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Quinta, 19 de Agosto de 2021
44ª Expointer terá protocolos sanitários rigorosos e foco nos negócios
44ª Expointer terá protocolos sanitários rigorosos e foco nos negócios Fonte: Portal DBO

A maior feira agropecuária da América Latina foi lançada na tarde desta quarta-feira (18), no Palácio Piratini, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul

Faltando pouco mais de duas semanas para o início da 44ª Expointer, a feira foi lançada na tarde desta quarta-feira (18/8), no Palácio Piratini, em Porto Alegre, RS.

Depois de oferecer uma edição inédita totalmente digital em 2020 por conta da pandemia, neste ano, a maior feira agropecuária da América Latina voltará a receber público, mas com limite de público, que será focado no perfil de negócios, técnico e profissional, e rigorosos protocolos de saúde.

A Expointer 2021 ocorre no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, de 4 a 12 de setembro, e será uma das únicas feiras agropecuárias a ser realizada neste ano no país.

Outros grandes eventos do setor, como a gaúcha Expodireto, em Não-Me-Toque, e a paulista Agrishow, de Ribeirão Preto, cancelaram sua realização em 2021, por conta da pandemia.

“Estamos mais uma vez fazendo uma Expointer especial, por conta das exigências da pandemia. Em 2020, já havíamos inovado, com uma edição totalmente digital. Agora, em 2021, estamos propondo um evento controlado e seguro, com a presença de pessoas no parque Assis Brasil. Uma característica comum nas duas edições: a Expointer não perdeu a sua alma empreendedora. Mais do que isso: a Expointer traduz dois traços do povo gaúcho: superação e reinvenção diante das dificuldades”, disse o governador Eduardo Leite.

“Chegamos seguros a este lançamento porque contamos com uma profunda interação entre as pastas da Agricultura e da Saúde, que encontraram, juntas, uma forma de fazer a edição de 2021, respeitando cuidados, mas preservando o espírito da presença do público, ainda que controlado”, complementou o governador.

Para que a Expointer fosse autorizada, a organização da feira, coordenada pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), contou com estudos do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), da Secretaria da Saúde, que definiu protocolos sanitários específicos para diversos setores da Expointer.

“Em conjunto, construímos um plano para que a feira aconteça com a maior segurança possível e possamos aproveitar este espaço de visitação, de exposição e de participação da comunidade como um espaço de autocuidado e de cuidado coletivo, e que seja uma grande vivência de cumprimento de medidas sanitárias que levaremos para o cotidiano”, afirmou a secretária da Saúde, Arita Bergmann.

“A Saúde está presente não só no planejamento e execução, mas também de forma direta na Expointer, com monitores, fiscalização, entre outras ações, para garantir que tenhamos um evento do tamanho do Rio Grande”, completou Arita.

Os cuidados com o público visitante e interno começarão na bilheteria, que será toda on-line para evitar contato e aglomerações com filas. Também haverá testes de Covid dos expositores. Os cuidados envolvem todos os setores, incluindo um cercamento eletrônico nos principais espaços, com bloqueio automático das catracas caso o limite de pessoas seja alcançado.

O público total que poderá circular pelo parque Assis Brasil por dia será de 25 mil pessoas, contando o limite de 15 mil visitantes e as 10 mil pessoas que compõem o público interno (trabalhadores em geral, expositores, copromotores, autoridades e imprensa).

Com isso, o limite que o evento alcançará é de 135 mil visitas nos nove dias de evento – o que representa menos de um terço do público da edição de 2019.

Ainda assim, a Expointer está sendo considerada pelo agronegócio como a feira da retomada econômica, pois, além de voltar a ocorrer de forma presencial, ocorre na sequência de importantes momentos da agropecuária gaúcha.

“O desafio é imenso, mas, ao lado dos nossos copromotores, nos propusemos a fazer um evento que retrate as conquistas do nosso agronegócio. Mesmo com as dificuldades impostas pela pandemia e pelas questões climáticas, os gaúchos produziram uma safra recorde de soja no verão, com mais de 20 milhões de toneladas de grãos. Temos boas projeções para a safra de inverno e recentemente recebemos o certificado internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação, um marco histórico esperado por 20 anos. Estes feitos elevam o otimismo das cadeias produtivas, que têm ajudado a alimentar o Estado, o país e o mundo com produtos de qualidade durante a pandemia”, disse a secretária da Agricultura, Silvana Covatti.

 

Participaram também da cerimônia no Salão Negrinho do Pastoreio, no Palácio Piratini, de forma presencial, o vice-governador Ranolfo Vieira Júnior, secretários e deputados estaduais, o subsecretário do parque Assis Brasil, Gabriel Fogaça, e os copromotores da feira – Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS), Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no RS (Simers) e prefeitura de Esteio. Outros representantes setoriais e autoridades participaram de forma virtual.

Protocolos sanitários –  Os portões de acesso ao parque ficarão abertos das 8h às 19h30. Os ingressos serão vendidos pela internet, antecipadamente, mediante o preenchimento de formulário elaborado pelo Cevs. Todos serão obrigados a usar máscara e passarão por uma triagem na entrada do parque, com medição de temperatura.

Não será obrigatório estar vacinado contra a Covid-19 para participar do evento. No entanto, projeções do governo do Estado indicam que todos os adultos terão recebido pelo menos a primeira dose da vacina ainda neste mês de agosto.

O público interno (expositores, copromotores e trabalhadores em geral), que estará presente durante os nove dias de Expointer, deverá providenciar o exame e apresentar o resultado negativo ou não detectável para Covid, no primeiro dia de acesso ao parque.

Dentro do Assis Brasil, haverá dispensers de álcool gel e lavatórios de mãos em pontos estratégicos. Além disso, 150 monitores treinados pela Secretaria da Saúde farão abordagens educativas sobre a prevenção contra a Covid-19, orientarão sobre uso da máscara e ajudarão a verificar o cumprimento das regras sanitárias.

Estarão proibidas as seguintes atividades dentro do parque: eventos como happy hour, coquetéis, entre outros; oferta de produtos para degustação; excursões; parque de diversões; qualquer tipo de shows, atividades promocionais ou ações que possam gerar aglomeração de pessoas; música alta que prejudique a comunicação entre clientes; danças, bailes e a permanência de pessoas em pé em ambientes fechados.

Animais, máquinas e agricultura familiar – Os animais, que configuram a principal atração da feira, apresentaram aumento expressivo na representatividade em relação à Expointer passada. Neste ano, irão a julgamento no parque 2.820 animais de argola, enquanto na edição anterior foram 1.019. O destaque será para a participação de ovinos. Ao todo, 810 ovinos foram inscritos na exposição. O número supera o de 2019 (782), a última feira antes da pandemia.

O Pavilhão da Agricultura Familiar contará com a participação de 216 agroindústrias e empreendimentos de artesanato, plantas e flores. Em 2020, foram 52 estandes em formato drive-thru.

O setor de máquinas agrícolas também estará presente. Até o início deste mês, 85 empresas já haviam confirmado participação. Segundo o Simers, a expectativa é que as máquinas faturem cerca de 40% do valor das vendas realizadas na Expointer de 2019. Naquele ano, a intenção de vendas das máquinas alcançou R$ 2,69 bilhões.

O evento contará ainda com eventos técnicos diversificados, como seminários e workshops. Quando presencial, esta programação irá acontecer a partir do cumprimento de todos os protocolos sanitários, com limitação de público por metro quadrado, distanciamento entre os assentos e higienização dos espaços.

Fonte: Portal DBO - Secretaria de Comunicação / Agência de Notícias RS

Quinta, 19 de Agosto de 2021
Volume de fretes do agronegócio cresce 65% no primeiro semestre
Volume de fretes do agronegócio cresce 65% no primeiro semestre Fonte: Canal Rural

O volume de fretes rodoviários no agronegócio cresceu 65% no primeiro semestre de 2021, segundo levantamento divulgado pela Fretebras. Segundo a companhia, os fretes do setor produtivo representam 37% da movimentação da plataforma Fretebras nos seis primeiros meses, com uma movimentação que chegou a R$ 10,8 bilhões.

Considerando apenas o segundo trimestre, o crescimento foi de 83% no geral. O agro cresceu 69% neste período. Os estados que representam o maio volume de fretes são São Paulo (21,5%), Minas Gerais (15,7%) e Paraná (13,2%). Já os que mais cresceram na primeira metade de 2021 foram Tocantins, que cresceu 170%, favorecido pelo maior plantio de soja; Piauí, com alta de 145%, também levando em conta um aumento na produção de grãos e Sergipe, que foi a “grande novidade”, segundo a Fretebras, graças à inauguração de uma fábrica de fertilizantes da Unigel, com capacidade de atender ao consumo da América do Sul. O Brasil é o maior importador de fertilizantes e isso deve atender ao mercado nacional.

Produtos mais movimentados

Segundo o IBGE, a produção do agronegócio cresceu 3,8% no segundo trimestre. Isso levou a um aumento da necessidade de escoamento, que acontece principalmente pelo modal rodoviário. Os produtos mais transportados no primeiro semestre foram fertilizantes (29%), soja (13%) e milho (10%). Este último poderia ter tido desempenho melhor, não fossem as quebras na safrinha pela estiagem e pelas geadas.

Os fertilizantes cresceram 122% no semestre e 141% no segundo trimestre. A soja cresceu 28% no semestre e 6% no segundo trimestre. Já o milho cresceu 37% no semestre e 31% no segundo trimestre.

O açúcar, que representa apenas 6% do produto total de fretes do agro, cresceu 66% no primeiro semestre e 52% no segundo trimestre. O arroz representa 2% dos fretes e cresceu 54% na primeira metade do ano. No segundo trimestre, o aumento foi de 89%. O trigo, que está na entressafra, caiu 18% no primeiro semestre e 16% no segundo trimestre. O grão representa 2% do total.

Fretes por região

O Rio Grande do Sul e o Paraná são os estados com maior representatividade nos transportes rodoviários do agronegócio, cada um respondendo por 15%. Ambos se destacara, no primeiro semestre, pelo transporte de soja, milho e fertilizantes. São Paulo vem logo atrás, com 14%, destaque para fertilizantes, açúcar e melancia. Ao todo, as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste concentram 78% dos fretes do setor no Brasil.

Fonte: Canal Rural - Agência Safras

Quinta, 19 de Agosto de 2021
Governo quer queda de 10% na tarifa do Mercosul em 6 meses, diz Guedes
Governo quer queda de 10% na tarifa do Mercosul em 6 meses, diz Guedes Fonte: Terra.com.br/economia

O governo quer em seis meses baixar em 10% a tarifa externa comum (TEC) do Mercosul, disse nesta quinta-feira o ministro da Economia, Paulo Guedes, defendendo que a investida será útil para barrar o aumento da inflação.

"Estamos atrasados até. É até bom que ajuda a travar um pouco essa alta de inflação que está havendo aí, a gente dá uma travada. É uma hora de aumentar a oferta de alimentos, aumentar a oferta de aço, de material de construção, tudo isso aí dá uma acalmada no setor", disse ele, ao participar de audiência da Comissão de Relações Exteriores do Senado.

Segundo Guedes, a redução da TEC representa um passo inicial modesto, mas necessário para sinalizar para os parceiros a intenção do governo brasileiro de prosseguir com maior abertura comercial.

No âmbito do Mercosul, ele afirmou que o Uruguai concorda com o Brasil quanto à redução das tarifas e também na defesa de liberdade para os integrantes do bloco fazerem acordos, enquanto a Argentina é contra e o Paraguai "está em cima do muro".

O ministro destacou que o governo não quer que a cláusula de consenso no Mercosul seja de veto, afirmando que o país é grande demais e com muitos desafios para ser prisioneiro de um arranjo institucional ideológico e que não se moderniza.

Fonte: terra.com.br/economia

Imagem: Reuters

Quarta, 18 de Agosto de 2021
Melhoramento Genético
Melhoramento Genético Fonte: AF News Agrícola

A ciência da biotecnologia é sólida e o Brasil tem um dos melhores casos do mundo que são os inoculantes que fornecem boa parte do nitrogênio para a cultura da soja.  Até pouco tempo, quando se falava para o agricultor sobre bactéria, vírus, fungo, em geral, se pensava em doença. Agora há uma troca, uma inversão desse valor, porque a biotecnologia está demonstrando que ao colocar um microrganismo no campo, há um aumento de produtividade sem prejuízo para o meio ambiente.

A biotecnologia já se mostrou forte aliada da sustentabilidade no campo. Com o desenvolvimento de novas técnicas de edição genética, o horizonte é ainda mais promissor. Com as novas ferramentas poderemos obter plantas mais produtivas, nutritivas, tolerantes às pragas e ambientes de seca.  Para entender como a biotecnologia pode contribuir com o desenvolvimento de plantas adaptadas a ambientes hostis e, consequentemente, conservar, o meio ambiente, a CropLife Brasil conversou com o biólogo e Doutor em Biologia, Rafael de Souza, pesquisador do GCCRC (Centro de Pesquisa em Genômica Aplicadas às Mudanças Climáticas), com sede na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

Quais são as principais linhas de pesquisa desenvolvidas pelo GCCRC?

No GCCRC temos duas vertentes: uma voltada para a edição genômica e a outra voltada para microbioma (conjunto dos microrganismos vivendo em um ambiente). As duas com o mesmo objetivo: entender como o genoma das plantas pode ser manipulado para torná-las mais resilientes às mudanças climáticas. Na parte do microbioma, investigamos como lidar com microrganismos associados às plantas para torná-las mais tolerantes aos eventos climáticos. As duas frentes andam juntas. Na área genômica, buscamos alvos/genes que podem ser editados e modificados para aumentar a produtividade das plantas em condições de estresse ambiental. Nessas duas vertentes, a inspiração vem dos ambientes naturais brasileiros.

Qual é o principal trabalho do GCCRC envolvendo essas duas linhas de pesquisa?

O nosso foco está no milho, uma das mais importantes culturas agrícolas. Trabalhamos na região dos campos rupestres, vegetação presente nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Bahia. A maior parte do trabalho está concentrada no cerrado mineiro, região que passa por condições estressantes, como longos períodos de seca e radiação solar muito elevada. As plantas e o microbioma estão, naturalmente, adaptados a essas condições. Assim, são fontes de genes e de microrganismos que levam à adaptação em ambiente de seca.

O interessante é que o campo rupestre ocupa menos de 1% da área total do Brasil. No entanto, contém 15% de toda a biodiversidade brasileira. São mais de 5 mil espécies vegetais vivendo ali. Apesar de ser um ambiente extremamente estressante, com solo muito pobre – considerado um dos ambientes com menor quantidade de fósforo no mundo – e com longos períodos de seca, é o que chamamos de “hot spot” de biodiversidade. Foi isso que nos chamou bastante atenção: como um ambiente tão estressante, pode conter uma biodiversidade tão grande. A nossa hipótese é que as plantas e o microbioma passaram por tanto estresse que acabaram se adaptando.

Por exemplo, existem algumas plantas que são chamadas ressurgentes pois, quando começa a época de seca, parecem mortas porque secam completamente. Quando chega a primeira chuva, renascem. Existe um outro tipo de planta, chamada de sempre-verde que é justamente o contrário. Na época de seca, continua verde. e

Para entender esse comportamento, sequenciamos o genoma desses dois tipos de plantas e, assim, entendemos quais são os genes, quais são os mecanismos moleculares que fazem com que tenham essa tolerância. Depois, analisamos se podemos traduzir esses mecanismos para uma planta de interesse agrícola, como é o caso do milho. Essa é a parte de edição genômica. E isso também é feito para o microbioma. Investigamos o conjunto de microrganismos dessas duas espécies para entender quais bactérias e fungos as ajudam e tentamos transportá-los para uma planta. Nos baseamos no que a natureza já fez para tentar levar o comportamento para a cultura de interesse agrícola, como o milho e quem sabe, futuramente, para outras culturas.

Em que fase está o projeto?

Esse trabalho começou junto com o GCCRC, em 2016. No nosso pipeline de biotecnologia, o que fazemos é sequenciar o genoma, o microbioma que está associado àquela planta.

O GCCRC é uma parceria entre pesquisadores da Unicamp e Embrapa, com financiamento por 10 anos, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

O intuito do centro é fazer pesquisa básica e licenciar essas tecnologias para empresas que tenham interesse. Assim, podemos acelerar o processo de levar inovação para produtor.

Como a biotecnologia pode ajudar no enfrentamento das mudanças climáticas e contribuir para segurança alimentar?

A biotecnologia é uma peça-chave para promover a resiliência das plantas frente às mudanças climáticas. O que acontece muito é que esses eventos climáticos – de seca, de calor excessivo, de chuva e outras alterações – que são cada vez mais comuns, levam a um risco alimentar global.

A ciência da biotecnologia é sólida e o Brasil tem um dos melhores casos do mundo que são os inoculantes que fornecem boa parte do nitrogênio para a cultura da soja.  Até pouco tempo, quando se falava para o agricultor sobre bactéria, vírus, fungo, em geral, se pensava em doença. Agora há uma troca, uma inversão desse valor, porque a biotecnologia está demonstrando que ao colocar um microrganismo no campo, há um aumento de produtividade sem prejuízo para o meio ambiente. Encarando o cenário de que, em pouco tempo, vamos ter uma população de 10 bilhões de pessoas no mundo, o desafio é avançar com a biotecnologia com a agilidade necessária para resolver o problema da sustentabilidade. Não podemos correr o risco de ter uma planta que não seja resiliente às mudanças climáticas. A segurança alimentar tem que estar bem estabelecida. Então, o tempo é vital.

Fonte: AF News Agrícola - Crop Life Brasil

Quarta, 18 de Agosto de 2021
Negócios na soja devem ter ritmo moderado no Brasil
Negócios na soja devem ter ritmo moderado no Brasil Fonte: Safras & Mercados

    A tendência é de preços entre estáveis e mais baixos neste início de quarta no mercado brasileiro de soja, devido ao segundo dia seguida de realização em Chicago. Até o momento, o dólar opera em leve alta. O produtor segue retraído, esperando por cotações ainda melhores. Os negócios são pontuais.

     Os preços da soja subiram na terça-feira nas principais praças do país, apesar da volatilidade do dólar e de Chicago. No melhor momento do dia, as cotações subiram e houve melhor movimentação.

     O analista de SAFRAS & Mercado, Evandro Oliveira, destaca as indicações de negócios a R$ 182,00 no Porto de Rio Grande para embarque em outubro e pagamento em janeiro.

     Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 171,00 para R$ 172,00. Na região das Missões, a cotação avançou de R$ 170,00 para R$ 171,00. No porto de Rio Grande, o preço aumentou de R$ 174,00 para R$ 175,50.

     Em Cascavel, no Paraná, o preço passou de R$ 170,00 para R$ 170,50 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca subiu de R$ 174,50 para R$ 175,00.

     Em Rondonópolis (MT), a saca avançou de R$ 175,00 para R$ 177,00. Em Dourados (MS), a cotação passou de R$ 162,00 para R$ 164,00. Em Rio Verde (GO), a saca subiu de R$ 170,00 para R$ 171,00.

     O SAFRAS CTDI, índice de preço de soja do Brasil no mercado físico, calculado por SAFRAS & Mercado e pela China TickData, está em 230,05 pontos, com ganho de 0,74% sobre o dia anterior.

CHICAGO

* Os contratos com vencimento em novembro registram desvalorização de 0,47% neste momento, cotado a US$ 13,55 por bushel.

* O mercado estende o movimento de realização de parte dos lucros acumulados recentemente.

PREMIOS

* Os prêmios de exportação da soja estiveram em 155 a 165 pontos acima de

Chicago no final da terça no Porto de Paranaguá, para setembro. Para outubro, o prêmio era de 155 a 173 acima. Para março do ano que vem, o prêmio estava em 11 a 15 acima.

* Mais um dia de comportamento mistos para os prêmios, com os referenciais de safra atual subindo e os de safra nova estabilizados. O aumento do interesse e o ritmo moderado dos negócios no mercado físico sustentaram os prêmios.

CÂMBIO

*O dólar comercial registra alta de 0,2% a R$ 5,279. O Dollar Index registra perda de 0,07% a 93,07 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia encerraram em alta. Xangai, +1,11%. Tóquio, +0,59%.

* As principais bolsas na Europa registram índices em baixa. Paris, -0,36%. Londres, -0,32%.

* O petróleo opera em alta. Setembro do WTI em NY: US$ 67,18 o barril (+0,88%).

AGENDA

– A posição dos estoques de petróleo dos EUA até sexta-feira da semana passada será publicada às 11h30min pelo Departamento de Energia (DoE).

– EUA: A ata da última reunião de política monetária será publicada às 15h pelo Federal Reserve.

—–Quinta-feira (19/08)

– Estimativa de safra de cana-de-açúcar do Brasil – Conab, 9hs.

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30min.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

—–Sexta-feira (20/08)

– Japão: O índice de preços ao consumidor de julho será publicado na noite anterior pelo Ministério de Assuntos Internos e Comunicação.

– China: O Banco do Povo da China (Pboc, o banco central do país) anuncia na noite anterior a decisão de política monetária.

– Alemanha:  O índice de preços ao produtor de julho será publicado às 3h pelo Destatis.

– Atualização da evolução das lavouras argentinas e levantamento mensal – Ministério da Agricultura, na parte da manhã.

– Encerramento da crop tour da Pro Farmer e divulgação dos resultados de safra e produtividade de soja e milho nos EUA.

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso – IMEA, na parte da tarde.

Fonte: Safras & Mercado - Dylan Della Pasqua

Imagem: Arno Baasch

Quarta, 18 de Agosto de 2021
Brasil deve embarcar até 6,5 milhões de t de soja em agosto, aponta ANEC
Brasil deve embarcar até 6,5 milhões de t de soja em agosto, aponta ANEC Fonte: Safras & Mercados

    As exportações brasileiras de soja em grão deverão ficar entre 6,25 milhões e 6,5 milhões de toneladas em agosto, conforme levantamento semanal da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC). Em agosto do ano passado, as exportações ficaram em 5,57 milhões de toneladas. Em julho, o país embarcou 7,97 milhões de toneladas.

     Na semana entre 8 e 14 de agosto, o Brasil embarcou 1,26 milhão de toneladas. Para o período entre 15 e 21 de agosto, a ANEC indica a exportação de 1,4 milhão de toneladas. No acumulado do ano, a Associação projeta embarques de até 74,97 milhões até o final de agosto.

     Para o farelo de soja, a previsão é de embarques de 1,6 milhão de toneladas em agosto. No mesmo mês do ano passado, o total exportado foi de 1,61 milhão de toneladas. Em julho, volume ficou em 1,75 milhão de toneladas. Na semana passada, as exportações ficaram em 317,13 mil toneladas e a previsão para esta semana é de 438,17 mil toneladas. No acumulado do ano, os primeiros sete meses devem fechar com 11,62 milhões de toneladas embarcadas.

Fonte: Safras & Mercado - Dylan Della Pasqua

Quarta, 18 de Agosto de 2021
Mercado de trigo disponível segue andando de lado
Mercado de trigo disponível segue andando de lado Fonte: Agrolink

Condição das lavouras no estado do Paraná piorou para 12% ruim, 27% média e 61% boa

O mercado de trigo disponível segue de lado no estado do Rio Grande do Sul, de acordo com informações que foram divulgadas pela TF Agroeconômica. “Há praticamente uma unanimidade em moinhos referirem-se a uma moagem mais baixa e a uma enorme dificuldade em repassar preços para as farinhas. Moinhos locais falam em R$ 1.500,00/1.520,00 interior, vendedor pede de R$ 1.550,00 a R$ 1.600,00 FOB. Safra nova, tradings indicando R$ 1.350,00 no porto, industrias de rações indicando de R$ 1.300,00 até R$ 1.420,00 FOB, dependendo de onde e que volumes. Vendedores pedem R$ 1.450,00 interior. Preços de pedra subiram para R$ 81,00 base Panambi”, comenta. 

Em Santa Catarina a área cresceu 60%, produtividade poderá crescer 12% e produção atingir 307 mil toneladas. “O relatório mensal de acompanhamento das lavouras, divulgado nesta terça-feira pela EPAGRI registrou que em Santa Catarina, as operações de plantio encerraram na última semana de julho. A condição de lavoura é classificada como 100% boa, influenciado pelas condições climáticas favoráveis, apresentando boa sanidade e stand de plantas, com lavouras em pleno desenvolvimento vegetativo. Os eventos climáticos ocorridos (geadas com temperaturas baixas) não causaram danos a cultura. Merece atenção no momento, o baixo volume de chuvas, fator que preocupa técnicos e produtores”, completa. 

Condição das lavouras no estado do Paraná piorou para 12% ruim, 27% média e 61% boa. “Maior produtor de trigo do país o PR foi o estado que mais sofreu com os danos da seca e das geadas. O relatório do DERAL desta terça-feira registra que as condições do trigo paranaense pioraram 2% para 12% ruins, 27% média e 61% boas. Com isto, a oferta de trigo panificável deverá ser grandemente reduzida”, conclui. 

Fonte: Agrolink - Leonardo Gottems

Quarta, 18 de Agosto de 2021
200 mil toneladas de milho atenderá pequenos criadores do Brasil
200 mil toneladas de milho atenderá pequenos criadores do Brasil Fonte: Agrolink

Medida Provisória autoriza a compra do grão pela Conab a preços de mercado

 Os estoques destinados para a venda de milho aos pequenos criadores de animais de todo o país poderão contar com um aporte de até 200 mil toneladas do cereal. A compra será realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o produto será disponibilizado para os produtores por meio do Programa de Venda em Balcão (ProVB).

 A aquisição do grão foi autorizada pela Medida Provisória (MP), assinada nesta terça-feira (17) pelo presidente Jair Bolsonaro, e será publicada no Diário Oficial da União (DOU).  Segundo a MP, a Conab irá propor o limite máximo de compra por criador e o preço de venda do milho por estado ou região, que terá como base o preço de mercado. Também cabe à Companhia dimensionar a demanda de milho e realizar leilões públicos de compra ou remoção de estoque de milho.

 O presidente Bolsonaro destacou que a medida atende o pequeno criador, que terá acesso ao milho adquirido pela Conab diretamente do produtor. A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) afirmou que a MP era muito esperada pelos pequenos produtores. “É o milho balcão tão esperado pelos pequenos produtores, principalmente do Nordeste. É o pequeno produtor que terá acesso a um, dois, dez sacos de milho, que ele não pode comprar do grande produtor.”

 O volume de compra de milho para o ProVB será estabelecido anualmente por Portaria Interministerial dos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Economia, não podendo exceder 200 mil toneladas. Em situações excepcionais, esse limite poderá ser alterado.

 A medida visa assegurar o suprimento de insumos de maneira regular a inúmeras propriedades rurais, especialmente após a quebra de safra do milho. A compra será realizada por meio de leilões públicos e as diretrizes das operações serão divulgadas nos editais a serem publicados.

 “O milho a ser adquirido fortalecerá o desenvolvimento de um dos mais representativos segmentos da economia nacional, contribuindo para a manutenção do pequeno criador na sua atividade”, reforça o presidente da Conab, Guilherme Ribeiro.

 Apesar de o total a ser negociado representar menos de 1% da colheita da primeira safra do cereal, o volume terá grande impacto para a garantia na regularidade do abastecimento de um dos principais insumos utilizados pelos pequenos criadores no interior do país. “Em função da pequena escala de produção, via de regra, esses produtores não possuem pleno acesso ao mercado atacadista e, por isso, para se tornarem mais eficientes, necessitam do suporte do governo federal para a continuidade de seus negócios, principalmente os que residem nas regiões Norte e Nordeste, assegurando renda e empregos”, explica o Diretor de Operações e Abastecimento da Companhia, José Trabulo.

 O milho foi uma das culturas mais afetadas pelas condições climáticas registradas durante o ano safra 2020/2021. A produção total deve chegar a 86,7 milhões de toneladas, sendo 24,9 milhões de toneladas na primeira safra, 60,3 milhões de toneladas na segunda e 1,4 milhão de toneladas na terceira safra. Apenas para a segunda safra do cereal, a queda na produtividade estimada é de 25,7%, uma previsão de 4.065 quilos por hectare.

 Programa de Vendas em Balcão

O ProVB tem como objetivo promover o acesso do pequeno criador de animais ao estoque público de milho. Serão beneficiários do programa os pequenos criadores de animais, inclusive os aquicultores, caracterizados de acordo com a política nacional de agricultura familiar.

Para ter acesso ao Programa, o interessado deverá ter Declaração de Aptidão do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP) ativa, estar cadastrado no Sistema de Cadastro Nacional de Produtores Rurais, Público do PAA, Cooperativas, Associações e demais Agentes (Sican), da Conab, além de estar em situação regular junto ao Sistema de Registro e Controle de Inadimplentes (Sircoi), da Conab.

Fonte: Agrolink - Aline Merladete

Imagem: Leonardo Gottems

Quarta, 18 de Agosto de 2021
Dólar sente pressão do mercado de juros e salta acima de R$5,35 com temores fiscais
Dólar sente pressão do mercado de juros e salta acima de R$5,35 com temores fiscais Fonte: Terra.com.br/economia

O dólar à vista sofreu uma arrancada no fim da manhã e chegava ao começo da tarde desta quarta-feira em forte alta, confortavelmente acima de 5,30 reais, com o mercado de câmbio tomado por compras defensivas em meio a uma contínua pressão nos juros futuros.

O dólar à vista saltava 1,59%, a 5,3523 reais, às 12h41 (de Brasília). O real tinha o pior desempenho global nesta sessão. O mercado de ações, bastante sensível ao comportamento dos juros, caía 0,9%, com o Ibovespa nas mínimas desde abril.

As taxas de DI disparavam nesta sessão, com os vértices mais longos em alta de até 15 pontos-base e acima de 10% ao ano a partir de janeiro de 2027 --alguns vencimentos em 2025 já flertam com dois dígitos.

O mercado de juros sentia a pressão de demanda por proteção de posições aplicadas em juro real via NTN-B, em meio a incertezas que vão da sustentabilidade da dívida pública até chances de o Banco Central precisar empurrar a Selic acima de 10% diante de uma pressão inflacionária que não se abate.

A perspectiva de juros mais altos por normalização da política monetária --que vigorou do início do ciclo de aperto monetário, em março, até pouco tempo atrás-- beneficiou a taxa de câmbio, mas mais recentemente o que se tem visto é o mercado turbinar apostas em taxas mais elevadas devido à deterioração das perspectivas fiscais e inflacionárias --que começam, por ora sem alarde, a colocar em dúvida estimativas otimistas de crescimento econômico para este ano e o próximo.

Sinal da piora na percepção de risco, o spread entre as taxas de DI de janeiro 2027 e janeiro 2023 subia a 168,5 pontos-base nesta quarta, nas máximas desde o começo de junho e bem distante dos 108 pontos-base do fim de julho.

"Esperamos que o ruído fiscal seja uma constante pelo restante do ano no Brasil, à medida que os riscos aumentam progressivamente conforme o ciclo eleitoral se aproxima", disse em relatório o economista-chefe para Brasil do Barclays, Roberto Secemski.

"A pressão para gastar é real, e o teto de gastos pode não escapar ileso desta vez. Limitar a perda de credibilidade fiscal será fundamental para preservar a estabilidade macroeconômica", completou.

Fonte: terra.com.br/economia

Imagem: Reuters

Quarta, 18 de Agosto de 2021
Ferrovias: malha do Brasil é curta e falta dinheiro, avaliam especialistas
Ferrovias: malha do Brasil é curta e falta dinheiro, avaliam especialistas Fonte: Canal Rural

Com basicamente duas operadoras privadas, 40% dos trilhos no Brasil estão sem uso, o frete é 50% mais caro do que em países concorrentes e só 15% da infraestrutura atende ao setor

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Maior linha de trem do Brasil, a Ferrovia Norte-Sul tem mais da metade dos trilhos fora de operação. Planejada para ser a “espinha dorsal” do sistema ferroviário nacional, dos 4,1 mil km previstos, opera com 1,4 mil km entre Palmas (TO) e Estrela d’Oeste (MT). É o melhor exemplo da situação do modal ferroviário no país, subutilizado e pouco desenvolvido, especialmente no setor agropecuário.

Segundo o presidente da Associação Nacional dos Usuários de Transportes de Carga (Anut), Luiz Antônio Baldez, atualmente, 30 mil quilômetros da malha ferroviária brasileira estão nas mãos da iniciativa privada, mas apenas 12 mil km estão em operação, sendo que 80% da carga é composta por minério de ferro, 15% por produtos agropecuários e 5% de outros tipo de mercadoria. “É muito pouco. O Brasil precisa ampliar sua malha ferroviária para uns 50 mil quilômetros e diversificar as cargas”, afirma o representante da Anut.

Para piorar ainda mais a situação, Baldez indica que o frete brasileiro é 50% mais caro do que nos países concorrentes em produção de commodities, como os Estados Unidos e a Argentina. “A diferença de preço entre os fretes ferroviário e rodoviário é praticamente zero: R$ 120 por TKU (tonelada-quilômetro útil)”, aponta.

“O milho produzido no norte de Mato Grosso, para abastecer a suinocultura e a avicultura do Nordeste, é mais caro para os nordestinos do que o milho importado dos americanos. No Sul, o mesmo acontece com os cereais que vêm da Argentina. Nossa logística ainda é muito precária na área de ferrovias e sem isso temos dificuldade em competir com o mercado externo”, acrescenta.

Baldez diz que não vê solução para o gargalo logístico no curto ou médio prazo. “Uma ferrovia de 400 km leva, no mínimo, quatro anos para ser construída, desde a desapropriação até a instalação dos trilhos”.

O atual plano trienal do governo para a gestão do modal envolve R$ 46,6 bilhões em investimentos (entre 2019 e 2021) — o menor valor entre todos os tipos de transporte — de acordo com o Ministério da Infraestrutura (MInfra). “Temos muita coisa pra fazer no Brasil, mas o orçamento é realmente curto”, disse o diretor do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz, em entrevista recente ao Canal Rural.

“O grande gargalo no Brasil continua sendo o transporte ferroviário, que é um modal caro, embora seja o mais eficiente”, afirmou o também consultor da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja). “O que nós temos que fazer é ampliar nossas ferrovias e hidrovias”, defende Vaz.

