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Quinta, 23 de Julho de 2020
Há exageros na divulgação de casos de Covid-19 em frigoríficos, diz Tereza Cristina
Há exageros na divulgação de casos de Covid-19 em frigoríficos, diz Tereza Cristina Fonte: Portal DBO

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, criticou a “reverberação muitas vezes maior do que o fato” em relação aos casos de coronavírus detectados em frigoríficos brasileiros.

“A reverberação muitas vezes é maior do que o fato. Essa é uma preocupação grande porque, quando você distorce a informação e ela chega lá fora, temos tido problemas com isso“, disse a ministra em webinar promovida na tarde desta terça-feira, 21, pelo site Jota.

 

Segundo a ministra, o avanço da Covid-19 para o interior do País acaba “acessando municípios com o agronegócio forte, além de plantas e frigoríficos”. “Mas este setor tem sido pouco afetado de maneira geral e, além disso, fizemos protocolos com entes públicos e privados e infectologistas (para prevenir a disseminação da doença nos frigoríficos)”, continuou.

 “Há poucos casos detectados em relação ao número de funcionários (nos frigoríficos)”, disse, e completou: “no Brasil, porém, é complicado, porque a gente tem vários setores que acabam trazendo cada um a sua opinião, mas isso faz parte da democracia.”

No mesmo webinar, o consultor Alexandre Mendonça de Barros, da MB Agro, lembrou que nos Estados Unidos o nível de abates de animais chegou a cair 40% por causa do fechamento de plantas frigoríficas em razão da Covid-19. “Aqui no Brasil nada disso aconteceu e é bom lembrar disso.”

Fonte: Portal DBO

Quinta, 23 de Julho de 2020
China irá dobrar demanda por produtos agrícolas até 2050 e Brasil se destaca como fornecedor.
China irá dobrar demanda por produtos agrícolas até 2050 e Brasil se destaca como fornecedor. Fonte: Noticias Agrícolas

A China deverá dobrar sua demanda por produtos agrícolas até 2050. A declaração é do Ministro Conselheiro Qu Yuhui da Embaixada da China no Brasil, durante o webinar “Agricultura e Inovação: Um olhar estratégico para as relações entre Brasil e China”, promovido pelo Conselho Empresarial Brasil-China, nesta quarta-feira (23). 

Segundo Yuhui, até 2027, as importações chinesas de carne bovina já poderiam dobrar e chegar as 8 milhões de toneladas. Hoje, as compras da nação asiática já podem alcançar um volume maior do que a produção total da União Europeia, por exemplo.  "Temos a maior classe média do mundo com 400 milhões de pessoas. E assim, a demanda não vai só aumentar, como será mais sofisticada para produtos agropecuários", afirma o ministro. 

E o Brasil tem papel determinante para atender a este crescimento. Hoje, a participação da carne bovina brasileira é de cerca de 30%, mas o potencial para ampliar esse percentual é bastante grande. O essencial é, todavia, que o agronegócio brasileiro e seus empresários e exportadores possam aprimorar as relações comerciais entre os dois países. 

"Os empresários brasileiros deveriam investir mais no estudo do mercado chinês e serem mais agressivos no mercado da China, com uma melhor integração das cadeias produtivas", acredita o ministro. "A demanda chinesa ainda vai crescer muito e o papel do Brasil será determinante. 

O embaixador Orlando Leite Ribeiro, do Ministério da Agricultura, lembrou ainda que as exportações de carnes do Brasil para a China registraram um crescimento de 114% no primeiro semestre deste ano se comparadas ao mesmo período de 2019, citando o combustível para este aumento vindo ainda dos impactos causadas pela Peste Suína Africana, principalmente nos últimos dois anos, nos planteis chineses. 

SUSPENSÃO DE FRIGORÍFICOS

Sobre os frigoríficos braisleiros com sua habilitação de exportação para a China ainda suspensa, o ministro explicou que tratam-se "de medidas temporárias e que ainda precisam de ajustes, mas que vale como medidas apenas de precaução e prevenção". Yuhui explica que os indícios de que a embalagem e até mesmo o próprio alimento poderiam ser veículos para o novo coronavírus fez com que a China tomasse medidas como esta para evitar novas ondas de contágio. 

"Ainda ná há total certeza sobre isso, mas é uma prevenção. E como há 102 outros frigoríficos habilitados, não acredito que haverá grande impacto para o comércio entre China e Brasil", afirma Yuhui. 

