Notícias

Segunda, 27 de Fevereiro de 2023
Em janeiro, juros médios cobrados pelos bancos chegam a 43,5% ao ano
Em janeiro, juros médios cobrados pelos bancos chegam a 43,5% ao ano Fonte: Agência Brasil

A taxa média de juros das concessões de crédito livre teve alta de 8,2 pontos percentuais nos últimos 12 meses e chegou a 43,5% ao ano, em janeiro. No mês, o aumento foi de 1,8 ponto percentual, segundo as Estatísticas Monetárias e de Crédito, divulgadas hoje (27) pelo Banco Central (BC).

Nas novas contratações para empresas, a taxa média do crédito atingiu 25,3% ao ano, alta de 2,2 pontos percentuais no mês e 4 pontos percentuais em 12 meses. Nas contratações com as famílias, a taxa média de juros alcançou 56,6% ao ano, aumento de 1,2 ponto percentual no mês e 10,3 pontos percentuais em 12 meses.

No crédito livre, os bancos têm autonomia para emprestar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. Já o crédito direcionado, que tem regras definidas pelo governo, é destinado basicamente aos setores habitacional, rural, de infraestrutura e ao microcrédito.

No caso do crédito direcionado, a taxa para pessoas físicas ficou em 11,4% ao ano em janeiro, estável em relação ao mês anterior e com alta de 2,1 pontos percentuais em 12 meses. Para as empresas, a taxa subiu 1,5 ponto percentual no mês e 2,5 pontos percentuais em 12 meses, indo para 13,5% ao ano. Assim, a taxa média no crédito direcionado chegou a 11,9% ao ano, alta de 0,3 ponto percentual no mês e de 2,2 pontos percentuais em 12 meses.

A alta dos juros bancários médios ocorre em um momento em que a taxa básica de juros da economia, a Selic, está em seu maior nível desde janeiro de 2017, em 13,75% ao ano, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Em março do ano passado, o BC iniciou um ciclo de aperto monetário, em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis.

A Selic é o principal instrumento usado pelo BC para alcançar a meta de inflação. Em janeiro, puxado principalmente pelo aumento de preços de alimentos e combustíveis, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, ficou em 0,53%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o IPCA acumula alta 5,77% em 12 meses.

O BC avalia que a alta na Selic tem sido repassada para as taxas finais de diferentes modalidades de crédito, mas o Copom não descarta a possibilidade de novos aumentos caso a inflação não caia como o esperado. A elevação da taxa básica ajuda a controlar a inflação porque causa reflexos nos preços, já que juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, contendo a demanda aquecida.

Cartão de crédito

Para pessoas físicas, o destaque do mês foi para o cartão de crédito, cujas taxas tiveram alta de 2 pontos percentuais no mês e 27,3 pontos percentuais em 12 meses, alcançando 94,9% ao ano.

No crédito rotativo, que é aquele tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão e dura 30 dias, houve alta de 3,8 pontos percentuais em de dezembro para janeiro e aumento de 65,2 pontos percentuais em 12 meses, indo para 411,5% ao ano. Após os 30 dias, as instituições financeiras parcelam a dívida. Nesse caso do cartão parcelado, os juros subiram 2,5 pontos percentuais no mês e 9,6 pontos percentuais em 12 meses, para 182,1% ao ano.

A taxa do crédito consignado teve variação de 0,2 ponto percentual no mês e 3,6 pontos percentuais em 12 meses (26,7%). No caso do crédito pessoal não consignado, os juros subiram 2,4 pontos percentuais no mês de janeiro e 4,5 pontos percentuais em 12 meses (84,3% ao ano).

Já no cheque especial, houve variação negativa de 0,1 ponto percentual no mês, com aumento de 6,3 pontos percentuais em 12 meses, indo para 132% ao ano.

Alta das contratações

Com a manutenção dos juros em alta, em janeiro, o estoque de todos os empréstimos concedidos pelos bancos do Sistema Financeiro Nacional (SFN) ficou em R$ 5,317 trilhões, com uma variação negativa de 0,3% em relação a dezembro. O resultado refletiu, a redução de 2,4% no saldo das operações de crédito pactuadas com pessoas jurídicas (R$ 2,094 trilhões) e o aumento de 1,1% no de pessoas físicas (R$ 3,223 trilhões).

Na comparação interanual, o crédito total cresceu 13,6% em janeiro, evidenciando desaceleração ante os 14% de 2022. Na mesma base de comparação, o saldo com as empresas desacelerou para 7,9%, ante 9% em janeiro de 2022. Em sentido contrário, o volume de crédito às famílias cresceu 17,8% nos doze meses até janeiro, comparativamente a 17,7% em dezembro do ano anterior.

