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Segunda, 13 de Fevereiro de 2023
Emater/RS-Ascar e Decoy se unem para combater carrapato-do-boi com biopesticidas
Emater/RS-Ascar e Decoy se unem para combater carrapato-do-boi com biopesticidas Fonte: Emater

Instituição encontrou na Startup solução ideal para otimizar o controle do parasita, problema grave no Estado, decorrente da resistência aos pesticidas químicos desenvolvida pelos carrapatos.

Endêmica em boa parte do território nacional, a infestação de carrapato bovino tira o sossego de muitos pecuaristas brasileiros, em especial dos gaúchos, que encontram grandes dificuldades no combate ao Rhipicephalus microplus - nome científico do carrapato bovino. Estima-se que, no Estado, pelo menos 95% dos bovinos estejam em áreas contaminadas pelo parasita.

Por conta deste problema e da alta incidência de resistência aos tradicionais pesticidas químicos desenvolvida pelos carrapatos, a Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS-Ascar), que tem como missão contribuir para a promoção do Desenvolvimento Rural Sustentável e do bem-estar da sociedade, com foco na agricultura familiar, encontrou na Decoy, AgTech de Biotecnologia, que oferece soluções sustentáveis no controle de pragas para o mercado de saúde animal, seu parceiro ideal para ajudar no controle dos carrapatos.

Com as soluções Decoy Pasto e Decoy Bovinos, que consistem no uso de acaropatogênicos, ou seja, fungos que infectam ácaros, sendo inimigos naturais do carrapato, foi possível controlar o parasita. ?Estamos constantemente buscando novas alternativas de auxiliar os mais de 30 mil pecuaristas de corte e de leite assistidos pela Emater e que enfrentam todos os problemas decorrentes das infestações do carrapato bovino. Há pouco mais de um ano, conhecemos a Decoy, que já vinha aumentando sua atuação aqui no Rio Grande do Sul, por meio de parcerias com outros produtores?, detalha Carlos Roberto Vieira da Cunha, assistente técnico responsável pela Área de Defesa Sanitária Animal da Emater/RS-Ascar.

?Ao longo deste período, utilizamos nosso rebanho, que fica no Centro de Treinamento de Agricultores em Montenegro (Cetam), para acompanhar a atuação das duas soluções da Decoy. E os resultados são muito satisfatórios, com uma redução significativa do parasito, tanto no pasto quanto nos animais?, ressalta Cunha. ?Desde então, nossa união se consolidou e nosso planejamento prevê, agora com dados de um ano completo compilado, juntar todas as regionais da Emater, para levar nossa experiência a todos os produtores que acompanhamos?, completa.

Anualmente, o carrapato causa prejuízos superiores a US$ 3,2 bilhões aos criadores de animais, segundo uma estimativa realizada por pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Para Lucas von Zuben, CEO da Decoy, essa relação com a Emater/RS-Ascar é fundamental para a startup, que visa ampliar sua atuação no Estado por meio de novos parceiros, que buscam alternativas seguras e sustentáveis para eliminar qualquer risco à saúde do animal e também danos ao meio ambiente.

?Nosso propósito é ajudar pecuaristas que sofrem com a infestação dos carrapatos. Por isso, apostamos no mercado sustentável pois, além de usarmos inimigos naturais dos parasitas, garantimos que os produtores sigam oferecendo produtos de qualidade, sem qualquer risco de contaminação?, completa von Zuben.

Biotecnologia no campo
Inserida em um mercado que é responsável por 27% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional, a Decoy é pioneira ao atuar com soluções para animais de produção a partir da biotecnologia. Fundada em 2014, na cidade de Ribeirão Preto (SP), a empresa atua com soluções para controle biológico na pecuária.

A partir do cultivo dos esporos de fungos, que são inimigos naturais dos carrapatos bovinos, os principais transmissores de doenças frequentes no campo, como a Tristeza Parasitária, a startup desenvolveu soluções sustentáveis que baseiam sua proteção a partir do uso de organismos vivos para controlar a população de uma praga, fazendo com que a densidade populacional do carrapato-do-boi se mantenha abaixo do chamado ?nível de dano econômico?, ou seja, abaixo do nível de prejuízos para os produtores.

Atualmente, a startup já está presente em seis estados do país, e tem o Rio Grande do Sul como principal centro de atuação, com mais de 180 parceiros assistidos, seguido por Minas Gerais e São Paulo. Na distribuição da quantidade de cabeças de gado que foram administradas com os seus produtos, o Estado gaúcho continua se destacando, com 114.518 animais, o que representa 54,5% do montante total do rebanho tratado pela Decoy.

?Desde a fundação, nós já tratamos mais de 175 mil cabeças de gado de corte e leiteiro. Atualmente acompanhamos mais de 400 parceiros que buscaram na Decoy uma alternativa de combate ao carrapato. Mas queremos seguir crescendo e ganhando cada vez mais espaço no mercado e, por isso, contamos com a aprovação de nossas soluções junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que deve acontecer no primeiro semestre de 2023?, finaliza o CEO.

Sobre a Decoy

A Decoy é uma startup brasileira de biotecnologia, focada na pesquisa e no desenvolvimento de produtos para o controle de pragas em animais de produção. A partir do conhecimento adquirido no universo acadêmico, a empresa encontrou uma forma muito mais eficaz de controlar pragas, de forma biológica, precisamente estratégica e natural. A Decoy é a primeira empresa a levar a inteligência do controle biológico para a área de saúde animal. Suas soluções utilizam conceitos de equilíbrio e manejo integrados, dispensando o uso de agrotóxicos, proporcionando um controle mais efetivo e ecologicamente adequado. Localizada em Ribeirão Preto, no estado de São Paulo, polo de inovação para o setor agropecuário, a startup conta com um ambiente extremamente favorável à geração de novas descobertas e soluções inteligentes para o mercado.

Fonte: Emater

Segunda, 13 de Fevereiro de 2023
Senar-RS realiza palestra online sobre conceito legal do Valor de Terra Nua
Senar-RS realiza palestra online sobre conceito legal do Valor de Terra Nua Fonte: SENAR-RS

A live tem objetivo de levar informações ao público rural sobre o conceito legal do VTN e suas causas e consequências na declaração do Imposto Territorial RuralO Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS) promoverá uma palestra online na próxima quarta-feira (15) sobre Valor de Terra Nua (VTN), com transmissão ao vivo às 9h pelo canal do YouTube do Senar-RS. A live visa levar informações ao público rural sobre o conceito legal do VTN e suas aplicações na declaração do Imposto Territorial Rural (ITR).

Apresentado pelo Analista Financeiro do Senar-RS, Fabio Ramon Baldessar, o evento online receberá os Assessores da Presidência da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) Derly Girard e Luís Fernando Cavalheiro Pires. De acordo com Baldessar, a premissa da palestra é orientar trabalhadores para prevenir qualquer tipo de prejuízo financeiro. "Os produtores têm muitas tarefas no dia a dia com o trabalho e, além disso, precisam ficar atentos com essas obrigações, incluindo o VTN, que impactam o ITR em setembro", explica. 

O Analista Financeiro afirma ainda que o Senar-RS espera que essa ação atinja o maior público possível que atua direta ou indiretamente com o meio rural. Dessa forma, a entidade tenta tornar compreensível o funcionamento da legislação e quais suas implicações. Os participantes que desejam obter o certificado de participação devem se inscrever no site http://livevtnconceitolegal.eventize.com.br. 

Serviço: Palestra sobre Valor de Terra Nua
Quando: 15 de fevereiro, a partir das 9h
Transmissão ao vivo: https://www.youtube.com/SenarRioGrandedoSul
Inscrições até 14 de fevereiro:  http://livevtnconceitolegal.eventize.com.br. 

Fonte: senar-rs.com.br – Assessoria de Comunicação

Segunda, 13 de Fevereiro de 2023
Rio Grande do Sul teve 109 casos de raiva herbívora em 2022
Rio Grande do Sul teve 109 casos de raiva herbívora em 2022 Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

POR ELAINE PINTO

O Rio Grande do Sul contabilizou 109 casos de raiva herbívora em 2022, com distribuição em 37 municípios do Estado. Os dados foram divulgados pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) nesta segunda-feira (13/02), pelo Informe Raiva 01/2023.

O número de casos foi maior que o registrado em 2021, quando 48 focos foram identificados em 21 municípios. Em 2022, tiveram laudos positivos para raiva herbívora 99 bovinos, nove equinos e um ovino.

“A estiagem do ano passado teve um papel importante nesse crescimento, pois provocou estresse nas colônias de morcegos, o que aumenta as agressões ao rebanho. Esse ano, de novo, temos seca, então é preciso vacinar o rebanho para não haver prejuízos nos próximos meses”, explica o analista ambiental André Witt, do Programa de Controle de Raiva Herbívora. 

A maioria dos casos de raiva herbívora foi registrada nos meses de junho, julho e agosto. “O número de focos no período de outono e inverno sempre é maior. É por isso que recomendamos a vacinação dos animais agora no verão, para que a vacina possa ter tempo de fazer efeito e produzir anticorpos”, destaca Witt.

Sobre a raiva herbívora

A principal forma de transmissão da raiva para herbívoros se dá pela mordedura do morcego hematófago Desmodus rotundus. Alguns esconderijos habituais desses animais são troncos ocos de árvores, cavernas, fendas de rochas, furnas, túneis e casas abandonadas, entre outros.

A orientação aos produtores rurais é de que, ao localizarem novos refúgios de morcegos vampiros, não tentem capturá-los por conta própria e comuniquem imediatamente a localização destes refúgios à Inspetoria ou ao Escritório de Defesa Agropecuária do seu município.

A captura dos animais é realizada somente pelos Núcleos de Controle da Raiva do Estado, devidamente capacitados, vacinados contra a raiva. As equipes são acionadas pelas regionais da Secretaria da Agricultura sempre que houver laudo positivo para raiva em herbívoro ou se forem constatados altos índices de mordedura em animais de produção em determinada região.

Municípios com casos registrados em 2022

Bagé
Barra do Ribeiro
Bento Gonçalves
Bossoroca
Butiá
Caçapava do Sul
Caiçara
Candiota
Cerro Grande do Sul
Eldorado do Sul
Estância Velha
Glorinha
Gravataí
Itacurubi
Jaguari
Manoel Viana
Maquiné
Muçum
Nova Roma do Sul
Novo Hamburgo
Parobé
Pinto Bandeira
Piratini
Santa Margarida do Sul
Santa Maria
Santiago
Santo Antônio das Missões
São Borja
São Gabriel
São Lourenço do Sul
São Sepé
Sapucaia do Sul
Taquara
Unistalda
Vale do Sol
Veranópolis
Vila Nova do Sul

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Segunda, 13 de Fevereiro de 2023
Mercado reduz projeção para crescimento da economia em 2023
Mercado reduz projeção para crescimento da economia em 2023 Fonte: Agência Brasil

A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira este ano caiu de 0,79% para 0,76%. A estimativa está no boletim Focus de hoje (13), pesquisa divulgada semanalmente, em Brasília, pelo Banco Central (BC) com a projeção para os principais indicadores econômicos.

Para o próximo ano, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento de 1,5%, a mesma previsão há sete semanas seguidas. Em 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,85% e 2%, respectivamente.

Já a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, variou para cima, de 5,78% para 5,79% neste ano. Para 2024, a estimativa de inflação ficou em 4%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,6% e 3,5%, respectivamente.

A previsão para 2023 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3,25% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 1,75% e o superior de 4,75%.

Da mesma forma, a projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista - 3% - também com os intervalos de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Inflação

De acordo com o Banco Central, a inflação só ficará dentro da meta a partir de 2024, quando deverá se situar em 3%, e em 2025, (2,8%). Para esses dois anos, o CMN estabelece uma meta de 3% para o IPCA.

Em janeiro, puxado principalmente pelo aumento de preços de alimentos e combustíveis, o IPCA ficou em 0,53%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa está nesse nível desde agosto do ano passado e é o maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar.

Com as projeções para a inflação acima das metas para 2023 e 2024, o BC prevê que os juros podem ficar altos por mais tempo que o previsto. A autarquia não descarta a possibilidade de novas elevações caso a inflação não convirja para o centro da meta definida pelo CMN, como o esperado, em meados de 2024.

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic termine o ano em 12,75% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é de que a taxa básica cai para 10% ao ano. E para 2025, a previsão é de Selic em 9% ao ano.

Demanda aquecida

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

A expectativa para a cotação do dólar está em R$ 5,25 para o final de 2023. Para o fim de 2024, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5,30.

Fonte: Agência Brasil – Andreia Verdélio

Imagem: José Cruz

Sexta, 10 de Fevereiro de 2023
Exportações do agronegócio atingem maior valor da série histórica em 2022
Exportações do agronegócio atingem maior valor da série histórica em 2022 Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

POR VAGNER BENITES, ASCOM/SPGG

As exportações do agronegócio gaúcho somaram US$ 16 bilhões em 2022, o que representa um aumento de 4,4% em relação ao ano anterior e o maior valor nominal (sem considerar a inflação) desde o início da série histórica, em 1997. As vendas do agronegócio representaram 71,5% do volume exportado pelo Rio Grande do Sul. Em termos absolutos, houve um crescimento de US$ 668,5 milhões. Parte desse valor veio do crescimento de 14,9% registrado no quarto trimestre com a venda de cereais, fumo e carnes.

Em um ano marcado pela estiagem, que afetou a produção de soja, principal produto de exportação, o Estado registrou queda no volume total embarcado (-15,5%), fato compensado pelo aumento nos preços médios dos itens (+23,5%). O desempenho recorde de 2022 foi sustentado pelo crescimento no primeiro trimestre (+72,1%), resultado das vendas de trigo e dos estoques de soja da safra 2020/2021 (não afetada pela estiagem), e no quarto trimestre, com US$ 4,4 bilhões em vendas, o maior valor da série para o período de outubro a dezembro, resultado dos embarques de fumo (US$ 760,2 milhões; +107,4%), cereais (US$ 444,5 milhões; +86,5%) e carnes (US$ 721,3 milhões; +29,5%). 

Os dados fazem parte do boletim Indicadores do Agronegócio do Rio Grande do Sul, divulgado nesta quinta-feira (9/2) pela Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão. O documento traz números das exportações e do emprego formal no agronegócio no quarto trimestre e no acumulado de 2022. Ele foi elaborado pelos pesquisadores Sérgio Leusin Júnior, Bruna Kasprzak Borges e Rodrigo Feix, do Departamento de Economia e Estatística da secretaria.

Dos cinco principais setores exportadores do agronegócio, o complexo soja foi o único a ter queda no ano, com vendas totais de US$ 5,52 bilhões, redução de 29,3% na comparação com 2021. Os setores de carnes (US$ 2,75 bilhões; +18,0%), cereais (US$ 1,76 bilhão; +149,7%) e produtos florestais (US$ 1,68 bilhão; +14,1%) registraram os maiores valores da série histórica, enquanto fumo e seus produtos (US$ 2,16 bilhões; +77,9%) teve o melhor resultado desde 2013.   

"Considerando a forte quebra de produção na safra 2021/2022, o desempenho não deixa de ser surpreendente. Além da alta nos preços médios, contribuiu para o resultado a expansão nas vendas de um amplo conjunto de setores não diretamente vinculados ao complexo soja", destacou Leusin. 

Recordes por segmento

Em 2022, os números positivos no setor de carnes são explicados pelo aumento nas vendas de carnes de frango (US$ 1,51 bilhão; +28,5%) e bovina (US$ 443 milhões; +43,7%), a primeira com embarques significativos para os Emirados Árabes Unidos, Filipinas e União Europeia, enquanto a segunda apresentou expansão nas compras pela China. As exportações de carne suína teve queda de 12,5% (menos US$ 89,1 milhões), fruto da recuperação da produção chinesa após o surto de peste suína africana, que afetou o rebanho do país asiático nos últimos anos. 

No setor de fumo e seus produtos, apesar da queda de 14,6% na produção colhida no Rio Grande do Sul, o segmento registrou aumento de 39,4% no volume vendido de fumo não manufaturado, principal produto da pauta, e alta de 82,6% no valor vendido (total de US$ 1,99 bilhão). 

Já em relação aos cereais e derivados, o destaque do ano foi a expansão de 260% nas vendas de trigo (mais US$ 674 milhões). O produto, principal cultura agrícola de inverno do Estado, apresentou alta de 182,9% no volume embarcado e de 27,3% nos preços médios em dólar, consequência do cenário internacional marcado pelo conflito entre Rússia e Ucrânia. 

O segmento de produtos florestais teve expansão de 14,3% nas exportações de celulose (mais US$ 143,6 milhões), principal produto do setor. No segmento de máquinas agrícolas, as vendas externas registraram o maior valor desde 2011 (US$ 568,3 milhões; + 40,8%), liderado pela comercialização de tratores agrícolas (US$ 290,74 milhões; +22,7%) e colheitadeiras (US$ 139,3 milhões; +137,0%). 

No sentido oposto, a redução nas vendas gerais do complexo soja foi puxada pela soja em grão, com redução de 47,5% no valor (menos US$ 2,95 bilhões) e no volume embarcado (-57,6%). Nos demais produtos do segmento, houve aumento nas vendas do óleo (mais US$ 353,7 milhões; +83,8%) e no farelo (mais US$ 310,1 milhões; +26,5%). O resultado foi amenizado pela alta nos preços médios do complexo como um todo (+24,8%), também impactado pelo conflito entre Rússia e Ucrânia e pela queda na relação estoque/consumo global. 

Principais destinos e perspectivas

Com a queda nas vendas de soja, a participação da China no ranking dos principais destinos das exportações gaúchas foi menor em 2022. O país asiático foi responsável por 28,5% das compras do agronegócio, enquanto em 2021 esse percentual chegou a 48,6% do total. Isso representa uma queda de US$ 2,9 bilhões em valor. Ainda assim, os chineses seguem na liderança da lista, seguidos pela União Europeia (15,1% do total; mais US$ 716,2 milhões em compras), Estados Unidos (5,0%), Índia (3,7%) e Irã (3,5%). 

Para Leusin, 2023 trará alguns desafios importantes para o agronegócio gaúcho. O principal deles é a estiagem, que volta a impactar negativamente o rendimento físico das principais culturas de verão, com destaque para o milho, a soja e a bovinocultura leiteira. “Em um cenário de nova estiagem, a terceira em quatro anos, apesar dos preços ainda em patamares elevados, a situação econômica e financeira dos estabelecimentos agropecuários gaúchos tende a se deteriorar, o que gera um efeito multiplicador negativo para as economias regionais mais dependentes do setor primário”, explicou. E completou: “Com menor disponibilidade de matéria prima agropecuária em 2023, a tendência é a queda na geração de empregos diretos e nos volumes exportados”.

Emprego no agronegócio

Em dezembro de 2022, o Rio Grande do Sul tinha 363.364 vínculos ativos de emprego com carteira assinada no agronegócio, com um saldo (diferença entre admissões e demissões) de 12.104 postos no acumulado do ano. O número é menor do que em 2021, que terminou com um aumento de 18.199 empregos no segmento. O saldo no agronegócio em 2022 representou 12% do total de empregos gerados no Estado, que teve, levando em conta todos os setores da economia, um aumento de 100.773 postos formais. 

Se apenas último trimestre de 2022 for considerado, o saldo de empregos com carteira assinada foi de 1.221 postos, número similar ao registrado entre outubro e dezembro de 2021 (1.172 postos). Os três últimos meses do ano são caracterizados pelo maior equilíbrio entre admissões e desligamentos. No conjunto da economia gaúcha, o saldo de empregos foi negativo, com perda de 2.320 empregos formais, uma interrupção na sequência de nove trimestres consecutivos com números positivos. 

O setor do agronegócio que mais criou empregos com carteira assinada em 2022 foi o do comércio atacadista de produtos agropecuários e agroindustriais, com um saldo de 2.869 postos. Em seguida, vem o setor de fabricação de tratores, máquinas e equipamentos agropecuários (2.245 postos) e o de produção de sementes e mudas certificadas (2.221 postos). Na ponta oposta do ranking, as maiores perdas de postos de empregos em 2022 foram registradas pelos setores da produção de lavouras permanentes (- 712) e do curtimento e preparações de couro (-698). 

"Nas lavouras permanentes, a perda de empregos pode ser associada à quebra da safra em um ano de severa estiagem, enquanto no setor do couro, o saldo negativo está relacionado ao menor dinamismo da produção industrial local", explicou Bruna.

Como ocorre tradicionalmente, em dezembro de 2022, o setor com maior quantidade de empregos formais no agronegócio foi o de abate e fabricação de produtos de carne, com 67.014 postos, número minimamente superior ao registrado em dezembro de 2021 (67.007), seguido pelo comércio atacadista de produtos agropecuários e agroindustriais, com 48.605 postos. O documento aponta ainda que o valor do salário médio para quem iniciou em um emprego no agronegócio gaúcho em dezembro foi de R$ 1.842,66, alta de 4,7% em comparação com o mesmo mês de 2021.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Sexta, 10 de Fevereiro de 2023
Manhã de campo é realizada pelo IRGA em Uruguaiana
Manhã de campo é realizada pelo IRGA em Uruguaiana Fonte: IRGA

Nesta quarta-feira (01), a Regional Fronteira Oeste realizou uma manhã de campo na estação experimental do Irga em Uruguaiana.

No evento foram abordados novas cultivares de arroz irrigado, manejo de soja e milho em terras baixas, e resultados de pesquisa sobre trigo. 

Os visitantes também tiveram a oportunidade de visitar os estandes das empresas participantes parceiras. O evento é realizado todo ano, a fim de mostrar aos produtores e técnicos da região, as novidades das culturas que estação sendo posicionadas pelo instituto.

Para diretora técnica da autarquia, Flávia Tomita, o momento foi importante. "O evento é tradicional na FO e é importante pra atualização e troca de experiência entre os produtores e técnicos do Irga. salientou.

Fonte: Irga

Sexta, 10 de Fevereiro de 2023
Jaguarão sediará 10ª Abertura Oficial da Colheita do Milho
Jaguarão sediará 10ª Abertura Oficial da Colheita do Milho Fonte: Emater

Nessa sexta-feira (10/02), acontece a 10ª Abertura Oficial da Colheita do Milho do RS, na sede da Fazenda São Francisco, no município de Jaguarão. O evento é organizado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho/RS), Associação dos Produtores de Milho do RS (Apromilho/RS), Prefeitura de Jaguarão, Fazenda São Francisco (Grupo Quero-Quero), com apoio da Emater/RS-Ascar, Embrapa, Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), entre outras instituições.

A programação está prevista para iniciar às 7h, com recepção e inscrições, seguida, a partir das 8h, de roteiros técnicos em estações demonstrativas sobre o cultivo do milho em terras baixas. O ato solene de abertura da colheita do milho, com a presença de autoridades, está previsto para às 11h30, com almoço às 12h30 na Fazenda São Francisco. Também terá, durante toda a manhã, visitação aos estantes dos apoiadores e patrocinadores.

O Dia de Campo será composto por quatro estações: a primeira estação irá abordar sobre a implantação de tecnologias para cultivo de soja ou milho em áreas planas ou de várzea. Na estação dois, o assunto será o uso de implementos agrícolas tratorizados. Na estação três, o tema será a secagem e armazenagem de grãos, ministrado por extensionsistas da Emater/RS-Ascar, e na estação quatro o assunto será sobre híbridos de milho.

Faça sua inscrição antecipada para os roteiros técnicos através do link: https://www.jaguarao.rs.gov.br/abertura-da-colheita-do-milho-2023/


Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar - Regional de Pelotas
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Fonte: Emater

Sexta, 10 de Fevereiro de 2023
CNA debate cenários para a irrigação
CNA debate cenários para a irrigação Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

A Comissão Nacional de Irrigação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realizou, na quinta (9), a primeira reunião do ano para tratar sobre os cenários setorial, econômico e político para os próximos meses.

A abertura do encontro foi feita pelo presidente da Comissão Nacional de Irrigação, David Schmidt, que destacou a importância do colegiado e a relevância da pauta da reunião. “É importante termos mapeado esses cenários para desenvolver o planejarmos das ações dentro dos desafios de trabalho que vamos ter neste ano”, destacou.

Durante a reunião, a assessora técnica da Comissão, Jordana Girardello, apresentou o cenário setorial voltado para a irrigação e detalhou o plano de ações da comissão. “As nossas ações têm por objetivo aumentar a área irrigada no Brasil na garantia da segurança alimentar, apoiar os polos de agricultura irrigada, a desburocratização do licenciamento ambiental para a irrigação e continuar atuando forte junto ao Conselho Nacional de Recursos Hídricos”, destacou.

 

Segundo a assessora, o plano de ação também prevê a realização de uma série de capacitações com o intuito de ampliar a participação e a qualidade técnica dos representantes do setor nos colegiados do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH). “Também iremos trabalhar no reconhecimento da reservação de água como segurança hídrica e alimentar além da manutenção de tarifas energéticas diferenciadas para irrigação”, disse Jordana.

O diretor-executivo da Rede Nacional de Agricultura Irrigada (Renai), João Carlos Dé Carli, participou da reunião e mostrou as perspectivas de atuação em 2023 e destacou a relevância da parceria com a CNA.

Perspectivas – A análise econômica foi feita pelo coordenador do Núcleo Econômico da CNA, Renato Conchon, que tratou das perspectivas econômicas para o ano tanto no cenário internacional e quanto no nacional. “Em 2023 vamos ver novamente a contribuição do agro, puxando para cima o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil”, afirmou o analista.

 

As projeções políticas foram apresentadas pelo assessor de Relações Institucionais da CNA, Victor Ayres. Ele mostrou o cenário de mudanças na estrutura do poder executivo, as frentes parlamentares do Congresso Nacional e a nova política econômica. A assessora técnica da ARI, Suelen Zottele, também esteve presente no encontro e falou sobre as pautas em tramitação no Congresso Nacional referentes ao setor agropecuário, e especificamente os projetos prioritários para o desenvolvimento da irrigação no Brasil.

A reunião da Comissão também contou com a participação dos representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária, Gustavo Goretti e Frederico Cintra, e do coordenador de Sustentabilidade da CNA, Nelson Ananias Filho.

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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Sexta, 10 de Fevereiro de 2023
Índia e Brasil alinham participação no encontro de ministros de agricultura do G20
Índia e Brasil alinham participação no encontro de ministros de agricultura do G20 Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, recebeu nesta quarta-feira (8) o Embaixador da Índia no Brasil, Suresh Reddy, para debater a participação do Brasil no encontro de ministros de agricultura do G20, que acontece em junho, em Hyderabad, na Índia.

Neste ano, a presidência rotativa do G20 está com a Índia e, em 2024, o Brasil assume a presidência do grupo, que reúne as 20 maiores economias do planeta.

“Retomamos a soberania e o fortalecimento das relações comerciais. Essa é a principal missão que o presidente Lula passou para todos os ministros”, disse Fávaro.

Temas como segurança alimentar, tecnologia na agricultura e exportação de soja e óleo de soja também estiveram na pauta do encontro, realizado na sede do Mapa. O embaixador explicou que a forma de distribuição de alimentos na Índia vem mudando ao longo dos anos, bem como os hábitos alimentares dos indianos. Ele sugeriu a visita de uma missão de empresários brasileiros à Índia para entender essa nova realidade.

Também participaram da reunião os secretários de Comércio e Relações Internacionais, Roberto Perosa, e de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart, além do secretário adjunto da SCRI, Fernando Zelner.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Quinta, 09 de Fevereiro de 2023
CNA discute ações para setor florestal
CNA discute ações para setor florestal Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) debateu a agenda de ações do setor, na terça (7), durante reunião da Câmara Setorial do Ministério da Agricultura.

Na reunião, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) apresentaram o andamento do convênio entre as entidades sobre o setor.

São quatro metas principais voltadas, principalmente, ao diagnóstico de demanda por produtos florestais; identificação desses produtos com potencial de mercado; tecnologias; estratégias para alcance dos objetivos florestais definidos pelo Brasil, sobretudo no Plano Nacional de Desenvolvimento de Florestas Plantada; e práticas e novas tecnologias para plantio e beneficiamento de produtos.

Com essas metas, o setor pretende obter alguns produtos como os Sistemas de Informações Geográficas (com localização de recursos e consumo de produtos florestais em diferentes cadeias); documentos analíticos sobre mercados; novas sugestões e ações no PNDF; e oferta de cursos técnicos, que abordarão questões relacionadas a manejo de produção, inventário florestal, Plano ABC, dentre outros.

A reunião também abordou a importância do avanço do uso de madeira na construção civil e na indústria moveleira. O uso de madeira engenheirada (eucalipto ou pinus que, após a sua extração, são submetidos a tratamentos que agregam homogeneidade e qualidade ao material), por exemplo, contribui para a agenda descarbonizante assumida pelo País, afirmou Eduarda Lee, assessora técnica da Comissão Nacional de Silvicultura da CNA, que acompanha a Câmara Setorial.

“São necessários mais investimentos para fomentar e ampliar os plantios visando esse mercado, com sustentação a longo prazo", observou.

Assessoria de Comunicação CNA
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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura