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Quinta, 16 de Março de 2023
Brasil e Alemanha avançam na cooperação técnica para agricultura sustentável
Brasil e Alemanha avançam na cooperação técnica para agricultura sustentável Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Após reunião bilateral entre o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e o ministro Federal da Alimentação e Agricultura da Alemanha, Cem Ozdemir, durante a Semana Verde, realizada em Berlim, eles voltaram a se reunir na sede do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), na tarde desta segunda-feira (13), para avançar no acordo de cooperação técnica a ser firmado entre os países.

Já em fase final, o memorando de intenções que prevê a parceria entre o Brasil e a Alemanha para o desenvolvimento de pesquisas para o desenvolvimento da agricultura sustentável, segurança alimentar e proteção das florestas, incluirá a participação do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e deve ser assinado nos próximos dias.

“O Agro do Brasil representa o tripé da segurança alimentar, climática e energética. Temos a tecnologia do plantio direto, da inoculação biológica da soja, capacidade de dobrar a nossa produção sem derrubar uma árvore sequer e, com nossos biocombustíveis, gerando energia sustentável para isso. Desta forma, com a ciência e a parceria na área de pesquisa, podemos continuar avançando com eficiência”, ressaltou Fávaro.

De acordo com o ministro alemão, existem algumas semelhanças entre os países que levam ao sucesso da parceria. “Se houvesse um projeto conjunto no futebol, que aliasse as potencialidades das nossas seleções, seríamos imbatíveis. Como isso não é possível, podemos unir forças na agricultura”, comparou.

Além do desenvolvimento científico, a assinatura do memorando de intenções deve fortalecer os acordos entre os blocos do Mercosul e da União Europeia diante da atuação conjunta de Brasil e Alemanha.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Quinta, 16 de Março de 2023
AgroBrazil: diplomatas conhecem vinícola em Santa Catarina
AgroBrazil: diplomatas conhecem vinícola em Santa Catarina Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

A comitiva do AgroBrazil, que reúne diplomatas e representantes de seis países, conheceu, na quarta (15), a Vinícola Thera, localizada na cidade de Bom Retiro, região serrana de Santa Catarina.

O local é considerado uma vinícola boutique com produção em torno de 100 mil garrafas por ano da autêntica expressão do terroir da Serra Catarinense e o respeito à variedade da uva. Tem um portfólio que soma 16 vinhos, entre brancos, tintos, rosés e espumantes a partir de variedades como Sauvignon Blanc, Chardonnay, Pinot Noir, Merlot, Cabernet Franc, Syrah, Malbec, Sangiovese e Montepulciano.

Santa Catarina é responsável pela produção de 3,4% da uva de todo o país, com produção anual que gira em torno de 1,74 milhão de toneladas. A vinicultura desponta no estado com a característica marcante dos vinhos de altitude, que, segundo especialistas, incorpora um sabor diferenciado à bebida e um atrativo a mais com potencial para exportação.

A Vinícola Thera faz parte de um complexo enogastronômico denominado Fazenda Bom Retiro, que além da vinícola é composto por uma pousada, um restaurante e um armazém. Segundo os proprietários, todas as ações da empresa são pautadas pelo tripé conceitual unindo vinho, arte e natureza. A propriedade é contornada pelo relevo montanhoso, lagos e riachos e pela exuberância da fauna e flora nativas.

“Temos o prazer em receber a delegação dos representantes de embaixadas. Para nós é uma grande oportunidade de poder apresentar o nosso trabalho, que já está sendo reconhecido internacionalmente pela qualidade dos nossos vinhos”, afirma Thiago de Camargo Penteado Mendes, diretor de Negócios e Marketing da Vinícola Thera.

O presidente do Sindicato Rural de Bom Retiro, Milton Graciano Peron, ressaltou a importância da ação da CNA e da Faesc. “É importante divulgar a produção de uvas de altitude aqui do nosso município. Temos em torno de 170 produtores e 15 proprietários rurais envolvidos com a vitivinicultura na região, com potencial de crescimento, ainda mais com divulgações como esta do AgroBrazil”, afirmou.

O vice-prefeito de Bom Retiro, Luiz Carlos Ferreira, acompanhou a visita do grupo e enfatizou a importância de iniciativas como a do AgroBrazil para divulgar a produção agropecuária da região.

