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Quinta, 27 de Abril de 2023
Estimativas Safra 2022/2023
Estimativas Safra 2022/2023 Fonte: IRGA

A estimativa do Irga para a safra 2022/2023 é que a produção gaúcha será de 7,1 milhões de toneladas de arroz, uma redução de 7,8% em relação à safra passada, que registrou 7,7 milhões de toneladas de arroz. Nesta safra, foram semeados 839.972 hectares de arroz irrigado no Rio Grande do Sul.

Segundo a diretoria técnica da autarquia, Flávia Miyuki Tomita, a redução na produção da safra atual é consequência da diminuição da área semeada em 12%, e agravada por uma perda de 15.120 hectares devido à estiagem, concentrando mais de 85% das perdas na Fronteira Oeste. 

A safra teve influência, pela terceira vez consecutiva, do fenômeno climático La Niña, que reduz a frequência e o volume das precipitações no RS. A Metade Oeste do RS foi a mais atingida, a qual inclui as regiões orizícolas Central, Campanha e Fronteira Oeste. Dentre essas três regionais, a Fronteira Oeste foi a mais castigada.

De modo geral, de setembro a março, as precipitações e a umidade relativa do ar foram abaixo da média e a radiação solar e a temperatura ficaram acima da média no Estado. Esses fatores resultaram em evaporação bem acima da média no RS nos meses de novembro, dezembro, janeiro e fevereiro, principalmente.

Apesar da redução de área e perdas por estiagem, a safra atual possui algumas regiões com altas produtividades, fator esse que está minimizando os problemas climáticos enfrentados por áreas comprometidas por falta de água para irrigação. A semeadura na época recomendada, o aumento de área em rotação/sucessão de culturas e o uso de cultivares de alto potencial produtivo, com destaque a IRGA 424 RI semeada em 54% da área orizícola do Estado, estão garantindo uma produção suficiente para abastecer o mercado interno.

“Os elevados índices alcançados de produtividade vem mantendo abastecido o mercado consumidor, em que pese a redução de área plantada e os efeitos da estiagem. Estes índices de produtividade refletem a qualificação e evolução da lavoura gaúcha, fruto do trabalho dos nossos produtores e da pesquisa e extensão desenvolvida pelo IRGA que ano após ano garantem arroz no prato do brasileiro”, acrescenta o presidente do Irga, Rodrigo Machado.

O conselheiro Fernando Osório, integrante da Comissão de Mercado do Irga, afasta a possibilidade de ocorrer desabastecimento. “Apesar da redução de produção estimada pelo instituto, nós não teremos problema de desabastecimento, visto a produção estar próxima ao consumo e a projeção exportação e importação equivalentes, logo o estoque de passagem está normal, semelhante ao da safra anterior”, comenta Osório.

 

Fonte: Irga

Quinta, 27 de Abril de 2023
ZARC SOJA – 06 Ads
ZARC SOJA – 06 Ads Fonte: EMBRAPA

O Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) para a soja passa a contar com metodologia baseada em novos parâmetros da cultura e novas classes de água disponível no solo, representativas da maioria dos solos brasileiros. A metodologia passa a adotar seis classes de água disponível (definidas com base na composição textural dos solos), e não mais em apenas três tipos (os quais eram estabelecidos, basicamente, pelo teor de argila). A água disponível será estimada para o solo de cada área de produção, a partir dos teores de silte, areia e argila, através do uso de uma equação (função de pedotransferência), devidamente ajustada para os distintos solos brasileiros.

Além dessas mudanças, o ZARC-SOJA estará pronto para incorporar, no futuro, o efeito de diferentes níveis de manejo do solo, que vem sendo mensurado pela Embrapa Soja e parceiros. Disponibilizado em 1996, o ZARC Soja teve ajustes pontuais, realizados para atender as necessidades de informação e conhecimento para a gestão de riscos e possibilitar redução das perdas. Fez-se necessário aperfeiçoar, de maneira mais profunda, o atual sistema de recomendação, de modo a acompanhar as inovações tecnológicas, o novo arcabouço técnico-científico disponível e as recentes mudanças nos cenários agrícolas e socioeconômico do Brasil e do mundo. Tal sistema se apresenta como ferramenta imprescindível para melhor subsidiar o processo decisório no campo, orientar as ações de planejamento do uso da terra e buscar maior eficiência das políticas e dos programas públicos de auxílio e fomento ao setor agrícola.

O Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) é uma ferramenta de análise do risco derivado da variabilidade climática e que considera as características da cultura e do solo. Seu o objetivo é reduzir os riscos relacionados aos problemas climáticos e permitir ao produtor identificar a melhor época para plantar, levando em conta a região do País, a cultura e os diferentes tipos de solos. O modelo agrometeorológico considera elementos que influenciam diretamente no desenvolvimento da produção agrícola como temperatura, chuvas, ocorrência de geadas, água disponível nos solos, demanda hídrica das culturas e elementos geográficos (altitude, latitude e longitude).

o ZARC Soja define as áreas com maior ou menor frequência de ocorrência de déficit hídrico durante a fase mais crítica da cultura da soja (floração e enchimento de grãos), em função das diferentes épocas de semeadura, da disponibilidade hídrica de cada região, do consumo de água nos diferentes estádios de desenvolvimento da cultura, da capacidade de água disponível no solo e do ciclo da cultivar utilizada. Os resultados do ZARC permitem que produtores e técnicos avaliem, por exemplo, as espécies de cultivo e seus respectivos ciclos mais viáveis para cada município e sistema de produção; a adequação das cultivares de alto potencial produtivo ou mais rústicas e resilientes; a adoção de práticas de manejo adequadas; a viabilidade da segunda safra e ainda a época de menor risco para a semeadura e produção.

ZARC e Políticas Públicas - Desde 1996, o ZARC é adotado pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro). Atualmente, o ZARC é utilizado pelo Proagro e pelo Programa de Seguro Rural (PSR) em mais de 40 culturas. O acesso à ferramenta pode ser feito no aplicativo móvel Zarc Plantio Certo, desenvolvido pela Embrapa Informática Agropecuária (SP), que está disponível nas lojas de aplicativos iOS e Android.

DESTAQUES

- Estimativas dos riscos climáticos mais fiéis à realidade dos diferentes sistemas de produção de grãos no Brasil;

- Ferramenta de análise do risco derivado da variabilidade climática e que considera as características da cultura e do solo;

- Imprescindível para subsidiar o processo decisório no campo e orientar as ações de planejamento do uso da terra;

- Modelo agrometeorológico que considera elementos que influenciam diretamente no desenvolvimento da produção agrícola;

- Acesso gratuito via aplicativo móvel desenvolvido pela Embrapa, Zarc Plantio Certo, disponível nas lojas de aplicativos iOS e Android;

- Permite maior eficiência das políticas e dos programas públicos de auxílio e fomento ao setor agrícola;

- É um produto da Rede Zarc de Pesquisa da Embrapa.

Esta solução tecnológica foi desenvolvida pela Embrapa em parceria com outra(s) instituição(ões).

Metodologia: Metodologia técnico-científica Ano de Lançamento: 2023

Bioma: Cerrado, Mata Atlântica, Pampa

Unidade Responsável: Embrapa Soja

Unidades Participantes: Embrapa Agropecuária Oeste, Embrapa Agricultura Digital, Embrapa Solos

Onde Encontrar:
 -
O ZARC Soja - 06 ADs pode ser encontrado no aplicativo Zarc - Plantio Certo, disponível gratuitamente na Loja de aplicativos da Embrapa nas seguintes versões:
- Android:https://play.google.com/store/apps/details?id=embrapa.br.zonamento&hl=pt_BR
- Apple: https://apps.apple.com/br/app/plantio-certo/id1518252333

Para saber mais sobre o Zarc - Plantio Certo, acesse: https://www.embrapa.br/busca-de-solucoes-tecnologicas/-/produto-servico/6516/aplicativo-zarc---plantio-certo

Fonte: Embrapa

Quinta, 27 de Abril de 2023
Nova Câmara Temática vai discutir crédito privado como opção de financiamento rural
Nova Câmara Temática vai discutir crédito privado como opção de financiamento rural Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) lançou nesta quarta-feira (26) Câmara Temática de Modernização do Crédito e Instrumentos de Gestão de Risco do Agronegócio. O objetivo é promover discussões sobre crédito privado para diversificar as fontes de financiamento, estimular a competitividade e diminuir custos para o produtor. 

Composto por representantes de 46 órgãos e entidades, o novo fórum é o resultado da modernização da antiga Câmara Temática de Crédito, Seguro e Comercialização do Agronegócio, que estava voltada para mecanismos públicos de crédito agrícola. Esse trabalho será continuado como um Grupo Técnico da nova Câmara. A Portaria Nº 579, que institui a Câmara Temática, foi publicada no Diário Oficial da União. 

Para o ministro Carlos Fávaro, a Câmara irá desenvolver modelos de financiamento para irrigar o mercado e fazer a agropecuária crescer ainda mais. “Essa Câmara Setorial cumpre o papel de pensar novas formas de financiamento para que a agropecuária cumpra o grande papel de gerar oportunidades, empregos e renda para o povo brasileiro”. 

O presidente da Câmara é Thiago Rocha, representante da Associação Brasileira de Fintechs (Abfintechs). Segundo ele, o objetivo do novo fórum é ampliar a discussão sobre o crédito rural para o mercado privado. 

“O crédito privado acabou se tornando muito relevante na cesta de financiamento, então a gente tem que olhar o que podemos melhorar no ambiente de negócio para que os privados consigam dar o seu melhor e ajudar a agropecuária a continuar crescendo. O crédito oficial continua sendo parte da Câmara, mas com um viés de modernização”. 

As Câmara Setoriais e Temáticas são grupos para discutir os principais temas do setor, com a participação de entidades governamentais, empresariais e da sociedade civil. A Coordenação-Geral de Apoio às Câmaras Setoriais e Temáticas, da Secretaria de Política Agrícola do Mapa, conta atualmente, no âmbito do Conselho Nacional de Política Agrícola, com 37 câmaras em funcionamento (31 setoriais e 6 temática). 

Segundo o ministro, as Câmaras serão fortalecidas na sua gestão. “As Câmaras são um instrumento maravilhoso, onde a sociedade civil, através das entidades de classe, doam um período do seu tempo para colaborar com a elaboração e modernização das políticas públicas”, disse Fávaro

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Quinta, 27 de Abril de 2023
Oferta de carnes tende à recuperação no mercado interno, atingindo maior nível na série histórica
Oferta de carnes tende à recuperação no mercado interno, atingindo maior nível na série histórica Fonte: CONAB

A oferta de carnes no mercado interno deverá apresentar recuperação neste ano e pode atingir o maior nível na série histórica. De acordo com o quadro de suprimentos, elaborado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), somando os três principais tipos de proteína animal consumidos pelos brasileiros, a quantidade do produto no mercado doméstico está projetada em 20,77 milhões de toneladas, um aumento de 5% se comparado com volume estimado em 2022.

“Esse cenário contribui para uma tendência queda nos preços, o que já começa a ser percebido no mercado como mostra a pesquisa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor [IPCA] divulgado, em março, pelo IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]”, pondera o presidente da Companhia, Edegar Pretto.

Com a maior produção, a disponibilidade per capita também cresce, atingindo 96 quilos por habitante no ano – segundo maior índice já registrado, sendo inferior apenas a 2013. O incremento no indicador ocorre mesmo com o crescimento da população brasileira.

A maior elevação estimada pela Companhia está para a produção e disponibilidade de carne bovina. A projeção é que o país produza cerca de 9 milhões de toneladas em 2023. Este ano tende a ser o pico de abates, em virtude do momento do ciclo pecuário, onde haverá crescimento do descarte de fêmeas e uma consequente elevação na oferta de carne no mercado.

Além do incremento na produção, há uma tendência de queda nas exportações do produto em virtude de um início de ano impactado pela suspensão da venda da carne bovina, principalmente ao mercado chinês, por conta de medidas previstas em protocolos sanitários. Esta situação foi contornada com o fim do embargo pela China, ainda no final de março. O cenário de alta na produção aliado a uma queda nas vendas ao mercado externo possibilita um aumento de 12,4% na disponibilidade da carne bovina no cenário doméstico, podendo chegar a 6,26 milhões de toneladas. A maior oferta influencia positivamente na disponibilidade per capita, no qual é esperada uma recuperação na ordem de 11,6%, estimada em 29 quilos por habitante por ano.

No caso de aves, também é esperado um aumento na produção de 3,1% saindo de 14,78 milhões de toneladas para 15,24 milhões de toneladas. As exportações também tendem a registrar um crescimento de 4,7%, podendo atingir um novo recorde em 2023 chegando a 4,8 milhões de toneladas embarcadas. De acordo com dados do MDIC, o volume exportado do produto nos três primeiros meses do ano está 17% superior ao mesmo período do ano passado. “As recentes detecções de casos de gripe aviária em países vizinhos, como Argentina, Uruguai e Chile, causam apreensão no setor, em virtude da proximidade geográfica com o sul do País, principal região produtora e responsável por mais de 60% da produção nacional de carne de frango. Mas, o Brasil tem reforçado as barreiras sanitárias para que o país siga livre da doença”, analisa o gerente de Fibras e Alimentos Básicos da Conab, Gabriel Rabello. Mesmo com a expectativa de um novo recorde nas vendas internacionais e do aumento da população, a disponibilidade per capita do produto tende a registrar uma leve recuperação de 1,7%, estimada em 48 quilos por habitante ao ano.

Alta também para a produção de carne suína, podendo ultrapassar 5,3 milhões de toneladas – maior volume para a série histórica. A disponibilidade per capita do produto tende a ficar estável em relação a 2022, em torno de 19 quilos por habitante ao ano. O incremento da oferta do produto no mercado interno é compensado pela elevação da população e das exportações. “A previsão é que as vendas ao mercado externo atinjam 1,2 milhão de toneladas, volume 8,3% superior ao comparado com o ano passado. Essa tendência pode ser confirmada após bons volumes embarcados entre janeiro e março deste ano, além do registro de focos de peste suína africana na China”, pondera o analista da Companhia, Wander de Sousa.

Novo produto – Além das informações sobre carnes, a Conab passa a divulgar o quadro de suprimento de ovos. De acordo com a estimativa da estatal, a produção para 2023 deve atingir um novo recorde e chegar a 40 bilhões de unidades de ovos para consumo. Com este volume, a disponibilidade per capita do produto é estimada em, aproximadamente, 185 unidades por habitante ao ano.

Outras informações sobre o panorama de mercado para carnes bovinas, suínas e aves estão disponíveis na edição de abril do boletim AgroConab. O documento também traz o cenário para arroz, feijão, milho, soja e trigo.

 

Fonte: Conab

Quinta, 27 de Abril de 2023
Segurança alimentar mundial passa pela independência brasileira aos fertilizantes
Segurança alimentar mundial passa pela independência brasileira aos fertilizantes Fonte: Frente Parlamentar Agropecuária

Assuntos como a independência acerca dos fertilizantes e como o Brasil pode desenvolver alternativas para tanto, seguem sendo objeto de estudo e diálogo dentro do parlamento. Muitos desses aspectos foram debatidos no Seminário

“Fertilizantes, uma questão estratégica para o Brasil”, realizado nesta quinta-feira (27), na Câmara dos Deputados. A responsabilidade do País na contribuição para a diminuição da insegurança alimentar também foi atrelada a esse vínculo externo.

Apesar das dificuldades, o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), visualiza soluções para que o Brasil siga como referência mundial na produção de alimentos. Segundo ele, é fundamental vencer barreiras legislativas e integrar os agentes do setor para vencer a dependência em relação aos fertilizantes vindos do exterior. 

“Esse talvez seja um dos maiores gargalos do setor.  É um tema que tem nos preocupado há muito tempo e temos o sonho de sermos autossuficientes, mas para isso, é necessário que Congresso, Governo Federal e iniciativa privada trabalhem juntos. Trabalhar pelo fertilizante brasileiro é assumir a responsabilidade por alimentar o mundo, uma vocação nossa”, disse o líder da bancada.

A integração das ações também foi destacada pelo deputado federal Arnaldo Jardim (CD-SP), vice-presidente da FPA na Câmara. A dependência do agro pelos insumos e fertilizantes precisa ser reduzida e trabalhada para que o setor siga com o papel de protagonista, de acordo com o parlamentar.

“É preciso refletir sobre o tema e identificar problemas e ir além do que pode ser implementado. Se conseguirmos aprimorar o Plano Nacional de Fertilizantes, estaremos dando um passo muito importante para, ao menos, diminuirmos nossa necessidade de compra”, esclareceu.

Para o ex-presidente da FPA, deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), devemos descobrir as vulnerabilidades que assolam o país e curá-las. Dentre elas, o parlamentar destaca que a dependência pode ser resolvida, já que o país possui conhecimento suficiente para tanto. 

“O Brasil é de suma importância para o mundo todo, especialmente na questão que envolve a segurança alimentar. Ninguém se senta à mesa para conversar sobre como alimentar o mundo, sem deixar uma cadeira para o Brasil. E ter um país desenvolvido e autossuficiente, fará do Brasil ainda mais protagonista nesses diálogos”, frisou.

A dependência e a necessidade de planejamento foram assuntos abordados pelo deputado federal e membro da FPA, Zé Silva (SD-MG), especialmente para situações como a guerra entre Rússia e Ucrânia. 

Ele afirma que o país não pode ir atrás do remédio apenas quando sentir dor. “ A ONU e a FAO esperam uma produção elevada do Brasil até 2050 e nós não podemos esperar a dor para correr atrás do remédio. 

À parte as questões que correspondem à produção de alimentos, o senador Laércio Oliveira (PP-SE), lembrou que o debate em torno da diminuição de uma dependência exterior aos insumos e fertilizantes, vai melhorar o ambiente de negócios do Brasil. Mais que isso, atrair investimento e transformar o país em vários setores. “O agro não pode conviver importando mais de 85% dos fertilizantes. Entender o assunto e contribuir é essencial para ver o Brasil em um outro patamar”.

A sensibilidade e a compreensão da importância dos fertilizantes para o setor foram o mote da fala do secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria, Rodrigo Rollemberg. Segundo ele, ano passado o Brasil importou 35 bilhões de toneladas de fertilizantes ou U$ 20 bilhões de dólares que poderiam estar dentro do nosso país.

“Se a competitividade é essencial, eu diria que é essencial essa articulação política em volta da questão dos fertilizantes e dos insumos, para promover a imagem do agro brasileiro como um dos mais sustentáveis do mundo. Ter independência é ter dinheiro em caixa, promover emprego, renda e mais oportunidades”, concluiu.

Luis Rangel, um dos criadores do Programa Nacional de Fertilizantes e diretor de Programas do Ministério da Agricultura (MAPA), destacou que construir formas de encerrar uma dependência externa é dar suporte à agropecuária. Além disso, ele ressalta que não se pode encarar como política de Governo, mas como algo essencial para o posicionamento econômico do país no globo.

“Falar de independência de fertilizantes é pensar no longo prazo. Não há nada mais importante do que fortalecer o maior setor de uma nação. No nosso caso, o setor agropecuário. Precisamos estar preparados e colocarmos em prática todo o nosso potencial”.

Para Rodolfo Galvani Jr, conselheiro de Administração da Galvani, a dependência do Brasil aumentou, muito por conta da questão tributária. De acordo com ele, o Brasil tem punido quem produz fertilizantes e beneficia a importação.

“Não pode o fertilizante importado entrar com zero de Importação sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e nós pagarmos 8,4% para vendermos no Mato Grosso, por exemplo. O aumento na taxa de juros e a falta de fontes de financiamentos para projetos de longo prazo também impactam de maneira considerável para esse atraso”, encerrou. 

 

Fonte: www.fpagropecuaria.org.br

Quarta, 26 de Abril de 2023
CNA participa de exposição de alimentos em Singapura com o projeto Agro.BR
CNA participa de exposição de alimentos em Singapura com o projeto Agro.BR Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Café especiais, variedades de mel e própolis, castanha e snacks saudáveis de frutas são alguns dos produtos que o Projeto Agro.BR, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), levou para a Food and Hotel Asia (FHA), que ocorre de 25 a 28 de abril, em Singapura.

O evento é a maior feira internacional de alimentos e bebidas do sudeste asiático e reúne fabricantes, distribuidores, importadores atacadistas e varejistas, além de representantes dos setores público e privado de diversos países do mundo.

Os produtos de empresas rurais inscritas no Agro.BR estão expostos no estande do Brasil, que é liderado pelo Ministério da Agricultura. Durante a feira, a representante do escritório da CNA em Singapura, Angela Torres, vai apresentar os produtos aos visitantes como prospecção de oportunidades nos mercados da região.

“Os empresários do Agro.BR foram convidados a enviar amostras dos seus produtos do Brasil para a FHA, uma oportunidade principalmente para as empresas que estão iniciando sua jornada no mercado internacional. Feiras internacionais são sempre uma chance de promover empresas brasileiras e seus alimentos”, afirmou a assessora sênior de Promoção Comercial da CNA, Camila Sande.

A abertura da FHA aconteceu na terça (25). A embaixadora do Brasil em Singapura, Eugenia Barthelmess, visitou o estande e conheceu os produtos do projeto Agro.BR.

O Agro.BR é uma iniciativa da CNA, em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), para promover os produtos agropecuários de pequenos e médios empresários rurais.

Assessoria de Comunicação CNA
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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Quarta, 26 de Abril de 2023
Embrapa devolveu à sociedade R$ 34,70 para cada R$ 1 investido em 2022
Embrapa devolveu à sociedade R$ 34,70 para cada R$ 1 investido em 2022 Fonte: EMBRAPA

A Empresa apresentou lucro social de R$ 125,88 bi em 2022

Às vésperas de seu aniversário de 50 anos, a Embrapa divulga a informação de que apresentou um lucro social de R$ 125,88 bilhões no ano passado, gerados a partir do impacto econômico no setor agropecuário de 172 tecnologias e 110 cultivares desenvolvidas pelas pesquisas. Para cada R$ 1 aplicado na Empresa em 2022, foram devolvidos R$ 34,70 para a sociedade. Em 2021, para cada R$ 1 aplicado na instituição, foram devolvidos R$ 23,38.

Essas tecnologias e cultivares foram responsáveis pela geração de 95.171 empregos. Esses e outros dados fazem parte da 26ª edição do Balanço Social da Embrapa, divulgado nesta segunda-feira (24) como parte da programação que celebra as cinco décadas da Empresa.

Desde 1997, quando publicou a primeira versão do documento, a instituição já demonstrou um lucro social acumulado de mais de R$ 1,3 trilhão, gerou mais de 1,7 milhão de empregos, realizou mais de 18 mil ações de relevante interesse social e recebeu mais de 1.300 prêmios e homenagens.

“Números como esses são apenas uma pequena amostra da contribuição da Embrapa e de seus parceiros para tornar a agricultura brasileira um dos principais motores da economia do País”, afirma o presidente da Empresa, Celso Moretti. 

Entre as tecnologias de destaque desta 26ª edição estão o software que faz a gestão ambiental de granjas de suínos, a tecnologia que substitui carne por fibras do bagaço de caju, a forrageira que vem preencher as lacunas identificadas nas cultivares nacionais de capim, a solução que recupera o mercado da banana-maçã no País, a pesquisa que consolida a produção nacional de alho-semente livre de vírus, a difusão do conhecimento sobre criação das abelhas nativas brasileiras sem ferrão, o novo trigo para pastejo que acaba com o gargalo alimentar da criação no outono e a inovação nanotecnológica que combate o desperdício e aumenta a vida de prateleira de produtos de origem vegetal.

De acordo com a supervisora de Monitoramento e Avaliação da Estratégia, Graciela Vedovoto, a diferença no retorno da Embrapa à sociedade, de R$ 23,38 para R$ 34,70, se deve a fatores externos. O primeiro deles foi o crescimento do impacto da tecnologia da fixação biológica de nitrogênio (FBN), em razão da escassez global de fertilizantes. Isso fez com que a FBN respondesse por R$ 72 bilhões dos R$ 125,88 bilhões do lucro social de 2022. 

A tecnologia da FBN pode fornecer todo o nitrogênio de que a soja necessita, poupando o produtor dos altos custos dos fertilizantes nitrogenados. Esses insumos, incluindo o cloreto de potássio e a ureia, tiveram altas recordes ao longo do ano passado em razão da guerra na Ucrânia e do mercado aquecido. 

O segundo fator que explica o crescente aumento do retorno social da Embrapa nos últimos anos é a diminuição da receita operacional líquida (ROL), que vem diminuindo desde 2019, devido a diversos fatores. Segundo Graciela, para fazer o cálculo que resultou nos R$ 34,70 para cada R$ 1 investido, a equipe dividiu o lucro social, composto basicamente pelo impacto econômico de uma amostra de soluções tecnológicas, pela ROL, que se espera que seja recomposta no futuro. "Em outras palavras, os impactos mensurados hoje refletem os investimentos de anos atrás. Por isso, é preciso continuar investindo em ciência e tecnologia para manter o nível elevado de impactos gerados pela pesquisa", afirma a supervisora.  O Balanço Social

Mais da metade dos 50 anos da Embrapa, por intermédio de seus resultados e impactos para a sociedade brasileira, vem sendo registrada pela publicação.

O Balanço Social publica, anualmente, os resultados da avaliação de impactos econômicos, sociais, ambientais e, no desenvolvimento institucional, de uma amostra de soluções tecnológicas. A metodologia utilizada nesses estudos é a soma dos impactos econômicos dessa amostra de tecnologias que compõem a maior parte do lucro social da Embrapa. Ela pode ser encontrada no site da publicação e é conhecida na literatura sobre o tema. 

Fonte: Embrapa

Quarta, 26 de Abril de 2023
Secretaria da Agricultura anuncia R$ 850 mil do Fundomate para o setor
Secretaria da Agricultura anuncia R$ 850 mil do Fundomate para o setor Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

POR ASCOM SEAPI

Visando o fomento e realização de ações para a promoção e desenvolvimento do setor produtivo da erva-mate, a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) anunciou a liberação de R$ 850 mil oriundos do Fundo de Desenvolvimento e Inovação da Cadeia Produtiva da Erva-Mate do Estado (Fundomate).

A assinatura do termo de parceria foi realizada pelo secretário da Agricultura, Giovani Feltes, na tarde desta terça-feira (25/4), um dia após o data do Dia do Chimarrão, um dos principais símbolos da cultura gaúcha.

O responsável pela gestão e execução do plano de ações será do Instituto Brasileiro da Erva-Mate (Ibramate) e o recurso terá vigência de um ano, sendo o pagamento realizado em duas parcelas semestrais.

“O governo do Estado visa possibilitar a ampliação de mercados e melhorar a qualidade daquilo que produzimos e industrializados aqui no Rio Grande do Sul. Esse termo garante a um cultivo que é tão importante, tão histórico e cultural, mas em especial porque a cultura da erva-mate é uma cadeia que sustenta boa parte da agricultura familiar”, ressalta o secretário da Agricultura, Giovani Feltes

Os recursos serão utilizados para o fortalecimento e organização das entidades representativas regionais; a promoção e comunicação; consultorias técnicas e estudos setoriais; pesquisa; desenvolvimento de equipamentos; e eventos oficiais ligados ao setor da erva-mate.

O presidente do Ibramate, Alberto Tomelero, reforçou que o Fundomate vem se somar aos esforços já investidos por toda a cadeia produtiva da erva-mate, do produtor ao industriário, das entidades às autarquias. "Um recurso importante nas demandas e aprimoramento do nosso mercado, no desenvolvimento de novas pesquisas, de novos equipamentos, na presença institucional do setor em diferentes eventos e feiras, de negócios à gastronomia, bem como, na realização de cursos de boas práticas, de poda e colheita, beneficiamento, entre outras atividades. E também, dando continuidade ao desenvolvimento de projetos específicos em cada um dos cinco polos ervateiros do Estado", afirma.  

Dados da Seapi apontam que em 2021 o Rio Grande do Sul aparece à frente de outros Estados na produção de folha verde, com 242 mil toneladas. 

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Imagem: Ascom Seapi

Quarta, 26 de Abril de 2023
Zoneamento agrícola de risco climático para a soja é atualizado no Brasil
Zoneamento agrícola de risco climático para a soja é atualizado no Brasil Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou nesta quarta-feira (26) as Portarias Nº 73, 76, 77 e 80 que atualizam o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para a cultura da soja nos estados da Bahia, Mato Grosso do Sul, Acre e no Distrito Federal. As portarias dos demais estados deverão ser publicadas nos próximos dias. 

O Zarc é uma ferramenta de análise do risco que auxilia a tomada de decisão no campo, considerando a probabilidade de ocorrência de adversidades climáticas baseada numa série histórica de dados climáticos, além de características da cultura e do solo. 

No caso da soja, foram definidas as áreas e os períodos de semeadura, simulando probabilidades de perdas de rendimento inferiores a 20%, 30% e 40%, devido à ocorrência de eventos meteorológicos adversos, principalmente seca durante a fase reprodutiva da planta. “Porém, é importante ressaltar que o Zarc não estabelece os períodos e os locais de semeadura com maior probabilidade de obtenção dos maiores rendimentos”,  explica o pesquisador José Renato Bouças Farias, da Embrapa Soja. 

Novos parâmetros e fatores de risco foram considerados, associando questões hídricas e térmicas, inclusive, a probabilidade de ocorrência de geadas. Foram introduzidas ainda nova abordagem dos riscos associados à água disponível no solo, o que permitirá, em breve, vincular também conceitos de manejo do solo e dos sistemas produtivos. Segundo o pesquisador, as Portarias do Zarc-Soja para a safra 2023/24 são as primeiras a contemplar essa nova metodologia.

Os estudos para o desenvolvimento da nova versão do Zarc para a soja foram iniciados em 2021 e validados em reuniões regionais e estaduais, em 2022, realizadas junto aos principais atores da cadeia produtiva da soja. 

Novo sistema de classificação da água disponível do solo

A principal atualização nessa versão do Zarc Soja é o novo sistema de classificação de solos que deixa de utilizar o tradicional sistema de solos “Tipo 1”, “Tipo 2” e “Tipo 3” e passa a adotar uma nova metodologia que define seis classes de água disponível (AD1, AD2, AD3, AD4, AD5, AD6). Nesse sistema, a classe de AD do solo é determinada com base na sua composição textural completa, ou seja, com os teores de areia, silte e argila. No sistema antigo, os tipos do solo eram estabelecidos, basicamente, pelo teor de argila.

A água disponível (AD) do solo deve ser estimada para cada área de produção, a partir da sua composição textural determinada por análise de solo padrão. A estimativa é feita através do uso de uma equação (função de pedotransferência), devidamente ajustada para os distintos solos brasileiros, resultado de pesquisas recentes da Embrapa sobre o assunto (Boletim de Pesquisa 272 – Embrapa Solos(1), Comunicado Técnico 135 – Embrapa Agricultura Digital(2)). O Zarc Soja - 06ADs apresenta maior precisão nas estimativas de risco de déficit hídrico e uma melhor representação da realidade nos diferentes solos brasileiros em comparação aos três tipos utilizados anteriormente.

Todos as novas atualizações de Zarc geradas a partir de 2022 já utilizam o sistema 06ADs. Porém, a maioria dos Zoneamentos já publicados, continuarão com os resultados em “3 solos”, até serem gradualmente substituídos pelas novas versões atualizadas para o sistema 06ADs. A soja é a primeira cultura que passa a vigorar com esse novo formato.

Disponibilidade hídrica e produtividade da soja

De acordo com Farias, a soja é uma cultura com ampla adaptabilidade ao clima e aos solos brasileiros, nos dois lados da linha do equador. Dos elementos climáticos que mais influenciam o desenvolvimento e a produtividade da soja, a disponibilidade hídrica é a que mais afeta o rendimento de grãos. Com relação às necessidades de água para o cultivo da soja, Farias afirma que o ideal seria em torno de 450 a 800 mm de água disponível ao longo de toda a estação de crescimento da cultura, variável em função do ciclo da cultivar, do desenvolvimento das plantas e das condições climáticas da região.

Para a soja apresentar um bom desempenho, o pesquisador afirma que a cultura necessita de volumes adequados de água e boa distribuição durante as fases mais críticas. “Tão ou mais importante até que o volume total de água é a distribuição das chuvas ao longo do ciclo. As fases mais sensíveis ao déficit hídrico ocorrem durante o período de semeadura-germinação-emergência e, principalmente, da floração ao enchimento de grãos, quando a seca afeta consideravelmente o rendimento das lavouras”, destaca Farias.

A chuva é a principal fonte de água para a maior parte da produção brasileira de soja, tanto que a área irrigada com soja ainda é insignificante. “É importante destacar que as práticas agrícolas que favorecem a melhor estruturação do solo e o aprofundamento do sistema radicular contribuem para incrementar a disponibilidade de água no solo, principalmente, em momentos de precipitação insuficiente”, ressalta o pesquisador.

Acesso ao Zarc

Os resultados estão disponíveis na plataforma Painel de Indicação de Riscos, nas portarias de Zarc por estado e no aplicativo móvel Zarc Plantio Certo, disponível nas lojas de aplicativos iOS e Android. 

Desde 2022 o aplicativo Zarc Plantio Certo permite testar o novo sistema de classificação em 06ADs em alguns Estados. A partir de abril de 2023, a opção para teste foi disponibilizada para todos os estados.

Para testar, após abrir o aplicativo, basta selecionar o município de interesse e, na seleção de culturas, escolher a opção para testes “TESTE para 6 Ads” no final da lista. Depois disso, é possível acionar o botão “Solo”, informar os teores de areia, silte e argila. Ao informar os teores, o aplicativo informa qual a classe de AD correspondente.

Após a publicação do Zarc Soja 6ADs, os mesmos testes poderão ser feitos diretamente ao selecionar “Soja” na lista de culturas, para os estados com Zarc Soja.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Quarta, 26 de Abril de 2023
Governo vai retomar programa de reforma agrária
Governo vai retomar programa de reforma agrária Fonte: Agência Brasil

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, anunciou que o governo retomará o programa de reforma agrária e de regularização fundiária no país, para evitar os conflitos no campo e invasões de terras. Ele participou, nesta quarta-feira (26), da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados.

“Eu quero que os movimentos sociais do Brasil se ocupem de produzir alimentos e a ajudar o povo brasileiro a ter oportunidade de trabalhar na terra”, disse durante a audiência para debater as prioridades da sua pasta para este ano.

Segundo Teixeira, historicamente, o Brasil fez reforma agrária com as comunidades europeias que vieram ao Brasil no fim do século 19, mas os processos foram paralisados nos últimos governos. “Todas as comunidades italianas, alemãs, polonesas, japonesas foram beneficiários de programa de reforma agrária”, disse.

“O programa de reforma agrária está previsto na Constituição brasileira, e nós vamos implementá-lo, com respeito à Constituição e com respeito às leis. E por essa razão, nós vamos estabelecer paz no campo, como nós constituímos a Ouvidoria Agrária para não ter mais conflitos que possam desbordar para questões mais graves na sociedade brasileira”, disse.

Segundo Teixeira, após negociações, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) vai desocupar ainda esta semana as áreas pertencentes a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Petrolina (PE), e da empresa multinacional Suzano, em Aracruz (ES).

Neste mês, o MST promove a 26ª Jornada Nacional de Luta pela Terra e pela Reforma Agrária, com ações e ocupações em todo o país, como foi na Embrapa Semiárido. Além de criticar a concentração de terras brasileiras na mão de poucas pessoas e empresas, a jornada resgata, anualmente, a memória dos 21 trabalhadores rurais sem-terra assassinados por policiais militares, em 17 de abril de 1996, em Eldorado dos Carajás (PA), no episódio que ficou conhecido como Massacre de Eldorado dos Carajás.

“O Brasil, para dar um salto enquanto nação, um salto enquanto país, para que ele volte a ter um lugar entre os seis países mais desenvolvidos do mundo, o Brasil precisa pacificar, o Brasil precisa ‘coesionar’, o Brasil precisa superar as tensões existentes”, disse o ministro.

Teixeira destacou que, desde seus primeiros mandatos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem fortalecido o agronegócio, como na repactuação de dívidas e nos programas de crédito rural e de compra de máquinas. “Agora, o presidente Lula também viu que nós precisamos dar uma força para agricultura familiar”, disse, dando como exemplo o trabalho que o MST faz no desenvolvimento do cooperativismo e de uma agricultura mais ecológica.

O ministro explicou ainda que o governo quer mudar o modelo de assentamento, fazendo com que sejam assentamentos mais sustentáveis e com oferta de serviços públicos e de assistência técnica. “Vamos fazer com que nós tenhamos uma agricultura potente nesse Brasil, voltada para agroindústria, para agregação no campo, para transição ecológica e para a apropriação de novas tecnologias”, disse.

“Temos que pegar a Embrapa, que é uma potência, para trabalhar para todos; as universidades brasileiras têm que trabalhar com a pesquisa aplicada”, acrescentou.

Na quinta-feira (20), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu com lideranças do MST e, segundo a entidade, prometeu aumentar os recursos para o assentamento de famílias sem terra, de R$ 250 milhões para R$ 400 milhões.

Fonte: Agência Brasil – Andreia Verdelio