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Segunda, 24 de Agosto de 2020
240 bovinos sem procedência são apreendidos.
240 bovinos sem procedência são apreendidos. Fonte: Agrolink

Oito equipes da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) em conjunto com a Polícia Civil, através da Decrab-Bagé (Delegacia de Polícia Especializada na Repressão aos Crimes Rurais e Abigeato) participaram da ação na última sexta-feira (21).  A ação contou com o apoio da Delegacia de Polícia de Aceguá e da Fiscalização Municipal de Aceguá.

O resultado da Operação Colônia foi a apreensão de 240 animais bovinos sem procedência. As apreensões ocorreram nos municípios de Bagé e Aceguá, na fronteira oeste.

Ao todo, foram resenhados (avaliados) 779 animais na localidade das Palmas, em Bagé, propriedade rural de um dos investigados. Com a presença de diversas vítimas, de diferentes municípios, foram vistoriados os 779 animais da propriedade, restando 59 reconhecidos como furtados.

Outros 181 animais foram apreendidos pela Polícia Civil e pela Secretaria da Agricultura, pois não apresentaram origem, sendo excedentes na propriedade. Os animais reconhecidos pelas vítimas serão colocados à disposição do Poder Judiciário para eventual restituição às vítimas, uma vez que o inquérito policial já foi encaminhado à justiça.  Os outros 181 animais, caso não seja comprovada a origem no prazo legal, serão encaminhados para abate sanitário. O abate será executado em estabelecimento com inspeção e a carne, se apta ao consumo, será doada a instituições beneficentes.

“Pela legislação do Decreto Estadual 52.434/2015, os donos dos animais apreendidos têm 72 horas úteis para comprovação da propriedade dos animais. Caso isto não aconteça, os animais são encaminhados para abate sanitário por não possuir origem comprovada em estabelecimentos de abate (frigoríficos), esclarece o fiscal estadual agropecuário Francisco Lopes, coordenador da Operação Sentinela da Secretaria da Agricultura.

Fonte: Agrolink

Segunda, 24 de Agosto de 2020
Mercado de Carnes
Mercado de Carnes Fonte: AF News Agricola

Mesmo com a crise, o mercado de carnes está em alta e, para entender como o segmento se reinventou, um especialista no assunto falou sobre como estão as tendências atuais do setor. Confira:

Em pleno cenário de pandemia e incertezas, o mercado da carne parece estar conseguindo driblar os desafios. Inclusive, o cenário mundial favorece os produtores brasileiros, trazendo projeções otimistas para o setor. Segundo dados recentes da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), neste ano, as exportações de carne bovina devem superar o recorde de 7,6 bilhões de dólares registrado em 2019.

Conforme a pesquisa, isso tem dois grandes fatores vindo de fora do país: os Estados Unidos,maior produtor de carne bovina do mundo, tem sofrido impactos da crise do coronavírus ao passo que reduziu suas previsões anuais de produção; e a China, maior comprador mundial, com baixa produção de carne suína, deve continuar com importação expressiva de carnes bovina até o fim do ano.

Outro fator que já vem sendo observado há um bom tempo é a crescente procura e interesse dos brasileiros por carnes nobres e cortes selecionados, reforçando a cultura tão forte do churrasco, principalmente no sul do país. À medida em que aumenta a demanda por esses cortes, surge novas propostas de açougues premium. Para entender um pouco mais sobre isso, conversamos com o Pedro Albeche, da Zero51, uma boutique de carnes que divide espaço com um açougue tradicional do Mercado Público de Porto Alegre.

O que são consideradas as carnes nobres?

Na verdade, o que muita gente não sabe é que carnes nobres são pequenas parcelas da carne do boi destinada principalmente ao churrasco. Ou seja, são os cortes que tem acabamento maior - que chamamos no açougue de toalete. Por exemplo, uma picanha é apenas 1% de um boi. Além do melhoramento genético, critérios rígidos de seleção e melhor tratamento com o animal durante todo o processo de produção, fatores pelos quais se tem um valor acrescido ao corte selecionado. A diferença da Zero 51 é que, por estarmos juntos a um açougue tradicional, compramos o que chamamos de boi casado. Isso é, não compramos apenas alguns cortes, mas todo o animal. Assim, além dos cortes para churrasco, temos ossobuco e bifes, por exemplo. Além das aves, porcos e cordeiros. São os pedaços do boi para fazer na panela, no dia-a-dia, mas que já não podem ser chamadas de carnes de segunda - denominação que já não faz sentido. Com essa compra inteira do boi, passamos a ter valores mais competitivos sobre o mercado.

Notaram um crescimento na procura por carnes nobres?

Notamos sim um aumento na demanda desse tipo de carne, mas o crescimento é paulatino. As pessoas descobriram com a carne selecionada novas formas de degustar e saborear cortes especiais, seja para o churrasco ou para o dia-a-dia. Principalmente com essa paixão do povo gaúcho pelo assado. Justamente por isso trouxemos o projeto da Zero51 para dentro do tradicional açougue Santo Ângelo, para compor essa parte de carnes nobres, que é uma pequena parcela do boi como um todo. Por isso, para se ter cortes nobres de excelente qualidade se requer uma remuneração melhor ao produtor e ao frigorífico, compondo ao final um valor agregado distinto.

Como se reinventaram diante a crise decorrente da pandemia?

Em meio a crise pela pandemia, agregamos os cortes do dia aos deliveries. Dessa forma, o consumidor ao passo que faz suas compras para o churrasco, também escolhe alguns cortes para o dia-a-dia, para fazer tanto assado, quanto na panela. O colchão, a paleta e o frango são alguns exemplos bem comuns. Outro aspecto que nos salvou durante os difíceis primeiros meses de pandemia foi ter apostado nesse segmento há 3 anos. Assim já tínhamos fidelização do cliente, que acredita no nosso trabalho e produto, comprando pelo telefone os cortes que quer assar e ter para a família.

Quais as tendências de cortes de carne selecionados hoje?

As tendências hoje se devem grande parte às carnes gaúchas do pampa e aos cortes do Uruguai e Argentina. Com empresas parceiras que trazem carne de qualidade desses países vizinhos, que tem a geografia parecida com a nossa, buscamos ter sempre as novidades em cortes selecionados. A grande tendência que percebemos hoje é o aproveitamento do dianteiro do boi, que antigamente era considerada carne de segunda. No dianteiro saem excelentes cortes que estão cada vez mais em alta para o churrasco: flat iron, shoulder, costela do dianteiro e short rib. Esse último super em voga atualmente se trata da parte dianteira entre a 1ª e 5ª costela do animal e parte do miolo do acém, comprovando a evolução da carne de qualidade, já que não se imaginava ser possível comer um corte do dianteiro tão saboroso e macio.

Além disso, percebemos o crescimento do consumo de carne suína, que pra nós gaúchos nem sempre foi assim. Hoje o matambrito de porco, por exemplo, é uma excelente opção de entrada para o churrasco, além de ter um ótimo custo-benefício, fazendo com que o cliente consuma cada vez mais. Outros bons exemplos são a costelinha do porco e alguns cortes do Uruguai e Argentina, como a entraña, que vem acoplada a costela.

Em suma, tudo que é feito fora do país, o brasileiro cada vez mais tenta adaptar à sua cultura, buscando aceitar novos cortes e se reinventar. Tudo isso faz com que tenhamos um aproveitamento do animal cada vez maior, respeitando tudo que é e o que representa para nós.

O que é o tão falado marmoreio da carne?

Além das diferentes qualidades das duas partes do boi, traseira e dianteira, temos o famoso marmoreio, que deve ser levado em conta na hora de escolher uma peça.  Se trata do aspecto da carne bovina com gordura intramuscular. São traços brancos (gordura) em meio ao vermelho das fibras musculares. Costumo dizer que o marmoreio é um importante indicativo de qualidade da carne, embora não podemos presumir que uma carne sem marmoreio é uma carne pior, já que, primeiramente, marmoreio é uma característica genética e tem relação tanto na alimentação do animal, quanto no confinamento que dá acabamento na gordura. Às vezes uma carne vai ter sabor, maciez e textura, mesmo sem marmoreio. São exatamente esses os 3 itens que buscamos contemplar no nosso produto como empresa.

Quais as dicas para um bom churrasco?

