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Terça, 07 de Março de 2023
Na Expodireto, ministro Fávaro defende redução de taxas de juros para o setor e segurança jurídica
Na Expodireto, ministro Fávaro defende redução de taxas de juros para o setor e segurança jurídica Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Em Não-Me-Toque (RS), durante a abertura da 23ª edição da Expodireto Cotrijal nesta segunda-feira (6), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, defendeu a redução de taxas de juros para o agro.

“Temos uma inflação controlada, temos índices de crescimento reduzidos e as contas públicas sob controle. Por isso é possível a redução das taxas de juros para que possamos criar um novo programa de investimento”. Segundo o ministro, o Mapa já está trabalhando com uma linha de crédito junto ao BNDES com taxas de juros reduzidas.

A Expodireto Cotrijal é considerada uma das maiores feiras do agronegócio internacional. O evento, focado em tecnologia e negócios, acontece até o dia 10 de março no Parque de Exposições da Cotrijal, em Não-Me-Toque (RS).

"A Expodireto é um evento de negócios. Aqui vem se buscar informações, desenvolvimento e vem se reivindicar soluções políticas não-partidárias, mas políticas para o agronegócio. A feira tem também um papel importante no trabalho de construção em defesa do produtor”, disse o presidente da Expodireto Cotrijal, Nei César Mânica.

Em 2022, a feira movimentou R$ 4,9 bilhões em operações de venda de máquinas, equipamentos, tecnologias e serviços. São mais de 580 expositores no Parque, que foi ampliado para 131 hectares.

Durante o evento, outro ponto destacado pelo ministro é acabar com o preconceito entre os próprios produtores rurais. "Nós precisamos acabar com o preconceito de que pequenos produtores não podem ter o sonho de um pequeno pedaço de terra. Conheci um assentamento de reforma agrária com 15 cooperativas de agroindústrias e eles estavam muito focados em produzir e verticalizar a sua produção e se agregar ao cooperativismo”, completou.

Fávaro também afirmou que o governo não vai apoiar a invasão de terras produtivas. “Nós repudiamos a invasão de terras privadas produtivas. Não é assim que se constrói uma nação soberana que cumpre as leis e respeita o direito individual”, ressaltou o ministro.

No Rio Grande do Sul, o ministro também visitou a fábrica da BSBIOS, em Passo Fundo. A empresa produz, por meio de oleaginosas e gorduras animais, um biocombustível renovável e menos poluente, o biodiesel. Na cadeia do agronegócio, ainda industrializa farelo de soja e subprodutos.

Homenagem

Na noite de domingo (05), Carlos Fávaro recebeu o Troféu Brasil Expodireto 2023 na categoria Personalidade do Agro Nacional

O objetivo da premiação é homenagear empresas, instituições e personalidades que mais se destacaram por suas atuações em prol do desenvolvimento do agro no cenário brasileiro.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Imagem: Guilherme Martimon/Mapa

Terça, 07 de Março de 2023
Força do agro é reconhecida em evento de lideranças do setor
Força do agro é reconhecida em evento de lideranças do setor Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

POR CASSIANE OSÓRIO/ASCOM SEAPDR

Aproximar agricultores e autoridades, oferecendo um espaço para troca de informações, de busca de soluções e como forma de ampliar o desenvolvimento da agropecuária foi o objetivo do 8º Encontro de Lideranças do Agronegócio. O evento integra a programação da Expodireto Cotrijal e foi realizado na noite desta segunda-feira (7/3), em Carazinho, com a presença do secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Giovani Feltes.

Durante a cerimônia, um reconhecimento a quatro personalidades que se destacam no cenário gaúcho nacional: o senador Hamilton Mourão; o deputado federal Marcel Van Hattem; o secretário de Logística e Transportes, Juvir Costella; e o ex-ministro Francisco Turra.

“O agronegócio é uma mola propulsora do crescimento do Brasil e extremamente importante do ponto de vista econômico, social. Além disso, tem grande representatividade quando falamos da balança comercial, para não dizer fundamental para abastecer o mundo com alimento de qualidade”, ressalta o secretário Giovani Feltes.

A situação de estiagem foi relembrada pelo presidente do Sistema Farsul, Gedeão Pereira, como momento enfrentado pelos agricultores. Ele reforçou que “vamos aproveitar a Expodireto para discutir algo que ainda não conseguimos resolver, que é a conservação de água. Inclusive a Farsul e o governo têm trabalhado conjuntamente para resolver os entraves burocráticos”, afirma.

O presidente do Sindicato Rural de Carazinho, Leomar Tombini, destacou que as festividades do agronegócio iniciaram ontem, mas seguem durante toda a semana. “A agricultura é feita da união e precisamos da força de todos para continuar dentro do sistema produtivo”, enfatiza.

O presidente da Expodireto Cotrijal, Nei Cesar Mânica, relembrou que há oito anos surgiu a primeira edição do encontro e que nunca se imaginava que o evento tomasse tal tamanho e notoriedade.

 

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Imagem: Emerson Foguinho

Terça, 07 de Março de 2023
Expodireto 2023 - Irrigação e opções de cultivos de verão e outono
Expodireto 2023 - Irrigação e opções de cultivos de verão e outono Fonte: Emater

A parcela temática de Culturas, presente no espaço da Emater/RS-Ascar na Expodireto Cotrijal, neste ano traz diferentes estratégias e práticas de cultivo, bem como de cultivares que podem ser produzidas no verão e outono. De segunda à sexta-feira (06 a 10/03), no parque de exposições em Não-Me-Toque, os visitantes poderão verificar os experimentos realizados na parcela e receber orientação técnica dos extensionistas rurais da Emater/RS-Ascar.

Referente ao manejo da lavoura de milho, no espaço foi possível comparar os arranjos populacionais, em que parte da cultura foi submetida à irrigação e o restante a condições normais de chuva. ?O objetivo é demonstrar que a irrigação permite o aumento de população de plantas e, consequentemente, patamares de produtividade superior. Além disso, salientamos a importância do ajuste de população para as áreas de sequeiro, as quais, muitas vezes, estão com população acima do recomendado?, explicou o extensionista rural da Emater/RS-Ascar, Luciano Schwerz.

Com relação à cultura da soja, o espaço temático demonstra o efeito da aplicação errônea de herbicidas, resultado que pode comprometer o potencial produtivo da lavoura. ?Queremos mostrar e preparar os agricultores para as novas tecnologias que vêm ao campo, para que façam adoção de boas práticas agrícolas. Neste espaço, demonstramos os possíveis erros no posicionamento de herbicidas. Chamamos atenção para que os agricultores conheçam bem o efeito destes herbicidas, que poderão ser empregados no manejo de invasoras nas lavouras de soja. Também destacamos as boas práticas agrícolas na aplicação destes produtos, buscando reduzir problemas com deriva, limpeza de tanques e, até mesmo, registro dos talhões, para que o produtor possa extrair o melhor resultado frente às novas tecnologias?, completou Schwerz.

Por fim, na parcela temática de Culturas, a Emater/RS-Ascar apresenta opções de cultivo de verão/outono. De acordo com o extensionista da Emater/RS-Ascar, após a colheita do milho e da soja, muitas áreas ficam ociosas e poderiam ser cultivadas com outras variedades, gerando renda extra ao produtor ou, até mesmo, garantir a reservação de alimentos, especialmente para a bovinocultura de leite. Algumas das alternativas apresentadas no espaço são as cultivares de sorgo, girassol, feijão, trigo, triticale, cevada e, em especial, a BRS Entressafras, nova cultivar de cevada lançada pela Embrapa, um material de ciclo curto e com bons tetos produtivos, que pode ser colhida como grão ou transformada em silagem e pré-secado.


Estimativa da Safra de Verão será divulgada nesta terça-feira

O tradicional Café da Manhã para a Imprensa, com apresentação da Estimativa final da Safra de Verão 2022/2023, será realizado nesta terça-feira (07/03), às 8h, na Casa da Família Rural da Emater/RS-Ascar na Expodireto Cotrijal.

O evento é uma promoção da Emater/RS-Ascar, Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) e Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).


Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar na Expodireto Cotrijal 2023
Jornalista Marcela Buzatto
mbuzatto@emater.tche.br

Jornalista Vanessa Almeida de Moraes
vanessa@emater.tche.br

Jornalista Cleuza Noal Brutti
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Fonte: Emater

Terça, 07 de Março de 2023
Pesquisas indicam que ILP é capaz de reduzir infestações de caruru na soja
Pesquisas indicam que ILP é capaz de reduzir infestações de caruru na soja Fonte: EMBRAPA

Problema que afeta a produtividade dos plantios de soja, a planta daninha conhecida como caruru (Amaranthus hybridus) pode ser melhor controlada quando há a integração da lavoura de verão com a pecuária no inverno. Estudos desenvolvidos pela Embrapa, Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul) e a empresa Três Tentos demonstraram que um manejo com a implantação do azevém na estação fria pode reduzir em até 90% a infestação de caruru até 12 dias após a semeadura da soja. Isso porque a palhada resultante da dessecação da forrageira funciona como barreira física para o crescimento desta espécie daninha. Em 2018 foi relatada a resistência do caruru ao glifosato, principal herbicida empregado no campo.

 
Apresentação de tecnologias para o controle do caruru

Tecnologias para o controle do caruru serão apresentadas durante a exposição agropecuária Expodireto Cotrijal, que acontece em Não-me-toque (RS), entre os dias 06 e 10 de março de 2023. No estande da Embrapa na feira, a pesquisadora Fabiane Lamego apresenta e discute os resultados da pesquisa que avalia o potencial de redução de infestação com caruru na soja a partir da integração com as pastagens de inverno usadas na pecuária.

Os experimentos foram realizados na Embrapa Pecuária Sul, em Bagé (RS), entre 2021 e 2022, e basearam-se na comparação de três sistemas: o primeiro com implantação de azevém no inverno e simulação de pastejo, com manutenção da pastagem em altura de 25 cm e posterior dessecação para formação de palhada; o segundo, com implantação de azevém no inverno e simulação de pastejo mais intenso, com manutenção da pastagem em altura de 10 cm e posterior dessecação para formação de palhada; e um terceiro com preparo convencional da área com aração e gradagem, sem implantação de pastagem de inverno. Todos os modelos foram sucedidos pelo plantio de soja no verão e avaliação da incidência da planta daninha caruru.

O primeiro sistema, com azevém mantido a 25 cm, proporcionou massa seca de parte aérea (MSPA) equivalente a 4,4 toneladas por hectare (t/ha) na dessecação para semeadura da soja, enquanto a parcela mantida a 10 cm de altura obteve MSPA de 2,7 t/ha. Na área testemunha, sem palhada/resíduo de pastejo e sem uso de herbicida pré-emergente, foram observadas 69,5 plantas/m² de caruru aos 12 dias após implantação da lavoura. Esse número foi reduzido em 48% na cobertura com 2,7 t/ha de azevém, manejado em altura de 10 cm. O melhor desempenho, porém, foi observado na parcela com azevém manejado a 25 cm e resíduo de 4,4 t/ha, onde houve 90% de redução da infestação do caruru na soja. A mesma situação foi observada na pré-colheita da soja, quando foram contabilizadas 42 plantas de caruru/m² no preparo convencional, contra 12 plantas/m² no manejo com azevém a 25 cm e resíduo de 4,4 t/ha.  

Estudo prévio avaliando a interferência negativa de caruru mostrou que uma planta dessa espécie pode causar redução da produtividade da soja na ordem de 4,5% por metro quadrado, no primeiro ano, e de 8,3%, no segundo ano. Ou seja, pode ocorrer, na média, redução de 6,4% na produtividade da soja quando há presença do caruru. Na pesquisa realizada na Embrapa, a produtividade da soja também apresentou diferentes resultados em cada sistema. Em um ciclo de estiagem no Rio Grande do Sul, o sistema com maior cobertura alcançou 2,4 mil kg/ha do grão; o sistema com menor cobertura chegou a 1,6 mil kg/ha; enquanto na condição de semeadura convencional foram colhidos 969 kg/ha.

Conforme a pesquisadora da Embrapa, Fabiane Lamego, é essencial manter estratégias de manejo integrado, reunindo técnicas como o uso da palhada para dificultar o estabelecimento das plantas daninhas e a aplicação de herbicidas pré-emergentes seguindo as recomendações corretas de uso, para evitar que o banco de sementes do solo seja abastecido com as plantas indesejadas. Ela também recomenda a prática da semeadura direta, sem revolvimento do solo, fator que estimula as sementes de espécies daninhas presentes e favorece o estabelecimento do caruru. “A integração de diferentes formas de controle é fundamental para reduzir a pressão de seleção de plantas daninhas resistentes ao controle químico,” informa a pesquisadora.

“O manejo de plantas daninhas resistentes ao glifosato, no sistema integrado com pastagem no inverno e lavoura no verão, favorece o controle na fase mais crítica (lavoura) e reduz a pressão de seleção de novos biótipos resistentes. Isso porque se tira o foco exclusivo do controle químico e passa-se a usufruir das estratégias conjuntas da integração”, ressalta o professor do IFSul, Carlos Schaedler.

Em sistemas de integração lavoura-pecuária (ILP) no Sul do Brasil, o cultivo de espécies como azevém e aveia-preta no inverno, para pastejo, sucedido pela lavoura no verão, já é prática bastante comum. No entanto, quando o manejo do pasto é realizado sob alta intensidade de pastejo (elevada carga animal), geralmente se vê abertura de espaço com exposição do solo, o que favorece a germinação e a emergência de sementes de plantas daninhas presentes na área. Assim, as plantas forrageiras devem ser manejadas de acordo com as recomendações técnicas de altura para cada espécie (veja aqui publicação sobre manejo das forrageiras por altura)

“O pastejo, quando realizado de forma adequada, respeitando os princípios técnicos, pode ser uma estratégia de apoio no manejo de plantas daninhas em sistemas integrados, reduzindo seu fluxo de emergência no estabelecimento inicial da soja em sucessão”, destaca Lamego.

“Estratégias integradas de manejo de plantas daninhas dão sustentabilidade ao uso de métodos de controle importantes como o uso de herbicida; esse, se bem posicionado e com planejamento na rotação de mecanismos de ação herbicidas, tende a controlar eficientemente as plantas daninhas e atrasar a evolução para novos casos de resistência”, completa o pesquisador da Três Tentos, Marlon Bastiani.

Felipe Rosa (MTb 14.406/RS)
Embrapa Pecuária Sul

 

Fonte: Embrapa

Imagem: Felipe Rosa

Terça, 07 de Março de 2023
CNA e Federações debatem plano de ação da Comissão de Bovinocultura de Leite
CNA e Federações debatem plano de ação da Comissão de Bovinocultura de Leite Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

A Comissão Nacional de Bovinocultura de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniu, na segunda (6), para o discutir os cenários político e econômico no Brasil, bem como o plano de ação para 2023.

O presidente da Comissão, Ronei Volpi, conduziu a reunião, que contou com a participação de representantes de todas as regiões do país.

A nova configuração do Congresso Nacional foi abordada pelo chefe da Assessoria de Relações Institucionais da Confederação, Nilson Leitão. Ele apresentou os projetos de lei prioritários para o setor leiteiro nacional, que tramitam tanto no Senado, quanto na Câmara dos Deputados.

Entre eles, se destacam o PL 5925/2019, que desonera rações e suplementos mnerais para alimentação bovina do pagamento da Contribuição PIS/PASEP e Cofins, e contribui com o arrefecimento dos custos com alimentação. O PL 448/2022, que institui o Programa de Melhoria da Transparência na Cadeia Láctea Brasileira (Proleite), e o PL 925/2019, que trata do regramento da validade do leite em pó importado, também foram discutidos.

O coordenador do Núcleo Econômico da CNA, Renato Conchon, falou sobre as perspectivas econômicas mundiais e o cenário para 2023. Ele explicou que existem muitas incertezas no mercado internacional como, por exemplo, o aumento da taxa básica de juros em diversos países.

Conchon disse que o Fundo Monetário Internacional (FMI) e outros agentes econômicos estão prevendo uma possível recessão mundial na virada de 2023 para 2024. “O cenário diz que não deve haver uma pujança das economias globais”. No mercado interno, as retrações nas projeções do Produto Interno Bruto (PIB) refletem os desafios econômicos a serem enfrentados pela nova gestão federal.

Para o presidente da Comissão de Bovinocultura de Leite, Ronei Volpi, o cenário é de cautela dentro da porteira. “É momento de conhecermos nossos custos, planejarmos os investimentos e otimizar os processos produtivos”, comentou.

O plano de ação da Comissão para 2023 foi abordado pelo assessor técnico da Comissão, Guilherme Souza Dias. Entre os principais temas, se destaca a defesa comercial do setor, que inclui a renovação da tarifa de 28% incidente na importação de nove NCMs (Nomenclatura Comum do Mercosul) de produtos lácteos oriundos de países não membros do Mercosul. “A medida resguarda o setor de importações predatórias, muitas vezes subsidiadas em suas nações de origem, gerando competitividade artificial”, pontuou o assessor.

Outra linha de atuação será a proposição de melhorias ao Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT), que necessita de uma atuação mais assertiva para reduzir a prevalência dessas enfermidades no Brasil.

A comercialização futura do leite e a previsibilidade de preços também estão entre os pontos que serão tratados pela Comissão ao longo do ano. “Apesar de contarmos com importantes iniciativas para auxiliar o setor na negociação entre produtores e indústrias, ferramentas de comercialização futura deverão contribuir com maior segurança na receita das propriedades rurais”, disse Guilherme.

“Temos hoje nos Conseleites uma excelente ferramenta para gerar a previsibilidade, mas trabalhar a melhoria constante nos trará maior segurança e adesão à ferramenta pelo setor”, explicou o vice-presidente da Comissão, Jônadan Ma, que também representa a Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg).

Assessoria de Comunicação CNA
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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Terça, 07 de Março de 2023
R$ 10 bilhões em crédito disponível aos produtores rurais
R$ 10 bilhões em crédito disponível aos produtores rurais Fonte: Frente Parlamentar Agropecuária

     A reunião ordinária da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), desta terça-feira (7), teve como assunto central o Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (FIAgro) e a assinatura do convênio entre representantes do Instituto Pensar Agro (IPA) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O acordo tem caráter de cooperação sobre as fontes de financiamento do agro com o mercado de capitais.

 

     Outro compromisso firmado, visa a contribuição do Instituto Brasileiro de Direito do Agronegócio (IBDA), que será responsável pelas ações de divulgação e educação de produtores rurais sobre as opções de financiamento e o desenvolvimento dos servidores da CVM sobre temas ligados à área.

 

     De acordo com o presidente da FPA, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), o FIAgro é fundamental para atrair investidores e trazer resultados importantes para o País. “Será um grande avanço para a economia e para financiar o agro. É um sentimento de vitória de filho, pois foi criado dentro da nossa FPA”.

 

     O autor da Lei do FIAgro, deputado federal Arnaldo Jardim (CD-SP), vice-presidente da FPA na Câmara, ressaltou que o setor agropecuário pensa no bem-estar social, seja no campo ou na cidade. Para ele, destaca-se o fato do agro trabalhar de forma sustentável permanentemente, e de não depender de governos para mostrar resultados.