O AgroBrazil é um programa desenvolvido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) com o objetivo de apresentar a realidade da produção agropecuária nacional para representantes de delegações estrangeiras e permitir um contato próximo e direto entre os diplomatas e os produtores rurais brasileiros.

Neste ano, o AgroBrazil é formado por representantes da Bélgica, Moçambique, Nigéria, Paraguai, Uruguai e Reino Unido. A missão passa, de 13 a 17 de março, por cidades de Santa Catarina para conhecer projetos de maricultura, vitinicultura, fruticultura, suinocultura, avicultura, lácteos e grãos.

A gerente de Desenvolvimento de Negócios do Setor de Agritec, Alimentos e Bebidas do Departamento de Negócios e Comércio da Embaixada do Reino Unido no Brasil, Luana Alburqueque, destacou a importância de conhecer de perto as potencialidades do estado de Santa Catarina. “É uma importante iniciativa que é para o comércio bilateral”, disse.

A oitava edição do AgroBrazil segue até sexta (17) e conta a participação do presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo, do presidente da Farsul e vice-presidente de Relações Internacionais da CNA, Gedeão Pereira, da diretora de Relações Internacionais da CNA, Sueme Mori, do coordenador de Inteligência Comercial, Felipe Spaniol, das assessoras Rita Padilla e Elena Castelani, além de representantes de federações e de sindicatos.

 

Bom Retiro - Localizado na região serrana do estado de Santa Catarina, o município de Bom Retiro está entre diversos morros e uma colonização predominantemente europeia. Sua pequena população de cerca de 10 mil habitantes conta com belas paisagens de vales e é lá que fica também o ponto mais alto da serra catarinense.

Grande parte da renda da cidade é proveniente do turismo, devido a suas atrações históricas, religiosas e culturais. Produtores da região, pensando em agregar valor à propriedade e diversificar a renda, investiram no ecoturismo, especialmente nas vinícolas da região.

Assessoria de Comunicação CNA

Fotos: Wenderson Araujo

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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Quinta, 16 de Março de 2023
Bolsa cai para menor nível desde agosto com crise no Credit Suisse
Bolsa cai para menor nível desde agosto com crise no Credit Suisse Fonte: Agência Brasil

A crise no banco europeu Credit Suisse e os reflexos da quebra de dois bancos norte-americanos provocaram turbulências no mercado financeiro. A bolsa de valores caiu hoje (15) para o menor patamar desde agosto.

O índice Ibovespa, da B3, fechou esta quarta-feira aos 102.675 pontos, com queda de 0,25%. O indicador chegou a cair 2,18% por volta das 12h, aproximando-se dos 100 mil pontos, mas reagiu durante a tarde e quase zerou as perdas. Mesmo fechando praticamente estável, o indicador, que acumula cinco perdas consecutivas, está no menor nível desde 1º de agosto.

O dia também foi tenso no mercado de câmbio. O dólar comercial encerrou esta quarta vendido a R$ 5,294, com alta de R$ 0,037 (+0,7%). A cotação disparou até o início da tarde, chegando a R$ 5,32 na máxima do dia, pouco antes das 14h, mas arrefeceu perto do fim das negociações.

A moeda norte-americana está no maior nível desde 5 de janeiro, quando era vendida a R$ 5,35. A divisa acumula alta de 1,32% em março e de 0,27% em 2023. Até esta terça-feira (14), o dólar acumulava queda no ano.

O mercado financeiro teve um dia tenso em todo o planeta, após o banco Credit Suisse anunciar “debilidades significativas” nos balanços e nos controles nos últimos dois anos. A crise na instituição financeira ocorre dias após dois bancos norte-americanos ligados a empresas de tecnologia falirem e terem os depósitos dos clientes garantidos pelo Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano).

Ao longo da tarde, dois fatores arrefeceram a instabilidade no dólar e na bolsa: o anúncio do Banco Central suíço de que pode socorrer a instituição financeira, se necessário, e a confirmação pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de que o novo arcabouço fiscal será anunciado antes da viagem oficial à China, prevista para a última semana deste mês.

A partir de agora, a Agência Brasil dará as matérias sobre o fechamento do mercado financeiro apenas em dias extraordinários. A cotação do dólar e o nível da bolsa de valores não serão mais informados todos os dias.

Fonte: Agência Brasil – Welton Máximo

Quinta, 16 de Março de 2023
Novo Consad e alteração na Diretoria Executiva na administração da Conab
Novo Consad e alteração na Diretoria Executiva na administração da Conab Fonte: CONAB

Nesta segunda foram nomeados, durante a Assembleia Geral Extraordinária, os novos integrantes do Conselho de Administração (Consad) da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A atual formação conta com a participação de Adauto Modesto Junior, Iracema Ferreira de Moura, Marcus Vinicius Boente do Nascimento, Silvio Farnese e Lisandro Maia Ussan, dando sequência às mudanças de gestão da nova administração do governo federal.

Na sequência, o Conselho da Companhia elegeu Silvio Isoppo Porto para assumir a Diretoria de Informações Agropecuárias e Políticas Agrícolas (Dipai). O Consad também indicou Porto para ocupar, interinamente, a presidência da estatal.

Experiência – Agrônomo, Silvio Porto é professor licenciado da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), doutorando em Meio Ambiente e Sociedade pela Universidade Pablo de Olavide (UPO), em Sevilha na Espanha, e mestre em Agroecologia pelas Universidades Internacional da Andaluzia, de Córdoba, e da UPO.

O atual diretor já ocupou o cargo na Companhia entre os anos de 2003 a 2013, participando da criação e implementação do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Em 2001, participou da equipe que contribuiu para a elaboração da proposta do Projeto Fome Zero,  atuou em programas de abastecimento alimentar nos governos municipais de Porto Alegre (1991-1994) e Belo Horizonte (1994-1996), além exercer a presidência das Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul (1999-2002).

Fonte: Conab

Quinta, 16 de Março de 2023
Tião Medeiros é eleito presidente da Comissão de Agricultura na Câmara dos Deputados
Tião Medeiros é eleito presidente da Comissão de Agricultura na Câmara dos Deputados Fonte: Frente Parlamentar Agropecuária

As 30 comissões permanentes da Câmara dos Deputados estão sendo oficialmente instaladas nesta quarta (15) pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), com a eleição dos respectivos presidentes e vice-presidentes. Entre as comissões implantadas, importantes para o agro no país, destaque para Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR), que será presidida pelo membro da FPA, deputado Tião Medeiros (PP-PR).

Eleito com 34 votos, o presidente da CAPADR destacou que pretende definir a pauta da comissão com os demais membros do colegiado, avançando, principalmente, nas propostas que já aguardam análise. “Sei que o produtor faz o seu papel da porteira para dentro e o setor público precisa permitir que ele continue produzindo cada vez mais”, disse Medeiros, ao assumir a presidência.

Perfil
O advogado Tião Medeiros, 40 anos, exerce atualmente o seu primeiro mandato como deputado federal. Antes foi deputado estadual pelo Paraná em duas legislaturas e chefe de gabinete da Casa Civil do governo do Paraná.

O que faz a comissão

A Comissão de Agricultura debate e vota temas relacionados à política agrícola, agricultura, pecuária e à pesca, bem como aqueles relativos às questões fundiárias e de reforma agrária e direito agrário.

Fonte: www.fpagropecuaria.org.br

Quarta, 15 de Março de 2023
Exportações de produtos do agronegócio registram US$ 9,9 bilhões em fevereiro
Exportações de produtos do agronegócio registram US$ 9,9 bilhões em fevereiro Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

O valor exportado pelo agronegócio brasileiro alcançou US$ 9,9 bilhões em fevereiro deste ano. O índice de quantum teve redução de  cerca de 12% e o índice de preço das exportações subiu quase 7%. Os produtos que tiveram destaques no mês foram milho, celulose, farelo e óleo de soja e carne de frango.

No mês analisado, houve recuo nas exportações em função da redução dos volumes exportados de soja em grãos, influenciado pelo atraso na colheita, apesar da produção recorde estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em 151,4 milhões de toneladas para 2022/2023.

Açúcar e trigo também apresentaram queda nas vendas externas. Houve menor disponibilidade interna para exportação, por causa das preocupações com a safra argentina no caso do trigo, e menor moagem de cana-de-açúcar por questões climáticas. 

A carne bovina também teve desempenho desfavorável devido à redução internacional do preço e diminuição do volume exportado. Uma das razões para essa queda no volume é o caso atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (mal da “vaca louca”) comunicado, em 22 de fevereiro, à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Em função desse caso, as exportações para a China foram temporariamente suspensas a partir de 23 de fevereiro. 

No acumulado do ano, as exportações brasileiras do agronegócio alcançaram recorde para o primeiro bimestre: US$ 20,1 bilhões. Destaque para as exportações recordes de farelo e óleo de soja, carnes de frango e suína, milho e celulose. 

Milho

Os embarques brasileiros de milho totalizaram mais de 2 milhões de toneladas, com divisas de US$ 689 milhões. De acordo com a análise da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa), o desempenho favorável do cereal deve-se à baixa oferta internacional e à alta produção nacional do grão para a atual safra.

No  último levantamento da Conab, a estimativa de colheita é de cerca de 125 milhões de toneladas de milho. Desta forma, o Brasil deverá ser o maior exportador mundial de milho na temporada. 

Os principais importadores do grão em fevereiro foram Japão, Coreia do Sul, Colômbia, Argélia e Vietnã.

Celulose

As vendas externas de celulose bateram recorde de valor e volume para os meses de fevereiro, atingindo US$ 766 e 1,6 milhão de toneladas, respectivamente. Os países mais industrializados do mundo são os maiores demandantes da celulose brasileira: China, União Europeia e Estados Unidos.

Farelo e óleo de soja

As vendas externas do farelo de soja, produto do complexo soja, atingiram US$ 710 milhões, devido à elevação do preço médio de exportação, que subiu 23%. Os principais importadores foram Tailândia, Países Baixos, Polônia, França e Indonésia.

Ainda no complexo soja, o óleo de soja teve desempenho recorde em faturamento e no volume para os meses de fevereiro, chegando a US$ 268 milhões, apesar da queda de cerca de 16,8% no preço médio de exportação. Índia e Bangladesh impulsionaram as vendas e importaram 33% (73 mil toneladas) e 25% (57 mil toneladas), respectivamente, de todo o volume exportado.

Carne de frango

Já a carne de frango teve recorde para os meses de fevereiro, com registro de 372 mil toneladas e US$ 726 milhões. Segundo os analistas da SCRI/Mapa, o Brasil por não ter registro de casos de gripe aviária, consegue obter recordes nos embarques desta proteína, diante do cenário mundial. Os principais compradores foram China, Arábia Saudita, Japão e Emirados Árabes Unidos.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Quarta, 15 de Março de 2023
CNA se reúne com empresa de logística do Oriente Médio
CNA se reúne com empresa de logística do Oriente Médio Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promoveu, na segunda (13), uma reunião dos escritórios estaduais do projeto Agro.BR com a World Logistic Passport (WLP), dos Emirados Árabes Unidos.

O encontro faz parte do acordo assinado em setembro do ano passado durante missão em Dubai, entre a entidade e a empresa para beneficiar produtores rurais brasileiros com o acesso facilitado ao fluxo de comércio global.

A representante da WLP no Brasil, Laura Mesquita Barbosa, fez uma apresentação para os consultores do Agro.BR com o objetivo de dar início as propostas que o acordo oferece para fomentar o comércio internacional e torna-lo mais rápido e eficiente. A assessora de Relações Internacionais da CNA, Rosilene Bandera, coordenou o encontro.

A parceria entre a CNA e WLP, empresa público-privada que gerencia o programa de fidelidade logística internacional, vai oferecer vantagens logísticas, como novas rotas comerciais, redução de custos e extensão de prazos para armazenamento de mercadorias às empresas apoiadas pela CNA dentro do Agro.BR.

Com a parceria, a CNA busca mais agilidade na logística de exportação para o Oriente Médio de produtos do Agro.BR , projeto desenvolvido em parceria com a ApexBrasil, para inserir pequenos e médios empresários rurais no comércio internacional.

Assessoria de Comunicação CNA
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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Quarta, 15 de Março de 2023
Secretaria inicia estudo sobre o Balanço de Gases de Efeito Estufa em áreas de soja
Secretaria inicia estudo sobre o Balanço de Gases de Efeito Estufa em áreas de soja Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

POR MARIA ALICE LUSSANI

A coordenação do Comitê Gestor Estadual do Plano ABC+ RS, em parceria com a Emater/RS-Ascar, iniciou nesta semana a coleta de dados do projeto “Balanço de Gases de Efeito Estufa em Áreas de Produção de Soja no Rio Grande do Sul”. O desenvolvimento do projeto vai permitir estimar o balanço líquido de carbono com base em uma metodologia conceituada internacionalmente para quantificar as emissões de gases de efeito estufa (GEEs), conhecida como GHG Protocol.  A coleta dos dados vai até maio, com 216 produtores de soja localizados em 36 municípios de maior representatividade da cultura no estado.

“O desenvolvimento deste projeto é muito importante para o estado, pois vai demonstrar com dados que a produção de soja é de baixa emissão de carbono”, destaca o engenheiro florestal do Departamento de Desenvolvimento e Pesquisa Agropecuária (DDPA) da Seapi e coordenador do Comitê, Jackson Brilhante. Segundo ele, para obter as estimativas do balanço de carbono, vão ser coletadas informações do produtor como, por exemplo, os métodos de preparo de solo, presença de plantas de cobertura, rotação de culturas, uso de bioinsumos, rotação de culturas, consumo de combustível das operações mecanizadas e no transporte da produção. “Assim, conseguiremos estimar o balanço de carbono por tonelada produzida (tonelada de CO2 eq./tonelada de soja)”, diz Brilhante. O estudo também vai avaliar a qualidade do sistema plantio direto no estado.

“Este trabalho realizado em conjunto entre a Secretaria e a Emater irá permitir a quantificação do balanço de carbono nas propriedades com cultivo de soja e dessa forma permitir que ao menos mantenhamos os mercados consumidores”, destaca Elder Dal Prá, coordenador de Defesa Sanitária Vegetal da Emater. Segundo ele, ainda é o início de um trabalho que resultará em outras ações, como a sensibilização dos agricultores e a melhoria dos sistemas de produção.

Segundo a zootecnista do DDPA Carolina Bremm, vice-coordenadora do Comitê Gestor do Plano ABC+, o projeto resultará em uma radiografia das áreas de integração de soja com pecuária de corte e leite. “Nós coletaremos informações sobre o manejo da pastagem, a lotação animal e a estrutura do rebanho, o que possibilitará caracterizar e estimar o balanço de carbono dos sistemas de produção mais representativos do nosso estado”, afirma. 

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

Imagem: Fernando Dias/Seapi

Quarta, 15 de Março de 2023
FPA defende Reforma Tributária sem prejudicar produtor rural e consumidor final
FPA defende Reforma Tributária sem prejudicar produtor rural e consumidor final Fonte: Frente Parlamentar Agropecuária

A importância de preservar o equilíbrio para simplificar o sistema tributário brasileiro, sem prejudicar o setor agropecuário, movimentou o debate entre deputados e senadores, nesta terça-feira (14), durante reunião-almoço da Frente Parlamentar da Agropecuária. O encontro foi marcado pela presença do secretário Extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, e contou com a presença de mais de 60 parlamentares.

O presidente do colegiado, deputado Pedro Lupion (PP-PR), destacou que a Frente, que conta com 348 parlamentares no Congresso Nacional, apoia a Reforma Tributária, mas defendeu que se leve em conta a importância do setor sem prejudicar o produtor rural e o consumidor.

“Hoje com as propostas que temos de oneração de cesta básica, por exemplo, estamos vendo um aumento de custo de produção e também para o consumidor final,” disse o parlamentar. Lupion defendeu o diálogo para alcançar um “denominador comum” em relação à Reforma Tributária.

O deputado afirmou que têm questões dentro da nova reforma, relacionadas a insumo agropecuário e competividade, que são muito graves e bastante preocupantes para o setor. “Isso pode gerar problemas sérios no mercado interno e externo.”

Pedro Lupion ressaltou também que o principal pleito da Bancada dentro da proposta – em debate no grupo de trabalho da reforma tributária na Câmara – é avançar na diferenciação de alíquotas para o setor agropecuário.

“A gente não consegue, hoje, entender que uma alíquota única dentro da cadeia produtiva não seja prejudicial aos produtores rurais brasileiros. Precisamos deixar claro na Constituição a diferenciação das atividades agropecuárias”, ponderou o deputado Pedro Lupion.

O secretário extraordinário da reforma tributária, Bernard Appy, garantiu desoneração da exportação e possibilidade de crédito aos produtores rurais. “Na exportação a desoneração vai ser completa, vai ser maior do que é hoje. O setor agropecuário vai sair melhor da reforma do que está hoje, com certeza absoluta,” disse.

 

FPA no GT da Reforma Tributária


Presidente da FPA, Lupion reforçou que a frente elencou alguns parlamentares ligados a legislação tributária que participarão do GT da Reforma Tributária na Câmara dos Deputados para o setor atingir seus objetivos.

 

Entre eles, Newton Cardoso Jr (MDB-MG) terá a responsabilidade de negociar os pleitos e as demandas da FPA dentro do grupo, que no prazo de 90 dias deve apresentar um relatório para análise no Congresso Nacional.

Newton Cardoso Jr disse que “o desafio dessa Reforma Tributária é a comunicação, é traduzir para ao pequeno produtor que ele será beneficiado. Nesse sentido que o dialogo precisa avançar e a FPA terá papel fundamental nisso.”

Também fazem parte do GT da Reforma Tributária os deputados membros da FPA: Aguinaldo Ribeiro (PP-PB); Glaustin da Fokus (PSC-GO); Sidney Leite (PSD-AM); Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) e Vitor Lippi (PSDB-SP).

 

CPI do MST


Em coletiva de imprensa, o deputado Pedro Lupion ressaltou a articulação da FPA sobre o conjunto de ações para combater as invasões de propriedades rurais no país.

O deputado explicou que foram propostas três Comissões Parlamentares de Inquérito. “Uma pelo deputado tenente coronel Zucco (Republicanos-RS), uma pelo deputado Ricardo Sales (PL-SP) e outra também pelo deputado Kim Kataguiri (UNIÃO-SP)”.

O líder da bancada explicou que tem conversado com os parlamentares para unificar o pedido. “Essa iniciativa é de membros da bancada e nós devemos apoiar.”

Por fim, Lupion disse ser necessário entender o que está motivando essa onda de invasões “sem precedentes na nossa história recente”. O deputado alerta para a importância da situação: “Isso é algo que nos preocupa bastante e está fora de controle, alguém está financiando e tem motivação política”.

Fonte: www.fpagropecuaria.org.br

Quarta, 15 de Março de 2023
Abate de bovinos no Brasil volta a crescer após dois anos de queda
Abate de bovinos no Brasil volta a crescer após dois anos de queda Fonte: Agência Brasil

O abate de bovinos voltou a crescer em 2022 depois de dois anos seguidos de queda. Foram 29,80 milhões de cabeças no ano passado, aumento de 7,5% frente ao ano anterior, ou 2,09 milhões de cabeças a mais. Ao alcançar 56,15 milhões de cabeças, o abate de suínos teve um crescimento de 5,9% em relação ao ano anterior e estabeleceu um recorde na série histórica.

Os dados são da Estatística da Produção Pecuária, divulgada nesta quarta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O analista da pesquisa, Bernardo Viscardi, disse que o aumento de 19,1% no abate de fêmeas foi fundamental para essa retomada do abate de bovinos. “São os ciclos da pecuária. Depois de um período de retenção das vacas para procriação, seguido pela entrada dos bezerros no mercado e sua consequente desvalorização pelo aumento da oferta, as fêmeas começam a ser destinadas ao abate”, explica em texto no site do IBGE.

O estado de Mato Grosso permanece na liderança do ranking nacional no abate de bovinos. A participação do estado no total do país ficou em 15,8%. Na sequência está São Paulo, com 11,5%, e Mato Grosso do Sul, com 11%.

Ovos

A produção de ovos de galinha avançou em 16 dos 26 estados analisados em 2022. Em comparação a 2021, a produção nacional cresceu 1,2%, o que representa um novo recorde em 2022, totalizando 4,06 bilhões de dúzias. O aumento na atividade em relação a 2021 representa 47,71 milhões de dúzias de ovos a mais à disposição do mercado.

De acordo com Bernardo Viscardi, o mercado interno é o grande responsável pelo resultado, uma vez que o Brasil exporta menos de 1% da produção. “O ovo é a proteína mais barata, em termos absolutos, dentre todas as pesquisadas, sendo uma ótima alternativa às carnes bovina, suína e de frango. Os ovos são utilizados tanto para consumo, quanto para incubação. Logo, o crescimento da produção de carne de frango acompanha o aumento da atividade de ovos incubados, férteis”, explicou.

Mesmo com o recuo de 0,1% frente ao ano anterior, a atividade em São Paulo se manteve como a responsável pela maior produção, ficando à frente no ranking anual dos estados em produção de ovos de galinha, com 27,1%. Depois estão o Paraná, com 9,4%, Minas Gerais, com 8,9%, e o Espírito Santo, com 8,4%.

Suínos

De acordo com o IBGE, mais uma vez, os suínos se destacaram. Foram 56,15 milhões de cabeças abatidas em 2022, um aumento de 5,9% ou 3,10 milhões de cabeças a mais, se comparado a 2021.

Para o analista da pesquisa, isso pode ser explicado pelo aumento das exportações e ainda porque é um tipo de carne com custo menor e mais acessível do que a bovina. “A indústria de suínos vem trabalhando com cortes fáceis de preparar, o que naturalmente ajuda a elevar o consumo. Além disso, as exportações aumentaram. Apesar da recuperação do seu plantel após o controle da peste suína africana, alguns dos principais destinos da carne brasileira, como China, Vietnã e Filipinas, mantiveram as importações em patamares elevados”, disse.

A liderança no abate de suínos em 2022 continuou com Santa Catarina, que atingiu 28,5% do abate nacional, seguido por Paraná, com 20,4%, e o Rio Grande do Sul, com 17,3%.

Outro setor que se beneficiou com a alta demanda no mercado interno foi a produção de frangos, proteína a que mais pessoas têm acesso e, em geral, substitui a carne bovina.

Segundo o IBGE, o resultado de estabilidade de 2022 é o segundo melhor da série histórica e ficou atrás somente da quantidade de 2021.

A pesquisa apontou ainda que nas exportações do produto, a gripe aviária, que atingiu em maior grau o hemisfério norte, contribuiu para reforçar a venda de carne de frango do Brasil. De acordo com o IBGE, em consequência, o Brasil se consolidou ainda mais na posição de maior exportador de carne de frango do mundo.

Segundo Bernardo Viscardi, houve problemas nas cadeias de produção de fornecedores tradicionais no mercado internacional tanto nos Estados Unidos como na União Europeia. “A guerra na Ucrânia também impactou, uma vez que o país era um dos maiores fornecedores”, disse.

O Paraná continuou na frente do ranking dos estados em abates de frangos em 2022 e alcançou 33,5% de participação nacional. Depois estão o Rio Grande do Sul (13,4%) e Santa Catarina (13,1%).

Leite

Em movimento contrário, o leite captado em 2022 chegou a 23,85 bilhões de litros. O volume representa uma queda de 5% na comparação a 2021. É também a segunda queda consecutiva após o recorde observado em 2020.

Viscardi disse que o desempenho pode ser explicado pelo fenômeno La Niña, que provocou seca no Sul do Brasil e prejudicou as pastagens, resultando na diminuição da produção de leite. “Os altos custos de produção, que influenciam o preço do leite, envolvendo ração, energia e combustível, associados à baixa demanda do mercado interno, foram outros fatores importantes”, acrescentou.

Mais uma vez, Minas Gerais ficou na liderança no ranking nacional. Dessa vez, com 24,5% de participação, seguido pelo Paraná (14,3%) e Rio Grande do Sul (13,3%).

Couro

A produção em curtumes com, pelo menos, 5 mil unidades inteiras de couro cru bovino por ano, atingiu o total de 30,11 milhões de peças inteiras. É um aumento de 2,4% em relação ao ano anterior.

Segundo o IBGE, o incremento do recebimento de peles bovinas em 13 dos 18 estados que têm curtumes elegíveis pela pesquisa, influenciou o resultado. Com 16,6% de participação, Mato Grosso se manteve na liderança do ranking nacional, seguido por Mato Grosso do Sul, com 13,8%, e São Paulo, com 11,1%.

Último trimestre

Os dados de 2022 foram obtidos após o resultado do 4º trimestre de 2022, quando o abate de bovinos cresceu 7,7%, o de suínos de 3,4% e o de frangos de 2,2%, na comparação a igual período de 2021. Frente ao 3º trimestre de 2022, o abate de bovinos caiu 5,4%, o de suínos recuou 4% e o de frangos subiu 2,2%. Já a aquisição de leite ficou em 6,29 bilhões de litros, o que representa recuo de 3,2% frente ao 4º trimestre de 2021 e alta de 2,5% na comparação com o trimestre imediatamente anterior.

A aquisição de peças de couro pelos curtumes avançou 5,4% em relação ao 4º trimestre de 2021, e retração de 4,6% se comparado ao trimestre anterior. Na soma, foram 7,62 milhões de peças de couro cru.

A produção de ovos de galinha ficou em 1,04 bilhão de dúzias no 4º trimestre de 2022, uma elevação de 3,4% ante o mesmo período de 2021 e de 1% frente ao trimestre anterior.

Fonte: Agência Brasil – Cristina Indio do Brasil