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Quarta, 15 de Dezembro de 2021
China libera entrada de carne bovina do Brasil
China libera entrada de carne bovina do Brasil Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) recebeu, nesta quarta-feira (15), a informação sobre a liberação das exportações de carne bovina para a China. Com isso, a certificação e o embarque da proteína animal para a China serão normalizados e podem ser retomados a partir de hoje. 

“Retomamos o fluxo normal de exportações para a China. Tivemos uma negociação bastante técnica com uma série de trocas de informações e reuniões com a equipe da autoridade sanitária chinesa. Nós já tínhamos concluído o envio das últimas informações pelo nosso canal via embaixada em Pequim há cerca de um mês, então já esperávamos que houvesse uma solução desta solução. Desta forma, o país asiático passa a aceitar novamente os lotes de carnes brasileiras certificadas a partir desta quarta-feira. É uma boa notícia para o setor, já que se trata do principal destino de importação de carne bovina brasileira”, explicou o secretário Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, José Guilherme Leal.

Os embarques para o país asiático estavam suspensos desde o dia 4 de setembro, quando o Brasil identificou e comunicou dois casos atípicos da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), registrados em Nova Canaã do Norte (MT) e em Belo Horizonte (MG).

A suspensão foi feita pelo Brasil em respeito ao protocolo firmado entre os dois países, que determina esse curso de ação no caso de EEB, mesmo que de forma atípica. O que significa que esses animais desenvolveram a doença de maneira espontânea e esporádica, não estando relacionada à ingestão de alimentos contaminados e que não há transmissão da doença entre os animais.

A OIE, que é a organização internacional que acompanha a saúde animal, analisou as informações prestadas em decorrência dos dois casos de EEB atípica e reafirmou o status brasileiro de “risco insignificante” para a enfermidade.

Segundo o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Orlando Leite Ribeiro, o Brasil forneceu todas as informações solicitadas pelas autoridades chinesas. “Eles ficaram satisfeitos com o nível de informações fornecidas pelo Mapa. Nossa equipe aqui teve contato com as autoridades chinesas quase que diariamente. Quando as informações técnicas satisfizeram as autoridades chinesas, eles reabriram o mercado”, explicou. 

Em novembro, a China já havia liberado alguns lotes de carne bovina brasileira que receberam a certificação sanitária nacional até o dia 3 de setembro de 2021. 

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Quarta, 15 de Dezembro de 2021
Senado aprova MP do Milho
Senado aprova MP do Milho Fonte: Agência Brasil

O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (14), em votação simbólica, o Projeto de Lei de Conversão (PLV) 28/2021 que altera a MP do Milho (MP 1.064/2021). O texto altera o Programa de Venda em Balcão (ProVB), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), para concentrar sua atuação na venda de milho do estoque público a pequenos criadores de animais. O PLV segue para sanção.

Antes da MP, o ProVB podia fazer operações em todo o país com arroz, trigo, castanha de caju, feijão, farinha de mandioca e de trigo, leite em pó, sorgo, açúcar e castanha-do-brasil, mas passou a concentrar a atuação na venda de milho, que teve sua produção afetada nos anos de 2020 e 2021, com queda de 25.7% na produtividade.

Pelo PLV, estão aptos a comprar milho pelo ProVB pequenos criadores de animais, incluídos os aquicultores, que possuam ativa sua declaração de aptidão junto ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com cadastro e regularidade na Conab. Caso não tenha a declaração de aptidão ativa, o produtor poderá comprar o insumo caso se enquadro em critérios de renda bruta anual no âmbito do Pronaf ou explore imóvel rural com área de até dez módulos fiscais.

Nas regiões Norte e Nordeste, segundo o texto aprovado, criadores de animais também poderão ter acesso ao estoque público de farelo de soja e de caroço de algodão, seguindo as mesmas regras aplicadas ao milho.

Cada CPF poderá comprar 27 toneladas mensais e o pagamento referente à venda do milho será feito até a data de liberação do produto. Caberá à Conab dimensionar a demanda de milho pelo ProVB, propondo sua quantidade e os valores necessários para a compra e remoção do estoque do local de venda para o local de consumo pelo pequeno produtor.

Fonte: Agência Brasil

Imagem: CNA – Wenderson Araujo

Quarta, 15 de Dezembro de 2021
Atividade econômica cai 0,40% em outubro, diz Banco Central
Atividade econômica cai 0,40% em outubro, diz Banco Central Fonte: Agência Brasil

A atividade econômica brasileira teve variação negativa em outubro deste ano, de acordo com dados divulgados hoje (15) pelo Banco Central (BC). O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apresentou queda de 0,40% em outubro de 2021 em relação ao mês anterior, considerando os dados dessazonalizados (ajustados para o período). O índice chegou a 136,87 pontos.

Na comparação com outubro de 2020, houve redução de 1,48% (sem ajuste para o período, já que a comparação é entre meses iguais). No trimestre encerrado em outubro, comparado com os três meses anteriores, a queda foi de 0,94%. Na comparação com o período de agosto a outubro do ano passado, IBC-Br teve crescimento de 1,06%.

No acumulado do ano, foi registrada alta de 4,99%. E em 12 meses encerrados em outubro, o indicador também ficou positivo, em 4,19%.

O índice é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, definida atualmente em 9,25% ao ano. O IBC-Br incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: a indústria, o comércio e os serviços e a agropecuária, além do volume de impostos.

Entretanto, o indicador de atividade oficial é o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No terceiro trimestre deste ano, o PIB recuou 0,1%. Na comparação com o terceiro trimestre de 2020, o indicador registrou uma alta de 4% e, em 12 meses, acumulou alta de 3,9%.

A última estimativa do Ministério da Economia para o PIB, divulgada no mês passado, é de crescimento de 5,1% em 2021. Já a projeção do mercado financeiro para o crescimento da economia deste ano está em 4,65%.

Em 2020, em meio à pandemia de covid-19, o PIB do Brasil caiu 4,1%, totalizando R$ 7,4 trilhões. Foi a maior queda anual da série do IBGE, iniciada em 1996 e que interrompeu o crescimento de três anos seguidos, de 2017 a 2019, quando o indicador acumulou alta de 4,6%.

Fonte: Agência Brasil – Andreia Verdéllio

Imagem: Marcello Casal Jr.

Terça, 14 de Dezembro de 2021
Valor da produção agropecuária de 2021 está estimado em R$ 1,113 trilhão
Valor da produção agropecuária de 2021 está estimado em R$ 1,113 trilhão Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

O valor bruto da produção agropecuária (VBP) de 2021 está estimado em R$ 1,113 trilhão. Esse é praticamente um valor definitivo, pois há estabilidade dos preços e a safra deste ano está praticamente finalizada, com exceção para algumas lavouras de inverno. 

O VBP de 2021 vem sendo impulsionado principalmente por lavouras, que cresceram 12,3%, e pela pecuária, com crescimento de 5,4%. Entre as lavouras, os destaques são soja, milho, cana-de-açúcar e café. Na pecuária, o melhor resultado é observado em carne bovina e carne de frango.

Entre os produtos com maior contribuição ao VBP neste ano estão: soja (R$ 361,4 bilhões), milho (R$ 124,8 bilhões), cana-de-açúcar (R$ 85,4 bilhões), café (R$ 40,1 bilhões), algodão (R$ 26,9 bilhões). Estes cinco produtos representam 57,3% do VBP de 2021.

Os produtos com contribuição negativa ao VBVP são o amendoim (-9,4%), banana (-11,6%), batata inglesa (-12,4%), feijão (-14,6%) e laranja (-17,7%). Na pecuária, suínos e ovos apresentaram contribuição negativa devido a menores preços do que em 2020. 

VBP para 2022

Com os prognósticos do tempo para 2022 indicando chuvas em momento adequado com bom desenvolvimento das lavouras, o valor estimado para o VBP em 2022 é de R$ 1,164 trilhão. Esse valor é 4,5% acima do obtido em 2021. 

A soja tem faturamento previsto de R$ 356,6 bilhões e o milho, R$ 148,5 bilhões em 2022. Esses produtos lideram o VBP do próximo ano. 

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Terça, 14 de Dezembro de 2021
Colheita do trigo está praticamente encerrada no Rio Grande do Sul
Colheita do trigo está praticamente encerrada no Rio Grande do Sul Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural

POR TALINE SCHNEIDER/EMATER-RS

A colheita do trigo está tecnicamente encerrada no Rio Grande do Sul. O balanço da safra é positivo no Estado, diante da boa produtividade, da qualidade do produto e da boa remuneração. De acordo com o Informativo Conjuntural, produzido e publicado nesta quinta-feira (09/12) pela Gerência de Planejamento (GPL) da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), nas regiões de de Santa Maria, Soledade, Pelotas, Bagé e Caxias do Sul, a colheita está tecnicamente encerrada. 

Na região de Santa Maria, o rendimento médio chegou a três mil quilos por hectare. O padrão de qualidade dos grãos é muito bom, favorecido pela diminuição da umidade. Nas regionais de Soledade e Pelotas, a produtividade média alcançou 3,2 mil quilos por hectare na primeira e variou entre 2,4 mil e 3 mil quilos por hectare na segunda. Em algumas localidades o rendimento chegou até a 4,3 mil quilos por hectare. Na região de Bagé, ainda há atividade de colheita na Campanha. A produtividade oscila entre 1,8 mil quilos e mais de 3,6 mil quilos por hectare. A qualidade dos grãos corresponde a patamares desejados pela indústria. Na região de Caxias do Sul, é boa a qualidade de grãos e o rendimento médio chega a 3,6 mil quilos por hectare.

 Na região de Bagé, a colheita da aveia branca na Campanha encaminha-se para a finalização. Os rendimentos têm variado entre 1,5 mil e 2,1 mil quilos por hectare, em decorrência da sensibilidade às doenças – principalmente a ferrugem – das cultivares utilizadas.

 Culturas de verão 

As condições meteorológicas da primeira semana de dezembro – tempo seco, temperaturas em elevação e associadas a ventos – têm diminuído a umidade dos solos, impossibilitando a continuidade do plantio da soja, que está em 85% da área total estimada no Estado. Da área plantada, 99% está em germinação e desenvolvimento vegetativo, enquanto 1% está em fase de floração.

O cenário climático desse início de dezembro, caracterizado por temperaturas elevadas, forte radiação solar, baixa umidade relativa do ar e escassez de chuva, também traz limitações à cultura do milho no RS. As plantas têm se ressentido, apresentando enrolamento das folhas e paralisação do crescimento e desenvolvimento vegetativo. O plantio chega a 90% da área total estimada no Estado. Destes, 36% está em germinação ou desenvolvimento vegetativo, 23% em floração, 35% em enchimento de grãos e 6% em maturação.

O plantio do arroz segue sendo favorecido pelas condições adequadas do tempo e já alcança 97% no Estado, estando 99% da área cultivada em germinação e desenvolvimento vegetativo e 1% já em floração.

Olerícolas 

As condições climáticas ocorridas na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé exigiram maior fornecimento de água em sistemas de irrigação por gotejamento ou aspersão, especialmente na Fronteira Oeste, onde não ocorreram precipitações no período. Em São Borja e arredores, diminuiu a oferta nas folhosas. Já em Itacurubi, olerícolas apresentam razoável desenvolvimento, tanto as folhosas como os tubérculos. A maior parte da produção do município é para consumo das famílias. Mesmo com o fim das restrições da pandemia, a principal forma de comercialização permanece sendo a entrega direta em domicílio, visto que a grande parcela dos consumidores é de idosos. 

Frutícolas 

O clima seco na regional da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa favorece a sanidade das frutíferas, mas as altas temperaturas e a baixa umidade do ar têm provocado a perda de umidade no solo que começa a prejudicar frutíferas – como os citros – que entram no estágio de floração e formação inicial dos frutos. Entretanto, videiras, macieiras e pessegueiros com frutos formados não sentem prejuízos com a restrita umidade no solo. Com a finalização da safra da laranja Valência, citros têm colheita encerrada. A cultura sem tratos culturais enfrenta ataque de pulgões e outras pragas, típicas do momento. Segue a colheita de pêssego e ameixa; frutos de boa qualidade.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural - EMATER

Imagem: Divulgação Emater/RS-Ascar

Terça, 14 de Dezembro de 2021
Câmara aprova texto-base do projeto que cria a Lei das Ferrovias
Câmara aprova texto-base do projeto que cria a Lei das Ferrovias Fonte: Agência Câmara de Notícias

A Câmara dos Deputados aprovou nesta segunda-feira (13) o texto-base do Projeto de Lei 3754/21, do Senado, que cria a Lei das Ferrovias. Em razão de acordo de procedimentos, serão analisados a partir de amanhã os destaques apresentados pelos partidos na tentativa de mudar trechos do texto.

O relator do projeto, deputado Zé Vitor (PL-MG), deu parecer favorável, recomendando a aprovação do texto sem mudanças. O projeto permite à União autorizar a exploração de serviços de transporte ferroviário pelo setor privado em vez de usar a concessão ou permissão. O prazo do contrato poderá ser de 25 até 99 anos, prorrogáveis.

Liberdade de preço
Ao contrário das concessões, para as quais existem limites tarifários, a empresa que obtiver autorização terá liberdade de preço.

Para novas ferrovias ou novos pátios ferroviários, os interessados poderão pedir autorização diretamente ao agente regulador, apresentando estudo técnico, cronograma e certidões de regularidade fiscal.

O regulador do setor deverá analisar se a ferrovia atende à política nacional de transporte ferroviário, avaliando sua compatibilidade com as demais infraestruturas implantadas.

Nenhuma autorização poderá ser negada, exceto se o interessado não seguir as regras do projeto; se houver incompatibilidade com a política para o setor; ou por motivo técnico-operacional relevante justificado.

Obstrução
Durante a sessão do Plenário, o projeto foi alvo de obstrução de parlamentares de partidos de oposição. Para a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), é necessário avaliar melhor o modelo de exploração das ferrovias. “Precisamos estudar profundamente, porque isso retira parâmetros das tarifas máxima e mínima e não permite a atuação de outros operadores. Não há essa concorrência. Tanto se fala em mercado aqui e, de repente, retira-se a possibilidade da concorrência de operadores”, criticou.

Ela também afirmou que a proposta retira a exigência mínima de investimentos.

Já o deputado Leônidas Cristino (PDT-CE) afirmou que o texto retira o planejamento e a articulação com outros sistemas, como o sistema portuário nacional. “Precisamos ampliar as nossas ferrovias, e este projeto não cita, em uma única linha, a possibilidade de que possamos cada vez mais investir nesse modal, para que os nossos produtos tenham competitividade, tanto no mercado interno quanto no mercado externo”, disse.

Defesa do projeto
Em nome do governo, o deputado General Peternelli (PSL-SP) afirmou que há interesse na exploração de ferrovias privadas em determinados trechos. “Não há que se ter burocracia para o progresso. Nós não podemos dificultar o aumento da rede ferroviária brasileira. O tempo todo nós estamos buscando simplificar com o empreendedorismo, estamos buscando facilitar para abrir, estamos procurando fazer com que se tenha facilidade em vários aspectos, diminuindo a burocracia”, destacou.

A deputada Aline Gurgel (Republicanos-AP) também defendeu a proposta. “O marco legal das ferrovias é importantíssimo neste momento em que o País precisa se desenvolver, precisa se erguer”, disse.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Terça, 14 de Dezembro de 2021
Taxa de juros deve continuar a subir, diz ata do Copom
Taxa de juros deve continuar a subir, diz ata do Copom Fonte: Agência Brasil

A taxa básica de juros, a Selic, deve subir novamente na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), em fevereiro de 2022. A previsão está na ata da última reunião comitê, divulgada hoje (14). A taxa Selic sofreu a sétima alta seguida, na última semana, ao passar de 7,75% para 9,25% ao ano.

“Para a próxima reunião, o comitê antevê outro ajuste da mesma magnitude [1,5 ponto percentual]”, diz a ata do Copom.

Ao avaliar os riscos para inflação, o Copom avalia que “novos prolongamentos das políticas fiscais [aumento de gastos públicos] de resposta à pandemia que pressionem a demanda agregada [procura por bens e serviços] e piorem a trajetória fiscal podem elevar os prêmios de risco [relação entre risco e rendimentos de investimentos] do país”.

“Apesar do desempenho mais positivo das contas públicas, o comitê avalia que questionamentos em relação ao arcabouço fiscal elevam o risco de desancoragem das expectativas de inflação, mantendo a assimetria altista no balanço de riscos. Isso implica maior probabilidade de trajetórias para inflação acima do projetado de acordo com o cenário básico”, acrescenta.

Cenários

Na ata, o Copom diz que avaliou a possibilidade de fazer um ajuste maior do que 1,5 ponto percentual na Selic, mas decidiu manter o ritmo de ajuste. “Concluiu-se que o ritmo de ajuste de 1,5 ponto percentual, neste momento, é adequado para atingir, ao longo do ciclo de aperto monetário, um patamar suficientemente contracionista para não somente garantir a convergência da inflação ao longo do horizonte relevante, mas também consolidar a ancoragem das expectativas de prazos mais longos”, acrescenta a ata.

Para o Copom, a decisão fará com que a inflação convirja para a meta em 2022 e em 2023. “Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, ressalta.

Segundo o Copom, em um cenário com projeções para a Selic feitas pelo mercado financeiro e taxa de câmbio em US$ 5,65, a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fica em torno de 10,2% em 2021, 4,7% em 2022 e 3,2% em 2023. Esse cenário supõe trajetória de juros que se eleva para 11,75% ao ano durante 2022, terminando o próximo ano em 11,25% ao ano, e reduz-se para 8% ao ano em 2023.

Para 2021, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou a meta de inflação em 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Ou seja, o limite superior é 5,25% e o inferior, 2,25%. A meta de 2022 é 3,50% e para 2023, é 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos. Ou seja, por esse cenário, a inflação ficará acima do limite superior da meta em 2021 e do centro da meta em 2022.

Fonte: Agência Brasil

Imagem: Marcello Casal Jr.

Sexta, 10 de Dezembro de 2021
Sistema Farsul apresenta balanço de 2021 e projeta 2022
Sistema Farsul apresenta balanço de 2021 e projeta 2022 Fonte: Divulgação Sistema Farsul

O Sistema Farsul realizou, nesta quinta-feira (9/12), coletiva para apresentar o balanço de 2021 e projeções para 2022. O encontro, que aconteceu na sede da Federação e teve formato híbrido, serviu para o presidente Gedeão Pereira, apresentar os três principais compromissos para o novo mandato que inicia em 1º de janeiro de 2022: irrigação, questões ambientais e o programa Duas Safras.
Em sua fala de abertura, Gedeão elencou os principais acontecimentos do ano que tiveram a participação do Sistema Farsul, como o status do Rio Grande do Sul de livre de febre aftosa sem vacinação, alteração na legislação sobre uso de agroquímicos no estado e a construção do programa Duas Safras. O presidente abordou também questões relacionados ao mercado internacional, em especial as exportações de carne para a China.
As questões ambientais receberam especial atenção no evento. Gedeão falou da participação da CNA durante a COP 26, realizada em Glasgow, na Escócia. "Estamos preocupados em remover esta imagem negativa criada em cima do agronegócio brasileiro, principalmente pelas questões amazônicas. Ainda que a Amazônia seja um continente, 62 % do território nacional, que por si já traz dificuldades inerentes de como cuidar aquilo que é clandestino. Mas, de qualquer maneira, afeta e muito a imagem da agricultura brasileira pelo fato do país hoje ser uma potência agrícola mundial e temos que ter as responsabilidades a tal tamanho e quanto mais alto o pico, mais fortes os ventos. E temos contrariado bastante alguns países europeus que tem usado como ação as questões ambientais, principalmente da Amazônia, embora os outros biomas, temos dois no Rio Grande do Sul, não nos exime de qualquer responsabilidade na atuação", declarou.
Gedeão criticou uma campanha realizada pelo Ministério Público Federal contra a utilização de produtos químicos nas lavouras. "Eu tenho absoluta confiança naquilo que estou fazendo. Sou consumidor assim como meus filhos e netos. Não tenho nada contra orgânicos, acho que as pessoas tem a liberdade de produzirem e consumirem o que quiserem eu sinto mais segurança no tratamento químico, do que no tratamento orgânico. É uma apreciação pessoal minha. A campanha é irresponsável porque é impossível para o produtor rural produzir alimentos na quantidade em que está sendo demandado pela humanidade sem a utilização de produtos químicos, que são remédios para as plantas e animais, assim como nós vamos à farmácia comprar remédios. Infelizmente o MPF não entendeu esse processo e não está se abrindo ao diálogo e trata de fazer campanhas que nos parece equivocadas e absolutamente irresponsáveis", criticou.
O presidente do Sistema Farsul também falou da preocupação com a seca que já começa a atingir as lavouras do Rio Grande do Sul, especialmente do milho. Gedeão destacou que o problema é recorrente no estado. "Há anos que viemos trabalhando a respeito do tema irrigação e lastimavelmente nós não conseguimos evoluir por questões com o Ministério Público Estadual que impetrou uma ação e levou uma liminar que nos impede de fazer reserva de água tanto na metade sul, quanto na metade norte. Embora tenhamos um diálogo hoje mais promissor com o próprio MPE, também temos uma conversa muito íntima com Fepam, Sema e Casa Civil no sentido de tentarmos evoluir, mas o fato é que até agora nós não conseguimos", informou.

Balanço 2021
O balanço econômico, apresentado pelo economista-Chefe, Antônio da Luz, apontou um aumento de 4,4% na área plantada na safra 2021. "Os grãos que tiveram desempenho superior foram justamente os de inverno, ocupando não novas áreas, mas aquelas já consolidadas no verão e que não são plenamente aproveitadas por não termos uma produção voltada para mercado", avaliou. O resultado foi um aumento da produção não apenas pela ampliação da área, mas por se tratar de uma comparação com um período anterior com registro de seca.
Para 2022, a projeção é de um aumento de 3,1% na área plantada, também para as culturas de inverno e um crescimento de 1,8% na produção. Atingindo um valor bruto da produção de R$ 77,11 bi.
Luz aproveitou para falar sobre os preços dos alimentos. "Não deveríamos estar nos preocupando do pais ser um emergente e não crescer como um? Estamos empobrecendo cada vez mais em relação ao mundo. A comida cara porque temos uma renda per capta baixa. Para recuperar o ponto onde o mundo estava na pré-pandemia, vamos levar 9,2 anos, quase uma década. O Brasil está ficando para trás", avaliou.
O economista também aproveitou para fazer a comparação entre os preços aos consumidores e produtores. Primeiro. Ele lembrou que não foram apenas os produtos do agro que tiveram elevação. "Outros produtos cresceram, não vivemos um inflação de alimentos, mas uma inflação", destacou. Ele usou como exemplo o arroz que teve uma alta de 32% para o consumidor ao longo do ano, enquanto que, para o produtor, houve queda de 31%.
Luz aponta margens espremidas em razão da alta dos custos de produção. "Ano passado foi maravilhoso em questão de preço, subiram mais que os custos. Avisamos que era necessário cuidado, que era um ponto fora da curva. Neste ano passamos a ter uma situação completamente diferente, preços mais baixos e custos maiores", analisou.
A projeção da Assessoria Econômica da Farsul é que o PIB brasileiro cresça 4,26% em 2021 e 0,31% em 2022. Abaixo do rio Grande do Sul que deve atingir 9,49% em 2021 e 0,58% em 2022, conforme o levantamento.

Senar-RS
O superintendente do Senar-RS, Eduardo Condorelli, destacou os resultados obtidos pelo programa Deriva Zero. Ele ressaltou que nos últimos três anos, período da atual gestão, grande parte aconteceu durante a pandemia. "Tivemos a capacidade de treinar mais de dez mil pessoas em defensivos agrícolas. Particularmente nos 24 municípios que estavam inicialmente nas novas normas do Governo do Estado. Depois de três anos de trabalho e muita crença de que com o processo educacional e capacitação é capaz de se reverter em resultados já temos diversas notícias, inclusive do próprio governo dando conta das reduções expressivas nos casos de deriva. Portanto, há de se crer que o trabalho feito pelo Senar-RS comprova que o produtor gaúcho está cada vez mais preparado para responder aos anseios da sociedade", garantiu.
Em 2021, o Senar-RS realizou 21 lives, superando 44 mil visualizações. Também foram realizados 3.915 eventos nas áreas de Formação Profissional Rural, Promoção Social e Programas Especiais. A Assistência Técnica e gerencial (ATeG) atendeu 4.296 produtores. A meta para 2022 é que o número de beneficiados dentro dos segmentos de Agricultura, Agroindústria, Apicultura, Aquicultura, Avicultura, Bovinocultura de Corte, Bovinocultura de Leite, Fruticultura, Olericultura, Ovinocultura e Suinocultura, supere 15 mil produtores.
O Programa Juntos para Competir, parceria entre Farsul, Senar-RS e Sebrae-RS atuou em 2021 em 58 projetos, maior carteira de projetos desde sua criação, beneficiando 4.200 produtores e empresas rurais em todo o Rio Grande do Sul. Nas ações desenvolvidas, destacam-se aquelas relacionadas à tecnologia, gestão e mercado, com o objetivo de promover a estruturação e organização dos principais segmentos produtivos do estado, criar um ambiente de maior competitividade e gerar agregação de valor aos produtos.

Fonte: Divulgação Sistema Farsul

Imagem: Gerson Raugust

Sexta, 10 de Dezembro de 2021
Produção de grãos pode chegar a 291,1 milhões de toneladas na safra 2021/22
Produção de grãos pode chegar a 291,1 milhões de toneladas na safra 2021/22 Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Com o clima favorável na maioria das regiões produtoras de grãos no país, a safra nacional pode chegar a 291,1 milhões de toneladas na temporada 2021/22, como revela levantamento divulgado nesta quinta-feira (9) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Caso se confirme a previsão, o volume a ser colhido será superior em 38,3 milhões de toneladas, se comparado com o ciclo anterior, o que representa um incremento de 15,1%.

De acordo com a 3ª estimativa da safra realizada pela Companhia, em novembro deste ano, foi registrado grande volume de chuva, chegando a ultrapassar a média em diversas localidades, principalmente nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e no Matopiba, o que favorece o desenvolvimento das culturas de 1ª safra. No entanto, no Sul do país, a chuva registrada não foi suficiente para atingir a média em grande parte da região.

Soja e milho seguem como os dois principais produtos que puxam o bom resultado. Para a oleaginosa é esperada uma ampliação de 3,7% na área a ser semeada, chegando a 40,3 milhões de hectares. A produtividade tende a se manter próxima à obtida na safra anterior, estimada atualmente em 3.539 kg/ha. Com isso, é esperada uma colheita de 142,8 milhões de toneladas, desempenho que mantém o país como o maior produtor mundial de soja.

No caso do milho, a expectativa de crescimento é de 34,6% na produção total, com um volume previsto em 117,2 milhões de toneladas. O alto percentual reflete a recuperação nas produtividades, principalmente da segunda safra do cereal, que foi impactada negativamente no ciclo 2020/21 pelas adversidades climáticas registradas.

Expectativa de crescimento também na área de plantio do algodão. A previsão é que o cultivo ocorra em uma área de 1,49 milhão de hectares, resultando em um aumento da produção. Apenas para a colheita da pluma da fibra é esperado um aumento de 10,7% em comparação à safra 2020/21, chegando a 2,6 milhões de toneladas.

Para o feijão, a Conab espera um aumento na produção impulsionada pela melhora na produtividade das lavouras. Mesmo com a expectativa de menor área semeada, somando-se as três safras, os produtores da leguminosa deverão colher 3,1 milhões de toneladas. Já para o arroz, a estimativa é de manutenção da área de cultivo com uma leve queda na produção de 2,5%, ficando em torno de 11,5 milhões de toneladas.

Em fase final de colheita, o trigo está com produção estimada em 7,8 milhões de toneladas, um novo recorde para o país.

Área

O crescimento da produção acompanha a elevação da área plantada. Segundo a Conab, os agricultores brasileiros destinarão cerca de 72 milhões de hectares para o plantio dos grãos, incluindo culturas de 1ª, 2ª e 3ª safras, aumento de 4,3% sobre o período 2020/21.

Mercado

Em relação ao mercado externo, os preços internacionais do algodão continuam em patamares elevados, influenciados pelo déficit produtivo da fibra no mundo. A expectativa de exportações se manteve estável neste levantamento, podendo chegar a 2 milhões de toneladas. A maior rentabilidade do produto sobre o milho pode influenciar na decisão de alguns produtores sobre qual cultura plantar na segunda safra.

O cereal, por sua vez, encontra cenário distinto entre mercado interno e externo. Enquanto que no panorama doméstico os preços tendem a entrar em estabilidade, após o registro de queda nas últimas semanas, as cotações internacionais estão em alta, sinalizando a preocupação com a condição climática adversa no sul da América do Sul, bem como a recuperação da demanda por etanol de milho, principalmente nos Estados Unidos. As exportações na safra 2020/21 tiveram um novo ajuste, com os embarques previstos em 19,2 milhões de toneladas. Já para o ciclo 2021/22 é esperada uma recuperação dos volumes exportados com vendas próximas a 36,68 milhões de toneladas.

A soja também apresenta preços próximos da estabilidade no mercado interno, mesmo com a elevação das exportações brasileiras. A estimativa é que sejam exportadas 85,8 toneladas do grão e que o consumo interno gire em torno de 48,4 toneladas.

Quanto ao arroz, o produto apresenta desvalorização nos preços pagos aos produtores neste segundo semestre. Movimento atípico para o período de entressafra, mas, explicado pela maior oferta do produto uma vez que no primeiro semestre deste ano foi registrado um menor volume de comercialização do que anos anteriores. A perspectiva é que haja uma leve recuperação nos estoques de passagem no final da safra 2021/22, estimado em 2,4 milhões de toneladas.

Os dados completos sobre o 3° Levantamento da Safra de Grãos 2021/22 e as condições de mercado destes produtos podem ser conferidos no Portal da Conab. Outras informações sobre o desenvolvimento das lavouras são disponibilizadas regularmente nas edições no Boletim de Monitoramento Agrícola da Conab.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - Conab

Sexta, 10 de Dezembro de 2021
Balança comercial do agro bate recorde de US$ 8,36 bilhões em novembro
Balança comercial do agro bate recorde de US$ 8,36 bilhões em novembro Fonte: www.gov.br

Em novembro, as exportações do agronegócio somaram US$ 8,36 bilhões, recorde para o mês, conforme dados divulgados nesta sexta-feira (10) pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O resultado positivo ocorreu em função dos elevados preços médios dos produtos exportados pelo Brasil. O índice de preço desses produtos foi 22,3% superior ao observado em novembro de 2020. Por outro lado, o índice de quantum apresentou queda de 12,7% no mesmo período analisado.

O recorde anterior para os meses de novembro foi registrado em 2011, quando as vendas externas foram de US$ 8,31 bilhões.

As importações de produtos do agronegócio cresceram 10,5%, chegando a US$ 1,45 bilhão. Esses valores também foram impactados pela alta dos preços médios, como trigo (+25,3%), papel (+22,9%) e óleo de palma (+59,7%).  O saldo da balança comercial do agronegócio atingiu US$ 6,9 bilhões. O agronegócio contribuiu com 41,2% nas exportações totais brasileiras.

De acordo com os analistas da SCRI, o principal destaque do mês foi a soja em grão, com incremento de 80,2% em quantidade, alcançando 2,6 milhões de toneladas no mês analisado. Os preços tiveram incremento de 38,7%, resultando em embarques de US$ 1,32 bilhão (+150%). A China foi o principal país importador da oleaginosa, alcançando 86,2% de todo o volume exportado, com 2,2 milhões de toneladas.

Conforme os analistas, dois fatores são fundamentais para explicar o resultado favorável: atraso no plantio e colheita da soja, em função de condições climáticas adversas, e safra recorde da oleaginosa (137,3 milhões de toneladas em 2020/2021). Desta forma, as exportações do grão foram postergadas em 2021, e, em função do recorde de safra, ainda há grãos para a venda externa neste final de ano. Outro fator é a alta do preço médio de exportação do grão: US$ 511/tonelada (+38,7%).

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Imagem: www.gov.br