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Quinta, 15 de Outubro de 2020
Exclusão digital é barreira para mulheres rurais
Exclusão digital é barreira para mulheres rurais Fonte: Agrolink

Pesquisa da Universidade de Oxford diz que as mulheres são menos conectadas

As mulheres rurais são o grupo menos conectado às Tecnologias da informação e Comunicação na maior parte dos países da América Latina e do Caribe. É isso que concluiu um estudo conduzido pela Universidade de Oxford, da Inglaterra. 

O levantamento foi coordenado pela cientista social italiana Valentina Rotondi. Ela se baseou em dados da Pesquisa Mundial Gallup, informações dos países e de rastreamento da rede social Facebook, em 17 dos 23 países da região analisada. Menos mulheres declararam possuir celulares em comparação com homens. Mulheres de baixa escolaridade que vivem em áreas rurais são as menos conectadas.

Segundo autoridades a situação mostra o quadro de desigualdade e que a conectividade traz acesso a mercados, informação e serviços financeiros. “O estudo revela que o acesso reduzido a telefones celulares e a internet se soma a diversos problemas enfrentados pelas mulheres no campo, como as barreiras à obtenção de financiamento, à captação, ao emprego formal e à propriedade da terra”, disse o diretor-geral do IICA, Manuel Otero.

A proporção de pessoas que possuem telefones celulares nos países analisados aumentou cerca de 80% em 2017 e 45% desde 2006 e a lacuna entre os gêneros na posse de celulares diminuiu na última década. No entanto, voltou a piorar nos últimos cinco anos. Enquanto no Brasil e na Argentina há uma situação de quase paridade entre homens e mulheres, Guatemala e o Peru são exemplos de nações onde a diferença é maior, enquanto no Chile e no Uruguai a proporção tende a favorecer as mulheres.  

O estudo concluiu que, de modo geral, quanto menor a diferença de gênero na posse de celulares, melhores são as perspectivas para a inserção de mulheres no mercado de trabalho e menores são as disparidades entre os gêneros em trabalhos vulneráveis e desemprego juvenil. 

O estudo “Desigualdade digital de gênero na América Latina e Caribe” teve o apoio do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) 

Fonte: Agrolink - Eliza Maliszewski

Imagem: Marcel Oliveira

Quinta, 15 de Outubro de 2020
Florestas plantadas no Brasil alcançam 10 milhões de hectares em 2019
Florestas plantadas no Brasil alcançam 10 milhões de hectares em 2019 Fonte: Canal Rural

Pesquisa do IBGE divulgada nesta quinta-feira, 15, mostra que 4.867 municípios tiveram produção florestal, cujo valor atingiu R$ 20 bilhões, com queda de 2,7% em comparação ao ano anterior, após três anos consecutivos de crescimento

 

No ano passado, 3.523 municípios brasileiros registraram 10 milhões de hectares de áreas de florestas plantadas, sendo 7,6 milhões de hectares de eucaliptos, ou o equivalente a 76,3% do total; 2 milhões de hectares de pinus (19,8%); e 387 mil hectares de outras espécies (3,9%). Os dados são da pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS 2019), divulgada nesta quinta-feira, 15, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No total, 4.867 municípios tiveram produção florestal, cujo valor atingiu R$ 20 bilhões, com queda de 2,7% em comparação ao ano anterior, após três anos consecutivos de crescimento. A silvicultura participou com R$ 15,5 bilhões, retração de 5% em relação a 2018, enquanto a extração vegetal (coleta de produtos em matas e florestas nativas) ficou com R$ 4,4 bilhões, mostrando elevação de 6,4% em relação ao ano anterior.

Os produtos madeireiros continuaram preponderantes no setor, respondendo por 97,3% do valor de produção da silvicultura, apesar da retração de 5,3% frente ao ano anterior. Considerando todos os produtos madeireiros juntos, foi relatada queda de 3,3% no valor da produção florestal primária, que engloba extração mais silvicultura. Os produtos madeireiros tiveram participação de 64,5% da extração vegetal, seguidos pelos alimentícios (27,4%), ceras (5,3%) e oleaginosos (2,3%).

Celulose

Na silvicultura, que deteve no ano passado 77,7% do valor de produção, tanto a madeira em tora, quanto a madeira para papel e celulose tiveram queda em valor de produção e em quantidade em relação a 2018. No valor de produção, a diminuição foi de 3% para a madeira em tora e de 11% para a madeira em tora para papel e celulose. Somente lenha teve leve alta de 1,1%.

Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) revelam que embora tenha obtido o quarto lugar no ranking das exportações brasileiras no ano passado, a celulose registrou queda de 9,7% no valor obtido com o comércio externo, devido à redução de preços no mercado internacional, o que influenciou também a redução interna da produção.

Já no extrativismo, houve aumento do valor de produção em sete dos nove grupos pesquisados, com destaque para tanantes – ricos em taninos (+52,7%). De acordo com a pesquisa, o conjunto de produtos madeireiros com origem em áreas plantadas para fins comerciais teve queda de 5,3% no valor da produção, enquanto os decorrentes da extração vegetal mostraram expansão de 8,8%. Entre os produtos extrativos não madeireiros, destaque para a carnaúba (pó) e o pinhão, com crescimento de 15,8% e 13,6% em termos de valor de produção, respectivamente.

Produção florestal

Por regiões, o Sul e Sudeste concentraram grande parte da produção florestal brasileira, respondendo juntas por 63,8% do total do valor da produção nacional, impulsionadas pelas florestas plantadas. Os estados de Minas Gerais e do Paraná lideraram em 2019 em termos de valor de produção florestal primária, com participações de 22,2% e 17,8%, respectivamente. Apesar da queda de 5,4% na silvicultura, Minas Gerais somou valor de produção de R$ 4,4 bilhões, representativo de 28,3 % do valor nacional da silvicultura, seguido pelo Paraná, com R$ 3,1 bilhões.

Por municípios, a primeira posição no ranking de valor da produção florestal primária foi assumida em 2019 por João Pinheiro (MG), com R$ 263,7 milhões.

A pesquisa detectou aumento de 1,2% nas áreas de florestas plantadas no Brasil no ano passado, o que significa 118,1 mil hectares de cobertura a mais no país, dos quais 79,4% correspondem às áreas de eucaliptos. A região com maior área de floresta plantada em 2019 foi o Sudeste, correspondendo a 35,3% do total.

Minas Gerais continuou liderando em termos de área coberta com espécies florestais plantadas no ano passado, com incremento de 0,8% ante o ano anterior. O predomínio foi de eucalipto. Os municípios sul-mato-grossenses de Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo apresentaram as maiores áreas de florestas plantadas do país, de 263,7 mil hectares e 217,3 mil hectares.

Açaí

Entre os produtos extrativos não madeireiros, a PEVS 2019 mostra que a soma do valor de produção teve expansão de 2,3%, alcançando R$ 1,6 bilhão. No grupo de produtos alimentícios, o valor de produção subiu 0,8%, totalizando R$ 1,2 bilhão. A maior participação em termos de valor nesse grupo ficou com o açaí (48,3%). O valor de produção do açaí fruto caiu 0,6% ante 2018, atingindo R$ 588,5 milhões, com destaque para o municípío de Limoeiro do Ajuro (PA), com produção de 42 mil toneladas. A produção de açaí evoluiu 0,5% em 2019, em relação a 2018, somando 222,7 mil toneladas.

Na erva-mate, segundo maior valor de produção entre os não madeireiros, o valor de produção alcançou R$ 393,2 milhões, redução de 1,7% em comparação ao ano anterior, e produção de 362,5 mil toneladas, elevação de 4,5% ante 2018. O Paraná é o maior produtor do país de erva-mate, destacando-se a cidade de Cruz Machado, com 55,4 mil toneladas, correspondentes a 15,3% do total nacional.

Fonte: Canal Rural

Imagem: Fábio Santos/Canal Rural

Quinta, 15 de Outubro de 2020
Produtor retém oferta e preços do milho devem seguir firmes no Brasil
Produtor retém oferta e preços do milho devem seguir firmes no Brasil Fonte: Safras & Mercado

     O mercado brasileiro de milho deve registrar preços firmes nesta quinta-feira, diante da retenção de oferta por parte dos produtores. A alta do dólar frente ao real pode favorecer uma maior movimentação de negócios nos portos. No cenário internacional a Bolsa de Mercadorias de Chicago tem perdas, refletindo o andamento da colheita nos Estados Unidos.

     Ontem (14), o mercado brasileiro de milho teve mais um dia de preços firmes, de estáveis a mais altos. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, de maneira geral persiste no mercado a estratégia de retenção por parte dos produtores. “O ritmo de embarques segue bastante positivo, e o risco climático permanece presente na decisão de venda. A movimentação cambial no decorrer da quarta-feira foi mais uma vez errática, com o real desvalorizado próximo ao fechamento da sessão”, comentou.

     No Porto de Santos, o preço ficou em R$ 69,00/72,00 a saca. No Porto de Paranaguá (PR), preço em R$ 68,50/71,00 a saca.

     No Paraná, a cotação ficou em R$ 65,00/68,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 69,00/71,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 72,00/74,00 a saca.

     No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 70,00/72,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 64,00/66,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 61,00 – R$ 65,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 58,00/60,00 a saca em Rondonópolis.

CHICAGO

* A posição dezembro opera com baixa de 1,75 centavo, ou 0,44%, cotada a US$ 3,89 1/2 por bushel.

* O mercado é pressionado pela entrada da safra norte-americana. A retração do petróleo e dos demais mercados inflacionários, em meio a um sentimento de menor aversão ao risco, também influenciam negativamente.

* Fundos estão saindo das commodities e procurando opções mais seguras, como o dólar. O petróleo sente isso e contamina os demais mercados. Esse cenário é bancado pela preocupação com o coronavírus na Europa e a falta de acordo de auxílio nos EUA.

* Ontem (14), os contratos de milho com entrega em dezembro fecharam a US$ 3,96 1/2, com alta de 5,25 centavos, ou 1,34%, em relação ao fechamento anterior.

CÂMBIO

* O dólar comercial opera com alta de 0,49% neste momento, cotado a R$ 5,6310.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia encerraram em baixa. Xangai, -0,26%. Tóquio, -0,51%.

* As principais bolsas na Europa operam em baixa. Paris, -2,24%; Frankfurt, -2,71%; Londres, -2,12%.

* O petróleo opera com perdas. Novembro do WTI em NY: US$ 39,65 o barril (-3,33%).

* O Dollar Index registra alta de 0,38%, a 93,74 pontos.

AGENDA

– A posição dos estoques de petróleo até sexta-feira da semana passada será publicada às 12hs pelo Departamento de Energia (DoE).

– Esmagamento de soja dos Estados Unidos em setembro – NOPA, 13hs.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Levantamento mensal sobre as lavouras argentinas – Ministério da Agricultura, na parte da tarde.

– Estoques de café dos EUA em setembro – GCA, 16hs.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

—–Sexta-feira (16/10)

– Eurozona:  A balança comercial de agosto será publicada às 6h pela Eurostat.

– A Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulga às 8h os dados do Indice Geral de Preços – 10 (IGP-10) referentes a outubro.

– Dados do desenvolvimento das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, no início do dia.

– EUA: Os dados sobre a produção industrial em setembro serão publicados às 10h15 pelo Federal Reserve.

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30min.

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso – IMEA, na parte da tarde.

– Levantamento sobre a evoluções do plantio de soja no Brasil – SAFRAS, na parte da tarde.

Fonte: Safras & Mercado - Arno Baasch

Quinta, 15 de Outubro de 2020
Ajustes devem garantir preço firme do arroz ao produtor
Ajustes devem garantir preço firme do arroz ao produtor Fonte: Agrolink

Fatores de mercado fazem com que não existam motivos de previsão de queda de valores

A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) comunica ao mercado que não existem motivos para se prever queda de preços na colheita da safra 2020/2021. Isto em função, segundo a entidade, do ajuste da oferta e demanda e do alto interesse de algumas indústrias em garantir produto no próximo período.

De acordo com a Federarroz, o mercado atualmente se mostra firme com preços estáveis para o produto. O índice medido pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) no momento é de R$ 106,04 registrado no dia 14 de outubro por saca de 50 quilos do tipo 1, 58/10, posto indústria Rio Grande do Sul, à vista.

Os preços internacionais para o grão também estão compatíveis com a cotação atual do Cepea. Outra questão levantada pela Federarroz é uma estabilidade na área de produção de arroz no Rio Grande do Sul que, segundo o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), deve ficar próxima de 969,92 mil hectares.

Fonte: Agrolink -  AGROLINK COM INF. DE ASSESSORIA

Quarta, 14 de Outubro de 2020
Crédito rural: BNDES suspende pedidos de financiamento para linha do Plano Safra
Crédito rural: BNDES suspende pedidos de financiamento para linha do Plano Safra Fonte: Noticias Agrícolas

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) comunicou a suspensão de novos financiamentos para mais uma linha do Plano Safra 2020/21: o Moderagro, ou Programa de Modernização da Agricultura e Conservação dos Recursos Naturais.

Segundo o aviso 49/2020, publicado no site do banco de fomento, estão suspensos, a partir de 9 de outubro, pedidos de novos financiamentos para o Moderagro "em razão do nível de comprometimento dos recursos disponíveis no aludido programa, para o ano agrícola 2020/21".

No dia 6 de outubro, o Ministério da Agricultura havia informado que a contratação de crédito rural entre julho e setembro já somou R$ 73,8 bilhões, ou 28% a mais que nos três primeiros meses do ano-safra 2019/20. Só para o Moderagro, foram contratados R$ 658 milhões - embora no dia de lançamento do Plano Safra 2020/21, em 17 de junho, os recursos anunciados para esta linha pelo governo federal fossem de R$ 1,45 bilhão, ou 20,8% maiores ante o ciclo passado.

Recentemente, no fim de setembro, o BNDES já havia suspendido novos pedidos de financiamento para o Pronamp Investimento (destinado ao médio produtor rural), algumas linhas do Pronaf (programa voltado ao produtor familiar) e também o Inovagro (linha destinada à inovação agropecuária).

Fonte: Noticias Agrícolas

Quarta, 14 de Outubro de 2020
Programa federal beneficia aviação agrícola
Programa federal beneficia aviação agrícola Fonte: Agrolink

O governo federal lançou, na semana passada, o programa Voo Simples. Serão 52 ações para impulsionar o setor aeronáutico, com impactos na aviação agrícola. Entre essas medidas estão previstas 200 demandas para impulsionar, ampliar e modernizar a aviação brasileira.

O objetivo principal era mudar o regramento estabelecido há 30 anos atrás. Entre as principais mudanças está a desburocratização de processos como o fim da validade da carteira para pilotos, fim de curso e provas para comissário, documentação digital e prazo maior para treinamento em simulador, além da simplificação da compra e venda de aeronaves.

Na aviação agrícola o Guia de Operador Aeroagrícola será revisitado, incorporando interpretações de que voos realizados em dia de campo, feiras e exposições serão considerados como atividades aeroagrícolas, ampliando o uso de pistas não cadastradas por estes operadores.

Outra demanda do setor aeroagrícola deve ser atendida com a redução da quantidade de categorias de aeronaves, o que vai ampliar o leque de atuação dos mecânicos (que precisam ser credenciados para cada categoria, mesmo sem muitas diferenças significativas entre elas).  A revisão dos requisitos de Mecânico de Manutenção Aeronáutica (MMA) deve permitir que o auxiliar de mecânico possa atuar em operações aeroagrícolas, desde que supervisionado remotamente pelo mecânico credenciado.

Na cerimônia o presidente do Sindicato Nacional da Aviação Agrícola (Sindag), Thiago Magalhães, destacou também o aumento da validade do recheque de piloto, que atualmente precisa ser feito todos os anos. Além da digitalização de documentos de porte obrigatório na aeronave. O presidente Jair Bolsonaro, presente na cerimônia, destacou que a legislação não pode inibir o crescimento do setor. “Aviação é progresso. Vamos facilitar a vida de quem quer investir", enfatizou. 

Fonte: Agrolink - Eliza Maliszewski

Imagem:  Marcel Oliveira

Quarta, 14 de Outubro de 2020
Moinhos brasileiros são contra entrada de trigo transgênico vindo da Argentina, diz Abitrigo
Moinhos brasileiros são contra entrada de trigo transgênico vindo da Argentina, diz Abitrigo Fonte: Canal Rural

Entidade se posicionou contra a comercialização de variedade recentemente aprovada no país vizinho, principal fornecedor do mercado brasileiro

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Representantes da indústria de trigo do Brasil podem interromper as compras do produto da Argentina caso o país passe a comercializar uma variedade de trigo transgênico aprovada recentemente. Por meio de nota, a Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) informou que consultou os moinhos e ampla maioria se disse contrária a esse tipo de comercialização.

“Em pesquisa interna promovida pela Abitrigo com os moageiros brasileiros, 85% não foram favoráveis à utilização de trigo geneticamente modificado e 90% informaram estar dispostos a interromper suas compras de trigo argentino, caso se inicie a produção comercial naquele país e sua exportação para o Brasil”, disse a Abritrigo.

A entidade também informou que entrou em contato com representantes da cadeia do trigo na Argentina e foi informada da posição contrária à produção e comercialização dos produtos transgênicos.

“Não identificamos nenhum movimento de demanda dos consumidores brasileiros por soluções transgênicas; ao contrário, há manifestações publicadas de associações de consumidores com restrições ao uso desses produtos transgênicos. Opiniões emitidas em eventos regulatórios, processos judiciais, manifestações de órgãos de defesa de consumidores e clientes permitem inferir que o mercado brasileiro se posicione de forma reativa e preocupado quanto à adoção de alimentação transgênica”, continuou em seu comunicado.

Caso seja autorizada a comercialização pelo Brasil, no entanto, a entidade diz que “importantes  custos de controle serão agregados ao processo de importação, que terão consequências sobre os preços aos consumidores”.

Discussão antiga

O uso de trigo geneticamente modificado faz parte de um debate de aproximadamente 30 anos na indústria do trigo. Segundo a Abitrigo, por meio de análises feitas ficou decidido pela não aprovação desse tipo de trigo por não serem identificados benefícios evidentes às pessoas, sendo objeto exclusivo de busca de aumento de produtividade do campo.

“O relatório da FAO sobre trigo geneticamente modificado registra apenas duas variedades aprovadas no mundo, sendo uma nos Estados Unidos em 2004, que gerou grande repercussão negativa mundial e a interrupção de sua produção e comercialização e a outra variedade aprovada na Argentina, ainda sem comercialização”, disse a Abritrigo.

A entidade diz ainda que apoia o progresso científico e que prioriza a segurança alimentar, tanto que estudos da Embrapa junto com a iniciativa privada já teriam promovido grandes avanços na qualidade e produtividade do trigo brasileiro. “Por esses motivos, a Abitrigo se manifestará contrariamente à comercialização tanto da farinha como do trigo transgênicos no curso da audiência pública convocada pela CTNBio [Comissão Técnica Nacional de Biossegurança], por solicitação de empresa argentina produtora do trigo transgênico. No mesmo sentido, a associação deverá solicitar às entidades governamentais brasileiras que não autorizem a comercialização desses produtos no Brasil”, finalizou.

Fonte: Canal Rural

Imagem: Débora Fabricio

Quarta, 14 de Outubro de 2020
Governo prorroga uso da Força Nacional na Amazônia
Governo prorroga uso da Força Nacional na Amazônia Fonte: Agência Brasil

O governo federal prorrogou, por mais 180 dias, a atuação da Força Nacional de Segurança Pública em apoio às ações do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) na Amazônia. Os militares vão atuar nas unidades de conservação federais, com ênfase no combate ao desmatamento, à extração ilegal de minério e madeira e à invasão de áreas.

As ações são em caráter episódico e planejado e acontecem até 11 de abril de 2021. A Força Nacional atua no combate a crimes ambientais na Amazônia desde 2018 e, de lá para cá, o governo vem fazendo as prorrogações para manter o efetivo na região.

A quantidade de militares a ser disponibilizada obedecerá ao planejamento definido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. A portaria de prorrogação foi publicada hoje (14) no Diário Oficial da União.

Fonte: Agência Brasil – Andreia Verdélio

Terça, 13 de Outubro de 2020
Tereza Cristina: acordo Mercosul-UE não ameaça preservação ambiental
Tereza Cristina: acordo Mercosul-UE não ameaça preservação ambiental Fonte: Agência Brasil

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, defendeu, durante seminário em Lisboa, a aprovação do acordo Mercosul-União Europeia, tratado de livre comércio entre os dois blocos. Para ela, o acordo não representa ameaça à preservação ambiental.

“É preciso dizer que o acordo não representa qualquer ameaça ao meio ambiente, à saúde humana e aos direitos sociais. Ao contrário, reforça compromissos multilaterais e agrega as melhores práticas na matéria”, disse.

Tereza Cristina afirmou ainda que, apesar de a produção de grãos ter crescido 425% desde a década de 70, a área plantada aumentou somente 43% - apenas 30% de seu território para a agropecuária, mantendo mais de 60% com vegetação nativa.

“Estima-se que cerca de 25% da área preservada se encontrem em propriedades privadas, algo sem paralelo em outros países do mundo, pois se trata de terreno que o proprietário não recebe para preservar. É apenas uma obrigação legal”, acrescentou.

A implementação do Acordo Mercosul-União Europeia foi defendida ainda pela ministra da Agricultura de Portugal, Maria do Céu Antunes, que também participou do encontro. Aprovado em junho do ano passado, o acordo precisa ser ratificado pela maioria do Parlamento Europeu e, em seguida, pelos parlamentos nacionais europeus e pelos parlamentos do Brasil, da Argentina, do Paraguai e do Uruguai.

 

As ministras da Agricultura de Portugal, Maria do Céu Antunes e do Brasil, teresa Cristina, participam de seminário sobre oportunidades de negócios entre Brasil e Portugal no setor de agroalimentos - Nuno Antão/Direitos reservados

“Continuamos empenhados para que rapidamente este acordo possa ser posto em prática”, afirmou Maria do Céu ao participar do Seminário Portugal-Brasil: Oportunidades de Negócio no Setor Agroalimentar.

Segundo Maria do Céu Antunes, além de melhorar os negócios entre os países do bloco, com maior previsibilidade e transparência de regras, o acordo vai permitir o desenvolvimento sustentável.

“Permitirá ainda, e para nós isso é muito importante, um compromisso de todas as partes com os objetivos de desenvolvimento sustentável, a proteção do meio ambiente e da biodiversidade e o respeito pelos direitos laborais e sociais”, disse a ministra portuguesa.

A União Europeia é o segundo parceiro comercial mais importante do Mercosul, atrás apenas da China. Entretanto, a ratificação do acordo tem sofrido resistência por integrantes do bloco Parlamento Europeu, que criticam a atuação do governo em relação à política ambiental.

Na semana passada, os parlamentares aprovaram por 345 votos a favor, 295 contra e 56 abstenções uma resolução pedindo mudanças na agenda ambiental de países do Mercosul, para que o acordo possa ser ratificado.

"O acordo contém um capítulo vinculativo sobre o desenvolvimento sustentável que deve ser aplicado, implementado e totalmente avaliado, incluindo a implementação do Acordo de Paris sobre o clima e as respectivas normas de execução", diz a resolução.

 

Fonte: Agência Brasil – Por Luciano Nascimento

Imagem: Nuno Antão

Terça, 13 de Outubro de 2020
Soja volta a subir em Chicago nesta 3ª feira e recupera parte das perdas anteriores
Soja volta a subir em Chicago nesta 3ª feira e recupera parte das perdas anteriores Fonte: Noticias Agrícolas

O mercado da soja opera em alta nesta manhã de terça-feira (13) na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleaginosa recuperam parte das perdas do pregão anterior e, por volta de 7h15 (horário de Brasília), subiam entre 5,50 e 6,25 pontos nas posições mais negociadas. 

Assim, o novembro/20 tinha US$ 10,39, o janeiro, US$ 10,41 e o maio/21, referência importante para a nova safra brasileira, valia US$ 10,29 por bushel. Os traders acompanham alguns boletins do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que serão divulgados hoje, entre eles o semanal de acompanhamento de safras com a atualização da colheita norte-americana.

"Traders aproveitaram o feriado no Brasil e o feriado governamental nos EUA de Columbus Day para liquidar posições e garantir lucros recentes na segunda-feira, e houve perdas de entre 20 e 30 pontos na soja. No entanto, nesta terça já esta havendo recuperação. Apesar das previsões de melhora nas chuvas no Brasil e forte avanço na colheita nos EUA, o sentimento é de que a queda de ontem foi exagerada", explica Steve Cachia, consultor de mercado da Cerealpar e da TradeHelp. 

Paralelamente, o mercado acompanha ainda o andamento do financeiro, do dólar frente ao real e, principalmente, a corrida presencial norte-americana. Ainda segundo Cachia, atenção também para a a segunda onda do coronavírus, que já assusta alguns países da Europa. 

"Apesar dos preços de soja e milho historicamente altos no Brasil e do sentimento de que podemos estar próximos às maximas do ano, a escassez das ofertas deixa o mercado ainda com suporte neste momento de entressafra extremamante apertada", complementa o consultor.

Fonte: Noticias Agrícolas - Carla Mendes