Acredito que o bom churrasco é contemplado por uma série de fatores: boa carne, bom fogo e bom tratamento na hora de cortar, dedicação do assador, e reunião os amigos e a família. Para mim, fazer churrasco é reunir quem gostamos, e não é só o ato de consumir carne. Já que o publico está cada vez mais exigente, temos dia pós dia melhores assadores, já que a prática leva a perfeição. Apesar de ter formação em gastronomia, saí do nicho de restaurantes justamente para trabalhar com toda essa cadeia de produção de carnes. Afinal, hoje estamos no Estado que é berço do churrasco, o que corrobora para a excelente carne que temos. Apreciar um bom churrasco aqui é cultural, social e geográfico.

Fonte: AF News Agricola

Segunda, 24 de Agosto de 2020
Produtor negocia soja que será colhida em 2022.
Produtor negocia soja que será colhida em 2022. Fonte: Agrolink

Os mercados de soja, milho e arroz vêm apresentando desempenhos que chamam a atenção neste ano. Conforme o levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostram que a soja que será colhida em 2022 já começa a ser negociada no Brasil, o milho segue em forte ritmo de valorização mesmo em plena colheita de segunda safra possivelmente recorde e o arroz é negociado na casa dos R$ 83/saca de 50 kg, ou seja, 10 Reais/saca acima do recorde real atingido no dia 11 deste mês. 

Os preços da soja em grão seguem renovando as máximas nominais no Brasil. Na parcial de agosto (até o dia 21), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa Paranaguá (PR) subiu significativos 11,5%, indo para R$ 132,80/saca de 60 kg na sexta-feira, 21 – patamar recorde nominal da série histórica do Cepea, iniciada em março de 2006. Em termos reais, os valores negociados na última semana se aproximam do patamar recorde da série do Cepea, de R$ 139,20/sc, registrado em setembro de 2012 (as médias mensais foram deflacionadas pelo IGP-DI de julho/20). 

Quanto ao Indicador CEPEA/ESALQ Paraná, este avançou 13,9% na parcial deste mês, indo para R$ 126,96/sc de 60 kg na sexta, também máxima nominal e o maior patamar real desde setembro/12, quando a média mensal foi de R$ 132,95/sc. Já o recorde real dessa série, por sua vez, de R$ 149,71/sc, foi registrado em outubro de 2002. 

Segundo pesquisadores do Cepea, além do baixo excedente interno, o movimento de alta está atrelado à apreciação do dólar frente ao Real, que mantém a commodity brasileira mais atrativa aos importadores. Além disso, a demanda doméstica por novos lotes de grãos também está firme, tendo em vista a aquecida procura por farelo e óleo de soja. Diante disso, vendas de soja para entrega entre fevereiro e julho de 2022 também já vêm sendo verificadas (safra 2021/22). Pesquisadores do Cepea indicam que esse tipo de comercialização envolvendo o produto que será colhido daqui duas safras é um fato inédito. 

Fonte: Agrolink

Segunda, 24 de Agosto de 2020
Focus
Focus Fonte: Canal Rural

Para o próximo ano, a expectativa é de crescimento de 3,50%, a mesma previsão há 13 semanas consecutivas, disse o Banco Central

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A previsão do mercado financeiro para a queda da economia brasileira este ano foi ajustada de 5,52% para 5,46%. A estimativa de recuo do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – está no boletim Focus, publicação divulgada todas as semanas pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores econômicos. O mercado financeiro tem reduzido a projeção de queda há oito semanas consecutivas.

Para o próximo ano, a expectativa é de crescimento de 3,50%, a mesma previsão há 13 semanas consecutivas. Em 2022 e 2023, o mercado financeiro continua a projetar expansão de 2,50% do PIB.

Inflação

As instituições financeiras consultadas pelo BC ajustaram a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 1,67% para 1,71% neste ano. Para 2021, a estimativa de inflação permanece em 3% há 10 semanas consecutivas. A previsão para 2022 e 2023 também não teve alteração: 3,50% e 3,25%, respectivamente.

A projeção para 2020 está abaixo do piso da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,5% e o superior, 5,5%.

Para 2021, a meta é 3,75%, para 2022, 3,50%, e para 2023, 3,25%, com intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, em cada ano.

Selic

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 2% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic encerre 2020 no atual patamar (2% ao ano). Para o fim de 2021, a expectativa foi ajustada de 2,75% para 3% ao ano. Para o fim de 2022, a previsão passou de 4,75% para 4,50% ao ano e para o final de 2023, segue em 6% ao ano.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. Entretanto, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Dólar

A previsão para a cotação do dólar permanece em R$ 5,20, ao final deste ano. Para o fim de 2021, a expectativa é que a moeda americana fique em R$ 5.

Fonte: Canal Rural

Segunda, 24 de Agosto de 2020
Dólar abandona mínimas ante real
Dólar abandona mínimas ante real Fonte: Google

O dólar à vista abriu mão da queda de mais cedo e oscilava com variações comedidas ante o real nesta segunda-feira, com dúvidas sobre a saúde fiscal do Brasil ofuscando o apetite por risco gerado por esperanças sobre um tratamento para a Covid-19.

Às 12h23, o dólar à vista tinha variação negativa de 0,02%, a 5,6054 reais na venda, depois de ter chegado a cair 0,85% na mínima do dia, para 5,5593 reais. As operações com dólar spot se encerram às 17h (de Brasília).

Na B3, em que os negócios com derivativos de câmbio vão até as 18h, o principal contrato de dólar futuro tinha queda de 0,34%, a 5,6095 reais.

"De manhã havia um pouco de otimismo sobre algumas coisas: o pacote do Guedes, um tratamento contra a pandemia... mas depois os investidores começaram analisar o contexto de dívida interna e déficit altos, gerando dúvidas sobre o pacote", disse Vanei Nagem, da mesa de câmbio da Terra Investimentos, sobre a tomada de fôlego do dólar.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse na semana passada que novidades serão apresentadas pela sua equipe na terça-feira em cerimônia para anúncio do Pró-Brasil, um plano para a retomada econômica.

"A revelação dos programas pode inflamar os anseios em torno de uma falta de compromisso do governo com o teto de gastos e com a contenção do endividamento público em geral", disse em nota o time econômico da Guide Investimentos.

"Caso o governo não apresente uma explicação detalhada e convincente de como os programas que aumentarão os gastos serão compensados pelos programas de redução de gastos, uma retomada da pressão cambial (...), vista na semana passada, pode voltar a ocorrer."

Na última sessão, na sexta-feira, o dólar spot registrou alta de 0,95%, a 5,6068 reais, maior patamar desde 20 de maio, acumulando ganho de 3,31% na semana, a quarta consecutiva de ganhos.

No ano de 2020, o dólar salta 39,5% contra o real, impulsionado por um contexto de incertezas econômicas, instabilidade política e juros extremamente baixos.

Nesta segunda-feira, os mercados globais mostravam algum otimismo depois que o principal órgão regulador de medicamentos dos Estados Unidos aprovou o uso de plasma sanguíneo de pacientes que se recuperaram da Covid-19 como uma opção de tratamento da doença causada pelo coronavírus.

Depois de uma manhã forte para a maioria das moedas arriscadas pares do real, peso mexicano e lira turca passavam a cair contra o dólar, por exemplo. Segundo Vanei Nagem, a virada no movimento de algumas moedas emergentes também colaborou para o enfraquecimento do real no final da manhã.

Em nota, analistas do Bradesco citaram "preocupações com as tensões sino-americanas e com o avanço da pandemia em vários países" como fatores de pressão para os mercados globais neste pregão.

No fim de semana, grandes economias europeias, como Itália, Espanha e França, registraram recorde de casos de coronavírus desde o fim das medidas de confinamento, levantando receios sobre uma possível volta das restrições no continente.

O Banco Central fez nesta segunda-feira leilão de swap tradicional para rolagem de até 12 mil contratos com vencimento em março e julho de 2021, em que vendeu o total da oferta.

Fonte: Noticias Agrícolas

Sexta, 21 de Agosto de 2020
Destaques da Economia (17 a 21/08)
Destaques da Economia (17 a 21/08) Fonte: AF News Agricola

A cotação do dólar, que chegou a bater a máxima de R$ 5,66 ontem (20), fechou valendo R$ 5,55 com aumento de 0,42% na variação diária. A valorização do dólar ante ao real, foi influenciada diretamente após o Senado ter derrubado o veto sobre a decisão do reajuste do salário dos servidores públicos. No agronegócio, a balança comercial registrou superávit na segunda semana, com aumento nas exportações de soja, mas com queda nos embarques do café e milho. No mercado externo, China segue apresentando sinais de recuperação pós covid-19, enquanto que demais países ainda continuando buscando meios de reduzir o contágio da doença. Confira:

Economia Brasileira

Cotação do Dólar: No fechamento de quinta-feira (20), o preço do dólar registrou uma variação de alta diária em 0,42% sendo cotado a R$ 5,554. Na variação semanal, o indicador apresentou aumento de 3,47% tendo em vista que a moeda americana estava cotada a R$ 5,3675 a uma semana.

Senado derruba veto a reajuste de servidor: Na noite desta quarta-feira (19), o ministro Paulo Guedes, da Economia, criticou a decisão do Senado de derrubar o veto do presidente Jair Bolsonaro ao reajuste de salários de servidores durante a pandemia do coronavírus. Ele disse que o Senado deu "um péssimo sinal" e classificou a decisão como "um crime contra o país".

4 em 10 brasileiros acreditam em piora da economia: Uma pesquisa do Datafolha aponta que uma parcela crescente dos brasileiros avalia que a situação econômica do Brasil vai piorar nos próximos meses, com aumento do desemprego, avanço da inflação e perda do poder de compra. Segundo o levantamento, 41% acham que a situação econômica do país vai piorar nos próximos meses, enquanto 29% avaliam que vai ficar igual. A situação vai melhorar para 29% dos respondentes –1% deles não souberam opinar. Em dezembro, última vez em que foi feita a pesquisa, o cenário era outro: 43% avaliavam que a situação econômica do país ia mudar para melhor.

Desemprego sobe e chega a 13,1% em julho: Dados da Pnad Covid indicam que a taxa de desemprego mensal acelerou entre junho e julho, atingindo o maior patamar desde maio, início da pesquisa. O índice pulou de 12,4% para 13,1%. Ao todo, 12,3 milhões de brasileiros estão de desempregados. O aumento se deu por conta do fechamento de mais de postos de trabalho em julho somado a maior procura por um emprego por quem foi demitido – na metodologia do IBGE, é considerado desempregado apenas quem efetivamente procura emprego e não acha.

Agronegócio Brasileiro e Balança Comercial

Na 2ª semana de Agosto de 2020, a balança comercial registrou superávit de US$ 1,395 bilhão e corrente de comércio de US$ 6,894 bilhões, resultado de exportações no valor de US$ 4,145 bilhões e importações de US$ 2,75 bilhões. No mês, as exportações somam US$ 8,889 bilhões e as importações, US$ 5,501 bilhões, com saldo positivo de US$ 3,388 bilhões e corrente de comércio de US$ 14,389 bilhões. No ano, as exportações totalizam US$ 129,781 bilhões e as importações, US$ 96,407 bilhões, com saldo positivo de US$ 33,374 bilhões e corrente de comércio de US$ 226,188 bilhões.

Nas exportações dos produtos agrícolas, a Secex informou que:

As exportações de café torrado contabilizaram um volume de 38,105 mil toneladas na segunda semana de agosto, com queda de 41,20% comparada a semana anterior. A média diária de embarques registrados na semana foi de 7,62 mil tons.

A soja em grãos obteve um volume 1,908 milhão de toneladas entre os dias 10 a 14 de agosto, com aumento de 19,76% na variação semanal. A média diária contabilizada ficou em 381,0 mil tons.

Na exportação do milho, a Secex informou a movimentação de 1,463 milhão de toneladas, com retração de 579,0 mil tons diante do volume contabilizado na semana passada. A media diária embarcada ficou em 292,6 mil tons.

Economia Mundial

China suportará crescimento global enquanto economias desenvolvidas se recuperam da COVID-19, afirma gigante da mineração: A gigante anglo-australiana de mineração BHP disse nesta terça-feira que a China será a única grande economia a crescer este ano, com a recuperação desde o coronavírus nos países desenvolvidos estando atrasada, informou o South China Morning Post.

Em seu relatório financeiro anual, a mineradora, que possui vários negócios, previu que a China assumirá a maior parte do crescimento global nos próximos anos, com os países desenvolvidos não iniciando a recuperação até 2021.

"Embora as perspectivas para 2021 permaneçam incertas, dentro dos cenários que consideramos, nosso caso base tem a economia mundial se recuperando solidamente durante o ano", disse a BHP em sua perspectiva.

"Haverá, no entanto, uma variação considerável no nível do país", disse o jornal citando a empresa.

A empresa disse ainda esperar que os membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico retornem às suas taxas de crescimento de tendência pré-COVID-19 por volta de 2023.

As previsões pessimistas lançam uma sombra sobre a demanda global por commodities em um futuro próximo, incluindo minério de ferro e carvão.

"As perspectivas e a velocidade de recuperação [global] podem ser muito desiguais, variando consideravelmente de país para país, afetando assim a demanda por nossas commodities", disse o diretor executivo da BHP, Mike Henry, em uma apresentação online.

A empresa ficou um pouco abaixo de sua meta de lucros para o ano inteiro, devido a ganhos menores com petróleo e carvão e custos mais altos, incluindo despesas causadas por sua resposta à pandemia, disse a reportagem.

Fonte: AF News Agricola

Sexta, 21 de Agosto de 2020
Arroz é 25% da área irrigada no Brasil
Arroz é 25% da área irrigada no Brasil Fonte: Agrolink

Um mapeamento realizado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e pela Companhia Nacional de Abastecimento avaliou o montante de arroz irrigado no país. O volume é de 1,3 milhão de hectares ou 25% do total da área irrigada no Brasil.. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (21) pelos dois órgãos em um webinar.

O arroz irrigado responde por 77% do cultivo e 90% das áreas de produção no país. As áreas de sequeiro vem em retração mas com incremento de produtividade com tecnologia e melhorias no manejo. 

A cultura de arroz irrigado também demanda mais água do que outros sistemas, respondendo por 40% do volume captado. “A cultura é chave tanto para as discussões de segurança hídrica quanto de segurança alimentar, de desenvolvimento regional e de recursos hídricos. O mapeamento dessas lavouras é fundamental para tomadas de decisão nas políticas agrícolas, de desenvolvimento regional e de recursos hídricos", afirma Marcelo Cruz, diretor da ANA.

Por outro lado a irrigação garante mais que o triplo de produtividade do quem em áreas de sequeiro. Na média dos últimos cinco anos (2014-2018), o arroz de sequeiro rendeu 2.134 kg/ha, enquanto o irrigado teve um rendimento de 7.403 kg/ha – 3,5 vezes mais.

A produção foi identificada em 342 municípios, sendo 75 deles com área superior a 3 mil hectares e totalizam 1,1 milhão de hectares (85% do total). Desses 75 municípios, 49 estão no Rio Grande do Sul, 15 em Santa Catarina, seis em Tocantins e outros cinco em Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná e Roraima. Os quatro principais irrigantes localizam-se no Rio Grande do Sul sendo o maior em Uruguaiana com 80 mil hectares.

O levantamento também apontou que Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins respondem por 1,2 milhão dentre 1,3 milhão do total de hectares de arroz identificados no Brasil. O RS mantém a liderança absoluta com 72,9% da área ocupada pelo arroz irrigado (946 mil hectares), seguido por Santa Catarina (11,5%) e Tocantins (8,4%). Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul aparecem na sequência respectivamente com 1,5%, 1,3% e 0,8%. Os demais 3,5% da área estimada estão distribuídos em outros 12 estados: Alagoas, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima, Sergipe e São Paulo.
 
 “O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de arroz, juntamente com a China, Índia, Indonésia, Bangladesh, Vietnã, Tailândia, Myanmar, Filipinas, Japão e Paquistão", explica Guilherme Bastos, presidente da Conab. 

Fonte: Agrolink

Sexta, 21 de Agosto de 2020
Aprosoja Brasil
Aprosoja Brasil Fonte: Noticias Agrícolas

O agronegócio brasileiro continua discutindo a questão polêmica das recuperações judiciais no setor e em um vídeo o presidente da Aprosoja Brasil, Bartolomeu Braz Pereira, trouxe a posição da associação sobre a pauta e como está o andamento do PL 6229/05, que prevê alterações na legislação. 

"Chegamos a um consenso de que é preciso retirar essas brechas na lei para que esses que se dizem produtores e que estão usando (a RJ) para outros fins, isso tem que ser e vai ser - por meio das emendas que estão sendo apresentadas - excluído. Não podemos atingir nosso crédito com essas minorias que estão fazendo uma 'farra' com essa recuperação judicial. Precisamos de regulamentação", diz Pereira. 

O valor proposto pela Aprosoja Brasil é de R$ 10 milhões para a recuperação, de forma que não favoreça os produtores muito grandes, mas que alcance um produtor de 1200 a 1500 hectares, que é a média do produtor brasileiro. 

Fonte: Noticias Agrícolas

Sexta, 21 de Agosto de 2020
Vacina contra PSA entrará em testes
Vacina contra PSA entrará em testes Fonte: Agrolink

O Ministério da Agricultura da Agricultura da China anunciou que evolui em uma vacina contra a Peste Suína Africana (PSA). O Instituto de Pesquisa Veterinária da Academia Chinesa de Ciências Agrícolas (Harbin) destacou que as cepas já estão prontas para testes clínicos e testes de produção. 

A vacina já foi aplicada em três mil leitões e porcas com bons resultados, acima de 80% de imunidade. Os animais não tiveram alterações e cresceram normalmente. Também não houve transmissão da doença entre eles. As fêmeas que estavam em cio procriaram normalmente e sem abortos.

Os testes foram feitos nas regiões de Heilongjiang, Henan e Xinjiang em abril, maio e junho. Na próxima fase a intenção é avançar mais em pesquisas e registrar a vacina o mais rápido possível.

A PSA está presente em países da Europa, Ásia e África. De acordo Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) foram 210 novos surtos entre 24 de julho e 6 de agosto. O número total de surtos subiu de 7.030 para 7.176.  

Fonte: Agrolink

Sexta, 21 de Agosto de 2020
Diálogo com China tem sido e deve ser constante
Diálogo com China tem sido e deve ser constante Fonte: Portal DBO

Chefe do Escritório China do Ministério da Agricultura diz que o governo brasileiro tem adotado uma política de "transparência" com o país asiático

 

A suposta detecção, na semana passada, de rastros de coronavírus em embalagem de frango brasileiro na província de Shenzhen, na China, “é um episódio importante, mas que se insere num contexto mais amplo de um diálogo que vem se mantendo entre o Brasil e autoridades chinesas”, disse a chefe do Escritório China do Ministério da Agricultura, Larissa Wachholz.

Em live promovida na quarta-feira, 19, à noite pela MSD Saúde Animal, Larissa, que foi nomeada conselheira do ministério para assuntos ligados à China, diz que o governo brasileiro tem adotado uma política de “transparência” com o país asiático, e vice-versa.

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“Essa linha de comunicação já existia (antes do episódio em Shenzhen) e estava em funcionamento“, afirmou.

Ela disse, ainda, que as autoridades chinesas acompanham atenta e diariamente a situação do Brasil, inclusive pela imprensa brasileira. “E nós atendemos os chineses, com bastante agilidade, a essas demandas de informações, já com tudo traduzido em mandarim, para facilitar a comunicação”, continua.

A conselheira elogiou, ainda, os protocolos sanitários adotados pelos frigoríficos brasileiros, “que se baseiam em diretrizes da FAO e da OMS”. “Temos deixado isso bastante claro para as autoridades chinesas; é um trabalho de manutenção de diálogo que se reflete na construção de confiança de curto, médio e longo prazos com essas autoridades”, continuou Larissa, que morou por seis anos na China, estudou em universidade ali e reforçou que a cultura do país “preza muito este tipo de atenção”.

Na mesma live, o diretor-geral para Ásia da JBS, Rogério Moraes, que mora há dez anos na China, informou, sobre o episódio de Shenzhen, que eles souberam “15 minutos antes” da situação, antes que ela começasse a surgir nas redes sociais na China, “que são bastante ativas”. “Monitoramos como estava sendo a resposta do consumidor àquele episódio”, contou.

“Para nossa alegria, foi ‘top five’ nas duas a três primeiras horas do acontecido, depois foi caindo”, disse o executivo da JBS. “Depois, no fim da tarde, já havia praticamente sumido das redes sociais, ou seja, o assunto não repercutiu muito para o consumidor e a mesma coisa entre os importadores“, disse.

 

Fonte: Portal DBO