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Terça, 14 de Março de 2023
Valor da Produção Agropecuária é previsto em R$ 1,249 trilhão para 2023
Valor da Produção Agropecuária é previsto em R$ 1,249 trilhão para 2023 Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2023 está estimado em R$ 1,249 trilhão, valor 5 % maior do que o obtido no ano passado. O resultado é o maior de uma série com início há 34 anos. 

O VBP é calculado com base nas informações de safras de fevereiro, divulgadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O valor das lavouras está previsto em R$ 887,7 bilhões (crescimento de 8,9%) e a pecuária, 361,9 bilhões (retração de 3,4%)

Preços acima da média de anos anteriores e expectativas de boa safra em 2023 trazem contribuição positiva para um grupo amplo de lavouras, com destaque para laranja, cana-de-açúcar, milho e soja. Milho e soja representam 62,0% do VBP das lavouras, e têm participação decisiva nesses resultados. Sua influência também têm sido importante na produtividade de grãos que está sendo prevista com acréscimo de 10%. 

No caso do café, algodão e trigo, o comportamento dos preços e os níveis de produção obtidos reduziram o faturamento desse importante grupo de produtos. 

A pecuária, que vem passando o terceiro ano com taxas de crescimento negativas, ainda passa  por ajustes originados durante a Pandemia do Covid-19, e por redução dos preços internos. Isso tem trazido contrações no VBP de carne bovina e de frango, especialmente.

Os resultados favoráveis principalmente de soja e milho têm contribuído para os ganhos não apenas nos principais estados produtores como os do Centro Oeste e Sul, mas também em vários estados do Nordeste e Norte que também se beneficiam de bons períodos de chuvas. 

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Terça, 14 de Março de 2023
Irga demonstra tecnologia a delegações de quatro países
Irga demonstra tecnologia a delegações de quatro países Fonte: IRGA

Neste sábado (11), o Instituto Rio Grandense do Arroz recebeu a visita de delegações de quatro países. Representantes da China, Emirados Árabes, Gana e Nigéria estiveram na  Estação Experimental do Arroz e na Sede Administrativa do Irga. A visita teve como objetivo a prospecção de mercado, levando em conta que o Rio Grande do Sul é responsável por aproximadamente 70% do arroz produzido no Brasil, sendo cultivado em 183 municípios do estado.

As delegações foram recebidas pelo presidente da autarquia, Rodrigo Machado, pela Gerente de Pesquisa Dra. Gabriela Fonseca e pelos chefes de cada Seção de Pesquisa para apresentar a Instituição, as principais atividades e pesquisas desenvolvidas pela EEA Irga.

Os visitantes realizaram roteiro técnico no campo da Estação Experimental do IRGA, em Cachoeirinha, a genética IRGA, como acontece o desenvolvimento de cultivares de arroz. Durante o encontro foi discutido sobre Sistema Orizícola, manejo do arroz, soja e milho em terras baixas, culturas de inverno e integração lavoura/pecuária. Além da gerente da estação, participaram do roteiro os chefes de seções: Fernando Miranda - Pós Colheita; Júlio Uriarte - Sementes; Oneides Avozani - Melhoramento Genético e Pablo Badinelli - Fitotecnia.

Após visita a EEA em Cachoeirinha, as comitivas seguiram para Sede Administrativa do Irga em Porto Alegre.

O chefe da delegação nigeriana, o Major General do Exército da Nigéria, MT
Durowaiye, sinalizou ao presidente da autarquia, Rodrigo Machado, interesse na tecnologia aplicada ao plantio de arroz, inclusive na rotação de culturas do grão com milho e soja.

Já o representante dos Emirados Árabes Unidos, Abdalla Alkindi, afirmou que o país importa arroz para os estoques de segurança da Índia e do Paquistão, e a visita ao Irga, abre a possibilidade de incluir o Brasil nessa rota de exportação do grão.

Para o presidente da autarquia Rodrigo Machado, o interesse dos diferentes países demonstra o quanto a pesquisa do instituto é importante e efetiva.

"Hoje recebemos a visita de quatro países em nosso instituto, fica evidenciado aqui, o quanto a pesquisa e os trabalhos desenvolvidos no Irga, há 82 anos, são importantes e respeitados mundo afora." salientou Rodrigo.

Sobre transferência de tecnologia, Machado falou sobre a importância do interesse, mas qualquer avanço, será discutido dentro do conselho deliberativo da autarquia.

Convites

Durante a visita representantes da Nigéria e Emirados Árabes Unidos demonstraram interesse em receber representantes e pesquisadores do Instituto Rio Grandense do Arroz em seus respectivos países.

O Exército e o governo da Nigéria irão enviar convite para uma missão internacional do Irga em terras nigerianas, a fim de oficializar o termo de cooperação mútua entre o Rio Grande do Sul e a Nigéria, bem como levar a comitiva brasileira a uma visita técnica às instalações nas lavouras que pertencem ao Exército do país africano.

Devido a possibilidade de acordo tecnológico para plantio de arroz em áreas do deserto, como já acontece com algumas culturas, a possibilidade de ocorrer uma missão do Irga aos Emirados Árabes no mês de dezembro, para que o país possa avançar em questões agrícolas e de produção de alimentos.

Após visita técnica, foi oferecido às delegações, o tradicional carreteiro e arroz de leite do Irga, feito pela equipe de gastronomia da autarquia.

Ao finalizar o encontro, o presidente do Irga, Rodrigo Machado agradeceu as delegações e as Secretarias de Estado por trabalharem unidas pelo encontro.

"Importante salientar que a visita destas delegações ao Irga, foi uma ação conjunta de Estado em que estão envolvidas a Secretaria de Desenvolvimento Economico (Sedec) e Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi). Agradeço muito ao secretario Ernani Polo pela parceria, a toda equipe da Sedec, na pessoa do diretor do Departamento de Promoção Comercial e Assuntos Internacionais (DPCI), Evaldo Silva Júnior e ao secretario Giovani Feltes, um grande parceiro de trabalho, que está sendo incansável nas pautas, lutas e aspirações do Irga. Agradecemos também a presença do nosso conselheiro, José Carlos Gross e o presidente da Cooperativa de Cereais de Camaquã, Volzear Longaray Jr." destacou Machado.

Fonte: Irga

Terça, 14 de Março de 2023
CNA e Faesc iniciam Agrobrazil em Santa Catarina
CNA e Faesc iniciam Agrobrazil em Santa Catarina Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

A comitiva formada por embaixadores e representantes de seis embaixadas estrangeiras iniciou, na terça (14), a programação da 8ª edição do Programa de Intercâmbio AgroBrazil, com uma visita à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), em Florianópolis.

Na federação, o grupo conheceu o trabalho realizado pela Faesc, o potencial do agropecuário do Estado e projetos inovadores da instituição. A delegação é formada por representantes da Bélgica, Moçambique, Nigéria, Paraguai, Uruguai, Reino Unido.

O AgroBrazil apresenta a realidade da produção agropecuária nacional para representantes de delegações estrangeiras e permite um contato próximo e direto entre os diplomatas e os produtores rurais brasileiros.

Na abertura do evento, o presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo, deu as boas-vindas à comitiva e enfatizou a oportunidade de mostrar que o estado é responsável por grande parte da produção agropecuária do país. “Somos o maior produtor e exportador de suinocultura e o segundo na produção avicultura e o primeiro estado em exportação. Além da diversidade de culturas agrícolas que produzimos”, disse.

Segundo o vice-presidente de Relações Internacionais da CNA e presidente da Farsul, Gedeão Pereira, a 8ª missão do AgroBrazil mostra a importância de Santa Catarina no cenário de comércio exterior. “Este é um estado que tem uma grande produção destinada à exportação e será uma grande oportunidade mostrar de perto para os diplomatas como é organizado o setor produtivo do agro catarinense”, disse.

Também participam da missão a diretora de Relações Internacionais da CNA, Sueme Mori, o coordenador de Inteligência Comercial, Felipe Spaniol, as assessoras técnicas Rita Padilla e Elena Castelani, o superintendente do Senar/SC, Gilmar Antônio Zanluch, além de representantes de federações e de sindicatos.

O grupo assistiu, ainda, uma apresentação realizada pelo vice-presidente da Faesc, Enori Barbieri, sobre o potencial agropecuário e sua representatividade na economia do Estado. Segundo ele, o setor agropecuário representa 30% da atividade econômica no Estado. Santa Catarina tem cerca de 183 mil propriedades rurais e uma grande diversidade produtiva. A agropecuária responde por 70% das exportações totais do estado.

A assessora da Faesc, Andreia Barbieri Zanluchi, apresentou a estrutura e forma de atuação da Federação em conjunto com os sindicatos para o desenvolvimento da produção do estado de Santa Catarina. Gilmar Antônio Zanluchi, também mostrou a forma de atuação do Senar, bem como projetos e programas realizados no estado.

O AgroBrazil, que será realizado até a próxima sexta (17), vai passar por cidades de Santa Catarina para conhecer projetos de maricultura, vitinicultura, fruticultura, suinocultura, avicultura, lácteos e grãos.

Assessoria de Comunicação CNA
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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Terça, 14 de Março de 2023
Novo sistema de cultivo de erva-mate pode produzir até dez vezes mais que o tradicional
Novo sistema de cultivo de erva-mate pode produzir até dez vezes mais que o tradicional Fonte: EMBRAPA

Um novo sistema de cultivo de erva-mate, desenvolvido pela Embrapa Florestas (PR), permite até dez colheitas em 18 meses, ou seja, nove a mais do que o tradicionalmente utilizado na cultura, que é de apenas uma no mesmo período. Denominado de Cevad-estufa, apresenta também potencial para o desenvolvimento de novos produtos, principalmente diferentes tipos de chás a partir de folhas jovens das plantas, cultivadas em canaletas dentro de estufas, como pequenos arbustos. O sistema ainda vai passar por validação junto a produtores rurais, mas os resultados são promissores e podem contribuir para elevar a erva-mate a um patamar superior no mercado de chás e outros produtos de maior valor agregado, além de ampliar a sua comercialização no Brasil e no mundo.

Segundo o pesquisador Ivar Wendling, o Cevad-estufa é voltado para a colheita de folhas jovens e não das maduras, tradicionalmente utilizadas na produção de chimarrão, por exemplo. Assim como já se produz o chá-preto, chá-verde e chá branco a partir da Camellia sinensis, que utiliza folhas e processos distintos, será possível fazer isso também com as folhas da erva-mate (Ilex paraguariensis) e gerar chás com sabores diferenciados e maiores concentrações de cafeína e antioxidantes. Tudo isso ainda poderá ser potencializado com o uso de cultivares melhoradas de erva-mate, previstas para serem lançadas em até três anos pela Embrapa Florestas.

No Cevad-estufa, as erveiras são alocadas em estufa, dispostas em linhas, em canteiros suspensos contendo areia devidamente preparada para este fim. O espaçamento entre elas é de 15 cm x 15 cm, e as plantas atingem de 15 cm a 30 cm de altura. A cada 30 a 90 dias, novas brotações surgem, podendo ser colhidas para a elaboração de chás ou para a extração de compostos como a cafeína e antioxidantes, por exemplo, que se encontram em maior concentração nas folhas jovens. O novo sistema permite que sejam alocadas mais de 300 mil plantas de erva-mate em um hectare, enquanto no sistema de produção em campo, são instaladas 2.200 plantas por hectare. 

 “A cada 60 dias, em média, é possível coletar novas brotações e folhas. Resultados mostraram que é possível produzir em um ano até 90 toneladas de biomassa por hectare no novo sistema, enquanto a média da produtividade brasileira de erva-mate é de 7,5 toneladas por ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)”, afirma o pesquisador. “Não são formas de plantio que competem entre si. Cada uma tem um objetivo e formas diferenciadas de condução”, ressalta Wendling.

Custos de Implantação 

A adoção do Cevad-estufa, que difere totalmente do cultivo a campo, demandará maiores custos para a implantação, já que envolve investimentos com as instalações da estufa, canaletões, aquisição de grande quantidade de mudas, assistência técnica e mão de obra especializada para o manejo, além de fertilizantes para uma solução nutritiva adequada. “Apesar do custo inicial, o sistema tem um grande potencial de produtividade, além da geração de matéria-prima diferenciada. Com essas vantagens, prevê-se que o investimento da implantação se pague com o tempo e gere um bom retorno econômico”, diz o pesquisador. “Além disso, apresenta um maior potencial de automação”, acrescenta.

Avaliação da produtividade e composição química mediante sombreamento

Entre as pesquisas que embasaram a viabilidade do cultivo Cevad-estufa estão uma dissertação de mestrado da aluna Natália Aguiar e duas teses de doutorado dos alunos Jéssica Tomasi e Leandro Marcolino Vieira, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), realizadas na Embrapa Florestas. Segundo Aguiar, a proposta do estudo foi usar esse sistema de produção de biomassa de erva-mate para fins industriais e avaliar a influência do sombreamento e do clone na produção de folhas maduras e jovens em sucessivas colheitas, bem como na sua composição química. “Os resultados apontaram que o sistema é tecnicamente viável para o cultivo de erva-mate, com alta produtividade de biomassa quando comparado a sistemas tradicionais em campo, com destaque para a grande produção de folhas jovens”, complementa. 

A mestranda avaliou dois genótipos de erva-mate (um de alta e outro de baixa cafeína), que estão sendo desenvolvidos pela Embrapa Florestas, submetidos a cinco níveis de sombreamento (0% - sem sombreamento, 40%, 51%, 76% e 82%) em estufa, ao longo de um ano. “Este estudo com clones de erva-mate esclareceu questões relacionadas aos efeitos do sombreamento na produção de biomassa e compostos bioativos. A sombra em qualquer nível reduziu a produtividade da erva-mate, e não recomendamos sombreamento acima de 76% no cultivo da espécie neste sistema, já que reduziu em mais de três vezes a produção de biomassa”, diz.

Ela acrescenta que “o sombreamento também teve influência nos teores dos compostos analisados, como maior teor de cafeína nos maiores níveis de sombreamento. Entretanto, a baixa produção de folhas nessas condições não compensa a adoção do sombreamento. A diferença entre clones também pôde ser observada na produtividade de massa foliar e nos compostos bioativos, indicando a importância da seleção de materiais genéticos para cada finalidade industrial”, afirma Aguiar.

Produção do sistema e caracterização química

 

O estudo de doutorado da aluna Jéssica Tomasi avaliou a produção de biomassa ao longo de um ano e a composição de bioativos, utilizando diferentes clones e doses de nitrogênio na solução nutritiva. Os resultados de produtividade demonstraram haver pouca oscilação ao longo das seis colheitas no ano, confirmando o potencial do sistema em termos de produção contínua e a variação entre genótipos. Também, segundo Tomasi, concluiu-se haver influência da sazonalidade no teor dos compostos bioativos, como a cafeína e diferentes tipos de antioxidantes.

Outro estudo sobre o Cevad-estufa, conduzido por Leandro Vieira, analisou aspectos relacionados ao enraizamento de miniestacas e à produção de massa verde de erva-mate. Foi avaliada também a composição química de 15 clones quanto aos teores de cafeína, teobromina, compostos fenólicos, açúcares e proteínas totais. Constatou-se que, de modo geral, genótipos de erva-mate apresentam características específicas quanto à composição química, produtividade, potencial de propagação, necessidade de utilização de reguladores vegetais, sazonalidade, intervalo entre colheitas, entre outros aspectos, o que demonstra a viabilidade das cultivares que estão em estudo no atendimento a nichos de mercado para produtos específicos. 

“A produção de massa verde no novo sistema se mostrou diferenciada e com resultados inéditos, e que poderá vir a ser um sistema de cultivo visando à produção de matéria-prima para a indústria da erva-mate”, afirma Vieira. Além disso, dois genótipos se destacaram por conter altos teores de compostos fenólicos totais, proteínas, cafeína e alta atividade antioxidante. Outro genótipo apresentou alta produtividade de massa verde em cultivo Cevad-estufa, possibilitando a produtividade de 96 toneladas por hectare ao ano, segundo o estudo.

“Genótipos altamente produtivos e com características químicas diferenciadas podem resultar em produtos de grande interesse para a indústria da erva-mate. Assim, o conhecimento das características de cada genótipo quanto à exigência nutricional, forma de cultivo, poda, propagação, entre outros fatores, têm potencial para aumentar a eficiência na multiplicação e cultivo da erva-mate”, frisa Vieira.

Cevad-estufa pode resultar em cápsulas de antioxidantes, inéditas no mercado

Estudos apontaram a existência de cerca de 200 compostos químicos em folhas da erva-mate, muitos potencialmente bioativos. Com esse novo sistema de produção, além de chás especiais, é possível extrair compostos para produção de cosméticos, suplementos alimentares e produtos farmacêuticos para distintos fins.

Uma das opções são cápsulas ou sachês com pó de extrato de erva-mate, que apresentam importante efeito antioxidante. Outro produto de interesse são os estimulantes, devido à alta qualidade e concentração de cafeína nas folhas jovens de erva-mate, em materiais genéticos melhorados. “Até onde sabemos, ainda não estão disponíveis no mercado cápsulas diferenciadas e nem é realizada a extração de cafeína e antioxidantes de erva-mate em escala comercial, o que torna esses estudos muito promissores”, enfatiza Wendling. 

Fonte: Embrapa

Imagem: Manuela Bergamin

Terça, 14 de Março de 2023
Novo arcabouço fiscal considerará superávit e dívida, diz Alckmin
Novo arcabouço fiscal considerará superávit e dívida, diz Alckmin Fonte: Agência Brasil

O ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, disse hoje (13) que o novo arcabouço fiscal, elaborado pelo governo federal para substituir o teto de gastos, deverá estipular um limite de gastos associado ao superávit fiscal e à evolução da dívida pública.

De acordo com o ministro, a nova regra deverá ser encaminhada em até dois meses ao Congresso Nacional. Segundo Alckmin, uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está agendada nos próximos dias para debater a questão.

“[O novo arcabouço] deve ser votado em lei complementar, que deve estar sendo encaminhada nos próximos 30, 60 dias para o Congresso Nacional. Ela deverá levar em conta o limite de gastos, deverá levar em conta a curva da dívida, evolução da dívida, e a questão do superávit. É uma combinação de vários fatores. Vamos aguardar que o ministro da Fazenda, depois da aprovação do presidente Lula, deve anunciar”, disse.

Mal da vaca louca

O ministro afirmou que aguarda o sinal verde da China para o Brasil voltar a exportar carne bovina ao país asiático. De acordo com Alckmin, “é questão de dias” a retomada do envio do produto aos chineses. As exportações brasileiras de carne bovina à China foram suspensas após a descoberta de um caso de mal vaca louca em um animal no Pará, no final de fevereiro. Exames mostraram, no entanto, que o caso é atípico, quando o bovino desenvolve a doença de forma natural, em razão da idade, e não por contaminação.

“A bola está com a China. Foi comprovado que esse caso não é clássico, é um caso atípico por animal idoso. Então nós estamos aguardando, acho que é questão de dias para que seja liberado. E é importante, porque mais de 50% da exportação da carne brasileira é para a China”, disse.

As declarações de Alckmin foram dadas, na capital paulista, em evento da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).

 

Fonte: Agência Brasil – Bruno Bocchini

Imagem: José Cruz

Sexta, 10 de Março de 2023
Fórum Florestal do RS discute inovações no turismo
Fórum Florestal do RS discute inovações no turismo Fonte: Expodireto Cotrijal

Glamping, ilexturismo e agroturismo tecnológico foram os três temas debatidos no 15º Fórum Florestal do Rio Grande do Sul, nesta quinta-feira (09/03), durante a Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque.

O extensionista rural da Emater/RS-Ascar, Ilvandro Barreto de Mello, palestrou sobre ilexturismo, uma modalidade que busca aproximar do turismo a árvore símbolo do Rio Grande do Sul, a erva-mate. "O Rio Grande do Sul está iniciando neste processo", disse Mello. "Existem algumas iniciativas interessantes nos polos ervateiros da região dos Vales, Alto Taquari e Celeiro-Missões", completou Mello.

Marcos Santini, proprietário do glamping Geonâmica, explicou que o termo glamping, que une as palavras glamour e camping, foi criado em 2005, contudo a prática de acampar com luxo remonta ao século 16. "Os reis faziam grandes acampamentos com o glamour dos seus palácios", disse Santini. "O glamping está iniciando no Brasil, mas é muito difundido na América do Sul, especialmente no Chile e Argentina", concluiu.

Outro tema do fórum, o agroturismo tecnológico, foi abordado pelo coordenador técnico da Famurs, Mário Ribas do Nascimento. A proposta é levar o turista para áreas agrícolas. Segundo Nascimento, municípios como Não-Me-Toque, onde ocorre a Expodireto Cotrijal, tem grande potencial para o agroturismo tecnológico, pois concentra um expressivo parque de máquinas e atividades agrícolas.

 

ASSINATURA

Ainda na quinta-feira, foi assinado um Termo de Intenção para Acordo de Cooperação, com a finalidade de implementar um novo circuito de ilexturismo no Estado, o Circuito das Águas, das Tropas e do Mate, no polo ervateiro Nordeste Gaúcho. A iniciativa envolve os municípios Mato Castelhano, Gentil, Caseiros, Lagoa Vermelha, Barracação e Machadinho.

O ato de assinatura reuniu, no Espaço da Emater/RS-Ascar, na Expodireto Cotrijal, um grande número de prefeitos e agentes ligados ao turismo, além de representantes das secretarias estaduais de Turismo (Setur) e Desenvolvimento Rural (SDR).


Fonte: Assessoria de Imprensa EMATER/ASCAR

Sexta, 10 de Março de 2023
CNA apresenta pautas prioritárias do setor leiteiro
CNA apresenta pautas prioritárias do setor leiteiro Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

 O presidente da Comissão Nacional de Bovinocultura de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Ronei Volpi, se reuniu nesta semana com deputados e representantes do Ministério da Agricultura, em Brasília, para apresentar as pautas prioritárias do setor.

Na Câmara, ele se reuniu na terça (7) com os deputados Messias Donato (Republicanos/ES) e Paulo Litro (PSD/PR) para discutir a situação atual da atividade leiteira no Brasil, além dos desafios do setor para 2023 e a tramitação de projetos de lei relativos ao setor.

Ronei Volpi pontuou como uma das prioridades a aprovação do PL 5925/2019, que desonera as rações e suplementos minerais para alimentação de bovinos da incidência do PIS/Pasep e Cofins, para contribuir com a redução dos desembolsos dos produtores.

Segundo estudos da CNA, a desoneração representaria economia de 9,25% com este insumo produtivo nas propriedades rurais, ajudando o setor a recuperar o volume de produção.

Outro ponto tratado foi a delicada situação da balança comercial de lácteos. O país ainda figura como importador líquido e ações de defesa comercial são necessárias para resguardar o setor de práticas desleais de comércio, avalia Volpi.

Segundo ele, com a conjuntura macroeconômica global sinalizando para um cenário de recessão em 2023 e 2024, a demanda fragilizada deve contribuir com o recuo das cotações internacionais de lácteos, o que poderia favorecer importações e expor o setor nacional à competição com o leite muitas vezes subsidiado em suas nações de origem.

Na quarta (8), o dirigente da CNA, que também preside a Câmara Setorial do Leite e Derivados do Mapa, teve encontros nas Secretarias Executiva e de Defesa Agropecuária no Ministério da Agricultura, juntamente com entidades industriais e cooperativistas, onde foram debatidos pontos como a manutenção de fóruns de discussão setorial, como o Grupo de Competitividade do Leite Nacional e o Comitê Técnico Consultivo da Qualidade do Leite.

De acordo com Volpi, a atuação desses dois colegiados, que têm entidades representativas de todos os elos da cadeia de valor, tem sido fundamental para propor os necessários avanços na produção e na industrialização de leite.

Assessoria de Comunicação CNA
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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Sexta, 10 de Março de 2023
Inovação na bovinocultura de leite é assunto da parcela temática da Emater/RS-Ascar
 Inovação na bovinocultura de leite é assunto da parcela temática da Emater/RS-Ascar Fonte: Emater

Durante a Expodireto Cotrijal 2023, a parcela de bovinocultura de leite, no espaço da Emater/RS-Ascar, trata sobre as inovações e tecnologias que estão sendo implementadas nas propriedades rurais e que visam ajudar os produtores a melhorar sua qualidade de vida e de seus consumidores.

Dentre as tecnologias utilizadas, a ordenha mecanizada e o sistema de gado em confinamento são as principais mudanças aderidas pelos produtores da região. Segundo o extensionista rural da Emater/RS-Ascar, Vilmar Leitzke, além de melhorarem o processo de produção, elas são essenciais para o bem-estar animal, para à agregação de renda e ainda, ajudam a superar os problemas que a estiagem trouxe neste verão, "visto que as áreas de plantio de silagem estão sendo otimizadas em períodos em que estariam ociosas para gerar alimento de qualidade, garantindo comida para as vacas leiteiras em caso de perdas nos meses de calor intenso", afirmou.

O extensionista rural contou que na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Passo Fundo, os agricultores já estão aderindo às tecnologias e tendências para o manejo de rebanho e produção. "Eles têm feito a sua parte, de maneira bem feita e com consciência de seus limites de investimento e aplicação de recursos", completou Leitzke.

A Expodireto Cotrijal segue até amanhã, sexta-feira (09/03), com horários de funcionamento das 8h às 18h.

Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar na Expodireto Cotrijal 2023
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Fonte: Emater

Sexta, 10 de Março de 2023
Soja impulsiona em 20,6% a produção de grãos na safra 2022/23
Soja impulsiona em 20,6% a produção de grãos na safra 2022/23 Fonte: Agência Brasil

A produção nacional de grãos na safra 2022/23 pode alcançar 309,9 milhões de toneladas. Quase metade desse volume vem das lavouras de soja, representando uma colheita em torno de 151,4 milhões de toneladas. Os dados são do 6º Levantamento da Safra de Grãos, divulgado nesta quinta-feira (9) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Segundo a Conab, esse volume, se confirmado, representa um aumento de 20,6% acima ao registrado no período anterior, o que indica uma recuperação na produtividade das lavouras, que foram atingidas pelas condições climáticas adversas no período de 2021/22.

“A atual estimativa de produção da oleaginosa cresce se comparada com o ciclo passado, mas representa uma variação negativa de 1% em relação ao último anúncio da Conab devido à intensificação, em fevereiro, dos danos causados pela estiagem no Rio Grande do Sul. No entanto, essas perdas foram compensadas, em parte, pelos ganhos observados em Tocantins, São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul”, disse o presidente da companhia, Guilherme Ribeiro.

A Conab informa ainda que a colheita avança em todas as regiões produtoras, com percentuais abaixo na comparação com a safra 2021/22. O ritmo mais lento é explicado por causas específicas, entre elas, o excesso de chuvas, que dificulta o tráfego de máquinas nas lavouras e as precipitações durante a colheita.

O levantamento ressalta que, em algumas áreas, o plantio da soja foi realizado de forma tardia, como em determinados locais produtores de Goiás e do Matopiba (área que engloba os estados de Mato Grosso, do Tocantins, Piauí e da Bahia), enquanto que em outras regiões foi registrada ocorrência de temperatura mais baixa, o que trouxe impacto no desenvolvimento do grão, alongando o ciclo da cultura.

Esse atraso traz impactos na semeadura do milho 2ª safra, que já tem semeada 63,6% da área prevista para a cultura em todo o país. No mesmo período do ano passado, esse índice chegava próximo de 75%. Ainda assim, a companhia projeta um crescimento na produção de 11,3% podendo chegar a 95,6 milhões de toneladas.

“É importante destacar que semear o milho fora da janela ideal pode aumentar os riscos durante o desenvolvimento das lavouras, e não há garantia de como a cultura irá se desenvolver em condições climáticas adversas”, diz a superintendente de Informações da Agropecuária da Conab, Candice Romero Santos.

Já na primeira safra do cereal, a colheita esperada é de aproximadamente 26,76 milhões de toneladas, 6,9% acima da safra 2021/22.

O algodão, outra importante cultura de 2ª safra, já está completamente semeado. Houve aumento de 4% na área, atingindo 1,66 milhão de hectares, informou a Conab. “Com isso, a expectativa é que a colheita da pluma atinja 2,78 milhões de toneladas. Para o arroz, a produção é estimada em 9,9 milhões de toneladas, 8,4% inferior ao volume produzido na safra passada devido à redução de área, aliada às condições climáticas adversas, sobretudo no Rio Grande do Sul, maior estado produtor. No caso do feijão, a Conab estima uma colheita de 2,92 milhões de toneladas, somando as três safras”.

* Com informações da Conab

Fonte: Agência Brasil

Imagem: CNA/Wenderson Araujo/Trilux

Sexta, 10 de Março de 2023
Preço diferenciado de maquinário atrai produtores para a Expodireto
Preço diferenciado de maquinário atrai produtores para a Expodireto Fonte: Expodireto Cotrijal

A 23ª Expodireto Cotrijal é um ótimo local para fazer negócios. Na feira, os produtores rurais podem conferir uma vasta quantidade de equipamentos agrícolas com condições diferenciadas oferecidas. Quem confirma é o casal de produtores rurais Luiz Antônio e Maria Fátima Tamiozzo, de Coronel Bicaco, na região Noroeste do Rio Grande do Sul. Eles adquiriram uma semeadora de inverno, de 24 linhas.

“Já estava namorando há uns tempos esse maquinário. A questão do preço mais atrativo durante a feira foi determinante para comprar agora, já que os negócios saem um pouco melhor”, relata Luiz Antônio.

A família trabalha com as culturas de soja, trigo e milho, em uma área de cerca de 400 hectares. Apesar da estiagem dos últimos dois anos, Luiz Antônio ressalta que é importante investir neste momento para não correr o risco de ficar estagnado.

“Pelo que temos acompanhado da meteorologia, a tendência é o La Niña ir embora e entrar o El Niño. Se isso acontecer, é claro que será positivo. A gente está investindo em um momento que, talvez, não seja o ideal, mas pensando que para o futuro vai melhorar. Não podemos parar no tempo. Temos que acompanhar as novidades e a tecnologia”, explica.

Em busca de tecnologia

Luiz Antônio entende que, atualmente, a tecnologia está ao alcance de todos os agricultores. Mas destaca que é preciso se manter informado para adquirir o equipamento que terá o melhor custo-benefício na propriedade.

“Antes, a tecnologia era mais para o grande produtor. Hoje, o médio e o pequeno também conseguem acessar. A Expodireto é uma oportunidade boa para ficar a par das novidades”, reflete.

A tecnologia também foi essencial para que o casal de produtores Ângelo Sarmento Klein e Caroline Knutzen, de Almirante Tamandaré do Sul, adquirisse um novo trator na Expodireto.

"Fizemos esse investimento para melhorar um pouco a tecnologia. Esse trator possibilita as trocas de marchas de forma automática e como eu tenho uma deficiência, vai me ajudar no dia a dia”, explica Klein.

O casal trabalha com soja, trigo e aveia. Na atual temporada, a seca acabou derrubando a produtividade na região. Klein esperava colher cerca de 80 sacas de soja por hectare em uma área de 300 ha, mas com a estiagem ele estima algumas parcelas com apenas 20 sc/ha.

“A região está bem castigada. Mas isso acontece, é do agro. Temos que levantar a cabeça e ir para a próxima safra. Agora vamos para o trigo e já pensamos no ano que vem. Estão falando na oportunidade de El Niño, o que deve normalizar a situação”, projeta o agricultor.

Na Expodireto, além de adquirir maquinário, o produtor aproveitou para conhecer novas tecnologias que, em breve, também poderão estar em sua propriedade.

“Encontrei empresas novas que eu nem conhecia, como, por exemplo, de drones. Eu acho que em até cinco anos boa parte dos produtores vão ter o seu próprio drone. Em um primeiro momento, entendo que não vão substituir um pulverizador, mas vão agregar em alguns tipos de pulverizações”, avalia Klein.

De olho nas novidades

A família de Dione Fiorin não vai adquirir equipamentos na feira deste ano, mas percorreu os estandes de algumas empresas para ver as novidades e avaliar investimentos futuros. Ele estava acompanhado do irmão Diego e do pai Cerineu Fiorin e do tio Alcides Boz. Na área de produção vegetal, o interesse maior era nas novas tecnologias em termos de cultivares, visando aumentar produtividade.

Eles produzem soja, milho e trigo em 900 hectares no município de Independência, na região Noroeste do Rio Grande do Rio Grande do Sul, e vêm todos os anos para a Expodireto Cotrijal. “Já fizemos muitos negócios na feira, inclusive em 2022, pois aqui sempre tem condições melhores para aquisição. Este ano, em função da segunda estiagem consecutiva, vamos segurar um pouco os investimentos”, informou.

Em safras normais, a soja rende de 65 a 70 sacas/hectare na propriedade. Ano passado, a média ficou em 18 sacas/ha. E para 2022/23, deve variar entre 10 e 40 sacas/ha, dependendo da área, pois as chuvas não atingiram as lavouras de forma regular.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Expodireto Cotrijal

Fonte: www.expodireto.cotrijal.com.br