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Quinta, 13 de Abril de 2023
Centro em Agricultura Digital para inclusão de pequenos produtores rurais é lançado
Centro em Agricultura Digital para inclusão de pequenos produtores rurais é lançado Fonte: EMBRAPA

“A tecnologia não é moda, é exigência do consumidor. Precisamos diminuir o ‘gap’ da tecnologia digital existente atualmente entre os grandes e os pequenos produtores”. Dessa forma foi apresentado, pela pesquisadora Silvia Massruhá, o Centro de Ciência para o Desenvolvimento em Agricultura Digital (CCD-AD/SemeAr), lançado nesta terça-feira (11), em Campinas/SP.

Coordenadora do projeto, Silvia disse que o objetivo é estimular a integração de tecnologias digitais nos processos produtivos rurais de forma efetiva e simples, atender às necessidades reais dos produtores, gerar impactos socioeconômicos no curto e médio prazo, além de oferecer capacitação tecnológica e o compartilhamento de conhecimento e de práticas para acelerar a adoção de tecnologias digitais.

O evento contou com as presenças do governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, dos secretários estaduais Antônio Junqueira, de Agricultura e Abastecimento, e Vahan Agopyan, de Ciência, Tecnologia e Inovação, do prefeito Dário Saadi, de Campinas, do reitor Antônio José de Almeida Meirelles, da Unicamp, do presidente da Fapesp, Marco Antonio Zago, além de outras autoridades.

 Investimento e retorno

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo vai investir R$ 25 milhões durante os próximos cinco anos no projeto, no qual também participam instituições como o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD), a Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), o Instituto Agronômico (IAC), o Instituto de Economia Agrícola (IEA), o Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel) e a Universidade Federal de Lavras (UFLA).

“Nosso trabalho é forjar e consolidar laços entre múltiplos parceiros. Estudos recentes mostram que para cada R$ 1,00 investido em pesquisa, R$ 12,00 retornam para a sociedade”, comentou Zago, ao ressaltar que a Ciência e a Tecnologia determinam o desenvolvimento de um País. “É preciso apoiar e incluir o pequeno e médio produtor rural com as informações e o conhecimento disponíveis”, salientou o secretário Vahan Agopyan.

 Alcance nacional

A proposta engloba um sistema integrado de hardware, software e conectividade instalado em uma determinada região, em geral limitada a um município, para atender as demandas reais dos produtores rurais. Funciona como modelo ou vitrine para tecnologias e serviços digitais que tenham foco na solução de problemas do campo, e que possam ser adotados e acoplados aos processos produtivos de forma rápida e simples.

É o chamado Distrito Agro Tecnológico (DAT), com 10 unidades, a serem instalados nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul (um em cada região) e outros seis na Região Sudeste (cinco em São Paulo e um em Minas Gerais). Os primeiros pilotos estão nos municípios paulistas de Caconde, região caracterizada pela presença de pequenos e médios cafeicultores, e de São Miguel Arcanjo, que tem a produção de uva como atividade de destaque.

“Estive há duas semanas em Caconde e fiquei de queixo caído, o sinal de internet funciona muito bem, isso pode ajudar o produtor a diminuir seus custos”, disse o secretário Estadual de Agricultura e Abastecimento, Antônio Junqueira. “Sou filho de pequeno produtor de café, é fundamental levar a tecnologia e a transformação digital para os pequenos e médios produtores”, destacou o prefeito de Campinas Dário Saadi.

 Semente em solo fértil

A partir dos DATs, serão identificados os gargalos de conectividade e mapeadas as soluções digitais demandadas pelos produtores rurais, bem como as instituições públicas ou privadas, empresas e startups capazes de suprir as necessidades naquele arranjo local. “A transformação digital pode contribuir com aspectos econômicos e ambientais”, avaliou o reitor da Unicamp, Antônio Meirelles.

“Nós lançamos uma semente para perpetuar e multiplicar num solo fértil, uma espécie de Vale do Silício (região dos Estados Unidos conhecida pelas empresas de alta tecnologia) que é o Estado de São Paulo, no corredor de inovação agropecuária. Com isso, ganha o agricultor, ganha o produto nacional, ganham as empresas e ganha o País”, afirmou Stanley Oliveira, chefe geral da Embrapa Agricultura Digital. 

Na avaliação do deputado federal Arnaldo Jardim, vice-presidente da Frente Parlamentar Agropecuária, “conseguimos avançar no conceito e na implantação do HUB Tecnológico Paulista, integrando as Unidades da Embrapa ao Sistema de Pesquisa Agropecuária do Estado de São Paulo e às instituições de ensino. O lançamento deste Centro de Ciência para Desenvolvimento em Agricultura Digital terá papel decisivo para essa integração”.

 

Prazos e definições

No primeiro ano de implantação do Centro o enfoque será na seleção e definição dos DATs, levantamento das demandas, estruturação e organização das relações, bem como a inclusão de possíveis novos parceiros. Nos anos seguintes será executado o plano de pesquisa de cada eixo, com apoio de bolsistas e startups que serão paulatinamente incorporadas por meio de chamadas organizadas em conjunto com o PIPE/Fapesp (Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas).

“A Embrapa é uma instituição notável”, disse Tarcísio de Freitas. “Era necessário trazer a conectividade e a agricultura digital para o pequeno produtor, ele precisa dessas ferramentas, pois terá um papel fundamental na provisão da segurança alimentar. Com certeza, essa será uma iniciativa bem-sucedida”, finalizou o governador de São Paulo.


 Edilson Fragalle (MTb 21.837/SP)
Embrapa Agricultura Digital

Contatos para a imprensa
agricultura-digital.imprensa@embrapa.br

Fonte: Embrapa

Imagem: SILVA, Igor Henrique

Quinta, 13 de Abril de 2023
Mapa define vazio sanitário da soja
Mapa define vazio sanitário da soja Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

POR ASCOM SEAPI COM INFORMAÇÕES DO MAPA

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou portaria nº 781 no Diário Oficial da União (DOU), nesta segunda-feira (10/4), que estabelece os períodos de vazio sanitário para cultura da soja que deverão ser seguidos pelos estados produtores em todo o país durante o ano de 2023. No Rio Grande do Sul, o período será de 13 de julho a 10 de outubro.

O vazio sanitário foi instituído pelo Mapa como uma das medidas fitossanitárias para o controle da ferrugem da soja, com pelo menos 90 dias sem a cultura e plantas voluntárias no campo. A ferrugem asiática é considerada uma das doenças mais severas que incidem na cultura da soja, podendo causar danos que variam de 10% a 90% da produção, dependendo da região.

Pedido de antecipação

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), juntamente com a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Soja, encaminhará novo ofício para o Ministério solicitando a antecipação do período de vazio sanitário e de semeadura em 10 dias. O primeiro pedido foi feito em março.

“Com a antecipação em 10 dias, além de permitir condições propícias à semeadura antecipadamente, há a redução da permanência de plantas vivas no final do ciclo, que é a fase de maior carga de esporos potencialmente resistentes aos ingredientes ativos fungicidas”, destaca Ricardo Felicetti, diretor do Departamento de Defesa Vegetal da Secretaria. O novo período seria de 03/07/2023 a 30/09/23 para o vazio sanitário e de 01/10/23 a 18/02/24 para o calendário de semeadura.

Além do vazio sanitário, o Ministério também definiu o calendário de semeadura da soja como medida fitossanitária complementar para racionalização do número de aplicações de fungicidas e redução dos riscos de desenvolvimento de resistência do agente causal da doença.

 

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Image: Fernando Dias/Seapi

Quinta, 13 de Abril de 2023
Secretaria da Agricultura qualifica o Setor de Florestas Plantadas no RS
Secretaria da Agricultura qualifica o Setor de Florestas Plantadas no RS Fonte: Emater

Traçar um panorama sobre o Setor de Base Florestal no Rio Grande do Sul, suas potencialidades e os gargalos é o que se espera com o Plano Estadual para Qualificação e Desenvolvimento do Setor de Florestas Plantadas no Estado do Rio Grande do Sul (Qualisilvi-RS) anunciado pelo governo do Estado, nesta quarta-feira (12/04), durante a instalação da Frente Parlamentar da Silvicultura na Assembleia Legislativa, proposta pelo deputado Carlos Búrigo.

O Plano Estadual, que será coordenado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), será instruído via decreto que será assinado nos próximos dias pelo governador Eduardo Leite. Estiveram presentes no ato o secretário da Agricultura, Giovani Feltes, e o secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos.

No Rio Grande do Sul, quatro espécies se destacam em áreas de produção: o Eucalipto com cerca de 700 mil hectares, o Pinus com aproximadamente 300 mil hectares, a Acácia-negra com quase 80 mil hectares e a erva-mate, espécie florestal nativa e não madeireira, com cerca de 28 mil hectares.

Entre os objetivos do Qualisilvi-RS estão fortalecer as instituições governamentais, como incluir o setor florestal nos programas de governo estadual; estabelecer e manter o Sistema Estadual de Informações Florestais; qualificar e incentivar os produtores florestais; incentivar a atração de investimentos de base florestal; fomentar a adequação e criação de condições de crédito oferecidas no sistema bancário do Rio Grande do Sul, para cultivos de ciclo longo, seus sistemas produtivos e manejos; promover a pesquisa e o desenvolvimento voltado às florestas plantadas, seus produtos e subprodutos; expandir a área plantada no território estadual; promover a educação florestal, divulgação e promoção do setor florestal gaúcho.

?A Secretaria da Agricultura reconhece a importância estratégica da base florestal como atividade agrícola sustentável. Essa qualificação e criação de parâmetros para o desenvolvimento do setor é essencial para o incremento em florestas plantadas, atividade econômica imprescindível para o Rio Grande do Sul?, avaliou o secretário Giovani Feltes.

O secretário Artur destacou que o conhecimento agregado e as mudanças nas legislações ambientais permitem que o governo seja mais assertivo nas discussões. "O Qualisilvi-RS dá encaminhamento para o futuro da silvicultura no Estado. Sabemos da sua importância para o meio ambiente e para as mudanças climáticas, mas também para ampliar a participação na economia e desenvolver novos negócios com tecnologia", enfatizou.

A Seapi é a instituição responsável pela política estadual das Florestas Plantadas (Lei Estadual 14.961, de 13 de dezembro de 2016) e pela operação do cadastro florestal estadual. "O Qualisilvi-RS surge como um instrumento de modernização da base florestal do Rio Grande do Sul, atendendo às demandas do setor e dos produtores florestais, proporcionando benefícios à cadeia produtiva e ao Estado como um todo, destacou o diretor do Departamento de Defesa Vegetal da Secretaria, Ricardo Felicetti.

O Plano deverá ser revisado com periodicidade mínima de dez anos, podendo ser alterado ou modificado a qualquer tempo.

O decreto foi construído a partir da Câmara Setorial das Florestas Plantadas, com a participação das instituições que compõem o grupo, como Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor), Federação da Agricultura do Estado do RS (Farsul), Federação dos Trabalhadores na Agricultura no RS (Fetag), Emater/RS-Ascar e Sindicato Intermunicipal das Indústrias Madeireiras, Serrarias, Carpintarias, Tanoarias, Esquadrias, Marcenarias, Móveis, Madeiras Compensadas e Laminadas, Aglomerados e Chapas de Fibras de Madeiras do Estado do Rio Grande do Sul (Sindimadeira RS).


Texto: Ascom/Seapi
Foto: Fernando Dias/Seapi

INFORMAÇÕES PARA IMPRENSA
Assessoria de Comunicação Social
Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural
Av. Getúlio Vargas, 1.384, Bairro Menino Deus
Porto Alegre/RS - CEP: 90150-900
www.agricultura.rs.gov.br

 

Fonte: Emater

Quinta, 13 de Abril de 2023
Mapa contabiliza dez novas aberturas de mercado para o agronegócio brasileiro
Mapa contabiliza dez novas aberturas de mercado para o agronegócio brasileiro Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Ainda neste primeiro trimestre do governo, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) já contabiliza a décima abertura de mercado para o agronegócio brasileiro. A partir de agora, embriões de equinos congelados poderão ser comercializados para a Argentina.

As negociações junto ao novo mercado foram iniciadas em abril de 2020. Com a aceitação do Certificado Veterinário Internacional (CVI), que atesta a sanidade do produto, a Argentina passa a aceitar a comercialização do produto de origem brasileira em seu mercado.

“A retomada da credibilidade do Brasil junto a diversos parceiros comerciais, aliada ao trabalho sério da nossa equipe técnica, tem possibilitado cada vez mais oportunidades de negócios para os produtores brasileiros dos mais diversos segmentos. Este não é um resultado apenas do agronegócio, é um resultado que gera mais emprego para toda a população quando um novo mercado se abre”, explicou o ministro Carlos Fávaro.

Considerada um mercado ainda promissor, a inseminação artificial de equinos no Brasil registrou crescimento de aproximadamente 70% e possibilidade de expansão para seguir atendendo a novos mercados internacionais.

Informações à Imprensa
imprensa@agro.gov.br

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Quinta, 13 de Abril de 2023
Produção de grãos está estimada em 312,5 milhões de toneladas
Produção de grãos está estimada em 312,5 milhões de toneladas Fonte: CONAB

Com a entrada da fase final da colheita das culturas de primeira safra, a produção de grãos no Brasil no ciclo 2022/23 está estimada em 312,5 milhões de toneladas, o que representa um acréscimo de 40,1 milhões de toneladas quando comparada com a temporada 2021/22 – alta de 15%. No caso da área plantada, é esperado um crescimento de 3,3%, o que corresponde à incorporação de 2,5 milhões de hectares, chegando a 77 milhões de hectares. Os dados estão disponíveis no 7º Levantamento da Safra de Grãos divulgado, nesta quinta-feira (13), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O bom desempenho é explicado não só pelo aumento de área, como também pela melhoria da produtividade de culturas como soja, milho, algodão, girassol, mamona e sorgo. No entanto, o resultado consolidado ainda depende do comportamento climático, fator preponderante para o desenvolvimento das culturas de 2ª e 3ª safras.

A soja segue como o produto com maior volume colhido no país, com uma produção estimada em 153,6 milhões de toneladas. Com índice de colheita em 78,2%, conforme indica o Progresso de Safra divulgado nesta semana pela Companhia, a boa produtividade nas lavouras segue sendo confirmada e está estimada em 3.527 quilos por hectare.

Para o milho, a Conab aponta para um aumento tanto em área como em produção. O cultivo do cereal está estimado em 21,97 milhões de hectares, acréscimo de 1,8%, com aumento para a área semeada na 2ª safra e redução na 1ª. Já a colheita total do grão está estimada em 124,88 milhões de toneladas, influenciada pelo incremento da produção de 8,8% na 1ª safra e de 11% na 2ª, podendo chegar a 27,24 milhões de toneladas e 95,32 milhões de toneladas, respectivamente.

Outro produto que apresenta crescimento é o sorgo, influenciado pela perda da janela ideal de plantio do milho em algumas regiões produtoras e por ser um produto mais resistente à estiagem, a produção do grão pode ultrapassar as 3,7 milhões de toneladas nesta safra. Já para o arroz, a produção estimada é de 9,94 milhões de toneladas. O menor volume produzido é explicado pela queda na área destinada ao produto, aliada às condições climáticas adversas registradas no desenvolvimento da cultura, sobretudo no Rio Grande do Sul, maior produtor do grão. Queda também na área total a ser semeada de feijão, podendo chegar a 2,76 milhões de hectares. Somando as 3 safras, a produção deve ficar em 2,95 milhões de toneladas.

Mercado – Neste levantamento, a Companhia ajustou as estimativas de exportação de soja da safra 2022/23, com expectativa de atingir um volume de 94,35 milhões de toneladas. A estatal também alterou as projeções de consumo interno para o óleo de soja, que passam de 9,15 milhões de toneladas para 8,29 milhões de toneladas. A redução é explicada pela menor demanda doméstica após a decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de aumento, a partir de maio, do percentual de biodiesel ao diesel de 10% para 12%, e não em 15% como utilizado nas estimativas anteriores. Com a queda, as expectativas para a exportação de óleo subiram para 2,6 milhões de toneladas. A alta é motivada pela maior venda do produto para o mercado externo no primeiro trimestre de 2023, com elevação de 42,74% quando comparado com o mesmo período do ano passado. Este aumento é motivado pela quebra da safra da oleaginosa na Argentina. A menor colheita pelos agricultores argentinos também deve influenciar nos embarques de farelo de soja para o mercado externo, podendo chegar a 20,74 milhões de toneladas.

 

Fonte: Conab

Quinta, 13 de Abril de 2023
FPA protocola pedido de investigação e prisão contra líder do MST
FPA protocola pedido de investigação e prisão contra líder do MST Fonte: Frente Parlamentar Agropecuária

     As recentes falas de João Pedro Stédile, líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), ensejaram por parte da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) reações que levaram ao pedido de investigação, já protocolado junto ao Ministério Público do Distrito Federal, Procuradoria Geral da República (PGR), Ministério Público do Estado de São Paulo, Advocacia-Geral da União e Tribunal de Contas da União.

O presidente da FPA, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), ressaltou que a sociedade não pode ficar à mercê das ameaças protagonizadas por Stédile. De acordo com o líder da bancada, são falas danosas ao Estado de Direito e à Constituição.

     “Essas atitudes continuam gerando um clima de insegurança no campo para nossos produtores rurais. Nós da FPA, estamos indignados e fizemos questão de assinar os ofícios para que o autor dessas ameaças seja responsabilizado”, disse.

O mês de abril suscitou, por parte FPA, ações que visam coibir e punir, de forma mais incisiva, os crimes de invasões de terras que têm ocorrido de forma contínua desde fevereiro deste ano – até o momento há registro de 41 ocupações ilegais Brasil afora.

Em meio às ações destes movimentos, a FPA lançou, no último dia 4, a Campanha de Segurança no Campo, para alertar a população da gravidade das invasões e os reflexos para toda a sociedade, ao mesmo tempo que as incitações a ocupações ilegais seguem sendo feitas, inclusive, pelo líder do MST – João Pedro Stédile, que em um vídeo anunciou novas invasões para o mês de abril.

     Em entrevista concedida, nesta terça-feira (11), após reunião ordinária da FPA, o líder da bancada, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), ressaltou que o direito de propriedade consta na lei e será defendido pelos parlamentares. De acordo com o presidente, não cabe retrocessos dessa natureza em pleno 2023.

“Esse é um tema inegociável. Direito de Propriedade está na lei e invasão de terras está no Código Penal. Não há mistério sobre o que é certo e errado. A sociedade não vai aceitar esses crimes, muito menos vai querer viver cenas de terror desse tipo novamente”.

     Acerca dos vídeos em que o líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, afirma que o grupo fará “ocupações” em todo o Brasil, Lupion enfatiza que é uma incitação descabida ao crime. Para ele, cabe ao Governo Federal a responsabilidade de acalmar movimentos que são, historicamente, aliados do atual governo.

     “O Presidente da República chegou a usar boné do MST na campanha, então acredito que eles possam dialogar para impedir que essas situações ocorram. A propriedade privada precisa ser respeitada e esse anúncio de cometimento de crime feito pelo líder do movimento deve ser combatido pelas autoridades. Não é admissível que alguém diga que irá invadir e não seja imediatamente punido”, afirmou.

     Sobre a possível instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST, Pedro Lupion comentou que, se dependesse dele, já estaria instalada. No entanto, de acordo com ele, o processo depende de questões políticas. Ainda assim, Lupion acredita que ações reincidentes podem levar à abertura.

     “Precisamos aguardar o presidente Arthur Lira (PP-AL). Mas é óbvio, que a cada nova invasão é mais capaz que a CPI ocorra. Estamos atentos a tudo que está acontecendo para saber qual passo seguir”, garantiu.

Fonte: www.fpagropecuaria.org.br

Terça, 11 de Abril de 2023
CNA E IBDA promovem workshop Fiagro Descomplicado
CNA E IBDA promovem workshop Fiagro Descomplicado Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Instituto Brasileiro de Direito do Agronegócio (IBDA) promovem, na quarta (12), no auditório da Confederação, em Brasília, o workshop “Fiagro Descomplicado: Mercado de Capitais e o Financiamento do Agro".

Os presidentes da CNA, João Martins, e do IBDA, Renato Buranello, fazem a abertura do evento, a partir das 9h. Na sequência, haverá dois painéis, o primeiro com o tema "Agronegócio e Crédito Privado: o papel do mercado de capitais" e o segundo "Como funcionam os Fiagros: teses de investimento, gestão e principais agentes".

O Fundo de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagro) é um instrumento para buscar financiamentos privados para o agro. Neste contexto, a intenção é desmistificar os fundos e aproximar o produtor rural do mercado financeiro.

Após os painéis, haverá o lançamento da cartilha Fiagro – Fundos de Investimentos das Cadeias Produtivas do Agronegócio, que estará disponível gratuitamente em formato digital nos portais da CNA e do IBDA após o workshop.

O evento será gratuito e apenas presencial. Para se inscrever, acesse o link: https://direitoagro.com/eventos/ . As vagas são limitadas.

Serviço

O que: Workshop “Fiagro Descomplicado: Mercado de Capitais e o Financiamento do Agro"

Quando : Quarta-feira, 12 de abril

Onde: Auditório da CNA (SGAN, quadra 601, Módulo K)

Horário : 9h às 12h30

Assessoria de Comunicação CNA
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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Terça, 11 de Abril de 2023
Ministros debatem diretrizes para a elaboração do Plano Safra com foco na sustentabilidade
Ministros debatem diretrizes para a elaboração do Plano Safra com foco na sustentabilidade Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Os ministérios da Agricultura e Pecuária (Mapa), do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) estão elaborando em conjunto as diretrizes do Plano Safra 2023-2024, que terá como orientação principal a produção sustentável de alimentos. O tema foi debatido nesta segunda-feira (10) pelos ministros Carlos Fávaro, Marina Silva e Paulo Teixeira, em reunião na sede do Mapa.

Fávaro explicou que o Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária, conhecido como Plano ABC+, será o indutor das políticas agrícolas brasileiras, voltadas para a agropecuária de baixo carbono.

“Estamos com as nossas equipes definindo critérios, incentivos e oportunidades para que tenhamos uma agropecuária voltada à produção com baixa emissão de carbono”, disse. Segundo Fávaro, o novo Plano Safra terá um capítulo importante com diretrizes para o financiamento de atividades de agrofloresta e extrativismo.

De acordo com a ministra Marina Silva, o objetivo é que o Plano Safra seja a base da transição para a agricultura de baixo carbono. “E que a gente possa, a partir daí, mostrar que o Brasil pode ser ao mesmo tempo uma potência agrícola, mas também uma potencia ambiental e florestal”.

O ministro Paulo Teixeira disse que o Plano Safra deve incentivar a transição para uma agricultura regenerativa. “Podemos aumentar os estímulos para que a gente possa anunciar um grande Plano Safra para a agricultura do Brasil com esses ingredientes de uma agricultura regenerativa e ecológica”.

O novo Plano Safra deve ser lançado entre os meses de maio e junho e atenderá diferentes categorias de produtores rurais nos mais diversos segmentos.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Terça, 11 de Abril de 2023
Soja Baixo Carbono começa a estabelecer diretrizes da certificação
Soja Baixo Carbono começa a estabelecer diretrizes da certificação Fonte: EMBRAPA

O Programa Soja Baixo Carbono (PSBC) está avançando para a fase de proposição das diretrizes do protocolo que irá atestar a sustentabilidade da produção de soja brasileira, por meio da concessão do selo Soja Baixo Carbono (SBC) a sistemas de produção de soja que adotem tecnologias e práticas agrícolas que reduzam a intensidade de emissão de gases de efeito estufa (GEEs). Ainda no primeiro semestre de 2023 serão concluídas as diretrizes da metodologia que começará a ser validada na safra 2023/24 e continuará nesse processo por mais duas safras.

A jornada de inovação setorial para a construção do protocolo será compartilhada no 1º Fórum Soja Baixo Carbono, que está sendo realizado neste dia 11 de abril, em Londrina (PR). O Fórum marca o início das atividades conjuntas entre a Embrapa e as empresas apoiadoras do programa: Bayer, Bunge, Cargill, Coamo, Cocamar, GDM e UPL.

O Programa finalizou, em março de 2023, a série de oficinas técnicas internas com o envolvimento de, aproximadamente, 70 especialistas de 15 Unidades da Embrapa, onde foram levantados os temas relevantes e os desafios técnicos para a construção das diretrizes técnicas do programa. Também foram realizadas oficinas com as empresas-apoiadoras, visando identificar questões relevantes de mercado e de oportunidades para produtos soja baixo carbono. Com base nessas informações mapeadas, o programa entra agora na fase de definição das diretrizes técnicas e, no início do segundo semestre de 2023, inicia-se o processo de validação a campo do protocolo. 

As diretrizes trarão "o que medir e avaliar", ou seja, o que as áreas candidatas precisam adotar para obter o selo SBC. Durante a validação a campo, vamos fazer os ajustes sobre o "como medir" para implementar as diretrizes e assim ter uma metodologia bastante assertiva, explica. A adesão ao selo será voluntária e o protocolo aplicado via certificação privada e de empresas especializadas (certificação de 3ª parte). 


De acordo com o pesquisador Henrique Debiasi, da Embrapa Soja, a metodologia está focada na possibilidade de pagamento de serviços ambientais que poderão ser obtidas com eventuais bonificações advindos do selo SBC, financiamentos com taxas de juros mais atrativas, entre outros benefícios. “As mesmas práticas que reduzem as emissões de GEEs são as práticas que aumentam a produtividade e reduzem os custos, o que mostra que o produtor terá ganhos consequentemente”, destaca Debiasi. “O desafio técnico é que o custo de implantação seja compatível com benefícios. E que possamos atender as demandas de sustentabilidade do mercado”, declara.

Do ponto de vista da pesquisa, Debiasi destaca que outro desafio está relacionado ao fato da metodologia não ser apenas de verificação de conformidade - certificar que o produtor utilize boas práticas agrícolas - mas estabelecer parâmetros para comparar as áreas candidatas com o modal da região. “Outro desafio da metodologia é possibilitar que essas áreas sejam auditáveis, ou seja, demonstrem em números, de fato, o que é declarado em termos de redução das emissões ”, diz. 

Validação a campo - De acordo com a pesquisadora Roberta Carnevalli, da Embrapa Soja, o protocolo passará por validação em, pelo menos, cinco lavouras-piloto em cada uma das cinco macrorregiões sojícolas, o que representa aproximadamente 25 áreas de diferentes regiões produtoras do Brasil. A partir da validação dos critérios do protocolo, será elaborado um memorial descritivo, em forma de normativa, para registro junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária ou órgão indicado.

“O processo de validação precisa ser realizado com bastante critério, ao longo das três safras, para dar credibilidade às ações que devem ser implementadas pelos sistemas de produção candidatos a receber o selo SBC”, explica. “O protocolo precisa ser mensurável, reportável e verificável, com base em ciência, e ter aceitação internacional”, ressalta Carnevalli

A validação do protocolo será concluída em meados de 2026, seguida da operacionalização do selo SBC no mercado, fase que irá avançar paralelamente à obtenção dos resultados da validação dos critérios a campo. O escopo do PSBC prevê que a redução das emissões de GEEs na área candidata seja quantificada, utilizando-se como referência (linha de base) os sistemas de produção típicos (modal) de cada região. Esses sistemas, que contemplam as principais culturas agrícolas utilizadas e as práticas de produção adotadas na região já foram definidos e caracterizados pelo PSBC. 

O pesquisador Henrique Debiasi explica que o sistema modal na região de Londrina (PR), por exemplo, utiliza a soja no verão e o milho na segunda safra. De acordo com o pesquisador, nessa região, os registros mostram pouca utilização de rotação de culturas e sistema plantio direto (SPD) com ocasionais preparos de solo.

“Assim, um sistema de produção candidato ao selo SBC nessa região, ao adotar o sistema plantio direto (SPD) em sua plenitude - sem revolvimento do solo e com maior aporte de palha e raízes - irá acumular mais carbono no solo, na forma de matéria orgânica, do que o sistema modal. Esse aumento do carbono estocado no solo em relação ao modal será um dos critérios considerados no protocolo para atribuição do selo”, explica Debiasi.

“De qualquer forma, é importante destacar que não queremos criticar o sistema de produção praticado nas regiões produtoras, mas estimular a adoção das boas práticas agrícolas, o que consequentemente trará redução nas emissões de GEEs e fixação de carbono no solo”, defende.

Histórico de dados - A Embrapa já possui um histórico de dados com a quantidade de carbono estocado no solo em sistema de produção típicos de soja nas principais regiões produtoras do grão no Brasil. Nessa fase, o PSBC está quantificando a média desses estoques.  “A partir desse número regional parametrizado, as áreas que conseguirem ter valores mais altos de estoque de carbono que o modal da região, já são candidatas à obtenção do selo SBC”, diz Debiasi.

O Programa está contemplando ainda o tipo e a quantidade de insumos utilizados e outras boas práticas de manejo a campo, o que também impactam nas emissões de CO2. A proposta é que todas as boas práticas sejam contabilizadas e auditadas para serem comparadas com o modal da região. “Além do SPD, há um conjunto de tecnologias acessíveis aos produtores e que, quando adotadas, reduzem as emissões de GEEs em relação aos sistemas modais, sem prejuízo algum à produtividade, mostrando a adicionalidade necessária para concessão do selo SBC”, explica o pesquisador Marco Antonio Nogueira, da Embrapa Soja.

De acordo com Nogueira, são exemplos de tecnologias sustentáveis, as boas práticas para o uso eficiente de fertilizantes, a substituição parcial ou total de insumos químicos por bioinsumos, as cultivares mais produtivas e com tolerância/resistência a estresses bióticos e abióticos, o manejo integrado de pragas, doenças e plantas daninhas e a  fixação biológica do nitrogênio (FBN) .

“A aplicação de nitrogênio mineral na soja, prática desnecessária, mas que ainda é encontrada em parte do sistema de produção modal de algumas regiões, pode implicar na emissão de mais de 100 kg/ha de CO2-equivalente. Essa prática deve ser substituída pela adoção plena da FBN, o que é mais um exemplo de adicionalidade que será computada no protocolo SBC”, salienta Nogueira. 

Outra prática mitigadora é o Manejo Integrado de Pragas (MIP) e de doenças (MID). Levantamento realizado pela Embrapa em parceria com o Instituto do Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR) comprova que as áreas que adotam o conjunto de práticas do MIP e MID conseguem reduzir em 30% a aplicação de inseticidas e fungicidas, respectivamente.

“Um menor número de aplicações implica em menor consumo de diesel por hectare, reduzindo de forma direta as emissões de GEEs. O menor consumo de agrotóxicos também diminui indiretamente as emissões, pois há produção de GEEs na fabricação, armazenamento e transporte desses produtos”, explica Nogueira. 

A Embrapa Soja e Embrapa Meio Ambiente têm dados que mostram que a intensidade de emissões de efeito estufa (IGEE) relacionadas às operações mecanizadas (uso de diesel) e o uso de insumos químicos (fertilizantes e agrotóxicos) nos sistemas de produção típicos (modais) estão em torno de 400 kg de CO2-equivalente por tonelada de grãos produzidos.

O PSBC estima que o potencial de redução das emissões de GEEs poderá ser de até 50%, ao se adotar as tecnologias sustentáveis preconizadas pelo PSBC.  “Vale destacar que a soja brasileira, mesmo no sistema de produção modal, é mais sustentável que a de outros países produtores. O selo SBC sinaliza a intenção do Brasil de melhorar ainda mais os aspectos de sustentabilidade, o que certamente irá agregar valor à soja produzida”, diz Nogueira.

Inovação setorial na cadeia da soja  - O Programa Soja Baixo Carbono (PSBC) teve início em 2021 e foi concebido para ser uma iniciativa de inovação setorial. “Estamos em consonância com as demandas mundiais de redução das emissões de gases de efeito estufa em cadeias e produtos”, declara o chefe-geral da Embrapa Soja, Alexandre Nepomuceno.

“Neste sentido, entendo ser preciso um esforço de inovação setorial para estimular a mitigação, o sequestro de carbono e captura e estocagem de carbono no processo produtivo de soja. Nossa proposta é reconhecer os produtores rurais brasileiros que já vem utilizando as tecnologias sustentáveis, assim como ampliar a adoção de sistemas pautados pela sustentabilidade”, defende Nepomuceno.

Em termos metodológicos, Carina Rufino, chefe de Transferência de Tecnologias da Embrapa soja,  explica que o PSBC foi estruturado em duas frentes. “Uma delas alinhada com as premissas da rota tecnológica do projeto (escopo da marca, requisitos para quantificar as reduções de GEEs no sistema de produção e soja, entre outras questões)”, detalha Carina.

A outra rota procurou capturar a visão do mercado e as oportunidades de agregação de valor para o produtor. “Por isso, buscamos construir parcerias público-privada com diferentes elos da cadeia produtiva da soja, como cooperativas, traders de grãos, genética, indústrias químicas e de bioinsumos”, ressalta.

“O programa pretende trazer uma abordagem que atenda, de forma multidisciplinar, diferentes setores, e não fique restrita a apenas um segmento, por isso, há a visão de inovação setorial e construção de vantagem competitiva para a cadeia da soja frente aos desafios climáticos e de sustentabilidade para negócios”, defende Carina.

O Programa Soja Baixo Carbono adotou um modelo de inovação setorial e conta com parcerias de sete empresas apoiadoras: Bayer, Bunge, Cargill, Coamo, Cocamar, GDM e UPL, que estão trazendo diferentes contribuições por serem de diferentes ramos de atividades no agronegócio. “Além de financiarem a execução das ações necessárias para a construção e divulgação da marca, essas empresas estão contribuindo para trazer a visão do mercado na discussão dos critérios para a construção do protocolo do PSBC”, destaca Carina. 

Segundo Henrique Debiasi, o selo SBC visa diferenciar os produtores de soja que adotam práticas agrícolas que comprovadamente ajudam a mitigar as emissões de GEE por meio de protocolo MRV (mensurável, reportável e verificável) com certificação privada e de terceira parte e, consequentemente, contribuir para frear os efeitos indesejáveis das mudanças climáticas.  “Com essa diferenciação, abre-se possibilidades de agregação de valor à soja baixo carbono, por meio de pagamento por serviços ambientais, acesso a financiamentos com taxas de juros menores, penetração em mercados mais restritivos, entre outros”, diz Debiasi. 

O pesquisador afirma que a adesão dos produtores à marca será voluntária e irá requerer o atendimento a critérios de elegibilidade como atendimento à legislação ambiental e trabalhista e a adoção de boas práticas agrícolas, como o sistema plantio direto, a utilização das bactérias fixadoras de N e promotoras do crescimento e manejo integrado de pragas, doenças e plantas daninhas, entre outros critérios.

 Fórum Soja Baixo Carbono

A Embrapa Soja e as empresas apoiadoras do Programa Soja Baixo Carbono (Bayer, Bunge, Cargill, Coamo, Cocamar, GDM, UPL) realizam neste dia 11 de abril, o 1º Fórum Soja Baixo Carbono, durante a Exposição Agropecuária e Industrial de Londrina, para debater o panorama mundial e a conjuntura brasileira no contexto da agricultura de baixo carbono. 

O evento reúne aproximadamente 150 lideranças do agronegócio para promover intercâmbio de informações e discussões que colaborem com a sustentabilidade nos processos produtivos. Para abordar as oportunidades, as perspectivas e as tendências de produção no âmbito da agricultura de baixo carbono, o Fórum contará com a palestra de Fabiana Villa Diretora do Departamento de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas e Indicações Geográficas, do Mapa.

A programação técnica estará composta também da palestra sobre o Programa Soja Baixo Carbono, tema a ser abordado pelo pesquisador Henrique Debiasi. O pesquisador irá descrever os principais desafios técnicos encontrados no processo de inovação que engloba a construção da certificação da soja produzida em sistemas sustentáveis no Brasil.

Outro destaque da programação do Fórum Soja Baixo Carbono é o Talk Show sobre "Sustentabilidade, inovação setorial e estratégia de negócio nas cadeias de valor: a visão das empresas sobre o Programa Soja Baixo Carbono". Neste Talk Show participam os representantes das sete empresas apoiadoras do PSBC. 

A proposta é que os participantes compartilhem as estratégias que vêm adotando em termos de sustentabilidade nos sistemas de produção, assim como descrevam sua participação na construção de um protocolo de boas práticas agrícolas brasileiro e ainda de que forma o Programa Soja Baixo Carbono poderá contribuir com os avanços de todos os elos da cadeia produtiva da soja.

São eles: Alexandre Nepomuceno, chefe geral da Embrapa Soja; Fabio Passos, diretor de Carbono para a América Latina da Bayer; Pamela Moreira, gerente de Sustentabilidade América do Sul da Bunge; Letícia Kawanami, diretora para Sustentabilidade para Latam da Cargill; Aquiles Dias, diretor de Suprimentos e Assistência Técnica da Cooperativa Coamo; Renato Watanabe, gerente executivo da Cooperativa Cocamar; Tiago Gonçalves, gerente global de novos negócios da GDM e Rogerio Melo, gerente de carbono e sustentabilidade da UPL. A moderação será feita por Giovani Ferreira, jornalista e diretor de conteúdo do Canal Rural.

PSBC: construção do protocolo SBC com apoio multi-setorial 

Bayer - “Temos visto o desejo crescente por parte dos produtores em aprimorar
manejos sustentáveis e tornar o agro parte da solução para os desafios climáticos. É preciso ciência, transparência e colaboração, por isso a Bayer uniu esforços com diversos parceiros, incluindo a Embrapa, para a construção de um ecossistema de carbono no setor. Sem dúvidas, esta iniciativa será valiosa para apoiar quem adota boas práticas e viabilizar a descarbonização da indústria”, reforça Fabio Passos, diretor do negócio de Carbono da Bayer para a América Latina.

Bunge - "Entendemos que a agricultura do futuro é de baixo carbono e queremos ser o parceiro estratégico de clientes e produtores nesta jornada de transição, apoiando-os para aproveitarem as oportunidades advindas deste cenário. Nesse sentido, o selo SBC se alinha à nossa estratégia ao criar para o produtor um mecanismo de mensuração e valorização de práticas que reduzam as emissões de GEE e, assim, abrir a possibilidade para que diferentes modelos de negócios sejam estabelecidos com a finalidade de diferenciar e agregar valor à soja produzida com o uso integrado de práticas e tecnologias sustentáveis que reduzam o potencial de aquecimento global", destaca Pamela Moreira, Gerente de Sustentabilidade América do Sul da Bunge

Cargill - “A Cargill acredita que são necessárias amplas parcerias para direcionar o setor da soja a um futuro sustentável e para criar a transformação que aspiramos coletivamente. Estar neste projeto junto a importantes players é essencial para elevarmos o setor a um novo patamar. Esta iniciativa inédita da Embrapa ampliará nosso entendimento técnico sobre impactos ambientais associados à cadeia da soja, principalmente os relacionados às emissões de gases de efeito estufa, e sobre como a agricultura pode ser parte da solução no combate à mudança do clima. Com o desenvolvimento de um protocolo de certificação com base científica e reconhecimento internacional, esperamos poder incentivar a adoção de práticas e tecnologias de baixo carbono, evidenciar aspectos qualitativos e quantitativos de sustentabilidade da soja brasileira e agregar valor ao produto produzido com práticas que reduzam a emissão de carbono por tonelada de grão produzida”, ressalta Leticia Kawanami,Diretora de Sustentabilidade da Cargill

Coamo – “Nestes 51 anos de existência da COAMO foram consolidadas as diretrizes que guiaram as ações da cooperativa, com foco no desenvolvimento dos seus associados e das comunidades das suas regiões de atuação. E grande parte desse desenvolvimento, e do sucesso das propostas do cooperativismo de resultados, se deve à cultura da soja. Obteve-se uma crescente média de desempenhos e resultados, que proporcionaram muitas melhorias na qualidade de vida e no desenvolvimento do quadro social, sempre com os cuidados elementares na preservação dos recursos naturais. Mas o momento atual exige algo mais, pois a missão de produzir alimentos para o mundo deve ser combinada com o compromisso da preservação deste planeta para as futuras gerações, e o PSBC, vai ao encontro deste novo compromisso”, avaliam  Aquiles de Oliveira Dias, diretor de Suprimentos e Assistência Técnica e Marcelo Sumiya, gerente de Assistência Técnica.

Cocamar -  "Como cooperativa, nosso principal papel é assegurar o acesso de pequenos e médios produtores a oportunidades como esta. O Pagamento por Serviços Ambientais na agricultura é uma forma de reconhecermos os produtores que adotam as melhores práticas de agricultura conservacionista. Cada vez mais, a longa cadeia do agronegócio é cobrada por produzir mais em quantidade e qualidade, otimizando o uso de recursos naturais no processo produtivo. Desta forma, temos de um lado os produtores que merecem reconhecimento pelas boas práticas que adotam, e de outro lado os consumidores que querem saber a história por traz do seu alimento. Nossa expectativa é que o Protocolo Soja Baixo Carbono possa ser esse elo. Com transparência e credibilidade necessária, junto com o grupo, queremos cada vez mais reconhecer e incentivar a adoção de práticas que aumentem a produtividade e tragam ganhos ambientais. Queremos também trazer tranquilidade a todos os consumidores que a agricultura tropical é sustentável e conduzida por agricultores responsáveis", ressalta Renato Watanabe, Gerente Executivo da cooperativa Cocamar.
 
GDM – “O Programa Soja Baixo Carbono trará diversos benefícios à produção de soja brasileira do ponto de vista ambiental e econômico. É uma iniciativa que vai fortalecer nosso mercado, tornando um dos principais ativos mais valorizado e competitivo, ao atestar que a soja brasileira pode ser produzida de maneira sustentável e eficiente, adotando práticas e utilizando recursos que contribuem para a redução de emissões de gases de efeito estufa, além de promover os cuidados necessários com o meio ambiente. Ao unificar o conhecimento estratégico de diversas instituições do agronegócio, o programa ajuda aos agricultores a identificar as oportunidades envolvidas na produção de soja com baixo carbono. Já o selo assegura o cumprimento das diretrizes em respeito ao meio ambiente, além de manifestar aos mercados internacionais sobre o pioneirismo do Brasil em tornar a produção de soja mais qualificada. Sem dúvida, para nós é um privilégio fazer parte do PSBC e contribuir com os nossos 40 anos de conhecimento em genética de plantas. Estamos comprometidos em construir um programa que posicione o Brasil como referência em sustentabilidade ambiental a nível mundial”, reforça Tiago Gonçalves, gerente Global de Novos Negócios da GDM.
 
UPL - "Para a UPL – uma das cinco maiores empresas de soluções agrícolas do mundo – é motivo de orgulho participar do 1º Fórum Soja Baixo Carbono. Temos a honra de ser uma das sete empresas rigorosamente selecionadas para integrar o programa SBC, cuja metodologia de certificação dialogará com nossa meta global, que é reimaginar a sustentabilidade na produção de alimentos. Temos a convicção de que essa união de forças contribuirá para o aumento da produção brasileira, com benefícios para o país e para os agricultores, bem como para a sociedade, tendo em vista que por meio de lavouras eficientes poderemos cada vez mais contribuir para o futuro do planeta", afirma Rogério Melo, gerente de carbono e food value chain da UPL Brasil.

Lebna Landgraf (MTb 2903 - PR)
Embrapa Soja

 

Fonte: Embrapa

Imagem: ANeto/Arquivo Embrapa

Terça, 11 de Abril de 2023
“De onde virão os terneiros?”: seminário propõe formas de desenvolver a agropecuária gaúcha
“De onde virão os terneiros?”: seminário propõe formas de desenvolver a agropecuária gaúcha Fonte: Assessoria de Comunicação Senar - RS

Evento promovido pelo Senar-RS ocorre em Piratini (RS) nos dias 12 e 13 de abril, com visita a propriedades que demonstram bons índices reprodutivos no Estado

Quando bem feita, por meio de estratégia e conhecimento, a pecuária pode ser competitiva e grande aliada da agricultura. É o que mostra o seminário “De onde virão os terneiros?”, que integra a programação de mais um Fórum Permanente do Agronegócio em Piratini (RS), nos dias 12 e 13 de abril.

O primeiro dia do evento será dedicado para visitar três propriedades com diferentes perfis, mas que têm em comum a intensificação dos índices reprodutivos, principalmente em relação à taxa de desmame, que está em torno de 55% no Rio Grande do Sul. “Os indicadores mostram que essas propriedades se destacam em comparação à média da produção do Estado”, explica o Técnico do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS) Pedro Rodrigues. As propriedades visitadas apresentam números que chegam a 80% na taxa de desmame.

Pedro também destaca que o dia de campo é importante para aproximar os produtores: “Claro que é relevante um profissional, um técnico ou um pesquisador falar sobre produtividade, mas vemos a importância de quando um produtor explica diretamente para o outro”. Já no segundo dia de evento, a programação conta com palestras de tecnologias, manejos e estratégias para que esses índices reprodutivos sejam potencializados.

Rodrigues conta que essas são demandas dos produtores de Piratini, mas que as temáticas cabem para qualquer região do Estado. Uma outra pauta que será debatida é sobre o uso de reservas forrageiras para momentos de crise no inverno e no verão. Durante o frio, a geada reduz o campo nativo, da mesma forma que um verão muito seco pode prejudicar a produção – como foi o caso dos últimos dois anos.  Assim, o produtor precisa saber se preparar para sempre ter estoque de comida, seja em feno, seja em silagem, ou outras alternativas, e estar organizado para enfrentar as adversidades no campo.

O Senar-RS estará à disposição dos produtores no evento, levando esses dois dias de informação e muita troca de experiência e conteúdo. Segundo Pedro, o objetivo é disseminar conhecimento para que a pecuária se estabeleça com maior produtividade e seja uma parceira da agricultura, atingindo os benefícios das duas atividades na integração da lavoura-pecuária.

O evento é realizado pelo Senar-RS juntamente com a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) e apoio da Casa Rural e do Sindicato Rural de Piratini. As entidades oferecem almoço gratuito aos participantes no local.

Serviço: “De onde virão os terneiros?”

Quando: 12 de abril, às 8h (Dia de Campo); e 13 de abril às 8h (Seminário)

Onde: o encontro no dia de campo será em propriedades nos distritos de Piratini. No dia 13 de abril será no Parque de Exposições de Piratini

Quanto: entrada franca

Inscrições:

Informações para a imprensa:

Luísa Santini

Padrinho Conteúdo e Assessoria

(51) 9.9928-8882 / luisa@padrinhoconteudo.com