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Segunda, 17 de Abril de 2023
Estudo aponta desafios do seguro rural em meio a mudanças climáticas
Estudo aponta desafios do seguro rural em meio a mudanças climáticas Fonte: Agência Brasil

No ano passado, a produção agropecuária caiu 1,7% no Brasil em relação ao resultado de 2021, e as mudanças climáticas têm sido responsáveis por expressivas quebras de safra. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o aumento da frequência de eventos climáticos adversos contribuiu para elevar as indenizações do seguro rural e reduziu a oferta disponível, deixando os produtores rurais com menor cobertura.

O estudo do Climate Policy Initiative, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (CPI/PUC-Rio), que constrói um mapeamento sobre o seguro rural no Brasil e propõe ações efetivas para segurança da agropecuária brasileira, diante das mudanças climáticas, tem foco na cobertura da soja. No ano agrícola 2021/2022, a forte estiagem levou as indenizações a crescer mais de quatro vezes em relação à safra anterior, conforme dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep).

Além de o Brasil ser o maior produtor mundial de soja, o cereal é o principal item do setor agrícola nacional e o produto mais segurado. A cultura da soja tem se expandido no país, mas os produtores estão cada vez mais sujeitos a uma série de riscos climáticos que podem gerar perdas.

Por causa da diversidade climática e geográfica do país, algumas localidades estão mais expostas a riscos do que outras. Segundo os pesquisadores do CPI/PUC-Rio, os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e da Bahia, o noroeste do Rio Grande do Sul e o oeste do Paraná têm grande produção de soja e alta variabilidade na produtividade, um possível indicador de instabilidade associada a eventos climáticos.

Produção e risco de perdas

Os instrumentos de gerenciamento de risco ajudam os produtores rurais a se proteger dos riscos naturais. O estudo mostra que a cobertura de seguro rural da soja está concentrada nas Regiões Sul e Centro-Oeste. A Região Sul responde por 60% do número de apólices e 43% do valor dos prêmios, apesar de ter produzido apenas 37% da soja entre 2006 e 2018. Já a Região Centro-Oeste, responsável pela maior parcela de área plantada (45%) e valor produzido (44%), concentrou 20% das apólices de seguro e 34% dos prêmios pagos no mesmo período.

A cobertura de seguros para soja expandiu-se nos últimos anos. O número de municípios com seguro aumentou 22% entre 2008 e 2018. Entretanto, mais de mil municípios permanecem sem nenhuma cobertura de seguros. O estudo identificou grandes regiões produtoras de soja com baixa cobertura de seguros, como é o caso de boa parte do estado de São Paulo, do oeste de Santa Catarina e de parte do norte do Rio Grande do Sul.

Apesar da recente expansão da produção de soja e do setor de seguros nessas regiões, o crescimento da cobertura não foi proporcional. A Região Nordeste apresenta proporção similar de área plantada (8%), valor produzido (8%) e prêmios de seguro rural (9%), e maior proporção no volume de indenizações (18%). Isso sinaliza que a região tem alto risco de perdas. 

A gerente sênior de pesquisa do CPI/PUC-Rio e coordenadora do estudo, Priscila Souza, destaca que a adoção de práticas modernas e sustentáveis, que contribuam para a adaptação e a mitigação das mudanças climáticas, requer investimentos consideráveis.

Priscila afirma que os produtores precisam de instrumentos financeiros adequados para lidar com os riscos envolvidos. “A oferta de seguros deve ser expandida para produtores e regiões com acesso limitado a produtos financeiros e que são mais vulneráveis a eventos climáticos.”

Identificação das causas 

Os pesquisadores investigaram as variáveis climáticas mais relevantes para explicar as perdas na produção de soja. Os resultados indicam que, no Brasil, a produção é afetada principalmente por secas e chuvas excessivas. Precipitação, risco de fogo e vento são as variáveis climáticas que mais influenciam a probabilidade de estiagem e de ocorrência de perdas.

