feira (7/11). A instituição, criada em 2007, está vinculada ao Ministério de Energia. O diretor geral do serviço hidrológico de Israel, Guy Reshef, apresentou o consumo da água do país por setor, como indústria, doméstico e agricultura, que representa 53% da destinação dos recursos hídricos do país. Destes, 63% são fruto de reaproveitamento.

Em seguida, foi apresentado como funciona a regulação dos serviços e a emissão das outorgas; o monitoramento dos níveis de água subterrânea conforme a disponibilidade hídrica; a prevenção de contaminação; e o tratamento da água para o fornecimento à população.

No Rio Grande do Sul, a outorga de uso da água é de responsabilidade do Departamento de Gestão de Recursos Hídricos e Saneamento (DRHS) da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura. O DRHS atua no desenvolvimento de políticas públicas que envolvem a preservação dos recursos hídricos, a recuperação de bacias, a qualidade das águas e o monitoramento dos níveis de chuva e dos rios.

O diretor de Gestão de Recursos Hídricos e Saneamento da Sema, Luciano Cardone, que integra a comitiva, apresentou o Sistema de Outorga de Água do Rio Grande do Sul (Siout-RS) e outras iniciativas já em andamento no Estado gaúcho.

"Tivemos a oportunidade de mostrar uma das ferramentas que nós trabalhamos, o Sistema de Outorga, um dos mais avançados do país. Também pudemos aprender muito com a forma que Israel faz a gestão das águas subterrâneas. Foi um importante contato para que possamos aplicar novas metodologias a nossa realidade", reforçou Cardone.

O grupo também foi recebido no Instituto de Exportação e Cooperação Internacional de Israel, uma instituição financiada pelo governo e pelo setor privado, que realiza a conexão entre empresas israelenses e de fora do país visando os negócios.

Quatro empresas de Israel apresentaram suas tecnologias à comitiva gaúcha. A primeira demonstrou um coletor de dados do solo com comunicação via satélite. A segunda empresa exibiu uma plataforma para diagnóstico de pragas no campo e protocolo de proteção, balanço de solo, rastreabilidade e atendimento de metas ambientais.

As apresentações seguintes foram sobre um sistema de tratamento de efluentes para áreas remotas que elimina o lodo e funciona com energia solar e sobre um sensor que fornece informações em tempo real de poluição no lençol freático.

"Tivemos grata surpresa com algumas empresas que apresentaram tecnologias e inovações de Israel, principalmente para a economia da agricultura, que é importantíssima para o Rio Grande do Sul. Nós seguimos aqui na busca por outras formas de levar o desenvolvimento econômico e a inovação que a gente procura", disse o secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, Roger Pozzi.

Alem da Sema, integram a comitiva do governo os representantes das Secretarias da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr); de Desenvolvimento Econômico (Sedec); da Casa Civil; além da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). Também fazem parte do grupo membros da Federação Israelita do Rio Grande do Sul e do Ministério Público Estadual.

As reuniões previstas para esta terça-feira (8/11) envolvem tecnologia no campo, desinfecção e dessalinização da água. As agendas no país seguem até o dia 9 de novembro, quando a equipe viaja para o Egito para participar da 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27).

 

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Imagem: Vanessa Trindade/Sema

Terça, 08 de Novembro de 2022
Homeopatia é tema de seminário em Gramado dos Loureiros
Homeopatia é tema de seminário em Gramado dos Loureiros Fonte: Emater

O município de Gramado dos Loureiros sediou na última sexta-feira (04/11) o primeiro Seminário Municipal de Homeopatia. A origem, os conceitos e as formas de utilização foram trabalhados por profissionais com formação na área. O evento, que lotou a Câmara de Vereadores, foi promovido pela Emater/RS-Ascar, Prefeitura e Sicredi.

Homeopatia e o equilíbrio da vida foi assunto abordado pelo médico veterinário, professor do curso de Extensão Universitária em Homeopatia e vice-presidente da Associação Brasileira de Homeopatia Popular Comunitária, Alexandre Mendonça. A farmacêutica industrial e especialista em Farmácia Magistral e Homeopatia, Fernanda Menegaz, apresentou aos participantes os conceitos, a história e destacou as homeopatias mais utilizadas.

"O tema homeopatia se tornou um assunto muito relevante no município de Gramado dos Loureiros, desde novembro de 2018, quando iniciamos as primeiras atividades nesse tema. O trabalho começou com uma família de agricultores que passou a utilizar a homeopatia para tratar o gado leiteiro. Em poucos meses já estávamos trabalhando com 11 famílias, em fevereiro de 2019 e no mês de abril já eram 40. Em decorrência dos excelentes resultados obtidos, a demanda foi aumentando e hoje são mais de 150 famílias que usam a homeopatia no manejo com os animais ou na produção vegetal. Recentemente, a Prefeitura de Gramados dos Loureiros firmou um convênio com uma clínica de homeopatia e muitas pessoas estão buscando tratamento homeopático para sua saúde. Por essa razão, o tema vem ganhando destaque no município", relatou a extensionista rural da Emater/RS-Ascar, Carmen Roncaglio Zanella.

O objetivo do seminário foi agregar conhecimento sobre a temática, que tem se apresentado como uma excelente alternativa para a agricultura. "Para a Emater, o trabalho com homeopatia contempla muitas das atividades que trabalhamos no dia a dia, entre elas a promoção da saúde, segurança e soberania alimentar, redução do uso de produtos químicos, economia para as famílias, entre outras. Ficamos imensamente felizes com a participação de tantas famílias de agricultores, que prestigiaram o seminário e vieram buscar conhecimento nessa área", completou Carmen.

Participaram do evento, o prefeito de Gramado dos Loureiros, Artur Cereza, o gerente regional da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, Luciano Schwerz, o secretário Municipal da Agricultura, Gersi Luis Martins Alves, o responsável pela Secretaria Municipal da Saúde, Lucas Serpa e o assessor do Agronegócio da Sicredi, Dheyzon Mendes Calluans.

Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar - Regional de Frederico Westphalen
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Fonte: Emater