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Quarta, 15 de Fevereiro de 2023
CNA debate pautas do setor leiteiro
CNA debate pautas do setor leiteiro Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apresentou as pautas prioritárias do setor leiteiro e debateu o atual cenário da atividade, na terça (14), durante reunião com a deputada Ana Paula Leão (PP-MG), em Brasília.

Participaram do encontro o coordenador de Produção Animal da CNA, João Paulo Franco, o assessor técnico da Comissão Nacional de Pecuária de Leite, Guilherme Dias, e a assessora de Relações Institucionais, Fabíola Melo.

Os representantes da CNA traçaram um panorama da produção leiteira e falaram sobre os desafios para os produtores, como a alta dos custos de produção que têm prejudicado o setor, provocando um déficit de mais de 1,4 bilhão de litros na captação de leite.

Entre as demandas defendidas pela entidade, estão a previsibilidade de preços ao produtor, as ações de defesa comercial, a celeridade na concessão do Selo Arte para produtos artesanais derivados do leite (como os queijos), a assistência técnica e gerencial para aumento da produtividade e o processamento industrial para agregação de valor à matéria prima.

Assessoria de Comunicação CNA
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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Quarta, 15 de Fevereiro de 2023
Reorganização ministerial é necessária para preservar conquistas da agropecuária brasileira
Reorganização ministerial é necessária para preservar conquistas da agropecuária brasileira Fonte: Frente Parlamentar Agropecuária

          As recentes mudanças no Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) foi um dos assuntos tratados na reunião ordinária da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), desta terça-feira (14). Os deputados e senadores da bancada abordaram, também, a suspensão das linhas de financiamento do agro pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e demais medidas provisórias que devem impactar o setor.

Sobre o MAPA, o presidente da FPA, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR) esclareceu que qualquer governo tem o direito de estruturar os ministérios como melhor entender, entretanto, o enfraquecimento da Agricultura será combatido pela Frente.

“O agro é o motor econômico do Brasil e o que acontece com ele reverbera em todo o país. As mudanças sugeridas e aplicadas pelo governo dentro do Ministério da Agricultura enfraquecem o setor e, por isso, estamos prontos para dialogar pela volta da estrutura anterior. A reorganização é necessária para preservar as conquistas até aqui”, explicou.

Para Lupion, órgãos importantes, até então vinculados ao MAPA, serem separados, não faz sentido. “Não consigo entender a agricultura familiar estar separada do agro do Brasil. A agricultura familiar é uma grande atividade econômica e representa a maior parcela da produção das cooperativas agrícolas. Não há porque tratarmos separadamente”, exemplificou.

          A senadora e ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina (PP-MS), corrobora com Lupion e acredita que a montagem da estrutura ministerial deve atender aos anseios de cada governo. Apesar disso, destacou que, no que tange o setor agropecuário, as questões técnicas deveriam ser melhor avaliadas para que o agro não saia prejudicado.

“Temos obrigação de alertar para o que achamos que vai dar certo ou errado. O Ministério da Pesca é uma atividade enorme, mas ele precisa ser muito bem estruturado, e se não tiver ligado a defesa agropecuária, não vai andar. São questões técnicas que devem ser melhor pensadas”.

          A coordenadora política da FPA no Senado Federal indicou, da mesma forma, que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) não deveriam ficar longe do MAPA. Para ela, ambos necessitam da capacidade técnica que um ministério mais estruturado possui.

“As ações da Conab são muito maiores na pasta da Agricultura do que no Desenvolvimento Agrário, portanto, precisa voltar. O Incra, também precisa de políticas públicas que atendam ao pequeno produtor, e isso também se encontra no MAPA”.

          Para o ex-presidente da FPA, deputado Alceu Moreira (MDB-RS), o agro brasileiro é de extrema complexidade, e mesmo assim atingiu resultados positivos nas últimas cinco décadas com uma estrutura forte e organizada. Por isso, ele acredita que, com sabedoria, será possível reverter qualquer tipo de erro contra o setor.

“Quando a nossa Frente se pronunciar, tem que ter cuidado para não perder a linha da estratégia. Nós não trabalhamos com rancor, trabalhamos com a verdade. Com sabedoria, resiliência, conseguiremos reverter qualquer tipo de erro contra o nosso setor”, finalizou.

          Para tanto, o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), elencou as Medidas Provisórias prioritárias que devem receber atenção especial da FPA. Nelas, além de constar a MP 1154/23, que permite a readequação ministerial sugerida, outras duas requerem atenção, segundo o parlamentar.

“Nossas prioridades nas medidas provisórias devem estar, da mesma forma, na 1152/23, que adequa normas para que a gente se aproxime das regras da OCDE, e na 1157/23, para garantir a competitividade do biocombustível. Devemos ter uma estratégia sólida para não travar o que já conquistamos”, enfatizou Arnaldo.

 
LINHAS DE FINANCIAMENTO

 

          Outro tema que foi destaque na reunião desta terça-feira e que se fez presente ao longo dos últimos dias, foi a suspensão de linhas de crédito para o setor agropecuário. No último dia 7 de fevereiro, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), suspendeu duas linhas de crédito, que se somaram a outras nove, que já haviam sido suspensas pela instituição. 

          O presidente da FPA, Pedro Lupion, disse que a bancada foi surpreendida com os cortes e reafirmou o apoio aos membros da bancada que reagiram às suspensões realizadas pelo banco de fomento. “Nosso compromisso e de nossos membros sempre será com a verdade. Vimos o que aconteceu e fomos atrás da resolução do problema. Tivemos até reações de um jornalista às nossas falas, mas quem anunciou os cortes, e depois a retomada, foi o próprio BNDES”, disse Lupion.

          A deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC), uma das parlamentares que questionou o banco em relação aos cortes das linhas, agradeceu ao apoio da Frente e garantiu ser à favor da política de resultados e não do revanchismo. “Preciso agradecer pois me sinto honrada por ser acolhida pela FPA. Fui chamada de mentirosa por um jornalista, mas apresentei verdades em todo o meu discurso. Com muito diálogo vamos reverter os pontos. Nossa torcida é por um agro e por um Brasil que dê certo”, concluiu.

          O senador Zequinha Marinho (PL-PA), vice-presidente da FPA no Senado Federal, enviou ofício ao BNDES e questionou se há perspectiva de retomada das linhas suspensas para a safra 22/23. Em resposta o banco afirmou que “o BNDES está apto a operar novos recursos no âmbito dos Programas Agropecuários do Governo Federal que se encontram suspensos, desde que novos limites equalizáveis sejam autorizados a este banco de desenvolvimento pelos ministérios responsáveis”.

Fonte: Frente Parlamentar Agropecuaria

Quarta, 15 de Fevereiro de 2023
IGP-10 varia 0,02% em fevereiro, informa Fundação Getulio Vargas
IGP-10 varia 0,02% em fevereiro, informa Fundação Getulio Vargas Fonte: Agência Brasil

O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), teve variação de 0,02% em fevereiro, segundo estudo divulgado hoje (15). O IGP-10 tem como base preços coletados do dia 11 do mês anterior ao dia 10 do mês corrente e serve como prévia para o comportamento da inflação.

Com a alta calculada, o índice acumula aumento de 0,07% no ano e de 2,26% em 12 meses. No mesmo mês do ano passado, o indicador acumulava elevação de 16,69% em 12 meses.

Coordenador dos índices de preços da FGV, o economista André Braz destaca que commodities (bens primários com cotação internacional) e insumos agropecuários continuam influenciando a desaceleração da inflação ao produtor.

De acordo com Braz, na inflação dos consumidores, o destaque foi a variação de preços dos serviços: passagem aérea (de -0,15%, em janeiro, para -3,86%, em fevereiro), aluguel residencial (de -0,44% para -0,55%) e tarifa de telefone móvel (de 0,92% para -0,94%).

Componentes do IGP-10, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,14% em fevereiro, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,55%, e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,33%.

Fonte: Agência Brasil – Vinicius Lisboa

Imagem: CNA / Wenderson Araujo

Terça, 14 de Fevereiro de 2023
Mapa registra oito defensivos de baixo impacto e um fungicida inédito
Mapa registra oito defensivos de baixo impacto e um fungicida inédito Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

O Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou o Ato n° 05, no Diário Oficial da União desta segunda-feira (13), tornando público o registro de 22 produtos formulados, sendo 8 de baixo impacto. Essa publicação divulga quais foram os produtos formulados que foram registrados e efetivamente estarão disponíveis para uso pelos agricultores.

Dos produtos registrados hoje, quatro são de materiais biológicos inofensivos a seres humanos e outros animais. Eles são compostos por Beauveria bassiana, Bacillus licheniformis, Bacillus subtilis Trichoderma harzianum, Trichoderma viride; além do baculovirus de Spodoptera frigiperda, específicos de lagartas.

"Estamos todos do mesmo lado. A Anvisa monitorando a saúde, o Ibama no cuidado do ambiental e o Mapa buscando opções viáveis, contemporâneas e eficazes para a produção agrícola brasileira. É importante ter disponível no mercado moléculas biológicas, menos agressivas e que propiciem uma produção de qualidade", detalhou o ministro Carlos Fávaro.

Em relação aos produtos químicos, foi registrado um fungicida com ingrediente ativo Tiafenacil, que é inédito no Brasil. Este produto é um novo herbicida, muito usado em procedimentos adotados no plantio direto, em especial as dessecações pré-plantio e pré-colheita nas culturas agrícolas de algodão, feijão, milho e soja. O ingrediente ativo em questão já está aprovado nos Estados Unidos da América e na Austrália.

Os demais produtos utilizam ingredientes ativos já registrados anteriormente no país. Os novos registros são importantes pois diminuem a concentração do mercado de defensivos e aumentam a concorrência. Isso acaba resultando em um comércio mais justo e em menores custos de produção para a agricultura brasileira.

“Até uns três anos atrás, grande parte dos produtos que eram utilizados para o controle de pragas eram de origem química e poucos de origem biológica. Porém, de alguns anos pra cá esse cenário vem mudando e hoje percebemos que os produtos de origem biológica vêm ganhando mercado. Isso é demonstrado pelo crescente número de registro de produtos de baixo impacto para controle de pragas”, explica a diretora do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas do Mapa, Edilene Soares.

Todos os produtos registrados foram analisados e aprovados pela Anvisa, pelo Ibama e pelo Mapa, órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, respectivamente, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais. 

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Terça, 14 de Fevereiro de 2023
Governador e secretários recebem Fetag para tratar de combate à estiagem
Governador e secretários recebem Fetag para tratar de combate à estiagem Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

POR THAMÍRIS MONDIN/SECOM

O governador Eduardo Leite e secretários de Estado participaram, na noite desta segunda-feira (13/2), de uma reunião com representantes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS) para tratar de ações de enfrentamento à estiagem. O encontro ocorreu no auditório do Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff), em Porto Alegre. 

O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, apresentou uma série de demandas emergenciais. Os pedindo incluem o apoio da Defesa Civil para disponibilização de água potável para consumo humano e animal nos municípios afetados pela estiagem, recursos para abertura de bebedouros para animais, liberação do pagamento do programa SOS Estiagem para agricultores que ficaram de fora das primeiras etapas e reabertura do período de manifestação para o interesse no programa Troca-Troca de Sementes Forrageiras, entre outras. 

O governador ressaltou a importância do diálogo e da interação com as instituições que representam as categorias mais atingidas pela seca no Estado. “Para que possamos definir de forma assertiva as ações emergenciais, é preciso interação com aqueles que sofrem com o problema na ponta. Por isso é tão importante esse encontro com a Fetag, que é um órgão com legitimidade para defender os interesses dos produtores rurais. O ajuste das ações emergenciais precisa acompanhar o direcionamento e o conhecimento dos produtores”, afirmou.

Leite também destacou a mobilização do governo em relação ao tema da estiagem. “Queremos apresentar ainda esta semana um cronograma atualizado com a linha das ações que adotaremos na direção da mitigação dos efeitos da estiagem. O diálogo com a Fetag é importante para que possamos desenvolver esse plano conjuntamente", pontuou.

Participaram da reunião os secretários da Casa Civil, Artur Lemos, de Planejamento, Governança e Gestão, Danielle Calazans, da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Giovani Feltes, da Casa Militar e coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil, Luciano Boeira, do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, e de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Terça, 14 de Fevereiro de 2023
33ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas
33ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas Fonte: colheitadoarroz.com.br

A Federarroz já está preparando a 33ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas – Arrozeiros como produtores multissafras, que acontecerá nos dias 14, 15 e 16 de fevereiro de 2023, na Estação Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado – Capão do Leão/RS. O evento, que se mantém nos formatos on-line e presencial, apresentará novidades e ainda mais inovações buscando desenvolver e integrar o setor agrícola da Região Sul do Estado. Os debates sobre a cadeia orizícola e sua produtividade, bem como as alternativas para os produtores rurais e os desafios dos últimos anos, continuam na programação envolvendo produtores, engenheiros agrônomos, técnicos, agentes políticos, principais instituições de pesquisa e ensino do setor, além das empresas que mais investem em tecnologia agrícola para terras baixas no mundo.

A última edição do evento oportunizou aos seus 9 mil visitantes, de diversas regiões do país e do exterior, que pudessem circular por uma feira com mais de 100 expositores e 40 vitrines tecnológicas as quais apresentaram seus produtos e compartilharam muito conhecimento. Além de uma programação científica de muita qualidade e palestrantes renomados no setor.

O evento é uma realização da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul – Federarroz, correalização da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR-RS e apoio do Instituto Rio Grandense do Arroz – IRGA.

 

Fonte: colheitadoarroz.com.br

Terça, 14 de Fevereiro de 2023
Caracterização de olivais no Rio Grande do Sul
Caracterização de olivais no Rio Grande do Sul Fonte: Emater

Pesquisadores do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDPA/Seapi) lançaram recentemente a circular técnica ?Caracterização de olivais no Rio Grande do Sul: aspectos socioeconômicos, fitossanitários, de nutrição e fertilidade dos solos?. A finalidade é realizar a caracterização de propriedades e olivais localizados em diferentes regiões produtoras do Estado, a caracterização do perfil dos produtores e a obtenção de dados sobre aspectos fitotécnicos da cultura. O estudo contou com a parceria da Emater/RS-Ascar.

?As informações levantadas são importantes para direcionar a pesquisa e a transferência de tecnologia, principalmente em relação às questões fitossanitárias, de nutrição e fertilidade do solo dos olivais, fatores considerados fundamentais para a sustentabilidade deste sistema de produção?, explica a coordenadora do estudo e bióloga Andréia Mara Rotta de Oliveira.

Ela conta que a olivicultura no Rio Grande do Sul vem sendo desenvolvida principalmente na Metade Sul, e que o Estado vem se destacando no cenário nacional por abrigar a maior área plantada de oliveira e ser o principal produtor de azeite de oliva do Brasil. ?Considerando as características das propriedades analisadas nesta pesquisa, constatou-se que a oliveira vem ganhando espaço e se desenvolvendo em pequenas propriedades como uma cultura alternativa de diversificação de cultivos e incremento da fonte de renda, principalmente na utilização das azeitonas para a produção de azeite de oliva?, diz Andréia.

Segundo a bióloga, o processamento das azeitonas para conserva ainda não é uma atividade significativa entre os entrevistados. ?Possivelmente, pela menor quantidade de cultivares plantadas consideradas aptas para produção de azeitonas de mesa e, também, por questões econômicas, uma vez que o preço de venda do litro de azeite de oliva tem se mostrado lucrativo para o produtor?.

Principais dificuldades

Em relação às principais dificuldades apontadas pelos produtores no cultivo da oliveira, a falta de mão de obra especializada e a carência de pesquisas que gerem informações para o cultivo da oliveira nas condições do Rio Grande do Sul foram as que tiveram maior destaque. No que se refere aos aspectos fitossanitários, destacam-se as dificuldades enfrentadas para o controle de formigas, da lagarta, da antracnose, do repilo e do emplomado.

?Embora o número de produtos registrados para a oliveira no Brasil tenha aumentado nos últimos anos, o suporte fitossanitário para a cultura ainda é insuficiente?, comenta Andréia. Nesse sentido, foi identificada a oportunidade para o desenvolvimento de pesquisas utilizando o controle biológico de pragas e doenças na produção integrada da oliveira, possibilitando a produção de azeitonas e azeites com menor uso de agrotóxicos e com abordagens de manejo sustentáveis, de menor impacto ambiental e para a saúde humana.

De acordo com o estudo, os maiores problemas observados quanto à fertilidade do solo dos olivais foram a acidez na camada de 20 a 40 centímetros, mostrando que a calagem não foi eficiente para atingir a camada mais profunda, e os teores de boro abaixo do necessário para a oliveira. ?Portanto, é importante que seja dada atenção especial à correção da acidez do solo em profundidade, principalmente no momento da instalação de novos olivais, pois é o momento em que o preparo do solo é executado?, destaca a bióloga.

Além disso, o manejo do nitrogênio também deve ser realizado de forma que seja evitada possível deficiência nutricional nas plantas, bem como a ocorrência de desenvolvimento vegetativo excessivo, em detrimento da produtividade. ?Por fim, a pesquisa gerou informações importantes que podem auxiliar no direcionamento de políticas públicas e de pesquisas agronômicas para que o cultivo da oliveira seja economicamente viável, fortalecendo cada vez mais a cadeia produtiva da olivicultura no Rio Grande do Sul?, conclui Andréia.

O estudo

A pesquisa foi realizada em parceria com a Emater/RS-Ascar entre 2020 e 2021, com 53 produtores rurais. Os olivais foram selecionados pela instituição, utilizando como critério os municípios com maior área plantada e maior número de produtores de oliveira. O levantamento das informações para a determinação do perfil dos produtores, da caracterização socioeconômica das propriedades, das principais cultivares utilizadas, do sistema de manejo adotado e das principais pragas e doenças observadas nos olivais foi realizado pelos técnicos extensionistas da Emater. Na ocasião das visitas às propriedades, os técnicos também coletaram amostras da parte aérea das plantas com sintomas de pragas e doenças para diagnóstico fitossanitário, e amostras de solo e folhas para análises da fertilidade e nutrição dos olivais.

A maioria dos olivais tem até cinco hectares (51%), sendo, entretanto, importante a quantidade de produtores com olivais maiores que dez hecatres (24%). As cultivares Arbequina, Arbosana, Picual, Manzanilla, de origem espanhola, e a cultivar Koroneiki, de origem grega, e Galega, de origem italiana, apresentam aptidão industrial para a produção de azeite. A Frantoio, a Coratina, a Ascolana, a Grappolo e a Leccino, de origem italiana, são aptas tanto para a produção de azeite, quanto para a produção de azeitonas em conserva.

Em relação às doenças, a antracnose, causada por Colletotrichum spp, foi apontada pelos produtores entrevistados como a principal doença que incide sobre a oliveira, seguida do repilo (olho de pavão). Quanto aos impactos econômicos gerados pela ocorrência de pragas e doenças de maior incidência que afetam a oliveira no Estado, as perdas na produtividade, os prejuízos na qualidade das azeitonas e o aumento dos investimentos em insumos para controle foram os fatores mais apontados pelos produtores. Os ataques por lagartas e formigas e ocorrência da antracnose foram destacados pelos produtores como os principais responsáveis pelas perdas na produtividade e prejuízos na qualidade das azeitonas.

História e dados

No Brasil, a olivicultura foi introduzida pelos portugueses por volta de 1800 e cultivada nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Entretanto, o desenvolvimento da cultura com objetivo comercial, somente voltou a ser impulsionado nos últimos dez anos, incentivado pelo consumo crescente de azeites e azeitonas.

Segundo o Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva), a área plantada no país está em torno de 10 mil hectares. O Rio Grande do Sul atualmente é o estado com maior área plantada, 5.986 hectares, abrangendo 110 municípios, 321 produtores, 17 fábricas de azeites e 70 marcas. Na safra 2021/2022, o Estado produziu 448 mil litros de azeite.

Embora o aumento da produção tenha sido expressivo nos últimos anos, o Brasil ainda é dependente desse produto e, entre os anos de 2019 e 2020, importou 104.179 toneladas de azeite de oliva. A área plantada com oliveira no RS tem crescido a cada ano, tendo aumentado em torno de 58% em relação à 2017, quando à área estimada foi de 3.464,6 hectares. Embora a oliveira tenha se adaptado bem às condições edafoclimáticas do RS, com a expansão da área plantada, cresce também a necessidade de ampliar o conhecimento sobre a cultura, pois ainda não há recomendações técnicas para o desenvolvimento da olivicultura no Estado.


Texto: Darlene Silveira


INFORMAÇÕES PARA IMPRENSA
Assessoria de Comunicação Social
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Fonte: Emater

Terça, 14 de Fevereiro de 2023
Brasil e Croácia discutem relações bilaterais
Brasil e Croácia discutem relações bilaterais Fonte: Agência Brasil

O Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, foi recebido hoje (14), em Zagreb, pelo primeiro-ministro da Croácia, Andrej Plenkovi?. Segundo nota do Itamaraty, no encontro, que durou cerca de 40 minutos, foram abordados entre outros temas, as relações bilaterais, com possibilidades de ampliar os fluxos do comércio.

Os dois trataram do processo de acessão dos dois países à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Tanto o Brasil quanto a Croácia participam no momento do processo para se tornarem membros da organização.

“Andrej Plenkovi?, que é diplomata de carreira, felicitou o ministro Mauro Vieira por sua recente assunção ao cargo. Recebeu, com grande interesse, convite do Ministro das Relações Exteriores para visitar o Brasil proximamente. Reiterou, ainda, condenação aos atos de violência golpista no Brasil”, disse em nota o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Além do encontro com o primeiro-ministro, Vieira também participou de uma reunião de trabalho na Chancelaria croata, onde foi recebido pelo Chanceler Gordan Grli? Radman. Na ocasião, foram assinados acordos bilaterais nas áreas de cultura e educação. O Ministro será recebido amanhã (15) pelo presidente da Croácia, Zoran Milanovi?.

Na semana passada, Vieira esteve nos Estados Unidos, como parte da comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, onde participou do encontro com o presidente norte-americano, Joe Biden, em Washington. A reunião, segundo a presidência, marcou a retomada das relações entre os dois países, que em 2024 vão completar 200 anos de diplomacia.

Fonte: Agência Brasil – Luciano Nascimento

Segunda, 13 de Fevereiro de 2023
Pulses têm importância estratégica na segurança alimentar
Pulses têm importância estratégica na segurança alimentar Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Os alimentos classificados como pulses fazem parte da dieta de boa parte da população brasileira, mundial, e têm uma importância estratégica para a garantia da segurança alimentar.

Pela sua relevância e para ampliar a consciência sobre seus benefícios, a Organização das Nações Unidas (ONU) definiu o dia 10 de fevereiro como o Dia Mundial dos Pulses.

Mas afinal, o que são pulses? O termo se refere às sementes secas de leguminosas como feijão, ervilha, lentilha e grão-de-bico. São ricas em proteínas, fibras, vitaminas e minerais e excelentes fontes de micronutrientes.

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) aponta que, como essas leguminosas podem ser armazenadas por muito tempo, elas podem ajudar a aumentar a diversidade das dietas, especialmente nos países em desenvolvimento.

Diante de uma série de benefícios, a Organização considera os pulses como alimentos de destaque na segurança alimentar mundial e relevantes para o combate à fome no planeta.

No Brasil, diversos tipos de pulses são produzidos durante o ano. O feijão, por exemplo, é cultivado em todas as regiões, tornando o país o terceiro maior produtor mundial.

Os estados do Paraná, Minas Gerais e Bahia concentram 50% da produção nacional de feijão, mas o Distrito Federal tem se destacado nesse cenário. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção total da leguminosa totalizou 39 mil toneladas em 2022. A primeira safra, que é a principal no Distrito Federal, totalizou 27,1 mil toneladas.

Na região de Planaltina (DF), o produtor gaúcho Helio Dal Bello dá sequência a uma tradição da família: produzir feijões e outros grãos. Nascido no Alto Uruguai, no Rio Grande do Sul, Helio aprendeu desde criança como cultivar o feijão.

Antes de vir para o Centro-Oeste, ele e a família plantavam feijão preto no Sul com o auxílio da matraca (equipamento de uso manual), arrancavam com a mão e batiam na “trilhadeira” (máquina de beneficiamento de grãos).

“Na época a gente também plantava milho com distância de um metro de largura entre uma planta e outra para poder plantar o feijão no meio, ou seja, eram duas culturas juntas”, disse.

O produtor contou que assim que surgiu uma oportunidade, ele veio para Planaltina para cultivar feijão irrigado. “Na primeira safra (em outubro) plantamos o “feijão das águas” e colhemos entre janeiro e fevereiro. Já o feijão irrigado plantamos em abril e maio para colher em junho e julho”.

“Quem consome feijão regularmente não terá problemas de desnutrição ou anemia. Eu consumo todos os dias, no almoço e na janta, é maravilhoso”, afirmou o produtor.

O Brasil também produz grão-de-bico, e apesar de ainda depender das importações para suprir o consumo da população, a leguminosa ganha espaço na produção agrícola, principalmente como alternativa de safrinha.

O produtor rural Osmar Artiaga é um dos pioneiros no cultivo de grão-de-bico no país. Engenheiro agrônomo por formação, Osmar se interessou pela cultura após escolher a leguminosa como tema da sua tese de mestrado. E foi no ano de 1995 que decidiu colocar em prática todo o conhecimento na região de Cristalina, em Goiás.

“Cultivo grão-de-bico por paixão. É o melhor alimento que existe e a segunda leguminosa mais consumida no mundo”. Entre idas e vindas, perdas de safra, ganhos de produtividade, desenvolvimento de cultivares e até embarques para o exterior, Artiaga permanece com o cultivo do grão, totalizando uma produção anual de 300 toneladas.

“Estou trabalhando em uma farinha que, se adicionar água e levar ao fogo por 3 minutos, teremos um alimento riquíssimo em proteína e energia”, afirmou.

Assessoria de Comunicação CNA
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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Segunda, 13 de Fevereiro de 2023
Mapa entrega Selo Mais Integridade 2022/2023 para empresas e cooperativas
Mapa entrega Selo Mais Integridade 2022/2023 para empresas e cooperativas Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) entrega, na próxima terça-feira (14), às 10h, o Selo Mais Integridade 2022/2023 para empresas e cooperativas do agronegócio que adotam práticas de integridade com enfoque na responsabilidade social, sustentabilidade ambiental e ética.

A cerimônia ocorrerá no auditório da Apex-Brasil e será transmitida pelo canal do Mapa no Youtube.

Participam da premiação o ministro Carlos Fávaro; o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius de Carvalho e o presidente da Apex-Brasil, Jorge Viana.

Serão premiadas organizações do setor agropecuário, sendo que 11 receberão a premiação pela primeira vez, representada pelo Selo Verde, e 16 alcançaram a renovação do certificado, representada pelo Selo Amarelo.

Durante a cerimônia, também serão entregues duas menções honrosas para as associações que representam as instituições mais premiadas.

Serviço:
Premiação do Selo Mais Integridade 2022/2023
Data: 14 de fevereiro (terça-feira)
Horário: 10h às 12h (horário de Brasília)
Local: Auditório da Apex-Brasil – SAUN Quadra 05, Lote C, Torre B, Centro Empresarial CNC – Asa Norte. Brasília-DF

A cerimônia será transmitida (ao vivo) pelo canal do Mapa no Youtube.

Link de transmissão: youtube.com/minagriculturabrasil

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento