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Terça, 11 de Abril de 2023
Inflação oficial sobe 0,71% em março, diz IBGE
Inflação oficial sobe 0,71% em março, diz IBGE Fonte: Agência Brasil

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que apura a inflação oficial do país, subiu 0,71% em março, desacelerando em relação a fevereiro, quando houve alta de 0,84%. Em março de 2022, o índice tinha subido 1,62%.

O maior impacto (0,43 ponto percentual - pp) e maior variação (2,11%) no índice partiram do grupo Transportes, no mês passado. 

Com alta de 8,33%, a gasolina representou o maior impacto individual no índice de março (0,39 pp) e teve grande peso no comportamento do grupo. O etanol avançou 3,20%. Os dados foram divulgados hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para o analista da pesquisa, André Almeida, a volta da cobrança dos impostos federais no início daquele mês foi o motivo da elevação da gasolina e do etanol. “Os resultados da gasolina e do etanol foram influenciados principalmente pelo retorno da cobrança de impostos federais no início do mês, estabelecido pela Medida Provisória nº 1157/2023. Havia, portanto, a previsão do retorno da cobrança de PIS/Cofins sobre esses combustíveis a partir de 1º de março”, disse.

Ainda no grupo transportes, o gás veicular registrou queda de 2,61% e óleo diesel, de 3,71%. As passagens aéreas, que haviam recuado 9,38% em fevereiro, caíram 5,32% desta vez. Reajustes em tarifas de táxi em Belo Horizonte, em ônibus intermunicipal na região metropolitana do Rio de Janeiro, além de ônibus urbano em quatro áreas de abrangência do índice, também influenciaram em Transportes.

Acumulado

No ano, o IPCA acumula elevação de 2,09% e, nos últimos 12 meses, de 4,65%, percentual menor do que os 5,60% registrados no período imediatamente anterior. Esse foi o menor IPCA em 12 meses desde janeiro de 2021.

Outros grupos

Na sequência de altas, ficaram saúde e cuidados pessoais (0,82%) e habitação (0,57%). Nos dois casos foram observadas desacelerações em relação a fevereiro, contribuindo com 0,11 pp e 0,09 pp, respectivamente. O grupo saúde e cuidados pessoais foi pressionado, especialmente, pelo avanço de 1,20% do plano de saúde, que permanece incorporando as frações mensais dos planos novos e antigos referentes ao ciclo de 2022-2023. Já no grupo habitação, o maior impacto (0,09 pp) partiu da energia elétrica residencial, que subiu 2,23%.

A queda da alimentação no domicílio, que saiu da alta de 0,04% em fevereiro para o recuo de 0,14% em março, foi a causa do aumento de 0,05% em alimentação e bebidas. Outro grupo que teve aumento (0,50%) foi o de comunicação. Em movimento contrário, o grupo artigos de residência, que caiu 0,27% depois de alta de 0,11% em fevereiro, foi o único pesquisado a registrar queda neste mês.

As variações negativas em março, nos itens de televisão, som e informática (-1,77%) foram as principais responsáveis pelo comportamento do grupo. “As promoções realizadas durante a semana do consumidor, ocorrida em março, podem ter influenciado”, relatou o analista.

Regiões

Nos índices regionais, todas as áreas avançaram em março, sendo que a maior variação foi registrada em Porto Alegre (1,25%). A causa foram as altas da gasolina (10,63%) e da energia elétrica residencial (9,79%). Fortaleza, com alta de 0,35%, foi a menor variação no mês, com quedas de 17,94% no preço do tomate e de 2,91% no frango inteiro.

Pesquisa

De acordo com o IBGE, o IPCA é calculado com base nas famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.

 

Fonte: Agência Brasil – Cristina Indio do Brasil

Segunda, 10 de Abril de 2023
Liberação do crédito rural alcança R$ 267 bilhões em nove meses
Liberação do crédito rural alcança R$ 267 bilhões em nove meses Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

O desembolso do crédito rural totalizou R$ 267,5 bilhões no Plano Safra 2022/23, no período de julho/2022 até março/2023. Os financiamentos de custeio tiveram aplicação de R$ 160 bilhões. Já as contratações das linhas de investimentos totalizaram mais de R$ 72,7 bilhões. As operações de comercialização atingiram R$ 21,7 bilhões e as de industrialização, R$ 13 bilhões.

De acordo com a análise da Secretaria de Política Agrícola, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), foram realizados 1.473.837 contratos no período de nove meses, sendo 1.069.286 no Pronaf e 167.745 no Pronamp.

Os valores contratados pelos pequenos e pelos médios produtores foram, respectivamente, de R$ 43 bilhões no Pronaf e de R$ 40 bilhões no Pronamp, em todas as finalidades (custeio, investimento, comercialização e industrialização).

Os demais produtores formalizaram 236.806 contratos, correspondendo a R$ 185 bilhões de financiamentos contraídos nas instituições financeiras.

Entre os programas prioritários de financiamento agropecuário, o Programa para a Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária, conhecido como Programa ABC+, se destaca, com a aplicação de R$ 3,5 bilhões, seguido dos programas de construção de armazém, de inovação e de apoio aos médios produtores rurais, cujas contratações foram de R$ 2 bilhões.

Em relação às fontes de recursos do crédito rural, a participação dos recursos obrigatórios, no total das contratações, foi de R$ 63 bilhões, e a de recursos da poupança rural controlada atingiu R$ 53 bilhões. As duas fontes somam 43% do total do crédito rural. 

A demanda por recursos não controlados somou R$ 107,9 bilhões, com destaque para os recursos da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) com R$ 64,1 bilhões, o equivalente a 24% de todos os financiamentos.

A região Sul continua com o destaque nos financiamentos do Plano Safra com R$ 89 bilhões. O estado do Rio Grande do Sul lidera o ranking das contratações na região, com 44% das contratações da região, seguido pelo Paraná, com 41%.

O Centro-Oeste está em segundo lugar no desempenho do crédito, com R$ 71 bilhões. Nas contratações desta região, Mato Grosso detém a maior parte das contratações (39%). Goiás soma 37% das aplicações da região.

Liberação de Recursos para o Crédito Rural em 2023

No atual governo, de janeiro a março, foram liberados R$ 55,4 bilhões de crédito rural, que representa 10% a mais do aplicado no mesmo período do ano passado, em todas as finalidades do crédito rural (custeio, investimento, comercialização e industrialização).

Nos três primeiros meses do ano, o custeio totalizou quase R$ 31,5 bilhões, os financiamentos em investimentos alcançou R$ 13,3 bilhões, a comercialização somou R$ 7,9 bilhões e a industrialização, R$ 2,8 bilhões.

Os valores apresentados são provisórios e foram extraídos no dia 5 deste mês, do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor/BCB), que registra as operações de crédito informadas pelas instituições financeiras autorizadas a operar em crédito rural.

Dependendo da data de consulta no Sicor ou no Painel Temático de Crédito Rural do Observatório da Agropecuária Brasileira, podem ser observadas variações dos dados disponibilizados ao longo dos trinta dias seguintes ao último mês do período considerado.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Segunda, 10 de Abril de 2023
Embrapa apresenta tecnologias inovadoras na Agrishow 2023 em comemoração aos seus 50 anos
Embrapa apresenta tecnologias inovadoras na Agrishow 2023 em comemoração aos seus 50 anos Fonte: EMBRAPA

A Embrapa estará na 28ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação – Agrishow, uma das maiores feiras agrícolas no mundo, de 01 a 05 de maio de 2023, em Ribeirão Preto, SP. No ano de comemoração de seus 50 anos, participa com seis Unidades e 14 tecnologias, produtos e serviços, incluindo lançamentos, para o produtor rural, seja ele agricultor familiar ou grande empresário, de diferentes cadeias produtivas.

Assim, a Empresa vem mantendo sua tradição e compromisso com a sociedade de desenvolver e apresentar opções tecnológicas diversificadas ao homem do campo, levando algumas de suas principais tecnologias de incremento à agricultura sustentável.

ALIMENTOS

Abelha-sem-ferrão – A Embrapa investe no desenvolvimento de tecnologias para criação e uso sustentável das abelhas-sem-ferrão (ASF). Seu objetivo é gerar renda a partir da biodiversidade brasileira de abelhas e aumentar a produtividade dos cultivos dependentes delas para polinização. A produção de mel e polinização de diversas espécies de culturas é uma grande contribuição das abelhas nativas sem ferrão para a agricultura brasileira.

A Kombee da A.B.E.L.HA. (Associação Brasileira de Estudos das Abelhas) com a qual a Embrapa mantém parceria no desenvolvimento de tecnologias para criação e uso sustentável das abelhas sem ferrão, estará na feira com abelhas nativas para mostrar a Multiplicação de colônias de abelhas sem ferrão em escala comercial para uso na polinização agrícola e os benefícios delas para a sociedade.

Solução tecnológica inovadora para o sistema de multiplicação e manejo de colônias de abelhas sem ferrão (Scaptotrigona depilis), conhecida popularmente no Brasil como mandaguari. Permite a produção in vitro de rainhas, por meio da superalimentação das larvas, com a produção de cerca de 2 mil rainhas por mês, a partir de uma única colônia.

Possibilita a produção de colmeias em escala comercial, para uso na polinização de cultivos agrícolas, como berinjela, morango, tomate, café, maçã e melão, e também disponibiliza o serviço de aluguel de colmeias para a polinização de lavouras, que atualmente só está disponível com a espécie Apis mellifera, com ferrão, que representa um risco aos trabalhadores rurais e não são eficientes polinizadoras em determinadas culturas agrícolas.

Mais informações: https://abelha.org.br/tag/kombee/

Cultivares de amendoim – Três cultivares de amendoim de alta produtividade e adaptadas ao cultivo mecanizado em grande escala serão lançadas pela Embrapa durante a Agrishow 2023. As novas cultivares são direcionadas ao consumo de mesa e à indústria de alimentos e se destacam pelo alto teor de ácido oleico (acima de 75%), os grãos conservam suas qualidades por maior tempo depois da colheita, garantindo maior vida útil de prateleira. A avaliação do teor de óleo oleico nas variedades de amendoim foi realizada pela técnica de ressonância magnética nuclear (RMN). Na Agrishow, o aparelho SpecFit fará análise em tempo real de amostras das cultivares.

A BRS 421 OL possui ciclo tardio, em torno de 140 dias, com manejo adequado, pode atingir uma produtividade média de 5.100 kg/ha. Tem como diferencial os grãos de formato alongado e grandes, com 70% de retenção na peneira 38/42, o maior tamanho do mercado. É ideal para consumo in natura com ou sem película (blancheados), grãos tostados (snacks) e alimentos industrializados à base de amendoim, como doces, confeitados, entre outros.

É indicada para cultivo nos estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Bahia, Ceará e Pernambuco. Mais informações: Amendoim - BRS 421 OL

A BRS 423 OL possui ciclo médio (125 dias) e produtividade média de 5.200 kg/ha, com manejo adequado, com semeadura no início da safra. É moderadamente tolerante à mancha anelar, porém é suscetível às cercosporioses, exigindo manejo eficiente para alcançar o seu elevado potencial produtivo. Os grãos são de tamanho médio/grande de formato mais arredondado, com distribuição predominante nas peneiras 38/42 e 40/50, permitindo o destino dos grãos para os mercados de in natura e confeitos de grãos inteiros (mercados interno e externo) e de outros produtos à base de amendoim (paçoca, pasta, doces, etc).

É indicada para cultivo nos estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia, Goiás, Tocantins, Rio Grande do Sul e Pernambuco. Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, a cultivar é direcionada ao plantio no início do período chuvoso. Mais informações: Amendoim - BRS 423 OL

A BRS 425 OL foi selecionada pelo seu excelente desempenho em situações de plantio tardio ou quando o manejo fitossanitário é deficiente. Possui ciclo de 135 dias, e produtividade média de 5.100 kg/ha de produtividade com manejo adequado. A cultivar se destaca pela alta rusticidade, com resistência parcial às cercosporioses e tolerância à mancha anelar.

Os grãos são de tamanho médio e arredondados, com predominância nas peneiras 40/50, atendendo aos mercados de produtos drageados (revestidos), pasta, paçoca e óleo vegetal. É recomendada para cultivo em São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Bahia, Ceará e Pernambuco.

Análise por RMN – O SpecFit HR100 é um equipamento que leva embarcado a técnica de Ressonância Magnética Nuclear (RMN) para análise não destrutiva da qualidade de alimentos, processados ou in natura, de forma rápida e não destrutiva. Desenvolvido em parceria com a startup Fine Instrument Technology (FIT), o SpecFit fará demonstração em tempo real do teor de óleo oleico em cultivares de amendoim lançadas na Agrishow.

O SpecFIT HR100 é robusto, portátil, de fácil calibração, mínima manutenção e não necessita de mão de obra especializada. O preparo das amostras é rápido, não gera resíduos e as medidas são feitas em segundos, com resultados de alta precisão. Entre as principais aplicações estão as análises de brix (teor de açúcar) de frutas e de qualidade de azeite, vinho e carne bovina.

Pesquisadores da Embrapa e da startup estarão no estande para fornecer outros detalhes. Mais informações em: https://fitinstrument.com/

Antecipe – Resultado de 13 anos de pesquisas, o Cultivo Intercalar Antecipado é um sistema inédito de produção de grãos, desenvolvido pela Embrapa, que incrementará ainda mais a produção de soja e de milho safrinha.

O método de cultivo intercalar possibilita a redução dos riscos causados pelas incertezas do clima durante a segunda safra. A tecnologia é composta por três pilares: um sistema inédito de produção de grãos, uma semeadora-adubadora exclusiva e um aplicativo para auxiliar o produtor a tomar as melhores decisões.

Mais informações: https://www.embrapa.br/sistema-antecipe

Nanoemulsão de cera de carnaúba – Emulsão com partículas nanométricas (invisíveis ao olho humano) à base de cera de carnaúba para revestimento de frutos de mesa (mamão, laranja, manga, tangerina, entre outros) sob diferentes concentrações. O composto, reforçado com nanopartículas, é aplicado em finas camadas sobre os alimentos, formando uma fina película sobre eles. Esta ação forma uma barreira contra a perda de umidade, troca de gases e ação de microrganismos, além de manter as propriedades sensoriais do fruto, proporciona maior brilho, preserva a qualidade e prolonga, em média, 15 dias a vida útil das frutas, comparada ao revestimento convencional.

De origem vegetal, a nanoemulsão atende às determinações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), é destinada ao mercado de frutas e hortaliças e disponibilizada via contrato de licenciamento. Esta solução tecnológica foi desenvolvida pela Embrapa em parceria com outras instituições.

A tecnologia é resultado de pesquisa desenvolvida dentro do conceito de inovação aberta pela Embrapa Instrumentação, em parceria com a QGP/Tanquímica, com sede em Laranjal Paulista (SP). Desenvolvimento sustentável, funcionalidade, facilidade de uso, flexibilidade, inovação, forte conexão com o setor produtivo e segurança são fatores que contribuíram para a rápida inserção do produto no mercado nacional e internacional. A distribuição e comercialização do produto, dentro e fora do Brasil é realizado pela empresa americana AgroFresh. A nonoemulsão está presente na América Latina, Europa e Ásia.

AgNest Farm Lab – Hub de inovação no formato de living lab (farm lab), formado a partir de cooperação público privada entre Embrapa, Banco do Brasil, Bayer, Jacto e Nutrien, com foco em experimentação em campo, agricultura digital e sustentabilidade, para fortalecimento da inovação aberta e do empreendedorismo no setor agropecuário.

O conceito plural do AgNest reconhece a importância da colaboração de expertises variadas entre os parceiros para desenvolver soluções relevantes e acessíveis a pessoas e empresas. O espaço em Jaguariúna foi cuidadosamente projetado para permitir uma diversidade de usos, incluindo a implementação de culturas de verão, inverno ou perenes, com a possibilidade de trabalhar em diferentes tipos de cultivo, como sequeiro, irrigado ou estruturas de cultivo protegido, atendendo assim aos diversos perfis de produtores, sejam eles pequenos, médios ou grandes.

Mais informações: https://www.agnest-farm.cnptia.embrapa.br/

 

VITIVINICULTURA DE PRECISÃO

Resultados de pesquisa e desenvolvimento em área de produção comercial (on farm research, permite o estudo direto na propriedade agrícola durante o ciclo da cultura da videira para vinho ). Em parceria com a iniciativa privada – para adaptação, validação e refinamento de procedimentos e de uso de equipamentos e sensores para a prática da agricultura de precisão em sistema de produção de uva para vinho (vitivinicultura de precisão) no Sudeste brasileiro. A caracterização da variabilidade espacial e temporal de atributos do solo e da planta pode auxiliar a realização das práticas agrícolas no vinhedo de modo diferenciado, com o sistema de dupla poda, no qual a colheita é realizada durante o inverno.

O público terá a oportunidade de conhecer o resultado de um estudo realizado na vinícola Terras Altas, de Bonfim Paulista, distrito de Ribeirão Preto, SP, que permitiu a produção de vinhos finos de inverno diferenciados. A chamada vitivinicultura de precisão adota procedimentos e usa equipamentos e sensores para a prática da agricultura de precisão (AP) em sistema de produção de uva para vinho.  A pesquisa comprovou que a variação de atributos do solo e da planta em pequenas áreas de um mesmo vinhedo permite a colheita seletiva de uvas e a obtenção de vinhos finos de inverno com características distintas.

Os resultados obtidos em safras recentes, em sistema de dupla poda, podem auxiliar o viticultor na tomada de decisões sobre práticas agrícolas, para obtenção de produtos diferenciados e de interesse, e contribuir para a maior qualidade do vinho nacional. No estande, o visitante poderá conferir o processo de avaliação com técnicas de agricultura de precisão e a geração dos mapas de variabilidade de área e qualidade final do vinho.

 

CONTROLE BIOLÓGICO

Aplicativo Guia InNat – Uma das maiores dificuldades para o produtor é identificar os inimigos naturais das pragas que atacam sua lavoura, especialmente para quem pretende utilizá-los como método de controle, pois esses aliados naturais podem ser confundidos com as próprias pragas. Para facilitar a identificação, especialistas da Embrapa desenvolveram um aplicativo com o qual é possível acessar imagens dos agentes naturais de controle mais comuns.

O intuito do Guia para o reconhecimento de inimigos naturais de pragas agrícolas é auxiliar agricultores e técnicos para que possam identificar, em meio à fauna presente nos cultivos agrícolas, artrópodes – geralmente insetos – que são controladores naturais de pragas, de forma que possam mantê-los no sistema produtivo, beneficiando-se do controle biológico de forma isolada ou conjunta com outros métodos.

Com um smartphone em mãos, o produtor pode comparar um inseto coletado em campo com a galeria de imagens. Além disso, pode ir para o campo, fotografar um inseto presente na sua lavoura e comparar no mesmo momento a foto tirada com o celular com as imagens da galeria do Guia InNat. Além de fotos, o aplicativo contém informações sobre cada grupo de inimigo natural e sua função na natureza.

FLORESTA

Aplicativo Restaura Mata Atlântica – Com o objetivo de subsidiar técnicos e produtores rurais para que possam produzir, conservar ou mesmo restaurar o bioma conciliando o planejamento ambiental à atividade agrícola, pesquisadores da Embrapa e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFFRJ) desenvolveram um aplicativo com informações detalhadas de 276 espécies vegetais da Mata Atlântica. A ideia é oferecer uma ferramenta que permita o planejamento ambiental e econômico para os projetos de restauração, contribuindo assim para o uso racional dos recursos naturais.

O aplicativo permite identificar de forma rápida e dinâmica informações sobre as principais espécies florestais nativas do bioma, como por exemplo o nome científico, o nome popular e onde ocorre. Além de dados botânicos, a Embrapa buscou inserir as características funcionais das espécies, como sua capacidade de fixação biológica de nitrogênio, a atratividade que exerce sobre a fauna silvestre e a oferta de produtos florestais madeireiros e não madeireiros. Foi também elaborado de forma que possa ser atualizado permanentemente com novas informações sobre as espécies.

O Restaura Mata Atlântica pode ser usado em ambientes on-line ou off-line, é gratuito e está disponível para download na loja de aplicativos Google Play.

 

INSUMOS

Arbolina – O biofertilizante par aplicação foliar à base de nanopartícula de carbono é um insumo agrícola desenvolvido pela Embrapa para aumentar a eficiência dos sistemas produtivos. Composto principalmente por carbono (47%), nitrogênio (17%) e hidrogênio (4%), tendo como base a nanotecnologia Arbolina, possui propriedades potencializadoras da atividade fotossintética, para aumento da eficiência dos sistemas produtivos.

É um bioestimulante indicado para a produção de tomate e morango, podendo ser aplicado via pulverizações foliares. Suas características químicas, como o tamanho nanométrico das partículas, permitem uma absorção mais eficiente pelas folhas e, dentro da planta, ativa rotas metabólicas essenciais, que aumenta a capacidade de absorção e aproveitamento da luz, promovendo um maior ganho energético. Como conseqüência, há um maior desenvolvimento do sistema radicular propiciando um maior aproveitamento de água e nutrientes que, aliado a outros fatores, possibilitam aumentos de produtividade de até 25% para tomate industrial e estimativa de aumento de até 80% para o morango. Além dos benefícios diretos no desenvolvimento vegetal, o bioestimulante é biodegradável, não gera resíduos, não prejudica micro-organismos benéficos do solo e de sistemas aquáticos, além de ser totalmente biocompati?vel, podendo ser misturado a outros insumos agrícolas e utilizado na mesma aplicação.

Auras – O Auras é um bioinsumo produzido a partir da rizobactéria Bacillus aryabhattai, extraída das raízes do mandacaru (Cereus jamacaru), para ser aplicado em lavouras, principalmente milho para aumentar a resiliência e a capacidade de adaptação das plantas ao estresse hídrico, promovendo o crescimento da cultura mesmo em condições de seca. A solução da Embrapa, em parceria com a NOOA Ciência e Tecnologia Agrícola (MG), é resultado de mais de 12 anos de pesquisa.

A Mitigação da Seca por Bactérias Benéficas por meio do Auras, além de propiciar maior segurança no ambiente de produção, promove também maior estabilidade no ambiente biológico e otimiza o uso da água pela planta. O bioinsumo é capaz de reduzir os efeitos causados pelas estiagens prolongadas, minimizando riscos e expressando o verdadeiro potencial das lavouras. Na Agrishow informações sobre o correto uso do Auras serão repassadas pelos técnicos da Embrapa e da NOOA e o produto industrializado será demonstrado pela empresa.

Mais informações em:  https://www.nooabrasil.com.br/auras

BioAs – Após 20 anos de estudos, a tecnologia de Bioanálise de Solo (BioAS), lançada em 2020, foi desenvolvida com o objetivo de preencher uma lacuna nas análises de solo que eram feitas pelos laboratórios. Até então, apenas fatores relacionados à química e física eram avaliados. Com a BioAS passou a ser possível revelar aspectos relacionados ao funcionamento biológico do solo, que até então passavam despercebidos nas análises de fertilidade, mas que podem impactar o desempenho econômico das lavouras e a sustentabilidade dos agroecossistemas.

O grupo de pesquisa com Bioindicadores de Qualidade de Solo da Embrapa tem se dedicado à seleção de bioindicadores robustos, que permitam que o agricultor brasileiro possa monitorar a “saúde” de seu solo, sabendo exatamente o que avaliar, o porquê avaliar, como avaliar, quando avaliar e principalmente, como interpretar o que foi avaliado.

O ativo BioAS é uma tecnologia que agrega o componente biológico às análises de rotina de solos. Consiste na análise das enzimas arilsulfatase e beta-glicosidase, associadas aos ciclos do enxofre e do carbono, respectivamente. Por estarem relacionadas, direta ou indiretamente, ao potencial produtivo e à sustentabilidade do uso do solo, essas enzimas funcionam como bioindicadores e ajudam a avaliar a saúde dos solos.

A principal aplicação do ativo é a agregação nas análises de rotina de solo de parâmetros que verificam o nível de atividade biológica do solo, para auxiliar na tomada de importantes decisões sobre o manejo da propriedade agrícola.

Mais informações: https://www.embrapa.br/busca-de-solucoes-tecnologicas/-/produto-servico/6047/bioas--tecnologia-de-bioanalise-de-solo-

Plataforma para análise de solos em projetos de Agricultura de Precisão e mercado de C – Desenvolvida em parceria com a startup Agrorobótica, a plataforma para análise de solos em projetos de agricultura de precisão e mercado de C é baseada no equipamento AGLIBS e métodos embarcados para análise de solos (hardware e método de preparo e suporte da amostra, calibrações e análises, uso de inteligência artificial e dados em nuvem ou servidor local para obtenção dos resultados e mapas de recomendação), como também rotinas que a antecedem (coleta e identificação única digital de amostras, georrefereciamento e registro de dados da propriedade, envio e armazenamento de dados), e que sucedem a análise (mapas de recomendação e envio de relatórios ao usuário final mediante interface digital).

As análises envolvem inteligência artificial e aprendizagem de máquina, associando as informações espectrais a mapas da variabilidade espacial dos nutrientes e interpretação agronômica; os resultados e recomendações, por exemplo, envolvem textura, pH, teor de alumínio, concentração de macro e micronutrientes, e carbono. Para o caso das análises de carbono no solo, a empresa parceira e cotitular do ativo junto à Embrapa atende a certificação da instituição Verra, habilitando a tecnologia LIBS para validação de projeto de crédito de carbono, viabilizando a rastreabilidade, segurança das análises e aferição para monetização.

 

ÁREA DE NEGÓCIOS

Este ano a Embrapa abre espaço para a apresentação de ativos visando ao licenciamento a instituições privadas, que possam converter a pesquisa desenvolvida em laboratório e ou no campo em produtos disponíveis no mercado e, assim, beneficiar a sociedade brasileira. Entre os ativos estão:

SondaLeite – Trata-se de uma sonda dedicada à avaliação de amostras líquidas, por meio de uso da luz emitida e captada, por componentes semicondutores que fazem parte do sistema sensor. As informações coletadas pelo SondaLeite são realizadas por meio de espectros de reflectância do espectrômetro Bentley 2000, que são convertidos em arquivos numéricos. O sensor é aliado a procedimento de calibração prévia, dependendo do tipo de análise a ser feita. Destaca-se por ser um sistema portátil, robusto e adaptável a diversas aplicações. Pode ser usado direta ou indiretamente em contato com amostras em análise; possui rapidez de análise.

O instrumento SondaLeite tem como principal foco de aplicação à qualidade do leite, quanto ao grau de acidez e instabilidade do produto nos locais de produção e coleta. A cadeia leiteira é de grande importância econômica e social para o país, sendo carente de técnicas rápidas de análise no local de produção que resolva as incertezas e subjetividades causadas pelos testes usados para monitorar a qualidade do leite cru.

A presença na Agrishow tem como objetivo divulgar a tecnologia em busca de empresas com interesse em realizar o licenciamento com a Embrapa para a produção do equipamento.

 

Serviço

28ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação - Agrishow
Data: 01 a 05 de maio de 2023
Local: Rodovia Antônio Duarte Nogueira, Km 321 - Ribeirão Preto, SP
Horário: das 9 às 18h
Localização: Estande da Embrapa - E14a1 do mapa da feira.

Fonte: Embrapa

Segunda, 10 de Abril de 2023
Instituto Rio Grandense do Arroz participa de Dia de Campo em São Borja
Instituto Rio Grandense do Arroz participa de Dia de Campo em São Borja Fonte: IRGA

POR IGOR GARCIA - ASSESSOR DE IMPRENSA

Nesta terça-feira (4) aconteceu o Dia de Campo de Soja Camalhão, no município de São Borja, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. O evento foi organizado pela Granja União, Tarumã e 8º Nate do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).

Participaram do evento, mais de 80 produtores e técnicos ligados ao sistema produtivo de arroz, que buscam alternativas de outras culturas para diversificar a matriz produtiva. Entre os temas abordados, desafios, perspectiva e atual realidade da cultura da soja em terras baixas.

Na primeira estação, apresentada por Roger Portela e Cleiton Ramão, técnico orizicultura e engenheiro agrônomo coordenador regional da Fronteira Oeste do Irga, sendo abordado o tema manejo de soja sobre sulco.
Já as vitrines tecnológicas sobre coleção de cultivares de soja, posicionamentos técnicos de produtos químicos e uso de inoculantes biológicos, foram apresentados nas demais estações que contavam com profissionais representantes da Syngenta e VitalAgro.

Para Cleiton Ramão, Coordenador regional da Fronteira Oeste do Irga, o Dia de Campo foi importante.
"A busca de informações práticas e operacionais, através de dias de campo e roteiros técnicos, ficou evidenciado no evento de hoje realizado em uma lavoura comercial". salientou Ramão.

Fonte: Irga

Segunda, 10 de Abril de 2023
Contra as invasões de terras, propostas no Congresso buscam paz no campo
Contra as invasões de terras, propostas no Congresso buscam paz no campo Fonte: Frente Parlamentar Agropecuária

terras Brasil afora. Em diversas regiões do país é possível presenciar ocupações ilegais de propriedades privadas, de forma contínua e ordenada. E os impactos que têm início no campo, selam o panorama de preocupação na mesa de cada brasileiro. O que se busca, diante dos acontecimentos, é a recuperação da ordem, a garantia de segurança jurídica, a oferta de comida de qualidade com preço justo à população, mas especialmente, a paz no campo.

     A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), historicamente, se posiciona de forma irrevogável, a favor do direito de propriedade e contra todo e qualquer tipo de invasão. A importância desse direito e seu reconhecimento é, inclusive, uma das principais bandeiras da bancada no Congresso Nacional. Por isso mesmo, membros da FPA agiram rapidamente para coibir tais ações, seja com o apoio para a instalação de CPI, seja por meio de Projetos de Lei que aumentam as punições para quem comete esse tipo de crime.

     Além de acabar com a impunidade, que por vezes acrescenta coragem aos criminosos, a FPA se preocupa, igualmente, com o alimento, os custos de produção, e como todo o processo de levar o alimento à cidade é afetado pelas invasões. Nesse sentido, o presidente da FPA, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), alerta para as consequências diretas ao bolso de cada cidadão.

“O que queremos mostrar é que o desrespeito às leis traz danos gravíssimos ao dia a dia de todos nós. Seja no preço dos produtos no supermercado ou no custo do alimento, isso vai afetar a mesa do brasileiro – resultado do esbulho possessório, das invasões de terras e da insegurança jurídica que temos presenciado”.

     Lupion ressalta que é a maior onda de invasões em 15 anos e que a instalação de uma CPI é algo natural, diante de um fato determinado. Para o presidente da bancada, é importante averiguar quem banca as invasões, quem coordena e o que tem suscitado tais atitudes.

     A CPI mencionada por Lupion foi originada de três requerimentos unificados dos deputados federais Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS), Kim Kataguiri (União Brasil-SP) e Ricardo Salles (PL-SP), todos membros da Frente, e contou com o apoio da bancada. Para Zucco, não é possível tolerar que o direito de propriedade seja cerceado.

“Os invasores usam do discurso de promoção da reforma agrária para invadirem e se apropriarem de terras particulares. Tivemos em menos de três meses um número de invasões maior que nos últimos quatro anos. O setor agropecuário e o País precisam ser respeitados e precisamos recuperar a paz que vivíamos”, disse.

     O deputado Kim Kataguiri salientou que a reforma agrária deve ocorrer mediante o poder público e não com o uso descabido da violência. “Invasões, ameaças, chantagens, extorsões e agressões não vão promover a reforma agrária. O cometimento de crimes não deve gerar direitos, deve gerar cadeia. Movimento sem-terra só tem legitimidade se atuar pacificamente e dentro da lei”.

 

Para o deputado Ricardo Salles a instalação da CPI é a demonstração de união dos parlamentares que querem o pleno desenvolvimento do Brasil e do agro. “Queremos descobrir quem está por trás de tudo isso. Quem fornece alimento, alojamento, quem dá dinheiro e diz como e quando invadir. As práticas desses grupos se assemelham muito à extorsão”, enfatizou.

     A semelhança com figuras do Código Penal fizeram o deputado federal Evair de Melo (PP-ES), membro da FPA, apresentar o Projeto de Lei 938/2023, que tem como objetivo punir com mais rigor as invasões a propriedades privadas e produtivas. 

“Não há justificativas que expliquem a motivação do vandalismo e do terrorismo causado nessas propriedades privadas. Esses criminosos precisam ser punidos. Estamos virando reféns de criminosos que não respeitam as leis. Se quisermos a paz no campo, a legislação precisa ser fortalecida”.

     Além dos Projetos de Lei acima citados, membros da FPA apresentaram outras propostas com o propósito de reduzir o índice de invasões e aumentar as punições. É o caso do PL 1373/2023, do deputado federal Lázaro Botelho (Progressistas-TO), que impede que invasores de propriedades rurais sejam beneficiários de Programas relacionados à Reforma Agrária, regularização fundiária ou linhas de crédito voltadas ao setor. Projeto semelhante ao apresentado pela deputada coronel Fernanda (PL-MT) – o PL 1052/2023 penaliza invasões de terras com suspensão ou impedimento de acesso à Programas de Reforma Agrária. 

     Já o PL 1198/2023 de autoria do deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO), aumenta a pena de esbulho possessório, isto é, a ocupação de um determinado bem, através de violência, clandestinidade ou precariedade para até oito anos de detenção.

     Somam-se a esses, também, o PL 895/2023, do Tenente Coronel Zucco, que propõe a perda de benefícios de programas sociais a quem invade; além do PL 149/03, do deputado federal Alberto Fraga (PL-DF), que classifica como terrorismo atos violentos contra propriedades públicas e privadas, e do PL 8262/2017, que permite a ação da polícia sem a necessidade de ordem judicial para retomada de propriedades invadidas – o deputado federal Marcel van Hattem (NOVO-RS) apresentou requerimento de urgência para que a proposta possa ser analisada diretamente pelo Plenário da Câmara, sem a necessidade de votação nas Comissões da Casa.

Monitoramento das invasões

     Dados de monitoramento dos governos estaduais referente às ocupações ilegais, mostram que o número de propriedades invadidas chega a 41. Só na Bahia, foram 14 propriedades invadidas, em 11 municípios. Em seguida, aparece o estado de São Paulo, com 11 invasões, em oito diferentes cidades. Os estados de Mato Grosso do Sul, com quatro invasões, Pará e Tocantins, com três; Goiás e Minas Gerais, duas; Paraná e Pernambuco, com uma invasão cada, vêm na sequência.

Campanha de Combate às Invasões

     A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) tem denunciado invasões de propriedades rurais e trabalhado em soluções para punir criminosos. A bancada defende a atuação firme das autoridades competentes para coibir as ocupações e garantir a segurança do campo. Durante este mês de abril, em todas as redes sociais da Frente, têm sido abordados diversos temas relacionados ao assunto, e os consequentes prejuízos econômicos e sociais. Além, é claro, da óbvia insegurança jurídica e a violência no campo. 

     Trata-se da Campanha de Combate às Invasões, que traz o alerta para toda a população acerca dos crimes, exatamente por conta do movimento conhecido como “Abril Vermelho”. Nos três primeiros meses deste ano, foram protagonizadas cenas de terror em várias regiões do País. A FPA lança a campanha para ressaltar que a paz no campo é o único caminho possível para que haja alimento de qualidade e na quantidade necessária, como o País sempre foi capaz de produzir, alimentando brasileiros e demais países do globo.

Fonte: ww.fpagropecuaria.org.br

Segunda, 10 de Abril de 2023
RIO GRANDE DO SUL - Conab busca ampliar o acesso ao milho no estado
RIO GRANDE DO SUL - Conab busca ampliar o acesso ao milho no estado Fonte: CONAB

Depois da retomada do Programa de Venda em Balcão (ProVB) no último 24 de março, com o objetivo de garantir o auxílio aos pequenos criadores afetados pela estiagem no Rio Grande do Sul, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) busca ampliar o número de beneficiários do Programa no estado gaúcho, nas regiões específicas atingidas pela estiagem.

Para isto, a Companhia solicita que os criadores realizem o registro da demanda para assim dimensionar a necessidade específica de cada localidade. São público-alvo do ProVB, desde que não sejam integrados ou integradores, os avicultores, os suinocultores, os bovinocultores, os caprinocultores, os ovinocultores, os bubalinocultores, os coturnicultores e os aquicultores detentores da DAP/Pronaf ou CAF/Pronaf.

Ainda que não tenham esses documentos, também podem participar os criadores que explorem imóvel rural com área equivalente a até 10 (dez) módulos fiscais ou cuja renda bruta anual oriunda da atividade atenda ao limite vigente no âmbito do Pronaf. Não é permitida a participação de pessoa jurídica no Programa.

Desta forma, os criadores que atendem os requisitos e têm interesse em acessar o milho vendido no ProVB devem realizar previamente o seu registro no Sistema de Cadastro Nacional de Produtores Rurais, Público do PAA, Cooperativas, Associações e demais Agentes (Sican).

O registro no sistema deverá ser preenchido via internet, por meio de link disponível no sítio eletrônico da Conab  – onde também constam orientações para preenchimento (Manual do Sican – Público do Programa de Venda em Balcão).

Serviço:
Superintendência Regional do Rio Grande do Sul
Endereço: Rua Quintino Bocaiúva, 57 - Bairro Floresta - Porto Alegre/RS
Telefone: (51) 3314-4167/61
E-mail: rs.cadmilho@conab.gov.br

Fonte: Conab

Segunda, 10 de Abril de 2023
Previsão de inflação do mercado financeiro sobe para 5,98%
Previsão de inflação do mercado financeiro sobe para 5,98% Fonte: Agência Brasil

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, subiu de 5,96% para 5,98% este ano. A estimativa consta do Boletim Focus desta segunda-feira (10), pesquisa divulgada semanalmente, em Brasília, pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2024, a projeção da inflação ficou em 4,14%. Para 2025 e 2026, as previsões são de inflação de 4% para os dois anos.

A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3,25% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 1,75% e o superior, 4,75%. Segundo o BC, a chance de a inflação oficial superar o teto da meta em 2023 é de 83%.

A projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Em fevereiro, puxado pelo grupo educação, com os reajustes aplicados pelos estabelecimentos de ensino na virada do ano, o IPCA ficou em 0,84%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o indicador acumulou alta de 1,37% no ano e de 5,6% em 12 meses.

Para março, Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, registrou variação de 0,69%. O IPCA de março será divulgado pelo IBGE amanhã (11).

Juros básicos

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa está nesse nível desde agosto do ano passado e é o maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar.

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre o ano em 12,75% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é de que a taxa básica caia para 10% ao ano. Já para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 9% ao ano e 8,75% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio

A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano passou de 0,9% para 0,91%.

Para 2024, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento de 1,44%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,76% e 1,8%, respectivamente.

A expectativa para a cotação do dólar está em R$ 5,25 para o fim deste ano. Para o fim de 2024, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5,27.

Fonte: Agência Brasil – Andréia Verdélio

Imagem: José Cruz

Quinta, 06 de Abril de 2023
“De onde virão os terneiros?”
“De onde virão os terneiros?” Fonte: Assessoria de Comunicação Senar - RS

“De onde virão os terneiros?”: seminário propõe formas de desenvolver a agropecuária gaúcha

Evento promovido pelo Senar-RS ocorre em Piratini (RS) nos dias 12 e 13 de abril, com visita a propriedades que demonstram bons índices reprodutivos no Estado

Quando bem feita, por meio de estratégia e conhecimento, a pecuária pode ser competitiva e grande aliada da agricultura. É o que mostra o seminário “De onde virão os terneiros?”, que integra a programação de mais um Fórum Permanente do Agronegócio em Piratini (RS), nos dias 12 e 13 de abril.

O primeiro dia do evento será dedicado para visitar três propriedades com diferentes perfis, mas que têm em comum a intensificação dos índices reprodutivos, principalmente em relação à taxa de desmame, que está em torno de 55% no Rio Grande do Sul. “Os indicadores mostram que essas propriedades se destacam em comparação à média da produção do Estado”, explica o Técnico do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS) Pedro Rodrigues. As propriedades visitadas apresentam números que chegam a 80% na taxa de desmame.

 

Pedro também destaca que o dia de campo é importante para aproximar os produtores: “Claro que é relevante um profissional, um técnico ou um pesquisador falar sobre produtividade, mas vemos a importância de quando um produtor explica diretamente para o outro”. Já no segundo dia de evento, a programação conta com palestras de tecnologias, manejos e estratégias para que esses índices reprodutivos sejam potencializados.

 

Rodrigues conta que essas são demandas dos produtores de Piratini, mas que as temáticas cabem para qualquer região do Estado. Uma outra pauta que será debatida é sobre o uso de reservas forrageiras para momentos de crise no inverno e no verão. Durante o frio, a geada reduz o campo nativo, da mesma forma que um verão muito seco pode prejudicar a produção – como foi o caso dos últimos dois anos.  Assim, o produtor precisa saber se preparar para sempre ter estoque de comida, seja em feno, seja em silagem, ou outras alternativas, e estar organizado para enfrentar as adversidades no campo.

O Senar-RS estará à disposição dos produtores no evento, levando esses dois dias de informação e muita troca de experiência e conteúdo. Segundo Pedro, o objetivo é disseminar conhecimento para que a pecuária se estabeleça com maior produtividade e seja uma parceira da agricultura, atingindo os benefícios das duas atividades na integração da lavoura-pecuária.

O evento é realizado pelo Senar-RS juntamente com a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) e apoio da Casa Rural e do Sindicato Rural de Piratini. As entidades oferecem almoço gratuito aos participantes no local.

 

Serviço: “De onde virão os terneiros?”

Quando: 12 de abril, às 8h (Dia de Campo); e 13 de abril às 8h (Seminário)

Onde: o encontro no dia de campo será em propriedades nos distritos de Piratini. No dia 13 de abril será no Parque de Exposições de Piratini

Quanto: entrada franca

Inscrições:

 

Informações para a imprensa:

Luísa Santini

Padrinho Conteúdo e Assessoria

(51) 9.9928-8882 / luisa@padrinhoconteudo.com

Quinta, 06 de Abril de 2023
Ministro recebe representantes Movimento Brasil Competitivo
Ministro recebe representantes Movimento Brasil Competitivo Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Com o objetivo de dar continuidade ao projeto de implementação da plataforma de autocontrole digital, o Ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, conversou nesta quarta-feira (5) com o presidente do Movimento Brasil Competitivo (MBC), Jorge Gerdau. A plataforma, também conhecida por SDA Digital, tem por objetivo desburocratizar e modernizar a relação do governo com o setor privado.

“Essa reunião com o Movimento Brasil Competitivo é muito importante para darmos seguimento a um processo já iniciado de transformação da Secretaria de Defesa Agropecuária nos seus procedimentos e processos relacionados à fiscalização e registros, que é a grande plataforma SDA Digital”, explicou  Fávaro.

Desenvolvida pela Secretaria de Defesa Agropecuária com o apoio do MBC, a Plataforma de Autocontrole vai possibilitar uma visão mais precisa das cadeias produtivas e seus processos, tanto animal, vegetal e insumos agrícolas, proporcionando uma fiscalização mais efetiva, com a emissão de certificados de qualidade dos produtos embasada em confiabilidade e na agilidade do processo autodeclaratório.

Durante a reunião, Jorge Gerdau falou sobre a evolução tecnológica que está acontecendo no mundo e o papel do Mapa nessa evolução. "Uma excelente reunião como essa, onde podemos dialogar sobre um importante projeto como o do autocontrole. Por isso, considero um dos mais importantes ministérios, pois atende aos interesses da base da população, além de trazer modernização e tecnologias para o agro”, disse.

Se afastando da ideia de autoinspeção e autorregulação, o autocontrole pode ser descrito como a capacidade do agente privado implantar, executar, monitorar, verificar e corrigir procedimentos de produção e distribuição de insumos agropecuárias, alimentos e produtos de origem animal ou vegetal, visando garantir sua inocuidade, identidade, qualidade e segurança.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Quinta, 06 de Abril de 2023
Equipes volantes da Seapi se revezam na vigilância ativa para influenza aviária
Equipes volantes da Seapi se revezam na vigilância ativa para influenza aviária Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

POR ELAINE PINTO

O zumbido do drone, semelhante a uma grande abelha, rompe a calmaria no Parque Nacional da Lagoa do Peixe, unidade de conservação localizada nos municípios de Tavares e Mostardas e administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Pilotado pelo fiscal estadual agropecuário Pablo Fagundes Ataide, o aparelho está auxiliando na observação de aves migratórias, que costumam fazer uma parada no local antes de prosseguir viagem rumo ao Norte.

Pablo e seus colegas, Renata Marques e Guilherme Leite Dumer, compõem uma das 32 equipes volantes de fiscais da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), que vêm trabalhando em regime de escala semanal desde que casos de influenza aviária foram registrados na América do Sul. As equipes, que vão se revezando, estão atuando em oito regiões do Estado: nas áreas de fronteira com Argentina e Uruguai, sítios de aves migratórias e grandes lagoas. Pablo, Renata e Guilherme estiveram de 20 a 27 de março monitorando a Lagoa do Peixe e a Lagoa dos Patos.

O trabalho consiste em vigilância observacional em locais com coleções de águas, como lagos, lagoas, barragens, lavouras de arroz e açudes, que servem como ponto de parada de aves de vida livre. Os fiscais têm utilizado drones e binóculos para fazer estas observações. “O objetivo é a detecção precoce de qualquer suspeita, em caso de eventual ingresso da influenza aviária”, explica a fiscal estadual agropecuária Ananda Paula Kowalski, do Programa Estadual de Sanidade Avícola.

As equipes também estão conversando com produtores, moradores, comerciantes e lideranças locais sobre o risco de ingresso da doença no Rio Grande do Sul, os principais sinais clínicos a serem observados e os canais para notificação em caso de suspeita. No caso específico da Lagoa do Peixe, houve prioridade para o diálogo com os pescadores que atuam no local.

“Em nossa atividade na região, avistamos aves de todos os tipos, todas muito saudáveis. Entramos em várias propriedades rurais e conversamos com muitos produtores a respeito da gripe aviária, levando informativos com os dados da secretaria, para que as pessoas sinalizem a presença de aves mortas, tanto as aves de fundo de quintal quanto as silvestres”, conta Renata, que trabalha na Inspetoria de Defesa Agropecuária de Ivoti, Regional Porto Alegre.

Para Pablo, foi uma oportunidade de sair das atividades rotineiras de sua inspetoria de origem, em Encruzilhada do Sul, na Regional Rio Pardo. “Trabalhamos mais com bovinos e equinos, eventos, fiscalização de agropecuárias. A nossa regional não está inserida nas áreas que contam com avicultura comercial expressiva, aqui é mais avicultura de subsistência. Foi uma semana de grande aprendizado sobre as aves migratórias e a região da Lagoa do Peixe, especialmente no convívio com os técnicos do ICMBio”, conclui.

O Serviço Veterinário Oficial do Rio Grande do Sul já acumula 1.545 ações de vigilância ativa desde janeiro de 2023, com estimativa de 1,03 milhão de aves observadas; além de 921 ações de educação sanitária, com alcance estimado de 386 mil pessoas. Nas ações de vigilância ativa, foram registrados três casos suspeitos, todos já descartados.

A vigilância passiva recebeu 59 notificações de casos suspeitos, com colheita de amostras em 12 dessas ocorrências. Todos os laudos foram negativos para influenza aviária. O painel de acompanhamento das ações pode ser consultado.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Imagem: Fernando Dias