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Segunda, 31 de Agosto de 2020
Mercado prevê retração da economia em 5,28% este ano, diz BC
Mercado prevê retração da economia em 5,28% este ano, diz BC Fonte: Canal Rural

Para o próximo ano, a expectativa é de crescimento de 3,50%, a mesma previsão há 14 semanas consecutivas. Em 2022 e 2023, o mercado financeiro continua a projetar expansão de 2,50%

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A previsão do mercado financeiro para a queda da economia brasileira este ano foi ajustada de 5,46% para 5,28%. A estimativa de recuo do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – está no boletim Focus, publicação divulgada todas as semanas pelo Banco Central (BC), com a projeção para os principais indicadores econômicos.

Para o próximo ano, a expectativa é de crescimento de 3,50%, a mesma previsão há 14 semanas consecutivas. Em 2022 e 2023, o mercado financeiro continua a projetar expansão de 2,50% do PIB.

Inflação

As instituições financeiras consultadas pelo BC ajustaram a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo em 1,71% para 1,77%, neste ano.

Para 2021, a estimativa de inflação permanece em 3%, há 11 semanas consecutivas. A previsão para 2022 e 2023 também não teve alteração: 3,50% e 3,25%, respectivamente.

A projeção para 2020 está abaixo do piso da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,5% e o superior, 5,5%.

Para 2021, a meta é 3,75%, para 2022, 3,50%, e para 2023, 3,25%, com intervalo de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, em cada ano.

Selic

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, estabelecida atualmente em 2% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic encerre 2020 em 2% ao ano. Para o fim de 2021, a expectativa é que a taxa básica chegue a 2,88% ao ano. A previsão anterior era 3% ao ano. Para o fim de 2022, a previsão é 4,5% ao ano e para o final de 2023, 5,75% ao ano, ante previsão de 6% ao ano, na semana passada.

Quando o Copom reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica. Entretanto, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos clientes, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Dólar

A previsão para a cotação do dólar passou de R$ 5,20 para R$ 5,25, ao final deste ano. Para o fim de 2021, a expectativa é que a moeda americana fique em R$ 5.

Fonte: Canal Rural

Sexta, 28 de Agosto de 2020
5G vai trazer US$ 77 bilhões para agricultura
5G vai trazer US$ 77 bilhões para agricultura Fonte: Agrolink

Transformação digital pode ser “um dos motores da recuperação econômica do país no pós-pandemia"

A chegada da internet 5G no Brasil deve ampliar em cerca de US$ 77 bilhões os ganhos na agricultura. É o que aponta estudo elaborado em conjunto pela Nokia e pela Omdia, segundo o qual a implantação de redes 5G representará “a verdadeira transformação digital e impulsionará a produtividade na América Latina, principalmente no Brasil, com ganhos significativos para a economia”. 

De acordo com o White Paper “Why 5G in Latin America?”, o impacto econômico estimado é de até um ponto percentual a mais no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Segundo os autores, essa transformação digital pode tornar-se “um dos motores da recuperação econômica do país no pós-pandemia”.

O estudo aponta o cenário brasileiro com destaque: “A expectativa é que o 5G tenha um impacto de até US$ 1,2 trilhão no Produto Interno Produto do país no período de 2021 até 2035. Os setores mais positivamente impactados serão: Tecnologia, Informação e Comunicação (US$ 241 bilhões), Governo (US$ 189 bilhões), Manufatura (US$ 181 bilhões), Serviços (US$ 152 bilhões), Varejo (US$ 88 bilhões), Agricultura (US$ 77 bilhões) e Mineração (US$ 48,6 bilhões)”.

“A agricultura no Brasil é altamente produtiva e orientada para a exportação, com importantes efeitos em outras indústrias, como Manufatura e Serviços. O 5G tem o potencial de ser a única camada de conectividade necessária para conectar casos de usos diferentes, como coleiras de animais, sistemas de irrigação, sensores de equipamentos, câmeras, veículos autônomos e UAVs (drones). A maioria das fazendas no Brasil não possui cobertura de celular; portanto, os ganhos potenciais ao conectar a força de trabalho e a infraestrutura podem ter um impacto significativo na produtividade do setor, principalmente, considerando a possibilidade de avançar diretamente para o 5G”, apontam os autores.

Ari Lopes, analista sênior da Omdia, afirma que o 5G trará “grandes impactos para a sociedade e muitos benefícios também. O estudo voltado para a América Latina com a Nokia traz informações interessantes de como a tecnologia poderá ser aproveitada e o que há em jogo com o atraso da adoção do 5G”.

Para Wilson Cardoso, diretor de soluções da Nokia para a América Latina, o 5G “não é apenas um G. Proporcionará a digitalização da sociedade e todas as máquinas, equipamentos e sensores, um grande impulso na economia, além de que todos os elementos conectados irão buscar e trazer informações. Estamos ansiosos em contribuir para o debate público sobre a importância da adoção do 5G na América Latina e no Brasil”.

Fonte: Agrolink

Sexta, 28 de Agosto de 2020
Carne Carbono Neutro
Carne Carbono Neutro Fonte: Canal Rural

Produtos são provenientes de animais criados em sistema de produção pecuária-floresta, que neutraliza as emissões de metano 

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Foi lançada no Brasil nesta quinta-feira, 25, a primeira linha de produtos com a certificação carne carbono neutro. Desenvolvida pela Embrapa, a carne carbono neutro (CCN) é uma certificação do gado criado em sistemas de integração do tipo silvipastoril (pecuária-floresta) ou agrossilvipastoril (lavoura-pecuária-floresta, ILPF).

 “É quando você tem árvores plantadas no meio do pasto”, explica a pesquisadora da Embrapa Gado de Corte Fabiana Villa Alves. Nesses sistemas, as árvores neutralizam ou absorvem o metano entérico, exalado pelos animais e um dos principais gases causadores do efeito estufa.

Um estudo realizado na Embrapa Gado de Corte, localizada em Campo Grande (MS), aponta que cerca de 200 árvores por hectare seriam suficientes para neutralizar o metano emitido por 11 bovinos adultos por hectare ao ano, sendo que a taxa de lotação usual no Brasil é de um a 1,2 animal por hectare.

Agora, produtos carne carbono neutro vão chegar ao consumidor brasileiro, por meio da linha de cortes de carne Viva, em parceria com a Marfrig. A compensação é assegurada a partir da certificação e verificação por auditorias independentes. A Marfrig é o primeiro frigorífico do país a lançar uma linha de produtos desse tipo.

Para a pesquisadora Fabiana Villa Alves, o consumidor terá acesso a uma carne produzida sem agredir o meio ambiente, prezando o bem-estar animal (as árvores garantem conforto térmico e sombra para o gado), além de ter alta qualidade, sabor e maciez.

“A carne carbono neutro é uma iniciativa única no mundo, é a transformação da ciência em um selo comercial”, disse, acrescentando que estão em andamento pesquisas para protocolos de couro carbono neutro e bezerro carbono neutro.

O produtor que adota a carne carbono neutro também ganha, conforme Fabiana Villa Alves, com aumento da produtividade, recuperação de pastagens degradadas, conforto térmico para o animal e adoção de um sistema sustentável economicamente viável.

Outro benefício é agregação de valor à carne brasileira, impulsionando a exportação para mercados considerados exigentes, como Europa e Estados Unidos. “É um projeto que conta com a participação de 12 centros de pesquisa da Embrapa, envolvendo uma rede de mais de 150 pesquisadores e ainda diversas instituições. O agro será o motor da retomada brasileira e vai precisar de parcerias como essa, unindo esforços dos setores público e privado”, disse Celso Moretti, presidente da Embrapa.

Para o diretor de Inovação do Mapa, Cleber Soares, a carne carbono neutro sinaliza os métodos que devem ser adotados pela pecuária nos próximos anos. “A sociedade clama para que as atividades econômicas sejam descarbonizantes e sustentáveis. O futuro passa pela combinação inequívoca da sustentabilidade com a inovação”, afirmou.

Os produtos da linha Viva são provenientes de animais inseridos em um sistema de produção pecuária-floresta. “Ao incentivarmos a produção sustentável geramos valor para a empresa e para a cadeia de negócios. Além disso, o desenvolvimento da carne carbono neutro, em parceria com um dos mais respeitados centros de pesquisa e de inovação do agronegócio mundial – a Embrapa, reafirma o nosso compromisso com quatro dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU”, diz Miguel Gularte, CEO da Marfrig. A empresa investiu cerca de R$ 10 milhões no desenvolvimento dos produtos.

Fonte: Canal Rural

Sexta, 28 de Agosto de 2020
Exportações brasileiras para árabes somam US$ 7 bilhões
Exportações brasileiras para árabes somam US$ 7 bilhões Fonte: Agrolink

O mercado halal é gigantesco e deve chegar a US$ 3,2 trilhões até 2024. O Brasil é um dos principais mercados para os árabes. De acordo com o  Departamento de Inteligência de Mercado da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, nos sete primeiros meses deste ano as exportações brasileiras aos países árabes cresceram 16,9%, somando US$ 7,1 bilhões.

Os produtos mais exportados foram carne de frango, açúcar, minério de ferro, carne bovina e milho, respondendo por mais de 70% dos embarques do Brasil para o Oriente Médio e Norte da África.

Para exportar aos países árabes as empresas precisam ter a certificação halal, que assegura que toda a produção seguiu as regras islâmicas. “Toda cadeia deve ser certificada desde a matéria-prima, insumos, transporte e armazenamento, inclusive as empresas que prestam serviços para as fabricantes. É importante que as empresas entendam que é um conceito geral e não basta o produto ter um selo de certificação na embalagem para ingressar neste mercado. Eles querem entender todo o processo para ter certeza da validação da certificação halal de acordo com as leis islâmicas”, comenta o gerente comercial da Cdial Halal, Omar Chahine.

Fonte: Agrolink

Sexta, 28 de Agosto de 2020
Propostas de reforma tributária
Propostas de reforma tributária Fonte: Portal DBO

Nesta quinta-feira (27), uma Comissão Mista da Reforma Tributária do Congresso Nacional debateu virtualmente as propostas que podem alterar a legislação de impostos e taxas no Brasil.

 

Três propostas estão no páreo: a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2019, de autoria da Câmara do Deputados, a PEC 110/2019, do Senado, e o Projeto de Lei 3.887/2020, do governo federal. Todas têm algo em comum: serão prejudiciais ao agronegócio por elevar os custos da produção.

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 “O sistema deve permitir que nós contemplemos, ainda que gradualmente, uma redução da carga atual e o modelo tributário que não deveria a interferir no funcionamento da economia e nas decisões dos agentes econômicos”, disse Isaac Sidney Menezes Ferreira, da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Além de Ferreira, participaram do debate virtual representantes da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), Confederação Nacional das Cooperativas (CNCoop), da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg) e demais entidades.

Céu nublado à vista

Segundo uma análise do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), de Cuiabá (MT), a proposta elaborada pela Câmara tende a encarecer a produção por todo o Estado.

Os custos de produção da pecuária podem ficar 15% mais elevados no Estado. Segundo o órgão, no seu mais recente relatório de mercado, o custo por arroba produzida é de R$ 238,35, na cria, de R$ 186,68 na recria/engorda, e de R$ 202,91, no ciclo completo.

Se aprovada a PEC 45, elevaria os custos de cada arroba produzida para R$ 274,10 na cria, R$ 214,68 na recria/engorda e para R$ 233,35 no ciclo completo. Além da pecuária, a soja e o milho poderiam sofrer reajustes no custo de produção de 11% e 10%, respectivamente.

Revisão do texto

O deputado federal e vice-presidente da Frente Parlamentar das Agropecuária (FPA), Sérgio Souza, disse durante uma transmissão ao vivo feita pelo grupo, na semana passada, que os congressistas do agro vão se dedicar para que a reforma não tenha impacto para os produtores rurais.

“O produtor já paga caro. Nós vamos trabalhar para que a reforma tributária não venha aumentar um centavo de impostos para o produtor rural”, disse Souza.

Fonte: Portal DBO

Sexta, 28 de Agosto de 2020
Destaques da Economia (24 a 28/08)
Destaques da Economia (24 a 28/08) Fonte: AF News Agricola

As exportações brasileiras em agosto seguem em ritmo acelerado. Segundo dados da Secex, na 3ª semana do mês, a balança comercial registrou superávit de US$ 1,309 bilhão e corrente de comércio de US$ 7,355 bilhões. No mês, as exportações somam US$ 13,116 bilhões, com saldo positivo de US$ 4,926 bilhões. Ontem (27), a cotação do dólar fechou com queda de 0,59%, após o indicador ter registrado R$ 5,61 no dia anterior. Confira mais destaques da economia do Brasil e do Mundo:

 

Economia Brasileira

Cotação do Dólar: No fechamento de quinta-feira (27), o preço do dólar registrou uma variação de queda diária em 0,59% sendo cotado a R$ 5,5789. Na variação semanal, o indicador apresentou aumento de 0,44% tendo em vista que a moeda americana estava cotada a R$ 5,554 a uma semana.

Brasileiro paga dívida com auxílio emergencial: O dinheiro do auxílio emergencial tem ajudado alguns brasileiros a pagarem as suas dívidas. Empresas de recuperação de crédito e cobrança viram suas atividades aumentarem entre 35% a 50% nos últimos dois meses. Uma pesquisa divulgada pela XP/Ipespe revelou que 16% dos beneficiários usaram o dinheiro do governo para pagar dívidas. Ainda assim, a realidade pode mudar com o fim do pagamento do auxílio emergencial. “A renda melhorou, mas é meio falso. Vamos ver a realidade quando parar”, diz Alexandre Nobre, sócio da RCB, empresa de recuperação de crédito controlada pelo Bradesco.

Número de lojas exclusivamente virtuais aumenta 41%: O número de lojas exclusivamente virtuais cresceu 40,7% no Brasil entre 2019 e 2020, segundo um levantamento feito pelo PayPal Brasil e pela consultoria BigData Corp. Em meio ao isolamento social forçado pela pandemia, o número de negócios 100% online chegou a aproximadamente 1,3 milhão. Quase 89% das empresas que fazem vendas pela internet são de pequeno porte e registram até 10 mil visitas por mês. Grandes lojas, que acumulam mais de meio milhão de visitas mensais, respondem por apenas 8,7% do total.

Bolsonaro recusa proposta do Renda Brasil: O presidente Jair Bolsonaro afirmou ter recusado a proposta enviada por sua equipe econômica do Renda Brasil, a reformulação do Bolsa Família. "Ontem discutimos a possível proposta do renda Brasil e eu falei 'tá suspenso'. Vamos voltar a conversar. A proposta que a equipe econômica apareceu pra mim não será enviada ao parlamento. Não posso tirar de pobres para dar para paupérrimos", disse. Guedes apresentou propostas de parcelas entre R$ 240 e R$ 270, a depender do desenho da assistência e da extinção de outros programas, mas Bolsonaro pressiona para que o valor chegue a pelo menos R$ 300. Para isso, seria necessário que as deduções do Imposto de Renda de pessoa física fossem extintas.

Agronegócio Brasileiro e Balança Comercial

Na 3ª semana de Agosto de 2020, a balança comercial registrou superávit de US$ 1,309 bilhão e corrente de comércio de US$ 7,355 bilhões, resultado de exportações no valor de US$ 4,332 bilhões e importações de US$ 3,023 bilhões. No mês, as exportações somam US$ 13,116 bilhões e as importações, US$ 8,19 bilhões, com saldo positivo de US$ 4,926 bilhões e corrente de comércio de US$ 21,306 bilhões. No ano, as exportações totalizam US$ 134,008 bilhões e as importações, US$ 99,096 bilhões, com saldo positivo de US$ 34,911 bilhões e corrente de comércio de US$ 233,104 bilhões.

Nas exportações dos produtos agrícolas, a Secex informou que:

As exportações de café torrado contabilizaram um volume de 42,755 mil toneladas na segunda semana de agosto, com aumento de 12,20% comparada a semana anterior. A média diária de embarques registrados na semana foi de 8,55 mil tons.

A soja em grãos obteve um volume 1,566 milhão de toneladas entre os dias 17 a 21 de agosto, com redução de 17,97% na variação semanal. A média diária contabilizada ficou em 313,0 mil tons.

Na exportação do milho, a Secex informou a movimentação de 1,348 milhão de toneladas, com retração de 7,89% diante do volume contabilizado na semana passada. A media diária embarcada ficou em 270,0 mil tons.

Economia Mundial

Economia dos EUA com perdas históricas: Pode não ser a economia mundial mais afetada pela pandemia de Covid-19 ainda assim as previsões da administração dos EUA, em relação ao segundo trimestre de 2020, foram revistas em baixa.

A economia do país encolheu a uma alarmante taxa anual de 31,7% entre abril a junho, a queda trimestral mais acentuada de que há registo.

O resultado da pandemia são empresas a encerrar em catadupa e milhões de empregos perdidos. A taxa de desemprego situa-se nos 10,2%. Cerca de 1 milhão de pessoas candidatam-se ao fundo de desemprego todas as semanas, e o valor que vão receber sofreu também um corte.

A Reserva Federal anunciou uma importante mudança na sua política, esta quinta-feira, dizendo-se disposta a permitir que a inflação aumente mais do que o previsto, para apoiar o mercado de trabalho e a economia em geral. O presidente do organismo, Jerome Powell, explicava que não acreditam ser possível manter um mercado de trabalho robusto sem um aumento da inflação.

Na prática, esta mudança significa que a Reserva Federal estará menos inclinada para aumentar as taxas de juros quando o desemprego diminuir, desde que a inflação não aumente. O banco central tende a acreditar que baixas taxas de desemprego levam a uma perigosa escalada na inflação, pelo que tomam medidas preventivas (Por AFP).

Fonte: AF News Agricola

Quinta, 27 de Agosto de 2020
Conselho Internacional de Grãos
Conselho Internacional de Grãos Fonte: Canal Rural

O Conselho Internacional de Grãos (IGC, na sigla em inglês) elevou a sua estimativa para produção global na safra 2020/21, em 5 milhões de toneladas, de 2,225 bilhões de toneladas para 2,230 bilhões de toneladas. O conselho atribui à revisão na safra à perspectiva de maior produção global de soja, milho e trigo.

Se confirmada, a perspectiva aponta para uma safra recorde – 49 milhões de toneladas maior que a temporada anterior. A previsão de consumo foi elevada de 2,218 bilhões de toneladas para 2,222 bilhões de toneladas, enquanto a estimativa de estoques globais foi aumentada de 625 milhões de toneladas previstas no fim de julho para 630 milhões de toneladas.

As perspectivas para o consumo foi revisada diante da expectativa de maior uso dos grãos na alimentação, explica o IGC. As projeções da entidade foram divulgadas em relatório mensal nesta quinta-feira. A previsão de produção global de soja da safra 2020/21 foi elevada em 8 milhões de toneladas, para 373 milhões de toneladas.

A projeção de consumo passou de 364 milhões de toneladas para 368 milhões de toneladas, assim como os estoques finais da oleaginosa foram acrescidos em 4 milhões de toneladas para 52 milhões de toneladas. Em relação ao milho, a estimativa para a colheita foi elevada em 2 milhões de toneladas, para 1,166 bilhão de toneladas, pressionada, principalmente.

A estimativa de consumo do cereal foi ajustada na mesma proporção para 1,178 bilhão de toneladas e a previsão de estoques ao fim da temporada foi mantida em 288 milhões de toneladas. Quanto ao trigo, a estimativa de produção também foi elevada em 1 milhão de toneladas para 763 milhões de toneladas, enquanto o consumo foi reduzido em 1 milhão de toneladas para 749 milhões de toneladas e as reservas finais foram acrescidas em 6 milhões de toneladas para 294 milhões de toneladas.

O índice de preços de Grãos e Oleaginosas do IGC subiu 3% em julho, para o maior valor de cerca dos últimos dois anos, de acordo com a entidade. Para a temporada 2019/20, o IGC elevou sua estimativa para produção global de 2,176 bilhões de toneladas para 2,181 bilhões de toneladas. A estimativa de estoques globais também foi revisada para cima, para 622 milhões de toneladas, ante 619 milhões de toneladas previstas em julho. Já a previsão de consumo foi elevada de 2,179 bilhões de toneladas para 2,181 bilhões de toneladas.

Fonte: Canal Rural

Quinta, 27 de Agosto de 2020
Federarroz se posiciona contrária a retirada da TEC de importação
Federarroz se posiciona contrária a retirada da TEC de importação Fonte: Google

O posicionamento contrário a retirada das tarifas de importação de arroz pelo Brasil de países de fora do Mercosul é unânime entre os produtores, as cooperativas e as entidades do setor arrozeiro e encontra repudio até mesmo dentro das industrias do arroz.

A proposta foi divulgada na última quarta-feira (26) pelo secretário de política agrícola do Ministério da Agricultura, César Halum, zeraria as taxas que hoje são de 10% para o arroz com casca e 12% para o arroz beneficiado e pronto para o consumo.

Segundo o presidente da Federarroz, Alexandre Velho, essa medida será um duro golpe aos produtores que acumularam cinco anos de prejuízos e redução de área cultivada e que, finalmente, registravam ganhos e já até estimavam retomar o crescimento da área para a próxima safra.

A liderança destaca que, até mesmo pelos dados da Conab, existe arroz suficiente no país para abastecer o mercado interno até o final do ano, quando chegariam novas ofertas. No mês de dezembro a colheita começa nos países do Mercosul, em janeiro em Santa Catarina e em fevereiro no Rio Grande do Sul, que representa 70% da produção nacional.

Velho acredita que a medida não deva ser concretizada, uma vez que os preços do arroz no mercado internacional são ainda maiores do que os brasileiros, o câmbio segue desfavorável para a importação e não há muitas origens disponíveis, já que os Estados Unidos vão primeiro atender os seus próprios mercados e possuem arroz de menor qualidade e a Índia, que tem qualidade ainda menor do que a dos norte-americanos.

Por fim, a Federarroz aponta que até mesmo o aumento no preço da saca de arroz ao consumidor final não chega a estar em patamares impraticáveis. De acordo com os cálculos da entidade, uma família de 4 pessoas, que consome arroz em todos os dias da semana, gasta entre R$ 25,00 e R$ 30,00 com arroz por mês e o produtor corresponde a apenas 3% da cesta básica atual.

Fonte: Noticias Agrícolas

Quinta, 27 de Agosto de 2020
Altas do milho e do farelo pioram relação de troca de pecuarista
Altas do milho e do farelo pioram relação de troca de pecuarista Fonte: Agrolink

Apesar de a cotação da arroba seguir em patamar recorde ao longo deste mês, as significativas altas nos valores do milho e do farelo de soja, importantes insumos da alimentação bovina, vêm prejudicando a relação de troca de pecuaristas.

Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário é verificado justamente neste momento de entressafra pecuária, quando muitos produtores intensificam o uso do cereal e do derivado de soja na alimentação animal. Na parcial de agosto, a venda de uma arroba (foi considerado o Indicador do boi gordo CEPEA/B3, mercado paulista) possibilita a compra de pouco mais de 16 quilos de milho (Indicador ESALQ/BM&FBovespa, base Campinas-SP), contra 18 quilos em julho.

Quanto ao farelo de soja, a venda de uma arroba de boi gordo em São Paulo em agosto permite a aquisição de 8,2 quilos do derivado, menos que o observado no mês anterior (8,42 quilos de farelo). 

Fonte: Agrolink

Quinta, 27 de Agosto de 2020
Agronegócio
Agronegócio Fonte: AF News Agricola

O Governo do Brasil deu hoje um novo sinal perante as relações com a Argentina e anunciou que não renovará neste ano a cota extra adicional do Mercosul de 450 mil toneladas de trigo, desde que o abastecimento seja garantido por produtores argentinos.

São 450 mil toneladas que estavam dentro de uma cota que o governo Bolsonaro havia autorizado. A notícia foi confirmada pelo ministro da Agricultura do Brasil ao chanceler argentino.

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina Dias, fez o anúncio durante encontro que manteve com o embaixador da Argentina em Brasila, Daniel Scioli.

“A ministra garantiu que não renovará a cota extra-Mercosul adicional da importação de trigo em 450 mil toneladas que vence em novembro, desde que não haja problemas em nosso mercado para garantir o abastecimento do mercado brasileiro”, disse nota divulgada pela embaixada da Argentina em Brasília pela agência Télam.

O anúncio é considerado um sinal, depois do Brasil ter anunciado em novembro passado que iria comprar, fora do acordo do Mercosul -que é benéfico para os produtores argentinos, com taxa de importação zero, cerca de 750 mil toneladas de trigo para outros mercados, principalmente para os Estados Unidos.

O sinal adquire relevância no degelo das relações bilaterais entre os principais sócios do Mercosul, que tem como eixo uma série de negociações e diálogos que Scioli iniciou primeiro com o presidente Bolsonaro, depois com o chanceler Ernesto Araújo e agora com um ministro do um setor chave.

Scioli também reivindicou os entraves à exportação de camarão para o Brasil em decorrência de medida judicial em vigor desde 2013 e pelas "barreiras comerciais existentes" na região de Cuyo para a exportação de uvas de mesa e mosto de uva.

Por outro lado, a ministra anunciou que colocará à disposição da Argentina aviões e produtos químicos para o combate à praga de gafanhotos que atinge o centro-norte argentino e se localiza próximo aos estados do sul do Brasil.

A gestão diplomática de Scioli com o presidente Bolsonaro na semana passada incluiu o planejamento de uma possível cúpula com o presidente Alberto Fernández antes do final do ano, no marco dos 35 anos da Declaração de Iguaçu que selou a pedra angular do Mercosul em 30 de novembro.

Dias é um dos mais influentes no gabinete brasileiro por sua capacidade negociadora e diplomática, principalmente diante das questões ambientais internacionais e o principal comprador do agronegócio brasileiro, a China, primeiro parceiro do Brasil desde 2009.

Fonte: AF News Agricola