Concessões de ferrovias

Apesar do cenário desanimador, o presidente da Anut pondera que um projeto que está tramitando no Senado propõe a modernização do setor, com a entrada de novos investidores. O texto foi apresentado em 2018, pelo senador José Serra (PSDB-SP).

Nesta semana, o relator da proposta, senador Jean Paul Prates (PT-RN), sinalizou que não vai protestar caso o governo edite uma medida provisória com o mesmo conteúdo. A ideia é defendida pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas.

Atualmente, a malha ferroviária é administrada basicamente por duas empresas, a Rumo e a Vale.

Procurada pela reportagem, a Rumo, que controla 14 mil quilômetros de trilhos em nove estados, declarou, por nota, que está trabalhando para reduzir os custos do transporte.

“Aumentamos os volumes movimentados com uma tarifa cada vez mais competitiva no principal corredor de exportação do agronegócio brasileiro, o trecho que liga o Terminal Ferroviário de Rondonópolis (MT) ao Porto de Santos (SP). Uma tonelada de soja que sai de Sorriso (MT) e é movimentada de trem de Rondonópolis a Santos custava R$ 175 ao produtor em 2016. Em 2020, o valor era de R$ 130 por tonelada. É uma redução de 26% em cinco anos, em valores nominais”, afirma a companhia.

Futuro

A Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) reconhece que seis novos projetos ferroviários ainda estão em fase de discussão, sem previsão de sair do papel. No entanto, destaca que a produção de transporte ferroviário apresentou um salto de 30,1% na comparação de março de 2021 com o mesmo período do ano passado. “Foi registrado aumento por todas as concessões ferroviárias do país, e na totalidade dos setores analisados”, pontua.

O órgão declara que “há um esforço do governo para ampliar esse modal e as perspectivas são bastante encorajadoras para investidores internacionais”. O posicionamento é endossado por Vaz, do Movimento Pró-Logística: “O atual governo tem sido batalhador para conseguir implantar essas ferrovias”.

O consultor de Logística da Confederação Nacional do Agronegócio (CNA), Luiz Antônio Fayet, no entanto, diz que tem feito contrapontos à gestão atual, na área de infraestrutura. “Eu sou um crítico da política que está sendo adotada em transportes, de modo geral”, posiciona-se o especialista.

Para o fim de agosto, está prevista a  assinatura do contrato de concessão da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). O primeiro traçado do projeto tem 537 km de extensão e atravessa vários municípios da Bahia. A Fiol 2, que interligará Caetité a Barreiras com extensão de 485 km, está em construção pela Valec. E a Fiol 3, entre Barreiras e Figueirópolis com cerca de 505 km, possibilita a conexão da ferrovia inteira à Ferrovia Norte-Sul.

Outra meta do governo é avançar nas obras da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), entre Mara Rosa (GO) e Vilhena (RO), com estimados 1.641 km de extensão, além de dar andamento à concessão da Ferrogrão (EF-170), em trecho com mais de 900 km de extensão, entre Sinop (MT) e Porto de Miritituba (PA).

“Nós vamos ter três grandes ferrovias disponibilizadas em função dos grãos no MT”, prevê Vaz. “Nossa logística tem evoluído muito. Tínhamos muito pouca produção sendo escoadas pelo Arco Norte”, acrescenta, otimista. O especialista estima que, em 2009, nove milhões de toneladas de grãos eram escoados pelos terminais logísticos das regiões Norte e Nordeste, volume que chegou a 42,3 milhões de toneladas em 2020 — número comparável ao escoamento do Porto de Santos.

 

Trilhos 

Confira quais são os principais trens voltados para o agronegócio e os projetos para a expansão da malha ferroviária:

Ferrovia Norte-Sul

4.155 quilômetros planejados

1.436 km em operação : Palmas (TO) – Estrela d’Oeste (MT)

Ferronorte (Malha Norte)

A Ferrovia Norte Brasil (EF-364) é uma ferrovia diagonal com 755 km, que passa pelo Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, ligando Santa Fé do Sul (SP) a Rondonópolis (MT)

735 km em operação – MS-MT

Ferronorte (Malha Sul)

A Malha Sul é operada pela Rumo e tem 7.223 km de extensão

2.100 km estão sem tráfego e 1.200 km são subtilizados

MRS 

A MRS tem 1.820 km e é operada pela MRS Logística.

 

Novos projetos:

Ferrogrão

Tem 990 km, mas somente em 2030 estará operando (previsão).

Fiol

Tem 1.527 km de extensão entre Ilhéus (BA) e Figueirópolis-TO. Hoje somente 537 km entre Ilhéus e Caetité (BA) estão sendo construídos com previsão de término em 2026.

Fico

Tem 1.640 km de extensão entre Mara Rosa (GO) e Vilhena (RO).

Está em construção 383 km entre Mara Rosa e Água Boa (GO). Deve estar pronta em 2026.

Fonte: Canal Rural - Bruno Cirillo