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Terça, 16 de Novembro de 2021
Estudo revela o efeito da pandemia na atmosfera
Estudo revela o efeito da pandemia na atmosfera Fonte: Agrolink

A pandemia COVID-19 e as limitações resultantes de viagens e outros setores econômicos por parte de países ao redor do mundo diminuíram drasticamente a poluição do ar e as emissões de gases de efeito estufa em apenas algumas semanas. Essa mudança repentina deu aos cientistas uma visão sem precedentes dos resultados que levariam anos para serem alcançados pelas regulamentações.

Um novo levantamento abrangente dos efeitos da pandemia na atmosfera, usando dados de satélites da NASA e outras agências espaciais internacionais, revelou algumas descobertas inesperadas. O estudo também oferece ideias sobre como lidar com as ameaças do aquecimento climático e da poluição do ar. “Já ultrapassamos o ponto em que podemos pensar neles como dois problemas separados”, disse Joshua Laughner, principal autor do novo estudo e pós-doutorado na Caltech em Pasadena, Califórnia. “Para entender o que está causando mudanças na atmosfera, devemos considerar como a qualidade do ar e o clima influenciam um ao outro.”

Publicado em 9 de novembro na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, o artigo surgiu a partir de um workshop patrocinado pelo Instituto WM Keck de Estudos Espaciais da Caltech, liderado por cientistas dessa instituição e do Laboratório de Propulsão a Jato no sul da Califórnia, administrado por Caltech. Participantes de cerca de 20 universidades americanas e internacionais, agências federais e estaduais e laboratórios identificaram quatro componentes atmosféricos para um estudo aprofundado: os dois gases de efeito estufa mais importantes, dióxido de carbono e metano; e dois poluentes do ar, óxidos de nitrogênio e partículas microscópicas de nitrato. 

Dióxido de carbono

O resultado mais surpreendente, observaram os autores, é que enquanto as emissões de dióxido de carbono (CO2) caíram 5,4% em 2020, a quantidade de CO2 na atmosfera continuou a crescer aproximadamente na mesma taxa dos anos anteriores. “Durante as interrupções socioeconômicas anteriores, como a escassez de petróleo em 1973, foi possível identificar imediatamente uma mudança na taxa de crescimento de CO2”, disse David Schimel, chefe do grupo de carbono do JPL e co-autor do estudo. “Era um resultado que esperávamos ver desta vez também.”

Usando dados do satélite Orbiting Carbon Observatory-2 da NASA lançado em 2014 e do modelo atmosférico Goddard Earth Observing System da NASA, os pesquisadores identificaram várias razões para esse resultado. Em primeiro lugar, enquanto a queda de 5,4% nas emissões foi significativa, o crescimento nas concentrações atmosféricas estava dentro da faixa normal de variação ano a ano causada por processos naturais. Além disso, o oceano não absorveu tanto CO2 da atmosfera como nos últimos anos - provavelmente em uma resposta inesperadamente rápida à redução da pressão de CO2 no ar na superfície do oceano. 

Poluentes do ar e metano

Os óxidos de nitrogênio (NOx) na presença da luz solar podem reagir com outros compostos atmosféricos para criar ozônio, um perigo para a saúde humana, animal e vegetal. Essa não é de forma alguma a única reação deles, no entanto. “A química do NOx é uma cadeia de fios incrivelmente complicada, em que você puxa uma parte e cinco outras mudam”, disse Laughner.

Conforme relatado anteriormente, as quedas de NOx relacionadas ao COVID levaram rapidamente a uma redução global do ozônio. O novo estudo usou medições de satélite de uma variedade de poluentes para descobrir um efeito menos positivo da limitação de NOx. Esse poluente reage para formar uma molécula de vida curta chamada: radical hidroxila, que desempenha um papel importante na decomposição de gases de vida longa na atmosfera. Ao reduzir as emissões de NOx - tão benéfico quanto para limpar a poluição do ar - a pandemia também limitou a capacidade da atmosfera de se purificar de outro importante gás de efeito estufa: o metano.

Molécula por molécula, o metano é muito mais prejudicial do que o CO2 na captura de calor na atmosfera. As estimativas de quanto as emissões de metano caíram durante a pandemia são incertas porque algumas causas humanas, como a má manutenção da infraestrutura do campo petrolífero, não estão bem documentadas, mas um estudo calculou que a redução foi de 10%.

No entanto, como o CO2, a queda nas emissões não diminuiu a concentração de metano na atmosfera. Em vez disso, o metano cresceu 0,3% no ano passado - uma taxa mais rápida do que em qualquer outro momento na última década. Com menos NOx, havia menos radical hidroxila para remover o metano, então ele permaneceu na atmosfera por mais tempo. 

Lições da pandemia

O estudo deu um passo atrás para perguntar o que a pandemia poderia ensinar sobre como um futuro com menos emissões pode parecer e como o mundo pode chegar lá.

Notavelmente, as emissões voltaram aos níveis quase pré-pandêmicos no final de 2020, apesar da redução da atividade em muitos setores da economia. Os autores argumentam que essa recuperação nas emissões provavelmente foi necessária para que empresas e indivíduos mantivessem até mesmo uma produtividade econômica limitada, usando a infraestrutura de energia mundial que existe hoje. “Isso sugere que reduzir a atividade nesses setores industriais e residenciais não é prático no curto prazo” como forma de reduzir as emissões, observou o estudo. “Reduzir as emissões desses setores de forma permanente exigirá sua transição para uma tecnologia de baixa emissão de carbono.”   

Fonte: Agrolink - Aline Merladete

Imagem:  Marcel Oliveira

Sexta, 29 de Outubro de 2021
Senadores defendem implementação do Plano Nacional de Fertilizantes
Senadores defendem implementação do Plano Nacional de Fertilizantes Fonte: Canal Rural

A ideia é montar um grupo de trabalho com especialistas para contribuir com o governo na implementação do Plano Nacional de Fertilizantes

A necessidade de diminuir a dependência externa de insumos agrícolas e a ampliação da competitividade do agronegócio brasileiro foram defendidas em audiência pública da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), nesta quinta-feira, 28.

Foi a preocupação com a possível falta de insumos para o plantio da safra 2021/2022 que levou o senador Zequinha Marinho (PSC-PA) a apresentar o requerimento para o ciclo de debates.

A ideia, segundo ele, é montar um grupo de trabalho com especialistas para contribuir com o governo federal na implementação do Plano Nacional de Fertilizantes, que está em elaboração. A primeira reunião sobre o tema ocorreu no dia 21 de outubro, e a próxima está prevista para as 11h da próxima quinta-feira, 4 de novembro.

“Da envergadura que é, o Brasil não pode ficar em dependência nessa questão, mas precisa chegar à autossuficiência no tocante a esses insumos. Não só fertilizantes, mas herbicidas necessários aos cuidados com as plantas. O defensivo agrícola precisa estar na pauta, por ser indispensável à sobrevivência da planta”, observou Zequinha.

Esforços

O Brasil é um dos maiores exportadores mundiais de produtos agrícolas. No entanto, precisa importar cerca de 80% dos fertilizantes que usa na produção de grãos, segundo o governo federal. Presidente da CRA, o senador Acir Gurgacz (PDT-RO) disse que a comissão reunirá todos os esforços para ajudar o país a “atravessar o momento delicado da falta de fertilizantes e alcançar a autossuficiência no setor”.

O parlamentar defendeu uma política de Estado que incentive a oferta desses insumos, de modo a alinhá-la ao crescimento da produção de alimentos projetada para o Brasil. Gurgacz disse ainda que consultores do Senado já estão desenvolvendo estudos e sugestões legislativas nesse sentido.

Ao elogiar o debate, o senador Esperidião Amin (PP-SC) declarou que não poderia deixar de assinalar seu reconhecimento a Zequinha Marinho pela iniciativa de estimular o Plano Nacional de Fertilizantes.

