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Segunda, 27 de Março de 2023
Estiagem provoca queda de 5,1% do PIB do RS em 2022
Estiagem provoca queda de 5,1% do PIB do RS em 2022 Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

POR VAGNER BENITES/ASCOM SPGG

A estiagem que atingiu o Rio Grande do Sul, especialmente nos meses de verão, impactou os números da economia gaúcha, que apresentou queda de 5,1% em 2022. Mesmo com a recuperação registrada no quarto trimestre em relação ao trimestre anterior (+1,7%), livre de efeitos sazonais, o Produto Interno Bruto (PIB) foi diretamente afetado pelo resultado da Agropecuária, que caiu 45,6% em 2022. Os outros dois grandes segmentos da economia que compõem o cálculo, a Indústria (+2,2%) e os Serviços (+3,7%), sustentaram altas no acumulado do ano. No Brasil, o PIB de 2022 teve crescimento de 2,9%.
 

Quando considerado apenas o quarto trimestre de 2022, em relação ao trimestre anterior, o setor de Serviços (+1%) e a Agropecuária (+43,3%) puxaram a alta de 1,7%. Na comparação com igual período de 2021, a variação do PIB do RS foi negativa (-1,3%).

O resultado do acumulado do ano e do quarto trimestre de 2022 da economia do Rio Grande do Sul foi divulgado nesta quinta-feira (23/3) pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), e contou com a participação da titular da SPGG, Danielle Calazans, e dos técnicos do departamento.

Acumulado de 2022

Entre os grandes setores da economia, a queda na Agropecuária (-45,6%) foi puxada pelas reduções na produção de Soja (-54,3%), Milho (-31,6%), Fumo (-14,6%) e Arroz (-9,7%), principalmente. O Trigo, principal cultura de inverno, apresentou alta de 49,0% na quantidade produzida. 

Na Indústria, todas as atividades registraram desempenho positivo em 2022, com destaque, em termos percentuais, para Construção (+5,8%), Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (+5,6%), Indústria extrativa mineral (+3,4%) e Indústria de Transformação (+0,7%), o setor industrial mais representativo no Estado.

Entre as 14 atividades da Indústria de Transformação, os principais destaques positivos nos números vieram das indústrias de Máquinas e Equipamentos (+12,3%), Veículos automotores, reboques e carrocerias (15,3%) e Produtos do fumo (+11,4%). As maiores quedas no setor foram observadas nas indústrias de Produtos químicos (-12,5%), Móveis (-12,9%) e Produtos de metal (-4,1%).

Nos Serviços, das sete atividades divulgadas no PIB, seis tiveram variação positiva no ano passado. Em termos percentuais, os principais destaques são para os Serviços de informação (+8,7%), Outros Serviços (+8,2%) e o Comércio (+5,3%), enquanto Administração, educação e saúde públicas teve o único resultado negativo do segmento (-0,6%).

Nas atividades comerciais, seis das dez atividades apresentaram desempenho positivo, entre elas os Hipermercados e supermercados (+4,5%), Combustíveis e lubrificantes (+30,4%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (+6,9%). Comércio de veículos (-8,1%) e Material de construção (-12,1%) registraram as quedas de maior impacto nos números.

"Como já era esperado, a queda da produção agrícola do Estado, ocasionada por forte estiagem, notadamente nos dois primeiros trimestres do ano, acabou por determinar que o PIB gaúcho apresentasse retração em 2022, na comparação com 2021. Por outro lado, indústria e serviços cresceram, compensando, em parte, as perdas na agricultura", avaliou o pesquisador em Economia do DEE, Martinho Lazzari.

PIB nominal e PIB per capita

Em 2022, o PIB do Rio Grande do Sul somou R$ 594,96 bilhões (6% do PIB nacional), e o PIB per capita registrou o valor de R$ 51.701, queda de 5,4% na comparação com 2021.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Segunda, 27 de Março de 2023
Previsão do mercado financeiro para inflação cai para 5,93%
Previsão do mercado financeiro para inflação cai para 5,93% Fonte: Agência Brasil

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, caiu de 5,95% para 5,93% este ano. A estimativa consta no Boletim Focus desta segunda-feira (27), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2024, a projeção da inflação ficou em 4,13%. Para 2025 e 2026, as previsões são de inflação de 4%, para os dois anos.

A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 1,75% e o superior de 4,75%.

Da mesma forma, a projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Em fevereiro, puxado pelo grupo educação, com os reajustes aplicados pelos estabelecimentos de ensino na virada do ano, o IPCA ficou em 0,84%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o indicador acumulou alta de 1,37% no ano e de 5,6% nos últimos 12 meses, percentual mais baixo do que os 5,77% verificados no período imediatamente anterior.

Juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa está nesse nível desde agosto do ano passado e é o maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar.

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre o ano em 12,75% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é de que a taxa básica caia para 10% ao ano. Já para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 9% ao ano, nos dois anos.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio

A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano cresceu de 0,88% para 0,9%.

Para 2024, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país) é de crescimento de 1,4%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,71% e 1,78%, respectivamente.

A expectativa para a cotação do dólar está em R$ 5,25 para o fim deste ano. Para o fim de 2024, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5,30.

 

Fonte: Agência Brasil – Andreia Verdélio

Imagem: Marcello Casal Jr.

Sexta, 24 de Março de 2023
Presidente da CNA abre encontro sobre segurança no campo
Presidente da CNA abre encontro sobre segurança no campo Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

O presidente da CNA, João Martins, e os presidentes e representantes das Federações de agricultura e pecuária participaram de uma reunião sobre criminalidade no campo com Secretarias de Segurança estaduais na sede da Confederação.

No encontro, os participantes de todo o país aproveitaram para trocar experiências sobre a situação nos Estados e apresentaram iniciativas bem-sucedidas para conter a criminalidade no meio rural.

João Martins destacou, na abertura, a disposição da Confederação em colaborar com os Estados e com as Federações em iniciativas voltadas para a questão da segurança e lembrou que, em 2017 durante a sua gestão, foi criado o Observatório da Criminalidade com o objetivo de traçar um diagnóstico e propor ações que combatam a violência que atinge o produtor rural e seus familiares.

Também na abertura, o presidente da Comissão Nacional de Assuntos Fundiários da CNA e da Famasul, Marcelo Bertoni, ressaltou que o campo precisa de paz para produzir e os diversos crimes cometidos nas propriedades levou a CNA a realizar o encontro com as Secretarias de Segurança para debater propostas de boas iniciativas que podem ser aplicadas no campo.

“Uma série de ocorrências nos levou a buscar um alinhamento e ver o que precisamos para ter segurança, principalmente para o produtor fazer o que mais sabe, que é produzir mais com sustentabilidade. Mas ele precisa de paz no campo. Vamos pegar essas boas práticas passar para os estados e tomar medidas para combater o crime e garantir o direito de propriedade.

Também estiveram na abertura o diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Daniel Carrara, o diretor técnico, Bruno Lucchi, o consultor de segurança da CNA, Rodney Miranda, e o presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Segurança Pública, Sandro Caron.

Participaram presencialmente da reunião os seguintes presidentes de federações de agricultura e pecuária: Antônio Pitangui de Salvo (Faemg); Assuero Veronez (Faeac), Álvaro Arthur Lopes de Almeida (Faeal); Humberto Miranda (Faeb); José Mário Schreiner (Faeg); Mário Borba (Faepa/PB); Pio Guerra (Faepe); Rodolfo Tavares (Faerj); José Álvares Vieira (Faern); Júlio da Silva Rocha Júnior (Faes); Ivan Sobral (Faese); e Paulo Carneiro (Faet).

As outras federações tiveram representantes presencialmente ou participaram por videoconferência. Também estiveram no encontro representantes das secretarias de segurança pública de mais de 15 estados.

Assessoria de Comunicação CNA
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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Sexta, 24 de Março de 2023
Insuficiência de chuvas pode comprometer produtividade da soja
Insuficiência de chuvas pode comprometer produtividade da soja Fonte: Emater

Mais uma vez houve insuficiência de chuvas na maior parte do Estado, entre 13 e 19/03, o que, nesta reta final de produção, pode comprometer o enchimento de grãos e consequentemente a produtividade. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (23/03), no aspecto visual houve um rápido aumento na coloração amarelada das lavouras, indicando os estágios finais de ciclo.

Entretanto, a maturação das lavouras apresenta-se de maneira desuniforme, sendo observadas, em uma mesma planta, vagens secas, prestes a abrir e a perder os grãos por debulha natural, bem como vagens completamente verdes com grãos ainda em pleno crescimento. Em parte das lavouras em maturação é observada a retenção foliar, com elevado número de folhas secas aderidas a planta, dando aspecto de maturação forçada devido à baixa umidade nos solos.

A colheita teve prosseguimento e alcançou 4% da área cultivada. No entanto, a maior parte da cultura encontra-se em enchimento de grãos (52%) e em maturação 30%. Outros 12% estão em fase de floração. As lavouras colhidas ainda apresentam resultados entre 300 e 3.000 kg/ha, mantendo a grande amplitude da safra.
A área cultivada de soja no Estado é de 6.513.891 hectares. A produtividade está estimada em 2.175 kg/ha, representando um decréscimo de 30,52% na estimativa inicial.

MILHO

Houve prosseguimento na colheita, mas em ritmo mais lento no período, pois a atenção dos produtores e parte da logística estavam envolvidas com a mesma operação na cultura de soja. O índice alcançou 74%, e estão em maturação 10% dos cultivos. Outros 8% estão em enchimento de grãos; 5% em floração e somente 3% ainda em germinação e desenvolvimento vegetativo.

Os resultados permaneceram variáveis, conforme a irregularidade na distribuição de chuvas durante os meses de verão, mas, de forma geral, são satisfatórios apenas no Quadrante Nordeste do Estado.
A área cultivada de milho no Estado é de 810.380 hectares. A produtividade está estimada em 4.440 kg/ha, representando redução de 39,49% em relação à projeção inicial.


ARROZ

A colheita avançou 15% no período, alcançando 34% da área cultivada. A celeridade no avanço foi proporcionada pelo período seco ou com chuvas pontuais e breves em algumas regiões. As lavouras em maturação representam 50%, 14% em enchimento de grãos e em florescimento 2%.

De modo geral, em relação à média das últimas cinco safras, há um pequeno atraso nas fases, que pode ser decorrente de alguns atrasos na implantação e da ocorrência de frio no início do desenvolvimento vegetativo.

As produtividades são satisfatórias, com exceção das lavouras em que a irrigação foi insuficiente ao longo do ciclo de cultivo. A área cultivada é de estimada em 889.549 hectares. A produtividade estimada é de 7.744 kg/ha, representando uma redução de 5,86% na projeção inicial.


FEIJÃO

A área cultivada em 1ª safra é de 31.449 hectares. A estimativa de produtividade é de 1.576 kg/ha, o que representa um decréscimo de 7,36% em relação à estimativa inicial.

A área destinada ao cultivo é de 20.127 hectares. A estimativa de produtividade é de 1.376 kg/ha.


OLERÍCOLAS

Na região de Soledade, após ocorrência de chuvas irregulares, observa-se a retomada da produção de algumas culturas mais rústicas que permaneceram vegetando, apesar das condições climáticas muito desfavoráveis. Os produtores relatam a colheita de vagem e tomate cereja, que, embora em pouca quantidade, proporcionam aumento da variedade da alimentação das famílias.

Nas culturas mais tenras e com maior exigência de água, como alfaces e rúculas, os produtores esperam a diminuição da temperatura do ambiente e a maior umidade do solo para iniciar o cultivo. Os olericultores iniciam o preparo das áreas destinadas ao plantio por meio da adubação orgânica, da escarificação ou revolvimento manual e construção de canteiros.

Por causa das altas temperaturas e da falta de umidade, ainda não é possível fazer a semeadura ou o transplante de mudas, principalmente para aqueles que não têm água para irrigar.


FRUTÍCOLAS

Na região de Ijuí, a colheita de nozes foi iniciada, embora a área de cultivo seja pouco representativa. Os produtores realizam a comercialização diretamente nas padarias e confeitarias.

Com relação à cultura do morangueiro, segue a poda e limpeza das plantações de segundo ano e nas de primeiro ano apresentam bom pegamento com mudas provenientes da Espanha, já emitindo folhas novas. A cultura do pessegueiro apresenta queda acentuada de folhas devido à estiagem.



PREVISÃO DO TEMPO

A próxima semana será úmida, e ocorrerão chuvas significativas no RS. Nesta quinta-feira (23/03), a aproximação de uma área de baixa pressão vai provocar chuva na maioria das regiões, com possibilidade de temporais isolados. Na sexta (24/03), a presença de uma massa de ar quente e úmido manterá a temperatura elevada, com grande variação de nuvens e possibilidade de pancadas isoladas de chuva, especialmente no Oeste e Noroeste.

No sábado (25/03), o deslocamento de uma frente fria provocará chuva em todo o Estado, com possibilidade de novos temporais. No domingo (26/03), o ingresso de ar seco afastará a nebulosidade da maioria das regiões, mas ainda ocorrerão chuvas isoladas na Metade Norte. Na segunda (27/03), a presença de uma massa de ar seco manterá o tempo firme e as temperaturas amenas em todo o Estado. Na terça (28/03) e quarta-feira (29/03), o ingresso de ar úmido provocará maior variação de nuvens, com períodos de céu encoberto e possibilidade de chuvas isoladas em todas as regiões.

Os totais esperados deverão oscilar entre 20 e 40mm na maioria dos municípios do RS. Na Fronteira Oeste, Planalto, Vales do Taquari e Rio Pardo, Região Metropolitana, Serra do Nordeste e Litoral Norte, os volumes simulados são mais elevados e deverão oscilar entre 45 e 65mm.

Crédito: Vanessa Almeida de Moraes

Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar
Jornalista Taline Schneider
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Fonte: Emater

Sexta, 24 de Março de 2023
Após reunião com Mapa, maior compradora chinesa pretende ampliar parceria com o Brasil
Após reunião com Mapa, maior compradora chinesa pretende ampliar parceria com o Brasil Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Principal empresa chinesa de investimentos no agronegócio brasileiro, a Cofco recebeu a comitiva do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) na manhã desta sexta-feira (24) na sua sede em Pequim. Durante o encontro, o ministro Carlos Fávaro falou das potencialidades brasileiras para ampliação da parceria comercial.

"Há um marco sendo estabelecido na nossa missão aqui na China. Além das relações comerciais, a retomada das relações fraternais, consequentemente ampliaram nossa parceria para compra e venda de produtos", destacou o ministro.

As operações da Cofco no Brasil representaram a exportação de 33 milhões de toneladas de produtos, num total de U$ 5,4 milhões de investimentos, sendo que a empresa detém o quinto lugar nas exportações de milho, sexto em soja e sétimo em açúcar, com 7,2 mil funcionários no Brasil, o que representa 60% da força de trabalho da empresa fora da China. Além disso, a Cofco está investindo cerca de U$ 300 milhões na reforma e ampliação do terminal arrematado no leilão do Porto de Santos para aumentar a capacidade de transporte de grãos.

"Como todos já sabem, nosso presidente Xi Jinping valoriza muito a relação Brasil - China e também nossas operações em território brasileiro", comentou o chairman da Cofco, Lyu Jun.

O embaixador do Brasil na China, Marcos Galvão lembrou que a visita do presidente Lula, precedida pelo ministro Favaro, é um marco no relançamento das relações entre os países. "O Brasil respondeu, no ano passado, por 22% de tudo que a China comprou no mundo. Este é um grande símbolo da confiança e de como se dá a nossa parceria", disse.

Diante dos números apresentados, ele ressaltou que a empresa pretende atingir, no agronegócio mundial, a mesma representatividade que a Seleção Brasileira tem no futebol.

Para isso, as parcerias com o Brasil são fundamentais. Além da comercialização de grãos, Cofco investe em infraestrutura logística no Brasil e demonstrou interesse em ampliar a relação focada na economia verde, de baixo carbono, proposta pelo Mapa.

"Com toda essa introdução sobre a cooperação, ficamos satisfeitos e com esperança no futuro. O cenário, como o ministro e o embaixador falaram, é muito importante para a Cofco, mas também para os brasileiros e os chineses. Nos 15 anos futuros, com o aumento da qualidade de vida do povo chinês nossa cooperação vai se fortalecer mais. Não somente a Cofco, mas também a China precisa de mais parceria com o Brasil", afirmou Lyu Jun.

Com o foco no novo programa ABC do Plano Safra 23/24, que terá linhas de crédito diferenciadas e com juros mais atrativos para produtores que investirem em práticas sociomabientais, o Brasil poderá contar com mais investimentos do grupo chinês, inclusive para uma parceria privada, sob coordenação do Mapa, para a recuperação de pastagens degradadas.

Diante da proposta apresentada, a Cofco organizará uma missão para visitar o Brasil em breve e seguir nas negociações.

Também participaram da reunião oficial os secretários de Comércio e Relações Internacionais, Roberto Perosa; de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart; o assessor especial Carlos Ernesto Augustin; o chefe de gabinete, Wilson Taques; o secretário adjunto de Relações Internacionais, Fernando Zelner; o adido agrícola da Embaixada do Brasil, Fábio Araújo, a diplomata da seção de agricultura Ana Prates e o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais, André Nassar, além da diretoria executiva da Cofco.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Sexta, 24 de Março de 2023
Senado debate o bloqueio das linhas de crédito do BNDES para o setor agropecuário
Senado debate o bloqueio das linhas de crédito do BNDES para o setor agropecuário Fonte: Frente Parlamentar Agropecuária

A Audiência Pública tratou da suspensão das linhas de crédito para o setor agropecuário brasileiro, por parte do Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES), anunciada no começo deste ano. Realizado pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado Federal, na manhã desta quinta-feira (23), o encontro reuniu representantes do governo e parlamentares.

O setor agropecuário é responsável por uma significativa parcela do PIB e das exportações. No entanto, nos últimos meses, esse setor tem enfrentado um grande desafio, que é justamente o bloqueio das linhas de crédito do BNDES.

A presidente da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, senadora Soraya Thronicke (UNIÃO-MS), explicou que a ideia é encontrar, junto ao governo, uma solução para que o crédito dos produtores rurais não seja bloqueado ou atrasado sem justificativa, ou embasamento legal.

“O BNDES está usando uma ferramenta para descobrir indícios de desmatamento e quando descobre, eles reservam esse crédito do produtor rural para que ele dê explicações. Isso estava causando um ruído muito grande no setor e foi por isso que nós convidamos o BNDES para essa Audiência Pública”, explica a senadora, que é membro da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).

O BNDES é uma das principais fontes de financiamento para o setor produtivo. Por meio de suas linhas de crédito, o banco financia projetos de investimento, aquisição de máquinas e equipamentos, entre outras atividades que são vitais para o desenvolvimento do setor. O bloqueio das linhas de crédito tem gerado preocupação entre os produtores rurais.

Durante a Audiência Pública, o superintendente do BNDES, Marcelo Porteiro Cardoso, reconheceu a importância do setor para a economia do País. “O agro brasileiro é destacadamente um dos mais importantes do mundo, o papel do banco é fazer com que o produtor tenha condições de produzir.”

Já o representante da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Rodrigo Justus de Brito, questionou a metodologia de análise para a suspensão das linhas de crédito: “não está clara”. Ele citou o manual de crédito rural aprovado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). “O BNDES tem que seguir as regras do conselho monetário nacional, qualquer regra de gosto e preferência tem que ser transformada em uma norma”.

O senador Jayme Campos (UNIÃO-MT), membro da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), reforçou que é preciso lutar pelas linhas de crédito voltadas aos produtores rurais. Segundo o parlamentar, o debate enriquece o tema. “A presença de todos foi muito esclarecedora, todos falaram as opiniões dos mais diversos setores. Essa é uma contribuição que podemos dar a toda a sociedade brasileira”.

No final do mês passado o BNDES reabriu as linhas e anunciou mais R$ 2,9 bilhões em crédito rural para a safra 2022/23. A medida só aconteceu após a suspensão de protocolos e contratações de novas operações de crédito dos Programas Agropecuários do Governo Federal (PAGF).

Também participaram da audiência, representantes do IBAMA, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Embrapa.

Fonte: www.fpagropecuaria.org.br

Sexta, 24 de Março de 2023
Dinâmica de Máquinas consolida a avaliação de desempenho
Dinâmica de Máquinas consolida a avaliação de desempenho Fonte: Afubra

A escolha de um modelo de máquina ou implemento agrícola para a aquisição pelos agricultores é uma tarefa que requer muita ponderação e análise não apenas sobre o preço, o fabricante, as linhas de crédito e sua real necessidade e aplicabilidade. O desempenho é fundamental. Na Expoagro Afubra 2023, que encerra hoje (24/3) em Rio Pardo, milhares de visitantes e, em especial, os interessados em novo investimento têm a oportunidade de acompanhar de perto a performance dos equipamentos no espaço reservado à Dinâmica de Máquinas, que acontece duas vezes ao dia, às 10h e às 15h.

O professor dos cursos de Engenharia Agrícola e Agronomia da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Rafael Sobroza Becker, com acadêmicos e a equipe da Afubra, coordenam as atividades do espaço. Becker destacou a boa receptividade dos visitantes que buscam mais informações sobre a performance dos equipamentos, custo e facilidade de manutenção entre outros dados e também a presença de um veículo off-road, de competição da equipe Baja de Galpão, desenvolvido na Unisc, e que chamou atenção em particular do público jovem.

A Dinâmica de Máquinas é um setor tradicional da Expoagro Afubra, sendo realizado desde a primeira edição da feira. As atividades são conduzidas na área específica para esta finalidade, junto da área em que se concentram os expositores do ramo, e que totaliza 10 mil metros quadrados. Conforme o técnico em eventos agropecuários, Claiton Dutra Teixeira, a Dinâmica de Máquinas é realizada pela Afubra, em parceria com a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), e serve para que os agricultores possam acompanhar os testes realizados com algumas máquinas, visando demonstrar a capacidade de cada uma.

Na 21ª Expoagro Afubra, os visitantes estão conferindo a apresentação de maquinários em lavouras demonstrativas de diversas culturas, como milho, soja, arroz, feijão, tabaco, pastagens, batata doce, aipim e trigo, além de pomares de diversas frutas e hortaliças. "A Dinâmica de Máquinas é fator de grande importância para os agricultores que visitam a feira para fazerem investimentos para sua propriedade, pois nela os agricultores podem tirar suas dúvidas e decidirem a melhor máquina para sua necessidade", explica Teixeira.

Assessoria de Imprensa da Expoagro Afubra 2023 - Jorn. Cleiton Santos/Fotos: Lula Helfer

Fonte: www.afubra.com.br

Quinta, 23 de Março de 2023
Ministro Fávaro anuncia em Pequim a suspensão do embargo à carne bovina brasileira
Ministro Fávaro anuncia em Pequim a suspensão do embargo à carne bovina brasileira Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Após reunião do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, com o Ministro da Administração Geral da Aduana Chinesa (GACC), Yu Jianhua, nesta quinta-feira (23), em Pequim, o governo chinês decidiu que vai levantar o embargo à carne bovina brasileira. As importações do Brasil estavam suspensas desde fevereiro após a confirmação de um caso isolado e atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (mal da “vaca louca”), identificado em uma pequena propriedade no município de Marabá (PA).

Desde a descoberta do caso, o Ministério da Agricultura e Pecuária vem trabalhando com transparência e tomando todas as providência necessárias conforme protocolo de importação internacional.

Nesta manhã, em Pequim, o ministro Fávaro anunciou a liberação da importação de carnes bovinas para a China.

“Tenho certeza que isso é um passo para que o Brasil avance cada vez mais com o credenciamento de plantas e oportunidades para a pecuária brasileira”, disse Fávaro, ao final do encontro.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Quinta, 23 de Março de 2023
Núcleo de Relações Internacionais da CNA se reúne em Brasília
Núcleo de Relações Internacionais da CNA se reúne em Brasília Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

O Núcleo de Relações Internacionais, formado por CNA e federações de agricultura e pecuária, realizou, na quarta (22), em Brasília, sua primeira reunião presencial desde seu lançamento, em novembro do ano passado, para capacitar os integrantes do colegiado e discutir ações de comércio exterior nos estados e promover uma troca de experiências.

Na abertura do encontro, que teve a presença de representantes de 22 estados, o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, destacou a importância da criação do Núcleo e falou também sobre a relevância do programa AgroBR, estimulando, a participação dos estados na promoção das exportações de pequenos e médios produtores rurais.

O vice-presidente de Relações Internacionais da CNA e presidente da Federação da Agricultura da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira, também falou sobre a importância da pauta de exportação para o agronegócio brasileiro. “Nenhum país do mundo tem uma balança comercial tão positiva quanto a do Brasil e produzida por nós, do agronegócio. Nós somos muito grandes e exemplo para o mundo em termos de segurança alimentar”, afirmou Gedeão.

O coordenador de Inteligência Comercial e Defesa de Interesses da CNA, Felipe Spaniol, conduziu o encontro e mostrou a importância que a agropecuária tem na balança comercial brasileira com os resultados de 2022. Ele também abordou as perspectivas para 2023. “O Brasil passou de um país que importava alimentos para um grande exportador, que contribui para garantir a segurança alimentar. Somos responsáveis por US$ 159,1 bilhões em exportação e por 15,1 milhões de empregos diretos”, ressaltou.

O presidente da Comissão Nacional de Grãos, Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, Ricardo Arioli, falou sobre a imagem da agropecuária brasileira no Brasil e no mundo. O consultor da CNA, Mario Vilalva, fez uma palestra sobre os mercados, os grandes acordos e a diversificação da pauta exportadora brasileira.

No período da tarde, o assessor de Relações Internacionais da CNA, Pedro Rodrigues, apresentou um passo a passo sobre o comércio exterior aos participantes. Felipe Spaniol também falou sobre a defesa dos interesses nos mercados prioritários e a utilização da inteligência como estratégia internacional. Já a assessora Elena Castellani explicou o trabalho de articulação internacional e a agenda bilateral.

O coordenador de Promoção Comercial da CNA, Rodrigo da Matta, fez uma exposição sobre estratégias de internacionalização do agro e apresentou os escritórios estaduais do projeto AgroBR, além de apresentar alguns casos de sucesso de produtores rurais atendidos pela iniciativa, desenvolvida em conjunto com a Apex Brasil.

“O AgroBR é um projeto de internacionalização de pequenos e médios produtores do agronegócio brasileiro. Estamos falando de empreendedores rurais que precisam de apoio para exportar e buscar a diversificação da pauta exportadora”, afirmou.

O encontro foi encerrado com uma palestra sobre a questão da diligência devida (proposta ambiental da União Europeia para barrar compra de produtos oriundos de propriedades desmatadas) e seus impactos nas exportações do agro brasileiro.

O coordenador de sustentabilidade da CNA, Nelson Ananias, e o assessor de Relações Internacionais da CNA, Matheus Andrade, explicaram como a CNA está tratando o tema.

“A legislação ainda não está em vigor na União Europeia e a CNA está realizando, desde junho de 2022, reuniões e discussões técnicas com autoridades europeias. Estamos também elaborando subsídios técnicos para o setor e vamos realizar missões de defesa de interesse e identificar aliados internacionais”, destacou Matheus.

Os representantes das federações tiveram a oportunidade de esclarecer dúvidas sobre os temas debatidos no encontro. Participaram os presidentes das Federações de Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) José Mário Schreiner, do Espírito Santo (Faes), Júlio da Silva Rocha Júnior, do Acre (Faeac), Assuero Veronez, e Rio Grande do Norte (Faern), José Alvares Vieira.

Comércio Internacional - O Núcleo de Relações Internacionais, lançado em novembro de 2022, tem o objetivo de ampliar as ações desenvolvidas em parceria com as federações nas questões sobre o comércio internacional dos produtos do agro brasileiro.

O colegiado tem, entre outras funções, a defesa dos interesses do produtor em mercados internacionais, definição de agenda prioritária de trabalho, disseminação de informações estratégicas sobre comércio internacional e o apoio à internacionalização das empresas participantes do AgroBR.

Assessoria de Comunicação CNA

Foto: Wenderson Araujo

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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Quinta, 23 de Março de 2023
Paineis de Inovação do Agro possibilitam trocas de experiências
Paineis de Inovação do Agro possibilitam trocas de experiências Fonte: Afubra

A Arena 1 do Espaço de Inovação do Agro foi palco para histórias de sucesso, no início da tarde de quarta-feira, 22. Por meio da atividade, promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), Sicredi e Sebrae, os visitantes da Expoagro Afubra 2023 puderam conhecer a história dos casais Daiane e Marcelo Franken, de Rio Pardo, e Roselaine Wojahn Bender e Elibio Bender, de Herveiras; e de Paula Kist, de Vale Verde.

No primeiro momento, Marcelo e Daiane falaram sobre o desenvolvimento da propriedade em Passo do Adão, interior de Rio Pardo. Produtores de soja desde 2002, adquiriram as terras em 2012. Além do plantio de 1.300 hectares do grão, trabalham com pecuária, milho e mantêm um aviário com capacidade para 5 mil aves, além de outras atividades de subsistência.

“Hoje nossa família toda está envolvida. E nós começamos a diversificar, também, devido à falta de chuva em algumas safras”, conta Marcelo. Proprietários do Agronegócios Campos Verdes, seguem com planos para o futuro. Exemplo disso foi o plantio de nogueiras para sombra. Futuramente elas também poderão representar mais uma alternativa de renda.

Ainda no Vale do Rio Pardo, o trabalho junto ao Sítio Buraco Fundo - Pousada Romântica foi compartilhado pela proprietária Paula Kist. Pioneira no turismo rural em Vale Verde, a turismóloga apresentou o empreendimento, no qual conta com o auxílio da avó Cecília Kist, de 89 anos, que atua na gastronomia do local.

“O sítio já está na família há mais de 70 anos. Mas em 2023 faz oito anos que estou lá. No início, recebíamos as famílias dentro de nossa casa”, conta Paula. De acordo com ela, a proposta é que os visitantes, entre brasileiros e estrangeiros, possam praticar o ‘nadismo’ na propriedade. Para isso, hoje são oferecidos dois bangalôs, com capacidade para um casal, cada, além de estrutura diferenciada.

Durante o encontro, outro case apresentado foi o da Família Bender. Na propriedade do casal Roselaine Wojahn Bender e Elibio Bender, em Herveiras, apesar do tabaco ser a principal fonte de renda, nogueiras também ocupam lugar de destaque. “Além disso, produzimos muitas outras culturas para consumo próprio”, conta Roselaine.

Membro da organização do bate-papo, Jeferson Klunk, do Sicredi Vale do Rio Pardo, citou a importância de momentos como esse. “Há muita riqueza que não é mostrada. Por isso é fundamental promovermos encontros em espaços como a Expoagro Afubra”.

 

Assessoria de Imprensa da Expoagro Afubra 2023

Texto e foto: Jorn. Heloísa Letícia Poll

 

Fonte: www.afubra.com.br