 

     “O agro dialoga, mas cria seu próprio caminho. Somos independentes e por isso somos tão grandes. O FIAgro também é fruto da nossa grandeza e ousadia. Pensamos na inovação, no futuro e no sucesso de nossas produtoras e produtores rurais. De forma sustentável, continuaremos com o agro na liderança e como referência do país”.

 

     Segundo o presidente do IPA, Nilson Leitão, é fundamental que as entidades ligadas ao setor e toda a sociedade entendam o tamanho do avanço percorrido com o surgimento do FIAgro. Ele destaca que se trata de uma alternativa confiável para o bolso do produtor.

 

    “O agro é o maior patrimônio do Brasil e precisava ser visto pelo mercado. Cabe a nós levarmos a quem produz essa importante oportunidade de crédito e o que significa o mercado de capital e a bolsa de valores. Seremos ainda maiores e melhores do que já somos com essas conquistas”.

    

     Para o vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), José Mário Schreiner, o dia de hoje é emblemático. Na opinião do ex-membro da FPA, quem cuida de crédito rural sabe que a cada ano fica mais difícil equalizar juros.

    

  “É fundamental conhecer novas formas de crédito. É necessário, cada vez mais, que ferramentas que melhoram esse recurso sejam implementadas. Hoje é um dia para entrar para a história como de aprimoramento e confiança para o nosso setor.”

     Para o presidente da CVM, João Pedro Nascimento, poder trazer oportunidades para um setor que se tornou o principal pilar econômico do país é uma honra. De acordo com ele, o FIAgro é um sucesso inquestionável pelo pouco tempo que está ativo e que já possui alta aderência.

 

     “O sucesso é único e, por isso mesmo, já estamos pensando em outras mobilidades. Teremos o FIAgro de baixo carbono e outras questões ligadas à sustentabilidade. Nós temos um horizonte de crescimento muito grande entre o mercado e o setor produtivo”.

 
Convênio

      A partir do convênio com o IPA, a CVM pretende realizar ações educacionais para ampliar o conhecimento e o acesso a investimentos de empreendedores e investidores dos setores agropecuários. A autarquia e o instituto devem realizar eventos de capacitação e elaborar estudos e pesquisas para a produção de materiais educacionais.

     O acordo com o IBDA visa aumentar a divulgação das opções de financiamento da cadeia do agronegócio no mercado de capitais, e proporcionar mais educação aos empreendedores rurais quando optarem por essa modalidade de financiamento.

 
O sucesso do FIAgro

     Desde outubro de 2021 disponível para investidores, o FIAgro tem mostrado um crescimento acima do esperado. Números apresentados em fevereiro de 2023, indicam que até o fim do ano passado, o crescimento do patrimônio líquido do Fundo foi de 544%. Ou seja, o salto total foi de R$ 1,6 bilhão para R$ 10,3 bilhões.

     Em relação ao número de pessoas físicas que passaram a investir no FIAgro, entre janeiro e novembro do ano passado, os números subiram 417%, e passaram de 30,7 mil para 158,8 mil investidores.

Para se ter uma ideia, no acumulado de 2022, o retorno do FIAgro chegou a bater a faixa dos 30%. Este percentual supera, inclusive, aos melhores resultados obtidos por Fundos Imobiliários (FIIs), que possuem funcionamento semelhante, e variaram entre 20% e 22% no período.

Fonte: www.fpagropecuaria.org.br

Terça, 07 de Março de 2023
Emater/RS-Ascar divulga atualização da estimativa da Safra de Verão 2022/23
Emater/RS-Ascar divulga atualização da estimativa da Safra de Verão 2022/23 Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

POR TALINE SCHNEIDER E MARCELA BUZATTO/EMATER/RS-ASCAR

A Emater/RS-Ascar, em parceria com as secretarias estaduais da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e do Desenvolvimento Rural (SDR), divulgou na manhã desta terça-feira (07/03) a atualização da estimativa da Safra de Grãos de Verão 2022/2023, durante o tradicional Café da Manhã para Imprensa, na Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque. Estiveram presentes no evento os titulares das pastas, Giovani Feltes e Ronaldo Santini, a secretária Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, a Diretoria da Emater/RS, formada pelo presidente Christian Lemos, o diretor técnico Claudinei Baldissera e o diretor administrativo Alexandre Durans, o prefeito de Não-Me-Toque, Gilson dos Santos, o presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, o vice-presidente da Cotrijal, Ênio Schoereder, o gerente regional da Emater/RS-Ascar de Passo Fundo, Dartanhã Luiz Vecchi, o presidente da Sicredi Central Sul/Sudeste, Marcio Port, o presidente da Sicredi Cooperação RS/SC, Gervásio Jorge Diel, e demais lideranças e autoridades ligadas ao setor do agronegócio gaúcho.

Os dados relativos à segunda estimativa da safra de grãos de verão foram apresentados pelo diretor técnico da Emater/RS, Claudinei Baldissera, e preveem uma produção de 24,73 milhões de toneladas. A soja, principal cultura em termos de área e produção no Estado, nesta safra, estima-se que tenha uma produção de 14,16 milhões de toneladas, em uma área plantada de 6,51 milhões de hectares.

O arroz ocupa uma área de 889,54 mil hectares e, nesta estimativa atual, terá uma produção de 6,88 milhões de toneladas. O milho, importante cultura para diferentes atividades produtivas, teve uma área plantada de 810,38 mil e uma produção de 3,59 milhões de toneladas.

O feijão 1ª safra, em uma área de 31,4 mil hectares, alcançou uma produção próxima a 49,55 mil toneladas. Já na 2ª safra, a estimativa é que o feijão seja cultivado em 20,43 mil hectares e obtenha uma produção de 28,12 mil toneladas.

Correspondente à produtividade destas culturas, nesta safra de verão 2022/23, a soja apresenta estimativa de produtividade média no RS de 36,25 sc/ha (2.175 kg/ha). Comparado à estimativa inicial, que foi de 52,18 sc/ha (3.131 kg/ha), a cultura apresenta uma redução de produtividade de 30,52%.

A cultura do milho também apresentou uma redução expressiva na produtividade. Com uma estimativa atual de produtividade média de 74 sc/ha (4.440 kg/ha), o milho apresenta uma redução de 39,49%, em decorrência da estimativa inicial, que previa uma produtividade de 122 sc/ha (7.337 kg/ha).

O levantamento dos dados foi feito pelos escritórios municipais, sendo revisados e compilados pelas gerências Técnica (GET) e de Planejamento (GPL) junto aos regionais. "A metodologia adotada pela nossa Instituição tem sido utilizada há muitos anos e tem se mostrado muito assertiva, pois a estimativa inicial de produtividade é identificada a partir de cálculo de tendência baseado na média alcançada nos últimos dez anos em cada município do Estado e a estimativa parcial e final é sobre as informações levantadas a campo durante o período da safra em cada um dos 497 escritórios municipais da Instituição", explica Baldissera.

Confira os comparativos de área e de produção, por cultura, em relação à estimativa inicial e à produção da safra passada, no link de acesso descrito abaixo. As estimativas por região e de produtividade também estão disponíveis na apresentação e disponíveis no site institucional da Emater/RS-Ascar, no link https://www.emater.tche.br/site/arquivos_pdf/safra/safraTabela_07032023.pdf.

Autoridades que prestigiaram o Café da Manhã para a Imprensa

Na manhã desta terça-feira (07/03), além da imprensa, autoridades do Estado prestigiaram a apresentação da estimativa da Safra de Verão 2022/23, reforçando, em suas falas, a importância do trabalho realizado pela Emater/RS-Ascar, especialmente na coleta e diagnóstico dos dados que representam a produção agrícola do RS.

O secretário Estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Giovani Feltes, reconheceu esse trabalho. Para o Estado do RS, podem ter certeza, que ter um braço cooperativo, como se fosse um elo protetor dos produtores rurais, como é a Emater, é motivo de segurança. Por conta da sua capilaridade, possui conhecimento e expertise, história, direção e, certamente, confiabilidade por parte dos atores que fazem o agro no Brasil, em relação às suas projeções. E é isso que vemos aqui hoje. Também a Emater e o Governo do Estado, em parceria, produzem efeitos no sentido de minorar as estiagens que, lamentavelmente, no RS têm se sucedido em uma constância que não gostaríamos. Por essa razão, nosso trabalho é dar continuidade aos programas e ações, na linha do manejo do solo, da irrigação, perfuração de poços, reservação de água e tantas outras, para que, na próxima estiagem, estejamos prontos para enfrentar essas intempéries.

Na mesma linha, o secretário Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), Ronaldo Santini, enfocou o trabalho da Instituição e destacou as ações que estão sendo realizadas em nível de Estado. Principal objetivo que temos aqui hoje é apresentar os números computados pela Emater. E esses dados são importantes porque refletem o cenário atual enfrentado pela agricultura gaúcha. O objetivo da nossa Secretaria é dar apoio às pequenas propriedades, e, de forma conjunta com as demais secretarias, implementar aquilo que é o foco do Governo do Estado. Ações de curto prazo, que visam levar água potável para garantir o abastecimento das famílias e também dos rebanhos, garantir a segurança alimentar, especialmente entre povos tradicionais e famílias em situação de vulnerabilidade social. A médio prazo, o programa de reservação de água, que prevê a construção de cisternas com grande potencial de armazenamento, e, por fim, a política de longo prazo, uma legislação que tenha a participação entre as secretarias e departamentos do Governo, para que tenhamos linhas de financiamento que oportunizem e facilitem o acesso dos produtores rurais, garantindo a segurança hídrica do nosso Estado. Com isso, conseguiremos aumentar a nossa produção em quase 30%, em todas as atividades produtivas desenvolvidas no RS.