O crédito ampliado ao setor não financeiro, que é o crédito disponível para empresas, famílias e governos independentemente da fonte (bancário, mercado de título ou dívida externa) alcançou R$ 14,646 trilhões, reduzindo 1,3% no mês, devido principalmente à redução dos títulos de dívida pública, que tiveram queda de 3,3%. Na comparação interanual, o crédito ampliado cresceu 8,2%, prevalecendo com destaque para os aumentos da carteira de empréstimos do Sistema Financeiro, 13,9%, e dos títulos de dívida, 8,1%.

Endividamento

De acordo com o BC, a inadimplência (considerados atrasos acima de 90 dias) tem se mantido estável há bastante tempo, com pequenas oscilações, e registrou 3,2% em janeiro. Nas operações de crédito livre para pessoas físicas, está em 6,1% e para pessoas jurídicas em 2,3%.

Neste mês, o BC não divulgou os dados de endividamento e comprometimento de renda em razão do adiamento de divulgação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O BC utiliza esses dados para como calcular os denominadores, por isso são apresentados com uma defasagem maior do mês de divulgação.

O último mês apresentado foi de novembro de 2022. Naquele mês, o endividamento das famílias, relação entre o saldo das dívidas e a renda acumulada em 12 meses, ficou em 49,5, nível que reflete o aumento das concessões de empréstimos. Houve queda de 0,2% no mês e alta de 0,3% em 12 meses. Com a exclusão do financiamento imobiliário, que pega um montante considerável da renda, ficou em 31,5% no mês de novembro.

Já o comprometimento da renda, relação entre o valor médio para pagamento das dívidas e a renda média apurada no período, ficou em 27,7% em novembro, com estabilidade no mês e aumento de 1,6% em 12 meses.

Fonte: Agência Brasil – Andreia Verdélio

Imagem: Marcello Casal Jr.

Sexta, 24 de Fevereiro de 2023
Ministro Fávaro recebe embaixador da China para tratar do caso de EEB no Brasil
Ministro Fávaro recebe embaixador da China para tratar do caso de EEB no Brasil Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, recebeu o embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, em reunião realizada na manhã desta quinta-feira (23) para prestar todos os esclarecimentos sobre o trabalho que está sendo desenvolvido pelo governo brasileiro para monitoramento do caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) confirmado em um animal no município de Marabá (PA).

Conforme o protocolo sanitário estabelecido entre os países, que possuem entre si a maior relação comercial da carne bovina brasileira, as exportações para a China estão temporariamente suspensas a partir desta quinta (23) e, diante da importância do mercado asiático, as informações acerca da apuração do caso estão sendo acompanhadas pelos países para a mais ágil adoção das medidas necessárias pelos governos.

"O governo do Brasil preza muito pelo respeito aos países parceiros. Queremos continuar garantindo o suprimento de produtos de alta qualidade e sabemos das nossas obrigações e deveres, fazendo isso com total transparência, determinação e agilidade", explicou o ministro.

O embaixador chinês destacou que aprecia o fato do Brasil ter cumprido prontamente o protocolo sanitário e reforçou a intenção de promover a cooperação agrícola entre os países, tendo em vista que o comércio da carne bovina brasileira é muito importante para ambos. A China é o principal destino das exportações e, da mesma forma, a proteína do Brasil é o principal mercado para os consumidores chineses.

A amostra do exame que confirmou a EEB em um touro de 9 anos, criado em pasto, em uma pequena propriedade no Pará, foi encaminhada para análise do laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal, em Alberta, no Canadá, onde poderá ser confirmada a ocorrência atípica da doença.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Imagem: Guilherme Martimon/MAPA

Sexta, 24 de Fevereiro de 2023
Medidas já anunciadas pelo governo estadual para combater a estiagem
Medidas já anunciadas pelo governo estadual para combater a estiagem Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

POR THAMÍRIS MONDIN/SECOM

O governo do Estado está trabalhando em ações transversais para o enfrentamento da estiagem no Rio Grande do Sul. Entre medidas emergenciais e políticas permanentes, os esforços para mitigar a situação da seca no Estado envolvem diferentes secretarias e incluem ações de assistência e apoio aos produtores, destinação de recursos para sistemas de irrigação e reservação de água e a criação de uma plataforma online de monitoramento da crise hídrica.

Na tarde desta quinta-feira (23/2), o governador Eduardo Leite e secretários de Estado estiveram no município de Hulha Negra, na Fronteira Oeste, a fim de acompanhar a comitiva do governo federal que veio ao Rio Grande do Sul para acompanhar áreas afetadas pela seca. Na região visitada, o maior impacto foi sobre as culturas de soja e milho.

Por meio do programa Avançar, o Estado destinou R$ 336 milhões para investimentos em projetos que reduzam o impacto da seca no Rio Grande do Sul. Os valores que não foram executados em 2022, em função das restrições eleitorais e da homologação do Regime de Recuperação Fiscal, deverão ser empreendidos em 2023.

Outras iniciativas emergenciais já foram implementadas, como a criação do Auxílio Emergencial – SOS Estiagem para produtores, a construção de microaçudes e a perfuração de poços. Na última sexta-feira (17/2), o governador anunciou a anistia de 100% da dívida do programa Troca-Troca de Sementes para agricultores familiares dos municípios em situação de emergência. O programa, destinado ao fomento do cultivo de milho e sorgo, financia a aquisição de sementes para a produção de grãos ou silagem.

Demanda trazida pelos produtores, a anistia das dívidas para o recebimento de sementes representará um valor de até R$ 22,5 milhões que o Estado deixará de receber para apoiar a recuperação dos agricultores familiares nas regiões mais atingidas pela restrição hídrica.

Em benefício dos produtores, também na sexta-feira passada, foi divulgada a abertura de um edital adicional para o programa de Sementes Forrageiras, que permite o financiamento da aquisição de sementes para a formação de pastagens. O novo período para adesão é válido até a próxima terça-feira (28/2). 

Uma reunião realizada nesta quinta-feira (23/2), em Porto Alegre, com a presença do chefe da Casa Civil, Artur Lemos, e da secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, tratou do acúmulo de lixo em rios da Grande Porto Alegre, problema que também foi evidenciado pela estiagem e a consequente baixa no nível da água nesses locais. O encontro estabeleceu estratégias em conjunto com os municípios para a questão dos resíduos sólidos urbanos e a ampliação do Programa de Revitalização de Bacias Hidrográficas.

AÇÕES IMPLEMENTADAS 

? Poços artesianos (com equipamentos próprios) – mais de 350 perfurações desde 2021.

? Microaçudes – cerca de 200 municípios beneficiados, com investimento aproximado de R$ 100 mil em cada um, por meio do programa Avançar na Agricultura.

? Irriga Mais – 20 estações meteorológicas revitalizadas (R$ 857 mil).

? SOS Estiagem – R$ 80,4 milhões para apoiar agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais e assentados da reforma agrária. 

AÇÕES EM ANDAMENTO E FUTURAS 

 ? Microaçudes – cerca de R$ 66,3 milhões para construção de microaçudes em 452 municípios.

? Poços artesianos – R$ 66,7 milhões para construção de poços artesianos.

? Cisternas – construção de 660 cisternas (até três por município habilitado), com capacidade de 60 mil litros cada. Investimento total de R$ 17,4 milhões. Recursos para os municípios aptos deverá ser disponibilizado nas próximas semanas.

? Programa Irriga + RS – 48 novas estações meteorológicas e desenvolvimento de aplicativo (R$ 6,6 milhões). Compra de equipamentos de medição para a descarbonização da agropecuária (R$ 5 milhões).

? Subvenção de projetos de irrigação – 20% do projeto, limitado a R$ 15 mil. Investimento de R$ 20 milhões.

? Alimentação animal – execução do programa Sementes Forrageiras (R$ 6,3 milhões).

? Alimentação animal – edital extra Programa de Sementes Forrageiras (R$ 500 mil).

? Anistia do programa Troca-Troca de Sementes (R$ 22,5 milhões).

? Obras das barragens Jaguari e Taquarembó.

? Revitalização de bacias e do Rio Gravataí.

? Programa estadual de regularização de poços.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Sexta, 24 de Fevereiro de 2023
Dia de Campo do Irga acontecerá na Estação Experimental do Arroz
Dia de Campo do Irga acontecerá na Estação Experimental do Arroz Fonte: IRGA

POR IGOR GARCIA - ASSESSOR DE IMPRENSA

O Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) realizará mais um Dia de Campo. O evento ocorrerá nos dias 01,02 e 03 de março, na Estação Experimental do Arroz (EEA) da autarquia, na Avenida Bonifácio Carvalho Bernardes, 1494, em Cachoeirinha, Rio Grande do Sul, as atividades terão início às 07:30h, com entrada franca e inscrições limitadas. 

A finalidade do Dia de Campo é demonstrar ao produtor os resultados de pesquisas desenvolvidas, mostrando cultivares, práticas de manejo, ferramentas de controle de plantas daninhas e doenças para melhorar o desempenho da lavoura, beneficiando o produtor.

“O público-alvo é composto por produtores de arroz que realizam rotação com culturas de sequeiro e por técnicos atuantes na temática. A diversificação de culturas em terras baixas, por implicar em diferentes fontes de renda, proporciona melhor gestão dos riscos climáticos e de preços e vantagens agronômicas para o arroz irrigado cultivado em rotação ou sucessão.” salientou Gabriela Fonseca, gerente da Estação Experimental do Irga.

Fonte: Irga

Sexta, 24 de Fevereiro de 2023
Governo vai liberar recursos para reduzir efeitos da estiagem no RS
Governo vai liberar recursos para reduzir efeitos da estiagem no RS Fonte: Agência Brasil

As ações de redução dos impactos da estiagem no estado do Rio Grande do Sul vão receber o reforço de R$ 430 milhões, que serão liberados pelo governo federal, por meio dos ministérios da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), da Agricultura e Pecuária (Mapa), e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). O anúncio foi feito ontem (23) durante a viagem da comitiva dos ministros ao estado para discutir a situação.

A secretária nacional de Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial do MIDR, Adriana Melo, disse que o Rio Grande do Sul é prioridade na política de desenvolvimento regional brasileira, em particular na faixa de fronteira da metade sul. “Agora, em função dos recorrentes eventos de estiagem que se assevera nos últimos anos, o estado também virou prioridade para as ações de infraestrutura hídrica, não apenas para desenvolvimento produtivo, como também para o enfrentamento com ações estruturantes”, destacou.

Do valor de R$ 430 milhões, caberá ao MIDR aplicar R$ 100 milhões, entre outras ações, na contratação de carros pipas para distribuição de água e ainda na compra e doação de cestas básicas e de combustível. Pelos cálculos do ministério, serão beneficiados cerca de 300 municípios.

O MDA vai investir R$ 300 milhões em duas linhas de crédito voltadas a pequenos agricultores. Segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, a orientação é juntar esforços com o governo estadual e as prefeituras atingidas pela estiagem.“O presidente Lula falou para a gente vir ao Rio Grande do Sul, conversar com o governador e a equipe dele, conversar com os prefeitos, para que seja feito um trabalho conjunto de enfrentamento do tema da estiagem”, informou.

Famílias de pequenos agricultores cadastradas no programa Fomento Rural receberão um pagamento de até R$ 2,4 mil, que será realizado em duas parcelas. Ao todo, o MDS repassará R$ 24 milhões às famílias de baixa renda da região.

Situação de emergência

A Defesa Civil Nacional reconheceu a situação de emergência em 191 municípios atingidos pela estiagem no estado. Houve repasses de R$ 6,7 milhões às cidades de Herval, Caiçara, Unistalda, Júlio de Castilhos, Piratini, Dois Irmãos das Missões, Pinheiro Machado, Fontoura Xavier, Vista Gaúcha, Passa Sete, São Francisco de Assis, Erechim Assistência, Candiota, São José das Missões, Roque Gonzales, Jóia, Brochier, Pedras Altas, Santo Augusto, Benjamin Constant do Sul, Palmeira das Missões, Arroio Grande, Novo Barreiro, São Pedro das Missões e Sinimbu.

Para Adriana Melo, diante da situação é importante ter respostas rápidas para as questões emergenciais que surgem. De acordo com a secretária, as medidas anunciadas na área de defesa civil, com ações emergenciais, vão atingir mais de 300 municípios gaúchos. “É um apoio importante para que eles possam enfrentar essa situação de forma mais tempestiva”.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que acompanhou a comitiva de ministros na visita ao assentamento Copaul, em Hulha Negra, disse que as medidas anunciadas pelo governo federal se juntam a uma série de anúncios feitos pelo governo do estado na semana passada em socorro aos produtores.

“Recebo com muita alegria, não apenas a visita, mas os anúncios que o governo federal está fazendo. Na semana passada, encaminhamos o expediente com demandas que nós tínhamos, organizamos uma parte do nosso time, nossos secretários estão aqui e agora começamos a ver os resultados. Muitas ações serão desenvolvidas em conjunto, e esse ambiente de diálogo eu saúdo”, destacou.

O governo gaúcho já tinha anunciado um plano permanente e transversal de mitigação dos efeitos da estiagem no Rio Grande do Sul. Entre as ações previstas estão a anistia de 100% da dívida do programa Troca-Troca de Sementes para agricultores familiares dos municípios em situação de emergência, a criação de um sistema online de monitoramento da estiagem e construção de cisternas, entre outras.

Leite pretende pedir nos próximos dias, uma audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “para discutir o tema da estiagem e mais medidas que possam ser adotadas em conjunto pelos governos federal e estadual”.

Fonte: Agência Brasil – Cristina Indio do Brasil

Imagem: Fábio Pzzebom

Sexta, 24 de Fevereiro de 2023
Empresários rurais brasileiros participam de visitas técnicas em Dubai
Empresários rurais brasileiros participam de visitas técnicas em Dubai Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Os 14 empresários brasileiros que participam de missão do projeto Agro.BR realizaram, de 20 a 24 de fevereiro, uma série de visitas técnicas e encontros comerciais em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O grupo também participa da Gulfood, principal feira de alimentos e bebidas do Oriente Médio.

Nas visitas, o grupo pôde saber mais sobre logística, aspectos gerais do mercado consumidor e características do mundo dos negócios nos Emirados Árabes Unidos. A comitiva é acompanhada pelo responsável pelo escritório da CNA em Dubai, Rafael Gratão, e pela assessora de Relações Internacionais, Rita Padilla.

Das 14 empresas atendidas pelo Agro.BR, sete são expositoras na Gulfood e destacam a importância da participação nessa relevante feira. “Esse é um mercado que temos muito interesse em atender. Participamos dessa feira desde 2019. No ano seguinte fechamos o nosso primeiro cliente e esse ano estamos fortalecendo as parcerias, encontrando os clientes e abrindo novos negócios”, disse Suany Gomes, da empresa Xingu Fruit, de polpa de açaí orgânico.

Nesta quinta-feira (23), após uma manhã de muitas reuniões na Gulfood, a comitiva da CNA seguiu para a visita à fazenda vertical VeggiTech. Esta é uma startup de agrotecnologia com mais de 20 anos de experiência e que vem trabalhando na criação de fazendas sustentáveis para superar os desafios de produção de alimentos nos Emirados Árabes Unidos, em meio às condições climáticas extremas locais, com plantações de temperatura, umidade e iluminação controladas.

Segundo Rita, a experiência tem sido muito enriquecedora para os empresários, que também visitaram a Sharjah Airport International Free Zone Authority (SAIF Zone), uma zona franca localizada na cidade de Sharjah, emirado vizinho de Dubai. “Eles aprenderam como abrir um negócio para atender a SAIF, que opera em qualquer um dos sete países dos Emirados Árabes. Viram desde licenças de produção, facilidades de emissão de visto entre outros. São mais de oito mil empresas registradas, de 165 países diferentes”, destacou.

A delegação reúne empresas interessadas em exportar para os países do Oriente Médio. São produtoras de cafés, cereais matinais, nibs de cacau, achocolatados, goma de mandioca (tapioca), açaí, frutas, sucos, vinhos, chás prontos, molhos e polpas de tomate.

No início da semana, os empresários participaram de encontro com potenciais compradores, jornalistas e convidados estratégicos para a troca de experiências e expectativa de negócios. A comitiva do Agro.BR conheceu também duas redes de supermercado com nichos diferentes – a Organic Foods & Café e a rede Carrefour.

A rede de supermercados familiar, a Organic Foods & Café , tem sete lojas em Dubai. “Essa visita foi sem dúvida, uma das mais interessantes, os produtores puderam comparar os preços praticados no mercado, a questão das embalagens e como os produtos são apresentados nas gôndolas, além de ver de perto o que é tendência por lá. Há um crescimento nos Emirados na busca por produtos com selo orgânicos, uma grande oportunidade para as empresas brasileiras”, afirma Rita.

Em 2022, o Agro.BR atendeu mais de mil empresas, trabalhando em 129 novos mercados, com 116 empresas exportando e 30 novos exportadores. Foram gerados US$ 71 milhões em rodadas de negócios. Os setores prioritários atendidos no projeto são frutas e derivados, cacau, chocolates especiais e derivados, produtos apícolas e derivados, cafés especiais, leite e derivados lácteos, e pescados.

A missão empresarial com os 14 empresários segue até sexta-feira (24) e conta com uma programação que ainda inclui rodadas de negócios com possíveis compradores do Oriente Médio e contato direto com os públicos da Gulfood 2023, que nesta edição tem 5 mil expositores de 120 países.

Assessoria de Comunicação CNA
flickr.com/photos/canaldoprodutor
cnabrasil.org.br
twitter.com/SistemaCNA
facebook.com/SistemaCNA
instagram.com/SistemaCNA
facebook.com/SENARBrasil
youtube.com/agrofortebrasilforte

 

Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

 

Sexta, 24 de Fevereiro de 2023
Prévia da inflação oficial fica em 0,76% em fevereiro
Prévia da inflação oficial fica em 0,76% em fevereiro Fonte: Agência Brasil

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, registrou taxa de 0,76% em fevereiro deste ano. O índice ficou acima do registrado em janeiro (0,55%) e abaixo do observado em fevereiro de 2022 (0,99%).

Segundo dados divulgados hoje (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA-15 acumula taxa de inflação de 1,31% nos dois primeiros meses do ano. Em 12 meses, a taxa acumulada é de 5,63%, abaixo dos 5,87% acumulados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Oito dos nove grupos de despesa pesquisados pelo IBGE tiveram alta de preços em fevereiro, com destaque para educação (6,41%), devido aos reajustes que normalmente são praticados no início do ano letivo. As principais variações entre vieram do ensino médio (10,29%), do ensino fundamental (10,04%), da pré-escola (9,58%) e da creche (7,28%). 

O grupo habitação, com uma variação de preços de 0,63%, teve a segunda maior contribuição para a prévia da inflação em fevereiro. Houve inflação em itens como aluguel residencial (0,89%), condomínio (0,62%), taxa de água e esgoto (1,32%), gás encanado (1,50%) e energia elétrica (0,35%).

Os alimentos e bebidas subiram 0,39% na prévia do mês, com destaque para itens como  cenoura (24,25%), hortaliças e verduras (8,71%), leite longa vida (3,63%), arroz (2,75%) e frutas (2,33%). 

Vestuário foi o único grupo de despesas com deflação (queda de preços): -0,05%. Os demais grupos apresentaram as seguintes variações: comunicação (0,78%), artigos de residência (0,71%), despesas pessoais (0,63%), saúde e cuidados pessoais (0,55%) e transportes (0,08%).

Fonte: Agência Brasil – Vitor Abdala

Quinta, 23 de Fevereiro de 2023
Estado apresenta plano para enfrentamento da estiagem
Estado apresenta plano para enfrentamento da estiagem Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

POR THAMÍRIS MONDIN/SECOM

O governo do Estado apresentou, nesta sexta-feira (17/2), um plano permanente e transversal de mitigação dos efeitos da estiagem no Rio Grande do Sul. As ações de curto, médio e longo prazo foram organizadas em uma estratégia que inclui medidas emergenciais de apoio e assistência aos produtores, ações estruturantes e um sistema de monitoramento.

Em entrevista coletiva para a imprensa realizada no Palácio Piratini, o governador Eduardo Leite detalhou medidas que já estão em curso e novas ações destinadas ao processo de superação e contenção de danos causados pela seca.

Entre as ações divulgadas estão a anistia de 100% da dívida do programa Troca-Troca de Sementes para agricultores familiares dos municípios em situação de emergência, a criação de um sistema online de monitoramento da estiagem e construção de cisternas, entre outras. 

O Troca-Troca de Sementes é um programa destinado ao fomento do cultivo de milho e sorgo por agricultores familiares no Estado. O programa financia as sementes para a produção de grãos ou silagem. Demanda trazida pelos produtores, a anistia  das dívidas para o recebimento de sementes significará um valor que o Estado deixará de receber para apoiar a recuperação dos agricultores familiares nas regiões mais atingidas pela restrição hídrica.

"Essa ação terá um impacto para o governo de até R$ 22,5 milhões. É um valor que o Estado deixará de arrecadar para poder anistiar os agricultores familiares que tiveram suas safras frustradas e que, por isso, teriam dificuldade no pagamento dos valores. Com isso, buscamos dar fôlego e possibilidade de recuperação aos produtores que sofrem com a seca”, disse o governador.

O secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, destacou também a abertura de um edital adicional para o Programa de Sementes Forrageiras como uma ação em benefício dos produtores. O programa, que já tinha encerrado o seu período para manifestação de interesse, permite o financiamento da aquisição de sementes forrageiras para a formação de pastagens.

“Abrimos um edital extra para a aquisição das sementes forrageiras para este período em que começamos a ter alguma chuva, permitindo um replantio para garantir a segurança alimentar dos rebanhos”, explicou Santini.

Ações de irrigação e reservação de água já anunciadas por meio do programa Avançar e que encontraram obstáculos na sua execução em 2022 estão entre as medidas prioritárias para este ano. Um exemplo é a construção de cisternas, medida para a qual o Estado destinou R$ 17,4 milhões. Superadas as limitações do período eleitoral e de homologação do Regime de Recuperação Fiscal, a execução do projeto terá andamento nas próximas semanas, como explicou o secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Giovani Feltes.

"Essas questões provocaram limitações na agilidade para implementação do programa e agora estamos ultimando o que é necessário, do ponto de vista orçamentário, para iniciarmos o repasse de recursos aos municípios. São 220 municípios e 63 deles com processos em andamento. Cada município será beneficiado com três cisternas, com capacidade para 60 mil litros cada. Nas próximas semanas, deveremos disponibilizar os recursos para os municípios que estão com os processos encaminhados e ajustados”, disse Feltes. 

Monitor da Estiagem

Dentro da estratégia de aprimorar a gestão da crise hídrica com políticas planejadas e estruturadas em dados, o Estado elaborou o Monitor da Estiagem. A ferramenta reúne dados atualizados da situação climática no Estado e também permite comparativos com as secas registradas em anos anteriores, como explicou a secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann.

“A ideia do monitor é que possamos ter todas as informações concentradas em um só local para subsidiar a construção de políticas públicas e também para a consulta da população em geral. Ele retrata  a situação da estiagem, as ações do Estado e análises climáticas”, disse a secretária. A ferramenta é alimentada com dados de diferentes secretarias e órgãos do Estado, e o acesso público estará disponível nos próximos dias.

Durante a apresentação,  o governador também falou sobre a importância do apoio federal e da necessidade de um olhar contínuo da União para a situação de restrição hídrica no Rio Grande do Sul, em função da sua recorrência. Foi encaminhado um ofício ao governo federal pleiteando apoio para ampliar ações de assistência aos produtores gaúchos já realizadas pelo Estado e para a implementação de outras, como explicou o governador.

“As ações se dão dentro da dimensão e da possibilidade orçamentária de cada ente federativo. Para o Estado sozinho, a possibilidade é uma. Com a parceria do governo federal, é outra. Tenho razões para acreditar que haverá ajuda pelos movimentos de articulação e o interesse e compreensão demonstrados pelo governo federal pela situação no Rio Grande do Sul”, pontuou Leite. 

Também participaram da apresentação o secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos, a secretária de Comunicação, Tânia Moreira, o chefe da Casa Militar e coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil, coronel Luciano Boeira, e o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva. 

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Quinta, 23 de Fevereiro de 2023
Mudanças climáticas comprometem futuro da produção de feijão no Brasil
Mudanças climáticas comprometem futuro da produção de feijão no Brasil Fonte: EMBRAPA

A produção de feijão no Brasil terá de crescer em torno de 44% – aproximadamente 1,5 milhão de toneladas a mais do que é produzido hoje – por volta do ano 2050, para atender à demanda pelo produto. Esse incremento deverá ocorrer em um cenário adverso para as lavouras, do ponto de vista do clima, levando em conta dados estipulados a partir do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) das Nações Unidas (ONU). As conclusões resultam de pesquisa desenvolvida pela Embrapa em parceria com a Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), e relatada em artigo publicado na revista científica Agricultural Systems

Os pesquisadores utilizaram para o estudo três diferentes sistemas de modelagem, ou seja, programas de computador que usam cálculos matemáticos para cruzar amplas bases de dados, a fim de estipular como será o risco climático da produção de feijão e quais serão a produção e a demanda projetadas para o grão no futuro.

De acordo com Alexandre Bryan Heinemann, pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão e um dos responsáveis pelo estudo, as análises apontaram para uma elevação de temperatura do ar entre 1,23 oC a 2,86 oC, em meados de 2050, na área de produção de feijão no Brasil, dependendo do Caminho Representativo de Concentração (RCP) de gases de efeito estufa utilizado. Os RCPs (sigla para Representative Concentration Pathways) foram estabelecidos pelo IPCC e projetam cenários de aquecimento global e possíveis mudanças climáticas. Localidades da Região Centro-Oeste e dos estados de Minas Gerais e da Bahia podem ser mais afetadas.

Ainda segundo Heinemann, certa concentração de gás carbônico (gás de efeito estufa) na atmosfera contribui para a realização de fotossíntese e para a produtividade da planta. Mas o prejuízo causado pelos gases de efeito estufa na atmosfera pela elevação da temperatura do ar é muito maior, pois interfere, especialmente, na fase reprodutiva da lavoura, causando o abortamento de flores e a não formação de vagens e grãos na planta. Por isso, a tendência diante de um incremento entre 1,23 oC e 2,86 oC é que a produtividade diminua.

O pesquisador lembra a projeção de aumento da demanda por feijão até meados de 2050, indicando a necessidade de 1,5 milhão de toneladas de feijão a mais do que é produzido hoje. Isso representa um aumento de 44% da produção. A produção atual no Brasil é de mais de 3 milhões de toneladas anuais de feijão. “São situações contrapostas: existe o impacto negativo do aquecimento global na produtividade em conflito com uma previsão de maior demanda pelo produto”, afirma.

O equacionamento dessa questão, para o pesquisador, passa pela discussão de políticas públicas. “Os resultados da pesquisa colocam em debate assuntos como a expansão de novas áreas de produção de feijão e investimentos em pesquisa para a geração de cultivares mais adaptadas a estresses abióticos e a melhoria em eficiência no manejo das lavouras”, complementa.

Modelagens associaram dados agronômicos, socioeconômicos e cenários de mudanças de clima

Dados agronômicos de produtividade de duas cultivares de feijão da Embrapa (Pérola – carioca -  e BRS Esplendor – preto ) foram associados a informações sobre os tipos de solo do País, cuja fonte é a própria Embrapa, e a variáveis meteorológicas medidas diariamente pela plataforma de informações sobre clima, mantida pela agência espacial norte-americana (Nasa).

A combinação desses elementos, por meio da modelagem, utilizando o programa Cropgro-Dry bean, permitiu estabelecer o comportamento das lavouras de feijão. Essa estimativa cobriu 81% da área produtora de feijão no Brasil, abrangendo as regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, considerando as três possíveis safras: verão, seca e inverno.

Uma segunda ferramenta de modelagem, chamada Agricultural Model Intercomparison and Improvement Project (AgMIP), foi empregada para estimar o impacto de mudanças climáticas sobre as regiões produtoras de feijão do Brasil, a partir da derivação de dados previstos nos Caminhos Representativos de Concentração (RCP) de gases de efeito estufa estabelecidos pelo IPCC. No caso, foram utilizados dois RCPs (RCP 4.5 e RCP 8.5), considerados os mais significativos para a cultura do feijão. 

Um terceiro software de modelagem, o Impact, foi aplicado para integrar informações socioeconômicas a cenários futuros para a cultura, envolvendo uso da terra, preço de commodities, estimativa de oferta e demanda do grão, ganhos em produtividade da lavoura, dentre outros.

Estresse à seca

Heinemann realizou também outro trabalho, relacionado ao impacto de mudanças climáticas sobre a principal região produtora de arroz de terras altas no Brasil, considerando os estados de Goiás, Rondônia, Mato Grosso e Tocantins, onde o cultivo é realizado entre novembro e janeiro.

A partir de dados do solo, das épocas de semeadura, do zoneamento agroclimático para a cultura e de registros históricos de estações meteorológicas do Instituto Brasileiro de Meteorologia (Inmet), foi projetado qual seria o comportamento das lavouras de arroz de terras altas em combinação com as previsões dos RCPs. Para isso, foi usado um programa de computador chamado Oryza2000.

Com essa aplicação, foi possível estimar o comportamento, ao longo do tempo, de fatores como a precipitação pluvial, a radiação solar, a temperatura do ar e a concentração de gás carbônico na região pesquisada. A combinação desses elementos evidenciou que poderá haver impacto do aquecimento e da mudança climática para a produção do arroz de terras altas na região central do Brasil, em meados de 2050, com uma maior exposição do produto ao estresse e à seca. De acordo com as projeções, pode haver redução entre 40% e 60% da água necessária às plantas de arroz.

“Essa pesquisa aponta a necessidade de redução da emissão de gases de efeito estufa para diminuir a pressão sobre o aquecimento global e, como desdobramento, a mitigação de possíveis mudanças climáticas. Outra questão é que os programas de melhoramento do arroz no Brasil precisam dirigir esforços para promover a adaptação da cultura à maior tolerância à seca em condições de estresse, especialmente, em determinadas fases críticas, como em estágio reprodutivo das plantas e em final de ciclo das lavouras”, conclui Heinemann.

 

Inteligência climática

Uma das atuais discussões sobre a melhoria da produção no campo envolve princípios da chamada Agricultura de Inteligência Climática (em inglês, Climate-Smart Agriculture, sigla CSA). A CSA visa à gestão da agricultura voltada à segurança alimentar diante de cenários de mudanças climáticas. É uma iniciativa que fornece base para o apoio a políticas e recomendações de organizações multilaterais, como a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

Um dos pontos da CSA é a necessidade de gerar meios que possibilitem a implementação de seus princípios. Uma das maneiras de atuar nesse sentido é a proposição de Índices de Inteligência Climática (Climate Smartness Index, sigla CSI), indicadores para a melhor condução de lavouras, que podem ser obtidos por meio da utilização de ferramentas como os programas de simulação e modelagem.

Pesquisa da Embrapa testou a elaboração e aplicação de Índices de Inteligência Climática em várias estratégias de manejo da água para sistemas de produção de arroz irrigado por inundação em região tropical brasileira. Foi usado o programa de modelagem DeNitrification-DeComposition (DNDC). O objetivo foi avaliar a sensibilidade de indicadores para a finalidade de CSA, agrupando dados de produção, eficiência no uso de água e emissões de gases de efeito estufa. O resultado fornece parâmetros para medir cultivos que busquem se adequar aos preceitos estipulados na Agricultura de Inteligência Climática.

Rodrigo Peixoto (MTb: 1.077/GO)
Embrapa Arroz e Feijão

 

Fonte: Embrapa

Quinta, 23 de Fevereiro de 2023
Comissão de Assuntos Fundiários da CNA debate estratégias para 2023
Comissão de Assuntos Fundiários da CNA debate estratégias para 2023 Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

A Comissão Nacional de Assuntos Fundiários da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniu na sexta (17) para tratar de temas estratégicos para 2023, além dos desafios e oportunidades do setor.

A pauta do encontro incluiu debates sobre a garantia de direito de propriedade, regularização fundiária e segurança no campo.

O presidente da comissão, Marcelo Bertoni, que também preside o Sistema Famasul, destacou a importância da aprovação de projetos de lei que tratam sobre o tema para trazer segurança jurídica para os empreendimentos agropecuários.

Além disso, Marcelo ressaltou a necessidade de uma maior participação das federações para fornecer informações sobre as questões de conflitos fundiários nos estados para monitoramento da Comissão.

O consultor jurídico da CNA, Rodrigo Kaufmann, apresentou um resumo dos processos que estão tramitando no Supremo Tribunal Federal (STF) nas questões fundiária e ambiental e a agenda da suprema corte para o primeiro semestre no ano.

Participaram da reunião representantes das federações de agricultura estaduais e assessores técnicos da CNA.

Assessoria de Comunicação CNA
 ? flickr.com/photos/canaldoprodutor
 ? twitter.com/SistemaCNA
 ? facebook.com/SistemaCNA
 ? instagram.com/SistemaCNA
 ? facebook.com/SENARBrasil
 ? youtube.com/agrofortebrasilforte

 

Fonte: CNA - Confederação da Agricultura