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Segunda, 14 de Setembro de 2020
Defensivos Agrícolas
Defensivos Agrícolas Fonte: AF News Agrícola

Países menos desenvolvidos e com menores rendas, como é o caso do Brasil, África do Sul são destinos com potencial para a exportações de defensivos agrícolas. Alguns países ainda utilizam moléculas antigas e muito toxicas para controle sanitário em lavouras. Investigações demonstram que o Reino Unido é o maior exportador europeu de agrotóxicos banidos da União Europeia.

Em uma investigação da Unearthed and Public Eye, revelou que o Reino Unido é de longe o maior exportador europeu de defensivos agrícolas proibidos para os países mais pobres.

Foi descoberto que os países da UE emitiram planos em 2018 para exportar mais de 81.000 toneladas de defensivos agrícolas contendo produtos químicos proibidos em seus próprios campos.

Países mais pobres como África do Sul, Ucrânia e Brasil, onde especialistas alertam que o uso de agrotóxico perigoso apresenta muitos riscos, eram o destino pretendido para a maior parte dos carregamentos.

O Reino Unido foi responsável por 13.760 toneladas dessas remessas planejadas para países de baixa e média renda, quase três vezes o valor atribuível a qualquer outro exportador. 

Entre os defensivos agrícolas proibidos enviados por tonelada a partir dos portos da UE estavam substâncias que as próprias autoridades da UE descobriram que representam riscos potenciais à saúde, como falha reprodutiva, distúrbio endócrino ou câncer, e riscos ambientais, como contaminação das águas subterrâneas ou envenenamento de peixes, pássaros, mamíferos ou abelhas. 

As lacunas na legislação europeia referente a defensivos agrícolas, significam que as empresas químicas como a Bayer e a Syngenta podem continuar a fabricar agrotóxico para exportação muito depois de terem sido proibidos de usar na UE para proteger o ambiente ou a saúde dos seus cidadãos. 

 Fonte: AF News

Sexta, 11 de Setembro de 2020
CNA debate impactos da Reforma Tributária nas cadeias agroindustriais
CNA debate impactos da Reforma Tributária nas cadeias agroindustriais Fonte: Agrolink

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou, na quinta (10), de uma live sobre o tema “Reforma tributária e potenciais repercussões nas cadeias agroindustriais”, promovida pelo Instituto Brasileiro de Direito do Agronegócio (IBDA).

A Confederação foi representada pelo coordenador do Núcleo Econômico, Renato Conchon. Ele analisou as três principais propostas que estão em discussão no Congresso Nacional – a PEC 45/2019, a PEC 110/2019 e o PL nº 3887/2020.

Para Conchon, todas elas impactarão o setor agropecuário. Além do aumento da carga tributária, dos custos de produção maiores e do fim da desoneração da cesta básica, existe a preocupação com o efeito de cumulatividade das tributações propostas.

“Somos favoráveis à reforma e não queremos nenhum tipo de benefício em detrimento de outras cadeias. Apenas defendemos um olhar diferenciado para que a competitividade do agro seja mantida em relação aos principais concorrentes internacionais”, disse.

Na opinião da tax manager na Cargill, Debora Sambrana, nenhuma das propostas vai trazer benefícios para o agro. Ela revela preocupação em pontos como a redução do crédito presumido e defende a desoneração para insumos, por exemplo.

“Ajustes são necessários, mas as atuais propostas não atentam na integralidade essas demandas que são importantes para não onerar ainda mais as cadeias agroindustriais”, afirmou.

O professor do IBDA, Fabio Calcini, considera “equivocada” a visão de uma reforma tributária que aumente a carga tributária e prejudique um setor que já enfrenta desafios climáticos, sazonalidade de produtos e fluxo diferente de oferta e demanda.

“O Brasil tem uma vocação voltada para esse segmento. O sistema tributário não pode olhar o agro como os outros setores. Não é questão de privilégio e, sim, de tratamento diferenciado pelas suas peculiaridades”, declarou ele.

O evento contou, ainda, com a participação de outros especialistas da área: o senior associate na Centrec Consulting Group, Antônio Carlos Ortiz; e o co-fundador da Terra do Leite, José Rezende. O moderador foi o professor do IBDA, Mário Shingaki.

Fonte: Agrolink

Sexta, 11 de Setembro de 2020
Após relatório do USDA, preço da soja dispara mais de 1% em Chicago
Após relatório do USDA, preço da soja dispara mais de 1% em Chicago Fonte: Canal Rural

Operadores de mercado consideraram as atualizações de safra e estoques nos Estados Unidos acima do esperado. Confira os números!

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu a previsão de colheita de soja para a safra 2020/2021. Entretanto, a nova estimativa ainda está acima do que o mercado esperava.

O relatório de setembro indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 117,4 milhões de toneladas (4,313 bilhões de bushels) em 2020/2021, abaixo da estimativa anterior de 120,43 milhões de toneladas (4,425 bilhões de bushels). O mercado apostava em safra de 116,64 milhões de toneladas (4,286 bilhões de bushels) .

 

Os estoques finais estão estimados em 12,52 milhões de toneladas (460 milhões de bushels). O mercado apostava em 12,55 milhões de toneladas (461 milhões de bushels). No relatório anterior, os estoques estavam projetados em 16,6 milhões de toneladas (610 milhões de bushels).

Os estoques finais em 2019/2020 foram projetados em 15,6 milhões de toneladas (575 milhões de bushels), abaixo do esperado de 16,4 milhões de toneladas (605 bilhões de bushels). No relatório anterior, o número era de 16,6 milhões de toneladas (610 milhões de bushels).

Chicago sobe

A Bolsa de Chicago (CBOT) para o complexo soja opera com preços bem mais altos no após a divulgação do relatório. Além de boa demanda pela soja norte-americana, com exportações semanais bem acima do esperado, o mercado acelerou os ganhos após o relatório considerado altista.

A posição novembro de 2020 era cotada a US$ 9,95 por bushel, retração de 17,50 centavo de dólar por bushel, ou 1,79%. A posição janeiro de 2021 era cotada a US$ 9,98 por bushel, ganho de 16,50 centavos de dólar por bushel, ou 1,62%.

Brasil e Argentina

Para o Brasil, a previsão é de uma produção de 133 milhões de toneladas, com alta de 2 milhões sobre o número de agosto. A Argentina deverá produzir 53,5 milhões de toneladas. A estimativa para as importações chinesas em 2020/21 é de 99 milhões de toneladas, repetindo agosto.

Fonte: Canal Rural

Sexta, 11 de Setembro de 2020
Oferta volta a encolher e preços do milho reagem no Brasil
Oferta volta a encolher e preços do milho reagem no Brasil Fonte: Safras & Mercado

     O mercado brasileiro de milho voltou a registrar preços firmes nesta semana, com avanços em boa parte das regiões. A oferta voltou a se apertar em relação à demanda e os consumidores tiveram mais dificuldades para obter seus lotes. Quem veio ao mercado em busca de milho teve de pagar mais.

     Depois da semana anterior apresentar melhora na oferta, com o grande volume colhido na safrinha enfim aparecendo, com produtores e cooperativas fixando mais, o cenário de aperto na disponibilidade do cereal voltou. E as cotações reagiram a isso. Resta saber como será o comportamento do vendedor adiante, já que ele dosou a oferta e os preços novamente avançaram.

     No balanço da semana, o preço do milho na base de compra no Porto de Santos subiu de R$ 58,00 para R$ 58,50 a saca.

     Já no mercado disponível, o preço do milho em Campinas/CIF subiu na base de venda na semana de R$ 58,00 para R$ 61,00 a saca de 60 quilos. Na região Mogiana paulista, o cereal passou de R$ 56,00 para R$ 60,00 a saca no comparativo.

      Em Cascavel, no Paraná, no comparativo semanal, o preço avançou de R$ 55,00 para R$ 56,00 a saca na base de venda. Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação se manteve em R$ 52,00 a saca, aumento de 4%.  Já em Erechim, Rio Grande do Sul, houve avançou de R$ 60,00 para R$ 62,00.

     Em Uberlândia, Minas Gerais, as cotações do milho avançaram na semana de R$ 55,00 para R$ 57,00 a saca. Em Rio Verde, Goiás, o mercado passou de R$ 52,00 para R$ 54,00 a saca.

     Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS Copyright 2020 / Grupo CMA

Fonte: Safras & Mercado

Sexta, 11 de Setembro de 2020
Relação de troca sustenta demanda dos fertilizantes
Relação de troca sustenta demanda dos fertilizantes Fonte: Agrolink

O mais novo estudo do Rabobank afirmou que a relação de troca acabou sustentando a demanda dos fertilizantes no Brasil. “O aumento dos preços das principais commodities agrícolas nos últimos meses tem garantido uma melhora na relação de troca entre os produtos e os fertilizantes, mesmo com a ureia e o MAP atingindo os maiores preços em reais desde 2008”, indica o relatório. 

“No final de agosto, a relação de troca do milho com os fertilizantes estava 50% melhor que há 12 meses. Nesse mesmo período a relação de troca do café, da soja e do algodão melhoraram 22%, 38% e 29% respectivamente. Especificamente para o milho e para a soja, os patamares atuais desses preços relativos são os melhores dos últimos 5 anos”, completa. 

Como resultado da melhora do poder de compra do agricultor, o Rabobank está revisando a projeção de demanda Brasileira de fertilizantes, de 36,7 para 37,2 milhões de toneladas, um crescimento de 2,7% em relação a 2019. “A projeção das importações também foi revista, de 28.6 para 29 milhões de toneladas — desse total, 17,7 milhões de toneladas já haviam sido desembarcadas no Brasil até julho”, informa. 

“No mercado internacional, os preços têm sido suportados pela demanda e a valorização das commodities agrícolas. A antecipação das importações brasileiras de ureia, somados aos sucessivos leilões de compra da Índia, elevaram os preços nos portos do Brasil para USD 275/t no início de setembro, patamar semelhante ao do ano passado nessa mesma época — conforme previsto no nosso último relatório. As cotações da ureia devem oscilar próximo aos patamares atuais nas próximas semanas e perder sustentação no último bimestre com a redução da demanda”, conclui. 

Fonte: Agrolink

Sexta, 11 de Setembro de 2020
Destaques da Economia (07 a 11/09)
Destaques da Economia (07 a 11/09) Fonte: AF News Agricola

O fechamento de escolas durante a pandemia da Covid-19 deve afetar a economia mundial até o fim do século, segundo estudos levantados pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Confira também: Inflação é a maior para agosto em 4 anos; Melhora expectativa de contratação no 4º tri; Governo zera imposto de importação de arroz; Balança Comercial Brasileira e Economia Mundial.

Economia Brasileira

Cotação do Dólar: No fechamento de quinta-feira (10), o preço do dólar registrou uma variação positiva diária em 0,37% sendo cotado a R$ 5,32. Na variação semanal, o indicador apresentou valorização de 0,55% tendo em vista que a moeda americana estava cotada a R$ 5,2906 há uma semana.

Inflação é a maior para agosto em 4 anos: A inflação oficial do país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 0,24% em agosto — a mais alta para o mês desde 2016, ainda que tenha desacelerado em relação a julho (0,36%). O índice foi puxado pelo preço dos alimentos e da gasolina, o que torna o impacto maior para as famílias de menor renda. No ano, a inflação já acumula alta de 0,70% – no período de 12 meses, o crescimento foi de 2,44%. Os dados, referentes às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos, foram divulgados pelo IBGE.

Melhora expectativa de contratação no 4º tri: Um levantamento da consultoria ManpowerGroup indicou que a expectativa de contratação no Brasil é de -3% no 4º trimestre de 2020. Apesar de negativa, a porcentagem representa uma melhora em relação à expectativa aferida no 3º trimestre, que foi de -14%. Segundo a pesquisa, 11% dos empregadores esperam contratar funcionários no próximo trimestre, enquanto 67% não planejam alterar o quadro de funcionários e 17% pretendem fazer demissões. Os setores que mais preveem alta nas contratações no próximo trimestre são finanças, seguros e imobiliário, com projeção de alta de 12%.

Governo zera imposto de importação de arroz: O governo decidiu zerar a alíquota do imposto de importação para o arroz em casca e beneficiado, com o objetivo de conter a alta no preço do alimento. A medida vale até 31 de dezembro e está restrita à quota de 400 mil toneladas, incidente sobre arroz com casca não parboilizado e arroz semibranqueado ou branqueado não parboilizado. O governo tem estudado cortar o imposto de importação de produtos da cesta básica em meio à alta no preço do arroz e de outros alimentos. O peso da cesta básica no cálculo da inflação oficial do país é de cerca de 13%.

Agronegócio Brasileiro e Balança Comercial

Segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior - Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços), disponibilizados na terça-feira (08), na 1ª semana de Setembro de 2020, a balança comercial registrou superávit de US$ 1,795 bilhão e corrente de comércio de US$ 6,458 bilhões, resultado de exportações no valor de US$ 4,127 bilhões e importações de US$ 2,332 bilhões. No ano, as exportações totalizam US$ 142,447 bilhões e as importações, US$ 104,372 bilhões, com saldo positivo de US$ 38,076 bilhões e corrente de comércio de US$ 246,819 bilhões.

Nas exportações dos produtos agrícolas, a Secex informou que:

As exportações de café torrado contabilizaram um volume de 46,602 mil toneladas na primeira semana de setembro, com aumento de 1,81% comparada a semana anterior. A média diária de embarques registrados na semana foi de 11,65 mil tons. Comparado a primeira semana de agosto, o resultado foi 28,1% menor nos embarques.

A soja em grãos obteve um volume 1,891 milhão de toneladas entre os dias 01 a 04 de setembro, com incremento de 62,27% na variação semanal. A média diária contabilizada ficou em 4,72,75 mil tons. O resultado deste período também ficou 18,7% maior em relação a primeira semana do mês anterior.

Na exportação do milho, a Secex informou a movimentação de 755,06 mil toneladas, com queda de 53,73% diante do volume contabilizado na semana passada. A média diária foi de 188,76 mil tons.

Economia Mundial

Fechamento de escolas na pandemia deve afetar a economia mundial até o fim do século: Segundo estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, o fechamento de escolas durante a pandemia deve provocar uma queda de 1,5% na produção mundial até o fim do século.

A suspensão das atividades escolares terá impacto na economia global, indica relatório da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

A organização divulgou na última terça-feira (8), a edição de 2020 do relatório Education at a Glance (educação num relance). Neste ano, o estudo contempla um capítulo especial sobre os desdobramentos da pandemia.

O documento relaciona a interrupção das aulas com o acúmulo de perda de habilidades e o reflexo na produtividade. Os efeitos econômicos do gap educacional serão sentidos ao longo de décadas, segundo a OCDE.

"Como a perda do aprendizado reflete em perdas de habilidades, isso reflete na produtividade. O impacto relativo sobre o PIB pode ser de 1,5% em média até o final do século", diz o texto, ancorado em regressões históricas de crescimento para estimar o impacto de longo prazo de uma perda aproximada de 1/3 de ano de estudos para os estudantes.

A expectativa é que a economia global encolha ao menos 6% em 2020. A economia brasileira registrou retração de 9,7% no segundo trimestre de 2020 e as projeções de mercado para o ano são de queda de 5,28%.

Fonte: AF News Agricola

Quinta, 10 de Setembro de 2020
Recorde na produção de grãos é ainda maior; Conab revisa safra 2019/20.
Recorde na produção de grãos é ainda maior; Conab revisa safra 2019/20. Fonte: Canal Rural

Companhia reforça que os números das culturas de inverno e da região de Sealba ainda não estão consolidados, então há espaço para novos reajustes no futuro

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) atualizou, nesta quinta-feira, 10, os números oficiais da produção de grãos do Brasil na safra 2019/2020. O volume total estimado passou de 253,7 milhões de toneladas no relatório anterior para 257,8 milhões de toneladas neste aumento de 1,68%. O resultado representa também alta de 4,5% ou 11 milhões de toneladas em relação à temporada anterior.

Segundo a entidade, o recorde é devido ao crescimento de 4,2% na área plantada frente ao ciclo anterior, além do ganho de 0,3% na produtividade.

A Conab reforça que ainda faltam os resultados das culturas de inverno, principalmente o trigo, que passam por etapas que vão da fase vegetativa à finalização de colheita. Também contam para essa consolidação as culturas da região de Sealba, formada por Sergipe, Alagoas e nordeste da Bahia.

Desempenho por cultura

A soja, que situa o país no patamar de maior produtor mundial, garante um novo recorde com a produção estimada em 124,8 milhões de toneladas e ganho de 4,3% em relação à safra 2018/2019.

Também o milho total caminha para situação semelhante, chegando a mais de 102 milhões de toneladas, dependendo ainda das lavouras cultivadas na região de Sealba, além de Pernambuco e Roraima. A participação desses estados é de algo próximo a 1,7% no consolidado nacional. A primeira safra já foi colhida e a segunda está em finalização.

Outro que encerra com destaque é o algodão em pluma, que está para alcançar a marca recorde de 2,93 milhões de toneladas, com crescimento de 4,2% acima do período anterior. O dado positivo se deve aos investimentos feitos nessas lavouras e ao clima.

Para o arroz fica o registro produtivo de 11,2 milhões de toneladas e crescimento de 6,7% em relação à última safra. Com colheita praticamente finalizada, 10,3 milhões de toneladas estão em áreas de cultivo irrigado e cerca de 900 mil toneladas em plantio de sequeiro.

No caso do feijão, a estimativa de produção total é de 3,23 milhões de toneladas, principalmente do feijão-comum cores, com aumento de 6,4% ao obtido em 2018/19. A primeira e a segunda safras já estão encerradas.

As culturas de inverno (aveia, canola, centeio, cevada trigo e triticale) devem alcançar crescimento de 11,6% na área de cultivo, com destaque para o trigo, que apresenta expansão de 14,1%, situando-se em 2,33 milhões de hectares e, produção, dependendo do comportamento climático, de 6,8 milhões de toneladas.

 Fonte: Canal Rural

Quinta, 10 de Setembro de 2020
Oferta ajustada deve sustentar cotações do milho no Brasil
Oferta ajustada deve sustentar cotações do milho no Brasil Fonte: Safras & Mercados

O mercado brasileiro de milho deve registrar preços firmes nesta quinta-feira, com uma oferta mais limitada por parte dos produtores, que voltaram a reduzir as intenções de venda do cereal. No cenário internacional, a Bolsa de Chicago se recupera das perdas da última sessão e opera com valorização.

     Ontem (9), o mercado brasileiro de milho registrou preços firmes, de estáveis a mais altos. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, as ofertas não têm oferecido a mesma condição da semana passada, quando houve bom volume à disposição do mercado e as cotações recuaram. Assim, com uma oferta mais controlada, os preços se sustentam melhor, voltando a se ajustar à procura na semana.

    No Porto de Santos, o preço ficou em R$ 59,00/61,00 a saca. No Porto de Paranaguá (PR), preço em R$ 56,50/60,00 a saca.

     No Paraná, a cotação ficou em R$ 54,00/56,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 56,00/58,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 58,50/61,00 a saca.

     No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 60,00/62,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 53,00/57,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 51,00 – R$ 54,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 50,00/52,00 a saca em Rondonópolis.

CHICAGO

* A posição dezembro opera com alta de 2,00 centavos, ou 0,55%, cotada a US$ 3,62 1/4 por bushel.

* O mercado opera com ganhos, buscando um posicionamento frente ao relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, que será divulgado nesta sexta-feira.

* A produção de milho dos Estados Unidos para a temporada 2020/21 deve ser apontada em 14,833 milhões de bushels, abaixo dos 15,278 bilhões previstos em agosto, segundo adidos e traders consultados por agências internacionais. A produtividade média da safra 2020/21 deve ser reduzida de 181,8 bushels por acre para 177,7 bushels por acre.

* Os estoques de passagem da safra 2019/20 dos Estados Unidos devem ser indicados em 2,271 bilhões de bushels, acima dos 2,228 bilhões de bushels apontados em agosto. Para a temporada 2020/21 as projeções apontam para um estoque final de passagem norte-americano de 2,439 bilhões de bushels, ante os 2,756 bilhões estimados no mês passado.

* A previsão é de que os estoques finais de passagem da safra mundial 2019/20 sejam apontados em 311,7 milhões de toneladas, acima dos 311,3 milhões indicados no mês passado. Para a safra 2020/21 a estimativa é de que os estoques finais globais fiquem em 310,4 milhões de toneladas, abaixo das 317,5 milhões de toneladas indicadas em agosto.

* Ontem (9), os contratos de milho com entrega em dezembro fecharam a US$ 3,60 1/4, com baixa de 1,50 centavo, ou 0,41%, em relação ao fechamento anterior.

CÂMBIO

* O dólar comercial opera com baixa 0,13% a R$ 5,295 neste momento.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia fecharam mistas. Xangai, -0,61%. Tóquio, +0,88%.

* As principais bolsas na Europa operam mistas. Paris, -0,18%; Frankfurt, +0,04%; Londres, -0,34%.

* O petróleo opera com perdas. Outubro do WTI em NY: US$ 37,29 o barril (-1,99%).

* O Dollar Index registra baixa de 0,44%, a 92,85 pontos.

AGENDA

– A posição dos estoques de petróleo até sexta-feira da semana passada será publicada às 12hs pelo Departamento de Energia (DoE).

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

—–Sexta-feira (11/09)

– Alemanha:  A versão revisada do índice de preços ao consumidor de agosto será publicada às 3h pelo Destatis.

– Reino Unido: O índice de produção industrial de julho será publicado às 3h pelo departamento de estatísticas.

– Dados do desenvolvimento das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, no início do dia.

– EUA: O índice de preços ao consumidor de agosto será publicado às 9h30 pelo Departamento do Trabalho.

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30min.

– Relatório de setembro de oferta e demanda mundial e norte-americana de soja, milho, trigo, algodão e arroz – USDA, 13hs.

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso – IMEA, na parte da tarde.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

 Fonte: Safras & Mercado

Quinta, 10 de Setembro de 2020
Arroz – Balanço Semanal
Arroz – Balanço Semanal Fonte: AF News Agrícola

As cotações recordes do arroz em casca que já ultrapassaram a casa dos R$ 100/saca, devem estimular os produtores a aumentarem a área na próxima temporada. As altas seguem atreladas à demanda aquecida, dólar alto e oferta restrita.

Arroz Brasil

Segundo informações do Cepea, de 31 de agosto a 8 de setembro, o Indicador do arroz ESALQ/SENAR-RS, 58% grãos inteiros, com pagamento à vista, registrou expressivo aumento de 10,8%, fechando a R$ 104,17/saca de 50 kg na terça-feira, dia 8 – renovando seu recorde real histórico da série do Cepea. Pesquisadores do Centro de Estudos afirmam que as altas seguem atreladas à demanda aquecida.

Os preços registraram mais uma intensa valorização na semana em busca dos patamares de importação de arroz dos EUA e Ásia. Todavia, o atual preço praticado já atingiu as paridades desses países, que giram em torno de R$100/saca, posto ao produtor no Rio Grande do Sul. Logo, espera-se que o mercado esteja próximo do pico, pois, mesmo com a moeda nacional desvalorizada, identifica-se a viabilidade financeira para a importação de arroz de fora do bloco do Mercosul.

Sobre a oferta e demanda internas, as significativas exportações entre março e agosto corroboraram o cenário ajustado, ademais, notam-se as indústrias de beneficiamento operando com estoques reduzidos e com dificuldade de reposição da matéria-prima. Em contrapartida, atualmente os produtores se encontram abastecidos e, com o menor excedente exportável do Mercosul, balizam preço com o mercado de fora do bloco.

Apesar de hoje não haver possibilidade de desabastecimento, para o final da entressafra, haverá necessidade de importação de produto dos EUA e da Índia para recompor a oferta nacional entre novembro/20 e fevereiro/21.

Com relação a próxima safra, vale lembrar que os orizicultores ainda avaliam os custos e receitas, assim como a perspectiva para o período de comercialização em 2021, para efetivamente decidirem a área a ser destinada ao cereal. Especificamente no Rio Grande do Sul, maior estadoprodutor de arroz, a área prevista de semeadura deve crescer 3,5% frente ao ano-safra anterior, podendo chegar a 969,2 mil hectares na temporada 2020/21, segundo informações do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) divulgadas em 3 de setembro.

Balança Comercial

Segundo dados do ComexStat para o mês de agosto, o Brasil exportou 213,0 mil toneladas (base casca) com uma média de preço de US$483,92/t para arroz polido. Sobre as importações, o volume contabilizado no mesmo período foi de 61,9 mil toneladas, sendo o Paraguai o principal país fornecedor com um preço médio de comercialização de arroz polido de US$387,56/t.

Com isso, a balança comercial do grão apresenta, no acumulado da Safra 2019/2020 (março/20 à agosto/20), um superávit de 883,2 mil toneladas. Com a reversão projetada para os próximos meses no comportamento da balança comercial do arroz, projetase um superávit para o final da comercialização da Safra 2019/2020, entre março de 2020 e fevereiro de 2021, de 400 mil toneladas.

Arroz Mercado Externo

Na Tailândia, com a demanda estável e queda nas cotação da moeda local (Bath), com a saída do Ministro das Finanças tailandês, espera-se amena retração nos preços nas próximas semanas. Somado à estes fatores, destaca-se que baixa oferta de produto no Vietnã e preços mais elevados no país, devem atrair demanda para o grão da Tailândia no curto prazo.

Na Bolsa de Chicago, a cotação do arroz fechou valendo US$ 12,55/saca no dia 08, para os futuros com entrega em set/20, obtendo uma valorização de 0,52%. Para os demais contratos de nov/20 a jul/21 a CBOT registrou alta de 0,52% a 0,81% na variação semanal entre 31 de agosto a 08 de setembro.

 Fonte: AF News

Quinta, 10 de Setembro de 2020
Pandemia acelerou processo de digitalização no campo
Pandemia acelerou processo de digitalização no campo Fonte: Agrolink

4% dos agricultores brasileiros já utilizam ao menos uma tecnologia digital como ferramenta de apoio na produção

A agricultura digital já é uma realidade no campo e suas ferramentas são cada vez mais utilizadas para melhoria da gestão agrícola das fazendas. De acordo com a pesquisa “Agricultura Digital no Brasil – tendências, desafios e oportunidades, divulgada recentemente pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), com 750 participantes, 30% deles utilizam soluções digitais com o objetivo de mapear a lavoura e para a previsão de riscos climáticos.

De acordo com os dados divulgados pela assessoria de imprensa, 84% dos agricultores brasileiros já utilizam ao menos uma tecnologia digital como ferramenta de apoio na produção agrícola e 95% dos produtores registraram que desejam mais informações sobre agricultura digital. Porém, 67,1% deles indicam que o valor do investimento para a aquisição de equipamentos e aplicativos assusta. “No caso do Farmbox, esse temor é infundado, pois o aumento de produtividade e rentabilidade que a ferramenta proporciona, costuma pagar o investimento em uma safra”, orienta Cantarelli.

Para o Farmbox, software de gestão de fazendas, esse cenário é ainda mais positivo – no comparativo entre o primeiro semestre de 2019 e o mesmo período em 2020, a empresa teve um aumento de 140% em novas vendas, chegando a mais de 1,6 milhão de hectares monitorados. O Farmbox compila dados e informações de campo e estoques como: mapas de infestação de pragas; frequência de monitoramento de cada talhão; pluviometria; agenda de aplicações; estoque de insumos; previsão de colheita e de custos de produção, de produtividade e rentabilidade total ou por talhão, entre outros, para o planejamento completo de cada safra. “O produtor rural, atualmente, é um grande empresário do setor agro, ele precisa ter na palma da mão todas as informações para a melhor tomada de decisão, que pode mudar várias vezes durante um único dia”, explica o CEO.

Segundo o CEO da Checkplant, desenvolvedora da Farmbox, André Guerreiro Cantarelli, para atender essa maior demanda, houve ainda a contratação de mais 14 colaboradores e um investimento de forma geral no departamento comercial, de 40%. “Sentimos que a agricultura digital vem ganhando espaço no Brasil e a pandemia ajudou a acelerar a importância dessas ferramentas no campo. Além da manutenção dos clientes que já conheciam os resultados da nossa plataforma, recebemos uma grande demanda de produtores querendo digitalizar a gestão de suas fazendas.”

 Fonte: Agrolink