O presidente da Emater/RS, Christian Lemos, ao falar do trabalho da Instituição, frisou a agricultura familiar, importante setor para o desenvolvimento do Estado do RS. Quero ressaltar a importância desse momento para o agronegócio gaúcho e também para a nossa Emater. É uma grata satisfação estar à frente dessa grande empresa, que representa, de fato, a Extensão Rural para a agricultura familiar do Estado. Agricultura familiar que representa boa parte da produção gaúcha e nacional, em diferentes atividades. No RS, 81% dos estabelecimentos rurais são de agricultores familiares. Enquanto no Brasil 31% da proteína animal é produzida pela agricultura familiar, no RS é de 52%. No leite, 64% da produção nacional é produzida por agricultores familiares, mas no RS essa estimativa chega a 83%. Assim como outras atividades, como a produção de milho, por exemplo, a qual representa 13% em nível nacional e no RS tem 46% da cultura produzida pela agricultura familiar. E tudo isso representa a capilaridade da nossa Instituição, que está presente nos 497 municípios gaúchos, e que tem o papel importante de multiplicar e disseminar as diretrizes de governo e políticas públicas, buscando avançar sempre.

A Emater/RS-Ascar está presente em mais uma edição da Expodireto Cotrijal, trazendo conhecimento e inovação para o setor agro do Estado. O presidente da cooperativa, Nei César Mânica, reforçou essa parceria, reconhecendo a importância da presença da Instituição na feira. Tenho que repetir aquilo que sempre falo durante a exposição. A Emater é um marco histórico, um divisor de águas, porque a Expodireto sem a Emater é uma e com a Emater é outra. A nossa Cotrijal tem 16 mil associados e, destes, 85% são pequenos produtores. Esse trabalho que a Emater faz é para nos dar sustentação, com tecnologia e inovação lá no campo, para que o produtor permaneça no meio rural. Parabéns à Emater. E quem deve agradecer, mais do que eu, são os produtores rurais, por esse trabalho magnífico que vocês apresentam aqui na feira e também no campo, junto às famílias rurais, frisou Mânica.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Imagem: Rogério Fernandes/Emater/RS-Ascar

Segunda, 06 de Março de 2023
Dados da agropecuária brasileira já podem ser consultados em aplicativo
Dados da agropecuária brasileira já podem ser consultados em aplicativo Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

A partir de 02/03, os dados do Observatório da Agropecuária Brasileira estão na palma da mão. Por meio do aplicativo ficou ainda mais fácil acessar todas as informações da agropecuária brasileira em dispositivos móveis como celulares e tablets. O app pode ser baixado gratuitamente.

O aplicativo mobile, disponível em sua primeira versão para sistema operacional Android, traz um conjunto de informações consolidadas de todos os painéis existentes no Observatório web: agricultura familiar, agropecuária sustentável e meio ambiente, aquicultura, assistência técnica, assuntos fundiários, comércio exterior, crédito rural, fertilizantes, indicações geográficas, pecuária, produtos agrícolas, recursos hídricos, solos (Pronasolos), zoneamento agrícola de risco climático e indicadores.

Assim como na versão web, o Observatório da Agropecuária mobile segmenta-se em dois modelos de apresentação de dados: a plataforma estatística e a geoespacial. A plataforma estatística integra informações de várias fontes e as disponibiliza por meio de dados numéricos, tabulares e representações gráficas acerca dos diversos temas abordados. Alguns painéis estatísticos também apresentam mapas ilustrativos. As consultas nos painéis estatísticos podem ser refinadas com filtros por período, estratificações a nível nacional, estadual e municipal, além de haver filtros específicos para cada tema.

A Plataforma Geoespacial é dedicada à integração de dados e informações territoriais, na qual dados geoespaciais podem ser visualizados e dispostos de acordo com a necessidade de análise e interpretação dos usuários. Está organizada em um ambiente de visualização de camadas, com relatórios quantitativos e ferramentas de interatividade acopladas. Com a possibilidade de sobrepor diversas camadas dos mais variados temas disponíveis no Observatório, a plataforma provê recursos fantásticos para ampliar a perspectiva espacial da agropecuária brasileira.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Segunda, 06 de Março de 2023
Monitor da Estiagem entra no ar com informações em tempo real
Monitor da Estiagem entra no ar com informações em tempo real Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

POR JÉFERSON CARDOSO/ASCOM SEMA

O governo do Estado disponibiliza, a partir deste domingo (5/3), a página do Monitor da Estiagem para acesso de toda a sociedade. O site – proclima2050.rs.gov.br/monitorestiagem –, que teve uma primeira versão ainda teste apresentada pelo governador Eduardo Leite para a imprensa no mês de fevereiro, recebeu melhorias e novo layout.

O monitor dispõe de informações sobre a situação da estiagem no Rio Grande do Sul em tempo real, análise climática e lista investimentos e ações realizadas pelo governo, possibilitando a gestão orientada por dados e evidências. “Este é um dos produtos que serão entregues à sociedade gaúcha dentro do programa Supera Estiagem. São iniciativas que caracterizam a nova forma do governo tratar o problema da falta de chuvas, com um olhar permanente, a fim de minimizar os efeitos pontuais. O monitor reúne informações das variações de disponibilidade hídrica e seus prejuízos, as ações governamentais, possibilitando a revisão de iniciativas e proposições mais assertivas”, reforçou a secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann.

O desenvolvimento do monitor foi coordenado pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), com colaboração da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Secretaria do Desenvolvimento Regional (SDR) e da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil. As melhorias foram implementadas pela Codex, especialista em soluções de gestão e análise de informação.

"A divulgação de informações claras e tempestivas acerca da atuação do Estado é o accountability para com a sociedade na medida em que o monitor apresenta o tema de forma multifatorial, em tempo real, sobre as condições climáticas e as ações do Estado, propiciando aos gestores públicos a sinergia em ações de prevenção, preparação e resposta nas decisões imediatas e ao planejamento de médio e longo prazo", aponta o secretário da Casa Militar e coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil, coronel Luciano Boeira.

A plataforma teve como base três pilares: informações espaciais, com a geoespacialização de todos os municípios que estão em situação de emergência; padronização e análise de dados; e disponibilização das informações de forma intuitiva e objetiva. O monitor também disponibiliza links para ferramentas externas, como a Sala de Situação e o Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro-RS).

O titular da Seapi, Giovani Feltes, ressaltou que essa é uma ferramenta que dá transparência aos dados e, ao mesmo tempo, traz informações úteis para a sociedade. “Os dados gerados por meio do Simagro-RS, também disponíveis no monitor, dão suporte ao produtor rural para o planejamento de suas atividades dentro das propriedades”, enfatiza Feltes.

Totens na Expodireto

Totens com QR Code para acesso ao site foram instalados no parque da Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque - Foto: Divulgação/Sema

Dez totens foram instalados pelo governo do Estado no parque da Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, tornando o Monitor de Estiagem público e de fácil acesso aos visitantes. Quem passar pelo evento entre os dias 6 e 10 de março poderá acessar a ferramenta via QR Code.

O governador Eduardo Leite e uma comitiva de secretários de Estado participarão do tradicional evento do setor e que, este ano, tem foco em novas tecnologias para o campo e em geração de negócios.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Segunda, 06 de Março de 2023
Aumento da temperatura vai afetar a produção de feijão no Brasil
Aumento da temperatura vai afetar a produção de feijão no Brasil Fonte: Agência Brasil

Até 2050, o Brasil precisa aumentar em 44% a produção nacional de feijão para atender a demanda do mercado. Isso significa 1 milhão e meio de toneladas a mais por ano. É o que mostra pesquisa desenvolvida pela Embrapa e pela Universidade de São Paulo.

Mas, para dificultar essa tarefa, os produtores terão de enfrentar uma elevação na temperatura de até 2,8ºC nas próximas duas décadas, prevista pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas das Nações Unidas

A região Centro-Oeste e os estados de Minas Gerais e da Bahia podem ser as áreas mais afetadas, e podem inclusive ter que alterar o calendário para plantio.

Segundo Alexandre Bryan, pesquisador da Embrapa, a concentração de gás carbônico prejudica, especialmente, a fase reprodutiva da lavoura, impedindo a formação de vagens e grãos de feijão. Por isso, a tendência é cair a produtividade nos próximos anos. Mas os produtores podem se adaptar às novas condições plantio com a escolha de grãos mais resistentes. "O feijão tipo preto apresenta uma tolerância maior a situações adversas. Então, quer dizer, a gente sabe que o preto sobressai em algumas condições.. Então, tem diferença entre os tipos de feijão. A questão toda é que o mercado é restrito. Feijão preto, basicamente, é consumido no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro e o resto do brasil é o carioca e esse é um problema.

Alexandre Bryan destaca também que a queda de produtividade e aumento de demanda é um assunto que deve passar por políticas públicas, tanto em relação ao investimento em pesquisa para a geração de plantas mais adaptadas, quanto em relação à agricultura familiar. "Então, é interessante ter uma política pública para a agricultura familiar, na qual ela possa produzir feijão em conjunto com outras culturas, ou em rotação com outras culturas, tendo também floresta no meio, tendo um planejamento que tenha diversidade. Porque se você tem diversidade tem maior, tem também maior sustentabilidade. A gente sabe que diversidade diminui, é uma forma minimizar o impacto das mudanças climáticas."

Dados do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, mostram que, hoje, a produção anual de feijão no país é de 12 BILHÕES de reais por ano, chegando a 2 milhões e oitocentas mil toneladas.

Fonte: Agência Brasil – Gabriel Correa

Image: CNA/Wenderson Araujo