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Sexta, 13 de Agosto de 2021
Entrega do ITR 2021 começa em 16 de agosto
Entrega do ITR 2021 começa em 16 de agosto Fonte: Agrolink

O prazo para entrega da declaração do Imposto Territorial Rural (ITR), referente ao exercício 2021, tem início no dia 16 de agosto. O procedimento é obrigatório para pessoas físicas e/ou jurídicas proprietárias, titulares do domínio útil ou possuidoras de qualquer título de imóvel rural, inclusive a usufrutuária. A declaração deve ser feita de forma online, por meio do Programa Gerador da Declaração do ITR 2021, disponibilizado pela Receita Federal. A data limite para realizar o procedimento é 30 de setembro. 

A obrigatoriedade da declaração também se aplica à pessoa física ou jurídica que, entre 1º de janeiro de 2021 e a data da efetiva apresentação da declaração, perdeu a posse do imóvel rural ou o direito de propriedade pela transferência ou incorporação do imóvel rural ao patrimônio do expropriante. 

Proprietários de imóveis rurais que já tiverem o CAR podem incluir o número do recibo no formulário de declaração do ITR. Os documentos que comprovam as informações prestadas na declaração devem ser guardados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários relativos às situações e aos fatos a que se refiram. 

A maioria dos sindicatos rurais do Paraná oferece suporte ao produtor para a realização do serviço. Para isso, é preciso ter em mãos a última declaração do referido imposto, documentação pessoal e da propriedade e o Cadastro Ambiental Rural (CAR). 

Valores e multas 

O valor do ITR pode ser pago em até quatro parcelas, com valor mínimo de R$ 50. Se o valor for inferior a R$ 100, deve ser pago em cota única. O pagamento pode ser feito por transferência bancária apenas nos bancos autorizados ou por meio de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF), em qualquer agência bancária integrante da rede arrecadadora de receitas federais. 

O proprietário rural que declarar o ITR fora do prazo pagará multa de 1% ao mês, calculada sobre o total do imposto devido. As regras de pagamento mantêm-se em caso de atraso. 

Fonte: Agrolink - Eliza Maliszewski

Imagem:  Marcel Oliveira

Sexta, 13 de Agosto de 2021
É amanhã! Futuros líderes se reúnem para o terceiro encontro do CNA Jovem
É amanhã! Futuros líderes se reúnem para o terceiro encontro do CNA Jovem Fonte: CNA

Está tudo pronto para o terceiro encontro da etapa nacional do CNA Jovem, que acontece sábado (14) e domingo (15). O evento virtual, transmitido a partir da sede do Sistema CNA/Senar, em Brasília, terá a participação remota de 76 jovens finalistas de todas as regiões brasileiras.

O CNA Jovem é um programa de desenvolvimento de novas lideranças do Sistema CNA/Senar para estimular esse público a desenvolver habilidades e competências empreendedoras. As melhores iniciativas são reconhecidas.

Com o tema “Colocando as soluções à prova”, os participantes terão a oportunidade de apresentar o andamento das iniciativas e refinar as propostas inovadoras que estão desenvolvendo a partir de setes desafios prioritários para o agro brasileiro. 

A programação, que marca um ano do início das atividades dessa edição, está repleta de atividades que vão desde a retrospectiva da trajetória, oficina socioemocional, interação dos jovens com lideranças e personalidades do setor até atividades lúdicas.  

Pela primeira vez, esta edição está sendo realizada virtualmente devido à pandemia. “Desde o início da jornada, em agosto de 2020, já são mais de 200 horas de trabalho. Ao longo desse tempo, percebemos o engajamento, comprometimento e a evolução dos jovens nos mais diversos aspectos”, destaca a coordenadora nacional do CNA Jovem, Fernanda Jackeline Nonato.

Liderança empreendedora – O jovem que passa pelo CNA Jovem tem oportunidade de participar de atividades e de discussões de grande relevância. Desde a primeira edição, em 2014, mais de 4.900 jovens já participaram de alguma etapa do programa.

 

Fonte: CNA - Assessoria de Comunicação 

Imagem: Wenderson Araujo

Sexta, 13 de Agosto de 2021
Incertezas domésticas pesam e dólar passa a rondar estabilidade ante real
Incertezas domésticas pesam e dólar passa a rondar estabilidade ante real Fonte: Noticias Agrícolas

O dólar passava rondar a estabilidade contra a moeda brasileira nesta sexta-feira, chegando a superar a marca de 5,28 reais em meio a incertezas políticas e fiscais domésticas, depois de ter caído mais cedo com algum alívio de temores sobre redução de estímulos nos Estados Unidos.

Às 11:50, o dólar avançava 0,09%, a 5,2589 reais na venda. Na máxima do dia, alcançada por volta das 11h30, a moeda chegou a saltar 0,53%, a 5,2820 reais na venda, depois de ter apresentado queda na primeira uma hora e meia de negociações.

Na B3, o dólar futuro subia 0,07%, a 5,2685 reais.

Brasília está vivendo um mês de agosto agitado, em meio à troca de farpas constante e cada vez mais intensa entre o presidente Jair Bolsonaro e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), bem como entre Bolsonaro e o Supremo Tribunal Federal (STF).

O front fiscal também tem sido motivo de ansiedade, principalmente depois que o governo informou ter a necessidade de alterar a dinâmica para pagamento de precatórios, levantando temores sobre possível pedalada. O Ministério da Economia disse na quinta-feira que o fundo criado pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios não ficará fora do Orçamento, afetando, portanto, o resultado primário da União.

"A volatilidade política geralmente não faz tanto preço nos ativos, mas acho que está tão intensa que, agora, faz: não deixa o real se valorizar e mantém nossa bolsa descolada das outras", disse à Reuters Marcos Weigt, head de tesouraria do Travelex Bank.

"Pior que uma notícia ruim é a incerteza; uma notícia ruim você precifica e ponto", enquanto as incertezas geram dúvidas sobre que decisões tomar, afirmou, acrescentando que os ruídos domésticos impediam a moeda brasileira de aproveitar o cenário global de ampla liquidez.

O Departamento do Trabalho norte-americano informou esta semana que a inflação ao consumidor norte-americano desacelerou em julho, aliviando parte dos temores sobre redução de estímulos pelo Federal Reserve.

A perspectiva de manutenção da postura flexível na maior economia do mundo, que pode fornecer alívio para ativos de mercados emergentes, segundo especialistas, é impulsionada no Brasil pelo posicionamento mais "hawkish", ou agressivo, do Banco Central.

Em meio a pressões inflacionárias crescentes, o BC intensificou a dose do aperto em seu último encontro de política monetária ao adotar alta de 1 ponto percentual na taxa Selic, a 5,5% ao ano, já indicando outro aumento de igual magnitude na próxima reunião do colegiado, em setembro.

"Além de crescimento, investidores estrangeiros procuram taxas de juros mais altas para investir", disse a RB Investimentos em relatório assinado pelo estrategista Gustavo Cruz. "Quando quiserem escolher entre mercados emergentes, o Brasil terá os dois pontos para oferecer nesse restante de ano."

O dólar caminhava para encerrar a semana em alta, depois de fechar a última sexta-feira em 5,2343 reais. Até agora no mês de agosto, a moeda tem ganho de 1,2%, após encerrar julho em 5,2082 reais.

No acumulado do ano, o dólar sobe 1,45%, e não é negociado abaixo do patamar psicológico de 5,00 reais desde 30 de junho de 2021.

Na véspera, o dólar à vista subiu 0,66%, a 5,2542 reais, maior nível desde 8 de julho (5,2549 reais).

Fonte: Noticias Agrícolas - Luana Maria Benedito

Sexta, 13 de Agosto de 2021
Economia Brasileira
Economia Brasileira Fonte: AF News Agrícola

A escalada da inflação e a recuperação tímida do mercado de trabalho desencadearam um novo recorde negativo para a economia do país, o do "índice de miséria". Trata-se de um indicador simplificado que mede a satisfação da população com o panorama econômico atual.

Ele agrega o percentual de desempregados no país medido pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor, o INPC, ambos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Assim, cria-se uma relação básica entre a queda de renda e aumento do custo de vida.

É utilizado o INPC em vez do IPCA porque este é um índice que retrata melhor a cesta de consumo de famílias de renda mais baixa. Segundo o IBGE, a população-objetivo do índice é moradora de área urbana e tem rendimentos de 1 a 5 salários mínimos.

Dentro da metodologia uniformizada pela Pnad em 2012, o mês de maio registra o maior resultado do índice de miséria. Com a taxa de desemprego no Brasil em 14,6% no trimestre encerrado naquele mês, o indicador renovou recorde histórico, chegando a 23,47 pontos.

O cálculo foi feito pela LCA Consultores. E antes de melhorar, a consultoria espera que a situação piore nos meses de junho, julho e agosto. Ao final da escalada, dada a expectativa de alta da inflação em 12 meses, os economistas preveem uma subida do indicador a 24,28 pontos.

Com o avanço da vacinação contra a Covid-19, há consenso entre economistas de que haverá um novo "aquecimento" da circulação de pessoas e, por consequência, da atividade econômica. Os níveis de emprego, então, devem colher alguma melhora nos próximos meses. Mas choques inflacionários seguem com vigor, afetados pelos preços da energia elétrica, combustíveis e alimentos.

"Além de choques mais persistentes, há uma retomada por vir do setor de serviços que pode trazer mais inflação. Muitas empresas fecharam e há uma necessidade de repasse de custos por parte de quem sobrou", afirma Bruno Imaizumi, economista da LCA Consultores.

Outro quesito inflacionário que pode intensificar o problema é o de bens industriais. Há uma escassez internacional de insumos para produção, que também faz subir os preços.

O índice de miséria foi criado pelo economista americano Arthur Okun como um "termômetro social" simples para medir a satisfação da sociedade com a economia. Ele foi membro dos conselhos econômicos dos presidentes John F. Kennedy e Lyndon Johnson.

Para "validar a teoria", o G1 retomou contato com três personagens de matérias publicadas durante a crise causada pela pandemia do coronavírus para entender se suas condições financeiras pioraram na prática.

Logo no início da crise, o fotógrafo autônomo William Paiva contou que viu seu faturamento ir a zero com a paralisação do setor de eventos. Sem reservas financeiras, a fuga de dinheiro impactou a conta bancária imediatamente.

Ele teve acesso ao Auxílio Emergencial em 2020, que compôs a renda junto com o seguro-desemprego de sua namorada. Em sua segunda entrevista, conta que fez alguns bicos de pedreiro para complementar os ganhos. No fim do ano, conseguiu um emprego formal como atendente de telemarketing.

Em pouco tempo, no início de 2021, Paiva foi demitido em um dos vários cortes feitos pela empresa. Por causa do registro em carteira, não teve acesso à nova rodada do auxílio. Com renda apertada, afirma que a família precisou reduzir as compras no supermercado, além de selecionar cortes mais baratos de carne e fazer troca de marca dos produtos.

"Continuo procurando emprego na área editorial, que remunera melhor. Mas o que ouço do pessoal do setor de eventos é que o mercado deve se aquecer até o fim do ano por causa da vacinação", diz Paiva.

Além de fotografar, ele também tem experiência como bartender e diz que donos de casas de festa retomaram contatos para deixar profissionais de sobreaviso. Mas, por conta da situação da pandemia, ainda é incerta a data de retorno da atividade regularizada das casas noturnas.

Auxílio insuficiente

Em Iguatu, interior do Ceará, a família de Hilderlania Alves enfrenta aperto ainda maior. O preço do gás obrigou a substituição por um forno a lenha em casa. No mercado, também é necessário priorizar produtos mais baratos.

"Temos pescadores por perto que têm preços melhores, mas não deixamos mais de fracionar as refeições. Não sobra", diz ela.

Hiderlania conversou com o G1 como exemplo de família que havia se beneficiado do Auxílio Emergencial. Em setembro de 2020, os rendimentos da casa subiram dos habituais R$ 1,3 mil para R$ 2,5 mil por mês. A mãe e ela recebiam R$ 600 cada uma.

A redução para parcelas de R$ 300 já havia complicado as finanças da família, mas o término do benefício foi a gota d'água. Antes mesmo da crise, o pai de Hiderlania havia comprometido a renda com empréstimos consignados para tratamentos de saúde. Os pagamentos atrasaram. Sem o auxílio, a renda quase zerou. Mesmo com o retorno em 2021, apenas sua mãe passou a receber R$ 250 mensais.

"Teremos que parcelar o cartão de crédito neste mês, mesmo sabendo que pode virar uma bola de neve", conta.

A boa notícia é que ela conseguiu manter os estudos. Hiderlania quer prestar vestibular para medicina e é bolsista de um cursinho de Fortaleza. Por ora, ela agradece que as aulas continuem sendo remotas. Não sobraria dinheiro para habitação na capital.

Melhora gradual

Maria José de Almeida, a Nena, traz boas notícias. Ela falou ao G1 em reportagem sobre o aperto de rendimentos que encolheu a classe média durante a pandemia. Em abril deste ano, o salário como empregada doméstica havia sido reduzido pela metade e sua filha, que havia perdido o emprego, teve que voltar a morar com ela.

Quatro meses depois, vacinada, retornou ao trabalho integralmente, com salário cheio. Há cerca de uma semana, sua filha também conseguiu voltar ao mercado de trabalho. A escola dos gêmeos Maxsuell e Rikelmy reabriu, o que também ajuda a diminuir as contas da casa.

Nena contou em sua primeira entrevista que foi obrigada a recorrer à antecipação do saque do FGTS para zerar os débitos e não sofrer corte de luz.

"Quando a situação apertou, fiz o empréstimo e levarei três anos para pagar. Mas, pelo menos, o horizonte se tornou positivo", diz ela.

Assim como os demais, reclama dos preços do supermercado e, sobretudo, do gás de cozinha. Mas diz que o retorno ao normal a tem feito "dormir despreocupada".

Confusão estatística

Os resultados do índice de miséria têm um pequeno asterísco, em virtude da recente confusão com as estatísticas de emprego do país. Em suma, houve um descolamento de resultados entre as duas principais pesquisas conduzidas no Brasil.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, costuma usar os resultados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) para dizer que o país já colhe recuperação nos índices de emprego. A pesquisa mostra que foram criadas 1,5 milhão de vagas de emprego formal apenas em 2021.

Acontece que o trabalhador que foi mais afetado pela pandemia foi o informal, um campo em que o Caged não gera estatística. A Pnad, do IBGE, embarca os trabalhadores informais nos números, mas pode estar subestimando o número real do emprego porque a sondagem foi totalmente transferida para o formato remoto, feita por telefone.

"Certamente houve alguma distorção. O IBGE retornou recentemente a um esquema híbrido, com pesquisas presenciais e atualizando a base de telefones, o que pode captar melhor quem voltou a trabalhar", lembra Imaizumi, da LCA.

"Por enquanto, não adianta comemorar o Caged porque há muita recuperação a ser feita pelo lado do trabalho informal", diz o economista.

Com a melhora no mercado de trabalho e diminuição dos choques inflacionários, o cálculo da LCA é que o ano deve terminar mais ameno para o índice de miséria. Ao fim de 2021, a consultoria espera que o número caia para 21,58 pontos. Mesmo que a queda se confirme, o indicador continuaria mais alto que todo o ano de 2020.

Fonte: AF News Agrícola - Giulia Zenidin

Quinta, 12 de Agosto de 2021
Estudo mostra que Brasil pode produzir fertilizantes
Estudo mostra que Brasil pode produzir fertilizantes Fonte: Agrolink

Um estudo realizado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), empresa pública ligada ao Ministério de Minas e Energia (MME), avalia o potencial do Brasil para produzir potássio. 

A ideia é que o país se torne menos dependente da importação de insumos. Segundo dados da Associação dos Misturadores de Adubo do Brasil (Ama), 55% do fosfato e 96% do potássio são importados. Os dois minerais, juntamente com o nitrogênio, constituem o fertilizante NPK, usado em larga escala pela agricultura nacional. A demanda desses insumos vai aumentar na próxima década, em que a produção de alimentos no Brasil deve ter um incremento de 27%, de acordo com o Ministério da Agricultura. 

As importações de NPK foram recordes no ano passado, totalizando mais de 32,8 milhões de toneladas, assim como as entregas, que somaram 40,5 milhões de toneladas. Em contrapartida, a produção nacional registrou o menor volume em anos, recuando 11% em relação ao produzido em 2019.

O estudo em questão identificou na Bacia do Amazonas novas ocorrências do mineral, ampliando em 70% a potencialidade sobre depósitos de sais de potássio. Os geólogos afirmaram a existência de depósitos em Nova Olinda do Norte, Autazes e Itacoatiara, todos no Amazonas, com reservas em torno de 3,2 bilhões de toneladas de minério, além de ocorrências em Silves, São Sebastião do Uatumã, Itapiranga, Faro, Nhamundá e Juruti, todos no mesmo Estado. Na região de Autazes, o potássio pode ser encontrado a profundidades entre 650m a 850m, com teor de 30,7% KCl. Em Nova Olinda, a profundidade varia em torno de 980m e até 1200m, com teor médio de 32,59% KCl.

Uma área de 500 mil quilômetros quadrados na Bacia do Amazonas apresenta grande potencialidade para potássio e precisa ser prospectada. A área é semelhante à região de Urais, na Rússia, e de Saskatchewan, no Canadá, maiores exportadores do mundo. A descoberta posiciona a Bacia do Amazonas como área estratégica para abrigar depósito de classe mundial.

Fosfato

Iniciado em 2008, o projeto Fosfato Brasil do SGB-CPRM pesquisou, até agora, 40 áreas e gerou duas mil páginas de informações. Em 2009 havia 458 autorizações de pesquisa pela Agência Nacional de Mineração (ANM) no Brasil. Em uma década de pesquisa para indicação de novos alvos potenciais, o número mais que dobrou: em 2020, 983 autorizações foram concedidas, 46% em autorização de pesquisa e 76% de concessão de lavra para fosfato.

O SGB-CPRM descobriu, em 2009, o Carbonatito Três Estradas, no Rio Grande do Sul. Após investimento da indústria, a jazida de fosfato recentemente obteve a licença prévia aprovada pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luis Roessler (Fepam). O projeto Fosfato Três Estradas da Águia Fertilizantes prevê investimentos que superam R? 400 milhões.

De acordo com o presidente do SGB-CPRM, Esteves Colnago, o novo entendimento da ocorrência de fosfato e potássio abre um caminho para melhorar o resultado do setor agrícola na balança comercial, reduz o custo e amplia o acesso aos fertilizantes, beneficiando a agricultura do país. "São considerados estratégicos os bens minerais dos quais o Brasil depende de importação em alto percentual para o suprimento de setores vitais de sua economia. É o caso dos insumos agrícolas", explica.

Alternativa sustentável: rejeitos da mineração

O Serviço Geológico do Brasil também vem pesquisando fontes alternativas, que utilizam o pó de rocha (rochagem) como remineralizador de solos. A utilização do pó de rocha, a partir dos descartes da mineração, é uma excelente alternativa aos produtos remineralizadores químico-industriais.

Além de ser mais barato e abundante, o pó de rocha como remineralizador de solos mostrou-se em muitos casos mais efetivo no aumento de produtividade por hectare, tornando também algumas culturas mais resistentes às pragas. Outro ponto positivo é que o reaproveitamento do resíduo da mineração segue os preceitos da Economia Circular e a busca constante pela sustentabilidade na mineração ("rejeito zero").

Para o diretor de Geologia e Recursos Minerais do SGB-CPRM, Marcio Remédio, os investimentos em exploração mineral são um efeito indutor em todos os campos da atividade econômica, principalmente na descoberta de agrominerais para a diminuição da dependência brasileira de insumos para a agricultura. "Essas ações, por muitas vezes, passam despercebidas pela sociedade civil, mas são de fundamental importância para o crescimento econômico do país e para o bem-estar da sociedade, tendo como resultado final a geração de emprego e renda e a melhoria da qualidade de vida", comemora.

Fonte: Agrolink - Eliza Maliszewski

Quinta, 12 de Agosto de 2021
Valorização de commodities puxa a balança do agro para recorde de US$ 11 bi em julho
Valorização de commodities puxa a balança do agro para recorde de US$ 11 bi em julho Fonte: Portal DBO

As exportações do agronegócio em julho deste ano chegaram ao valor recorde de US$ 11,29 bilhões, 15,8% superior ao exportado no mesmo mês do ano passado (US$ 9,75 bilhões).

De acordo com a análise da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o crescimento das exportações está ligado à elevação do índice de preços dos produtos do agronegócio exportados pelo Brasil, que foi de 28,5% na comparação entre julho de 2020 e julho de 2021.

Por outro lado, o índice de quantum das exportações apresentou queda de 9,9%.

Mesmo com queda do volume exportado, o forte incremento dos preços internacionais dos produtos exportados fez com que o valor atingisse um montante histórico, ressalta os analistas da SCRI.

 

Os cinco principais setores exportadores do agronegócio brasileiro em julho de 2021 foram: complexo soja (participação de 44,4%); carnes (18,0%); produtos florestais (11,5%); complexo sucroalcooleiro (8,2%); e cereais farinhas e preparações (4,2%).

A soja em grãos apresentou queda na quantidade exportada, passando de aproximadamente 10 milhões de toneladas (julho/2020) para 8,7 milhões de toneladas (julho/2021).

No entanto, a elevação do preço médio de exportação da oleaginosa brasileira em 32,5% fez com que o valor exportado alcançasse cerca de US$ 4 bilhões.

As carnes (bovina, suína e de frango) também atingiram valor recorde de exportações, com US$ 2,03 bilhões em vendas externas em julho passado (+34,9%). Em nenhum mês da série histórica iniciada em janeiro de 1997, as exportações do setor haviam ultrapassado o valor de US$ 2 bilhões em um único mês.

A cifra foi obtida em função da expansão dos preços médios de exportação (+24%) e, também, do volume exportado (+8,8%).

“Somente em carne bovina, as vendas externas atingiram US$ 1,01 bilhão, com expansão de 30% em relação aos US$ 776,35 milhões exportados em julho de 2020. O incremento do valor exportado se deveu, exclusivamente, à elevação do preço médio de exportação, que subiu 31,9%, uma vez que o volume exportado decresceu 1,5%, atingindo 191 mil toneladas. A carne bovina in natura respondeu por 87% deste valor e a China foi responsável por 58,2% do total importado neste produto. Grandes produtores internacionais como o Brasil observam redução do abate em virtude da forte seca que afeta o país. A demanda aquecida (China) e a menor oferta pressionam, assim, os preços internacionais para o alto”, destaca o comunicado da SCRI/Mapa à imprensa.

As importações do agronegócio tiveram aumento de 25,8%, chegando a US$ 1,2 bilhão. O saldo da balança comercial do agronegócio atingiu US$ 10 bilhões. O agronegócio contribuiu com 44,2% na participação das exportações totais brasileiras.

Fonte: Portal DBO – MAPA

Imagem: dinheirorural.com.br

Quinta, 12 de Agosto de 2021
Movimentação de cargas nos portos cresce 9,4% no primeiro semestre
Movimentação de cargas nos portos cresce 9,4% no primeiro semestre Fonte: Agência Brasil

A movimentação de cargas no setor portuário cresceu 9,4% no primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado, informou hoje (12) a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). Segundo a agência, os portos organizados, terminais autorizados e arrendados movimentaram 591,9 milhões de toneladas no período. As informações constam do painel Estatístico Aquaviário da Antaq.

O painel destaca que, na comparação com o primeiro semestre do ano passado, houve crescimento em relação ao perfil da carga. O aumento foi de 6,4% na movimentação de granel sólido, 11,6% no granel líquido, 16,3% em contêineres e 19,1% na carga geral solta.

No primeiro semestre, foram movimentadas 343,2 milhões de toneladas de granel sólido, representando 58% do total no período. O destaque foi o minério de ferro, que movimentou 171,8 milhões de toneladas, o que corresponde a um crescimento de 12% em comparação ao mesmo período de 2021. Em segundo lugar, veio o petróleo, cuja movimentação cresceu 8%, somando 97,2 milhões de toneladas.

Já o granel liquido, responsável por 28% da carga, movimentou 153,5 milhões de toneladas; os contêineres, responsáveis por 11% da carga, responderam por 65,4 milhões de toneladas. As cargas em geral movimentaram 29,7 milhões de toneladas, correspondendo a 5% do total das cargas.

De acordo com o painel, o porto que mais se destacou foi o de Vitória, que registrou crescimento de 30,6% no primeiro semestre e movimentou 3,7 milhões de toneladas de cargas.

Segundo a Antaq, a expectativa para o segundo semestre é que os portos brasileiros movimentem 626 milhões de toneladas. Para este ano, a estimativa é de 1,218 bilhão de toneladas, o que representa aumento de 5,5% do setor em relação ao ano passado.

Fonte: Agência Brasil - Luciano Nascimento

Imagem: Tânia Rego

Quinta, 12 de Agosto de 2021
Como está a projeção da safra de inverno no Brasil
Como está a projeção da safra de inverno no Brasil Fonte: Agrolink

Os principais cereais de inverno produzidos no Brasil são o trigo, a aveia branca e a cevada. Em 2020, as lavouras de inverno foram afetadas por problemas climáticos, o que reduziu seus potenciais produtivos. Para 2021, os produtores estão mais otimistas com o clima, além de os preços do cereal estarem em níveis altos. A estimativa foi divulgada pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A estimativa da produção do trigo foi de 8,4 milhões de toneladas, crescimentos de 6,3% em relação ao mês anterior e de 34,8% em relação a 2020, com o rendimento médio devendo aumentar 19,9%. A área plantada aumentou 12,4% em decorrência do estímulo do preço do produto. A região Sul deve responder por 90,4% da produção tritícola nacional em 2021. No Paraná, maior produtor (46,4% do total nacional), a produção deve aumentar em 24,6% frente a 2020, atingindo 3,9 milhões de toneladas. O Rio Grande do Sul, segundo maior produtor (40,7% do total), deve produzir 62,1% a mais que em 2020, atingindo 3,4 milhões de toneladas. Santa Catarina também investiu mais no cereal, subindo sua estimativa da produção em 58,9% frente a 2020, chegando a 275,6 mil toneladas em 2021.

A estimativa da produção da aveia foi de 1,0 milhão de toneladas, com aumento de 1,9% em relação a junho e crescimento de 12,9% em relação ao ano anterior. A região Sul concentra 96,5% da produção brasileira do cereal. Rio Grande do Sul e Paraná, os maiores produtores, estimam safras de 794,5 mil toneladas e 178,5 mil toneladas, respectivamente. Em Santa Catarina, a produção deve ficar em 35,1 mil toneladas, aumento de 41,5% frente a 2020.

Para a cevada, a estimativa encontra-se em 480,3 mil toneladas, aumento de 7,1% em relação ao mês anterior, e crescimento de 26,8% em relação a 2020. Os maiores produtores do cereal são Paraná, com 354,6 mil toneladas, e Rio Grande do Sul, com 110,0 mil toneladas, cujas produções somadas representam 96,7% do total nacional.

Fonte: Agrolink - Eliza Maliszewski

Imagem: Marcel Oliveira

Quinta, 12 de Agosto de 2021
China fecha terminal por caso positivo de Covid-19
China fecha terminal por caso positivo de Covid-19 Fonte: Noticias Agrícolas

O porto Ningbo-Zhoushan, na China, foi parcialmente fechado nesta quinta-feira (12) depois que um de seus funcionários foi testado positivo para Covid-19. A direção decidiu pelo fechamento do terminal Meishan do terceiro porto de contêineres mais movimentado do mundo e intensificou as preocupações globais sobre a já conhecida fragilidade das cadeias de suprimento e abastecimento do comércio internacional. O terminal fica fechado até um novo aviso ser emitido. 

O terminal que teve suas operações interrompidas responde, de acordo com informações da Bloomberg, por cerca de 25% das cargas de contêineires que passa pelo porto. Empresas internacionais de transporte marítimo já alertam sobre a suspensão provocando atraso das viagens e impacto sobre o manuseio das cargas. 

"Isso pode comprometer a demanda", afirma Marcos Araújo, analista de mercado da Agrinvest Commodities. Sem contar que os "fretes de contêineres explodiu", e deve também ser impactado por mais esta notícia, principalmente neste momento que antecede, segundo especialistas, uma temporada mais intensa de compras que antecede as festas de final de ano.

Recentemente, as taxas de um container da China ou do Sudeste Asiático para a costa leste dos Estados Unidos registraram um recorde de US$ 20,600 mil por unidade de 20 pés - medida padrão para contêineres de cargas do Índice Global de Frete de Contêineres da Freightos Baltic.

Com o fechamento do terminal, o tempo de espera para os navios no porto de Ningbo pode passar a algo entre sete e nove dias, enquanto era de um a três quando Meishan estava ainda em funcionamento. De acordo com especialistas, o porto deverá trabalhar no máximo de desvios de cargas para outros terminais e tentar otimizar os trabalhos. Ainda assim, já se espera o início da formação de uma congestionamento no porto dada sua importância nas rotas marítimas globais.

Este é o segundo fechamento recente de um porto chinês nos últimos meses. O porto de Yantian, em Shenzen, ficou fechado do final de maio até o mês passado e também comprometeu as cadeias de abastecimento, puxos os fretes marítimos, os custos de contêineres e ainda forçou a volta de mercadorias para armazéns e fábricas.

De acordo com informações da Agência de Notícias de Taiwan, o fechamento deste terminal poderia provocar um congestionamento ainda pior do que o que já se observa no porto de Ningbo agora, causado, principalmente, por intempéries climáticas, além das questões provocadas pela pandemia do coronavírus e a forte demanda. 

Em 2020, o porto de Ningbo Zhoushan movimentou 1,172 bilhão de toneladas dos mais diversos produtos, e por 12 anos consecutivos ocupa a posição de porto mais movimentado do mundo, segundo dados do Ministério dos Transportes da China. Em movimentação de contêineres segue na terceira posição. 

No primeiro semestre de 2021, os principais itens importados pelo porto foram petróleo bruto, produtos químicos, produtos agrícolas e eletrônicos. Na exportação, se destacaram produtos eletrônicos, manufaturados e têxteis. 

O analista de fertilizantes da Agrinvest Commodities, Jeferson Souza, alerta sobre a possibilidade de que a dificuldade de fornecimento de alguns produtos por parte da China pode se intensificar, mas que o mercado parece ainda não ter refletido essa a notícia muito agressivamente. Ainda assim, orienta a manutenção do acompanhamento. 

Fonte: Noticias Agrícolas - Carla Mendes

Imagem: Reuters

Quarta, 11 de Agosto de 2021
China volta ao mercado comprando soja brasileira
China volta ao mercado comprando soja brasileira Fonte: Agrolink

A China voltou a adquirir soja de origens globais, com negócios ouvidos de PNW dos Estados Unidos e de origens brasileiras, segundo informa a TF Agroeconômica. “Os preços das cargas do PNW dos EUA foram ouvidos em 316 c/bu sobre os futuros de novembro para embarque em outubro e 313 c/bu sobre o futuro de novembro para embarque em novembro”, comenta a consultoria. 

“O comércio da soja brasileira entregue em setembro foi ouvido a 335 c/bu em relação ao novembro futuro. A  disseminação  da  variante  do  coronavírus  Delta  na China  ainda  era  uma  preocupação  significativa  dos mercados,  com  1.702  casos  relatados  em  mais  de  20 províncias  e  cidades  da  China  continental  em  9  de  agosto,  de  acordo  com  a  Comissão  Nacional  de  Saúde  (NHC) atualizada na terça-feira”, completa. 

Na origem, os prêmios de base no mercado de papel de  Paranaguá  foram  mistos,  com  os  contratos  de setembro avaliados em 145 c/bu, 1 c/bu abaixo do dia anterior,  enquanto  os  contratos  para  os  meses posteriores eram mais altos em 2 - 7 c/bu no dia. “Na vizinha Argentina, os prêmios de base FOB caíram com a alta dos preços CBOT, com os carregamentos de setembro chegando a US$ 1/t em relação ao futuro de setembro”, indica. 

“Os prêmios nos EUA permaneceram estáveis na terça-feira, com os contratos de barcaça para embarque em setembro em uma base CIF do Golfo dos EUA inalterados em 83 c/bu em relação ao futuro de setembro. Em uma base CFR, os futuros de óleo de soja e farelo de soja na Dalian Commodity Exchange permaneceram firmes na terça-feira antes do relatório de Wasde”, conclui. 

Fonte: Agrolink - Leonardo Gottems