Fonte: Noticias Agrícolas

Quinta, 23 de Julho de 2020
Arroz – Balanço Semestral
Arroz – Balanço Semestral Fonte: AF News Agricola

De janeiro a junho, o dólar acumulou um aumento de quase 25% no câmbio brasileiro comparando a média mensal do período. Esse cenário, associado ao aumento da demanda de arroz no mercado doméstico, fez com que o produto apresentasse expressiva valorização neste primeiro semestre, atingindo uma alta de 40% em comparação com igual período do ano passado. Confira o balanço do arroz e o que balizou o mercado nos primeiros seis de 2020:    

Mercado do Arroz Brasil

O mercado do arroz foi marcado por uma forte alta nas cotações neste primeiro semestre de 2020, associado principalmente a valorização do dólar ante ao real e o aumento do consumo do cereal no mercado doméstico, influenciado também pelo isolamento social, desencadeado pela pandemia do coronavírus.

Mesmo durante o forte da colheita de arroz safra 2019/20, o cereal se manteve em bons patamares de preço, porque o dólar em alta limitou a importação de arroz de países vizinhos, aumentando a necessidade de aquisição do produto nacional, proveniente principalmente do Sul do Brasil.

O baixo volume produzido na última safra estimada inicialmente em 10,51 milhões de tons, atrelado ao estoque limitado da safra 2018/19 em 322,6 mil toneladas, deram margem para que os produtores de arroz conseguissem preços mais atrativos mesmo no período de colheita, onde a oferta estava mais aquecida.

Nos primeiros meses de comercialização da safra 2019/20, os principais fatores de determinação dos preços foram justamente a paridade de importação e exportação. Tendo como pano de fundo a situação da demanda pelo mercado nacional, que passou a ter mais destaque nos ajustes de preços, a medida que o consumo por parte do varejo ia aumentando, especialmente a partir de março, com o isolamento social.

Em junho, foram realizados ajustes nos estoques de arroz do mercado brasileiro e de acordo com a Conab, em ultimo levantamento de oferta e demanda, a produção de arroz este ano ficou ajustada em 11,126 milhões de tons. O consumo foi ajustado para mais, com 10,8 milhões de tons, o que resultaria em um estoque final de 438,4 milhões de tons, uma redução de 47,05% comparado ao levantamento do mês de maio, mas acima em 11,09% ante os 393,7 mil finalizados em 2019.

 

Cotação do Arroz

Como o dólar saiu da casa dos R$ 4,15 da média mensal em janeiro e atingiu os R$ 5,41 em maio, o preço do arroz foi se ajustando a medida que o indicador ia crescendo. Sendo assim, todos os meses deste ano, apresentaram uma forte valorização quando comparado com o mesmo período do ano anterior.

Segundo o Esalq/Senar-RS, em janeiro deste ano, o preço médio do arroz no Rio Grande do Sul fechou a R$ 49,53/saca com alta de 23,30% ante o mesmo período do ano anterior. Em fevereiro e março, os indicadores subiram 26%. Em abril, a cotação mensal foi de R$ 54,46/saca ante os 41,78/saca de maio de 2019. Em maio, o preço aumentou 37,49%, chegando a R$ 60,80/saca em média. Mas foi no mês de junho, que o mercado do arroz apresentou a sua maior valorização, registrando a média de R$ 61,84/saca contra os R$ 43,98/saca em igual período do ano anterior, representando um avanço de 40,61% de aumento.

Aos produtores, a cotação do arroz se mostrou com uma rentabilidade bem maior ao mesmo período do ano anterior. Em seis meses, os indicadores tiveram elevação de 25,75% a 31,76%, no Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo. Apenas o Estado de Santa Catarina é que teve seus indicadores recuados. Confira os dados abaixo:

 

Arroz Mercado Externo

A comercialização mundial de arroz acabou tendo uma forte retração nos primeiros meses do ano, dado o cenário de incertezas devido a pandemia do coronavírus, que causou forte impacto na China, local onde se originou a doença e também, onde se concentra também a população que mais consome arroz no mundo.

A medida que o coronavírus ia se disseminando, as maiores economias globais foram decrescendo, o que impactou diretamente no mercado das commodities agrícolas.

Por conta da desaceleração das economias, com o isolamento social e paralisação nas fábricas, a demanda por arroz ficou incerta, o que acentuou as quedas, conforme se nota no gráfico abaixo.

Somente no mês de abril, é que os indicadores começaram a apresentar uma recuperação, momento em que os asiáticos começaram a retornar com as atividades comerciais.

Em maio, houve uma correção dos preços no mercado, mas em junho, as negociações voltaram a ter mais volume, com a reabertura de outros países que estavam em quarentena facultativa, o que trouxe mais liquidez a cotação do arroz no mercado externo.

Com isso, os contratos futuros do arroz fecharam com variações mistas neste primeiro semestre na Bolsa de Chicago.

 

Produção Mundial de Arroz

Com relação a oferta e demanda mundial de arroz, no último relatório do USDA, publicado no mês de junho, a safra 2019/20 tinha uma previsão de produzir 494,29 milhões de toneladas de arroz, com um consumo de 489,83 milhões. O resultado dos estoques finais ficaram projetados em 181,26 milhões de tons, sendo esse volume, também tomado como estoque inicial da safra 2020/21.

Para o próximo ciclo, o USDA projetou um aumento de produção, para 502,09 milhões de tons, mas também reportou acréscimo no consumo mundial, que junto com as exportações, ficou em 542,89 milhões de toneladas, resultando assim em um estoque final de 185,35 milhões de tons, com uma alta de 2,25% ante a safra anterior.

Essa queda possivelmente ainda está associada ao efeito da pandemia do coronavírus, uma vez que para combater a disseminação do vírus, bares e restaurantes precisaram ser fechados em todo o mundo, reduzindo os locais de consumo do cereal e aumentando assim, os estoques disponíveis.

Fonte: AF News Agricola

Quinta, 23 de Julho de 2020
Conheça nova tecnologia da Embrapa que faz avaliação biológica do solo
Conheça nova tecnologia da Embrapa que faz avaliação biológica do solo Fonte: Canal Rural

Uma das principais vantagens, segundo pesquisadores, é poder se antecipar a mudanças que estejam ocorrendo na matéria orgânica

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A partir de agora, além das análises químicas e físicas, produtores rurais e consultores agrícolas também contarão com uma nova aliada para avaliar a saúde dos solos. Pesquisadores da Embrapa desenvolveram uma tecnologia que permitirá revelar aspectos relacionados ao funcionamento biológico do solo que, até então, passavam despercebidos nas análises de fertilidade, mas que podem impactar o desempenho econômico das lavouras e a sustentabilidade dos agroecossistemas.

Chamada de BioAS, a tecnologia é a peça que faltava para melhor compreensão do potencial produtivo desse recurso natural. A afirmação é de Ieda Mendes, pesquisadora da Embrapa Cerrados (DF), que lidera o projeto Bioindicadores. “A biologia é a base da saúde do solo. Até então, não tínhamos ideia de como estava o funcionamento da maquinaria biológica dos nossos solos. A BioAS muda isso”, declara.

A tecnologia consiste na análise de duas enzimas (beta-glicosidase e arilsulfatase) que estão relacionadas ao potencial produtivo e à sustentabilidade do uso do solo. Elas estão associadas, respectivamente, aos ciclos do carbono e do enxofre e funcionam como bioindicadores da saúde do solo. Quantidades elevadas desses bioindicadores indicam sistemas de produção ou práticas de manejo do solo adequadas e sustentáveis. Por outro lado, valores baixos servem de alerta para o agricultor reavaliar o sistema de produção e adotar boas práticas de manejo.

Capaz de antecipar mudanças no solo

Uma das principais vantagens da tecnologia, segundo os especialistas, é justamente antecipar mudanças, positivas ou negativas, que estejam ocorrendo na matéria orgânica do solo em função do manejo adotado na propriedade. Isso ocorre, de acordo com a cientista, porque os bioindicadores são mais sensíveis que os indicadores químicos e físicos. Além disso, as alterações nas comunidades microbianas podem ser detectadas com mais rapidez. “A tecnologia BioAS é como se fosse um exame de sangue do solo que nos permite antecipar problemas de saúde que até então eram assintomáticos”, declara Ieda Mendes.

Além de serem sensíveis para detecção de mudanças no solo, essas enzimas estão relacionadas ao funcionamento do solo (ciclagem de nutrientes), são interpretáveis (teores baixo, médio e alto), apresentam coerência e reprodutibilidade e possuem simplicidade analítica com custo relativamente baixo e sem gerar resíduos. Do ponto de vista do agricultor, estão relacionadas ao rendimento de grãos, daí a importância econômica. Essas enzimas também são relacionadas à matéria orgânica do solo, o que denota importância ambiental.

Durante os últimos vinte anos, pesquisadores da Embrapa se dedicaram à seleção desses bioindicadores. Durante esse trabalho, foram desenvolvidas diferentes tabelas de interpretação que permitem saber exatamente se o nível de atividade dessas moléculas, em diferentes tipos de solo, está baixo, médio ou adequado. Esse foi o grande diferencial do projeto Bioindicadores.

Laboratórios habilitados

A tecnologia BioAS está disponível para o agricultor brasileiro por meio de uma rede de laboratórios habilitados pela Embrapa. Laboratórios de todo o Brasil poderão se integrar, progressivamente, à Rede Embrapa BioAS. Eles estarão conectados aos servidores da empresa por meio de um sistema denominado Módulo de Interpretação da Qualidade do Solo da Tecnologia BioAS, que envolve inclusive o cálculo de Índices de Qualidade de Solo (IQS).

De acordo com o pesquisador Guilherme Chaer, da Embrapa Agrobiologia (RJ), um dos responsáveis pelo desenvolvimento desse módulo, os IQS são calculados com base nas propriedades químicas e biológicas em conjunto (IQSFertbio ) e separadamente (IQSBiológico e IQSQuímico). “Trata-se de uma forma simples e eficiente de quantificar a qualidade ou saúde de um solo. Além disso, estamos disponibilizando escores para avaliar o funcionamento do solo com relação à ciclagem, armazenamento e suprimento de nutrientes”, explica.

Os parâmetros de referência e tabelas de indicadores envolvidos na tecnologia BioAS são atualizados sistematicamente, com base na rede de experimentos da Embrapa de calibração e desenvolvimento dessa tecnologia. Com isso, os clientes dos laboratórios sempre terão laudos contendo resultados com interpretação atualizada, safra a safra.

Até o momento, nove laboratórios comerciais de cinco estados do Brasil (Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo e Paraná) foram capacitados pela Embrapa para incluírem em suas rotinas as análises das duas enzimas do solo que são parte da tecnologia BioAS. “Essa tecnologia é a ferramenta que faltava pra fechar o ciclo de diagnóstico”, afirma Renato Alves Filho, responsável técnico e diretor nacional do Laboratório Solos & Plantas, de Sorriso (MT).

Segundo ele, com a capacitação recebida pela Embrapa, foi possível reproduzir no laboratório da empresa o método com valores precisos. “A partir de agora, conseguiremos avaliar a eficiência dos manejos adotados nas propriedades e, com os resultados de fertilidade e textura, gerar o Índice de Qualidade do Solo Fertbio. Isso se traduz em mais informação, mais assertividade das ações e, por consequência, melhores resultados”, enfatiza.

De acordo com o pesquisador Fábio Bueno, para desenvolver essa tecnologia, a estratégia foi facilitar tanto para o agricultor quanto para os laboratórios que vão fazer a BioAS. “A coleta de solo para a bioanálise é feita da mesma forma que se faz para as análises tradicionais. A época de coleta é a mesma (após a colheita das culturas) e quase todos os procedimentos são idênticos. A única coisa que irá mudar é que, para a BioAS, o solo tem que ser coletado na camada de zero a dez centímetros. No laboratório esse solo vai passar pelos mesmos procedimentos de secagem ao ar utilizados para fazer as análises químicas”, explica. “A amostragem do solo para a BioAS é extremamente simples e prática”, enfatiza o coordenador de pesquisa da SLC Agrícola, Vitor Vargas.

O produtor rural José Mário Ferreira, de Padre Bernardo (GO), acredita que a tecnologia BioAS vai auxiliar no processo de tomada de decisão na propriedade. “Precisamos de informações para ajudar no planejamento. Tínhamos uma lacuna que nos impedia de avaliar a capacidade produtiva do solo nessa visão mais integrada. A análise ligada à biologia do solo veio para auxiliar nesse sentido”, acredita.

Segundo Ieda Mendes, os agricultores já estavam percebendo que, muitas vezes, o resultado da análise tradicional não condizia com a produtividade obtida. “Tínhamos solos com propriedades químicas semelhantes, dentro do mesmo contexto climático e de cultivo, mas com níveis de produtividade muito distintos. Com a bioanálise, conseguimos mostrar por que isso está acontecendo.”

É o caso do agrônomo João Batista de Almeida, consultor da fazenda Ribeirão (Itiquira, MT). Segundo ele, a produtividade da fazenda não estava sendo explicada somente pelas análises químicas. “Nós tínhamos áreas com teores muito baixos de nutrientes e com bons tetos produtivos. Isso não era explicado quimicamente. Com essa nova tecnologia da Embrapa, hoje podemos fazer avaliação tanto química, quanto física e biológica dos nossos solos. Esse é um parâmetro muito importante para podermos tomar decisão com relação ao manejo e, assim, conseguirmos produtividades mais altas e redução do custo de produção,” prevê.

A biologia do solo

Um grama de solo possui cerca de um bilhão de bactérias e 100 mil fungos. Esses valores dão uma ideia da imensa diversidade genética e metabólica das comunidades microbianas do solo e, consequentemente, dos variados processos em que elas atuam. Com a fauna e as raízes das plantas, os microrganismos constituem a maquinaria biológica do solo. Sendo a parte viva e mais ativa da matéria orgânica, podem ser utilizados como bioindicadores de saúde do solo.

Solos saudáveis são biologicamente ativos, produtivos e resilientes, que promovem a saúde das plantas, pessoas e animais e que preservam a qualidade ambiental, proporcionando, entre outros benefícios, o sequestro de carbono, o armazenamento e infiltração de água, a ciclagem de nutrientes, a biorremediação de pesticidas e a mitigação da emissão de gases de efeito estufa.

Solos quimicamente semelhantes, porém biologicamente distintos

No experimento de rotação de culturas na soja (RCS), conduzido desde 2008 pela Fundação Mato Grosso, em Itiquira (MT), os pesquisadores compararam o rendimento de grãos de uma mesma cultivar de soja em monocultivo, rotação e sucessão de culturas com várias espécies vegetais, com destaque para a braquiária. Durante os seis anos iniciais do experimento não houve diferença significativa no rendimento de grãos. No sétimo ano do experimento (2014/2015), ocorreu um veranico no estágio reprodutivo da soja, e a sucessão soja/braquiária produziu 29 sacas por hectare (sc/ha) a mais que a soja em monocultivo.

“Quando analisamos o que justificaria essa diferença verificamos que somente com os resultados da análise química do solo não era possível explicar, pois as áreas eram semelhantes. Isso mostrou claramente a limitação do conceito mineralista (baseado somente nos teores de nutrientes) para determinar a fertilidade do solo como um todo”, disse Ieda Mendes. Já a análise da matéria orgânica do solo (MOS) revelou que a área com braquiária apresentou 1,5 mais MOS. Por sua vez, os resultados da BioAS mostraram atividade quatro vezes maior da beta-glicosidase e oito vezes maior da arilsulfatase nessa mesma área. “Ou seja, os solos eram quimicamente semelhantes, mas biologicamente distintos. Entretanto, com a análise convencional, isso dificilmente seria detectado”, compara.

A pesquisadora destaca que nos anos seguintes ao experimento, o tratamento com a soja em monocultivo (solo “doente”) nunca mais conseguiu obter os mesmos rendimentos dos tratamentos nos quais a soja é cultivada em rotação ou sucessão, sendo que, até a safra 2018/2019, a diferença acumulada era de 119 sacas por hectare.

Segundo Ieda, a melhor tolerância da sucessão soja/braquiária ao veranico foi relacionada à melhor estrutura física do solo nos tratamentos com braquiária e as enzimas funcionam como bioindicadores capazes de detectar essas alterações.

Ela explicou que a escalada da melhoria de um solo começa com mudanças na atividade biológica, seguida pelo aumento da MOS, o que resulta, com o passar do tempo, em maior ciclagem de nutrientes, melhor estruturação do solo e maior retenção de água. A cientista esclarece que, no fim, esses fatores resultam em maior produtividade, maior eficiência do sistema produtivo e, consequentemente, maior lucro para o produtor.

“Avaliamos vários trabalhos em diferentes experimentos de sistemas de produção e a correlação entre produtividade e os bioindicadores é sempre alta”, afirma Leandro Zancanaro, diretor de pesquisa da Fundação Mato Grosso. Segundo ele, não há dúvidas de que os bioindicadores serão ferramentas valiosas para melhor entendimento da produção.

A SLC Agrícola também participou da validação da tecnologia. Em 2018, eles expandiram o uso da bioanálise em áreas comerciais para essa finalidade. “O manejo adotado nas nossas fazendas assegurava alta produtividade biológica do solo e uma das consequências é a alta produtividade média das culturas. Na última safra, colhemos mais de 84 sacas por hectare de soja em uma área superior a sete mil hectares. Ferramentas como essa são bastante alinhadas com a preocupação da SLC Agrícola com seus stakeholders”, declara Vargas. “Para nós, a preocupação com a qualidade do solo é fundamental, já que é a base para toda a nossa produção”, completa o coordenador de pesquisa da SLC Agrícola.

Solos saudáveis para uma agricultura tropical vibrante

Atualmente a tecnologia BioAS está formatada para os cultivos anuais de grãos e fibras no Cerrado. Em breve, será expandida para outras regiões e outros cultivos como cana-de-açúcar, café e pastagens.

A expectativa dos pesquisadores é que, com a tecnologia, seja inaugurada uma forma mais abrangente de interpretação da saúde dos solos, indo além das questões de deficiência e excesso de nutrientes. Outro aspecto importante é que a BioAS também poderá ser utilizada como um Indicador Agroambiental (IAA), fazendo parte de um conjunto de métricas para avaliações de sustentabilidade dos sistemas de produção agrícolas.

“Isso certamente contribuirá para maior inserção da nossa agricultura na bioeconomia local e mundial. Trata-se de uma iniciativa única no mundo, que poderá credenciar o Brasil como embaixador mundial da saúde do solo,” afirma Ieda Mendes. “Por todas essas razões é que a BioAS é considerada como a mais nova aliada para a sustentabilidade da agricultura brasileira. Por meio da adoção de sistemas de manejo que favoreçam a saúde do solo, todos saem ganhando: o agricultor, o meio ambiente e a sociedade,” completa.

Fonte: Canal Rural

Quinta, 23 de Julho de 2020
Senar mostra relação entre custo de produção e viabilidade do negócio
Senar mostra relação entre custo de produção e viabilidade do negócio Fonte: Agrolink

Custo Total da produção é o tema do novo vídeo sobre Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) divulgado na quinta (23)

O Custo Total da produção é o tema do novo vídeo sobre Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) divulgado na quinta (23). A série é produzida pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) para ajudar os produtores rurais na pandemia.

O Senar destaca que é importante os produtores rurais calcularem o custo de produção para avaliar a viabilidade do negócio, a eficiência e a competitividade.

De maneira simples e objetiva, o conteúdo explica o Custo Operacional Total (COT) e o custo de oportunidade, itens que compõem o Custo Total (CT).

O Custo Total é o resultado do COT somado ao custo de oportunidade, que são os juros sobre o capital empatado, ou seja, considerando todo o dinheiro gasto em benfeitorias, máquinas, forrageiras e animais.

Na prática, o custo de oportunidade é o valor que o produtor receberia se tivesse optado por investir o dinheiro em aplicação, como por exemplo, a poupança.

Fonte: Agrolink

Quarta, 22 de Julho de 2020
Brasil zera alíquota de importação de placas solares
Brasil zera alíquota de importação de placas solares Fonte: Agrolink

Foi publicada no Diário Oficial da União, na segunda-feira (20), a medida que zera a alíquota de importação  de módulos fotovoltaicos, inversores, equipamentos e outros acessórios relacionados ao setor. A regra entra em vigência em 1º de agosto e tem validade até o fim de 2021.

Atualmente o setor de energia solar cresce a taxas exorbitantes por ano. Nos últimos cinco anos o avanço é de 81000%. Em 2019, por exemplo, o número de instalações triplicou em relação a 2018. Em maio já eram 200 mil instalações, mas o número ainda é baixo, cerca de 1% do total de consumidores de energia do país. Os números são da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

A medida busca impulsionar o setor. Atualmente, o Brasil depende principalmente da China para adquirir os dispositivos de energia solar. No ano passado o país importou mais de US$ 1,1 bilhão nesse tipo de produto. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), os impostos de importação para módulos solares habitualmente são de 12%, enquanto os inversores pagam tarifas de 14%.

Com a decisão, empresas nacionais terão mais facilidade para comprar esses equipamentos e movimentar o mercado. “Contudo, as empresas que fabricam os equipamentos dentro do Brasil terão que ser mais competitivas em termos de custos, inovações e tecnologias”, explica Arthur Achiles de Souza Correa, advogado especialista em Direito Aduaneiro, Empresarial e Internacional.

Fonte: Agrolink

Quarta, 22 de Julho de 2020
Mercado de Carnes
Mercado de Carnes Fonte: AF News Agricola

Dados da Secretaria de Comercio Exterior (SECEX), demostraram que as carnes bovina e suína, atingiram patamares satisfatórios para os treze dias úteis de julho. Porém, a carne de frango passou por redução de embarques diários, em relação ao relatório anterior de oito dias úteis. Confira:

Segundo relatório semanal da Secex, nos treze dias uteis de julho, os embarques das carnesbovina e suína continuam apresentando acréscimos em relação a julho de 2019. Os embarques de carne suína passaram por queda na semana passada. No entanto, a média diária embarcada nestes primeiros 13 dias úteis de julho se encontra 53% acima da registrada há um ano, sinalizando embarques totais superiores a 94 mil toneladas.

Todavia, otimistas é a situação da carne bovina. Se uma semana atrás registrava embarques diários de 6.601 toneladas, no momento atingiu as 7.337 toneladas/dia, resultado mais de 26% superior ao de julho de 2019 e indicador de embarques próximos das 170 mil toneladas no mês.

Em contrapartida a carne de frango cujos embarques desaceleraram na terceira semana do mês. No fechamento anterior (oito primeiros dias úteis do mês), o volume de carne de frango embarcada registrava média diária de, quase, 17 mil toneladas, quantidade que, em 13 dias úteis, recuou para 15.179 toneladas diárias. Correspondendo a uma baixa de 6,1% sobre julho de 2019, índice que transposto para os 23 dias úteis de julho corrente sinaliza embarques totais, no mês, próximos das 350 mil toneladas.

Com esse desempenho, a receita cambial da carne bovina deve aumentar 30% e alcançar os US$690 milhões, enquanto a da carne suína deve se aproximar dos US$200 milhões, aumentando quase 40% em relação a julho do ano passado. Já a carne de frango tende a um recuo de receita da ordem de 26%. O que, se confirmado, significará valor pouco superior a US$460 milhões.

Fonte: AF News Agricola

Quarta, 22 de Julho de 2020
Queda do dólar pode pressionar cotações do milho no Brasil.
Queda do dólar pode pressionar cotações do milho no Brasil. Fonte: Safras & Mercado

     O mercado brasileiro de milho deve registrar uma quarta-feira de cautela nos negócios, em meio à queda do dólar frente ao real, o que pode pressionar novamente as cotações do cereal, tanto no cenário doméstico quanto nos portos. No cenário internacional a Bolsa de Chicago estende o tom positivo da última sessão.

     O mercado brasileiro de milho teve uma terça-feira de quedas nas cotações, com a comercialização travada. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o mercado travou frente à alteração da paridade cambial. As mudanças nos valores nos portos foram significativas. A queda forte do dólar e na CBOT (Bolsa de Chicago) no decorrer do dia pressionou os preços.

     No Porto de Santos, o preço ficou em R$ 48,00/51,00 a saca. No Porto de Paranaguá (PR), preço em R$ 47,50/51,00 a saca.

     No Paraná, a cotação ficou em R$ 44,00/45,50 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 46,00/48,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 49,00/50,50 a saca.

    No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 50,00/51,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 46,00/48,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 40,00 – R$ 42,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 36,00/38,00 a saca em Rondonópolis.

CHICAGO

* A posição setembro opera com alta de 1,25 centavo, ou 0,38%, cotada a US$ 3,24 por bushel.

* O mercado busca suporte na boa demanda chinesa pelo cereal norte-americano, que faz o milho subir seis vezes em sete sessões. De qualquer forma, o aumento da tensão entre a China e os Estados Unidos, após o governo norte-americano ordenar o fechamento do consulado chinês em Houston, deve ser monitorada, pois pode trazer pressão às cotações ao longo da sessão.

* Ontem (21), os contratos de milho com entrega em setembro fecharam a US$ 3,22 3/4, com baixa de 5,50 centavos, ou 1,67%, em relação ao fechamento anterior.

CÂMBIO

* O dólar comercial registra baixa de 1,47% a R$ 5,1340.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia fecharam mistas. Xangai, +0,37%. Tóquio, -0,58%.

* As principais bolsas na Europa operam fracas. Paris, -1,12%; Frankfurt, -0,50%; Londres, -0,79%.

* O petróleo opera com perdas. Setembro do WTI em NY: US$ 41,32 o barril (-1,43%).

* O Dollar Index registra baixa de 0,28%, a 94,86 pontos.

AGENDA

– A posição dos estoques de petróleo até sexta-feira da semana passada será publicada às 11h30min pelo Departamento de Energia (DoE).

—–Quinta-feira (23/07)

– Japão: O mercado de ações do país permanece fechado em razão de um feriado.

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Paraná – Deral, na parte da manhã.

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30min.

– Estimativa para a produção global de grãos em 2020/21 – CIG, na parte da manhã.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Relatório mensal sobre as lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da tarde.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

—–Sexta-feira (24/07)

– Japão: O mercado de ações do país permanece fechado em razão de um feriado. 

– O IBGE divulga às 9h os dados sobre o Indice Nacional de Preços ao Consumidor – 15 (IPCA 15) referentes a julho.

– Dados do desenvolvimento das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, no início do dia.

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso – IMEA, na parte da tarde.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

Fonte: Safras & Mercado

Quarta, 22 de Julho de 2020
Aftosa: Santa Catarina mantém proibição de entrada de bovinos de outros estados
Aftosa: Santa Catarina mantém proibição de entrada de bovinos de outros estados Fonte: Canal Rural

Veto permanece apesar de instrução normativa publicada pelo Ministério da Agricultura, que traz novas diretrizes para vigilância da doença

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A Secretaria de Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural de Santa Catarina informou que a entrada de bovinos de outros estados continua proibida, apesar da instrução normativa nº 48/2020 publicada pelo Ministério da Agricultura, que traz novas diretrizes para a vigilância de febre aftosa dentro do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (Pnefa).

 “A IN 48 estabelece a possibilidade de transporte de animais suscetíveis à febre aftosa entre os estados, porém em Santa Catarina nós temos uma lei estadual que proíbe a entrada de bovinos e bubalinos de outros estados, que ainda não sejam reconhecidos pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre da doença sem vacinação”, explicou em nota o secretário da Agricultura, Ricardo de Gouvêa. “É importante que os produtores saibam que essa instrução normativa do Ministério da Agricultura não irá se sobrepor à lei estadual.”

Segundo a lei estadual, fica vedado o ingresso de animais vacinados contra a febre aftosa. Só está autorizado o ingresso de bovinos e bubalinos nascidos ou de outra zona livre de febre aftosa sem vacinação reconhecida pela OIE – no momento, nenhum outro estado brasileiro cumpre esse requisito.

A presidente da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Luciane Surdi, diz que só serão aceitos em Santa Catarina animais de estados com o reconhecimento da OIE como área livre de febre aftosa sem vacinação.

“Além disso, esses animais devem ter identificação individual, serem comprovadamente procedentes daquele estado livre da doença sem vacinação e não serem vacinados com B19 para brucelose”, enfatizou.

Fonte: Canal Rural

Quarta, 22 de Julho de 2020
Câmara aprova MP com reforço de até R$ 16 bi a estados e municípios
Câmara aprova MP com reforço de até R$ 16 bi a estados e municípios Fonte: Agência Brasil

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou hoje (22) a Medida Provisória (MP) 938/20 que destina R$ 16 bilhões para reforçar o repasse da União aos fundos de Participação dos Estados e dos Municípios (FPE e FPM), em razão de perdas na arrecadação em função da pandemia de covid-19. A matéria segue agora para análise do Senado.

O texto aprovado na manhã desta quarta-feira, pelos deputados, estende o repasse até o mês de novembro. Inicialmente, a MP previa o complemento nas parcelas dos fundos apenas no período  de abril a junho.

Em seu parecer, o relator, deputado Hildo Rocha (MDB-MA), disse que havia uma "sobra" de R$ 6 bilhões nos recursos, uma vez que o repasse do governo a estados e municípios, até o final de junho, foi de cerca de R$ 10 bilhões.

"Em relação à presente MP, temos a execução orçamentária de aproximadamente R$ 9,86 bilhões até 18 de julho (valor pago), restando saldo significativo em relação ao valor projetado inicialmente. Cabe notar que, quando editada esta MP, havia a expectativa de retomada mais breve da atividade econômica. O que vemos, entretanto, é o prolongamento da quarentena, com reflexos negativos na capacidade financeira dos entes subnacionais", disse o relator.

Estados e municípios sofrem com a queda nos fundos que são abastecidos com a arrecadação do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

De acordo com a MP, as transferências para cada estado e município ficam a cargo da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e limitadas ao máximo de R$ 4 bilhões por mês. Se o valor calculado para um mês for maior do que o limite mensal, poderá haver compensação no mês seguinte, a critério do Ministério da Economia. Se for menor, só será depositado o valor efetivamente apurado pela STN.

“A União, na condição de ente mais forte da Federação, tem mesmo que se comprometer com uma ajuda proporcional ao tamanho do problema, do contrário poderíamos enfrentar o colapso dos serviços públicos”, afirmou Hildo Rocha.

Setor de transportes

A aprovação da MP 938 só ocorreu após um acordo entre os líderes partidárias. O texto do relator previa um aporte adicional de R$ 4 bilhões que seriam destinados para socorrer o setor de transporte. A iniciativa gerou polêmica e vários deputados chegaram a pedir a retirada da proposta de pauta, com o argumento de que o aporte não havia sido debatido na Casa.

Ao anunciar o acordo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que o tema deverá ser tratado por meio de um projeto de lei e analisado novamente na próxima semana.

"Tinha um texto que estava polêmico e a matéria iria vencer na próxima semana, então fizemos o acordo de retirar a parte que estava gerando polêmica e ficamos apenas com a parte de prorrogação dos recursos para estados e municípios e, na próxima semana, a gente trata dos outros temas", disse.

Segundo Maia, diferentemente do auxílio no repasse do FPE e FPM, que foi maior para os estados do Nordeste, o impacto no setor de transporte é maior nos estados do Sudeste, que concentram as cidades com maior número de habitantes.

"O setor de transporte público está tendo muitas dificuldades, assim como o setor aéreo e tantos outros setores. Estamos trabalhando, junto com o governo federal, prefeitos e governadores, um texto para transferência de recursos para estados e municípios, para que eles possam dar o suporte necessário para que o sistema continue funcionando nas cidades médias e grandes, principalmente, que têm o sistema mais pesado", disse.

Fonte: Agência Brasil