Maiores índices de risco de fogo estão relacionados a maiores riscos de seca. E a ocorrência de chuvas fortes e tempestades está associada ao excesso de precipitação e à velocidade elevada do vento. Além de Priscila, participaram do estudo os pesquisadores Mariana Stussi e Wagner Oliveira. 

“Identificar essas variáveis climáticas é importante para a previsão de perdas futuras e, por conseguinte, para orientar a implementação de políticas públicas e de ações efetivas por parte das seguradoras”, conclui Priscila, que defende estímulo do governo à expansão do seguro rural. De acordo com Priscila, isso pode ser feito com investimentos no Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural, redução do custo de aquisição das apólices, aprimoramento do o Zoneamento Agrícola de Risco Climático e fortaleceimento do mercado de resseguros no Brasil. Em um cenário de maior risco, as resseguradoras se tornam cada vez mais importantes, afirmam os pesquisadores.

Fonte: Agência Brasil – Francisco Eduardo Ferreira

Imagem: CNA/Wenderson Araujo/Trilux

Segunda, 17 de Abril de 2023
BNDES e Mapa anunciam R$ 2 bilhões de crédito rural para financiamento em dólar
BNDES e Mapa anunciam R$ 2 bilhões de crédito rural para financiamento em dólar Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta segunda-feira (17) uma linha de financiamento rural em dólar com taxa fixa que será destinada a produtores rurais que tenham receitas ou contratos em dólar. O valor disponibilizado inicialmente é de R$ 2 bilhões, e a taxa de juros será de 7,59% ao ano, mais a variação cambial. 

O crédito é destinado para a aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas de qualquer espécie, de fabricação nacional para a ampliação da mecanização, a renovação e atualização tecnológica da frota de tratores e colheitadeiras agrícolas, viabilizando maior produtividade no campo. Para ter acesso ao financiamento, o produtor deve ter receitas ou contratos em dólar ou atrelados à variação cambial e ter limite de crédito nos bancos parceiros, que devem receber nesta terça-feira (18) a circular informando sobre a nova linha.  

O ministro Carlos Fávaro explicou que as linhas de crédito com equalização de juros pelo Tesouro continuarão sendo oferecidas para produtores que não tenham receita atrelada às vendas internacionais. "Quem produz leite, feijão, arroz, terá que ter linhas de crédito em reais. E para isso vamos estruturar novas linhas, inclusive com a participação do Tesouro. Mas os produtores que têm a sua receita atrelada à venda internacional não têm risco em fazer a operação dolarizada e também não tem custo para o Tesouro. Essa é uma nova forma de financiar o agro exportador, é um modelo inteligente, que não pesa nos cofres públicos e dá competitividade aos nossos produtores", disse o ministro, que participou do anúncio por videoconferência. 

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, disse que a nova linha de financiamento vai possibilitar a compra de silos, tratores, máquinas, além de investimentos em inovação no campo. “Queremos uma agricultura de precisão, que inova e tenha eficiência”, disse, lembrando que o aumento das exportações do agro permite a segurança aos produtores para pegar essa linha de financiamento. 

Os produtores rurais poderão contar com essa nova alternativa de financiamento a partir de maio. Para obter o financiamento, o produtor deve buscar um dos agentes financeiros credenciados ao BNDES. 

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Sexta, 14 de Abril de 2023
Especialistas destacam importância do crédito privado para o agro
Especialistas destacam importância do crédito privado para o agro Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Nos painéis do workshop “Fiagro Descomplicado: Mercado de Capitais e o Financiamento do Agro”, especialistas destacaram a importância do crédito privado para o desenvolvimento do setor e a necessidade de aproximação dos investidores com o produtor rural.

O evento foi promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Instituto Brasileiro de Direito do Agronegócio (IBDA), em Brasília, na quarta (12), para desmistificar os Fundos de Investimentos nas Cadeias Agroindustriais (Fiagro).

No painel 1º sobre “Agronegócio e Crédito Privado: O papel do Mercado de Capitais”, o diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi, falou sobre a evolução do setor com crédito rural e adoção de tecnologias, lembrando que isso tornou o Brasil competitivo, mas para permanecer nesse ritmo, é necessário recurso.

"A cada ano a demanda por recursos é maior porque a evolução tecnológica não para e o produtor sabe que precisa implementar tecnologias para continuar tendo rentabilidade."

Lucchi afirmou que a CNA tem trabalhado para se ter uma política direcionada que chegue até o produtor e defendeu o seguro rural que, segundo ele, é uma das principais bandeiras da entidade.

Ele ressaltou que é necessário priorizar o seguro rural no crédito oficial, direcionando o recurso para o pequeno e o médio que são os que mais demandam, e quebrar as barreiras que existem, no mercado de capitais, tanto do lado do produtor quanto dos investidores, para “conhecerem o agro brasileiro e saberem como podem colocar recursos no setor”.

Lucchi disse ainda que a missão agora é traduzir a temática para uma linguagem mais acessível ao produtor rural, como a cartilha lançada durante o workshop em parceria com o IBDA. “Não é um trabalho fácil, mas precisa começar agora.”

Erik Oioli, sócio e conselheiro do IBDA, falou sobre o mercado de capitais e destacou o Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), a Lei do Agro (13.986/20) e o Fiagro como importantes instrumentos para aproximação entre produtor rural e mercado privado.

“O Fiagro foi um passo importante e um instrumento versátil criado depois da lei do agro. E não será por falta de instrumentos que os investimentos no agro não vão acontecer.”

Bruno Gomes, superintendente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), afirmou que hoje existem mais de 70 Fiagros registrados na comissão e a ideia é ter um Fiagro que faça “de tudo e que possa até investir em ativos ambientais e crédito de carbono”.

Atualmente existem três modalidades do Fundo: Fiagro Direitos Creditórios, Fiagro Imobiliário e Fiagro Participações. “Existem vários caminhos e o produtor pode se beneficiar de várias formas.”

No 2º painel “Como funcionam os Fiagros: teses de investimento, gestão, e principais agentes”, os palestrantes reforçaram a necessidade de aproximar o produtor do mercado privado para ter acesso a mais recursos.

João Henrique Hummel, sócio da Vallya Agro, disse que o Fiagro vai trazer transparência e facilitar o acesso ao crédito.

"O produtor precisa ter uma alternativa onde ele assuma o papel dele e possa ir direto aos fundos, diminuindo os custos, dando total transparência e governança a esse processo.”

Renato Barros Frascino, head de Agronegócio da Opea Securitizadora, e José Alves Ribeiro Jr, sócio do VBSO Advogados, destacaram as mudanças que devem acontecer esse ano como a regulação específica do Fiagro e a simplificação dos requisitos para securitização de recebíveis.

Assessoria de Comunicação CNA

Fotos: Wenderson Araujo e Eglanen Nascimento
 

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Sexta, 14 de Abril de 2023
Estado atinge 82% de área colhida
Estado atinge 82% de área colhida Fonte: IRGA

A colheita do arroz se encaminha para o seu término no Rio Grande do Sul. Nesta semana, os produtores orizícolas registraram 688.856 hectares dos 839.972 ha semeados no Estado. Isso representa que 82,01% da área total já foi colhida, faltando pouco menos de 18 pontos percentuais para a conclusão dos trabalhos (cerca de 151 mil hectares).
 

Os dados divulgados pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) são organizados pela Divisão de Assistência Técnica e Extensão Rural (Dater), a partir de informações coletadas pelas equipes dos Núcleos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Nates) da autarquia diretamente junto aos produtores gaúchos.

Quatro regionais estão com mais de 80% da área colhida. É o caso da Planície Costeira Externa, que já está com 91,38%: 85.833 ha de um total semeado de 93.927 ha. A Campanha aparece nesta semana com 87,29%: 106.978 ha de 122.548 ha. A Fronteira Oeste também está bem adiantada, com 84,74%: 212.789 ha de 251.096 ha. E a Zona Sul atingiu 81,64%: 112.326 ha de 137.583 ha.

Os produtores da Planície Costeira Interna registram nesta semana 79,71%: 97.857 ha de um total de 122.767 ha. E a região Central contabiliza 65,21%: 73.073 ha de 112.051 ha.

Fonte: Irga

Sexta, 14 de Abril de 2023
Semeadura das pastagens de aveia avança no Estado
Semeadura das pastagens de aveia avança no Estado Fonte: Emater

O período é marcado pelo vazio forrageiro outonal, com o encerramento do ciclo das espécies de verão e o início do desenvolvimento das forrageiras de inverno. Conforme o Informativo Conjuntural produzido e divulgado nesta quinta-feira (13/04) pela Emater/RS-Ascar, a semeadura das pastagens de aveia continua avançando, e aquelas estabelecidas entre o final de fevereiro e início de março receberam adubação em cobertura, onde possível, para estimular o perfilhamento. Espera-se que o comportamento mais precoce da aveia forrageira consiga amenizar os impactos do vazio forrageiro, principalmente no início deste outono, devido ao encerramento antecipado do ciclo das pastagens cultivadas de verão.

Na bovinocultura de corte, em razão do final do ciclo das pastagens de verão, e pelo fato de as espécies hibernais ainda estarem sem condições de dar o suporte nutricional necessário aos rebanhos, o período é marcado principalmente pelo ajuste de lotação. Essa operação beneficia os produtores que utilizam a subdivisão e a rotação das áreas de pastejo ou aqueles que podem aproveitar as áreas de estevas das lavouras de soja e arroz para complementação da alimentação dos rebanhos.

Na bovinocultura de leite, mesmo com a retomada do crescimento das forragens a campo, a oferta de alimentos e de água em quantidade e qualidade suficientes para a atividade leiteira ainda é limitada em algumas regiões. O custo de produção continua elevado, pois tem sido pouco expressiva a participação das pastagens na dieta das matrizes. As temperaturas mais baixas beneficiam o bem-estar das matrizes, que podem acessar as pastagens sem maiores restrições e, também, consumir maiores quantidades de silagem e feno.

CULTURAS DE VERÃO

Soja - A área cultivada de soja no Estado é de 6.513.891 hectares. A produtividade atual é estimada em 2.175 kg/ha.

Os dias ensolarados e a baixa umidade relativa do ar favoreceram a perda de umidade dos grãos e contribuíram para a finalização de ciclo da oleaginosa. A colheita avançou significativamente, atingindo 32% da área cultivada. Da mesma forma, a área em maturação avançou para 51%, restando 17% em floração e enchimento de grãos. A produtividade permanece muito variável entre as localidades e regiões. Os maus resultados obtidos no momento, principalmente a Oeste, indicam que a produtividade ainda pode ser inferior à estimada, caso não haja compensação produtiva das cultivares de ciclo mais tardio ou de regiões menos afetadas, localizadas a Nordeste e a Leste do Estado. No momento, há uma grande demanda dos produtores por cobertura de seguros agrícolas.

Nas duas últimas semanas, a Emater/RS-Ascar recebeu dos agentes financeiros, em média, 300 solicitações por dia para vistorias de Proagro, oriundas principalmente da região Oeste do Estado.
Os principais componentes que estão influenciado o rendimento inferior por hectare ? todos decorrentes das reduzidas precipitações durante o ciclo da cultura ? são: baixo peso dos grãos, menor número de grãos por planta e plantas com tamanho reduzido. Em alguns casos, também já se observa perdas de grãos devido à deiscência de legumes, causada pela maturação desuniforme. Nas lavouras afetadas pela estiagem, há uma proporção elevada de grãos com coloração esverdeada e com tegumento enrugado no produto colhido, mas, mesmo assim, a classificação se encontra dentro do padrão comercial.

As lavouras do tarde, que ainda estão na fase de enchimento de grãos, apresentam potencial produtivo maior do que as lavouras da primeira época de plantio (outubro a dezembro), mas apresentam porte aquém do desejado, o que pode interferir na produtividade. Em parte das lavouras, há incidência significativa de doenças de final de ciclo, sendo necessária a aplicação de fungicidas para proteção da área foliar, de maneira que permaneça verde por mais três ou quatro semanas e proporcione adequado enchimento de grãos nas vagens fixadas.

Os produtores prosseguiram as pulverizações por meio do uso de herbicidas desfolhadores para a uniformização da maturação, dada a diferença de vagens maduras e verdes nas mesmas plantas.

Milho - A colheita está praticamente paralisada, já que os produtores estão dedicados à atividade na soja. O índice ainda está em torno de 80% da área cultivada. Em termos geográficos, a colheita está mais adiantada na Região Norte, onde os índices são próximos a 95%. Já a Leste do Estado, os índices são inferiores a 50%. A produtividade manteve-se em 4.471. kg/ha, representando uma redução de aproximadamente 40% na produção do Estado, em função da estiagem.

Milho silagem - A área implantada no Estado é de 357.476 hectares. A produtividade atual é de 23.023 kg/ha, consistindo em redução de 39,18%, projetados no início do cultivo. A colheita permanece em 90% da área cultivada.

Arroz - Foi mais um período de intensa evolução na colheita, alcançando 80% do cultivo estadual. A operação está mais adiantada na região da Fronteira Oeste, alcançando 85%, e avançou menos no Vale do Rio Pardo, sendo efetuada em aproximadamente 55% das áreas. As lavouras em maturação são 17%, e apenas 3% estão em enchimento de grãos.

As produtividades permaneceram variáveis, conforme a capacidade de manutenção da irrigação durante todo o ciclo produtivo. Momentaneamente, são consideradas muito boas, pois a colheita foi efetuada em lavouras onde não há restrições hídricas, alcançando produções superiores a 10.000 kg/ha.

Feijão 1ª safra - A área cultivada em 1ª safra é de 31.449 hectares. A estimativa de produtividade é de 1.576 kg/ha, o que representa um decréscimo de 7,36% em relação à estimativa inicial. A colheita avançou significativamente na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, alcançando 75% dos cultivos. As lavouras remanescentes estão 23% em processo de maturação e 2% em enchimento de grãos. A produtividade atual na região é estimada em 2.150 kg/ha, mantendo-se próxima à expectativa inicial. Os grãos são de excelente qualidade. Com o avanço da colheita nessa região, a área colhida no Estado totaliza 90%, pois, nas demais regiões administrativas, já foi encerrada.

Feijão 2ª safra - Nas lavouras, predominam as fases reprodutivas ? floração e enchimento de grãos ?, que totalizam 60% da área cultivada. As lavouras em desenvolvimento vegetativo representam 25%; em maturação, 8%; e colhidas, 7%. A produtividade obtida momentaneamente está próxima a 1.400 kg, sendo pouco superior à estimativa inicial. A área destinada ao cultivo é de 20.127 hectares.

Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar - Regional de Caxias do Sul
Jornalista Rejane Paludo
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Fonte: Emater

Sexta, 14 de Abril de 2023
Mapa no Mundo apresenta atuação do Ministério da Agricultura e Pecuária
Mapa no Mundo apresenta atuação do Ministério da Agricultura e Pecuária Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) tem, entre seus objetivos, estimular a abertura de novos mercados para os produtos agrícolas, fomentar as exportações e fortalecer a imagem do agro brasileiro no exterior. Para isso, conta com adidos nos países mais estratégicos e desempenha uma intensa agenda internacional.

Para acompanhar este trabalho, dando visibilidade e transparência às ações das autoridades e servidores, incluindo ministro, secretários e diretores, foi criada a página Mapa no Mundo.

Atualmente, os produtos do agronegócio nacional estão em mais de 200 mercados, abrangendo 56 países. A adidância agrícola brasileira cobre 61% desses mercados. O trabalho dos adidos é fundamental para identificar oportunidades para comercialização dos produtos brasileiros, atrair investidores estrangeiros e fomentar ações de cooperação, além de negociar certificações sanitárias e fitossanitárias e definir protocolos para as exportações brasileiras, contribuindo para geração de empregos no Brasil. São 28 adidos designados junto às representações diplomáticas brasileiras no exterior.

Somente o calendário de feiras organizadas diretamente pelo Mapa, com apoio do Ministério das Relações Exteriores, possui 15 eventos previstos para este ano (Alemanha (2), Canadá, Coreia do Sul, Egito, Emirados Árabes, EUA, Índia, Irã, Marrocos, Peru, Rússia, Singapura, Tailândia e Turquia).

Também são programadas visitas técnicas a estabelecimentos animal e vegetal com vista a conhecimento do processo produtivo do país visitado. Há ainda a participação do Mapa nas principais reuniões de organismos e fóruns internacionais e regionais, como a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA), Programa Mundial de Alimentos (PMA), Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Codex Alimentarius, Organização Internacional do Vinha e da Vinho (OIV), Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Organização Mundial do Comércio (OMC), Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), Organização Internacional do Café (OIC), Organização Internacional do Açúcar (OIA), Convenção sobre Diversidade Biológica, Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC ), Cúpula dos Sistemas Alimentares, Grupo dos 20 (G20), Conselho Agropecuário do Sul (CAS) e BRICS.

Como resultado da atuação do Mapa, nos três primeiros meses de 2023, foram abertos 10 novos mercados: Egito (algodão), Argélia (bovino vivo), Chile (miúdos de animais, ovos férteis e aves de um dia/codorna), Panamá (sêmen bubalino), Malásia (gelatina de bovino), México (carne bovina e carne suína in natura), Polinésia Francesa (carne de frango), Equador (semente de mamona), Taiwan (ovos para consumo), Argentina (embrião equino).

Já as exportações agrícolas brasileiras apresentaram resultado recorde para o primeiro bimestre deste ano, alcançando US$ 20,10 bilhões. Um aumento de 4,4% na comparação com o primeiro bimestre de 2022.

 

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Sexta, 14 de Abril de 2023
Brasil e China assinam memorandos para nova industrialização
Brasil e China assinam memorandos para nova industrialização Fonte: Agência Brasil

Brasil e China estão assinando uma série de memorandos visando uma "nova industrialização" no Brasil, que tenha “bases sustentáveis, com inovação tecnológica e investimentos em setores estratégicos”. Caberá ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a responsabilidade por três deles, focados em investimentos industriais, economia digital e facilitação do comércio.

“As conversas em torno de cada área serão pautadas também por questão ambiental, dada a importância do tema para os chineses e para o governo brasileiro. Entre os assuntos de interesse ambiental está a atração de investimentos em energia renovável, infraestrutura verde, manejo sustentável de florestas, tecnologia e inovação”, informou o MDIC.

Em nota, o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, disse que, além de ser importante parceiro comercial, a China pode ajudar o Brasil a ocupar um lugar de destaque na indústria 4.0 – termo adotado para a chamada quarta revolução industrial, caracterizada por abranger sistemas tecnológicos como inteligência artificial, robótica, internet das coisas e computação em nuvem.

“Há uma sinergia entre o projeto chinês Made In China 2025 e o pensamento do MDIC, recriado pelo presidente Lula. As duas nações querem desenvolver produtos inovadores e modernizar sua produção industrial. A troca de conhecimentos entre os países é muito importante neste momento”, afirmou Alckmin, que também comanda a pasta.

Ao destacar a convergência entre os destinos dos dois países, Alckmin disse que o futuro passa por política industrial, neoindustrialização, bem como pela “busca de novas tecnologias, preservação do meio ambiente e diminuição dos entraves comerciais no mundo da economia digital”.

Cooperação industrial

Segundo o ministério, o memorando de cooperação industrial tem como ator principal o setor privado. Ele prevê tratativas para investimentos e trocas tecnológicas nos setores de mineração, energia, infraestrutura e logística (estradas, ferrovias, portos, gasodutos), indústria de transformação (carros, máquinas, construção, eletrodomésticos), alta tecnologia (medicamentos, equipamentos médicos, tecnologia da informação, biotecnologia, nanotecnologia, setor aeroespacial) e agroindústria.

Economia digital

No caso da economia digital, as conversas devem evoluir para a “construção de uma infraestrutura econômica capaz de integrar tecnologias interativas inteligentes a atividades como manufatura avançada, circulação de mercadorias, transportes, negócios, finanças, educação e saúde”. Abrange, segundo o MDIC, redes de banda larga, navegação por satélite, centros de processamentos de dados, computação em nuvem, inteligência artificial, tecnologia 5G e cidades inteligentes.

O memorando aborda também questões relativas a novos modelos de negócio, regulação, pesquisa, treinamento e capacitação.

Comércio

O memorando sobre facilitação de comércio apresenta diretrizes no âmbito do Grupo de Trabalho de Facilitação do Comércio, que prevê conversações para eliminação de barreiras e adoção de boas práticas comerciais e regulatórias em temas de interesse bilateral, além de prever o estabelecimento de canais de comunicação eficientes, apoio à participação em feiras e dar agilidade à circulação, à liberação e ao despacho aduaneiro.

Fonte: Agência Brasil – Pedro Peduzzi

Sexta, 14 de Abril de 2023
Mapa publica 44 registros de defensivos agrícolas, sendo sete de baixo impacto
Mapa publica 44 registros de defensivos agrícolas, sendo sete de baixo impacto Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

O Ato 16 do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária, publicado no Diário Oficial da União, traz o registro de 44 defensivos agrícolas formulados, ou seja, produtos que efetivamente estarão disponíveis para uso pelos agricultores. Desses, sete são considerados de baixo impacto.

“O Ato de registro do Ministério da Agricultura e Pecuária garante mais opções de produtos para controle de pragas na agricultura”, destaca o coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins, José Victor Torres.

Dos sete produtos biológicos registrados na data de hoje, cinco são destinados para a agricultura orgânica à base de Trichoderma atroviride, Trichoderma viride, Telenomus podisi e Baculovirus. Os outros dois produtos de baixo impacto são compostos por Pseudomonas oryzihabitans e Trichoderma atroviride.

O produto a base de Trichoderma atroviride se destaca por ser o primeiro produto registrado a base desse princípio ativo. Para o produtor é mais uma ferramenta para controle de Sclerotinia sclerotiorum, popularmente chamada de mofo branco, que afeta várias culturas como, por exemplo, abóbora, alface, batata, berinjela, feijão, melancia, melão, pepino, soja, dentre outras.

Os produtos fitossanitários aprovados para a agricultura orgânica foram registrados com base em Especificação de Referência (ER). Os produtos registrados com base em especificações de referência podem ser usados em qualquer cultura com ocorrência dos alvos biológicos e são indicados tanto para os cultivos orgânicos, quanto para os convencionais.

Os produtos de baixo impacto, além de serem eficientes do ponto de vista agronômico, apresentam baixo ou nenhum impacto sobre a saúde humana e o meio ambiente, e o seu uso vem ganhando cada vez mais espaço na produção agrícola brasileira.

Dos produtos químicos registrados, tem-se um herbicida em que um de seus ativos é o Aminociclopiracloro. Esse é um ativo novo para controle de diversas plantas daninhas em pastagens.

Os demais produtos utilizam ingredientes ativos já registrados anteriormente no país. O registro de defensivos genéricos é importante para diminuir a concentração do mercado e aumentar a concorrência, o que resulta em um comércio mais justo e em menores custos de produção para a agricultura brasileira.

“No ano de 2023 já se somam 66 produtos registrados, sendo 15 de baixo impacto com nove deles autorizados para agricultura orgânica. Comparando com o ano de 2022 já tivemos um incremento de 3 produtos de baixo impacto, uma vez que no ano anterior foram registrados nesse mesmo período 12 produtos de baixo impacto. Isso demonstra o quanto vem crescendo a cada ano o registro de agrotóxicos de base biológica”, destaca Torres.

Todos os produtos registrados foram analisados e aprovados pelos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Sexta, 14 de Abril de 2023
Secretaria da Agricultura realiza vigilância ativa contra influenza aviária na Lagoa Mirim
Secretaria da Agricultura realiza vigilância ativa contra influenza aviária na Lagoa Mirim Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

POR DARLENE SILVEIRA

Fiscais estaduais agropecuários da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) realizaram uma vigilância ativa contra influenza aviária na Lagoa Mirim nesta quarta e quinta-feira (12 e 13/4). A operação embarcada ocorreu em parceria com a Marinha do Brasil e o Ibama. Foram percorridos cerca de 100 quilômetros, 80 entre os municípios de Santa Vitória do Palmar e Chuí (na quarta-feira) e 20 entre os municípios de Arroio Grande e Rio Grande (na quinta-feira). Não houve registro de aves mortas.

De acordo com a supervisora regional de Pelotas, fiscal estadual agropecuário e médica veterinária Liége Araújo, a ideia era percorrer a costa para observar as aves.  “Eu e a fiscal responsável pela Inspetoria de Defesa Agropecuária de Arroio Grande, Laura da Rosa, visualizamos poucas, e todas estavam sadias, o que é bastante positivo, porque indica que não há a presença do vírus da influenza aviária aqui nossa região”.

“Depois de Santa Vitória do Palmar, descemos a Lagoa em direção ao Uruguai pela divisa com o Brasil e voltamos mais por perto da costa. Também não avistamos aves mortas”, contou a fiscal estadual agropecuário Cristina Trein. “Percorremos cerca de 80 quilômetros entre os municípios de Santa Vitória e Chuí, só do lado brasileiro”.

Dados da vigilância para influenza aviária

O Serviço Veterinário Oficial do Rio Grande do Sul já acumula 1.545 ações de vigilância ativa desde janeiro de 2023, com estimativa de 1,03 milhão de aves observadas; além de 921 ações de educação sanitária, com alcance estimado de 386 mil pessoas. Nas ações de vigilância ativa, foram registrados três casos suspeitos, todos já descartados.

A vigilância passiva recebeu 59 notificações de casos suspeitos, com colheita de amostras em 12 dessas ocorrências. Todos os laudos foram negativos para influenza aviária. O painel de acompanhamento das ações pode ser consultado aqui.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural 

Quinta, 13 de Abril de 2023
CNA entra com pedido liminar no STF para impedir invasões de terras
CNA entra com pedido liminar no STF para impedir invasões de terras Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) protocolou na noite de quarta (12), no Supremo Tribunal Federal (STF), um pedido de liminar para impedir invasões de propriedades rurais em todo o país.

Diante das recentes ameaças de promoção de múltiplas invasões de propriedades rurais nas mais diversas regiões, denominadas de “Abril de Lutas” ou “Abril Vermelho”, a CNA solicita à Suprema Corte um conjunto de 11 medidas no pedido de tutela provisória incidental.

Uma delas é a determinação ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-terra (MST) e Frente Nacional de Lutas Campo e Cidade (FNL), além de outros grupos, da suspensão imediata de qualquer política ou estratégia de promoção de invasões de terras em território nacional, sob pena de atribuição de responsabilidade civil e penal a seus participantes e aos dirigentes de tais movimentos.

A CNA também propõe a atuação dos governos federal e estaduais no sentido de monitorar e identificar mobilizações destes movimentos sociais voltadas para práticas criminosas, além de propor programas e ações específicas de combate a invasões de terra, com a participação de entidades do setor agropecuário.

“Queremos que o Supremo Tribunal Federal monitore diuturnamente eventuais práticas de invasão. Com essas notícias de movimentos sociais incentivando e ameaçando a violação do direito de propriedade, a CNA quer providências para impedir o esbulho possessório e garantir o cumprimento do Estado Democrático de Direito”, explica o diretor jurídico da CNA, Rudy Ferraz.

Assessoria de Comunicação CNA
Foto: Ascom STF
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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura