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Terça, 25 de Abril de 2023
Novo sistema de cultivo de erva-mate pode aumentar a produtividade em até 160%
Novo sistema de cultivo de erva-mate pode aumentar a produtividade em até 160% Fonte: EMBRAPA

Um novo sistema de cultivo de erva-mate, denominado Cevad Campo, é capaz de aumentar em até 160% a produtividade em apenas quatro anos após o plantio, em condições de superadensamento formado por mais de 25 mil plantas por hectare. Tradicionalmente, a espécie é cultivada em áreas naturais, em sistemas agroflorestais ou em monocultivos com espaçamentos de plantio em baixa densidade (que variam de 1,9 mil a 2,8 mil plantas por hectare). Outro diferencial do Cevad Campo é que utiliza maior quantidade de nitrogênio no plantio, proporcionando incremento de 86% na produtividade total de folhas e grande quantidade de ramos e folhas jovens, o que impacta no aumento de biomassa e abre novos mercados para a cultura.

O novo sistema é resultado da tese de doutorado defendida pela aluna Mônica Gabira, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), sob orientação do pesquisador Ivar Wendling, da Embrapa Florestas (PR). Segundo o também pesquisador da Unidade José Mauro Moreira, a avaliação econômica realizada sobre o Cevad Campo mostrou que, inicialmente, a implantação exige um investimento maior devido ao grande número de mudas necessárias, mas, após quatro anos, começa a gerar fluxo positivo de caixa e, após oito anos, retorna o capital investido na cultura, além de apresentar um potencial de ganho líquido anual de até oito vezes o retorno do sistema convencional.

O experimento de campo foi implantado em 2018, em General Carneiro, PR, onde foram avaliadas três densidades de plantio: com 9.090, 13.333 e 25 mil plantas por hectare – e cinco doses de adubo – 0%, 50%, 100%, 200% e 300% da dose recomendada de nitrogênio. Os dados foram avaliados em cinco colheitas subsequentes realizadas de maio de 2019 a maio de 2021, com períodos de rotação reduzidos.

O Cevad Campo é uma tecnologia que já está pronta para ser utilizada pelos produtores rurais. Novas pesquisas, em parceria com a UFPR, continuam sendo realizadas para aprimorar o sistema. "Os estudos têm o intuito de melhorar o sistema e avaliá-lo a longo prazo, voltados para o manejo nutricional e ao cultivo, este com foco no adensamento entre as plantas", explica Wendling.

Adubação ajustada

Além de avaliar os efeitos trazidos com o superadensamento de plantio, o estudo avaliou o resultado de cinco doses de nitrogênio e seu impacto na produtividade (produção de biomassa–folhas e galhos finos) e nos compostos bioquímicos das folhas de erva-mate. Quanto à produção de biomassa, os melhores resultados foram obtidos com a aplicação do dobro da dose de nitrogênio normalmente utilizada, o que proporcionou incremento de 86% na produtividade total de folhas, comparado ao plantio com a aplicação da dose convencional da substância. “O nitrogênio é um nutriente fundamental para o crescimento das plantas; portanto sua disponibilidade em quantidades adequadas durante o ciclo de produção possibilita maior produtividade da erva-mate. No entanto, é importante que não haja excessos, pois o fertilizante pode causar toxidez às plantas e contaminação do solo e de recursos hídricos, além do alto custo ao produtor”, explica a autora da tese.

Outro foco do trabalho foi avaliar a influência das densidades de plantio e das doses de nitrogênio nos teores de metilxantinas (cafeína e teobromina) e compostos fenólicos em plantas de erva-mate. “Nós observamos que o adensamento do plantio e as doses de nitrogênio não alteraram os teores de compostos bioquímicos nas plantas. No entanto, por possibilitar colheitas mais frequentes, nesse sistema nós temos maiores proporções de folhas jovens nas colheitas, e essas folhas apresentam maiores teores de compostos bioquímicos, o que é muito interessante para indústrias que buscam compostos específicos que são encontrados na erva-mate”, afirma Gabira.

Novos mercados

“As folhas mais tenras apresentam maiores teores de compostos bioquímicos, interessantes para várias indústrias alimentícias e de cosméticos. Esses resultados podem contribuir para atender a diversos mercados, com o desenvolvimento de novos produtos como chás, bebidas, extratos e outros alimentos com erva-mate”, explica Wendling. Os produtores terão mais uma alternativa para o cultivo de erva-mate, já que poderão aproveitar melhor pequenas áreas, focando no cultivo de maior precisão, que resultará em um produto com maior valor agregado. “E a indústria também será beneficiada, pois terá em mãos uma matéria-prima de alta qualidade, que possibilitará maior eficiência dos processos de extração de compostos de interesse”, acrescenta Gabira.

“Há uma demanda crescente por folhas de erva-mate com maior qualidade que podem, adicionalmente, ser obtidas por meio de programas de melhoramento associados a características silviculturais diferenciadas, por exemplo”, afirma Wendling. “Os resultados divulgados demonstram o potencial da erva-mate para o manejo em povoamentos de alta densidade, com períodos de rotação reduzidos e manejo adequado de nutrientes para a produção de altos volumes de biomassa. Essas informações são importantes para plantios com essa finalidade”, complementa o pesquisador.

Fonte: Embrapa

Foto: Kátia Pichelli

Terça, 25 de Abril de 2023
CNA visita áreas de soja no Paraguai e discute sustentabilidade e inovação com produtores
CNA visita áreas de soja no Paraguai e discute sustentabilidade e inovação com produtores Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

O diretor técnico adjunto da CNA, Maciel Silva, e o presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da entidade, Ricardo Arioli, participaram de reuniões em Ciudad del Este, no Paraguai, na quinta (20) e na sexta (21), para debater novas tecnologias para o manejo integrado de ferrugem asiática da soja com produtores e representantes de entidades do país vizinho.

Na quinta (20), foram feitas visitas a áreas produtoras da região com o intuito de ver in loco as práticas e produtos de manejo que têm resultado em melhor desempenho.

“As discussões foram relevantes para compreender os problemas vivenciados pelos produtores paraguaios com a praga, bem como entender de que forma os produtores brasileiros podem trabalhar na prevenção e manejo da ferrugem e, por consequência, na redução dos eventuais impactos financeiros”, afirmou Maciel Silva.

Na sexta (21), também foram realizados debates com produtores de soja do Paraguai. A principal pauta da reunião discutida pelos representantes dos dois países foi a sustentabilidade praticada na produção de soja.

No encontro, eles compartilharam técnicas similares de manejo da cultura e debateram como os países podem unir esforços na articulação e no debate com países importadores, que têm ampliado a pressão quanto aos parâmetros de produção.

“Como fornecedores de alimentos, precisamos estar alinhados para não aceitar pressões advindas da ponta compradora. Precisamos unir esforços”, afirmou Silva.

Além dos representantes da CNA, o encontro, promovido pela Corteva, contou com a participação de representantes da Fundação Chapadão, Aprosoja Mato Grosso do Sul, Aprosoja Rio Grande do Sul e Aprosoja Brasil. Pelo Paraguai, participaram os dirigentes da Associação de Produtores de Soja (APS).

Assessoria de Comunicação CNA
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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Terça, 25 de Abril de 2023
Técnicos iniciam pesquisa para o 8º levantamento da safra de grãos 2022/2023
Técnicos iniciam pesquisa para o 8º levantamento da safra de grãos 2022/2023 Fonte: CONAB

Começa nesta segunda-feira (24) mais uma pesquisa realizada por técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para atualização dos números da safra brasileira de grãos. Os dados ajudarão a compor o 8º Levantamento da Safra de Grãos 2022/23, a ser divulgado pela estatal no dia 11 de maio.

O trabalho de pesquisa segue até o dia 29 de abril e, na ocasião, os técnicos percorrerão as lavouras nos estados do Tocantins, Alagoas e Pernambuco para verificar em campo as perspectivas de produção, área e produtividade e os possíveis efeitos de eventos climáticos nas culturas. Nos demais estados os mesmos fatores serão verificados na modalidade remota, por meio de contatos telefônicos e envio de informações on-line.

Para os trabalhos de pesquisa que se iniciam nesta segunda os destaques são o acompanhamento da semeadura das culturas de terceira safra e o acompanhamento das culturas de segunda safra.

Informações do 7º Levantamento, divulgado pela Conab no dia 13 de abril, apontam que a produção de grãos no Brasil no ciclo 2022/23 estava estimada em 312,5 milhões de toneladas, o que representa um acréscimo de 40,1 milhões de toneladas quando comparada com a temporada 2021/22 (alta de 15%). O bom desempenho foi explicado não somente pelo aumento de área plantada (cerca de 3,3 %) como também pela melhoria da produtividade de culturas como soja, milho, algodão, girassol, mamona e sorgo.

Fonte: Conab

Terça, 25 de Abril de 2023
Mapa e MMA caminham juntos por um governo transversal e buscam alinhamento para o CAR
Mapa e MMA caminham juntos por um governo transversal e buscam alinhamento para o CAR Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Nessa segunda-feira (24), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, receberam na sede do Mapa os deputados federais Marco Bertaioli e Isnaldo Bulhões, vice-presidente da comissão mista e relator da Medida Provisória (MP 1154/2023), que estabelece a reestruturação e organização administrativa do Poder Executivo, entre outras coisas, na nova gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Fávaro e Marina apresentaram aos parlamentares o entendimento conjunto do Mapa e do MMA sobre o funcionamento do Cadastro Ambiental Rural (CAR). “O que apresentamos foi a garantia de que, independente do ministério ao qual esteja relacionado, o CAR será tratado conforme a lei: nem terá rigor excessivo por parte do Meio Ambiente e nem qualquer tipo de precarização ou flexibilização no Mapa. Vamos cumprir a lei”, ressaltou o ministro Carlos Fávaro.

Ele lembra que o cadastramento já esteve tanto no âmbito do Mapa quanto do MMA e, atualmente, somente 0,72% dos mais de 6 milhões de cadastros estão aprovados. A análise dos dados declarados por meio do CAR é de responsabilidade dos estados. 

“Esta é uma oportunidade de mostrar que há um alinhamento da nossa parte. Esse entendimento é em cima de um consenso”, disse a ministra Marina Silva.

O CAR foi instituído legalmente pelo Código Florestal, em 2014. É um registro público obrigatório para todos os imóveis rurais e deve ser feito, preferencialmente, nos órgãos ambientais municipais ou estaduais. Ele consiste em uma base de dados estratégica para o controle, monitoramento, combate ao desmatamento e planejamento ambiental e econômico.

Eficiência

Além do entendimento conjunto sobre o CAR, os ministros Carlos Fávaro e Marina Silva vão realizar uma análise aprofundada do sistema para que os proprietários rurais consigam a aprovação dos seus cadastros cumprindo a proposta da regularização ambiental.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Segunda, 24 de Abril de 2023
Falta 10% da área para concluir colheita no RS
Falta 10% da área para concluir colheita no RS Fonte: IRGA

Os produtores gaúchos já colheram 752.117 hectares de arroz da safra 2022/2023, conforme levantamento desta semana da Divisão de Assistência Técnica e Extensão Rural (Dater) do Instituto Rio Grandense do Arroz. Isso representa 89,54% da área total semeada no RS de 839.972 ha. Faltam aproximadamente 87,8 mil ha (cerca de 10%) para conclusão dos trabalhos.

A Planície Costeira Externa é a região mais próxima de concluir a colheita, com 95,93%. Até agora, foram colhidos 90.107 ha de 93.927 ha semeados. Outro destaque é a Campanha, com 94,26%: 115.508 ha de 122.548 ha. Logo na sequência vem a Zona Sul, com 92%: 126.582 ha de 137.583 ha.

A Planície Costeira Interna registra nesta semana 88,93%: 109.172 ha de 122.767 ha. A Fronteira Oeste aparece no levantamento com 88,75%: 222.844 ha de 251.096 ha semeados. E a região Central alcançou 78,45%: 87.904 ha colhidos de 112.051 ha.

Fonte: Irga

Segunda, 24 de Abril de 2023
CPI das invasões de propriedades privadas será instalada nas próximas semanas
CPI das invasões de propriedades privadas será instalada nas próximas semanas Fonte: Frente Parlamentar Agropecuária

Dois assuntos de alta preocupação do setor agropecuário e população do campo tiveram atualizações importantes, definidas em reunião da Diretoria da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Ficou decidido que tanto a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das invasões de propriedades privadas quanto o Projeto de Lei 490/2007, conhecido como marco temporal sobre demarcação de terras indígenas, serão tratados nas próximas semanas.

A respeito da CPI, apresentada pelo membro da FPA, Tenente Coronel Zucco (REP-RS), o presidente da FPA, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR) destacou que há parecer jurídico favorável à instalação da Comissão. Segundo o parlamentar, o que está sendo visto é uma onda sem precedentes de vandalismo e de destruição de patrimônio público.

“É um banditismo anunciado e não temos como aceitar algo desse tipo em pleno 2023. Em diversas regiões o que se vê são ações para destruir o campo e o País. Já temos a palavra do presidente Arthur Lira do parecer favorável e, portanto, a CPI deverá acontecer já nas próximas semanas”, afirmou.

Sobre a adoção da data de promulgação da Constituição Federal de 1988 como marco temporal para demarcação de terras indígenas, o líder da bancada destacou que, em virtude do anúncio de retomada do julgamento sobre o tema pelo Supremo Tribunal Federal, a Câmara precisa estar preparada.

“Diante da marcação da data, nós precisamos estar preparados. É uma questão de dar segurança jurídica aos nossos produtores, e por isso, vamos pautar para resolver a questão do marco temporal. Tivemos a apresentação de urgência da matéria feita pela coordenadora jurídica da FPA, deputada Caroline de Toni, que atenta à proximidade da análise no STF, nos auxiliou com essa proposição”.

Além do deputado Pedro Lupion, estiveram presentes na reunião os deputados federais, Sérgio Souza (MDB-PR); Arnaldo Jardim (CD-SP); Tenente Coronel Zucco (REP-RS); Ricardo Salles (PL-SP); Zé Vitor (PL-MG); Alceu Moreira (MDB-RS) e Caroline de Toni (PL-SC).

Fonte: www.fpagropecuaria.org.br

Segunda, 24 de Abril de 2023
Mercado aumenta projeção para crescimento da economia em 2023
Mercado aumenta projeção para crescimento da economia em 2023 Fonte: Agência Brasil

A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira este ano subiu de 0,9% para 0,96%. A estimativa está no boletim Focus de hoje (24), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a projeção para os principais indicadores econômicos.

Para o próximo ano, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) é crescimento de 1,41%. Em 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,7% e 1,8%, respectivamente.

A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, também subiu, de 6,01% para 6,04% neste ano. Para 2024, a estimativa de inflação ficou em 4,18%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 4%, para os dois anos.

A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%. Segundo o BC, a chance de a inflação oficial superar o teto da meta em 2023 é de 83%.

A projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Em março, a inflação desacelerou para todas as faixas de renda. Ainda assim, puxado pelo aumento dos preços dos combustíveis, o IPCA ficou em 0,71%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é inferior à taxa de fevereiro, de 0,84%. Em 12 meses, o indicador acumula 4,65%, abaixo de 5% pela primeira vez em dois anos.

Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa está nesse nível desde agosto do ano passado, e é o maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar.

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2023 em 12,5% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é que a taxa básica caia para 10% ao ano. Já para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 9% ao ano e 8,75% ao ano, respectivamente.

O patamar da Selic é motivo de divergência entre o governo federal e o Banco Central. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

A expectativa para a cotação do dólar está em R$ 5,20 para o fim deste ano. Para o fim de 2024, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5,25.

 

Fonte: Agência Brasil – Andreia Verdélio

Segunda, 24 de Abril de 2023
Governo prorroga obrigatoriedade da Nota Fiscal Eletrônica para o produtor rural
Governo prorroga obrigatoriedade da Nota Fiscal Eletrônica para o produtor rural Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Atendendo a um pedido da CNA, das federações estaduais de agricultura e da Organização das Cooperativas do Brasil ( OCB), o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) prorrogou para o dia 1º de maio de 2024 a obrigatoriedade da emissão da Nota Fiscal Eletrônica por pequenos produtores rurais em todo o país.

A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta (19). O prazo anterior para que produtores com faturamento bruto anual inferior a R$ 200 mil adotassem a Nota Fiscal de Produtor Eletrônica (NFP-e) para comercializar seus produtos era a partir do dia 1º de julho deste ano.

Em audiência pública na Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados, na quarta, o coordenador do Núcleo Econômico da CNA, Renato Conchon, afirmou que os pequenos produtores não estariam preparados para atender o prazo, mesmo diante do aumento do uso de ferramentas tecnológicas.

“Nós reconhecemos o esforço das secretarias estaduais de fazenda e da Receita Federal para melhorar o processo de emissão das notas no país, mas também nos preocupamos com as limitações técnicas por parte desses produtores”, explicou.

Em sua apresentação, Renato informou que no Brasil, apenas 28% dos estabelecimentos rurais possuem acesso à internet e desses, 12,1% receberam assistência técnica ou informações online. “Ainda existe uma falha de conectividade, principalmente nas regiões Norte e Nordeste”.

Segundo Conchon, mesmo com a possibilidade de emissão da nota em modo offline, muitos produtores se deparam com dificuldades operacionais no aplicativo. “A gente precisa saber desses problemas para informar ao Confaz. Essa interação é muito positiva, todo mundo ganha no processo evolutivo das ferramentas digitais”.

Participaram da audiência representantes da Receita Federal, do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e Secretaria da Fazenda de Santa Catarina.

Assessoria de Comunicação CNA
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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Quarta, 19 de Abril de 2023
CNA discute propostas para o Plano Safra
CNA discute propostas para o Plano Safra Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

A Comissão Nacional de Política Agrícola da CNA discutiu, na terça (18), as propostas do Sistema CNA para o Plano Agrícola e Pecuário 2023/2024, além de fontes alternativas de financiamento para o setor.

O presidente da Comissão, José Mário Schreiner, destacou a necessidade de se buscar crédito privado para financiar o agro. Ele comentou que a Confederação está desenvolvendo uma proposta de fundo para atender produtores rurais de todo o País.

“Uma das iniciativas do fundo será financiar produtores assistidos pela Assistência Técnica e Gerencial do Senar”, comentou.

Em relação às propostas para o plano safra, o assessor técnico do Núcleo Econômico da CNA, Guilherme Rios, afirmou que as principais demandas levantadas com as federações foram o aumento de limites por produtor, a redução de taxas de juros e mais recursos para a subvenção ao seguro rural.

A reunião também recebeu o diretor executivo do Contas Abertas, Gil Castello Branco, que abordou as operações de crédito no agro.

Ele apresentou um panorama sobre o orçamento das operações oficiais de crédito (OOC) para 2023, detalhando as subvenções, financiamentos e equalizações de recursos aplicados no agro e destacou que as dotações orçamentárias são insuficientes, principalmente no seguro rural.

Outro item da pauta foi o Sistema de Carta-Consulta Digital do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO). A assessora técnica da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), Luciana Barros, falou sobre o assunto.

A carta-consulta é um formulário eletrônico que deve ser preenchido por quem pretende obter financiamento acima de R$ 500 mil do FCO, trazendo mais transparência e agilidade na obtenção do financiamento.

A CNA e a Sudeco produziram um vídeo para explicar como acessar e preencher a carta-consulta. Assista clicando aqui .

Zoraide Reis, assessora técnica de Relações Institucionais da CNA, apresentou a nova estrutura do governo e as propostas em andamento no Congresso Nacional direcionadas à política agrícola.

O coordenador do Núcleo Econômico da entidade, Renato Conchon, também participou da reunião e falou sobre a reforma tributária e a posição do setor, que é ter uma reforma, desde que não onere os produtores rurais.

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Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Quarta, 19 de Abril de 2023
Mapa, Fazenda, MMA e MDA alinham diretrizes do Plano Safra 2023/2024
Mapa, Fazenda, MMA e MDA alinham diretrizes do Plano Safra 2023/2024 Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Quatro ministros se reuniram nesta terça-feira (18) para debater mecanismos de estímulo à produção sustentável de alimentos dentro do Plano Safra 2023/2024. Participaram do encontro os ministros da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, da Fazenda, Fernando Haddad, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. 

O ministro Fávaro ressaltou que as tecnologias agrícolas de baixa emissão de carbono vão nortear as políticas de crédito rural. “O Plano Safra 2023/2024 terá a agricultura de baixo carbono como linha mestra. Tenho certeza de que faremos o melhor Plano Safra da história do Brasil”, disse Fávaro, que está em missão oficial em Londres e participou da reunião virtualmente. Segundo ele, o governo está totalmente comprometido com a transição sustentável da produção agrícola.

A ideia é que o Plano Safra tenha condicionantes positivas, para que os produtores que aderirem às práticas sustentáveis possam ter melhores condições de financiamento. Segundo Haddad, o Ministério da Fazenda está imerso na agenda de transformação ecológica do país. “Se somarmos esforços, poderemos fazer da agenda ambiental a principal agenda de desenvolvimento do país”, disse.

O secretário-executivo em exercício do Mapa, Luiz Rodrigues, disse que as tecnologias de agricultura de baixo carbono também ajudam a criar resiliência para o produtor rural. “Temos que construir uma agricultura contemporânea, sustentável, com uso de agricultura digital e que também seja resiliente. E esse Plano Safra vai ajudar a aumentar a resiliência da agricultura”.

O Plano Safra 2023/2024 irá aliar o financiamento das tecnologias agrícolas de diversas áreas com a sustentabilidade da produção. O estímulo pode ser desde o acesso às práticas de assistência técnica, até a concessão de bônus. “Estamos definindo quais as formas de conceder esses benefícios”, explicou o secretário de Política Agrícola em exercício do Mapa, Wilson Vaz.

A ministra Marina Silva lembrou que a proposta de agricultura de baixo carbono para o Plano Safra surgiu de uma conversa entre ela e o ministro Fávaro, ainda em janeiro, e afirmou que o Brasil pode ser ao mesmo tempo uma potência agrícola, florestal e hídrica. Segundo ela, o Plano Safra deverá evoluir para que toda a agricultura seja de baixa emissão de carbono. “Podemos chegar a um nível em que os tomadores de recurso poderão receber bônus por esse cumprimento de normas de natureza sustentável para agricultura de baixo carbono”. 

O uso de bioinsumos e o incentivo à agricultura regenerativa devem estar presentes no Plano Safra, destacou o ministro Paulo Teixeira. “A transição para uma agricultura regenerativa é um desafio que não podemos adiar, temos que responder imediatamente”, disse.  

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento