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Quinta, 27 de Agosto de 2020
Dólar recua ante real após salto da véspera; mercados aguardam Powell
Dólar recua ante real após salto da véspera; mercados aguardam Powell Fonte: Agrolink

No último pregão, o dólar spot teve ganho de 1,54%, a 5,6124 reais na venda

O dólar começou esta quinta-feira em queda contra o real, devolvendo parte do ganho acentuado registrado na véspera em meio a temores fiscais domésticos, enquanto os investidores globais trabalhavam em modo de espera antes do discurso do chair do Federal Reserve, Jerome Powell, na reunião anual de Jackson Hole.

Às 9:07, o dólar recuava 0,44%, a 5,5878 reais na venda, enquanto o contrato mais líquido de dólar futuro pedia 0,47%, a 5,586 reais.

No último pregão, o dólar spot teve ganho de 1,54%, a 5,6124 reais na venda.

O Banco Central fará nesta quinta-feira leilão de swap tradicional para rolagem de até 12 mil contratos com vencimento em março e julho de 2021.

Fonte: Agrolink

Quarta, 26 de Agosto de 2020
Conservação da Amazônia
Conservação da Amazônia Fonte: Canal Rural

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse nesta terça-feira, 25, ser fundamental que a iniciativa privada participe da conservação da Amazônia. Em videoconferência promovida pela Sociedade Nacional da Agricultura (SNA) sobre a ocupação da região, Salles destacou que o agronegócio exportador, que se beneficia da Amazônia e quer preservar sua imagem de sustentabilidade frente ao mundo, deveria “partilhar parte de sua receita com exportações” para ajudar a preservar a região.

Segundo Salles, o proprietário de terras na Amazônia só pode explorar economicamente 20% de sua área, em muitos casos, tornando inviável a sua sobrevivência. Para ele ter incentivo de manter intacta a floresta, a iniciativa privada deveria colaborar. E não só o setor agropecuário, conforme o ministro.

“Quem não vive na Amazônia mas dela se beneficia deveria colaborar com essa preservação”, enfatizou. De outro modo, ele disse que o sistema até então vigente de atuação na região de verbas estatais e do terceiro setor “claramente não deu certo e não reduziu a pobreza na região”.

“Muita gente fez palestra, viajou [em função das ações na Amazônia], mas a região continuou pobre.” Assim, para Salles, qualquer plano que se fizer sobre a Amazônia, além de se respeitarem as particularidades de cada região dentro do bioma, deve levar em conta o reconhecimento do papel da iniciativa privada no desenvolvimento e na conservação da Amazônia.

“Vivemos muitos anos com visão de planejamento estatal e destinação de recursos estatais ou de captação internacional (como o Fundo Amazônia) mas, mesmo assim, geridos por governos”, lembrou o ministro. “E houve uma espécie de desconsideração, na prática, do papel do setor privado na Amazônia.”

Segundo ele, para atrair o capital privado à região, deve-se garantir inicialmente a segurança jurídica quanto à questão fundiária da região, regularizando a posse de terra. “Em segundo lugar, deve-se remunerar a reserva legal por meio do pagamento por serviços ambientais, e isso está num programa recentemente lançado pelo governo, o Floresta Mais”, disse, e mencionou novamente a necessidade de quem se beneficia do bioma mas nele não reside, contribuir.

“Se o Brasil como um todo e o resto do mundo se beneficiam da Amazônia, nada mais natural do que pagar por isso; porque estão usufruindo”, finalizou.

Fonte: Canal Rural

Quarta, 26 de Agosto de 2020
Pesquisa da CNI
Pesquisa da CNI Fonte: Agência Brasil

A confiança do empresariado brasileiro para o mês de agosto está em alta, mas continua abaixo do patamar, na comparação com o mesmo mês de 2019. É o que revela o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) por setor, divulgado hoje (26) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). 

O levantamento destaca que o índice de agosto aumentou em 28 dos 30 setores industriais analisados, e que em todos eles superou a marca dos 50 pontos, limite que, quando suplantado, indica confiança por parte do empresariado.

No caso da indústria da transformação, o índice chegou a 57,5 pontos, contra 59,4 pontos de agosto de 2019. Tendo como recorte a indústria extrativa, atingiu 57,2 pontos em agosto de 2020, número 3,4 pontos maior do que o de julho. Já o da construção somou 54 pontos – número 7,7 pontos maior do que o do levantamento anterior, e 19,2 pontos maior do que o de maio.

