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Quinta, 06 de Abril de 2023
Produção industrial recua em janeiro em oito locais pesquisados
Produção industrial recua em janeiro em oito locais pesquisados Fonte: Agência Brasil

A Pesquisa Industrial Mensal Regional (PIM), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou queda de 0,2% da indústria nacional no acumulado em 12 meses, até janeiro. Houve recuo na produção industrial de 0,3% em oito estados em janeiro, com os maiores resultados negativos no Rio Grande do Sul (3,4%), São Paulo (3,1%) e Mato Grosso (2%). Também tiveram queda Rio de Janeiro (1%), Santa Catarina (1%), Pará (0,4%), Paraná (0,3%) e Bahia (0,2%).

Em movimento contrário, Espírito Santo e Pernambuco apresentaram expansões de 18,6% e 17,3%, respectivamente, as mais elevadas no mês. As demais variações positivas ficaram com Goiás (2,5%), Amazonas (2,4%), Ceará (1,5%) e Minas Gerais (0,6%).

A queda da produção industrial em São Paulo ocorreu depois do recuo de 0,8% no mês anterior e resultou em uma retração de 3,9% da indústria do estado nesses dois meses. Para o analista da pesquisa, Bernardo Almeida, o desempenho da indústria paulista, na comparação com dezembro, provocou a maior influência sobre o resultado nacional e foi impactado pelos setores de derivados de petróleo e de veículos.

“Podemos observar que, no mês de janeiro, a indústria automobilística costuma dar férias coletivas, e com isso, há queda de produção. Também há uma certa cautela na produção do setor, já que o desabastecimento de insumos e o encarecimento de matéria-prima vêm causando impacto no ritmo da produção”, explica o IBGE.

A pesquisa mostrou ainda que o recuo de janeiro no Rio Grande do Sul, relacionado ao setor de derivados de petróleo, eliminou o ganho de 1,9% registrado no mês anterior. Mas, segundo o analista, não foi o único impacto. O setor de produtos do fumo também exerceu uma influência negativa sobre a indústria gaúcha. “Além de ser a maior retração entre os locais investigados pela pesquisa, o resultado negativo da produção do Rio Grande do Sul foi o segundo de maior influência sobre o índice nacional”, diz o IBGE.

Já em Mato Grosso, a queda interrompeu dois meses seguidos de expansão, depois de acumular ganho de 9,3% no período. “Nesse estado, houve queda na produção de alimentos e, secundariamente, também houve o impacto negativo no setor de bebidas”, disse Bernardo Almeida.

Acumulado

Apesar da queda de 0,2% da indústria no acumulado em 12 meses, nove estados pesquisados apresentaram melhores desempenhos frente aos índices de dezembro de 2022. Entre eles, os principais ganhos foram no Ceará, de queda de 4,9% para queda de 2,9%; no Pará de menos 9,1% para menos 7,5%), em Minas Gerais (de -1,3% para 0,1%) e no Amazonas (de 3,8% para 5,1%). Já as maiores perdas foram em Mato Grosso (de 19,4% para 13,7%), no Espírito Santo (de -8,4% para -9,7%) e em Goiás (de 1,4% para 0,4%).

Atualizações

O IBGE informou que a divulgação da pesquisa de janeiro é a primeira após as atualizações na seleção de amostra de empresas e unidades locais e na lista de produtos investigados. Houve ainda alterações metodológicas, que buscam acompanhar as mudanças econômicas da sociedade. Além disso, foram incluídos três novos locais entre os pesquisados, o Rio Grande do Norte, Maranhão e Mato Grosso do Sul. A inclusão é porque esses estados atingem 0,5% do valor de transformação industrial (VTI), conforme a Pesquisa Industrial Anual Empresa (PIA).

O analista Bernardo Almeida disse que, nesse primeiro momento, só há resultados para os três novos locais no indicador interanual mensal, porque é necessário ter uma série maior para produzir dados mais precisos e robustos, que permitam efetuar a disseminação dos outros indicadores.

“Para o indicador do acumulado em 12 meses, por exemplo, ainda não é possível divulgá-lo por conta de sua própria metodologia, pelo fato de as séries históricas desses locais serem bem recentes”, explicou.

PIM Regional

De acordo com o IBGE, desde a década de 1970 a pesquisa produz indicadores de curto prazo, relativos ao comportamento do produto real das indústrias extrativas e de transformação. Mensalmente revela índices para 17 unidades da federação cuja participação é de, no mínimo, 0,5% no total do valor da transformação industrial nacional, e, também, para o Nordeste, como um todo. Os locais pesquisados são o Amazonas, Pará, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Região Nordeste, que apresentou crescimento de 6,1%.

Fonte: Agência Brasil – Cristina Indio do Brasil

Quinta, 06 de Abril de 2023
Entre 2019 e 2022 a taxa de formalidade no agro alcançou 40,1%
Entre 2019 e 2022 a taxa de formalidade no agro alcançou 40,1% Fonte: Frente Parlamentar Agropecuária

     Ao todo, 13,96 milhões de pessoas trabalharam na agropecuária e nas agroindústrias no ano passado

     Os últimos anos foram de intensas dificuldades para diversos setores da economia mundial, seja por conta da pandemia da Covid-19, ou pela Guerra no Leste Europeu. Fatos que modificaram paradigmas, especialmente no que diz respeito à forma de trabalho, que acrescentou a categoria “home office” ao estilo de vida de milhões de pessoas. Entretanto, o setor agropecuário brasileiro, mesmo sendo alvo das mesmas adversidades, seguiu o crescimento exponencial, gerou emprego, renda e se solidificou como protagonista do País.

Entre 2019 e 2022, por exemplo, a taxa de formalidade empregatícia do setor passou de 38,4% para 40,1%. De acordo com microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C), esse é o maior percentual da série histórica da pesquisa, que teve início em 2016.

     Para o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), as 359 mil vagas geradas no campo de 2019 a 2022, de empregos formais, provam que o agro cresce e se profissionaliza, além de buscar, constantemente, aperfeiçoamentos para aumentar a geração de oportunidade e renda para a população. 

“Ainda temos desafios, como elevar a qualificação de nossa mão-de-obra para operar com as novas tecnologias que chegam ao interior, bem como trabalhar ainda mais pela desburocratização da legislação, de maneira a facilitar a vida dos produtores rurais e oportunizar ainda mais empregos”, afirmou o presidente da Frente.

     O senador Zequinha Marinho (PL-PA), vice-presidente da FPA na Casa Alta, ressaltou que o crescimento dos empregos é resultado do trabalho contínuo do setor em prol do Brasil. De acordo com o parlamentar, o agro brasileiro tem liderado o sucesso de outros setores e do País.

“O aumento de empregos com carteira assinada pelo agro é mais uma evidência da força desse setor que tem puxado o crescimento da nossa economia. Dar melhores condições para que os empreendimentos agropecuários possam avançar, garante coisas como essa, o aumento da formalização no campo.     Quando lutamos pelo agro, estamos lutando pelo Brasil”.

     Para a ex-ministra, senadora Tereza Cristina (PP-MS), o pleno desenvolvimento do setor vem de uma organização de cinco décadas. A ex-líder da bancada destacou que, mesmo com a criação constante de interferências no setor, o agro brasileiro consegue se desenvolver cada vez mais.

“O setor está se unindo a cada dia e isso é reflexo de um trabalho intenso de muito tempo. O aumento da formalização do trabalho é reflexo da pujança e protagonismo do setor que é o principal motor da economia brasileira”.

Fonte: www.fpagropecuaria.org.br

Quarta, 05 de Abril de 2023
Comissão Nacional de Assuntos Fundiários debate segurança no campo
Comissão Nacional de Assuntos Fundiários debate segurança no campo Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

A Comissão Nacional de Assuntos Fundiários da CNA se reuniu, na terça (4), na sede da entidade, para tratar de temas como segurança no campo e dos projetos que tramitam no Congresso Nacional.

No encontro, o presidente da comissão, Marcelo Bertoni, que também preside o Sistema Famasul, reiterou a importância da urgência na aprovação de projetos de lei no Congresso Nacional, que buscam trazer maior segurança jurídica para os empreendimentos agropecuários e garantia de direito de propriedade.

A assessora de Relações Institucionais da CNA, Fabíola Melo, citou uma série de projetos de lei, principalmente aqueles prioritários para o avanço da regularização fundiária no país e segurança no campo.

Durante a reunião, o consultor de Segurança da CNA, Rodney Miranda, e o assessor técnico, José Henrique Pereira, apresentaram os principais encaminhamentos de um encontro que ocorreu na sede da entidade, no dia 23 de março, com a presença de secretários de segurança pública e representantes dos Estados, presidentes das Federações de Agricultura, além de comandantes das polícias civis e militares, para debater iniciativas de combate à criminalidade no campo.

Segundo eles, a ideia é que seja realizada parceria entre o Sistema CNA e o Conselho Nacional de Secretários de Segurança Pública (Consesp) para a criação de unidades especializadas de prevenção e combate a crimes rurais nas policias civis e militares.

Outro encaminhamento é a elaboração de um rol qualificado de índices de criminalidade no campo para monitoramento das questões agrárias ligadas ao meio rural.

O aperfeiçoamento da legislação Federal do tema e o estabelecimento da Política Nacional de Enfrentamento aos Crimes contra o Agro também foram citados pelos consultores.

Ainda na reunião, o assessor jurídico da CNA, Rodrigo Kaufmann, apresentou um resumo dos processos que estão tramitando no Supremo Tribunal Federal (STF) e que se referem às questões fundiária e ambiental.

Assessoria de Comunicação CNA
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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Quarta, 05 de Abril de 2023
Com mais de 40 mil amostras analisadas, Brasil segue livre de influenza aviária
Com mais de 40 mil amostras analisadas, Brasil segue livre de influenza aviária Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Para demonstrar que as aves domésticas comerciais e de subsistência do Brasil se encontram livres de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em conjunto com os Órgãos Executores de Sanidade Agropecuária (OESA), intensificou as ações de vigilância para a doença. Desde julho de 2022, já foram coletadas mais de 35 mil amostras de soros e aproximadamente 11.200 pools de suabes de traqueia e cloaca de aves em cumprimento ao Plano de Vigilância de Influenza Aviária e Doença de Newcastle.

“As ações visam detectar precocemente casos de IAAP, demonstrar a ausência da doença na avicultura comercial e monitorar a ocorrência de cepas de influenza aviária com importância para a Saúde Pública”, explica a coordenadora de Assuntos Estratégicos do Departamento de Saúde Animal, Anderlise Borsoi.

As amostras coletadas pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO) de todos os estados são analisadas na Rede de Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA). Até o momento, foram realizados 10.350 ensaios a partir dos suabes e todos deram negativos para influenza aviária.

Quanto às amostras de soro, já foram realizados 33.236 testes de ELISA (técnica utilizada para detectar ou medir o nível de anticorpos). Deste total, apenas 0,3% das amostras (93) resultaram positivas para a presença de anticorpos para o vírus influenza A. As amostras positivas foram tipificadas e anticorpos para os subtipos H1, H9, H13 e H16 do vírus influenza A foram detectados, subtipos estes de baixa patogenicidade e que não comprometem a avicultura nacional.

As ações de vigilância passiva, ou seja, aquelas voltadas para a investigação de casos suspeitos da doença, também se intensificaram. Neste ano, até 24 de março, foram encaminhadas ao LFDA-SP, laboratório de referência nacional e internacional para o diagnóstico da influenza aviária, 1.639 amostras coletadas pelo SVO em atendimento a 54 casos suspeitos de influenza aviária em todo território nacional.

“Esse número é seis vezes maior do que o número de notificações recebidas pelo Laboratório no mesmo período de 2022”, relata o coordenador-geral de Laboratórios Agropecuários, Rodrigo Nazareno. Todas as amostras suspeitas analisadas pelo LFDA-SP, que conta com estrutura biossegura nível NBA3 para manipulação deste tipo de material, obtiveram resultados negativos para influenza aviária.

Até este momento, os testes executados na Rede LFDA em atendimento ao Plano de Vigilância do Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA) evidenciam que, por ora, não há circulação de influenza aviária de alta patogenicidade no território nacional.  

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Quarta, 05 de Abril de 2023
Boletim Copaaergs: El Niño pode chegar ao Estado ao final do trimestre
Boletim Copaaergs: El Niño pode chegar ao Estado ao final do trimestre Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

O trimestre abril-maio-junho de 2023 deve passar por um período de neutralidade nas condições climáticas, com a possibilidade de evolução para um evento El Niño ao final do período. É o que aponta o Boletim trimestral do Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs), coordenado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). As previsões apresentadas pelo boletim são baseadas no modelo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Como principal destaque, o Estado pode ser impactado pela presença de frentes frias estacionárias e aumento nos volumes de chuva, com anomalias de precipitação e de temperatura, variando entre normal a ligeiramente acima da média.

O prognóstico climático indica, ainda, um aumento da precipitação, com desvios mais significativos entre maio e junho, sobretudo do Centro para o Sul do Estado, havendo ainda chance de chuvas ligeiramente abaixo da média em parte do Norte do Rio Grande do Sul no mês de abril. Localmente, algumas áreas do Centro, Sul e Leste já podem ter precipitações acima da média, embora com distribuição irregular.

Em relação às temperaturas, a tendência indica temperaturas próximas a ligeiramente acima da média no trimestre. Maior amplitude térmica é esperada no mês de abril e menor em junho. Ondas de calor, embora menos frequentes e de menor duração em relação ao verão, ainda ocorrem, especialmente em abril e junho.

Eventos extremos, com precipitação intensa e ondas de frio esporádicas são possíveis. Entretanto, frio mais rigoroso poderá ser observado em maio, mês com maior chance de geadas.

O boletim do Copaaergs é elaborado a cada três meses por especialistas em Agrometeorologia de 15 entidades públicas estaduais e federais ligadas à agricultura ou ao clima. O documento também lista uma série de orientações técnicas para as culturas do período.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Imagem: Fernando Dias

Quarta, 05 de Abril de 2023
Presidente do BC diz que arcabouço fiscal evita descontrole da dívida
Presidente do BC diz que arcabouço fiscal evita descontrole da dívida Fonte: Agência Brasil

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse hoje (5) que o arcabouço fiscal anunciado na semana passada vai evitar descontrole da dívida pública. “O que foi feito até agora elimina o risco de cauda para aqueles que achavam que a dívida poderia ter uma trajetória mais explosiva”, disse ao palestrar em um evento promovido pelo banco Bradesco, na capital paulista.

Neto disse que tem uma avaliação “superpositiva” das novas regras que devem substituir o teto de gastos e que reconhece o “esforço” da equipe econômica do governo federal.

O presidente da autoridade monetária ponderou, no entanto, que ainda é preciso saber se o texto passará por alterações no Congresso Nacional. “Eu acho que tem uma certa ansiedade ainda na parte das receitas, e a gente precisa observar como vai tramitar no Congresso”, acrescentou.

Nova regra

A nova regra fiscal limitará o crescimento da despesa a 70% da variação da receita dos 12 meses anteriores. O novo arcabouço combinará um limite de despesa mais flexível que o teto de gastos com uma meta de resultado primário (resultado das contas públicas sem os juros da dívida pública).

Dentro desse percentual de 70%, haverá um limite superior e um piso, uma banda, para a oscilação da despesa, com desconto do efeito da inflação.

Em momentos de maior crescimento da economia, a despesa não poderá crescer mais de 2,5% ao ano acima da inflação. Em momentos de contração econômica, o gasto não poderá crescer mais que 0,6% ao ano acima da inflação.

Inflação

Em outro evento, promovido pela Esfera Brasil, Campos Neto disse que a inflação no Brasil, que tem dificultado a queda na taxa básica de juros, tem parte da sua origem em um aumento da demanda por produtos. “A gente tem a linha de serviços voltando, o consumo de serviços voltou para a linha de tendência. Mas o de bens, não. Ele está muito acima da linha de tendência. Você teve um deslocamento da demanda de bens que foi estrutural”, analisou.

Segundo ele, essas pressões inflacionárias acabam se refletindo em outras áreas, como no mercado de energia. “Se eu tenho um aumento na demanda de bens que é estrutural, eu também tenho um aumento na demanda de energia que é estrutural. Porque para o mesmo valor agregado de bens, eu consumo quase cinco vezes mais energia do que de serviços”, disse.

O presidente do Banco Central atribuiu, em parte, esse movimento aos benefícios concedidos para conter os efeitos da pandemia de covid-19 sobre a economia. “Foi colocado muito dinheiro em circulação através de benefícios monetários e fiscais. Só de fiscais foram R$ 9 trilhões em uma economia de R$ 80 trilhões, mais de 10%”, ressaltou.

Campos Neto defendeu a política monetária, que tem mantido a taxa básica de juros em um patamar elevado para conter a inflação. “A gente tenta suavizar o ciclo. A gente olha para frente. A gente entende que os juros altos causam esses impactos na parte produtiva. A gente tenta suavizar isso, porque o nosso trabalho é fazer isso na forma que cause o mínimo de dano possível a economia”, destacou.

De acordo com ele, apesar das dificuldades causadas na economia no momento, a política monetária evita problemas maiores no futuro. “O custo de combater a inflação é muito alto e é sentido a curto prazo. O custo de não combater é muito mais alto e é muito mais nocivo e mais perene.”

Fonte: Agência Brasil – Daniel Mello

Quarta, 05 de Abril de 2023
CNA recebe representante da Embaixada da Bélgica
CNA recebe representante da Embaixada da Bélgica Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniu, na terça (4), com o primeiro secretário da Embaixada da Bélgica, Geert Van Dessel, para debater o sistema produtivo de integração vertical e a questão dos defensivos agrícolas.

O representante europeu solicitou o encontro, realizado com as diretorias Técnica e de Relações Internacionais da CNA, para obter informações sobre a legislação brasileira relacionada aos dois temas.

O diplomata esteva na última edição do AgroBrazil, que aconteceu em março passado em Santa Catarina, e conheceu o regime de integração vertical. Este sistema é bastante utilizado na avicultura e suinocultura, englobando grande parte da produção brasileira.

O coordenador de Produção Animal da CNA, João Paulo Franco, e o assessor técnico da Comissão Nacional de Aves e Suínos, Rafael Filho, explicaram também o funcionamento e a atuação das Comissões para Acompanhamento, Desenvolvimento e Conciliação da Integração (Cadecs).

As Cadecs estão previstas na Lei da Integração (13.288/2016) com o intuito de mediar a relação entre produtores e indústrias dentro do regime de integração vertical.

A coordenadora de Produção Agrícola, Júlia Almeida, explicou sobre o nível de rigor dos procedimentos para o registro de defensivos agrícolas no país, as atribuições dos órgãos de governo neste processo e os programas oficiais que analisam a presença de resíduos em alimentos, como o Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes em Produtos de Origem Vegetal (PNCRC) .

Também participaram da reunião as assessoras de Relações Internacionais da CNA Rita Padilla e Elena Castellani.

Assessoria de Comunicação CNA
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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Terça, 04 de Abril de 2023
Condições meteorológicas do verão 2022/2023 impactaram produção de leite no RS
Condições meteorológicas do verão 2022/2023 impactaram produção de leite no RS Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

POR ELAINE PINTO

O verão 2022/2023, com estiagem e temperaturas acima da média histórica, teve grande impacto na produção leiteira do Rio Grande do Sul, ocasionando baixa condição corporal das vacas em lactação por má qualidade ou falta de pastagens, falta de água disponível ou perdas nas safras de grãos destinados à nutrição dos animais. É o que aponta o Comunicado Agrometeorológico 51 - Especial Biometeorológico Verão 2022-2023, editado pelo Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi).

O Comunicado analisa as condições meteorológicas ocorridas no período, como precipitação pluvial, temperatura e umidade do ar. Utilizando o Índice de Temperatura e Umidade (ITU),  a publicação documenta e identifica as faixas de conforto/desconforto térmico às quais os animais foram submetidos, estimando os efeitos na produção de leite.

“A avaliação do trimestre evidenciou períodos consideráveis de estresse térmico impostos aos animais, com elevadas estimativas de queda de produção de leite em todas as regiões do Estado. O quadro se acentuou em vacas lactantes de alta produção, afetando o retorno econômico dos produtores rurais”, detalha a pesquisadora Ivonete Fátima Tazzo. 

Dentre as regiões do Estado, o Vale do Uruguai (municípios de Frederico Westphalen e Santa Rosa) se destacou como a que registrou maiores períodos de desconforto térmico impostos aos animais.

O Comunicado também lista algumas medidas que podem ser adotadas para mitigar os efeitos de condições meteorológicas com potencial de gerar estresse térmico aos animais.

A publicação é uma iniciativa do Grupo de Estudos em Biometeorologia, constituído por pesquisadores e bolsistas das áreas da Agrometeorologia e Produção Animal.

O Comunicado Agrometeorológico Especial - Biometeorológico tem publicação trimestral e está disponível na seção de Agrometeorologia da Seapi: www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Imagem: Fernando Dias

Terça, 04 de Abril de 2023
Integração lavoura-pecuária acumula mais carbono no solo que sucessão de culturas de grãos
Integração lavoura-pecuária acumula mais carbono no solo que sucessão de culturas de grãos Fonte: EMBRAPA

Uma pesquisa da Embrapa Arroz e Feijão (GO) estimou a taxa de acúmulo de carbono em solo de cerrado em Goiás considerando o sistema de integração lavoura e pecuária (ILP) comparado ao sistema de sucessão de cultura de grãos (soja-milho), tanto em plantio direto quanto em plantio convencional. O resultado aponta para um incremento de carbono retido no solo em ILP, ao longo de 20 anos, projetados para o período entre 2019 e 2039.

A projeção do acúmulo de carbono foi estipulada para o perfil de solo até a profundidade de 30 centímetros e o resultado é que os maiores valores de carbono acumulado foram para os sistemas em ILP, em plantio direto, sendo que dois arranjos (ILP1 e ILP2, veja detalhes abaixo) apresentaram taxa de acúmulo de carbono no solo entre 0,60 e 0,90 tonelada por hectare ao ano. Isso representa um aumento em mais de três vezes de carbono retido no solo, quando comparado aos mais altos desempenhos dos sistemas de sucessão entre soja e milho, que alcançaram taxa de acúmulo de carbono no solo em torno de 0,11 e 0,21 tonelada por hectare ao ano em plantio direto.  

Trabalho de simulação

O estudo valeu-se da série histórica de dados de plantio e manejo de área em ILP na Fazenda Capivara, pertencente à Embrapa e localizada em Santo Antônio de Goiás (GO). O banco de informações de manejo registrado desde 1990 abasteceu um modelo, conhecido por CQESTR, que simula o comportamento de carbono em solo de lavouras e é utilizado para projetar como diferentes práticas de manejo afetam a dinâmica do carbono. 

No trabalho, dois sistemas em ILP foram simulados dentro do CQESTR e repetidos ao longo do tempo de avaliação. O primeiro (ILP1) incluiu o cultivo do milho na safra de verão, seguido de quatro anos e meio de pastagem de braquiária. O segundo (ILP2) foi de soja na safra de verão, sucedida por pousio no primeiro ano, com posterior semeadura de arroz de terras altas, seguida de pousio novamente no segundo ano; e em sequência o plantio de milho com, por fim, três anos e meio de pastagem de braquiária. Em relação à sucessão de culturas (soja-milho), foram consideradas alternâncias de cultivos anuais no verão, assim como com períodos de pousio; ou ainda sucessões entre as duas culturas (safra e safrinha).

A pesquisadora da Embrapa Beata Madari é uma das responsáveis por esse trabalho. Ela contou que esse resultado vai ao encontro de outros estudos da área e pode ser explicado pela presença da forrageira braquiária, que apresenta forte enraizamento em profundidade no solo, o que, além de reciclar nutrientes, ajuda a aumentar o estoque de carbono no sistema pelo aporte de biomassa radicular e também aérea em sistemas ILP. Ainda segundo Madari, uma taxa de acúmulo de carbono de 0,9 tonelada por hectare ao ano surpreendeu os pesquisadores, pois trata-se de um valor alto levando em consideração a situação diagnosticada inicialmente nas condições da fazenda da Embrapa em Goiás, que apontou para um solo argiloso (mais de 50% de argila) e com teor entre baixo e médio de carbono, aproximadamente 2%.

Rede Internacional

O resultado alcançado pelo trabalho científico pode ser comparado ainda com outras pesquisas acerca do acúmulo de carbono no solo. Uma das principais organizações no mundo sobre o tema é a Iniciativa 4 por 1000 – solos em prol do clima e da segurança alimentar. A Iniciativa reúne uma rede internacional de colaboradores, abrangendo instituições de ensino e de pesquisa, associações de agricultores, governos, organizações internacionais, e segmentos da agroindústria e empresarial. Ela preconiza práticas sustentáveis de manejo do solo para o alcance de uma taxa média de acúmulo anual de carbono de 0,4% (ou 4 por mil) do estoque de carbono atualmente presente no solo. Para as condições da área experimental no Cerrado brasileiro isso significa em torno de 0,26 tonelada por hectare ao ano. Esta taxa, entretanto, pode variar, dependendo das condições de clima e solo regionais. 

De acordo com a pesquisadora Madari, como os resultados obtidos na pesquisa realizada foram superiores, isso sinaliza que o manejo sustentável do solo e de culturas no Cerrado pode desempenhar um papel muito importante para a mitigação da emissão de gases de efeito estufa como o dióxido de carbono (CO2). 

A Iniciativa 4 por 1000 foi lançada durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2015 (COP 21), em Paris (França). A Embrapa é uma das instituições que integra essa organização e a pesquisadora Beata Madari faz parte do comitê técnico-científico.

 

Mercado de carbono

A taxa anual de acúmulo de carbono em ILP, em plantio direto, obtida nesse trabalho traz também novos elementos para o debate científico. De acordo com o pesquisador da Embrapa Pedro Machado, existem outros estudos que chegam a valores até maiores de captura de carbono em ILP: taxas anuais de acúmulo de até uma tonelada por hectare ao ano. Porém, segundo o cientista, são pesquisas conduzidas geralmente em pequena escala, em parcelas, e com duração de poucos anos ou safras. Nesse sentido, ele ponderou que o uso do modelo CQESTR foi um diferencial. “Essa ferramenta de simulação foi fundamental, pois nos permitiu utilizar virtuosamente a base de dados de quase trinta anos sobre os cultivos na fazenda da Embrapa e projetar ao longo do tempo a dinâmica de acúmulo de carbono em função do preparo de solo e manejo agrícola. Com isso, podemos estender o tempo de análise sobre o efeito da ILP em relação ao sequestro de carbono e alcançar um resultado que acreditamos predizer melhor o comportamento do sistema de produção”, comentou o pesquisador.

Machado complementou que o CQESTR é um programa empregado para investigações científicas dentro e fora do Brasil, só que aqui no País foi utilizado apenas para situações em regiões tropicais do Nordeste e Sudeste, e agora foi testado e aprovado para as condições do bioma Cerrado.

Outra questão mencionada pelo pesquisador foi que o estudo, além de abrir a possibilidade de quantificar mais apuradamente o acúmulo de carbono por um sistema de produção agrícola, permite projetar no futuro o quanto de carbono será armazenado pelo solo. Nesse trabalho, por exemplo, a projeção foi estipulada para o período de 2019 a 2039. Essa perspectiva, conforme Machado, insere a pesquisa como um ponto de apoio e de qualificação para o debate que vem sendo feito no Brasil sobre a regulamentação de um mercado de crédito de carbono, assim como para o estabelecimento de estratégias fundamentais para a sustentabilidade da agropecuária e para o desenvolvimento de políticas públicas nacionais.

O estudo é parte da tese de doutorado, defendida na Universidade Federal de Goiás (UFG) pela pesquisadora Janaína de Moura Oliveira, intitulada: “Carbono no solo em sistemas integrados de produção agropecuária no Cerrado e na transição Cerrado – Amazônia”. Esse trabalho contou ainda com participações do escritório da Embrapa Labex-Estados Unidos e Universidade do Arkansas (UARK), dos Estados Unidos.

 

Fonte: Embrapa

Imagem: Francisco Lins

Terça, 04 de Abril de 2023
Em reunião ministerial, Fávaro apresenta balanço das ações do Mapa nos 100 dias de governo
Em reunião ministerial, Fávaro apresenta balanço das ações do Mapa nos 100 dias de governo Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

O ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro, participou nesta segunda-feira (3) da reunião ministerial dos setores produtivo e institucional com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os ministros fizeram um levantamento das ações de cada pasta para a reunião de balanço de 100 dias de governo que será realizada na próxima segunda-feira (10). 

Durante a abertura da reunião, o presidente Lula citou Fávaro e os resultados da recente missão à China. “Se olhar para a cara do ministro Fávaro, que voltou da China com um grupo de empresários, vocês vão perceber que é 150% de otimismo”, disse o presidente. Fávaro deve retornar à China a convite do presidente Lula, que sai de Brasília na próxima terça-feira (11).

Lula convidou Fávaro para retornar à China junto com ele e a comitiva presidencial, na próxima terça-feira (11). 

Lula também afirmou que a economia brasileira terá desempenho melhor do que os pessimistas apostam. “Vamos ver o que vai acontecer quando as pessoas começarem a produzir mais, quando as pessoas começarem a comprar mais, começarem a vender mais. A gente vai perceber que a economia vai dar um salto importante”, disse. 

O encontro ministerial faz parte da agenda preparatória para o balanço dessa primeira etapa de governo. Os investimentos que serão priorizados a partir desse marco devem ser anunciados nos próximos dias. Anteriormente, o presidente já havia tido reuniões específicas com ministros de áreas sociais e de infraestrutura. 

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento