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Sexta, 18 de Setembro de 2020
CNA debate incentivo à cabotagem e desafios do transporte aquaviário no Brasil
CNA debate incentivo à cabotagem e desafios do transporte aquaviário no Brasil Fonte: Agrolink

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promoveu, na quinta (17), uma conversa ao vivo pelas redes sociais para discutir os desafios do transporte aquaviário brasileiro e o andamento do BR do Mar, programa do governo de incentivo à cabotagem (navegação entre portos do mesmo país).

O debate foi conduzido pelo consultor em Tecnologia da CNA, Reginaldo Minaré, que afirmou que apesar de o Brasil ser um país continental, com 8 mil quilômetros de costa, a movimentação de carga pelo sistema aquaviário representa apenas 11% da matriz logística.

“Aproximadamente 80% da população brasileira reside a uma distância de até 200 quilômetros da costa, ou seja, o mercado consumidor está muito próximo. Fazer o uso da cabotagem, bem estruturada, vai melhorar a vida dos produtores rurais e dos consumidores, porque o custo logístico tende a diminuir”.

Durante a live, a coordenadora de Assuntos Estratégicos da CNA, Elisangela Pereira Lopes, apresentou um estudo com uma análise de custo de movimentação por rota e cidades. De acordo com Lopes, se o milho saísse do município de Sapezal (MT) até Fortaleza (CE), por rota tradicional, o custo do frete seria de R$ 478 por tonelada. Com o uso da cabotagem, esse custo seria reduzido em 58,2% e custaria R$ 230 a tonelada do grão.

“Em um futuro próximo, quando a Ferrogrão for implantada e houver a integração de rodovia, ferrovia e hidrovia, esse mesmo custo sofreria queda de 54,7%. Portanto, a CNA apoia o projeto de lei BR do Mar, pois fomenta e incentiva a cabotagem”.

Ela também falou sobre a evolução da agricultura, lembrando que a infraestrutura no país não acompanhou o crescimento da produção de grãos. “Em dez anos a produção de grãos quase que dobrou e a infraestrutura não acompanhou. Hoje, 71,6% do que é exportado em grãos ainda é pelos portos do Sul e do Sudeste”, disse Lopes.

Em sua exposição, o diretor do Departamento de Navegação e Hidrovias do Ministério de Infraestrutura, Dino Batista, falou que o transporte aquaviário precisa de uma solução logística que represente redução de custo do frete e de acidentes, além do aumento da regularidade. “O nosso objetivo é buscar equilíbrio para a matriz logística brasileira, com maior participação dos modais”.

O especialista destacou ainda o programa BR do Mar e a dinâmica do mercado da navegação. “Uma empresa que quer adotar o uso da cabotagem como parte de uma solução logística, tem de estar preparada para um transporte que é multimodal e que vai precisar de operações portuárias. Não é simplesmente virar uma chave”.

O representante do Ministério da Infraestrutura também citou a proposta de criação do programa BR do Rio, nos moldes do BR do Mar, para fomentar o uso dos rios como modal de transporte. “Começamos a discussão há um mês para conhecer os principais problemas e soluções do setor e desenvolver propostas de políticas públicas. Agora é o momento de tratar o tema com as entidades e os atores interessados”.

Já o presidente da Câmara Temática de Infraestrutura e Logística do Agronegócio do Ministério da Agricultura (CTLog), Edeon Vaz Ferreira, pontuou os gargalos do sistema aquaviário brasileiro e as principais demandas do setor agropecuário para reduzir os custos no escoamento da produção.

“Até hoje nós aguardamos o derrocamento do Pedral do Lourenço, no Rio Tocantins (PA). Quando a obra for finalizada, teremos um corredor hidroviário de 510 quilômetros entre o município de Marabá (PA) e o porto de Vila do Conde, em Barcarena (PA), com uma capacidade de exportar 20 milhões de toneladas de grãos”.

Na live, Edeon disse que investir em corredores logísticos é uma solução para aliviar o custo do produtor com o frete. “Hoje, a tonelada do grão transportada de Sinop (MT) ao porto de Miritituba (PA) custa R$ 170. Se for para o porto de Santarém (PA), o custo da tonelada chega a R$ 210. Precisamos de condições para utilizar os nossos rios e reduzir esse custo para o produtor e para a sociedade”.

Fonte: Agrolink

Sexta, 18 de Setembro de 2020
Destaques da Economia (14 a 18/09)
Destaques da Economia (14 a 18/09) Fonte: AF News Agricola

Durante a semana, um estudo divulgado pela OCDE surpreendeu o Brasil, onde a Organização afirmou que houve uma melhora nas projeções do PIB Brasileiro. A pesquisa ainda disse que a economia mundial poderá se recuperar mais rápido que o esperado sobre a crise enfrentada pela pandemia do coronavírus. Nas exportações, milho e café tiveram aumentos nos embarques semanais, enquanto que a soja apresentou recuo. Confira mais destaques da economia:

Economia Brasileira

Cotação do Dólar: No fechamento de quinta-feira (17), o preço do dólar registrou uma variação negativa diária em 0,16% sendo cotado a R$ 5,2319. Na variação semanal, o indicador apresentou recuo de 1,65% tendo em vista que a moeda americana estava cotada a R$ 5,32 há uma semana.

OCDE melhora projeção para PIB do Brasil: A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) passou a projetar uma queda de 6,5% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2020. A estimativa anterior do órgão era um tombo de 7,4%. Para 2021, a projeção é de crescimento de 3,6%. A OCDE também alterou suas previsões sobre a recessão global na pandemia. A estimativa agora é que a economia mundial deva recuar 4,5% este ano. A projeção, sem precedentes na história recente, representa uma melhora ante a queda de 6% projetada em junho.

Poupança pode não suavizar queda do consumo: O aumento da poupança, que cresceu 2,8% no segundo trimestre, pode ser pequeno para compensar a queda de demanda carregada pelo fim do auxílio emergencial em 2021. O acúmulo de reserva é uma das principais apostas para manter a retomada da atividade no ano que vem pelo seu potencial de conversão em consumo, mas a desigualdade social e a diferença dos efeitos da pandemia sobre os setores da economia podem reduzir a sua efetividade. Até agora, o saldo soma aproximadamente R$ 124,6 milhões, segundo o IBGE. Ao mesmo tempo, o auxílio emergencial já pago pelo governo soma R$ 124,584 bilhões até julho, de acordo com números do Portal da Transparência.

Europeus dizem que desmatamento dificulta comércio com Brasil: Oito países europeus enviaram uma carta aberta ao vice-presidente Hamilton Mourão pedindo que o Brasil tome "ações reais" para combater o desmatamento na Amazônia. Assinado por países como Alemanha, França e Noruega, o documento destaca que a situação dificulta a compra de produtos brasileiros, já que "enquanto os esforços europeus buscam cadeias de suprimento não vinculadas ao desflorestamento, a atual tendência crescente de desflorestamento no Brasil está tornando cada vez mais difícil para empresas e investidores atenderem a seus critérios ambientais". O desmatamento na Amazônia avançou 34,5% nos 12 meses até julho, segundo dados do Inpe.

Agronegócio Brasileiro e Balança Comercial

Segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior - Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços), disponibilizados na terça-feira (08), 2ª semana de Setembro de 2020, a balança comercial registrou superávit de US$ 1,727 bilhão e corrente de comércio de US$ 6,565 bilhões, resultado de exportações no valor de US$ 4,146 bilhões e importações de US$ 2,419 bilhões. No mês, as exportações somam US$ 8,124 bilhões e as importações, US$ 4,751 bilhões, com saldo positivo de US$ 3,373 bilhões e corrente de comércio de US$ 12,875 bilhões. No ano, as exportações totalizam US$ 146,445 bilhões e as importações, US$ 106,791 bilhões, com saldo positivo de US$ 39,654 bilhões e corrente de comércio de US$ 253,236 bilhões.

Nas exportações dos produtos agrícolas, a Secex informou que:

As exportações de café torrado contabilizaram um volume de 45,423 mil toneladas na segunda semana de setembro, com queda de 2,53% comparada a semana anterior. A média diária de embarques registrados na semana foi de 9,08 mil tons. Comparado a segunda semana de agosto, o resultado foi 63,4% menor nos embarques.

A soja em grãos obteve um volume 1,5 milhão de toneladas até a segunda semana de setembro, com queda de 10% no comparativo ao mesmo período em 2019. A média diária contabilizada ficou em 197,0 mil tons.

Na exportação do milho, a Secex informou a movimentação de 2,319 milhões de toneladas, com aumento de 207,13% diante do volume contabilizado na semana passada. A média diária foi de 463,80 mil tons.

Economia Mundial

Economia mundial se recupera mais rápido do que o esperado de crise do coronavírus, diz OCDE: A economia mundial está dando sinais de recuperação mais rapidamente do que o previsto, diante do choque provocado pelo novo coronavírus, segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Um documento publicado nesta quarta-feira (16) pela OCDE aponta que o dinamismo da retomada econômica nos Estados Unidos e na China proporciona essa melhora inesperada.

Apesar disso, a economia mundial poderá sofrer uma recessão de 4,5% neste ano, um recuo sem precedentes na história recente. Essa contração seria, entretanto, menos acentuada do que a queda de 6% prevista em junho pela organização.

Se a pandemia não sair completamente de controle, a economia mundial deve retomar o crescimento em 2021 a um ritmo de 5%, de acordo com a OCDE, um nível inferior à progressão de 5,2% esperada em junho. Um endurecimento das medidas para conter a expansão do coronavírus, como um novo confinamento, poderia acrescentar 2 ou 3 pontos percentuais às previsões de recessão para o próximo ano, advertiu a organização.

 

A OCDE destaca que essas previsões são feitas com base em cenários de restrições locais para controlar focos epidêmicos, em lugar de confinamentos nacionais. A organização também supõe que nenhuma vacina estará disponível em larga escala até o segundo semestre de 2021.

De acordo com o documento, as medidas orçamentárias dos governos e as iniciativas de política monetária dos Bancos Centrais para apoiar famílias e empresas contribuíram para evitar uma recessão mais profunda e deveriam continuar a ser aplicadas.

 

Fonte: AF News Agricola

 

Quinta, 17 de Setembro de 2020
Produtor sabe que conservação é fundamental para o negócio, diz Tereza Cristina
Produtor sabe que conservação é fundamental para o negócio, diz Tereza Cristina Fonte: Canal Rural

Segundo a ministra da Agricultura, o agronegócio e o meio ambiente não podem andar dissociados; “O agronegócio bom é o agronegócio que preserva”, disse

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A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse que o agronegócio e o meio ambiente não podem andar dissociados. “O produtor sabe que conservação é fundamental para o seu negócio”, acrescentou a ministra, que participou na manhã desta quinta-feira, 17, do Estadão Live Talks, promovido pelo jornal O Estado de S. Paulo em parceria com a Tendências Consultoria. “O agronegócio bom é o agronegócio que preserva”, enfatizou.

Ao comentar sobre uma carta que 230 organizações, entre ONGs, produtores, institutos de pesquisa e grandes empresários, enviaram nesta semana ao governo federal, com propostas para deter o desmatamento na Amazônia, Tereza Cristina disse “ficar feliz” de ver essa convergência entre agronegócio e ambientalistas. “Mas essa convergência tem de ser real”, assinalou.

A ministra e vários outros membros do governo, como o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, têm exortado a iniciativa privada a participar mais, com recursos, da preservação da Amazônia. De todo modo, considerou o documento “bom para ser analisado e refletido”.

Quanto à legislação ambiental, ela disse que o país “tem bons exemplos” no tema, como o Código Florestal, que trouxe “bom senso e equilíbrio”. “Agora, temos de ter a obrigação de cumprir a lei; isso é fundamental para o agronegócio”, disse. “Já os malfeitos temos de corrigir; todo mundo tem.”

Fonte: Canal Rural

Quinta, 17 de Setembro de 2020
Arroz – Balanço Semanal
Arroz – Balanço Semanal Fonte: AF News Agricola

Após alta histórica nos preços, indicadores operam estáveis, mas ainda acima dos R$ 100/saca.

Os altos preços do arroz em casca no mercado interno têm estimulado ações importantes na cadeia produtiva, como a importação de 400 mil toneladas de fora do Mercosul com isenção da Tarifa Externa Comum (TEC), divulgada na semana passada. Analisando a viabilidade de importação e com cautela para novas negociações, uma parcela dos agentes se retirou do mercado, cenário que resultou em elevações moderadas nos preços domésticos comparativamente a semanas anteriores, mas dentro do equilíbrio. Confira:

Arroz Brasil

O preço do arroz continua com movimento de alta em meio a necessidade de reposição dos estoques por parte das indústrias e a baixa quantidade ofertada pelos produtores. Somada à isso, destaca-se o menor excedente exportável dos parceiros do Mercosul, tradicionais mercados exportadores para o Brasil.

Na semana passada, foi anunciado pelo Governo Federal a suspensão da Tarifa Externa Comum (TEC), que era de 10% para arroz em casca e 12% para arroz beneficiado, para 400 mil toneladas até o final de dezembro de 2020. Logo, como hoje o principal balizador de preços tem sido as paridades de importação de países fora do Mercosul (EUA e Ásia). Hoje, o preço de paridade da Tailândia se encontra decomposto até o produtor no Rio Grande do Sul em R$ 85,66/sc. Antes da suspensão da TEC, essa paridade estava calculada próxima de R$ 100,00/sc.

Sendo assim, a expectativa é que essa medida de liberação das barreiras alfandegárias nacionais para o mercado do arroz tenha o reflexo de ameno arrefecimento nos preços. Todavia, a quantidade estimada de importação de arroz até o final da Safra 2019/2020 não se altera, sendo alterado apenas o valor que este produto será internalizado. A perspectiva é de importação de 1,1 milhões t na safra em questão.

Balança Comercial do Arroz

Segundo dados do ComexStat para o mês de agosto, o Brasil exportou 213,0 mil toneladas (base casca) com uma média de preço de US$483,92/t para arroz polido. Sobre as importações, o volume contabilizado no mesmo período foi de 61,9 mil toneladas, sendo o Paraguai o principal país fornecedor com um preço médio de comercialização de arroz polido de US$387,56/t. Com isso, a balança comercial do grão apresenta, no acumulado da Safra 2019/2020 (março/20 à agosto/20), um superávit de 883,2 mil toneladas.

Com a reversão projetada para os próximos meses no comportamento da balança comercial do arroz, projeta-se um superávit para o final da comercialização da Safra 2019/2020, entre março de 2020 e fevereiro de 2021, de 400 mil toneladas.

 

Arroz Mercado Externo

No mercado externo do arroz, o cenário está aquecido no sudeste asiático, mesmo com a pequena oscilação negativa tailandesa na semana. Com a menor oferta no Vietnã e na Tailândia e as dificuldades logísticas para o escoamento de arroz na Índia, a tendência é de preços com ameno viés de alta para o segundo semestre de 2020.

 

Importação de arroz em casca tem alta de 310% em setembro

Aumento coincide com a liberação de compras do produto de fora do Mercosul com tarifa zerada.

As importações de arroz tiveram aumento substancial em setembro, considerando o acumulado das duas primeiras semanas, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia. A alta coincide com a retirada da Tarifa Externa Comum (TEC) sobre a compra de 400 mil toneladas de fora do Mercosul.

As compras do produto com casca, paddy ou bruto pelo Brasil tiveram alta de 310% em volume na parcial de setembro até a segunda semana, totalizando 6.914 toneladas. Já as importações do arroz sem casca ou sem-elaborado, polido, glaceado, quebrado, parbolizado ou convertido também cresceram, mas menos. Foram importadas 26.668 toneladas, cerca de 14,7% mais do que o total adquirido na primeira quinzena de setembro do ano passado.

A isenção das importações começou a ser discutida em meados de agosto, quando a Associação Brasileira das Indústrias de Arroz (Abiarroz) enviou um pedido à câmara setorial do Ministério da Agricultura, para que fosse analisada a escassez do produto no mercado interno.

A medida se concretizou na semana passada, quando a Câmara de Comércio Exterior (Camex) liberou o total de 400 mil toneladas, com tarifa de importação zerada para arroz não parboilizado, polido ou brunido, até 31 de dezembro de 2020.

Cada empresa fornecedora terá, inicialmente, cota máxima de 34 mil toneladas do produto. Após atingida a quantidade máxima inicialmente estabelecida, novas concessões para a mesma empresa estarão condicionadas ao efetivo despacho para consumo das mercadorias. E a quantidade liberada será, no máximo, igual à parcela já desembaraçada.

Segundo a diretora-executiva da Abiarroz, Andressa Silva, essa medida pode garantir um teto no preço e possibilitar o abastecimento interno com o produto. “Não podemos concluir que vá haver queda nos preços, mas sem dúvida essa medida pode servir como um teto para que os preços não subam ainda mais, e o principal efeito é de complementar a oferta de produtos no mercado interno”, disse, em entrevista ao Canal Rural.

Setor teme impactos

Rizicultores podem ser os mais prejudicados com a medida, de acordo com Fernando Rechsteiner, presidente do Sindicato Rural de Pelotas, no Rio Grande do Sul, e membro da comissão de arroz da Farsul.

“A grande preocupação com a retirada da tarifa é de que se crie um estoque artificial do produto, causando impacto para os produtores na entrada da próxima safra. Os estoques elevados vão prejudicar especialmente os pequenos produtores, que já estão descapitalizados e vão precisar negociar sua produção no início da nova safra”, avalia.

Rechsteiner, que também é produtor de arroz, considera que as importações neste momento são desnecessárias, uma vez que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) garantiu, segundo ele, que existe um estoque de 500 mil toneladas de arroz para a próxima safra. “Com esses números, não existe risco de desabastecimento”, afirma.

Fonte: AF News Agricola

Quinta, 17 de Setembro de 2020
Milho
Milho Fonte: Noticias Agrícolas

A Bolsa Brasileira (B3) registra uma quinta-feira (17) de movimentações nos dois campos positivos e negativos para os preços futuros do milho. As principais cotações contabilizavam flutuações entre 0,41% negativo e 0,02% positivo por volta das 11h49 (horário de Brasília).

O vencimento novembro/20 era cotado à R$ 59,85 com estabilidade, o janeiro/21 valia R$ 60,25 com perda de 0,41%, o março/21 era negociado por R$ 59,81 com elevação de 0,02% e o maio/21 tinha valor de R$ 56,95 com estabilidade.

De acordo com a análise da Agrifatto Consultoria, as notícias vindas do exterior pesam sobre o olhar do mercado para os contratos na B3. Enquanto isso, o dólar ao redor dos R$ 5,20 diminui a competitividade do cereal brasileiro e as cotações em São Paulo vão se estabelecendo próximas aos R$ 59,00 a saca.

O analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, aponta ainda que poucos negócios acontecem nos portos neste momento com patamares entre R$ 57,00 e R$ 59,00 e que negócios internos ocorrem apenas próximos de industrias no Sul e Sudeste entre R$ 60,00 e R$ 64,00. “Estamos praticamente há um mês com o mercado estabilizado e com poucos fundamentos para cima ou para baixo”, diz.

Mercado Externo

Os preços internacionais do milho futuro operaram com muita volatilidade, mas com movimentações restritas na Bolsa de Chicago (CBOT) ao longo desta quinta-feira. As principais cotações registravam flutuações negativas entre 0,25 e 0,50 pontos por volta 11h41 (horário de Brasília).

O vencimento dezembro/20 era cotado à US$ 3,71 com baixa de 0,25 pontos, o março/21 valia US$ 3,80 com desvalorização de 0,50 pontos, o maio/21 era negociado por US$ 3,85 com perda de 0,50 pontos e o julho/21 tinha valor de US$ 3,89 com queda de 0,50 pontos.

Segundo informações do site internacional Farm Futures, à medida que os preços do milho sobem na China e no Brasil, o milho americano mais barato está se tornando mais atraente no mercado mundial.

Diante disso, o mercado aguarda a divulgação do novo relatório de exportações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) ainda nesta quinta-feira. “Sem grandes vendas de exportação de milho registradas no período de relatório de 4 a 10 de setembro, os números devem variar entre 31,5 milhões e 74,8 milhões de bushels (entre 800.100 e 1,899 milhões de toneladas)”, aponta a analista Jacqueline Holland.

Do lado da safra, Brandalizze aponta que a colheita das lavouras norte-americanas está em cerca de 10% neste momento e deve seguir avançando bem já que as condições climáticas são favoráveis aos trabalhos. “Colheita acontecendo é pressão de baixa”, afirma.

Fonte: Noticias Agrícolas

Quinta, 17 de Setembro de 2020
Desenvolvimento do trigo é satisfatório no RS, diz presidente da FecoAgro
Desenvolvimento do trigo é satisfatório no RS, diz presidente da FecoAgro Fonte: Safras & Mercado

O desenvolvimento da cultura do trigo é considerado normal no momento, com bom potencial e os produtores realizando os tratos culturais. A informação é do presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), Paulo Pires. No momento, o cereal está com em torno de 30% em estado vegetativo nas regiões plantadas mais tardiamente, que são as mais frias, como Passo Fundo, Lagoa Vermelha e Vacaria, e outros 70% em florescimento e enchimento de grãos, especialmente nas partes mais quentes que foram plantadas em maio como São Borja, Santa Rosa e as Missões.

Foram nestas regiões plantadas mais cedo que a geada ocorrida em agosto afetou a produção, com uma perda que pode chegar a 30% da produção. O dirigente avalia que no restante do território gaúcho a quebra deverá ser menor, pois o estágio de desenvolvimento da cultura não era tão suscetível. “Certeza de prejuízos saberemos apenas na colheita, que deve iniciar em outubro”, avalia.

Para Pires, a expectativa é que não haja novidades negativas em relação à geada e o frio, pois existem previsões, inclusive para esta semana, mas nada, que no entender do presidente da FecoAgro/RS, venha com a mesma força do ocorrido em agosto. “Vamos torcendo para que a normalidade do clima traga uma safra boa, pois prevíamos uma safra que ultrapasse as três milhões de toneladas e sofremos uma queda, porém colheremos uma safra acima de 2,2 milhões da temporada passada”, salienta.

A perspectiva, conforme o dirigente, é que a safra seja positiva em um momento em que os preços ajudam. “Tínhamos antes da geada quase um milhão de toneladas já vendidas, considerando exportações e venda aos moinhos, onde a maioria absoluta de quase 900 mil toneladas seria destinada para exportação. Este é o grande desafio do nosso agricultor, coincidir para que haja esta dualidade de produtividade e preços bons, já que não conseguimos na soja e no milho”, conclui.

Nas Missões a geada também impôs perdas graves a cultura da canola, que vinha com área crescente a cada ano.

 

As informações são da AgroEffective.

Revisão: Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS

Fonte: Safras & Mercado

Quinta, 17 de Setembro de 2020
Valor da Produção: CNA vê recorde ainda maior que o esperado pelo Mapa em 2020
Valor da Produção: CNA vê recorde ainda maior que o esperado pelo Mapa em 2020 Fonte: Canal Rural

Enquanto o confederação estima que o VBP da agropecuária alcance R$ 823 bilhões, o ministério trabalha com R$ 771 bilhões

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O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária deve alcançar novo recorde em 2020 e superar a receita de R$ 823 bilhões, um crescimento de 13,7% em relação ao ano passado, segundo previsão da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A projeção do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) é de um crescimento de 10,1%, chegando a R$ 771,4 bilhões.

Para a agricultura, a CNA projeta uma alta de 18%, com faturamento bruto de R$ 531,6 bilhões. O bom resultado será puxado principalmente pelo VBP recorde de R$ 218 bilhões da soja (alta de 23,8%). O incremento de 4,3% na produção e de 18,7% nos preços, além da alta demanda chinesa e a desvalorização do real frente ao dólar também devem influenciar o VBP.

Segundo a confederação, outros destaques da agricultura são o arroz, o café arábica e o trigo, que terão alta no Valor Bruto da Produção de 33,9%, 51% e 59%, respectivamente. Também é estimado um crescimento da produção de 6,7%, 30% e 32%, nessa ordem.

Já o VBP pecuário deve crescer 6,6%, com receita de R$ 291,7 bilhões. De acordo com a Confederação, os incrementos de produção e preços de ovos e suínos e de preços da carne bovina devem garantir um acréscimo próximo a R$ 17,9 bilhões no faturamento da atividade pecuária “dentro da porteira”.

A baixa disponibilidade de animais para o abate, que deve reduzir a produção de carne bovina em aproximadamente 3,6% em 2020, tem, por outro lado, sustentado preços elevados para a arroba do boi gordo em média 17,8% acima do patamar de 2019. Apesar do bom resultado da pecuária, o faturamento bruto das atividades de frango e de leite deve apresentar queda de 3,7% e 4,3%, respectivamente.

As estimativas da CNA estão baseadas nos dados de preço e produção disponíveis até agosto de 2020.

Fonte: Canal Rural

Quarta, 16 de Setembro de 2020
La Niña chega em outubro
La Niña chega em outubro Fonte: Agrolink

Limiares de La Nina serão cumpridos de outubro até pelo menos o final, podendo entrar em 2021

Mais modelos meteorológicos apontam para a chega do fenômeno climático La Niña já no próximo mês de Outubro, indicando seca para a Região Sul do Brasil. É o que apontam mais modelos meteorológicos pesquisados pelo Bureau Australiano de Meteorologia (BOM), depois que as temperaturas da superfície do Oceano Pacífico tropical continuaram a esfriar neste mês de Setembro.

“Temperaturas mais frias dos oceanos no lado ocidental são um indicador-chave de um La Niña se desenvolvendo no Pacífico que tem o potencial de mudar os padrões de chuva em todo o mundo e impactar a produção global de alimentos”, afirma a T&F Consultoria Agroeconômica.

De acordo com o BOM, “todos os modelos climáticos internacionais pesquisados indicam que os limiares de La Nina serão cumpridos de outubro até pelo menos o final do ano, com cinco dos oito modelos mantendo esses valores até o início de 2021”.

De acordo com o Bureau, isso se compara à sua avaliação no início deste mês, quando disse que “três dos oito modelos pesquisados excedem o limiar de La Nina durante setembro, com mais dois modelos ultrapassando o limite em outubro”. A perspectiva do Bureau, no entanto, permaneceu em ‘Alerta’, o que significa que a semelhança de uma formação permaneceu estática em 70% – cerca de três vezes a probabilidade média – em comparação com uma avaliação anterior há quinze dias.

“A La Niña está associada a condições mais úmidas do que a média na Austrália – que pode impulsionar a cultura do trigo – assim como no norte da Índia, Indonésia, norte do Brasil como parte do sul da África. Ao mesmo tempo, condições mais secas são mais prováveis nos estados do sul dos EUA – impactando negativamente a produção de trigo lá, sul da Índia e sul do Brasil e Argentina – potencialmente dificultando a produção de soja e milho”, diz o BOM. 

O Centro de Previsão do Clima dos EUA calculou a probabilidade de as condições de La Nina continuarem durante o inverno do hemisfério norte com 75% de chance, enquanto a Agência Meteorológica do Japão calculou essa probabilidade em 70%.

Fonte: Agrolink

Quarta, 16 de Setembro de 2020
Anvisa mantém proibição do uso e da comercialização do herbicida Paraquate
Anvisa mantém proibição do uso e da comercialização do herbicida Paraquate Fonte: Agrolink

Empresas terão 30 dias para recolher os estoques disponíveis em

Por três votos a dois, a Anvisa manteve a decisão pelo banimento do ingrediente ativo Paraquate no Brasil, previsto para entrar em vigor a partir do próximo dia 22 de setembro, conforme as regras da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 177/2017. 

Com isso, o produto não poderá ser produzido ou usado no país, assim como também ficará proibida a importação desse ingrediente ativo. A decisão foi tomada durante a 18ª Reunião da Diretoria Colegiada (Dicol), realizada nesta terça-feira (15/9).

A decisão da Anvisa ainda pode ser revista no futuro, desde que esteja acompanhada de embasamento científico

Com a manutenção da data de banimento prevista da Resolução 177/2017, empresas titulares de registro de produtos à base de paraquat deverão recolher os estoques disponíveis em estabelecimentos comerciais e em posse de agricultores em até 30 dias. 

Conforme a Lei dos Agrotóxicos (7.802/1989), quem produzir, comercializar, transportar, aplicar agroquímicos não autorizados poderá sofrer pena de reclusão de dois a quatros anos, além de multa. Outras sanções também pode ser aplicadas como a destruição dos vegetais que receberam aplicação indevida e interdição da propriedade.

Fonte: Agrolink

Quarta, 16 de Setembro de 2020
IGP-10 dispara 4,34% em setembro / Produtos agropecuários sobem 8,78%
IGP-10 dispara 4,34% em setembro / Produtos agropecuários sobem 8,78% Fonte: Safras & Mercado

    O Indice Geral de Preços – 10 (IGP-10) disparou 4,34% em setembro, acelerando-se fortemente em relação à alta já expressiva de 2,53% em agosto, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com isso, o IGP-10 acumula altas de 13,98% no ano e de 17,03% em 12 meses, até este mês.

     Entre os componentes do indicador, o Indice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) ganhou força e subiu 5,99% em setembro, de +3,38% em agosto; o Indice de Preços ao Consumidor (IPC) praticamente manteve o ritmo de alta, passando de 0,48% no mês passado para +0,46% neste mês, enquanto o Indice Nacional de Custo da Construção (INCC) desacelerou a 0,80%, de +1,01%, no mesmo período.

     Entre os itens de origem, ainda no âmbito do IPA, os produtos agropecuários subiram 8,78% neste mês, de +4,20% no mês passado, enquanto os produtos industriais avançaram 4,95%, de +3,08%, na mesma base de comparação.

     Com informações da agência CMA.

Fonte: Safras & Mercado