De acordo com a CNI, os setores mais confiantes são os de produtos de minerais não metálicos, com 63,3 pontos; produtos de borracha (62,8) e produtos de plástico (61,7). O levantamento aponta, ainda, que os empresários do setor de produtos farmoquímicos e farmacêuticos registraram 61,4 pontos, e os dos produtos de madeira, 60,2.

Os setores que apresentaram os indicadores mais baixos foram os da manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (50,2 pontos), seguidos da impressão e reprodução de gravações (50,3) e calçados e suas partes (50,4). “Também próximo do limiar que divide a confiança positiva da negativa estão os empresários de couros e artefatos de couro (50,7) e outros equipamentos de transporte (50,8)”, informou a CNI.

Percentuais por regiões

Ainda segundo a pesquisa, a região brasileira que apresentou maior confiança foi a Norte, onde o índice ficou em 59 pontos. O Sul vem em segundo lugar (58 pontos), depois aparecem o Nordeste (56,5), Centro-Oeste (56,4) e Sudeste (55,3).

Tendo como recorte o porte das empresas, o índice maior foi o das grandes indústrias (57,8 pontos). Nas médias das indústrias, o índice cai para 56,8 pontos e, por último, as pequenas, com 55,1 pontos.

A pesquisa foi feita entre os dias 3 a 13 de agosto, e contou com a participação de 2.328 empresas. Destas, 913 são de pequeno porte, 855 de médio porte e 560 de grande porte.

Fonte: Agência Brasil

Quarta, 26 de Agosto de 2020
Novas regras alfandegárias entram em vigor
Novas regras alfandegárias entram em vigor Fonte: Agrolink

Começam a vigorar a partir desta quinta-feira (27) as novas regras alfandegárias. A Portaria SECEX nº 44, publicada no Diário Oficial da União em 27 de julho quer incentivar as exportações brasileiras e a economia.

A normativa do Ministério da Economia revisa as normas de concessão, utilização e encerramento do regime aduaneiro especial de drawback, um mecanismo que permite a desoneração tributária de insumos aplicados na produção de bens exportados. 

Os segmentos que mais utilizam o drawback e que devem ser beneficiados são a cadeia de minérios de ferro, cobre e seus concentrados; carne de frango congelada, fresca ou refrigerada; celulose; óxidos e hidróxidos de alumínio; automóveis de passageiros; embarcações; couros e pele; polímeros; produtos semimanufaturados de ferro ou aço, entre outros. Os principais tributos que são isentos ou suspensos pelo regime de drawback são o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); Imposto de Importação (II); Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) e Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS).

A normativa também elimina custos de transação desnecessários, cria incentivos para que mais empresas utilizem esse regime especial e abre oportunidade aos estreantes no comércio internacional. Segundo dados obtidos junto ao Ministério da Economia, o regime aduaneiro auxilia a exportação de cerca de R$ 50 bilhões anuais.

“Essa mudança trouxe mais segurança jurídica, transparência, simplificou os procedimentos burocráticos e vai ajudar no aumento das exportações brasileiras”, afirma Arthur Achiles de Souza Correa, advogado especialista em Direito Aduaneiro, Empresarial e Internacional que atua no setor há 18 anos.

Fonte: Agrolink

Quarta, 26 de Agosto de 2020
Preço do milho deve seguir ao redor dos R$ 60,00 no Brasil
Preço do milho deve seguir ao redor dos R$ 60,00 no Brasil Fonte: Noticias Agrícolas

Analista de mercado da Agrifatto destaca que tendência é de preços estáveis e sustentados com os produtores brasileiros já capitalizados e segurando o cereal. Pontos que merecem atenção e podem modificar o cenário são o dólar, as exportações e a safra dos Estados Unidos

Os preços do milho continuaram subindo no Brasil mesmo com o decorrer da colheita da segunda safra. O indicador Cepea, por exemplo, registrava a saca de milho à R$ 47,76 em junho e fechou a última terça-feira (25) à R$ 60,41, uma alta de mais de 26%, retomando os patamares recordes de março.

Segundo o analista de mercado da Agrifatto Consultoria, Yago Travagini Ferreira, neste momento o produtor de milho está bastante capitalizado após vender um grande volume desta safra antecipadamente e de rentabilizar bem na última safra de soja. Sendo assim, o vendedor “senta em cima” do grão e não se preocupa em comercializar.

Sendo assim, a tendência é de manter a sustentação dos atuais patamares de preços daqui até o final do ano. A Bolsa Brasileira (B3), por exemplo, já apresenta cotações ao redor dos R$ 61,00 para contratos futuros.

Entre os fatores que merecem atenção e podem mexer com este cenário o primeiro deles é o dólar. Ferreira comenta que uma eventual alta da moeda americana ante ao real, na casa dos R$ 6,00, por exemplo, pode elevar o preço do milho para até R$ 65,00 a saca. “Querendo ou não, nós temos muita instabilidade nos próximos meses. Teremos eleições nos Estados Unidos e eleições municipais, que são fatores que vão continuar afetando o dólar”, alerta

Os outros pontos seriam as exportações brasileiras e a safra dos Estados Unidos. O analista explica que caso as exportações não cheguem ao patamar esperado entre 33 e 35 milhões de toneladas mais oferta ficará disponível e os preços cairiam.

O que pode frear esse avanço das exportações seria a safra norte-americana. Ferreira ressalta que, apesar da diminuição na expectativa de produção do cereal nos Estados Unidos após o último reporte do USDA, a safra ainda será grande e os estoques altos, podendo competir e tirar espaço do cereal brasileiro.

Fonte: Noticias Agrícolas

Quarta, 26 de Agosto de 2020
PRF apreende R$ 60 mil em vinhos estrangeiros
PRF apreende R$ 60 mil em vinhos estrangeiros Fonte: Agrolink

A Polícia Rodoviária Federal apreendeu, na manhã desta quarta-feira (26), um veículo carregado com garrafas de vinho que entraram de forma irregular no Brasil. A ação ocorreu na BR-386 em Sarandi, norte gaúcho.

Uma caminhonete com placas de Belo Horizonte transportava 64 caixas de vinho, totalizando 384 garrafas. A carga foi avaliada em cerca de R$ 60 mil. O condutor, natural do Rio de Janeiro, disse que não tinha qualquer documentação da carga e que havia adquirido a mercadoria na fronteira com a Argentina, tendo como destino final Florianópolis (SC). Ele foi encaminhados à Receita Federal com as bebidas e o veículo, que foram apreendidos. O homem responderá pelo crime de descaminho.

Para importar vinhos para o Brasil é necessário que os rótulos e contrarrótulos estejam de acordo com a legislação brasileira, sendo que o rótulo frontal deve obrigatoriamente conter dados os seguintes dados: marca do produto, teor alcoólico e capacidade volumétrica.

O Certificado de Origem, atualmente, é necessário apenas para fornecedores do Mercosul. É uma garantia de que o vinho realmente foi produzido em determinada região. O COCA (Certificado de Origem e Análise) é dividido em duas partes. A que certifica a origem do produto deve ser assinada e carimbada por um órgão oficial no país que produz o exemplar, sendo necessário que o fornecedor seja credenciado em uma base de dados do  Ministério da Agricultura. A outra parte certifica os dados da análise do produto e também deve ser assinada por um órgão oficial, geralmente um laboratório, previamente credenciado em uma base de dados do Mapa.

Quando o produto chega ao país faz-se uma contraprova para saber se o vinho está nas mesmas condições que saiu do país de origem. Se há divergência é necessário uma nova etiquetação. Quando tudo está dentro dos trâmites legais, o Mapa emite um certificado de inspeção de importação, o termo que permite a comercialização no produto no país.

Fonte: Agrolink

Terça, 25 de Agosto de 2020
Contas externas têm saldo positivo pelo quarto mês seguido.
Contas externas têm saldo positivo pelo quarto mês seguido. Fonte: Agência Brasil

As contas externas registraram saldo positivo em julho pelo quarto mês seguido, informou hoje (25), em Brasília, o Banco Central (BC). O superávit em transações correntes, que são as compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do Brasil com outros países, chegou a US$ 1,628 bilhão. Esse foi primeiro saldo positivo em julho desde 2006 (US$ 3,007 bilhões). Em julho de 2019, foi registrado déficit em transações correntes de US$ 9,790 bilhões.

“Essa reversão [do saldo negativo em julho no ano passado para superávit em 2020] decorreu de alta de US$ 5,7 bilhões no superávit da balança comercial de bens e das reduções de US$ 4 bilhões e de US$ 1,6 bilhão nos déficits em renda primária e serviços, na ordem”, destaca relatório do BC.

Nos sete meses do ano, as transações correntes tiveram déficit de US$ 11,798 bilhões, contra o saldo negativo de US$ 30,988 bilhões em igual período de 2019.

Em 12 meses encerrados em julho, o déficit chegou a US$ 31,737 bilhões (2% do Produto Interno Bruto – PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país), ante US$ 43,155 bilhões (2,65% do PIB) até junho deste ano.

Balança comercial

Em julho, as exportações de bens totalizaram US$ 19,652 bilhões e as importações, US$ 12,269 bilhões, resultando no superávit comercial de US$ 7,383 bilhões, contra US$ 1,653 bilhão no mesmo mês do ano passado. De janeiro a julho, o superávit comercial chegou a US$ 26,223 bilhões, ante US$ 23,910 bilhões do mesmo período de 2019.

Serviços

O déficit na conta de serviços (viagens internacionais, transporte e aluguel de equipamentos, entre outros) atingiu US$ 1,819 bilhão em julho, ante US$ 3,439 bilhões em igual período de 2019. Nos sete meses do ano, o saldo negativo chegou a US$ 12,232 bilhões, resultado menor que o registrado de janeiro a julho de 2019, de US$ 20,860 bilhões.

Viagens internacionais

O resultado das viagens internacionais - que fazem parte da conta de serviços - ficou negativo em US$ 127 milhões, contra US$ 1,3 bilhão. Esse saldo é formado pelas receitas de estrangeiros (US$ 140 milhões em julho) no Brasil e os gastos de brasileiros no exterior (US$ 267 milhões). De janeiro a julho, as despesas superaram as receitas em US$ 1,769 bilhão, contra o saldo também negativo de US$ 7,030 bilhões em igual período de 2019.

As viagens internacionais têm sido afetadas pelas restrições de entrada e saída dos países e pelas medidas de isolamento social, necessárias para o enfrentamento da pandemia de covid-19.

Rendas

Em julho de 2020, o déficit em renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) chegou a US$ 4,148 bilhões, contra US$ 8,165 bilhões no mesmo período de 2019. De janeiro a julho, o saldo negativo ficou em US$ 27,276 bilhões, ante US$ 34,410 bilhões em igual período do ano passado.

A conta de renda secundária (gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) teve resultado positivo de US$ 211 milhões, contra US$ 161 milhões em julho de 2019. Nos sete meses do ano, o resultado positivo chegou a US$ 1,487 bilhão, ante US$ 1,168 bilhão em igual período de 2019.

Investimentos

Os ingressos líquidos em investimentos diretos no país (IDP) somaram US$ 2,685 bilhões no mês passado, ante US$ 5,328 bilhões em julho de 2019.

De janeiro a julho, o IDP chegou a US$ 25,527 bilhões, ante US$ 36,475 bilhões nos sete meses de 2019. Nos 12 meses encerrados em julho de 2020, o IDP totalizou US$ 62,555 bilhões, correspondendo a 3,94% do PIB, em comparação a US$ 65,198 bilhões (4,01% do PIB) em junho. 

De acordo com o chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, o IDP “foi bastante atingido pelos efeitos da pandemia”, devido à situação de incerteza sobre a volta da atividade econômica à normalidade, tempo de duração do contágio da doença e letalidade. “Os investimentos diretos são de mais longo prazo e flutuações na atividade econômica de curto prazo têm um impacto menos relevante. Mas no caso da pandemia, houve impactos econômicos inéditos e muito incerteza” disse. Ele acrescentou que fluxos de IDP foram interrompidos, principalmente em abril.

Em julho, os investimentos em carteira no mercado doméstico totalizaram ingressos líquidos (descontadas as saídas) de US$ 885 milhões, dos quais US$ 333 milhões em títulos de dívida e US$ 553 milhões em ações e fundos de investimento. Nos sete primeiros meses de 2020, houve saídas líquidas de US$ 30,626 bilhões, contra ingressos líquidos de US$ 14,073 bilhões, em período similar do ano passado.

Fonte: Agência Brasil

Terça, 25 de Agosto de 2020
Alta de 3,83% no leite gaúcho
Alta de 3,83% no leite gaúcho Fonte: Agrolink

O valor de referência do leite no Rio Grande do Sul atingiu R$ 1,5082 no mês de agosto, 3,83% acima do consolidado de julho (R$ 1,4526). O valor segue tendência nacional de alta e é o mais elevado da série histórica do Conseleite/RS. Segundo dados apresentados nesta terça-feira (25/08), o que se verifica neste momento é um aumento de demanda e importações desfavorecidas pelo câmbio valorizado. O queijo mussarela destacou-se com recuperação de preço, principalmente, em função de mudanças nos hábitos de consumo. “O mercado está aquecido. Nos últimos 14 anos, nunca atingimos esse valor, o que é compreensível no momento atual. A dúvida agora é se essa valorização terá seguimento ao longo do ano”, pontuou o professor da UPF e responsável  pelo levantamento do Conseleite, Marco Antonio Montoya.

Segundo o presidente do Conseleite, Rodrigo Rizzo, o cenário é de valorização do leite e de reconhecimento do trabalho no campo, uma vez que o produtor também vem recebendo mais por litro. “É um momento justo para o setor em função de nossos custos”, completou o vice-presidente do Conseleite, Alexandre Guerra.  Ele citou que, apesar de estarmos em plena safra, as indústrias estão trabalhando com estoques menores, o que garante maior giro  e melhor operação. “O setor lácteo está passando pelo seu pico de produção e captação, e o preço está em um patamar adequado que reflete o cenário e o auxílio-emergencial concedido pelo governo”, salientou Guerra.

Rizzo alertou que, com o aumento do preço do leite, acende-se uma luz amarela em relação à retomada da atratividade das importações.  Apesar da valorização cambial, as aquisições externas voltam a ser uma opção de oferta, o que já se verifica nos números da balança comercial de lácteos nos meses de julho e agosto. “É algo que deixa o setor em alerta”, ponderou o presidente.

Fonte: Agrolink

Terça, 25 de Agosto de 2020
Mercado de Grãos
Mercado de Grãos Fonte: AF News Agricola

A safra de soja é prevista pela Conab em 133,5 milhões de toneladas e a de milho, em 112,9 milhões de toneladas no próximo ano. A projeção de aumento da colheita da soja decorre da expectativa de melhor produtividade, que pode chegar a 3.526 quilos por hectare, e também da ampliação na área, estimada em 3% - atingiria 37,86 milhões de hectares. O avanço do grão ocorre principalmente em áreas de pastos degradados, de renovação de cana-de-açúcar e também há casos de troca de cultura.

O interesse pela oleaginosa reflete a expectativa de que continue boa sua rentabilidade. Os preços do grão devem se manter elevados, alavancados pela valorização do dólar e pela boa demanda internacional. Evidência desta demanda é o ritmo de vendas antecipadas. Conforme levantamento da Conab, até o início de agosto, cerca de 40% da safra 2020/21 já havia sido vendida, contra 20% há um ano. O panorama também é positivo para o consumo interno. Há tendência de aumento pela elevação de 12 para 13% de biodiesel no diesel a partir de março do ano que vem e também pelo bom ritmo de produção de carnes.

O mercado do milho também é influenciado pelo câmbio e pelas carnes, e o aumento de área com esse grão é estimado em 7%, chegando a 19,78 milhões de hectares nas três safras – em 2019/20, a primeira safra produziu 23% do total, a segunda contribuiu com 74% e a incipiente terceira safra, com 3%. A produtividade média pode melhorar 3%, segundo a Conab, indo para 5.709 kg/ha.

No cenário internacional, a possibilidade de menor investimento na produção de grãos na Argentina pode abrir novas possibilidades de mercado para os produtores brasileiros. A previsão da Conab é de que as exportações brasileiras de soja aumentem 5,8%, indo para 86,79 milhões de toneladas – a China pode comprar cerca de 80% desse volume. As de milho são estimadas em 39 milhões de toneladas, crescimento de 13%.

Outros grãos

O mercado do arroz também tem proporcionado boa rentabilidade aos produtores, e a Conab estima que aumentem em 12% a área cultivada em 2020/21. A produtividade, no entanto, pode não ser tão boa quanto à da safra que se encerra, quando as condições climáticas foram muito favoráveis. Prevê-se queda de 4%, o que resultaria em colheita de 11,98 milhões de toneladas.

O ritmo de exportação e importação, segundo a Conab, deve permanecer estável. Já o consumo interno poderá aumentar em 5,1% em relação ao da atual safra, podendo atingir 10,8 milhões de toneladas – ainda inferior à média dos últimos 10 anos. Nesse contexto de oferta ajustada à demanda, os preços internos tendem a se manter firmes. Por outro lado, a alta dos custos poderá afetar a rentabilidade do produtor.

No caso do feijão, a Conab sinaliza que este pode ser o terceiro ano seguido em que a produção brasileira se encontra bem ajustada à demanda. O Brasil tem três safras de feijão por ano. O resultado de uma safra, bem como das lavouras concorrentes por área com o feijão, influencia a decisão de investimento da safra seguinte.

Com base em dados disponíveis até o momento, a Conab estima que produtores venham a colher 3,040 milhões de toneladas de feijão em 2020/21. A área total, por enquanto, é considerada estável, em 2.920,7 mil hectares, e a produtividade média seria de 1.041 kg/ha, queda de 4% sobre a média do ano safra anterior.

O mercado de algodão tem sido fortemente atingido pela pandemia, o que desestimula o plantio. O prognóstico da Conab é de redução de 11% da área e de 2% da produtividade na safra 2020/21. A colheita se limitaria a 2,555 milhões de toneladas de pluma, queda de 12%. A recuperação deste mercado está diretamente ligada ao restabelecimento da demanda global pelo produto, que depende do reaquecimento da economia.

Fonte: AF News Agricola

Terça, 25 de Agosto de 2020
Supersafra aquece demanda por leilões de máquinas no agronegócio
Supersafra aquece demanda por leilões de máquinas no agronegócio Fonte: Agrolink

Considerado um dos raros segmentos que praticamente não sente os efeitos da crise causada pela pandemia do novo coronavírus, o agronegócio se movimenta para cumprir acordos comerciais, ajustar os plantios e escoar as safras já para o próximo ano. Com expectativas de supersafras e negociações de longo prazo em andamento, entra um cenário positivo para planejamento e aquisição de ativos com melhor tecnologia, aquecendo o mercado de venda de bens usados e de leilões. O Superbid Marketplace, plataforma de transações on-line, em julho deste ano, registrou 63% de aumento no número de pregões, na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Nos últimos 5 anos, a venda direta ou o leilão on-line despontaram como alternativa para enxugar ativos que não têm mais utilidade para empresas. O processo ganha agilidade e comodidade tanto para quem quer vender, quanto para quem deseja comprar. Com a digitalização, os lances são feitos de forma virtual, pelas telas de computadores, tablets ou celulares.

Plataformas especializadas nessa modalidade de venda para o segmento do agronegócio reúnem vendedores e compradores, que vão desde empresas a pessoas físicas interessadas na venda ou na compra de itens rurais, como máquinas pesadas, implementos agrícolas, parques industriais, caminhões e equipamentos.

De acordo com Marcelo Pinheiro, diretor técnico da MaisAtivo, empresa do Grupo Superbid e especializada em intermediação de ativos do agronegócio, em julho deste ano, o número de companhias buscando leiloar maquinários em desuso aumentou 53% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Para Pinheiro, o período de entressafra favorece a venda dos maquinários e garante à empresa recuperar parte do valor do produto para compra de um novo, que será usado para a nova colheita, evitando custos elevados na manutenção e recuperação. Já para o pequeno e médio agricultor que tem dificuldade de crédito no mercado, adquirir um equipamento de segunda mão pode ser a solução para aumentar a produção do campo e adquirir máquinas com altos descontos.

– O mercado agro começa a perceber que o leilão é a forma mais rápida e prática para a venda de um ativo, com a transparência necessária que antes não existia no processo. A inteligência de venda garante para a empresa à audiência necessária para despertar o interesse em potenciais compradores.

Nos últimos dois anos, a MaisAtivo realizou mais de mil projetos voltados para o segmento do agronegócio, além de mais de 20 mil ofertas de máquinas e equipamentos da categoria do agronegócio, com mais de 8 milhões de visitas no Superbid Marketplace. Cerca de 8 mil corporações e empresas vendedoras já utilizaram os serviços da plataforma, dentre eles, corporativos dos setores sucroenergético, grãos, café, entre outros que renovam a frota por meio das vendas on-line.

As ofertas que vão a leilão ficam na empresa que colocou os produtos à venda e a visitação é feita com antecedência, respeitando as regras exigidas pelas autoridades de saúde e seguindo as condições de venda e pagamento de cada vendedor.

Fonte: Agrolink