“É muito importante para um setor que carrega boa parte dos nossos resultados comerciais positivos, que é o agronegócio. Não ter este plano e ficar à mercê de sanções que impedem a chegada de fertilizantes ao Brasil não resolve. Especialmente porque temos aqui produtos naturais que, devidamente processados, podem nos dar razoável eficiência”, asseverou.

Sugestões

Mapear o território nacional sobre o potencial para os insumos agrícolas e a efetivação do plano de desenvolvimento da produção pelo Executivo foram sugestões do diretor-técnico adjunto da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Reginaldo Minaré. Segundo o debatedor, a maior dificuldade no Brasil é a baixa disponibilidade de fósforo amarelo, o que reduz a oferta dos produtos no mercado, eleva o preço e impacta diretamente a planilha de custos dos agricultores.

Para Reginaldo, o cenário é preocupante e não apresenta um quadro de soluções rápidas. O incentivo à produção nacional, segundo afirmou, não pode estar atrelado à taxação do fertilizante importado, já que isso elevaria o custo do cultivo e até inviabilizaria a agricultura em algumas regiões do país.

“Entendemos que um incentivo à produção de fertilizantes deva ocorrer com redução da carga tributária, tanto na instalação das plantas de produção quanto no comércio delas nos próximos dez anos. O governo não contaria com a arrecadação desses possíveis tributos, porque seria uma atividade nova, mas teria ganho indireto ao viabilizar a produção nacional, mesmo zerando tributos. Isso porque além de todo o dinheiro que o produtor envia para fora do país ao comprar esses fertilizantes passar a ficar no Brasil, haveria geração de empregos, o que significa ganhos indiretos significativos”.

Competitividade

Presidente da CropLife Brasil, Christian Lohbauer disse ser imprescindível o estabelecimento de ações que promovam competitividade. Um trabalho que, na opinião dele, envolve questões tributárias, custo de trabalho, infraestrutura e escala. O debatedor sugeriu discussões, no Parlamento, sobre política industrial e defendeu a votação do Projeto de Lei 6.299/2002. O texto altera a lei que regula a produção e uso de agrotóxicos (Lei 7.802, de 1989) e está sob análise na Câmara dos Deputados.

“O Brasil tem fábricas de defensivos, mas que sofrem muito com a baixa competitividade da nossa economia, em relação a outros países. É um desafio grande, mas vamos ter de enfrentar nos próximos anos, porque a agricultura continua sendo o motor da nossa economia. E, para continuar pujante, ela precisa de insumos”.

Mapeamento

Já o diretor-presidente do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Esteves Pedro Colnago, afirmou que o órgão está colhendo informações e dando atenção especial à exploração de minerais estratégicos como cobre, cobalto, lítio, gratita e nióbio, além dos agrominerais, como fosfato e o potássio. O debatedor ressaltou, no entanto, que há deficiências no avanço de mapas com mais qualidade para apresentar essas ocorrências.

“É preciso criar novas ideias com impactos econômicos, mas estamos desenvolvendo dezenas de pesquisas, juntando os esforços com a academia, para unirmos essa energia e força, com vistas ao conhecimento”.

Proposições

Zequinha Marinho adiantou que vai recorrer novamente aos debatedores nos próximos dias, a fim de receber mais detalhes para os estudos que serão apresentados ao governo. O empenho, conforme reforçou o parlamentar, é para ajudar o Poder Executivo a “tirar do papel” e tornar realidade o Plano Nacional de Fertilizantes.

“Vamos continuar dependendo e precisando de informações como as colhidas na audiência de hoje. A situação não é fácil, nem para um lado nem para outro. Vamos ligar, fazer videoconferência, abordar a todos, obter suas contribuições porque, assim, a gente vai poder, junto à Secretaria de Assuntos Estratégicos, colocar de pé esse trabalho e implementar o plano”,  informou.

Fonte: Canal Rural – Agência Senado

Imagem: Daniel Popov

Sexta, 29 de Outubro de 2021
Exportações menores derrubam soja em Chicago
Exportações menores derrubam soja em Chicago Fonte: Agrolink

O contrato de novembro21 da soja em grão fechou em queda de 0,32% ou 4,25 cents/bushel  a $ 1234,50 na Bolsa de Chicago, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. O contrato de maio22, importante para as exportações brasileiras, fechou também em queda de 0,22% ou 2,75 cents/bushel a $ 1267,75. 

“O contrato de dezembro do farelo de soja fechou em alta de 0,12% ou 0,4/t curta a $ 331,3.  O contrato de dezembro de óleo de soja fechou em nova queda forte de 1,06% ou $ 0,65/libra-peso a $ 60,77.  Dados  semanais  mostraram  que  as vendas  de  soja  para  exportação  foram  de  1,18  MT  durante  a  semana  que terminou em 21/10, abaixo da faixa esperada de 1,25 a 2 MT. O USDA relatou a China como o principal destino da semana com 1.081 MT reservados, embora 449k T tenham sido trocados de  desconhecido e 66k de Hong Kong”, comenta. 

As exportações ficaram novamente acima de 2 milhões de toneladas na semana, em uma alta de 2,406 milhões de toneladas no atual ano comercial. “Isso definiu a remessa total em 8 semanas em 8,24 MT. As remessas perdem o ritmo da última temporada em 41% e a média de 5 anos em 20%”, completa a consultoria. 

“Quanto  aos  produtos,  o  relatório  semanal  do  USDA  mostrou  161.475  toneladas  de  farelo  de  soja  vendidas,  33% menor na semana e metade da mesma semana do ano passado. O mercado estava procurando pelo menos 150 mil toneladas métricas a mais, até 375 mil toneladas. As Filipinas e o Canadá foram os principais compradores. Para as encomendas de exportação de óleo de soja, a Coreia do Sul foi o maior comprador, com 9.000 t encomendadas do total de 14.623. As reservas de óleo de soja estavam perto do topo da faixa esperada e a maior venda semanal desde abril”, conclui. 

Fonte: Agrolink - Leonardo Gottems

Imagem: Nadia Borges

Sexta, 29 de Outubro de 2021
Boi gordo: poucos negócios
Boi gordo: poucos negócios Fonte: Agrolink

Com consumo interno morno e sem novidades do nosso maior comprador no mercado externo, a China, a pressão de baixa continua. Destaque para a novilha gorda, cuja cotação caiu R$7,00/@ na comparação feita dia a dia, em função da esfriada na demanda por esta categoria pelos frigoríficos exportadores. Com isso, a referência para a categoria ficou em R$262,00/@, preço bruto e a prazo.

A cotação do boi gordo caiu R$1,00/@ e R$3,00/@ para a vaca gorda na mesma comparação. Na região de Três Lagoas-MS, as cotações recuaram R$3,00/@ para as três categorias destinadas ao abate na comparação feita dia a dia. Com isso, o boi gordo foi negociado em R$262,00/@, a vaca gorda em R$252,00/@ e a novilha gorda em R$258,00/@, preços brutos e a prazo.

Fonte: Agrolink – Scot Consultoria

Imagem: Marcel de Oliveira

Sexta, 29 de Outubro de 2021
Terceira fase do open banking entra em vigor hoje
Terceira fase do open banking entra em vigor hoje Fonte: Agência Brasil

Após ter sido adiada em dois meses, a terceira fase do open banking entra em vigor hoje (29). Nesta etapa, as instituições financeiras poderão compartilhar informações sobre serviços de transferência via Pix, sistema de pagamento instantâneo em vigor desde o fim do ano passado.

Inicialmente, a terceira fase estava prevista para entrar em vigor em 30 de agosto. No entanto, o atraso na adoção da segunda fase fez os bancos e as fintechs (startups do sistema financeiro) pedir o adiamento da etapa seguinte. As instituições financeiras alegaram pouco tempo para atualizar os sistemas.

À época, o BC tinha informado que o prazo de testes para certificar as instituições que operam o Pix a trocarem informações tinha ficado curto. “O pedido feito ao Banco Central decorreu da necessidade de ajustes nas especificações técnicas, que comprometeram o prazo de realização de testes para a certificação das instituições”, destacou o comunicado no fim de agosto.

O BC reforçou o compromisso com a implementação do open banking. “O Banco Central reforça o seu compromisso para que o open banking alcance os seus objetivos, de forma segura e efetiva para os clientes das instituições participantes, permanecendo vigilante no processo de sua implementação”, acrescentou.

Em vigor desde 1º de fevereiro, a primeira etapa do open banking permite o compartilhamento de informações sobre produtos, serviços, canais de atendimento e localização de agências. Com base nos dados, os bancos podem fazer comparações por meio de sistemas de interface de programação de aplicações (API na sigla em inglês).

A segunda fase do open banking, que envolve o compartilhamento de cadastros e de transações entre as instituições financeiras, havia sido adiada de 15 de julho para 13 de agosto. As instituições financeiras alegaram que o intervalo entre a segunda e a terceira fase tinha sido comprimido para implementar as novidades.

A quarta etapa, que prevê a troca de informações sobre serviços de câmbio, de investimentos, de previdência e de seguros, está mantida para 15 de dezembro. As demais serão implementadas no primeiro semestre de 2022.

Confira o cronograma de implementação do open banking

1º de fevereiro de 2021

Primeira fase, com instituições financeiras compartilhando, sob supervisão do Banco Central, produtos, serviços, taxas disponíveis, horários e canais de atendimento

13 de agosto de 2021

Início da fase 2, com a troca de dados de cadastros e de transações entre as instituições, como produtos e serviços associados às contas dos clientes

29 de outubro de 2021

Início da fase 3, com o compartilhamento de serviços de transferências pelo Pix

15 de dezembro de 2021

Início da fase 4, com a troca de informações entre as instituições sobre os demais produtos financeiros, como câmbio, investimentos, previdência e seguros

15 de fevereiro de 2022

Compartilhamento de serviços de transferências entre contas do mesmo banco e TED

30 de março de 2022

Compartilhamento do envio de propostas de operações de crédito a clientes que aderirem ao open banking

31 de maio de 2022

Compartilhamento de dados de clientes sobre demais operações financeiras, como câmbio, investimentos, previdência e seguros

30 de junho de 2022

Compartilhamento de serviços de pagamento por boleto

30 de setembro de 2022

Compartilhamento de serviços de débito em conta

 

Fonte: Agência Brasil – Weltton Máximo

Imagem: Marcello Casal Jr.

Sexta, 29 de Outubro de 2021
Dólar fecha em alta de 1,27%, a R$5,6260 na venda
Dólar fecha em alta de 1,27%, a R$5,6260 na venda Fonte: Noticias Agrícolas

SÃO PAULO (Reuters) -O dólar registrou ganhos expressivos em relação ao real nesta quinta-feira pós-reunião de política monetária do Banco Central, com a alta adotada na véspera para a taxa Selic sendo vista por parte dos mercados como insuficiente diante dos persistentes riscos fiscais e inflacionários do Brasil.

A moeda norte-americana à vista saltou 1,27%, a 5,6260 reais na venda, sua maior desvalorização diária desde quinta-feira da semana passada, quando os ativos brasileiros foram golpeados pelo pânico de rompimento do teto de gastos. Na B3, o dólar futuro tinha alta de 1,57%, a 5,6265 reais.

Na quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC subiu os juros básicos para 7,75% ao ano, ante 6,25%.

Embora a alta de 1,5 ponto percentual tenha sido a mais acentuada desde 2002, alguns participantes do mercado esperavam maior agressividade no ritmo de aperto monetário, principalmente diante de ameaças concretas ao teto de gastos em meio à pressão do governo por um Auxílio Brasil de 400 reais e a surpresas para cima em indicadores recentes de inflação.

"O momento, a dimensão da pressão inflacionária presente, justificaria uma elevação da ordem de 2 a 2,5" pontos percentuais na taxa Selic, opinou em nota Sidnei Nehme, economista e diretor executivo da NGO Corretora, comparando a decisão da véspera do Copom a "enxugar gelo".

Investidores mostraram preocupação nesta quinta-feira com a possibilidade de o governo não conseguir aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios --que abriria espaço para gasto extra com o Auxílio Brasil-- e recorrer a medidas que abalariam ainda mais a credibilidade fiscal do país para bancar o benefício.

A votação da PEC, prevista para esta quinta-feira, foi adiada mais uma vez e ficará para a semana que vem, segundo o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). O relator da proposta, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que a proposta não está "enterrada" e que líderes da base trabalham para mobilizar suas bancadas para votá-la na próxima quarta-feira.

Às vésperas do último pregão de outubro, alguns participantes do mercado alertavam para a perspectiva de forte volatilidade no câmbio na sexta-feira, antes do fechamento da Ptax de fim de mês. Esta é uma taxa de câmbio calculada pelo Banco Central que serve de referência para liquidação de derivativos. No fim de cada mês, agentes financeiros costumam tentar direcioná-la para níveis mais convenientes a suas posições.

O dólar à vista acumula agora alta de 8,37% contra o real em 2021.

Fonte: Noticias Agrícolas – Luana Maria Benedito/Reuters

Sexta, 29 de Outubro de 2021
China encerra semana fazendo compras - ainda tímidas - de soja nos EUA e no Brasil
China encerra semana fazendo compras - ainda tímidas - de soja nos EUA e no Brasil Fonte: Noticias Agrícolas

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou novas vendas de soja e milho nesta sexta-feira (29). Este é o segundo anúncio da semana. 
Do total, foram vendidas 132 mil toneladas de soja destinos não revelados, que o mercado especula ser a China. De milho, foram 279,415 mil toneladas e do volume foi destinado ao México. 

As vendas feitas no mesmo destino, no mesmo dia e com volumes iguais ou superiores a 100 mil toneladas devem sempre ser informadas ao departamento norte-americano. 

A Agrinvest Commmodities têm reportado e alertado sobre o ritmo mais lento em que as compras chinesas têm acontecido nesta temporada. "Nos EUA, a China tem em seu nome 18,7 milhões de toneladas, contra mais de 29 milhões de toneladas na mesma época do ano passado", explicam os analistas da consultoria. 

E embora mais lentas nos EUA, a nação asiática tem feito parte de suas compras no Brasil, principalmente para embarques já em novembro. Para 2022, os embarques estão previstos ainda para fevereiro e março. Já nos EUA, a China tem comprado para embarcar em dezembro no Golfo e nos portos do Pacífico (PNW) para janeiro, fevereiro e março, ainda como explica a Agrinvest Commodities. 

Nas últimas semanas, as margens de esmagamento na China têm apresentado boa melhora, estimulando essas compras do produto brasileiro agora, mesmo que um pouco menos competitivo em relação ao norte-americano. Todavia, o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest, chama a atenção para volumes que ainda são limitados.

Ainda assim, esse movimento dos chineses têm dados espaço para a manutenção de preços ainda elevados para os prêmios sobre o restante da soja 2020/21 do Brasil. Dados da Brandalizze Consulting mostram que para os meses de outubro a dezembro/21, os valores pedidos pelos vendedores entre os prêmios têm variado de 220 a 230 cents de dólar sobre as cotações praticadas em Chicago, o que aproxima a oleaginosa nacional dos US$ 15,00 por bushel. Do lado dos vendedores, por outro lado, a oferta dos prêmios varia de 130 a 170 cents. 

Assim, os indicativos nos portos brasileiros continuam superando os R$ 170,00 por saca, uma vez que não só a demanda externa estimula as cotações, como também a doméstica, com as "indústrias correndo atrás de soja para trabalhar estas próximas semanas e o início de janeiro", explicou Vlamir Brandalizze. 

Fonte: Noticias Agrícolas - Carla Mendes

Sexta, 29 de Outubro de 2021
Preços do milho caíram em outubro no Brasil com melhora na oferta
Preços do milho caíram em outubro no Brasil com melhora na oferta Fonte: Safras & Mercado

     Porto Alegre, 29 de outubro de 2021 – O mercado brasileiro de milho teve um mês de outubro de preços mais baixos. As cotações caíram diante da melhora na oferta, com os compradores mostrando um melhor posicionamento em seu abastecimento e estando mais retraídos. Assim, o mês foi de lentidão nos negócios e de graduais declínios nos preços.

     Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, o mercado interno brasileiro segue ignorando qualquer variável adicional problemática que possa surgir mais à frente na oferta, bem como o que já ocorreu com o mercado nacional em 2021. “Após um ano de preços recordes internos, o mercado parece agora somente pensar em reacomodação de preços e custos e levar o ambiente de preços para a paridade de exportação ou abaixo dela, mesmo que isto implique em novas consequências de curto prazo” diz.

     Por um lado, comenta Molinari, uma parte do mercado consumidor voltou às compras, juntamente com os exportadores. Por outro, parece que os produtores preferem deixar mais soja nos armazéns do que milho e continuam vendendo milho e aceitando preços semanalmente mais baixos. “O risco está em novo ajuste de oferta e demanda a partir de uma exportação saltando rapidamente para novembro a janeiro. A safra de verão até o momento vai bem, mas como ter alguma segurança de produção em ano de La Nina?”, adverte. “A safrinha 2022 desenha um plantio em boa janela, o que traz uma certa segurança antecipada. Ao que tudo indica, as exportações voltam a comandar o mercado interno”, avalia.

     O mercado brasileiro tem baixas antecipadas por ação de venda pelos produtores, indica Molinari. Houve poucas vendas em julho e agosto em meio às definições da safrinha e, agora, com as chuvas chegando às regiões produtoras brasileiras, os produtores parecem mais propensos a vender a parcela de estoques de segurança. “Além disso, os custos para a safrinha 2022 subiram acentuadamente, principalmente pelo segmento de fertilizantes. Um gasto adicional que exige mais fixação de milho para a compra de insumos. Como os produtores parecem dispostos a não vender tanta soja dos seus estoques ainda, acabam pressionando a venda de milho”, pondera o consultor. “Desta forma, não podemos dizer que são os consumidores que estão baixando preços do milho neste momento, mas a constante intenção de venda e aceitando preços mais baixos acelera esta curva em mais uma semana de baixas regionais”, afirma.

     No mercado disponível ao produtor, o preço do milho em Campinas/CIF caiu na base de venda em outubro, até esta quinta-feira (28), de R$ 94,50 a saca para R$ 87,50, baixa de 7,4%. Na região Mogiana paulista, o cereal caiu no comparativo de R$ 93,00 para R$ 84,00 a saca, queda de 9,7%.

     Em Cascavel, no Paraná, no comparativo mensal de outubro, o preço caiu de R$ 94,00 para R$ 89,00 a saca, declínio de 5,3%. Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação passou de R$ 80,00 para R$ 78,00 a saca no balanço do mês, uma baixa de 2,5%. Já em Erechim, Rio Grande do Sul, houve baixa de 4,2%, com o preço passando de R$ 96,00 para R$ 92,00.

     Em Uberlândia, Minas Gerais, as cotações do milho caíram no mês de R$ 92,00 para R$ 8700 a saca na base de venda, recuo de 5,4%. Em Rio Verde, Goiás, o mercado baixou de R$ 85,00 para R$ 83,00 a saca, queda de 2,3%.

Fonte: Safras & Mercado - Fabio Rubenich/ Lessandro Carvalho

Sexta, 29 de Outubro de 2021
Sistema CNA/Senar lança o podcast "Ouça o Agro - Gestão e Mercado"
Sistema CNA/Senar lança o podcast Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

O Sistema CNA/Senar lançou, na sexta (29), o podcast “Ouça o Agro – Gestão e Mercado”, uma nova ferramenta de comunicação para discutir temas do setor agropecuário. Voltado ao produtor rural, o programa vai abordar assuntos de mercado e de gestão de custos e preços em negócios rurais.

O tema do primeiro episódio será “Panorama dos Custos de Produção da Agropecuária em 2021 e Perspectivas” e contará com as participações da coordenadora do Núcleo de Inteligência de Mercado da CNA, Natália Fernandes, e do diretor técnico da CNA, Bruno Lucchi. Na pauta do bate-papo estão assuntos como custos com insumos, setor de carnes e perspectivas.

“Esse será mais um espaço para compartilharmos informações que auxiliem os produtores nas tomadas de decisão. Queremos que os produtores e profissionais do setor se mantenham informados sobre o mercado agropecuário. Sabemos que o pessoal do setor vive em trânsito ou na fazenda e o legal é que poderão ouvir o podcast de qualquer lugar, a qualquer momento”, afirmou Natália.

Um dos destaques do programa será o levantamento de custos de produção das atividades agropecuárias realizado pelo Projeto Campo Futuro em diversas regiões do Brasil. A iniciativa gera informações relevantes e auxilia os produtores na gestão de custos e nas tomadas de decisão.

Outro assunto que será discutido pelos participantes é o mercado pecuário. Bruno Lucchi vai analisar os resultados da atividade pecuária em 2021 e comentar sobre importância das ferramentas de gestão de risco de preços.

Um novo episódio do podcast Ouça o Agro - Gestão e Mercado será lançado quinzenalmente. Os arquivos poderão ser baixados pelo site ou escutados no perfil do Sistema CNA/Senar no Spotify.

Fonte: CNA - Confederação da Agricultura

Sexta, 29 de Outubro de 2021
Caminhoneiros reafirmam paralisação em encontro com deputados
Caminhoneiros reafirmam paralisação em encontro com deputados Fonte: Canal Rural

Em uma reunião realizada nesta quinta-feira, 28, na Câmara dos Deputados e por videoconferência, representantes de caminhoneiros reiteraram aos parlamentares que a greve marcada para a próxima segunda-feira, 1º, está mantida.

“Apresentamos a agenda, questionamos a política de preços dos combustíveis da petrobras, pedimos apoio aos deputados nas pautas e reforçamos a greve para o dia 1º. o recado foi dado”, relatou o presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), Plínio Dias.

Transportadores rodoviários autônomos e celetistas afirmam que vão paralisar as atividades em 1º de novembro caso o governo não atenda às reivindicações da categoria.

No encontro, caminhoneiros apresentaram suas demandas principalmente de cumprimento do piso mínimo do frete rodoviário, aposentadoria especial a partir de 25 anos e fim da política de preço da paridade de importação da Petrobras para combustíveis. A reunião foi organizada pela Frente Parlamentar Mista dos Caminhoneiros Autônomos e Celetistas.

Segundo o presidente da frente, deputado federal Nereu Crispim (PSL-RS), mais de 80 lideranças de caminhoneiros de vários estados do país e quatro deputados participaram da reunião. integrantes do executivo foram convidados mas não estiveram presentes, conforme o deputado.

“A manifestação da maioria foi de que ainda dá tempo do governo tentar estabelecer uma conversa, mas sem discursos que afrontem à categoria”, disse Crispim. Na reunião, o deputado pediu mais diálogo e entendimento do governo em relação às demandas da categoria.

Apoio

O Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do Ribeira (Sindicam) informou que vai aderir à paralisação. A participação já havia sido indicada pelo presidente do Sindicam, Luciano Santos, em 16 de outubro, quando a categoria anunciou estado de greve.

“Vamos defender nossos direitos. A categoria não aguenta mais. O que teve importância para essa resposta da categoria foi a fala do ministro Tarcísio (de Freitas da Infraestrutura), que deixou bem claro que não é a favor da categoria dos autônomos”, afirmou Santos, se referindo a pronunciamento recente do ministro de que seu papel é o barateamento do frete.

Assim, os caminhoneiros que atuam na região se juntarão ao movimento dos transportadores rodoviários autônomos e celetistas que prometem parar o país no dia 1º, caso o governo não atenda às reivindicações da categoria.

Os principais pedidos dos caminhoneiros são cumprimento do piso mínimo do frete rodoviário, aposentadoria especial a partir de 25 anos e fim da política de preço de paridade de importação da Petrobras para combustíveis.

Fonte: Canal Rural – Estadão Conteúdo

Imagem: Marcelo Pinto/Aplateia